GESTÃO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS DE PEQUENO PORTE
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- Luca Macedo Lisboa
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1 GESTÃO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS DE PEQUENO PORTE Betina Gabriela Schuster Diego Campos Pereira João Batista Moreira Sobrinho RESUMO O presente estudo objetivou realizar o levantamento dos custos diretos da frota de uma empresa de transporte rodoviário de cargas de pequeno porte. Neste sentido, utilizou-se uma abordagem de contabilidade gerencia considerando-a como sistemas de custeio que pode ser utilizado como base para o processo de tomada de decisão. Desta forma, quanto aos objetivos, o estudo se caracteriza como exploratório, visando proporcionar maior familiaridade com o problema. Quanto à abordagem o estudo se caracteriza como qualitativo e quantitativo. Qualitativo na coleta das informações, e quantitativo na elaboração do instrumento de controle de custos da frota de caminhões. Quanto aos procedimentos o trabalho se caracteriza como pesquisa-ação, uma que o pesquisador se envolveu na elaboração do problema e na sua solução. Para execução foi realizado o levantamento dos custos diretos dos dois caminhões da frota da pequena empresa. Na sequência, a análise para identificar o percentual de lucro bruto sobre a receita e o percentual de custos totais sobre a receita. Por fim, se efetivou a comparação de desempenho entre os dois caminhões, que demonstrou um percentual de lucro bruto 25%. Palavras-chave: transporte, contabilidade gerencial, custos ABSTRACT The present study aimed to carry out the survey of the direct costs of the fleet of a small cargo road transport company. In this sense, we used a management accounting approach considering it as costing systems that can be used as a basis for the decision-making process. Thus, with regard to the objectives, the study is characterized as exploratory, aiming to provide greater familiarity with the problem. Regarding the approach, the study is characterized as qualitative and quantitative. Qualitative in the collection of information, and quantitative in the elaboration of the cost control instrument of the truck fleet. As for the procedures, the work is characterized as action research, one that the researcher was involved in the elaboration of the problem and its solution. For the execution, a survey of the direct costs of the two trucks of the small company fleet was carried out. Next, the analysis to identify the percentage of gross profit over revenue and the percentage of total costs over revenue. Finally, the performance comparison between the two trucks was verified, which showed a 25% gross profit percentage. Key-words: transportation, management accounting, cost 1
2 Introdução Segundo Araújo (2011), o transporte rodoviário ocorre em estradas de rodagem, com a utilização de veículos como caminhões e carretas, podendo ocorrer em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma viagem, sendo responsável por mais de 60% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil, com o seu custo representando cerca de 6% do Produto Interno Bruto do país. Neste ambiente, como avaliar o desempenho da frota de caminhões e quais informações essa análise gerencial pode fornecer para um melhor gerenciamento da empresa de transporte de cargas? Segundo Iudícibus (1998), a contabilidade gerencial está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir a empresa de informações que sejam válidas e efetivas no modelo decisório do administrador. Desta forma, Cunha (2007) afirma que o objetivo da contabilidade gerencial é fornecer suporte ao processo de tomada de decisões. Neste sentido o presente estudo tem como objetivo realizar o levantamento e análise dos custos diretos em uma empresa de transporte de cargas pequeno porte. CONTABILIDADE GERENCIAL. Para Atkinson et al (2008) a contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, relatar e analisar as informações sobre os eventos econômicos da organização, sendo a principal fonte de informação gerencial, auxiliando no processo de tomada de decisão. De forma complementar, Crepaldi (2011) descreve que o processo da contabilidade gerencial deverá ser obtido através do processamento de coleta de dados e informações, permitindo aos administradores avaliar o desempenho de atividades, bem como a sua situação econômico-financeira da organização. Desta forma, Macohon e Beuren (2016) acrescentam que a contabilidade gerencial pode ser considera como métodos de custeio, modelos de gestão, métodos de avaliação ou sistemas de custeio que possam ser utilizados como base para o processo de tomada de decisão. Neste sentido, os autores afirmam que a contabilidade gerencial desdobra-se em quatro estágios. O primeiro estágio está relacionado à determinação do custo e controle financeiro, o segundo se refere as informações para controle e planejamento gerencial, o terceiro estágio está relacionado a redução de perdas de recursos no processo operacional, e o quarto estágio, criação de valor por meio do uso efetivo dos recursos. Neste sentido, conclui-se que a contabilidade gerencial pode ser utilizada eficazmente para a tomada de decisões, pois, através dela são geradas informações que podem e devem ser utilizadas pelo gestor, para um melhor gerenciamento da organização. Desta forma, Horngren et al (2000) afirma que os sistemas gerenciais registram o custo dos recursos adquiridos e acompanham seus usos posteriores. Na sequência será apresentado os conceitos de sistemas de custos bem como as definições de custos, que são parte integrante da contabilidade gerencial e foco do estudo. 2
3 Sistema de custeio Segundo Scramim e Batalha (1998), nos últimos trinta anos verificou-se uma transição da contabilidade de custos para a análise gerencial de custos. Esta transição levou ao destaque a importância que a contabilidade gerencial desfruta hoje na indústria, comércio e nos meios acadêmicos. Desta forma, a análise estratégica de custo é um importante elemento dentro do novo ambiente competitivo que vivem as organizações, em um contexto de grandes incertezas, acentuada concorrência entre firmas e ciclos de vida dos produtos cada vez mais reduzidos. Neste sentido, os dados de custos são usados para desenvolver estratégias superiores a fim de se obter uma vantagem competitiva sustentável. Desta forma, Silva et al. (2001) destacam que para entender o sistema de custos, deveremos fazê-lo dentro da visão de um todo, analisado pelo sistema de informações gerenciais de uma empresa, onde o mesmo será parte integrante, o que denota que ele será visto como um subsistema do sistema maior. Logo, a concepção de um sistema de custos passa por diversas etapas, desde a elaboração, até a implantação e execução para o seu perfeito funcionamento. Segundo Atkinson et al (2008) o custo de uma empresa se refere aos recursos usados para fornecer um bem ou serviço. De acordo com Iudicíbus (1998), na linguagem comercial, custo significa quanto foi gasto para adquirir certo bem, objeto, propriedade ou serviço. Cardoso et al (2007) afirma que o custo é um gasto relativo ao consumo de recursos (bens ou serviços) utilizados na produção de outros bens ou serviços. De forma complementar, Ribeiro (2009) descreve que o custo, ao integrar o valor do produto fabricado, deverá ser totalmente recuperado pela empresa por ocasião da venda do respectivo produto. Neste sentido, Atkinson et al (2008) os custos podem assumir diferente comportamentos com relação ao volume de produção, podendo ser classificados com fixo, variável, direto e indireto. Custo fixo e variável Para Crepaldi (2011), os custos fixos são aqueles que não variam diretamente com o volume de produção. De forma complementar, Horngren et al (2000) acrescenta que os fixos tornam-se menores em termos unitários a medida que a produção aumenta. Diferentemente, dos custos fixos, segundo Cardoso et al (2007), os custos variáveis são aqueles que sofrem alteração conforme a quantidade produzida, estão diretamente ligados a produção e mudam na mesma proporção dela. Custo direto e indireto Segundo Horngren et al (2000), os custos diretos são aqueles relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável. Leone (2000) acrescenta que todo custo que é identificado naturalmente ao objeto do custeio pode ser caracterizado como custo direto. De forma contraria, o custeio indireto, de acordo com Horngren et al (2000) e Leone (2000), estão relacionados ao objeto, mas não podem ser identificados com este de maneira 3
4 direta, necessitando ser alocados através de um método de alocação de custos denominado rateio. São debitados indiretamente por meio de taxas de rateio ou critério de alocação. Metodologia O estudo foi desenvolvido em uma empresa de transporte de pequeno porte, localizada no município de Jaciara, Mato Grosso. A organização foi fundada em 30 de janeiro de 2011, possuindo atualmente 2 caminhões, sendo um VOLVO FH 380, e SCANIA D 400. Desta forma, quanto aos objetivos, o estudo se caracteriza como exploratório, que segundo Gil (2002) visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Neste sentido, Severino (2007) acrescenta que a pesquisa exploratória é aquela que busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto. Quanto à abordagem o estudo se caracteriza como qualitativo e quantitativo. Qualitativo na coleta das informações, e quantitativo na elaboração do instrumento de avaliação do desempenho da frota de caminhões. Neste sentido, Prodanov (2013) descreve que a abordagem qualitativa é aquela que não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. De forma oposta, na abordagem quantitativa tudo pode ser quantificado. Tudo é traduzido em números, percentagem, média, etc. Por fim, quanto aos procedimentos o trabalho se caracteriza como pesquisa-ação, que segundo Thiollent (2011) é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Aplicação e Análise de Resultados Para que o objetivo do estudo fosse atingido, elaborou-se duas planilhas contendo as receitas e os custos diretos associados a cada caminhão da transportadora, o estudo analisou os resultados do ponto de vista gerencial, para tanto, foram levantados os dados referentes aos custos dos caminhões nos meses de maio de 2015 a abril de 2016, conforme Tabela 1. 4
5 Tabela 1 Custos diretos de cada caminhão no período de maio 2015 a abril de 2016 CAMINHÃO 01 Mês mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 Receitas R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Documentos Combustível R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 9.102,00 R$ ,00 R$ ,00 Pedágio R$ 200,00 R$ 53,00 R$ 130,00 R$ 70,00 R$ 535,00 R$ 205,00 Descarga R$ 400,00 R$ 200,00 R$ 810,00 R$ 1.080,00 R$ 430,00 R$ 300,00 Despesas em geral R$ 2.260,00 R$ 1.928,00 R$ 2.240,00 R$ 1.950,00 R$ 1.656,00 R$ 1.200,00 Motorista R$ 2.230,00 R$ 2.153,00 R$ 2.228,00 R$ 2.062,00 R$ 2.962,00 R$ 2.342,00 Custo total R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Lucro bruto R$ 5.319,00 R$ 6.332,00 R$ 4.768,00 R$ 6.356,00 R$ ,00 R$ 6.817,00 Mês nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Receitas R$ ,00 R$ 0,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Documentos R$ 3.000,00 Combustível R$ ,00 R$ ,00 R$ 8.627,00 R$ ,00 R$ ,00 Pedágio R$ 944,00 R$ 661,00 R$ 20,00 R$ 669,00 R$ 329,00 Descarga R$ 310,00 R$ 520,00 R$ 280,00 Despesas em geral R$ 3.908,00 R$ 4.432,00 R$ 995,00 R$ 4.180,00 R$ 7.025,00 Motorista R$ 3.329,00 R$ 3.441,00 R$ 2.548,00 R$ 1.963,00 R$ 3.158,00 R$ 3.414,00 Custo total R$ ,00 R$ 3.441,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Lucro bruto R$ 9.870,00 -R$ 3.441,00 R$ 2.556,00 R$ 7.715,00 R$ 7.715,00 R$ 7.498,00 5
6 CAMINHÃO 02 Mês mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 Receitas R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Documentos Combustível R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 9.419,00 R$ ,00 R$ ,00 Pedágio R$ 65,00 R$ 100,00 R$ 20,00 R$ 70,00 R$ 546,00 R$ 368,00 Descarga R$ 400,00 R$ 105,00 R$ 465,00 R$ 120,00 Despesas em geral R$ 1.117,00 R$ 745,00 R$ 6.385,00 R$ 1.450,00 R$ 5.506,00 R$ 4.621,00 Motorista R$ 1.952,00 R$ 1.979,00 R$ 2.715,00 R$ 1.872,00 R$ 2.763,00 R$ 2.861,00 Custo total R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Lucro bruto R$ 5.786,00 R$ 6.504,00 R$ 5.786,00 R$ 5.452,00 R$ 5.352,00 R$ 5.007,00 Mês nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Receitas R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Documentos R$ 2.850,00 Combustível R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Pedágio R$ 527,00 R$ 317,00 R$ 247,00 R$ 237,00 R$ 299,00 Descarga R$ 180,00 R$ 480,00 R$ 325,00 Despesas em geral R$ 6.129,00 R$ 5.535,00 R$ 1.083,00 R$ 5.237,00 R$ 2.110,00 Motorista R$ 3.659,00 R$ 3.452,36 R$ 2.108,00 R$ 2.466,00 R$ 3.229,00 R$ 2.878,00 Custo total R$ ,00 R$ 3.452,36 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 Lucro bruto R$ 6.942,00 -R$ 3.452,36 R$ 2.781,00 R$ 4.687,00 R$ 9.510,00 R$ 9.006,00 Na sequência são apresentados os custos diretos relacionados ao caminhão 1. Tabela 2 - Custos diretos do caminhão 1 Descrição CAMINHÃO meses Receitas R$ ,00 Documentos R$ 3.000,00 Combustível R$ ,00 Pedágio R$ 3.816,00 Descarga R$ 4.330,00 Despesas em geral R$ ,00 Motorista R$ ,00 Custo total R$ ,00 Lucro bruto R$ ,00 Na Tabela 2, que demonstra os custos diretos do caminhão 1, as receitas obtidas foram de R$ ,00, um custo total de R$ ,00, com um lucro bruto de R$75.487,00. Pode-se observar que a despesa com combustível é a de maior relevância no total de custos, 6
7 seguida pelas despesas em geral, que se caracterizam com as despesas com manutenção, como: borracharia, pneus novos, recapagens, lavagens, peças e concertos; e posteriormente o custo com o motorista. A tabela 2, destaca o percentual de rentabilidade obtido com o caminhão 1. Tabela 3 Indicadores de desempenho do caminhão 1 painel de indicadores fórmula valor percentual de lucro bruto LB/REC 27% percentual de custo total CT/REC 73% Quanto a rentabilidade, os indicadores de desempenho do caminhão 1 foram obtidos através do percentual de lucro bruto, e percentual de custo total. Desta forma, o percentual de lucro bruto no período de 12 meses representa 27%, e o percentual de custo total representam 73% da receita total do mesmo período. Na sequência são apresentados os dados relativos ao percentual de participação das despesas com relação às receitas totais. Tabela 4 Análise das despesas do caminhão 1 CAMINHÃO 01 Descrição 12 meses percent. despesas Receitas R$ ,00 Documentos R$ 3.000,00 1,1% Combustível R$ ,00 48,3% Pedágio R$ 3.816,00 1,3% Descarga R$ 4.330,00 1,5% Despesas em geral R$ ,00 11,2% Motorista R$ ,00 10,0% Custo total R$ ,00 73,4% A Tabela 4 mostra os resultados em percentual da análise de despesas do caminhão 1. Pode-se observar que a soma total dos custos representam 73,4% da receita do caminhão, desses, 48,3 % é representado pelo combustível, o que demonstra ser o maior gasto do caminhão, seguido das despesas em geral 11,2%, motorista 10%, os outros gastos representaram menos de 2% cada. A seguir, a tabela 5, representa os custos diretos do caminhão 2 7.
8 Tabela 5 - Custos diretos do caminhão 2 Descrição CAMINHÃO meses Receitas R$ ,00 Documentos R$ 2.850,00 Combustível R$ ,00 Pedágio R$ 2.796,00 Descarga R$ 2.075,00 Despesas em geral R$ ,00 Motorista R$ ,00 Custo total R$ ,00 Lucro bruto R$ ,00 Na Tabela 5 que demonstra os custos diretos do caminhão 2, as receitas obtidas foram de R$ ,00, um custo total de R$ ,00, com um lucro bruto de R$66.813,00. Pode-se observar que assim como no caminhão 1 a despesa com combustível é a de maior relevância no total de custos, seguida pelas despesas em geral e posteriormente o custo com o motorista. A Tabela 6, destaca o percentual de rentabilidade obtido com o caminhão 2. Tabela 6 Indicadores de desempenho do caminhão 2 painel de indicadores fórmula valor percentual de lucro bruto LB/REC 23% percentual de custo total CT/REC 77% Quanto a rentabilidade, os indicadores de desempenho do caminhão 2 foram obtidos através do percentual de lucro bruto, e percentual de custo total. Desta forma, o percentual de lucro bruto no período de 12 meses representa 23%, e o percentual de custo total representam 77% da receita total do mesmo período. Na sequência são apresentados os dados relativos ao percentual de participação das despesas com relação às receitas totais. Tabela 7 Análise das despesas do caminhão 2 CAMINHÃO 02 Descrição 12 meses percent. despesas Receitas R$ ,00 Documentos R$ 2.850,00 1,0% Combustível R$ ,00 49,8% Pedágio R$ 2.796,00 1,0% Descarga R$ 2.075,00 0,7% Despesas em geral R$ ,00 14,0% Motorista R$ ,00 10,0% Custo total R$ ,00 76,5% 8
9 A Tabela 7 mostra os resultados em percentual da análise de despesas do caminhão 2. Pode-se observar que a soma total dos custos representam 76,5% da receita do caminhão, desses, 49,8 % é representado pelo combustível, o que demonstra ser o maior gasto do caminhão, seguido das despesas em geral 14%, motorista 10%, e os outros gastos representaram 1% ou menos. A Tabela 8 demonstra os resultados comparados entre os 2 caminhões. Tabela 8 Comparação do desempenho dos 2 caminhões Descrição Caminhão 1 Caminhão 2 Diferença R$ Diferença % Receitas R$ ,00 R$ ,00 R$ 958,00 0,3% Documentos R$ 3.000,00 R$ 2.850,00 -R$ 150,00-5,0% Combustível R$ ,00 R$ ,00 R$ 4.820,00 3,5% Pedágio R$ 3.816,00 R$ 2.796,00 -R$ 1.020,00-26,7% Descarga R$ 4.330,00 R$ 2.075,00 -R$ 2.255,00-52,1% Despesas em geral R$ ,00 R$ ,00 R$ 8.144,00 25,6% Motorista R$ ,00 R$ ,00 R$ 93,00 0,3% Custo total R$ ,00 R$ ,00 R$ 9.632,00 4,6% luro bruto R$ ,00 R$ ,00 -R$ 8.674,00-11,5% A Tabela 8 contém as comparações entre os 2 caminhões, com as diferenças dadas em valores financeiros (R$) e em percentual (%). Pode-se observar que o caminhão 2 obteve uma receita superior em R$958,00. Entretanto, lucro bruto do caminhão 2 se mostrou inferior em R$ 8.674,00. Neste sentido, apesar do caminhão 2, ter uma receita superior ao caminhão 1, sua rentabilidade se mostrou inferior em -11,5%. Por fim, a tabela 9, demonstra o resultado consolidado dos 2 caminhões. Tabela 9 Resultados consolidados Descrição Caminhão 1 Caminhão 2 total % Receitas R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 100% Documentos R$ 3.000,00 R$ 2.850,00 R$ 5.850,00 1% Combustível R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 49% Pedágio R$ 3.816,00 R$ 2.796,00 R$ 6.612,00 1% Descarga R$ 4.330,00 R$ 2.075,00 R$ 6.405,00 1% Despesas em geral R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 13% Motorista R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 10% Custo total R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 75% lucro bruto 25% 9 Conforme demonstrado na Tabela 8, nesse período a empresa obteve uma receita de R$ ,99 e um custo total de R$ ,00. O resultado obtido demonstra que a empresa
10 teve um lucro bruto de 25%, com os gastos representando 75%, sendo o combustível o maior gasto, com representatividade de 49% do valor das receitas. CONCLUSÃO O estudo teve como objetivo realizar o levantamento e análise dos custos diretos em uma empresa de transporte de cargas pequeno porte. Neste sentido, foram desenvolvidas planilhas com informações sobre os custos diretos associados aos 2 caminhões da frota. Através do estudo, verificou-se que mais de 70% da receita dos caminhões são alocadas em custos diretos, sendo o combustível o custo de maior representatividade, com 50%. Com relação ao desempenho da frota, o caminhão 2 apresenta um faturamento maior, entretanto o seu lucro bruto é menor do que o caminhão 1, já que o primeiro apresenta um percentual de lucro de 23% e o segundo de 27%. O desempenho global da empresa se mostrou satisfatório, uma vez que os caminhões originaram um lucro bruto de 25%. Desta forma, a empresa analisada poderá utilizar as informações para maximizar os recursos investidos. Neste sentido, para aumentar seu lucro bruto, a organização deverá monitora e reduzir as variáveis que mais impactam sua receita, a saber: consumo de combustível, despesas em geral e motorista. REFERÊNCIAS ARAUJO, J. G. Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil Mercado Atual e Próximas Tendências. ILOS, Disponível em: < option=com_content&task=view&id=1755&ite mid=74>. Acessado em: 20/10/2016. ATKINSON, A. A. BANKER, R. D. Gerencial. 2 ed. São Paulo: Atlas KAPLAN, R. S. YOUNG, S. M. Contabilidade CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática 3 ed. São Paulo: Atlas, CUNHA, A. S. Análise de Custos. 2 ed. Palhoça: Unisul Virtual, GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, HORNGREN, C. T. FOSTER, G. DATAR, S. M. Contabilidade de custos. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC, IUDÍCIBUS, S. Contabilidade gerencial 6 ed. São Paulo: Atlas, LEONE, G. S. G. Custos: planejamento, implantação e controle 3ed. São Paulo: Atlas, MACOHON, E. R. Estágios Evolutivos da Contabilidade Gerencial que Preponderam em um Polo Industrial Moveleiro. Revista Catarinense da Ciência, Florianópolis, SC, v. 15, n. 45, p.09-22, maio/ago
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GDOC INTERESSADO CPF/CNPJ PLACA
Fatores válidos para recolhimento em 01/02/2017 JANEIRO 3,4634 3,3316 3,1086 2,9486 2,7852 2,6042 2,3996 2,2471 2,0710 1,9331 1,8123 1,6867 FEVEREIRO 3,4534 3,3078 3,0941 2,9384 2,7727 2,5859 2,3888 2,2349
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