A navegação oceânica transporta milhões de toneladas de minérios, grãos e produtos industrializados vendidos em todo o mundo.

Transcrição

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2 Imagem: A navegação oceânica transporta milhões de toneladas de minérios, grãos e produtos industrializados vendidos em todo o mundo.

3 Para evitar perda de estabilidade durante a navegação com carga parcial, os tanques de lastro dos navios são preenchidos com água do porto de onde partem.

4 Quando um navio descarrega a carga no porto, ele enche os tanques de lastro antes de prosseguir viagem. Terminal de importação Tanque de lastro vazio Terminal de exportação Tanque de lastro cheio O QUE SÃO AS ÁGUAS DE LASTRO?

5 Ao carrregar mercadoria em outro porto, o navio esvazia o tanque de lastro. Terminal de importação Tanque de lastro cheio Terminal de exportação Tanque de lastro vazio O QUE SÃO AS ÁGUAS DE LASTRO?

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10 Ao carregarem as mercadorias argentinas, os navios esvaziaram seus tanques de lastro. As larvas contidas na água de lastro caíram no rio Paraná e se fixaram nas estruturas do porto e em outros substratos rijos, formaram novas colônias, e se reproduziram. BUENOS AIRES - Argentina

11 a gu Uru Rio i ná Rio Para ro Rio Neg As novas colônias geraram larvas que se aderiram a barcos de menor tamanho que navegaram para o interior dos rios Paraná, Uruguai e Negro. URUGUAI Após alcançarem a fase adulta, os mexilhões começaram a se reproduzir enquanto os barcos transitavam pelos rios. ARGENT INA

12 Embarcação fluvial com detalhe do mexilhão incrustado nos pneus de proteção do casco.

13 Fundo de embarcação pequena tomada por mexilhões. Cortesia: Profa. Maria Cristina Mansur PUC-Porto Alegre

14 PARAGUAI UHE Itaipu Rio Pa rag ua i Assunção Rio Paraná UHE Yaciretá BRASIL ARGENTINA Desde o primeiro registro científico, em 1991, o mexilhão vem se espalhando de maneira muito rápida. Em 1996, incrustado nas embarcações, alcançou a foz do rio Paraguai. Em 1997, foi encontrado em Assunção, capital do Paraguai. URUGUAI Em 1998, foi encontrado na usina de Yaciretá. Em 1999, foi detectado no Pantanal. Em 2001, Itaipu. Buenos Aires sua presença foi confirmada em

15 Em 2003, o mexilhão foi encontrado na UHE Sérgio Motta, no rio Paraná, na divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Rio Paranaíba UHE Ilha solteira Ri op ar an á UHE Sérgio Motta UHE Itaipu Rio Grande Em fevereiro de 2004, foi encontrado em Jupiá, Rio Tietê Ainda no mesmo mês, a CESP detectou o mexilhão na eclusa de Ilha Solteira. Rio Paranapanema UHE Barra Bonita Em novembro, a AES Tietê confirmou a presença do mexilhão-dourado em Barra Bonita e Ibitinga.

16 Em 1999, o mexilhão alcançou o Pantanal, no Mato Grosso do Sul. APM Manso O mexilhão foi encontrado inicalmente em Corumbá, e foi transportado também para Cáceres, ponto final da hidrovia do Paraguai, e também em alguns rios afluentes. Cuiabá No Pantanal os eventos de pesca esportiva são notórios e atraem turistas brasileiros e estrangeiros. O transporte de barcos e de iscas vivas pode é uma das formas de disseminação do mexilhão nos rios. Cáceres Corumbá Com isso, há o risco de se levar o mexilhão para oreservatório da usina de Manso e para santuários ecológicos, como o rio Miranda e a cidade de Bonito.

17 O mexilhão-dourado também foi levado para a Lagoa dos Patos, em barcos que navegam entre Buenos Aires e Porto Alegre. Porto Alegre Buenos Aires

18 PORTO ALEGRE LA GO AD OS P AT OS Rio Jacuí Na lagoa dos Patos o mexilhão ameaça os ambientes de manguezal e juncos, provocando a morte de plantas e animais. O mexilhão-dourado é encontrado a montante da lagoa dos Patos, a partir do porto da cidade de Porto Alegre.

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20 Características O mexilhão-dourado é um molusco aquático dotado de concha calcária dupla, que se fixa a substratos duros.

21 Características Os adultos alcançam entre três e quatro centímetros de comprimento.

22 Características A primeira fase de vida do mexilhão-dourado é de larva planctônica, só visível em microscópio, e dura cerca de duas semanas. A larva passa por quatro fases, com formas diferentes. Na última delas, possui um pequeno pé para ajudá-la a grudar-se em algum material duro. Se a larva não encontrar lugar onde se fixar, ela morrerá. Cortesia: zoot. Carla Canzi - ITAIPU Pé

23 Características Em 30 dias, com cerca de meio centímetro, o mexilhão já começa a se reproduzir. Os adultos podem viver até três anos.

24 Características O mexilhão-dourado produz uma conjunto de filamentos chamado bisso, que lhe permite aderir-se fortemente a qualquer tipo de substrato.

25 Onde procurar pelo mexilhão-dourado Flutuantes Atracadores Bóias

26 Onde procurar pelo mexilhão-dourado Troncos submersos Entre a vegetação das margens No leito rochoso dos rios

27 Onde procurar pelo mexilhão-dourado Em pontes e outras estruturas construídas na calha dos rios

28 Onde procurar pelo mexilhão-dourado Nos cascos de embarcações grandes para diversas atividades econõmicas

29 Onde procurar pelo mexilhão-dourado Em pequenos barcos e nos apetrechos de pesca

30 Onde procurar pelo mexilhão-dourado Nos viveiros de iscas vivas

31 Fotos do mexilhão-dourado no ambiente

32 Mexilhão aderido a casco de embarcação

33 Mexilhão aderido a pneu de proteção de embarcação

34 Mexilhão aderido a corda de amarração

35 Mexilhão aderido a uma âncora

36 Mexilhão aderido a bóia de navegação

37 Mexilhão aderido à vegetação submersa

38 Mexilhão aderido à vegetação submersa

39 Mexilhão aderido à estrutura de tanque-rede

40 Mexilhão em pedras

41 Mexilhão em pedras

42 Mexilhão em tijolo

43 Mexilhão em madeira

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45 Mexilhão nativo No Brasil há mexilhões nativos. Eles não se grudam em madeira ou rochas, mas vivem enterrados no fundo arenoso dos rios e lagos. Parte da concha que fica enterrada na areia

46 Mexilhão nativo Os mexilhões brasileiros podem ser bem maiores, como este, de quinze centímetros de comprimento.

47 Mexilhão nativo Compare o tamanho de um mexilhão nativo com o mexilhão-dourado. Mexilhão-dourado Mexilhão nativo

48 Mexilhão nativo O mexilhão-dourado pode sufocar os mexilhões nativos. Cortesia: Prof. Gustavo Darrigran - Universidad de La Plata, Argentina

49 Corbicula Corbicula é também um molusco que veio da China. Não se sabe como foi introduzido, mas essa espécie se espalhou por várias bacias hidrográficas.

50 Corbicula O Corbicula difere do mexilhão-dourado pela forma arredondada de suas conchas. Mexilhão-dourado Corbicula

51 Cortesia: biol. Evandro Colares DMAE/POA Não deixe que o mexilhão-dourado se espalhe. Se você o encontrar, comunique o órgão ambiental mais próximo.

52 Grupo Interno de de Controle do Mexilhão-Dourado: DER.O engo Fernando Antonio Blanco Resende DEA.T biol. Rodrigo De Filippo DRM.O biol. Paulo Sérgio Formagio biol. Marcília Gomes Barbosa

53 Imagens de satélite: e Fica proibida a edição total ou parcial desta apresentação, bem como o uso nãoautorizado das imagens. Criação: Rodrigo De Filippo Créditos fotográficos: Rodrigo De Filippo Fotos gentilmente cedidas por: Carla Canzi ( canzi@itaipu.gov.br) Evandro Colares ( evandroc@dmae.prefpoa.com.br) Gustavo Darrigran ( invasion@fcnym.unlp.edu.ar) Maria Cristina Dreher Mansur ( mcmansur@pucrs.br )