PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - PUC GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - PUC GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS IMPAIRMENT TEST
2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - PUC GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALUNOS:Amanda Mendonça Ediene Batista Eduardo Ávila Leonardo Braga Luiz Ricardo Maria Luiza Matheus Soares Otavio Augusto Paloma Costa Rusmabile Costa Ycaro Mendes
3 Evidenciação da Perda no Valor Recuperável de Ativos nas Demonstrações Contábeis: uma Verificação nas Empresas de Capital Aberto Brasileiras Autores: Fabiana Zandonai José Alonso Borba Maíra Melo de Souza Contabilidade Vista & Revista, vol. 22, núm. 2, abril-junio, 2011, pp Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais, Brasil
4 Objetivo O presente estudo busca verificar se as companhias de capital aberto que reconheceram perda no valor recuperável de ativos em 2008 seguiram as normas de divulgação contidas no pronunciamento técnico CPC- 01, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata do teste de recuperabilidade de ativos (impairment test).
5 Metodologia A metodologia aplicada ao artigo é de natureza qualitativa e quanto ao objetivo é exploratório descritivo, com procedimento de pesquisa documental.
6 Amostra Foram selecionadas 58 amostras de empresas brasileiras listadas no índice Ibovespa do primeiro quadrimestre de Dentre estas somente 6 empresas reconheceram perda no valor recuperável em ativos de longa duração.
7 Análise dos Resultados Nenhuma das companhias analisadas divulgou, de maneira completa, todas as determinações emanadas pelo CPC 01.
8 O quadro abaixo demonstra a características básicas, dos ativos que sofreram redução, se o bem ou direito desvalorizado constitui um ativo individual ou uma unidade geradora de caixa; se a Unidade Geradora de Caixa (UGC), que sofreu perda, contém ou não goodwill ou Ativos Intangíveis com Vida Útil Indefinida (AIVI) e se o método de mensuração do valor recuperável utilizado foi o Valor Líquido de Venda (VLV) ou Valor em Uso (VU):
9 O quadro abaixo demonstra as informações coletadas nas notas explicativas das empresas. Cada item numérico possui ligação com a respectiva exigência definida: Exigências CPC 01 na divulgação da perda Empresas Braskem X X X X X CESP X X X X X X Eletrobrás X X X X Petrobras X X X X X X Sabesp X X Vale do Rio Doce X X X X X X X X
10 Empresas Que Não Reconheceram a Perda 45 empresas informaram que realizaram a revisão no valor de recuperação em seus ativos, porém não constataram perda; 1 empresa (COMGAS) nada mencionou a respeito da prática. Badespar e Telemar Norte Leste divulgaram que houve redução no valor recuperável em uma de suas controladas e fizeram a diculgação, porém não contemplaram as demais exigências do CPC-01. A empresa avalia anualmente o valor recuperável dos ativos de longa duração, visando identificar possíveis perdas em seus valores recuperáveis
11 Conceito Test Impairment Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua tradução literal, deterioração. Tecnicamente trata-se da redução do valor recuperável de um bem ativo. O ajuste para perdas por desvalorização decorre da obrigação de avaliar os ativos, no mínimo anualmente, para ajustá-los a valor de sua realização, caso este seja inferior ao valor contábil. Base Legal Lei 6.404/ do art. 183 Lei Nº /07 BRASIL (1976, 2007)
12 Objetivo CPC 01 Estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas (fair value), e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização.
13 Ativos Tangíveis Alcance: Ativos Intangíveis
14 Exceto: Ativos financeiros; Estoques; Ativos fiscais diferidos; Ativos advindos de contrato de construção; Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais; Ativos não circulantes classificados como mantidos para venda; Ativos biológicos relacionados à atividade agrícola; Propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo; Ativos advindos de planos de benefícios a empregados.
15 Quais Empresas Fazem o Test Impairment Segundo a Lei e Lei , todas as micro, pequenas, médias e grandes empresas são obrigadas, a fazer o Test de Impairment, ou recuperabilidade de ativos.
16 Penalidades As penalidades podem ser divididas em dois momentos, seja quanto ao: Transparência Pecuniária
17 Transparência No que tange a transparência, a penalidade guarda relação com o não reconhecimento da realidade da empresa para os stakeholders e shareholders, ou seja, isto impactará com certeza, considerando valores expressivos, que estejamos falando de grandes corporações. recuperabilidade-de-ativos-impairment-cpc-01- equivalente-ao-ias-36-ifrs/
18 Pecuniária Embora aparentemente não tenha penalidade pecuniária, ou seja, se não fizer não terá multa, na realidade, se observarmos o exemplo abaixo emprestado do blog de Ângela Brilhante Portela, na minha visão, o reconhecimento da perda poderá diminuir sensivelmente a base de calculo do IRPJ e CSLL, uma vez que é tratada tal perda como um custodespesa dedutível. recuperabilidade-de-ativos-impairment-cpc-01- equivalente-ao-ias-36-ifrs/
19 Indicadores Os principais indicadores de impairment são a obsolescência, reestruturação ou venda parcial de um ativo e performance econômica pior do que a esperada. Portanto, havendo algum desses indícios o teste de recuperabilidade deve ser aplicado imediatamente a fim de estimar o valor recuperável da sua perda.
20 Indicadores Internos DANOS FÍSICOS Suspensão da demanda ou necessidade por serviços fornecidos pelo ativo, embora o ativo ainda permaneça com o mesmo potencial de serviço Alteração na maneira ou na expectativa de duração do uso
21 Indicadores Externos Alteração da legislação Mudanças significativas de mercado, tecnológicas, econômicas e legais Declínio significativo no valor de mercado Aumento nas taxas de juros ou outras taxas de retorno sobre o investimento
22 Unidade geradora de caixa CPC 01
23 Conceito: Unidade geradora de caixa é o menor valor identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
24 Exemplo 1: Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida pelo valor de sucata e ela não gera entradas de caixa que são, em grande parte, independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos. Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro privada, porque o seu valor de uso não pode ser determinado. Portanto a entidade deve estimar o valor de recuperabilidade da unidade geradora de caixa a qual a estrada pertence que é a mina como todo.
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26 Exemplo 2: Uma indústria que possui maquinários para a produção de papel, ela é uma unidade geradora de caixa. No caso de uma venda deste ativo é possível avaliar e mensurar o valor da máquina, esta avaliação será realizada por unidade.
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28 Valor recuperável de uma ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o montante que a empresa espera recuperar pelo uso futuro em suas operações. Valor recuperável Exemplo: Valor do ativo R$ ,00 Valor de uso R$ ,00 Valor recuperável R$ ,00 N Szuster, FS Fernandes (2009)
29 Valor contábil É o montante pelo qual um ativo ou de unidade geradora está reconhecido no balanço depois das deduções de depreciação, amortização ou exaustão acumulada e previsão para perda. Exemplo: Valor do ativo R$ ,00 Valor recuperável R$ ,00 Valor de perda R$ ,00 N Szuster, FS Fernandes (2009)
30 É definir procedimentos visando a assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado no tempo por uso nas operações da entidade ou em sua eventual venda. Caso existam evidências claras de que os ativos estão registrados por valor não recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer a desvalorização, por meio da constituição de provisão par perdas. Objetivo:
31 Ágio Por Expectativa de Rentabilidade Futura (goodwill) Goodwill -> Ativo intangível que surge, na maioria das vezes, decorrente da aquisição de uma empresa por outra. O Goodwill é normalmente a diferença entre o que uma empresa paga para adquirir outra e o valor patrimonial dessa mesma empresa.
32 Alocação a Unidade Geradora de Caixa: oativo que representa benefícios econômicos futuros advindos de outros ativos adquiridos que não são identificados individualmente; onão gera fluxos de caixa independentemente de outros ativos (ou grupos) e, frequentemente, contribui para os fluxos de caixa de múltiplas unidades geradoras de caixa; oadquirido em uma combinação de negócios deve ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente (ou grupo), a partir da data da operação.
33 Alienação ou Fim de Operação: o Incluído no valor contábil da operação quando da determinação dos ganhos ou perdas na baixa; o Mensurado com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela da unidade geradora de caixa mantida em operação (retida), a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação baixada. Mensurado com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela da unidade geradora de caixa mantida em operação (retida), a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação baixada.
34 Exemplo: Uma entidade vende por R$ 100 uma operação que fazia parte de unidade geradora de caixa na qual houve alocação de ágio pago por expectativa de resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode ser identificado ou associado, exceto arbitrariamente, a um grupo de ativos em nível mais baixo do que aquela unidade. O valor recuperável da parcela remanescente da unidade geradora de caixa retido é de R$ 300.
35 Teste da Redução do Valor Recuperável: O teste de redução ao valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) foi alocado deve ser realizado anualmente ou sempre que a houver indicação de que a unidade possa estar desvalorizada; Pode ser realizado a qualquer momento, desde que o teste seja realizado, todos os anos, na mesma ocasião.
36 Identificação dos ativos desvalorizados Mensuração do valor recuperável Ativo intangível (vida útil indefinida ou não disponível para uso) Goodwill (ágil pago por expectativa de rentabilidade futura) Mensuração
37 VALOR CONTÁBIL MAIOR QUE O VALOR RECUPERÁVEL SIM IMPAIRMENT N Ã O NÃO HÁ IMPAIRMENT
38 RECONHECIMENTO E MENSURAÇAO DA PERDA VALOR CONTÁBIL 100 MENOS MENOS VALOR RECUPERÁVEL 70 IGUAL IGUAL PERDA 30
39 Comprovação e Divulgação do Test Impairment Comprovação a partir de laudos técnicos. Divulgação por meio de notas explicativas.
40 REVERSÃO DE IMPAIRMENT FONTE: CPC 01 A entidade deve avaliar ao termino de cada período de reporte, se há algumas indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.
41 REVERSÃO DE PERDA POR DESVALORIZAÇÃO DO ÁGIO POR EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA (GOODWIL) A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwil) não deve ser revertida em período subsequente. A NBC TG 04 proíbe o reconhecimento de ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwil) gerado internamente. Qualquer aumento no valor recuperável do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwil), nos períodos subsequentes ao reconhecimento de ágio por expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwil gerado internamente) e não reversão da perda por desvalorização reconhecida para o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwil). Fonte:CPC 01
42 Exemplo prático Data Base: Ano 1 Máquina Valor original (custo de aquisição) R$ ,00 (-) Depreciação acumulada R$ ,67 (=) Valor contábil R$ ,33 Após o teste de Impairment, foi detectada uma perda por desvalorização: Valor recuperável R$ ,92 Valor contábil R$ ,33 Perda por desvalorização (impairment) - R$ 2.667,41 Fonte:
43 Contabilização Contas Contábeis Débito Crédito Despesa com perda por desvalorização da máquina (conta de resultado) R$ 2.667,41 Perda por desvalorização da máquina (conta redutora do ativo imobilizado) R$ 2.667,41 Fonte:
44 Máquina Valor original (custo de aquisição) R$ ,00 (-) Depreciação acumulada R$ ,67 (-) Perda por desvalorização da máquina (Impairment) R$ 2.667,41 (=) Valor recuperável do ativo R$ ,92 Data Base: Ano 2 No segundo ano, por um aumento da demanda do mercado pelos produtos fabricados por essa máquina as expectativas com relação a geração de caixa aumentaram de forma significativa, por exemplo: Máquina em Data Base Ano 2 Valor original (custo de aquisição) R$ ,00 (-) Depreciação acumulada (12 quotas a mais) R$ ,67 (=) Valor contábil R$ ,33 Fonte :
45 Nova estimativa de caixa: Ano Entrada de Caixa Saída de Caixa FCF 1 R$ ,00 R$ 5.500,00 R$ ,00 2 R$ ,00 R$ 5.000,00 R$ ,00 3 R$ ,00 R$ 4.800,00 R$ ,00 4 R$ ,00 R$ 4.500,00 R$ ,00 5 R$ ,00 R$ 4.000,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Considerando uma taxa de desconto (r) = 25% e trazendo a valor presente teremos: Ano Entrada de Caixa Saída de Caixa FCF Valor Presente 1 R$ ,00 R$ 5.500,00 R$ ,00 R$ ,00 2 R$ ,00 R$ 5.000,00 R$ ,00 R$ ,00 3 R$ ,00 R$ 4.800,00 R$ ,00 R$ ,40 4 R$ ,00 R$ 4.500,00 R$ ,00 R$ 8.396,80 5 R$ ,00 R$ 4.000,00 R$ ,00 R$ 5.242,88 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,08 Fonte:
46 Valor recuperável (valor em uso) R$ ,08 Valor contábil R$ ,33 Perda por desvalorização (impairment) - R$ 0,00 Como o valor recuperável é maior do que o valor contábil não há Impairment, entretanto, no ano anterior quando as premissas eram diferentes foi contabilizada uma perda. Nesse caso, a empresa deve efetuar a reversão total da perda constituída no exercício anterior: Contabilização: Contas contábeis Débito Crédito Reversão da Perda por desvalorização da máquina (conta redutora do imobilizado) Receita com perda por desvalorização da máquina (conta de resultado) R$ 2.667,41 R$ 2.667,41 Fonte:
47 Posição final no Balanço Patrimonial Máquina Valor original (custo de aquisição) R$ ,00 (-) Depreciação acumulada R$ ,67 (-) Perda por desvalorização da máquina (impairment) R$ 0,00 (=) Valor contábil R$ ,33 Fonte:
48 Referências Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=2 m entre Redução ao Valor Recuperável de Ativos e Reavaliação de Ativos
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