Prof. Dr. Silvio Aparecido Crepaldi.
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- João Guilherme Batista Barreto
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3 O objetivo deste capítulo é ensinar a calcular o custo de um produto por meio do sistema de custeio variável, identificando a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio e a margem de segurança para fins decisórios e gerenciais. Ao interpretarmos as relações custo/volume/lucro para a empresa mostraremos algumas comparações entre o sistema de custeio por absorção e o sistema de custeio variável. 3
4 É um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os. Os Custos Fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. 4
5 Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. 5
6 designa os custos que, em valor absoluto, são proporcionais ao volume da produção, isto é, oscilam na razão direta dos aumentos ou reduções das quantidades produzidas. designa os custos que, em valor absoluto, são estáveis, isto é, não sofrem oscilações proporcionais ao volume da produção, dentro de certos limites. 6
7 Produtos custeados pelo custeio direto e por absorção Suponhamos uma empresa que fabrique apenas um único produto e que tenha os seguintes volumes de produção e de vendas: 7
8 Período (ano) Produção Vendas Estoque Final
9 A estrutura de seus custos de produção é: Custos variáveis $ Matéria-prima Materiais auxiliares Energia elétrica Mão-de-obra direta 20,00/un. 8,00/un. 4,00/un. 18,00/un. TOTAL 50,00/un. 9
10 Custos fixos $ Mão-de-obra Depreciação Manutenção Outros , , , ,00 TOTAL ,00/ano 10
11 A empresa utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques e custos dos produtos vendidos. O custo unitário do produto, pelo custeio por absorção, seria, então, assim apurado: 11
12 Custo de produção: Custos variáveis (produção do período custo unitário $ 50,00) 12
13 CPV (quantidade vendida custo unitário de produção 90,00) = $ ,00 Estoque final ,00 = $ ,00 13
14 ITENS $ Custos Variáveis (2.500 un. $ 50,00) Custos Fixos Custos Totais , , ,00 Custo Unitário 14
15 : un. $ 90,00 = $ ,00 Primeiro período: un. $ 90,00 = $ ,00 Segundo período: un. $ 98,00 = $ ,00 CPV Total = $ ,00 : 500 un. $ 98,00 = $ ,00 15
16 O custo unitário obtido é de $ 84,29 ITENS $ Custos Variáveis (3.500 un. $ 50,00) Custos Fixos Custos Totais Custo Unitário , , ,00 16
17 : 500 un. $ 98,00 = $ ,00 Segundo período: 500 un. $ 98,00 = $ ,00 Terceiro período: un. $ 84,29 = $ ,00 CPV Total = $ ,00 : un. $ 84,29 = $ ,00 17
18 O custo unitário obtido é de $ 110,00 ITENS $ Custos Variáveis (2.000 un. $ 50,00) Custos Fixos Custos Totais Custo Unitário , , ,00 18
19 : un. $ 84,29 = $ ,00 Terceiro período: un. $ 84,29 = $ ,00 Quarto período: un. $ 110,00 = $ ,00 CPV Total = $ ,00 : Zero 19
20 Durante o período foram vendidas unidades, sendo o estoque inicial (com o custo de produção do período anterior) e o total produzido durante o quarto período valorizadas a $ ,00, que é o mesmo valor da produção, apurado no quadro anterior. 20
21 Supondo um preço unitário de venda de $ 120,00, as demonstrações de resultados dos períodos considerados seriam as seguintes: 1 o ano 2 o ano 3 o ano 4 o ano Total $ Vendas ( ) CPV Lucro Estoque Final
22 Percebe-se que na empresa, do 2 o para o 3 o ano, as vendas sofreram uma redução de 17% ( para ) e o lucro aumentou 10% ( para ). A explicação para esse fato encontra-se na diferença do volume de produção, que aumentou de para unidades, fazendo o custo unitário sofrer uma grande redução. 22
23 No 4 o período, há um acréscimo de 40% das vendas, porém, novamente, o lucro reagiu de forma diferente, caindo cerca de 11%. Vendeu-se muito mais que em todos os anos e o lucro foi o 2 o menor. 23
24 Os lucros acompanham, necessariamente, as vendas, sendo muito influenciados pelo volume de produção. O montante de lucro depende das receitas e do volume de produção do período e, ainda, da produção do período anterior. 24
25 Resultados dos quatro períodos apurados pelo Custeio Direto (ou variável) 1 o ano 2 o ano 3 o ano 4 o ano Total Vendas ( ) CPV Variáveis Margem de Contribuição ( ) Custos fixos Lucro Estoque final
26 Aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro, que é o caso do 2 o período; inversamente, reduzindo-se as vendas, reduz-se o lucro, que é o caso do 3 o período. 26
27 O sistema de custeio direto é útil para a tomada de decisões administrativas ligadas a fixação de preços, decisão de compra ou fabricação, determinação do mix de produtos e, ainda, para possibilitar a determinação imediata do comportamento dos lucros em face das oscilações de vendas. 27
28 São aqueles que variam diretamente com a produção. Exemplos: mão-de-obra direta, matéria-prima e comissão de vendas. 28
29 São aqueles que não variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários da diretoria etc. 29
30 A análise da margem de contribuição é outro instrumento que os gerentes usam para tomar decisões. Do ponto de vista da análise da margem de contribuição, as despesas são classificadas como fixas ou variáveis. 30
31 Os são deduzidos das vendas para obter a margem de contribuição. Os são então subtraídos da margem de contribuição para obter a renda líquida. 31
32 Essa informação ajuda o gerente a: decidir se deve diminuir ou expandir uma linha de produção, avaliar alternativas provenientes da produção, de propagandas especiais etc., decidir sobre estratégias de preço, serviços ou produtos, avaliar o desempenho. 32
33 Por exemplo, a análise da margem de contribuição indica como melhorar a utilização da capacidade da empresa, como formular o preço para uma concorrência e se deve aceitar um pedido mesmo que o preço de venda seja menor do que o preço normal. 33
34 Suponhamos um produto X cujo preço de venda unitário seja $ 15,00 e cujos custos variáveis sejam $ 3,00 de matéria-prima e $ 4,00 de mãode-obra direta. Além desses custos variáveis, a empresa, por ocasião da venda, incorre no pagamento de comissões aos vendedores, à base de 5% do preço de venda, e de impostos, à base de 15% do mesmo. 34
35 A margem de contribuição unitária é dada pela fórmula: onde: MC é a margem de contribuição, PV é o preço de venda, CV é a soma dos custos variáveis e DV é a soma das despesas variáveis. 35
36 No exemplo, aplicando-se a fórmula, teríamos a margem de contribuição de $ 5,00. MC = 15,00 (3,00 + 4,00) (2,25 + 0,75) MC = 5,00 36
37 Pode-se entender como a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá (daí o seu nome) para a absorção dos custos fixos e, ainda, para formar o lucro. 37
38 Para alcançar o equilíbrio nas linhas de produção e/ou serviço do departamento, deveremos calcular o volume de vendas necessário para cobrir os custos e como usar essa informação. Devemos também entender como os custos reagem com as mudanças de volume. 38
39 A expressão ponto de equilíbrio, tradução de break-even-point, refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, onde os custos totais são iguais às receitas totais. 39
40 Supondo preço de venda (PV) constante para qualquer volume vendido, o comportamento da receita total (RT) será linear, ou seja, diretamente proporcional à quantidade (Q) vendida. Receita total = Quantidade Preço de Venda 40
41 É obtido quando a soma das Margens de Contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os custos e despesas Fixos, esse é o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem prejuízo. 41
42 É uma variante do Ponto de Equilíbrio Econômico, excluindo apenas a depreciação, pois, momentaneamente, ela é uma despesa não desembolsável. É importante em situação de eventuais reduções da capacidade de pagamento da empresa. 42
43 É o nível de produção e vendas em que o saldo de caixa é igual a zero. Representa a quantidade de vendas necessária para cobrir os gastos desembolsáveis, tanto operacionais quanto não operacionais. 43
44 Nível de produção e venda em que o lucro líquido do Exercício é predeterminado. Representa a quantidade de vendas necessária para atingir determinado lucro. Geralmente, o lucro líquido predeterminado é o custo de oportunidade, ou seja, a lucratividade mínima esperada pelo investidor. 44
45 A margem de segurança é um indicador de risco que aponta a quantidade a que as vendas podem cair antes de se ter prejuízo. Quanto menor a razão, maior o risco de se atingir o ponto de equilíbrio. 45
46 1. Impede que aumentos de produção que não correspondam a aumentos de vendas distorçam o resultado. 46
47 2. No Custeio por absorção, a subjetividade inerente ao critério de alocação dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) pode distorcer os cálculos dos custos unitários dos diversos produtos elaborados pela empresa, não permitindo uma avaliação precisa da lucratividade de cada um deles. 47
48 1. No caso de CUSTOS MISTOS (custos que têm uma parcela fixa e outra variável) nem sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da parcela variável. Embora existam técnicas estatísticas para efetuar tal divisão, muitas vezes ela é tão arbitrária quanto o rateio dos CIF no CUSTEIO POR ABSORÇÃO. 48
49 2. O CUSTEIO VARIÁVEL não é aceito pela Auditoria Externa das empresas que têm capital aberto nem pela Legislação do Imposto de Renda, bem como por uma parcela significativa de contadores. 49
50 É um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido em diversos níveis possíveis de produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificações no preço de venda, nos custos ou em ambos. Ela é baseada no Custeio Variável e, através dela, podemos estabelecer qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender para que não incorra em prejuízo. 50
51 OBRIGADO! 51
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