AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE ARCOZELO
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- João Lucas Aníbal Faro de Andrade
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1 AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE ARCOZELO
2 - Introdução Arranque do projecto Escolha do local Fase O que fizemos na 1º fase? Fase Tabela de registos dos resultados Interpretação dos resultados Fase O que fizemos na 2º fase? Tabela de registos dos resultados Interpretação dos resultados Observação dos predadores no local Os nossos predadores Fase O que fizemos na 3º fase? Fase 3 Observação dos predadores no local parte II..30
3 - Fase 3 Mudança de estratégia Tabela de registos dos resultados Interpretação dos resultados 33-4ª Fase 34 - O que fizemos na 4ª fase? Tabela de registos dos resultados Interpretação dos resultados 37 - Conclusão Bibliografia 40 - Agradecimentos
4 Com este projecto pretendíamos dar resposta a um desafio que nos pareceu muito interessante. Quando as nossas professoras nos colocaram perante esta actividade, surgiram logo ideias e uma grande vontade de arrancar. Pensamos em nomes para o nosso grupo, acabando por assumir o de: Amigos da Terra e do Ar Minhocas em Acção. Criamos um blog, onde fizemos um diário da nossa actividade. Este projecto foi realizado com a coordenação nas nossas professoras e teve a participação de alguns alunos das turmas 5º E e 7ºE e também de alguns elementos daturma 5ºB, que participam no Clube do Ambiente, da nossa Escola.
5 O projecto teve início na semana de 08 a 12 de Fevereiro. Nesta primeira semana foi-nos feita uma explicação sobre o projecto, uma introdução do tema com explicação de quem era Darwin e da sua Teoria. Fizemos ainda uma planificação, com a colaboração das nossas professoras, onde nos foi explicado como calcular as taxas de substituição de lagartas, na área de alimentação. Também fizemos a nossa apresentação no fórum de discussão do projecto, e, identificamo-nos como Amigos da Terra e do Ar.
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8 Relativamente ao local, tivemos o cuidado de escolher um espaço de fácil observação e que ao mesmo tempo desse um certo abrigo às aves, sendo um local onde os alunos não possuem muito acesso. Também tivemos em atenção que o espaço escolhido fosse localizado perto de uma webcam, no entanto os registos na webcam não foram possíveis. Isto deveu-se à mudança do sistema de vigilância da escola, não podendo esta câmara ser ligada. As restantes não se encontravam em zonas apropriadas para se realizar um projecto desta natureza.
9 Na semana de 15 a 19 de Fevereiro, colocamos alpista, no espaço escolhido para a realização da actividade, com o objectivo de atrair as aves.
10 material utilizado esparguete selecção das cores das minhocas - Verdes e castanhas selecção das cores de fundo solo nu localização da zona de alimentação ao lado bloco amarelo com uma área de 2262 cm 2 decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona de alimentação e depois o número de minhocas utilizar 100 minhocas (50 verdes e 50 castanhas) decidir o comprimento das minhocas - 5 cm
11 Na semana de 01 de Março a 05 de Março, decidimos colocar lagartas verdes e castanhas, num solo nu. Na zona de alimentação as lagartas foram espalhadas ao acaso. Fase de Preparação Resultados obtidos e sua interpretação
12 Dia Hora Verdes Comidas Castanhas Comidas Verdes a restabelecer Castanhas a restabelecer 1/ Normalmente foram feitas duas observações por dia, de acordo com o horário das nossas aulas de Ciências da Natureza/ Naturais. 2/3 2/3 3/3 9h (1ª observação) 15h (1ª observação) 9h (1ª observação) /3 12h (2ª observação) /3 5/3 Não há registos 10h10m ((1ª observação) /3 15h (2ª observação) /3 13h
13 Verdes Castanhas Mar 02-Mar 03-Mar 04-Mar 05-Mar 06-Mar 07-Mar 08-Mar 09-Mar
14 Segundo os resultados obtidos, concluímos que as aves preferiram as lagartas verdes, talvez devido aos seguintes factores: as lagartas castanhas confundiam-se com o solo, uma vez que estamos a referir-nos a um solo sem qualquer vegetação; e as lagartas verdes podem ter uma fluorescência brilhante na luz ultravioleta, tornando-as de mais fácil localização para as aves. Nesta fase, as condições climatéricas não foram as mais favoráveis e tivemos um dia sem qualquer tipo de registos, devido à greve da função pública. Os dados obtidos depois do dia 4, no nosso entender devem-se ao facto de as aves terem estado um dia sem as lagartas, pensando nós que a partir do dia referido, os registos não nos ajudaram na interpretação desta fase. Uma parte do grupo sugeriu às professoras continuar esta fase, enquanto que a maior parte entendeu que também era importante testar outras cores de lagartas e outros fundos, daí se ter avançado para as fases seguintes.
15 Na semana de 08 a 12 de Fevereiro, decidimos colocar lagartas verdes, azuis e vermelhas, também num solo nu. Fase de Preparação Resultados obtidos e sua interpretação
16 material utilizado esparguete selecção das cores das minhocas - Verdes, azuis e vermelhas selecção das cores de fundo solo nu localização da zona de alimentação no centro do jardim amplo da Escola, num local de difícil acesso aos alunos decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona de alimentação e depois o número de minhocas utilizar 150 minhocas (50 verdes; 50 azuis e 50 vermelhas) decidir o comprimento das minhocas - 5 cm as lagartas verdes tinham sabor a canela.
17 Mais uma vez, na zona de alimentação as lagartas foram espalhadas ao acaso.
18 Dia Hora Verdes Comidas Azuis Comidas Vermelhas Comidas Verdes a restabelecer Azuis a restabelecer Vermelhas a restabelecer 10/3 12h /3 11/3 11/3 12/3 12/3 12/3 15h (1ª observação) 10h10m (1ª observação) 13h 10m (2ª observação) 10h (1ª observação) 13h (2ª observação) 15h (3ª observação) /3 13h30m /3 14h 20m (1ª observação) Continuação
19 Dia Hora Verdes Comidas Azuis Comidas Vermelhas Comidas Verdes a restabelecer Azuis a restabelecer Vermelhas a restabelecer 16/3 16/3 11h 30m (1ª observação) 13h (2ª observação)
20 Verdes Azuis Vermelhas Mar 10-Mar 11-Mar 12-Mar 13-Mar 14-Mar 15-Mar 16-Mar 17-Mar
21 Durante esta fase da experiência fomos denotando que as lagartas preferidas pelos nossos predadores eram as verdes. A justificação, pensamos nós, prende-se com o facto de se distinguirem aos olhos das aves em relação ao fundo castanho(solo), uma vez que a cor verde reflecte a luz ultravioleta, radiação essa que é percepcionada por estes seres. As aves possuem uma visão muito apurada e não há seres vivos que se possam comparar nesta matéria. Possuem olhos extremamente grandes em relação aos padrões normais, maiores que o seu cérebro. Segundo a bibliografia consultada, ficamos a perceber que existem dois tipos de receptores de luz, num olho de uma ave. Os cones fazem a detecção específica de cores (ou comprimentos de onda) da luz. A maioria das aves possui uma visão tetracromática, possuindo cones sensíveis no olho, para luz ultravioleta (UV), vendo detalhes e padrões que o olho humano não reconhece.
22 O pigmento de cone mais abundante nas espécies de aves é aquela que absorve em comprimentos de onda, próximo dos 570 nm, isto é, aproximadamente, a região espectral ocupada pelos pigmentos de vermelho e verde, que dominam a sensibilidade de cor das aves. Mas como as aves, conseguem percepcionar luz UV, esta desempenha um papel significativo na selecção da comida. Uma ave come aquilo que vê. Uma ave relutante a comer precisa dos raios UV-A para estimular o seu apetite. Logo as cores mais próximas do azul e verde (do espectro visível) podem sofrer interferência com a radiação ultravioleta, sendo estas cores que lhes chamam mais a atenção, sendo estas lagartas as suas predilectas.
23 Por outro lado, achamos que o sabor a canela, provocou qualquer tipo de efeito nestes predadores, pois foram quase sempre as primeiras a ser comidas e com alguma rapidez. Através de pesquisas efectuadas verificamos que apesar de não ser o sentido mais apurado nas aves e de o número de papilas gustativas, situadas na base da língua, ser menor que no homem, sabe-se que as aves sentem os diferentes sabores.
24 No dia 10 de Março, terminada a 1º fase da actividade e antes de iniciarmos a 2ª, estivemos a observar os nossos predadores, colocando para tal, um pouco de alpista, no nosso local. Eram 9h20m quando começamos a observação, permanecendo no local durante 45 minutos. O dia era de sol e apercebemo-nos de alguns pássaros por perto: pardais, rolas e alguns melros, que voavam nos nossos jardins. Aquando da observação só identificamos pardais como sendo os nossos predadores. Vídeo
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26 Pardal-comum Passer domesticus Fotos retirada s de O pardal-comum é uma espécie que existe em grande número na nossa escola. Possuem ninhos em locais próximos do local escolhido, em ciprestes e outras árvores. É uma ave habituada à humanização, não se assustando muito com o dia-adia de uma escola. Características
27 Localização: O pardal é a mais familiar das aves, encontrando-se em todos os locais habitados por pessoas, no campo ou na cidade. Características: Apresenta dimorfismo sexual, tendo o macho tons castanhos mais escuros e a fêmea uma lista supraciliar clara. O macho distingue-se ainda da fêmea por uma coroa cor de chocolate e um bibe preto que se alarga pelo peito. Costuma formar grandes bandos, que podem atingir as 500 unidades. Tamanho: Mede entre 14 e 15 cm. Alimentação: Alimenta-se de restos de comida, de sementes e de insectos. Reprodução: Reproduz-se em fendas de edifícios ou em buracos de árvores. Põe 3 a 5 ovos cinzentos manchados, que são incubados sobretudo pela fêmea, durante 11/14 dias. Fonte: bragancanet.pt/patrimonio/faunapardal.htm
28 Na semana de 17 a 22 de Março, decidimos colocar lagartas verdes e castanhas, mas desta vez, alteramos o fundo. No mesmo local, antes utilizado, colocamos um tapete verde, forrado com papel autocolante. Resultados obtidos e sua interpretação
29 material utilizado esparguete selecção das cores das minhocas - Verdes e castanhas selecção das cores de fundo fundo verde brilhante e algo irregular localização da zona de alimentação no centro do jardim amplo da Escola, num local de difícil acesso aos alunos decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona de alimentação e depois o número de minhocas utilizar 100 minhocas (50 verdes e 50 castanhas) decidir o comprimento das minhocas - 5 cm
30 Voltamos a realizar novamente observação dos predadores perto do local, durante 45 minutos, e o que fomos constatando é que os pássaros rondavam o local mas nunca se aproximavam. Provavelmente isto foi devido à luz que era reflectida no papel autocolante e afugentava os nossos predadores.
31 Retiramos o papel autocolante ficando a descoberto o tapete verde que possuía uma textura irregular. Voltamos a colocar minhocas castanhas e verdes.
32 Dia Hora Verdes Comidas Castanhas Comidas Verdes a restabelecer Castanhas a restabelecer 17/3 11h /3 13h (1ª observação) 4 54 fragmentos 17/3 15h (2ª observação) 51 fragmentos 54 fragmentos Mudamos de estratégia e tiramos o papel autocolante 18/3 19/3 19/3 22/3 22/3 12h (1ª observação) 8h30m (1ª observação) 12h (2ª observação) 11h (1ª observação) 15h (2ª observação) ??
33 Nesta fase não nos foi permitido chegar a qualquer conclusão uma vez que sempre que fomos fazer os nossos registos, encontramos as lagartas bicadas, mas não comidas, pensamos sim, que as aves não se adaptaram ao fundo, uma vez que não era um fundo natural, numa 1º etapa, era reluzente, pois possuía uma protecção transparente. Esta protecção foi colocada pois receávamos que os nossos predadores se magoassem. Numa segunda etapa optamos por retirar a protecção, ficando este com uma textura irregular. Os resultados não foram os que estávamos à espera, pois, pensávamos que as lagartas verdes, se iriam camuflar e que só as castanhas seriam observáveis para os pássaros.
34 Na semana de 12 a 16 de Março, decidimos colocar lagartas verdes e castanhas, mas desta vez, alteramos o fundo. Resultados obtidos e sua interpretação
35 material utilizado esparguete selecção das cores das minhocas - Verdes e castanhas selecção das cores de fundo fundo verde e fundo castanho localização da zona de alimentação no centro do jardim amplo da Escola, num local de difícil acesso aos alunos decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona de alimentação e depois o número de minhocas utilizar 100 minhocas (25 verdes e 25 castanhas, no fundo castanho e 25 verdes e 25 castanhas, no fundo verde) decidir o comprimento das minhocas - 5 cm
36 13/4 13/4 14/4 15/4 15/4 16/4 19/4 20/4 Hora 11h (1ª observação) 16h (2ªobservação) 12h (1ªobservação) 10h (1ª observação) 15h (2ªobservação) 10h (1ªobservação) 15h (1ª observação) 13h (1ª observação) Verdes comidas Parte Verde Castanhas comidas Verdes comidas Parte Castanha Castanhas comidas
37 Uma vez que os resultados da fase anterior (3ªfase) não tinham sido conclusivos, optamos por iniciar o 3º período, com a introdução desta vez de dois fundos diferentes para apurarmos a preferência dos predadores, entre lagartas castanhas e verdes. O que se verificou é que também não conseguimos obter grandes resultados, considerando nós que provavelmente os nossos predadores, nesta altura do ano já possuem bastante comida disponível não se aproximando do nosso comedouro. Chegamos mesmo a colocar alpista mas esta também se manteve intacta. Um dos objectivos era descobrir a influência da camuflagem por parte das lagartas, na visão das aves. Apesar de não obtermos dados que nos permitem chegar a conclusões, sabemos de fontes bibliográficas que, na Natureza, um animal não desenvolverá nenhuma camuflagem que não o ajude a sobreviver.
38 Com o desenrolar deste projecto deparamo-nos com algumas dificuldades na sua concretização, como: as condições climatéricas desfavoráveis, a falta da webcam, o tempo disponibilizado e a dificuldade em encontrar fontes bibliográficas. Consideramos o projecto interessante, razão pela qual sugerimos às nossas professoras, dar continuidade a esta actividade até ao final do ano lectivo, uma vez que pretendemos experimentar situações novas. Consideramos que os resultados obtidos ao longo das semanas foram respondendo à questão Como é que a cor afecta a probabilidade de sobrevivência?, pois segundo as nossas fontes bibliográficas podemos concluir que as aves têm uma visão bastante apurada, o que lhes permite diferenciar as presas com facilidade. Assim sendo, como meio de defesa as presas adquirem a cor que lhes confere maior probabilidade de sobrevivência no seu habitat natural.
39 wikipedia.pt - PT&langpair=en%7Cpt&u= - PT&langpair=en%7Cpt&u= ur/vision/4d.html
40 Este projecto só foi possível com um grande empenho e dedicação por parte de alguns membros da Comunidade Educativa. Agradecemos às nossas Professoras Ana Luísa Sequeira, Ivone Gonçalves e Helena Ramalheira, por se terem lembrado de nós e nos terem escolhido para desenvolver este projecto. Ao professor José Gonçalves, professor de CFQ, pela preciosa ajuda com alguma bibliografia. Ao professor Gaspar, Senhor Arnaldo e Senhor David por nos ajudarem na primeira fase e na implementação do projecto. A todos o nosso muito obrigado, Amigos da Terra e do Ar Minhocas em Acção Alunos das turmas 5ºB, 5º E e 7ºE
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