Documento-base para o Seminário. Construindo um espaço de diálogo entre as mulheres Wajãpi e as instituições de saúde indígena

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1 Documento-base para o Seminário Construindo um espaço de diálogo entre as mulheres Wajãpi e as instituições de saúde indígena Macapá 26 a 28 de setembro de 2007

2 Realização: Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena Apoio: Colaboração: DSEI AP e Norte do Pará CASAI Casa de Saúde Indígena (Macapá AP) 1

3 Sumário Apresentação I. Entendendo um pouco o jeito de viver dos Wajãpi 1. O modo de viver wajãpi 2. O trabalho das mulheres e o trabalho dos homens 3. O significado da bebida para os Wajãpi 4. Alimentação II. Aprendendo com as mulheres wajãpi 1. Cuidados com as crianças e o processo de aprendizagem 2. A primeira menstruação 3. Casamento 4. Falando sobre gravidez 5. Como é o parto na aldeia? 6. Resguardo: o que os homens têm a ver com isso? III. Desafios para melhorar a atenção à saúde 1. O atendimento das mulheres nas instituições de saúde da cidade. 2. Saúde diferenciada: como aplicá-la na prática? Anexo DECRETO N o 3.156, de 27 de agosto de

4 Apresentação O Seminário Construindo um espaço de diálogo entre as mulheres wajãpi e as instituições de saúde indígena é o primeiro encontro entre mulheres wajãpi e profissionais de saúde não-índios que atuam junto ao grupo, para discutir a situação de saúde das mulheres e definir estratégias para enfrentar os problemas, com o devido respeito às concepções e práticas dos Wajãpi. O objetivo geral do Seminário é promover um diálogo entre representantes do grupo Wajãpi, profissionais de saúde que atuam na Terra Indígena e na CASAI e representantes das instituições de saúde indígena, de forma a possibilitar que as mulheres wajãpi se posicionem e negociem, com as instituições, mudanças nas ações relativas à saúde da mulher. O Seminário será dividido em duas partes: Na primeira parte, as mulheres wajãpi vão apresentar aspectos de seus conhecimentos e de suas práticas a partir de temas-chave como: gravidez, parto, pós-parto, cuidados com os filhos, etc. Esta apresentação tem por objetivo desmistificar uma série de mal-entendidos relativos à cultura wajãpi, 3

5 existentes no âmbito das instituições e no discurso de profissionais que prestam assistência ao grupo. As apresentações temáticas deverão ser intercaladas com momentos para debates com os profissionais de saúde. Na segunda parte, serão discutidos os desafios e as estratégias para melhorar a assistência à saúde das mulheres, partindo do fato de que existe uma legislação de saúde diferenciada voltada aos povos indígenas, que garante que as ações de saúde sejam adequadas à realidade local e às especificidades culturais de cada grupo indígena. Serão abordados os temas pré-natal e partos, especialmente quando realizados na cidade. Nossa proposta é finalizar o Seminário com encaminhamentos de ações, de forma a viabilizar a superação gradual dos problemas apontados durante o encontro. Estarão presentes no Seminário 30 mulheres que pertencem a vários grupos políticos da Terra Indígena Wajãpi (TIW). Foram convidados 14 profissionais de saúde que atuam na Terra Indígena e na Casa de Saúde Indígena (CASAI), bem como representantes do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Amapá e Norte do Pará, do Departamento de Saúde Indígena (DESAI) da FUNASA - Brasília, da Secretaria do Estado da Saúde do Amapá (SESA), da Administração Regional da FUNAI Macapá 4

6 e uma assessora do Projeto Xingu do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Este documento foi preparado pela antropóloga Juliana Rosalen a partir dos dados levantados em 5 oficinas temáticas realizadas na TIW entre agosto de 2006 e junho de e em entrevistas com os profissionais de saúde que atuam nas aldeias wajãpi e na CASAI, além dos dados fornecidos pelo Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena - SIASI. A elaboração do documento teve a colaboração de Lúcia Szmrecsányi e Dominique Tilkin Gallois. Também foram utilizados alguns trabalhos desenvolvidos sobre aspectos da cultura Wajãpi, com destaque para a dissertação elaborada por Joana Cabral de Oliveira. O Seminário é uma iniciativa do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena Iepé, com apoio do Programa de Saúde Reprodutiva (PROSARE), Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR) e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Equipe do Iepé São Paulo, 16 de setembro de Foram realizadas cinco oficinas com mulheres wajãpi, em cinco regiões diferentes da TIW (aldeias Akaju, CTA, Aramirã, Ytuwasu e Mariry), de forma a contemplar os vários grupos políticos wajãpi. As oficinas foram voltadas à discussão das práticas e concepções relativas aos processos de gestação, parto, nascimento, pós-parto e amamentação, assim como à avaliação das ações implementadas pelo DSEI - AP. 5

7 I. Entendendo um pouco o jeito de viver dos Wajãpi Os Wajãpi têm uma longa história de contato com os não-índios. E foi justamente fugindo deste contato que vários grupos falantes da língua tupi migraram da margem sul do rio Amazonas para a região onde vivem hoje, instalando-se primeiramente nas bacias dos rios Jari e Oiapoque e depois na região do Amapari. Na década de 1970, os Wajãpi foram contatados por gateiros e garimpeiros que levaram muitas epidemias até suas aldeias, quase dizimando o grupo. Avisada pela mineradora ICOMI, que atuava na região, uma equipe de atração da FUNAI encontrou os Wajãpi e os afastou do traçado da Rodovia Perimetral Norte (BR 210), concentrando toda sua população em torno de um posto de assistência. A estrada abriu o território indígena a novas invasões de garimpeiros. O processo de reconhecimento e demarcação da TIW levou 19 anos. A demarcação, realizada com intensa participação dos Wajãpi, representou uma grande conquista para o grupo, que viu sua população voltar a crescer e pôde retomar gradativamente formas de ocupação tradicional, com aldeias dispersas por toda a área. Em 1976, existiam 156 Wajãpi, que foram reunidos pela FUNAI em uma única aldeia. Hoje são 780 pessoas, distribuídas em 48 aldeias. Fora da TIW, há também algumas famílias wajãpi que vivem nas Terras Indígenas Parque do Tumucumaque e Paru de Leste, no Pará, e na Guiana Francesa, onde cerca de 1100 Wajãpi possuem 7 aldeias no município de Camopi. A população wajãpi que vive na Guiana Francesa não tem sua terra reconhecida. Sua área de ocupação se insere dentro do recém-criado Parque Amazônico da Guiana, onde convive intensamente com comerciantes (Vila Brasil) e garimpeiros (Ilha Bela e Sikini). Estes contatos vêm acelerando 6

8 modificações no jeito de viver do grupo que já têm se refletido em seu perfil epidemiológico. Quanto às relações entre os sub-grupos wajãpi do Brasil e da Guiana, vale ressaltar que são muito antigas, e até hoje as famílias que vivem na região do Amapari se deslocam para a Guiana, para casamentos e troca de mercadorias. Já entre os Wajãpi do Amapari e os Wajãpi que vivem nas TIs do norte do Pará, apesar da convivência eventual em Macapá, existe uma certa animosidade, por conta de um histórico de tensões vividas no passado. 1. O modo de viver wajãpi As aldeias wajãpi podem ter de duas a dez famílias que se juntam em torno de um chefe, que é o fundador da aldeia. Este chefe é considerado fundador porque escolheu o local pensando nos recursos naturais como água, áreas de coleta, de caça, terra fértil - e fez lá, pela primeira vez, sua roça. Para os não-índios a idéia de chefe está relacionada à autoridade e ao poder de decisão, mas para os Wajãpi o chefe de uma aldeia não manda nas outras pessoas e nem decide por elas, mas é respeitado e ouvido por todos. Não existe entre os Wajãpi um chefe geral reconhecido por todos os grupos. Até mesmo a organização criada em 1994 para representar o conjunto de todos os grupos políticos wajãpi (Apina) funciona na forma de um conselho (Conselho das Aldeias Wajãpi). São os chefes das aldeias que formam o Conselho. Ainda que os jovens wajãpi que estudaram e se profissionalizaram como professores bilíngües, agentes de saúde etc ocupem funções na diretoria da organização, eles sempre consultam o Conselho para tomarem qualquer decisão. 7

9 Nenhum chefe representa os interesses de outra aldeia que não a sua. Mesmo na sua aldeia, para muitos assuntos - como no caso de decisões sobre tratamentos de saúde na cidade - o chefe só decide consultando as famílias envolvidas. As famílias que vivem juntas numa aldeia são relacionadas por casamentos e ajudam umas às outras. Os Wajãpi chamam de wanã este conjunto de famílias, que formam uma parentela, espalhada por várias aldeias, vivendo juntas em alguns momentos, separadas em outros. Cada wanã tem sua história, sua área de ocupação, seus conhecimentos e suas práticas específicas. É nesse sentido que esses wanã são grupos políticos. Ao longo de sua vida, um Wajãpi mora em muitas aldeias. Quando pequeno, vive na aldeia dos seus pais e avós. Com o casamento, o rapaz muda para a casa dos sogros. Já as moças, ao contrário, ficam nas suas aldeias. Depois que um casal já tem vários filhos, pode ir morar perto dos parentes do marido, ou mesmo fundar uma nova aldeia. Em todo caso, as famílias wajãpi visitam regularmente outras aldeias, onde estão seus parentes ou seus sogros. Cada grupo familiar tem duas aldeias ou mais, e passa uma parte do ano em cada uma delas. É por este motivo que os Agentes Indígenas de Saúde e os professores wajãpi não podem ficar trabalhando sempre na mesma aldeia: eles precisam acompanhar seu grupo familiar nesses deslocamentos entre as várias aldeias ocupadas durante o ano. Essas mudanças são importantes porque propiciam às famílias fartura de alimentos e tranqüilidade para viver. 8

10 A tabela a seguir apresenta o nome das aldeias e o número de pessoas, com base em dados de No quadro abaixo, as aldeias ocupadas pelo mesmo grupo de famílias são apresentadas em uma única linha. Aldeias da TIW N de Pessoas (2006) Jakare'akãgõka 17 Ysingu / Ytuwasu 64 Akaju 25 Yvyrareta / Arimyry 60 Kupa y 21 Ytape / Kurumuripopy / Parijaka / Kapuwera 17 Pypyiny / Karavõvõ 39 Kamuta / Açaizal 25 Jiruruwyry / Kwapo ywyry/ Kujari 32 Tomepokwarã / Yvytõtõ 23 Kurawary / Jawarary 21 Kurani yty/ Jakare yty 35 Okara / Ytumiti (Cachoeirinha) 11 Seweriry / Jakare 35 Manilha / Marakae 27 Kuruwaty 09 CTA 12 Cinco Minutos 28 Okakai / Mariry 53 Najaty / Ytawa 43 Aruwa'ity / Kumakary 30 Pairakae / Myrysity 22 Okora yry 19 Pinoty 28 Mukuru 11 Pijowi / Pyrakenupã 12 Tajau ywyry 41 Tapi ikãgwerary 06 Ytawa 13 Total: 779 9

11 2. O trabalho das mulheres e o trabalho dos homens Então janejarã [nosso dono] falou: se vocês querem assim, agora panakõ [cesto de carregar mandioca] não vai mais andar! Mulher vai ter que carregar pesado. Machado e terçado não vão mais falar, não vão trabalhar sozinhos! Homem vai ter que derrubar roça! Vai ter que plantar! Roça vai demorar muito para ficar pronta. Vai ter que cozinhar e fazer kasiri [bebida fermentada de mandioca]". Contam os Wajãpi que, no tempo da criação, a roça se fazia sozinha, o terçado arrancava mandioca sozinho, o panakõ caminhava e levava mandioca para a aldeia, a panela cozinhava sozinha. Mas os primeiros homens, por terem vontades próprias e também por desconfiarem do herói criador, passaram a ter que realizar os trabalhos, que foram divididos entre os homens e as mulheres. Os Wajãpi possuem uma sofisticada divisão sexual do trabalho, orientada especialmente pela complementaridade entre tarefas masculinas e tarefas femininas e pelas trocas de serviços e produtos. Um exemplo é o das roças. Os homens, junto com as mulheres, escolhem o local adequado a uma nova roça. Eles abrem a clareira e preparam o lugar para ser plantado pelas mulheres. Elas, por sua vez, plantam, colhem, preparam os alimentos e os oferecem aos homens. Esta não é simplesmente uma divisão de tarefas, está cheia de significados e ritos para os Wajãpi. Os homens são conhecedores profundos da mata (ka a), da caça (mijarã) e dos cuidados necessários para lidar com domínios distantes das aldeias. Já as mulheres são conhecedoras das roças (koo), do conhecimento sobre as plantas cultivadas (temitãgwerã) e também dos perigos e cuidados relacionados a estes domínios. 10

12 Ainda que haja conhecimentos específicos dos homens e das mulheres, eles compartilham seus saberes e também se ajudam em algumas tarefas homens podem plantar e colher certas espécies de cultivos na roça e as mulheres podem acompanhar o marido numa caçada, ajudando a carregar a caça para a aldeia. Os trabalhos realizados pelas mulheres são: escolher o lugar adequado para abertura de roças, plantar, cuidar dos cultivos, colher, carregar os alimentos, buscar água, pegar lenha, fiar e tecer algodão e cuidar das crianças. Já os desempenhados pelos homens são: derrubar e queimar a roça, caçar, fazer cestos, confeccionar adornos de pena e construir casas. Desde criança, as meninas e os meninos vão aprendendo técnicas corporais e tecnologias que fazem com que fiquem aptos a realizar as atividades cotidianas sem dificuldades. As regras da divisão do trabalho costumam ser estritamente seguidas pelos Wajãpi, e a sua quebra pode gerar olhares e comentários reprovadores e jocosos por parte das outras pessoas. Estas regras são repassadas de geração a geração, pois elas organizam o jeito de viver wajãpi e carregam valores que são transmitidos aos mais jovens pelos velhos sábios wajãpi (jovijã). 11

13 3. O significado da bebida para os Wajãpi A bebida fermentada de mandioca (kasiri) é muito importante para os Wajãpi. Sua preparação e o jeito de consumila foram ensinados para eles pelo herói mítico que criou a humanidade. Mastigar um pouco da massa de mandioca para provocar a fermentação faz parte da tecnologia aprendida para sua produção. Quando a bebida é pouco fermentada ou seja, quando ainda está doce é chamada de kasiri miti e tomada de manhã ou em outros momentos do dia, no âmbito de cada família. Quando é muito fermentada, é chamada de kasiri wasu e é servida em reuniões ou festas. Nos dois casos, é considerada um alimento. Não existe um calendário de festas ou de reuniões de kasiri para os Wajãpi. As famílias preparam a bebida quando estão com vontade ou para celebrar algum evento específico, quando há mandioca suficiente em suas roças, o que ocorre especialmente no período do verão. Explicam os Wajãpi que sem bebida não há canto, nem dança. Portanto, a bebida tem um papel muito importante para a manutenção dos conhecimentos wajãpi. As reuniões de kasiri e as festas servem para aproximar as pessoas, mas também para aflorar ou resolver conflitos entre elas. A embriaguez, para os Wajãpi, é um estado desejado porque faz com que as pessoas se tornem pesadas, um sinal de saúde. O ficar pesado, 12

14 como se traduz o estado kao, também está relacionado à alegria e à plenitude da pessoa. Esta é uma das justificativas fornecidas pelos AIS aos profissionais de saúde não-índios para o fato de um paciente wajãpi, quando está fazendo tratamento no posto de saúde, não conseguir recusar um convite para participar de um kasiri. Como os Wajãpi costumam dizer, kasiri é saúde. Diferenças entre o caxiri e as bebidas dos não-índios Hoje em dia, as bebidas compradas dos não-índios fazem parte da vida dos Wajãpi, especialmente quando estão na cidade. Nas aldeias, o kasiri é bebido na cuia, que é virada de uma vez e vai sendo distribuída pela kasirijarã, a "dona do caxiri", a mulher que foi responsável por prepará-lo e depois por servi-lo. Bebe-se o conteúdo da cuia inteira, e devolve-se a cuia vazia para a kasirijarã. Ela é quem decide para quem oferece novamente uma cuia cheia, e procura controlar excessos. Para cada festa, há uma quantidade de bebida finita (uma canoa, ou duas, uma panela ou duas). Quando a bebida termina, acaba a reunião. Já na cidade, bebe-se em copos e sem parar. Toda vez que termina uma garrafa pede-se mais uma. O que determina a quantidade de bebida consumida é o dinheiro disponível. Os Wajãpi costumam beber na cidade como bebem na aldeia. Por isso, na cidade, perdem facilmente o controle. Quando a cerveja bebida fermentada, assim como o caxiri é trocada pela pinga - muito mais alcoólica - o descontrole é ainda maior.... a bebida do não-índio e a bebida do índio, dos Wajãpi, são muito diferentes... a bebida dos nãoíndios é muito forte, faz perder a memória (...). Quando os jovens vão pra cidade e bebem, voltam pra cá e depois misturam com a nossa bebida, não ficam pensando direito não, nós chamamos notekokuai, nomarãkuai." 13

15 Os Wajãpi estão preocupados com o descontrole crescente do consumo de bebidas na cidade. Também estão muito preocupados com a entrada de bebidas dentro da TIW, através dos não-índios, o que acaba incentivando os jovens a consumirem bebidas também. 4. Alimentação Os Wajãpi, assim como outros povos indígenas, têm uma alimentação rica e variada, composta de produtos da caça, da pesca, do cultivo e da coleta. Nós já sabemos há muito tempo que a mudança de aldeias melhora nossa saúde, porque os lugares novos têm muita fartura e nossas famílias vão se alimentar bem. Nossa alimentação é carne de veado, de anta, de guariba, de preguiça, de tamanduá, de vários tipos de macaco, jacamim, arara, mutum, tucano, queixada, caititu, paca, jacaré, cutia, jabuti, trairão, tartaruga, puraqué, surubim, sarapó, outros tipos de peixes, caranguejo, etc. Também comemos corós que comem o tronco de palmeiras (pisu), saúvas, mel, vários tipos de castanhas, bacuri, pequiá, inajá, abiurana, pupunha, fruta de massaranduba, bacaba, açaí, a fruta do jatobá, cupuí, cupuaçu, taperebá, muito beiju, farinha de mandioca, banana, cajá, cacau, cacau de floresta, cana, graviola, manga, ingá, mamão, muitas frutas da floresta e muitos tipos de alimentos que plantamos nas roças (temitã). 14

16 A caça e a mandioca podem ser consideradas a base da alimentação do grupo. Os Wajãpi cultivam muitas espécies de mandioca, que são transformadas em diversos tipos de alimentos, como farinha, beiju, mingau de goma, kasiri etc. Além da caça, da pesca e dos produtos da roça, a coleta tem um papel muito importante na alimentação dos Wajãpi, tanto pela diversidade como pelo valor nutritivo dos alimentos que fornece. Coleta-se principalmente frutas como bacaba, açaí, ingá, castanha, pupunha, cupuaçu e também ovos de diversos animais, etc. Atualmente, com a construção de aldeias nos limites da TIW, houve uma melhora significativa na alimentação das famílias e, portanto, na saúde das pessoas. As áreas nos limites têm muita fartura de alimentos, além de terras férteis para se fazer roça. Hoje em dia, os alimentos comprados na cidade estão entrando principalmente nas aldeias onde há pessoas que recebem salário. A falta de informação sobre os alimentos composição, qualidade, quantidade saudável de ser consumida etc. leva alguns Wajãpi a consumir sal, açúcar, óleo, enlatados, ovos de galinha etc. em excesso. Soma-se a isso um discurso de desvalorização dos alimentos wajãpi, que alguns técnicos vindos da cidade consideram menos nutritivos. Intensifica-se, assim, a entrada de alimentos industrializados na TIW, apontando para futuras doenças como diabetes, colesterol, obesidade e pressão alta - que já assolam outros povos indígenas em situação parecida. Ainda que esteja aumentando o consumo de alimentos industrializados na TIW, os pacientes wajãpi, quando estão na CASAI, reclamam da comida e da forma de se alimentar dos não-índios. Eles estranham o preparo dos alimentos e o modo de servi-los. Na cidade, não se pode comer quanto quiser ou repetir até saciar a fome, porque os horários de se alimentar são fixos. Na minha área não tem café da manhã, almoço e janta como na cidade. Nós Wajãpi comemos a qualquer hora, quando estamos com fome. 15

17 Os pratos dos Wajãpi são as cuias, usadas para servir os vários tipos de mingau, o kasiri miti, as bebidas preparadas com pupunha, cará, macaxeira etc. Outros alimentos são comidos com beiju, e levados à boca com as mãos. Existem ainda várias regras relacionadas à alimentação: como segurar a cuia, como servir a comida, qual a ordem de distribuição do alimento em uma família etc. Os cuidados com a alimentação são muito importantes para que a pessoa viva bem ao longo de sua vida. 16

18 II. Aprendendo com as mulheres wajãpi. 1. Cuidados com as crianças e o processo de aprendizagem Os Wajãpi possuem um conjunto de regras de comportamento para cada fase da vida. Os cuidados com os filhos são especialmente importantes. Pais, mães, avós participam destes cuidados. Os filhos são criados sem muita repressão. Desde pequenos, imitam os pais, experimentando, errando, acertando. Aprendem a andar no mato, subir em árvores, reconhecer os animais e seus hábitos, conhecer os alimentos, as plantas curativas, a pescar, coletar, nadar, usar facas etc. As crianças são criadas para serem autônomas no futuro. Isso inclui saber fazer roças, construir casas e tecer redes, trançar artefatos de uso diário, caçar, pescar, coletar, etc. Na aldeia, as crianças pequenas podem brincar no chão e nas redes. Mas dar liberdade não significa não cuidar. Os pais e as mães wajãpi são muito zelosos com seus filhos, mas de um jeito diferente dos não-índios. No dia-a-dia, levam as crianças para a roça e para a mata, e pouco a pouco vão ensinando-as como manejar a faca, flechar peixes, carregar panakõ jimaraita ( cesto de brincadeira ) etc. As mães costumam ensinar as meninas, e os pais os meninos. As crianças, quando estão um pouco maiores, começam a explorar os lugares perto da aldeia e a ajudar nas atividades cotidianas. Através da prática e das palavras, os pais vão ensinando seus filhos a caminharem para a vida adulta. Quanto à alimentação dos filhos, há vários cuidados necessários para prevenir problemas no seu desenvolvimento. Dentre inúmeros cuidados, as mulheres chamam atenção para os ovos - de inhambu, mutum, jaboti, jacamim e também para o beiju de tapioca, que devem ser evitados pelas 17

19 meninas, para que no futuro não tenham dificuldade durante o parto. As bananas grudadas (duplas) também não podem ser comidas para evitar o nascimento de crianças gêmeas. Meninos e meninas também são orientados para não pisarem na alavanca do tipiti, pois isso pode fazer com que seus futuros filhos fiquem sentados ou em pé dentro da barriga da mãe. Esses poucos exemplos de um conjunto muito maior de conhecimentos e práticas, revelam a atenção dedicada aos filhos, do começo ao fim do dia, em casa, na roça ou na mata, na hora de se alimentar, de brincar, de banhar ou de descansar. Em cada situação, há cuidados que são transmitidos de geração a geração e continuam valorizados até hoje. Ainda nesse contexto de prevenção, a mãe costuma pintar os filhos e também se pintar de urucum com gengibre, gordura de macaco, andiroba, quando vão para roça ou caminhar na mata, porque o cheiro da pintura afasta os donos da floresta que podem agredir as pessoas e especialmente as crianças. Para se proteger, os Wajãpi costumam fazer fogo dentro das casas. Espanta" o frio e também evita que a criança sofra alguma agressão do patõnãjarã (dono do da escuridão), como ensinaram as sa i kõ, nossas avós. À noite, é comum as mulheres alimentarem o fogo e recolherem as brasas para colocar embaixo das redes. 2. A primeira menstruação Para os Wajãpi a passagem das meninas da infância para a vida adulta é marcada por um resguardo (-jikoako) seguido de uma celebração. Contam as mulheres que antigamente os rapazes também faziam resguardo para se tornarem bons caçadores. Hoje em dia eles iniciam a vida de caçadores após o ritual da primeira menstruação da irmã, quando recebem aplicações de picadas de formigas para confirmar sua força, não terem preguiça e não ficarem panema. 18

20 No caso das meninas, as duas primeiras menstruações exigem um resguardo bastante rígido em relação à alimentação, aos comportamentos e às ações. Os alimentos permitidos são carnes brancas e leves, peixes pequenos e beiju fino, mas sempre em pouca quantidade. As moças não podem tomar muita água, nem kasiri miti, para não ficarem pesadas. Tampouco comem certas caças, para não ficarem velhas rapidamente. Só podem se alimentar até o meio da tarde, ficando em jejum à noite. As moças quando menstruam devem ficar "envergonhadas", atitude valorizada pelo grupo para evitar agressões dos "donos" da floresta. Suas ações devem ser feitas com calma, sem muitos gestos. Seu cabelo deve ser raspado e ela deve usar um tapekwa [abano de palha trançada] ou um pedaço de kamisa [tecido usado para confeccionar as tangas] sobre a cabeça até que ele volte a crescer, sinal de que ela já é adulta. Antigamente, quando as filhas menstruavam pela primeira vez, o pai construía um tapiri separado da casa onde ficava a moça. Hoje, não se faz um tapiri separado, mas a mãe ata a rede da moça bem no alto, perto do esteio da casa, e se prepara uma passarela de varas de madeira, para que ela possa sair da casa até seus arredores, evitando o contato de seus pés com a terra. 19

21 A moça toma banho de cuia quando o sol está bem alto. Durante o dia, ela fica deitada, fiando algodão. Antes de acabar a menstruação, a mãe prepara um kasiri wasu e os velhos um trançado de palha onde são inseridas formigas tapija i para serem aplicadas na moça e nos irmãos dela, ou mesmo em todos os jovens da aldeia. Depois, os jovens e adultos e se juntam para beber e oferecer bebida para a moça, para diminuir a dor da mordida das formigas. Os mais velhos aplicam o trançado de formigas na moça, para que ela trabalhe bem, não tenha preguiça, pense bem etc. As mulheres explicam que, ao longo da vida, o resguardo por conta da menstruação vai se tornando mais leve, até não ser mais necessário, quando a mulher pára de menstruar. 3. Casamento Entre os Wajãpi, o casamento não é celebrado, como é costume dos não-índios. A mudança de situação, nesta fase da vida, não é tão marcada quanto no momento da primeira menstruação, ou no nascimento do primeiro filho. Casar, para os Wajãpi, é um compartilhar cotidiano de atividades, que se consolida com o nascimento dos filhos. Os casamentos são um assunto muito importante na vida social das aldeias, porque possibilitam a aproximação e colaboração entre famílias. As trocas matrimoniais geram outras trocas: de conhecimentos, de festas, de objetos, de cultivos, etc. Para saber com quem um Wajãpi pode casar, é preciso entender suas regras de classificação de parentes e não-parentes. Pessoas que são parentes para os não-índios nem sempre são parentes para os Wajãpi. Assim como nós, os Wajãpi não se casam com alguém que é classificado como parente. Além de fazerem essa distinção entre parentes (etarã) e não parentes (etarã rowã), os Wajãpi consideram certos casamentos mais adequados do que outros. O casamento preferencial, para um rapaz, será 20

22 com moças que ele chama de pa i rajyry (filha de meu sogro) e que podem ser: - filhas do irmão da mãe do rapaz - filhas da irmã do pai do rapaz Mas os Wajãpi não se casam com primos, casam-se com pessoas que eles chamam de futuro cônjuge. Isso porque o irmão da mãe e a irmã do pai bem como os filhos dessas pessoas são considerados etarã rowã, ou seja, estão na posição de não-parentes. Por este motivo, não podemos julgar as regras de classificação e casamento dos Wajãpi a partir das nossas próprias regras. Os casamentos são acertados muito cedo entre os pais das crianças. Esses acertos entre os pais não impedem que rapazes e moças experimentem várias relações, mas sempre com parceiros na posição de não-parente. Um casamento acertado desde muito tempo também pode ser desfeito, embora isso possa criar problemas políticos na relação entre famílias e grupos. Quando nasce um primeiro filho, geralmente os casais tendem a ficar juntos. Entre os Wajãpi, casa-se cedo e as mulheres têm filhos quando ainda estão muito novas. Quando avaliam que seus filhos já adquiriram autonomia para se sustentar sozinhos, os pais incentivam seus filhos a se casarem. Porque agora você está grande, agora você deve procurar mulher, o pai dele mandou. Você mata muita caça, ninguém vai cozinhar pra ti, diz para ele pai dele. Você trabalha na roça, ninguém vai plantar pra ti, ninguém vai fazer beiju pra ti. Aí pai dele vai procurar mulher pra ele. Porque rapaz já sabe fazer tudo sozinho. 21

23 Entre os Wajãpi, há várias famílias compostas por um marido e duas ou mais esposas. Essa prática é comum no grupo, sendo que geralmente as esposas são irmãs. A decisão de casar com a segunda esposa não é tomada apenas pelo marido, mas sobretudo por sua primeira esposa, que escolhe e convida a irmã. As duas esposas costumam se ajudar nos trabalhos da roça, na preparação dos alimentos e no cuidado com os filhos. Os filhos de ambas chamam as duas irmãs de mãe, mas usando palavras distintas: mama, para a mãe, e mama miti para a irmã da mãe. 4. Falando sobre gravidez A gravidez é um estado muito desejado e valorizado pelas mulheres wajãpi. A gravidez faz com que as moças tornem-se mulheres (ojimõwaivima - ela se transformou em mulher ). Diferentemente dos não-índios, para as mulheres wajãpi a gravidez é uma "espera silenciosa e discreta". Uma mulher não deve comentar muito sobre seu estado e deve se comportar como se não estivesse grávida. Durante a gravidez não há mudança na rotina de trabalho das mulheres. Elas vão para a roça, plantam, colhem, transportam e preparam os alimentos, carregam lenha, buscam água etc. Somente no final da gravidez é que os maridos as ajudam em algumas atividades, como carregar o panakõ. Explicam as mulheres que, na primeira gravidez, as moças precisam fazer um resguardo, que vai se tornando mais leve nas seguintes. Quanto aos alimentos, elas evitam comer carne com muito sangue e com cheiro forte. Os cheiros são perigosos porque atraem possíveis agressores que podem fazer com que elas percam as crianças. 22

24 Mulher gestante só gosta de comer fruta, nem gosta de comer carne, só come algumas carnes de aves, nem come carne de anta e guariba. Assim como as meninas, as mulheres grávidas não podem comer ovos - de inhambu, mutum, jaboti, jacamim e de galinha - nem beiju de tapioca e nem certas partes do macaco, como rabo e mãos, para evitar problemas durante o parto. Também não podem comer bananas grudadas para evitar gêmeos. Alimentos doces, só podem comer pouco, senão a criança vai ficar muito grande dentro da barriga e não vai conseguir nascer. A mulher grávida também não deve se coçar com as unhas para não ficar com a pele marcada pode se coçar somente com um pauzinho. Para evitar que a criança fique atravessada dentro da barriga, a mãe tem que dormir bem reta na rede, ou dormir cada dia de um lado. Se ela dormir sempre virada para o mesmo lado, a criança pode atravessar. Os pais não podem dormir invertidos dentro da rede do casal, senão a criança pode nascer em pé. Assim como as crianças, as mulheres grávidas não podem pisar na alavanca do tipiti, para evitar que a criança fique em pé ou sentada dentro da barriga. As mulheres conhecem também alguns remédios que devem ser passados na barriga, para que na hora do parto a criança nasça rapidamente. Quando a mulher está grávida, os maridos também devem tomar alguns cuidados como o de não matarem cobras e não usarem remédios para atrair a caça. Esses exemplos de proibições durante a gravidez fazem parte de um conjunto maior de cuidados com o bem estar da mãe e da criança. Se essas proibições são muito diferentes das nossas por exemplo, é permitido carregar peso, caminhar muito etc. é também porque, desde muito pequenas, as mulheres wajãpi adquirem tônus corporal para desenvolver todas as atividades que são parte do cotidiano de um grupo que vive na floresta. 23

25 5. Como é o parto na aldeia? O parto na aldeia é bem diferente do parto na cidade. Na aldeia, quando a mulher está no final da gravidez, o marido prepara um tapiri baixinho longe da casa e traz lenha e mandioca da roça para a mulher preparar farinha e tapioca. Ele constrói também uma trave baixa de madeira perto do tapiri para a mulher poder fazer força na hora de parir. Prepara um banco com o miolo do tronco da bananeira e traz folhas para forrar o chão. É nesse colchão de folhas que a criança vai cair. Muitas mulheres wajãpi dizem aos profissionais de saúde que a gravidez pode chegar até dez luas. Vale lembrar que uma lua não corresponde a um mês! Por isso, quando as mulheres afirmam que ainda não passou o tempo da criança nascer, é porque a contagem que elas estão fazendo é pelas luas e pelo conhecimento que têm de seu próprio corpo. As crianças nascem com impressionante facilidade. Mas isso resulta de um aprendizado, e o primeiro parto costuma ser mais difícil e acompanhado de perto e ajudado pela mãe, pela sogra ou por uma mulher mais velha e experiente. Quando a mulher está sozinha com o marido, este a ajuda a fazer força e a cortar o umbigo da criança. 24

26 Diferentemente dos não-índios, não há uma pessoa que pega a criança quando ela está saindo da mãe. Como dizem as mulheres wajãpi, a criança simplesmente cai [o a]. Só depois de cair, ou seja, nascer, ela será pega por uma avó, irmã da mãe, ou outra pessoa próxima, mas nunca pela própria mãe. Como a trave para fazer força é baixa e a mãe está apoiada no banco, a criança escorrega sobre as folhas de bananeira, delicadamente. Nesse momento, a pessoa que está ajudando no parto vai pegar a criança, verificar se ela é perfeita, cortar o umbigo e limpá-la com uma kamisa. A mãe aspira com a boca o nariz da criança, lava-a com água morna e a leva ao peito. Às vezes a placenta demora um pouco para cair, mas quando desce é embrulhada nas folhas de bananeira e enterrada num buraco feito na terra com facão, ali mesmo onde a criança nasceu. Depois disso, a mãe segue para o tapiri e deita em uma rede com a criança. É o início do resguardo. 6. Resguardo: o que os homens têm a ver com isso? Após o nascimento do filho, pai e mãe têm que fazer um longo resguardo para preservar a criança, que ainda está ainda mole, frágil. As cunhadas, em geral, ajudam no resguardo do casal trazendo lenha para o fogo, água para o banho e alimentos. O banho é realizado perto do tapiri. Explicam as mulheres que, principalmente à noite, é perigoso pisar no chão. Por isso, se for necessário sair da rede, é preciso andar de chinelo ou sobre uma passarela de varas. Os pais, durante um tempo, não poderão conversar muito nem trabalhar, caçar, pescar, banhar-se no rio, ir para a roça, fiar algodão, colher jenipapo, dar nós, ter relações sexuais etc. Só vão poder se alimentar de carnes leves, beiju, farinha, vários tipos de mingau e kasiri miti. Alguns alimentos precisam ser evitados, como: carnes de caça que têm muito 25

27 sangue, alguns peixes, algumas frutas como banana e caju, pimenta, kasiri wasu etc. Qualquer descuido dos pais pode causar infortúnios para a criança e até levá-la à morte. Por isso, o resguardo é muito respeitado. É muito comum os não-índios acharem que os homens, depois do parto das esposas, não trabalham por preguiça. Mas as mulheres wajãpi explicam que é muito perigoso para a criança se o pai fizer algum esforço, pois quando está de resguardo, ele está cuidando do princípio vital do filho. Quando o homem tem filho, não pode cortar arumã, não faz tipiti também, senão vai dar dor para o bebê, a criança não vai conseguir mijar. A criança vai chorar quando o pai trançar a palha. Não pode pescar, não pode caçar no mato, não pode caçar animais, senão criança vai ficar doente. Não pode atar a rede senão vai inchar a barriga da criança. Ele não pode trabalhar, não pode fazer flecha, senão vai doer pro filho dele, não pode fazer casa tem que resguardar, não pode nem trabalhar, só deitado. A mãe tem que resguardar, mas pai tem que resguardar mais. Conforme a criança vai crescendo e se desenvolvendo, os pais vão aos poucos retomando os seus trabalhos. Alguns cuidados com filhos pequenos suas mães. As mulheres wajãpi contam que aprendem a cuidar de seus filhos com 26

28 A mãe leva sempre a criança na tipóia, junto ao peito, então quando ela tem fome o alimento está sempre perto. Para aumentar o leite do peito é preciso tomar bastante kasiri miti, caldo de caça e de peixe. Quando a criança é recém-nascida ela só mama. Depois, a mãe começa a oferecer aos poucos outros alimentos como mingaus e kasiri miti. Quando começam as nascer os dentes, as mães oferecem alimentos mais sólidos, como pedacinhos de carne, beiju umedecido etc. Mas não são todos os animais caçados que as crianças podem comer quando pequenas. Alguns são particularmente evitados porque causam diarréia. Antigamente as mães procuravam não sair para outras aldeias com os bebês durante os primeiros dois meses de vida. Hoje as mães saem, mas evitam atravessar os igarapés ou viajar pelos rios. Para proteger seus filhos das agressões dos donos da floresta e das águas, as mães costumam amarrar um pedacinho de gengibre em uma cordinha de algodão no pulso da criança. O cheiro do gengibre, e de outras plantas perfumadas, evita que ela sofra qualquer tipo de agressão. As mulheres conhecem também muitos preparos usados nas crianças pequenas para elas andarem bem, trabalharem rápido, falarem bem, aprenderem várias línguas etc. Antigamente, só quando as crianças chegavam à puberdade é que a mãe tecia para elas sua kamisa (saia ou tanga) de algodão fiado e tingido com urucum. As mulheres explicam que, como hoje há muita fartura de pano vermelho, as mães vestem as crianças desde cedo. Algumas mães também compram calcinhas para suas filhas. Em todo caso, os sentimentos de vergonha estão mudando. As mulheres mais velhas contam que antigamente, suas avós ensinavam jeitos que uma mulher wajãpi devia sentar. Desde pequenas, as meninas iam aprendendo como evitar os olhares das outras pessoas. 27

29 III. Desafios para melhorar a atenção à saúde 1. O atendimento das mulheres nas instituições de saúde na cidade As duas primeiras partes deste documento procuraram apresentar um pouco da complexidade da organização social e dos conhecimentos e práticas wajãpi relacionadas aos cuidados com a saúde. Neste item serão discutidos os impactos e os desafios do encontro do sistema biomédico com a lógica de pensamento wajãpi sobre saúde e doença. Estas duas lógicas convivem, não sem dificuldades, tanto nas aldeias, quanto nas instituições de saúde na cidade (CASAI, postos e hospitais). As mulheres wajãpi, assim como os profissionais de saúde não-índios, sofrem impactos frente às diferenças culturais. As dificuldades mais visíveis são em relação à língua, aos costumes e o jeito de pensar saúde e doença. Apesar de existir um diálogo, este é limitado. Por se dar na língua e conforme os códigos dos não-índios, se trata de um diálogo ainda cheio de incompreensões de ambas as partes. As instituições voltadas à saúde indígena - o DSEI e a CASAI - que foram constituídas para dar conta da assistência a comunidades indígenas, ainda encontram muitas dificuldades em organizar e implementar os serviços de maneira diferenciada. Existe um esforço que passa pela prática cotidiana desses profissionais de saúde, ainda que não tenham qualquer tipo de apoio ou formação específica para lidarem com as especificidades culturais. Já nas instituições do SUS, o problema apresenta-se mais grave, pois além das dificuldades relativas às diferenças culturais, somam-se os preconceitos dos profissionais de saúde a respeito dos índios genéricos: não têm higiene, não têm capacidade de entendimento, não conhecem seus 28

30 corpos, não sabem fazer parto, não sabem cuidar de seus filhos etc. O que estas falas revelam é um não-reconhecimento, pelos profissionais de saúde, da existência de saberes e práticas relacionadas ao processo de saúde e doença nos povos indígenas. Quando existe este reconhecimento, os saberes dos povos indígenas parecem não ser tão válidos ou tão legítimos quanto os da biomedicina. O item a seguir aponta para os avanços legais na política de saúde indígena e os muitos desafios para colocá-la em prática. 2. Saúde diferenciada: como aplicá-la na prática? Para começar uma discussão sobre saúde diferenciada, vamos primeiramente rever o que está garantido na constituição e depois pensar como seria tentar aplicar esses direitos na prática junto aos Wajãpi. Em 1999, a partir do Decreto Nº 3.156, o Estado brasileiro assumiu uma nova postura frente à assistência à saúde dos povos indígenas, passando a responsabilidade pela sua gestão e operacionalização para a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Até então, como sabemos, a política de saúde indígena estava sob controle da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O que orientou essa nova legislação foi a tentativa de adequar a política de saúde indígena às especificidades socioculturais dos mais de 200 povos indígenas existentes em território nacional. Em outras palavras, o novo decreto atendeu a uma demanda antiga dos povos indígenas e de seus parceiros não-índios, reconhecendo a necessidade de implementar uma assistência diferenciada à saúde dessas populações, observando e respeitando os usos e costumes tradicionais em termos de cuidados com a saúde de cada um dos povos indígenas. 29

31 O Artigo 2º do Decreto de 1999 assinala que: Deverão ser observadas as seguintes diretrizes destinadas à promoção, proteção e recuperação da saúde do índio, objetivando o alcance do equilíbrio bio-psico-social, com o reconhecimento do valor e da complementariedade das práticas da medicina indígena, segundo as peculiaridades de cada comunidade, o perfil epidemiológico e a condição sanitária: I - o desenvolvimento de esforços que contribuam para o equilíbrio da vida econômica, política e social das comunidades indígenas; II - a redução da mortalidade, em especial a materna e infantil; III - a interrupção do ciclo de doenças transmissíveis; IV - o controle da desnutrição, da cárie dental e da doença periodental; V - a restauração das condições ambientais, cuja violação se relacione diretamente com o surgimento de doenças e de outros agravos da saúde; VI - a assistência médica e odontológica integral, prestada por instituições públicas em parceria com organizações indígenas e outras da sociedade civil; VII - a garantia aos índios e às comunidades indígenas de acesso às ações de nível primário, secundário e terciário do Sistema Único de Saúde - SUS; 30

32 VIII - A participação das comunidades indígenas envolvidas na elaboração da política de saúde indígena, de seus programas e projetos de implementação; e IX - O reconhecimento da organização social e política, dos costumes, das línguas, das crenças e das tradições dos índios. Parágrafo único. A organização das atividades de atenção à saúde das populações indígenas dar-se-á no âmbito do Sistema Único de Saúde e efetivar-se-á, progressivamente, por intermédio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, ficando assegurados os serviços de atendimento básico no âmbito das terras indígenas (grifos nossos). Esta legislação representou um avanço para a política de saúde indígena, pois garantiu em lei não somente uma organização diferenciada dos serviços, como a participação dos povos indígenas na gestão, programação e avaliação destes serviços. Também garantiu um atendimento à saúde diferenciado, ou seja um atendimento que respeite e reconheça as especificidades culturais e os saberes indígenas. Para caminhar em direção ao que a legislação propõe, é importante, dentre outras coisas, a formação e a organização de um Conselho Local de Saúde forte, com a participação das mulheres. Também é necessário que as instituições de saúde conheçam um pouco mais sobre as culturas dos povos com as quais trabalham. No caso dos Wajãpi algumas especificidades culturais devem ser consideradas e respeitadas, tais como: As mulheres possuem um conhecimento acumulado e repassado de geração a geração, por suas mães e avós sobre a questão da gravidez, parto, pós-parto e cuidados com as crianças. 31

33 A gravidez para as mulheres wajãpi não altera a realização de seus trabalhos cotidianos como ir para a roça, carregar o panakõ, preparar os alimentos, cuidar dos filhos, etc. As mulheres, quando ficam grávidas pela primeira vez, contam com a ajuda das mães e das mulheres mais velhas para terem seus filhos. Estas mulheres mais experientes auxiliam a primigesta a se posicionar, fazer força, cortar o umbigo, etc. O resguardo pós-parto realizado pelos pais da criança é responsável por garantir a integridade física e espiritual do filho durante seus primeiros meses de vida. Os Wajãpi possuem um vasto sistema de atitudes e regras de etiquetas, o wajãpi reko ( jeito de ser wajãpi ) que valorizam o comportamento moderado. Este comportamento moderado que inclui a descrição, o falar calmamente e não muito alto, não gritar, etc - é responsável por manter o equilíbrio nas relações sociais dos Wajãpi. Por fim, é importante ressaltar que a melhoria da situação de saúde dos povos indígenas não passa simplesmente pela adoção, por estes povos, dos conhecimentos e tecnologias da biomedicina, como ressalta a lei de 1999, mas também pelo reconhecimento e respeito das instituições de saúde pelo vasto conjunto de saberes e práticas relacionadas ao processo saúde-doença destes grupos. 32

34 Para saber mais... Textos sobre Saúde Indígena Langdon, E. Jean (1999) Saúde, saberes e ética: três conferências sobre Antropologia da Saúde Antropologia em Primeira Mão, Vol. 37, Ilha de Santa Catarina. (1996) A doença como experiência: a construção da doença e seu desafio para a prática médica. Antropologia em Primeira Mão, Vol. 12, Ilha de Santa Catarina. (1988) Saúde indígena: a lógica do processo de tratamento Saúde em Debate: Edição Especial: a saúde do índio: Buchillet. D. (1995) "Contas de vidro, enfeites de branco e potes de malária`". Série Antropologia 187, Departamento de Antropologia, UnB.2-23 Estudos sobre os Wajãpi que podem interessar aos profissionais de saúde Gallois, D. Tilkin (2007) Organização das aldeias e formas de casamento entre os Wajãpi: algumas informações básicas. Texto disponibilizado no site do Iepé ( (1991) A categoria doença de branco : ruptura ou adaptação de um modelo etiológico indígena? In: Buchillet,D (org.) Medicinas tradicionais e medicina ocidental na Amazônia. Belém, MPEG/CNPq/CEJUP/UEP. Oliveira, J. Cabral de (2006) Classificações em cena. Algumas formas de classificação das plantas cultivadas pelos Wajãpi do Amapari (AP). Dissertação de Mestrado em Antropologia Social na FFLCH/ USP. Rosalen, J. (2005) Aproximações à temática das DST junto aos Wajãpi do Amapari. Um estudo sobre malefícios, fluidos corporais e sexualidade. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social na FFLCH/USP. 33

35 Anexo Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO N o 3.156, DE 27 DE AGOSTO DE Dispõe sobre as condições para a prestação de assistência à saúde dos povos indígenas, no âmbito do Sistema Único de Saúde, pelo Ministério da Saúde, altera dispositivos dos Decretos nºs 564, de 8 de junho de 1992, e 1.141, de 19 de maio de 1994, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 14, inciso XVII, alínea "c", 18, inciso X e 28-B da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, D E C R E T A: Art. 1º A atenção à saúde indígena é dever da União e será prestada de acordo com a Constituição e com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, objetivando a universalidade, a integralidade e a equanimidade dos serviços de saúde. Parágrafo único. As ações e serviços de saúde prestados aos índios pela União não prejudicam as desenvolvidas pelos Municípios e Estados, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Art. 2º Para o cumprimento do disposto no artigo anterior, deverão ser observadas as seguintes diretrizes destinadas à promoção, proteção e recuperação da saúde do índio, objetivando o alcance do equilíbrio bio-psico-social, com o reconhecimento do valor e da complementariedade das práticas da medicina indígena, segundo as peculiaridades de cada comunidade, o perfil epidemiológico e a condição sanitária: I - o desenvolvimento de esforços que contribuam para o equilíbrio da vida econômica, política e social das comunidades indígenas; II - a redução da mortalidade, em especial a materna e a infantil; III - a interrupção do ciclo de doenças transmissíveis; IV - o controle da desnutrição, da cárie dental e da doença periodental; V - a restauração das condições ambientais, cuja violação se relacione diretamente com o surgimento de doenças e de outros agravos da saúde; VI - a assistência médica e odontológica integral, prestada por instituições públicas em parceria com organizações indígenas e outras da sociedade civil; VII - a garantia aos índios e às comunidades indígenas de acesso às ações de nível primário, secundário e terciário do Sistema Único de Saúde - SUS; 34

36 VIII - a participação das comunidades indígenas envolvidas na elaboração da política de saúde indígena, de seus programas e projetos de implementação; e IX - o reconhecimento da organização social e política, dos costumes, das línguas, das crenças e das tradições dos índios. Parágrafo único. A organização das atividades de atenção à saúde das populações indígenas dar-se-á no âmbito do Sistema Único de Saúde e efetivar-se-á, progressivamente, por intermédio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, ficando assegurados os serviços de atendimento básico no âmbito das terras indígenas. Art. 3º O Ministério da Saúde estabelecerá as políticas e diretrizes para a promoção, prevenção e recuperação da saúde do índio, cujas ações serão executadas pela Fundação Nacional de Saúde - FUNASA. Parágrafo único. A FUNAI comunicará à FUNASA a existência de grupos indígenas isolados, com vistas ao atendimento de saúde específico. Art. 4º Para os fins previstos neste Decreto, o Ministério da Saúde poderá promover os meios necessários para que os Estados, Municípios e entidades governamentais e nãogovernamentais atuem em prol da eficácia das ações de saúde indígena, observadas as diretrizes estabelecidas no art. 2º deste Decreto. Art. 5º Os arts. 2 o e 17 do Anexo I ao Decreto nº 564, de 8 de junho de 1992, passam a vigorar com a seguinte redação:(revogado pelo Decreto nº 4.645, de ) "Art. 2º A FUNAI tem por finalidade:... V - apoiar e acompanhar o Ministério da Saúde e a Fundação Nacional de Saúde nas ações e serviços destinados à atenção à saúde dos povos indígenas;..." (NR) "Art. 17. À Diretoria de Assistência compete promover e dirigir, em nível nacional, as ações de assistência aos índios nas áreas de proteção aos grupos indígenas isolados, de execução das atividades relativas à prestação, conservação e recuperação do meio ambiente das terras indígenas, de gerência econômica, patrimônio indígena e de desenvolvimento de atividades sociais produtivas, assim como apoiar e acompanhar as ações de saúde das comunidades indígenas, desenvolvidas pelo Ministério da Saúde." (NR) Art. 6º Os arts. 1º, 2º e 6º do Decreto nº 1.141, de 19 de maio de 1994, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º As ações de proteção ambiental e apoio às atividades produtivas voltadas às comunidades indígenas constituem encargos da União." (NR) "Art. 2º As ações de que trata este Decreto dar-se-ão mediante programas nacionais e projetos específicos, de forma integrada entre si e em relação às demais ações desenvolvidas em terras indígenas, elaboradas e executadas pelos Ministérios da Justiça, da Agricultura e do Abastecimento, do Meio Ambiente e da Cultura, ou por seus órgãos vinculados e entidades supervisionadas, em suas respectivas áreas de competência legal, com observância das normas estabelecidas pela Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973." (NR) 35

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