Referências próxima aula Métodos de controle de plantas daninhas
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- Martín Almeida Corte-Real
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1 Referências próxima aula Métodos de controle de plantas daninhas 10 - Fontes, J.R.A.; Shiratsushi, L.; Neves, J.L; Júlio, L.; Sodré Filho, J. Manejo Integrado de Plantas Daninhas. Documento 103 Embrapa Cerrados. Planaltina DF, 2003, 48 p. 11- Pereira, F.A.R. e Velini, E.D. Sistemas de cultivo no cerrado e dinâmica de populações de plantas daninhas. Planta Daninha, v. 21, n. 3, p , Barros, B.C et al. Solarização do solo com filmes plásticos com e sem aditivo estabilizador de ultravioleta. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 22, n. 2, p , Quantificação do banco de sementes 1
2 2
3 3
4 Variância das amostragens Linhas de estudo do banco de sementes: Quantificação do banco de sementes existente Quantificação do banco de sementes O efeito de número de amostras coletadas aleatoriamente em duas áreas sobre a variância das amostragens 1,8 1,4 1,0 Número mínimo de amostras: ± 60 amostras 0,6 0, Número total de amostras Benoit et al
5 MÉTODO DE SEPARAÇÃO FÍSICA DAS SEMENTES DO SOLO Flotação K 2 CO 3 Coleta das amostras Secagem das sementes Soprador Secagem ao ar Filtragem do sobrenadante Identificação e contagem das sementes Passagem em peneiras de 10 MESH Centrifugação: 15 minutos 100 g solo ml solução de K 2 CO 3 Agitação: 30 minutos 5
6 Passagem em peneiras de 10 MESH 100 g solo ml de solução K 2 CO 3 Centrifugação: 15 minutos Identificação e contagem das sementes 6
7 LEVANTAMENTO DO BANCO DE SEMENTES ATRAVÉS DA GERMINAÇÃO DIRETA DE SEMENTES EM CASA-DE-VEGETAÇÃO Interferência entre plantas daninhas e cultivadas 1. Tipos de interferência direta 14 7
8 Produção potencial (% da produção potencial máxima) 3 folhas folhas 9 folhas Dias após o plantio O efeito da competição de plantas daninhas na produção potencial de milho (Page & Swanton, 2005) 15 1 folha 2 folhas 3 folhas 4 folhas 5 folhas 6 folhas 7 folhas 8 folhas 16 8
9 Interferência entre plantas daninhas e cultivadas 1. Tipos de interferência indireta - dificulta a colheita - reduz a qualidade do produto - toxicidade aos animais 17 Giant Ragweed Johnson, PU 9
10 19/11/ :32 19/11/ :32 DANOS DURANTE A COLHEITA MECANIZADA : (Corda-de-viola) Rendimento da colhedora velocidade de operação Embuchamento Limpeza da máquina, manutenção BAIXO RENDIMENTO NA COLHEITA!!
11 19/11/ :32 19/11/ :32 AFERIÇÕES DE VELOCIDADE NA COLHEITA ÁREA SEM INCIDÊNCIA X COM INCIDÊNCIA DE CIPÓS FAZ. SAUL - GLEBA 1178 EXAUSTORES : 1200 RPM VARIEDADE RB SEM INCIDÊNCIA COM INCIDÊNCIA PONTOS METROS TEMPO (seg.) seg./km km/h PONTOS METROS TEMPO (seseg./km km/h , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,5 VELOC. MÉDIA 6,0 VELOC. MÉDIA 4,6 Usina São Martinho 21 RENDIMENTO DE COLHEITA Usina São Martinho 22 11
12 Fonte de disseminação das plantas daninhas
13 2. Definições 2.1. Alelopatia Quando um planta ou microrganismo, através de suas partes vivas ou em decomposição afeta negativamente o desenvolvimento de outra planta através de um inibidor bioquímico liberado no ambiente. Volatilização a partir das folhas Lixiviação a partir das folhas pela chuva, neblina ou orvalho Lixiviação a partir dos resíduos de plantas Decomposição dos resíduos de plantas liberação ou transformação Transformação por microrganismos no solo Exsudação a partir das raízes Decomposição de tecidos de raízes na rizosfera
14 Há necessidades de mudanças do sistema de produção Culpepper, 2011 >90% controle na entrelinha Culpepper,
15 Culpepper, 2011 Culpepper, Parasitismo Quando um planta sobrevive as custas de outra Planta de Orobanche parasitando a cultura de tomate 30 15
16 2.3. Competição Efeitos adversos mútuos dos organismos (plantas) que utilizam os mesmos recursos em quantidades limitantes no ambiente Interferência = competição + alelopatia Efeito físico Efeito químico Fatores de determinam o grau de competitividade Época relativa de emergência da planta daninha em relação a cultura a. A primeira planta a obter água, luz e nutrientes tem vantagens sobre as plantas que emergen depois. b. As plantas daninhas que emergem antes ou junto com a cultura é que tem maiores efeitos competitivos c. A competição durante as primeiras 4 a 6 semana é que tem maiores impactos na produção d. Plantas daninhas que emergência tardia geralmente não afetam a produção, mas interferem com as operações de colheita 32 16
17 Época relativa de emergência, vantagem competitiva do milho sobre a planta daninha 33 Densidade da planta daninha competição inter- e intra-específica a. Inter-específica entre diferente espécies e intra-específica entre mesma espécies b. A redução de produção da cultura é diretamente proporcional a densidade da planta daninha, porém o efeito da densidade é também afetado pela biomassa, hábito de crescimento e altura da pl. daninha c. Altas densidades de plantas daninhas resultam em competição intraespecífica, diminuindo o efeito relativo de cada planta na competição d. Densidade não é um bom parâmetro para prever perdas de produção nas culturas devido a competição das plantas daninhas 34 17
18 Milho em competição com plantas daninhas Perda de produção Modelos de previsão de perdas de produção normalmente não são baseados em densidade mas área foliar relativa ou cobertura Área foliar relativa 35 Perdas causadas pela competição (Blanco, 1974) Culturas Perdas (%) - testemunhas Arroz Milho Feijão Soja Algodão Cana-de-açúcar Café Citrus 41 Alho Cebola
19 Fatores de determinam o grau de competitividade Espécie Densidade Período de convivência Distribuição espacial Planta daninha Modificado pelas condições edáficas e climáticas Grau de competição Espaçamento Densidade Variedade Época de desbaste Planta cultivada (Bleasdale, 1960) 37 Período crítico de controle de plantas daninhas em uma cultura - Um conceito importante no Manejo Integrado de Plantas Daninhas - É o intervalo no ciclo de vida da cultura quando ela deve ser mantida livre da presença das plantas daninhas para evitar perdas de produção - Auxilia na determinação do momento de aplicação de um herbicida pós-emergente não residual e do residual ideal de um herbicida préemergente - É definido normalmente pelo estádio de crescimento da cultura - Normalmente os limites do período crítico de controle estão baseados em perdas de produção inferiores a 5% 38 19
20 Período crítico de controle para grandes culturas Culturas Milho Soja Feijão Período crítico de controle 3ª a 8ª folha verdadeira 1º ao 5º trifólio 2º trifólio a 1ª flor O período crítico pode variar: - Clima e condições de crescimento das plantas - Algumas pesquisas indicaram variações do período crítico com: - tipo de solo e sistema de cultivo - período crítico mais longo em solos argilosos e sob plantio direto 39 Nível de dano econômico: Perda de produção evitada > custo de controle de plantas daninhas % perda em soja com 1 e 5 plantas daninhas/m 2 que emergiram com a cultura e foram mantidas sem controle durante todos o ciclo da cultura Folhas largas anuais Perdas de Produção da soja (%) 1 planta/m 2 5 plantas/m 2 Xanthium strumarium Solanum americanum Ambrosia trifeda Chenopodium album Amaranthus sp Artemisia artemisifolia Abutilon Theophrastis 6 23 Sinapsis arvensis 5 20 Polygunum convolvulus 4 15 Adaptado de Herbicide Application Decision Support System Software,
21 % perda em soja devido a populações conhecidas de plantas daninhas folhas largas que emergiram com a cultura e foram mantidas sem controle durante todos o ciclo da cultura Folhas largas anuais Perdas de Produção da soja (%) 1 planta/m 2 5 plantas/m 2 Milho voluntário 4 15 Setaria faberii 3 12 Panicum milleaceum 3 12 Echinochloa crus-galli 3 12 Panicum dichotomiflorum 2 10 Setaria viridis 2 8 Setaria lutescens 1 5 Panicum capillare 1 4 Digitaria horizontalis 1 4 Adaptado de Herbicide Application Decision Support System Software, Período crítico de competição entre plantas daninhas e a cana-de-açúcar, plantio de ano, com ciclo de 12 meses PERÍODO DE CONVIVÊNCIA 30 dias após o plantio 60 dias após o plantio 90 dias após o plantio 120 dias após o plantio todo o ciclo PERÍODO DE CONTROLE 30 dias após o plantio 60 dias após o plantio 90 dias após o plantio 120 dias após o plantio todo o ciclo % DE PERDAS 0,9 10,2 34,5 78,9 83,4 % DE PERDAS 37,0 11,7 2,4 1,8 0,0 Período crítico de controle das plantas daninhas, 30 a 90 dias após o plantio (Rolim & Christoffoleti, 1982) 42 21
22 Produção (%) Usina Cruz Alta { Período de controle Período de competição Dias após plantio 43 PERÍODO DE MATOCOMPETIÇÃO - Eucalipto Período de matocompetição - 60 a 210 dias após transplante (DAT) (Toledo, 2002) - 14 a 28 dias após transplante(dat) (Toledo, 2002) 44 22
23 kg/ha kg/ha Estádios fenológicos do feijoeiro e períodos de interferência com as plantas daninhas Estádios fenológicos do feijoeiro Semeadura V 1 V 2 V 3 V 4 R 5 R 6 R 7 R 8 R 9 Colheita Período crítico de controle das plantas daninhas Aceleração do crescimento Fechamento da cultura" 45 Interferência de plantas daninhas na cultura de feijão das águas FT Nobre (Kozlowski et al., 2002) Sujo Limpo trifolio 21 DAE controle Floração 42 DAE - V1 (folhas primárias expandidas) a R5 (aparecimento dos botões florais) (10 a 35 dias) Fancelli (2000) 46 23
24 Emergência- Semeadura Colheita Período crítico de controle de plantas daninhas na cultura de algodão d Período crítico de matocompetição Objetivo do manejo de plantas daninhas em algodão Colheita no limpo Colheita no mato No entanto, a planta de algodão: Metabolismo do tipo C3 Pequena taxa de crescimento inicial Sensível a mato-competição - redução de até 90% da produção Mato-interferência começa 12 a 30 dias após a emergência 48 24
25 A boa dessecação Vantagem competitiva da cultura sobre as plantas daninhas (dianteira competitiva) Plantio direto em área de capim-braquiária 49 Aplicação do herbicida em pré-emergência - residual Residual até o final do período crítico de competição 50 25
26 Pós-emergência tardia da planta daninha, após início do período de matocompetição Importante é o momento do controle Cultura de algodão infestada de caruru 51 Atraso nas aplicações em pós-emergência pode gerar interferência das plantas daninhas na cana 52 26
27 Controle em pós-emergência antes do início do processo de interferência 53 Protetores de barra em algodão Aplicação em pós-emergência tardia para complementar medidas anteriores 54 27
28 Estratégias de manejo químico e período crítico de controle em soja convencional Período crítico de controle (mato-competição) S VE VC V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8... R Dessecação Pré-emergente Pós-precoce C - Até 1 folha FL - Até 2 folhas G - Não perfilhada Pós-normal C - Até 2 a 3 folhas FL - 4 a 6 folhas G - 1 a 3 perfilhos Pós-Tardia C - Até 5 a 6 folhas FL - > 6 folhas G - > 3 perfilhos Efeito do momento de controle das plantas daninhas na competição inicial (precoce) com a cultura do milho. Média de 37 experimentos Altura da planta daninha no momento da Perdas médias aplicação do herbicida (cm) (%) Variação dos resultados de perdas médias (%) Hartzler e Pringnitz,
29 5. Fatores de competição Nutrientes Água Luz Mais importante CO 2 Agentes de disseminação Agentes de dispersão Espaço 5.1. Competição por nutrientes N, P e K são os mais importantes N é o primeiro nutriente que existe competição Não existe tendência de maior ou menor consumo de nutriente pela cultura 57 Quantidade relativa de nutrientes necessários para produzir a mesma quantidade de matéria seca das plantas relacionadas, considerando índice 100 para a cultura do trigo. (Vengris et al. (1955). Planta Nitrogênio Fósforo Culturas Trigo Aveia Cevada Plantas Daninhas Erva de Santa Maria Caruru Beldroega Mostarda (Vengris et al. (1955)
30 Produção de trigo em kg/ha crescendo em competição com aveia brava em três níveis de adubação (Carlson et al., 1986). Aplicação de N em pré-plantio (kg/ha) Aveia-brava (pl./m Média ) Produção de trigo em kg/ha Média (Carlson et al., 1986) Competição por água É o primeiro e mais crítico fator de competição As plantas daninhas absorvem água com maior eficiência Regiões áridas dos EUA milhões de litros de água consumida pelas plantas daninhas Eficiência de uso da água pelas plantas Zimdahl, 1993 Planta Eficiência de uso da água* Plantas daninhas Amaranthus sp 3,3-3,8 Chenopodium album 1,5-2,3 Panicum capilare 3,9 Portulaca oleracea 3,5 Salsola iberica 3,2-4,5 Culturas Milheto 3,7-4,0 Sorgo 3,5-3,7 Trigo 1,8-2,5 Milho 2,7 Soja 1,
31 polegadas Trigo Mostarda-brava 61 polegadas Trigo Mostarda-brava Pavlychenko,
32 Biomassa parte aérea (g) Desenvolvimento do sistema radicular das plantas Planta daninha Prof. de enraiz. (m) Diâm. de emraiz. (m) Área de enraiz. (m 2 ) n. de plantas Carrapichão 2,9 8,5 17,9 704 Sorgo 1,7 4,3 6, Kochia 2,2 6,7 9, Caruru 2,4 3,6 5, Capacidade de absorção de água pelas raízes Estádio de crescimento Vegetativo Reprodutivo Espécies de plantas Soja Carrapichão Soja Carrapichão xilema/meio dia -8,92a -11,82b -15,72b -14,53a Competição por luz A luz não pode ser armazenada A competição ocorre por sombreamento Resposta da planta é o estiolamento Quanto maior o IAF (índice de área foliar) mais intensa é a competição Efeito do sombreamento sobre o crescimento das ciperáceas tiririca tiriricão % de sombreamento 64 32
33 6. Características das plantas e competitividade 6.1. Parte aérea Desenvolvimento rápido da parte aérea Folhas horizontais/oblíquas Folhas bem desenvolvidas Via C4 de fixação do carbono Folhas arranjadas de forma a obter o máximo de luz Plantas de hábito trepador Alta/rápida produção de biomassa Rápido estiolamento em resposta ao sombreamento Sistema radicular Enraizamento precoce e penetração rápida em um grande volume de solo Alta densidade de raízes Alta relação raiz/parte aérea Grande quantidade de raízes crescendo ativamente Pelos absorventes compridos e abundantes Alto potencial de absorção de nutrientes 66 33
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