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1 COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO V CIERTEC - SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO DE PERDAS, EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA E PROTEÇÃO DA RECEITA NO SETOR ELÉTRICO Área de Distribuição e Comercialização Identificação do Trabalho: BR-67 Maceió, Brasil, Agosto de 2005 METODOLOGIA E SISTEMA DE ESTIMATIVA DE CONSUMO PARA RECUPERAÇÃO DE RECEITAS Tema: Perdas Não Técnicas Autor/es: CARLOS ALEXANDRE DE SOUSA PENIN 1 (Autor Responsável),CARLOS MARCIO VIEIRA TAHAN 1, MARCELO ALVES BURGOS 1, FRANZ H. PEREYRA ZAMORA 1, MONICA BUASSALI 2, NOEL MARCHIOLI 2, ELISIO FREITAS 2 Empresa ou Entidade: ENERQ-USP 1, ELETROPAULO 2 PALAVRAS-CHAVE: Distribuição de energia elétrica Recuperação de receitas Fator de demanda Fator de carga Combate à fraude DADOS DO AUTOR RESPONSÁVEL Nome: Carlos Alexandre de Sousa Penin Cargo: Consultor Endereço Av. Prof. Luciano Gualberto, trav.3, 158 Sala A1-21 Cidade Universitária Telefone: +(55-11) Fax: +( penin@pea.usp.br RESUMO DO TRABALHO: As empresas de distribuição de energia elétrica têm realizado amplo programa de recuperação de receitas e combate à fraude. Neste tipo de programa há a necessidade de estimar o consumo real no período no qual o consumo medido não espelha o consumo real. Conforme o artigo 72 da resolução ANEEL 456/2000 a revisão do faturamento das parcelas de potência ativa e reativa pode ser efetuada por consumo estimado considerando: a) Um fator de correção em função da avaliação técnica do erro de medição; b) O maior consumo com base nos 12 últimos consumos medidos e faturados corretamente; c) Uma estimativa, com base na carga instalada e nos fatores de carga e de demanda de outras atividades consumidoras similares. A orientação dada pelo Órgão Regulador é que esta estimativa seja a mais justa possível. O presente artigo descreve metodologia objetivando atingir este objetivo, especificando um sistema que possa realizar esta estimativa de acordo com o previsto na legislação, usando ferramentas estatísticas, medições e pesquisa em consumidores similares. A metodologia estima as revisões de faturamento das potências ativas e reativas com base nos procedimentos do artigo 72 da resolução ANEEL 456/2000. A inovação desta metodologia está na avaliação dos fatores de demanda e carga considerando uma análise estatística, respaldada, quando identificado como necessário, por medições. Também faz parte da metodologia a análise das dispersões dos fatores de carga e demanda, efetuando-se uma proposição de critérios estatísticos para a avaliação destes fatores com a finalidade de servir de base para a aplicação em cobrança de irregularidades. Esta metodologia, em aplicação atualmente na Eletropaulo, envolve análise da regulamentação, estudo de casos que incluem situações contestadas pelo Órgão Fiscalizador e pelos consumidores, a análise dos cadastros de consumidores e demais informações disponíveis na empresa com informações das faturas, atividade econômica, extrato de consumo, curvas de carga.

2 INTRODUÇÃO De maneira geral as perdas costumam ser classificadas em duas categorias distintas, as perdas técnicas que têm sua origem relacionada aos fenômenos elétricos inerentes ao processo de transporte de energia e as chamadas perdas comerciais que surgem da ação humana e que podem ser eliminadas. A soma do total destas duas parcelas denomina-se perda total. O tema das perdas comerciais apresenta, no atual contexto do setor elétrico, importância fundamental para as empresas distribuidoras. A tendência crescente dos preços pagos pelas concessionárias na compra de energia, devido a entrada em operação das novas usinas geradoras em complementação à energia das usinas já amortizadas, adicionada às restrições de repasse à tarifa sinalizadas pelo órgão regulador sugerem que, de hoje em diante, será cada vez mais importante para as concessionárias manterem seu nível de perdas comerciais no menor patamar que se puder atingir, bem como recuperar o máximo possível de energia e receita dos consumos irregulares identificados. As ações para a diminuição das perdas técnicas passam pela sua correta determinação e posterior intervenção na rede e respectivos equipamentos decidida por critérios técnicos e econômicos. As medidas para a diminuição das perdas comerciais e a posterior recuperação de receita têm o seu início através de um processo de fiscalização e inspeção por parte da concessionária seguido pelos procedimentos de cálculo da receita a recuperar. Enquanto o procedimento para detecção de consumos irregulares varia de acordo com a estratégia de cada empresa os cálculos para recuperação de receita devem seguir a regulamentação dada pela Aneel. Sob este aspecto as regras de cálculo são fornecidas pela Aneel através da resolução 456/2000 em seu artigo 72 inciso IV e respectivas alíneas. A alínea a) trata da avaliação técnica do erro de medição e portanto o faturamento pode ser determinado através de uma análise cujos resultados são apresentados em laudo técnico. A alínea b) trata do caso onde ocorre um degrau de consumo, ou seja é possível identificar através do histórico do consumidor o início da irregularidade em função de uma queda acentuada no consumo não originária de ações de eficientização. Neste caso a cobrança se faz levando-se em conta o maior valor de consumo em um período de até 12 meses anteriores ao início da irregularidade. A alínea c) trata dos casos que não se enquadram nas alíneas anteriores e neste caso a cobrança deve ser feita através de uma estimativa de consumo baseada na potência instalada do instante da constatação da irregularidade e em fatores de carga e demanda de unidades consumidoras semelhantes. Os dois primeiros casos apontados pela resolução são objetivos quanto à sua aplicação e portanto na dificuldade para os cálculos dos mesmos. Para a aplicação do último item existe a necessidade da concessionária apresentar uma base de dados que contenha fatores de carga e demanda de unidades similares e para isto deve haver uma segmentação por faixa de potência instalada ou por atividade exercida pelos consumidores para que se tenha uma estimativa de consumo a mais justa possível, conforme determina o órgão regulador. É importante comentar que os fatores de carga e demanda típicos podem apresentar valores distintos conforme sua aplicação. Para objetivo de dimensionamento estes fatores devem apresentar um valor tal, que a instalação calculada a partir deles possa suportar os 1

3 valores mais elevados estimados para a carga. A estimativa de consumo com vista a recuperação de receita deve ser baseada não em valores extremos e sim no entorno da média para cumprir com o critério de justiça na hora da cobrança. Uma alternativa para esta avaliação seria a construção de uma base de dados com esta finalidade específica fundamentada em uma campanha de medidas especifica para este fim onde seriam levadas em conta as particularidades de cada uma das tipologias de consumidores existentes. Este artigo apresenta uma alternativa a esta metodologia, prevendo-se o uso de campanha de medições quando necessário. Para tanto serão utilizadas informações de estudos já realizados anteriormente. Também serão utilizadas informações de várias bases de dados da AES-Eletropaulo tais como banco de ocorrência de irregularidades, cadastro de consumidores, dados de faturamento etc. Outra meta que se pretende alcançar é a implementação de um software que incorpora a metodologia proposta e que possa ser realimentado continuamente a medida que novos dados forem sendo obtidos. Deste modo pretende-se obter, de forma econômica porém eficaz, um sistema capaz de fornecer os insumos necessários para o cálculo de recuperação de receitas baseado na terceira alínea do quarto inciso do artigo 72 da resolução 456 da Aneel. Cabe ressaltar que a definição da metodologia é parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que está sendo desenvolvido entre o Enerq-USP e a AES- Eletropaulo. A METODOLOGIA A definição da metodologia a ser proposta neste artigo passa por sucessivas etapas. Inicia-se pelo levantamento de estudos anteriormente realizados e prossegue com as idéias propostas e uma análise das informações existentes e finalmente o desenvolvimento de um software objetivando a recuperação de receitas ligadas às perdas comerciais. Os estudos realizados A primeira etapa para o desenvolvimento da metodologia alternativa proposta por este artigo foi o levantamento dos estudos anteriores. Foram pesquisados artigos publicados em seminários de distribuição de energia elétrica, publicações do Institute of Electrical and Electronic Engineers, além de material fornecido pela própria empresa resultante de estudos e pesquisas sobre o assunto, realizadas internamente. Dentre os estudos anteriores destacam-se os trabalhos executados pela própria AES-Eletropaulo [4] para a revisão do fator de carga dos consumidores residenciais e o trabalho desenvolvido pelo antigo CED Centro de Excelência em Distribuição [1],[2],[3],[5], entidade que reunia as três principais concessionárias do estado de São Paulo à época, a saber, Eletropaulo, CPFL e Cesp. O estudo promovido pela AES- ELETROPAULO A AES-Eletropaulo realizou um estudo interno que teve por objetivo estimar valores de consumo a partir do montante de carga instalada para os consumidores residenciais. Foram realizadas análises de regressão entre a potência instalada e o consumo médio. Em linhas gerais a metodologia deste estudo já implementado pode ser sintetizada conforme a descrição abaixo: Inicialmente foram obtidas as informações necessárias através da base de dados da empresa Sincon-b (Sistema de Cadastro e Faturamento de Clientes de Baixa Tensão) que contém dados de todos 2

4 os consumidores residenciais da AES- Eletropaulo. As principais informações obtidas desta base foram: Classe de consumo Data da última modificação do cadastro Potência instalada Consumo em kwh dos meses de setembro, outubro e novembro de 2004 Optou-se inicialmente por excluir da amostra os consumidores com alterações cadastrais antigas, para minimizar a influência de dados desatualizados de potência instalada declarada que poderia ocorrer nos cadastros antigos. Também foram excluídas as unidades consumidoras que apresentaram consumo nulo. Outra restrição foi feita ao se considerar apenas as potências instaladas na faixa compreendida entre 1 kw e 75 kw. Foram ainda excluídos aqueles clientes com consumo anormal, muito alto ou muito baixo em relação a sua potência instalada. Definiu-se então a segmentação final dos dados para a realização da regressão: Foram estabelecidas 14 faixas de potência instalada e calculados os consumos médios dos clientes enquadrados nestas faixas. A partir desta segmentação foi realizada uma análise de regressão onde se adequou um polinômio de terceiro grau como curva explicativa mais adequada, sendo que este polinômio explica a distribuição dos pontos com uma aderência superior a 99% dos casos. O estudo promovido pelo CED O Centro de Excelência em Distribuição CED realizou um trabalho denominado Curvas de Carga de Consumidores e Aplicações na Engenharia de Distribuição em que um dos objetivos era obter as curvas de carga típicas dos consumidores das classes: residencial, comercial e industrial, segmentadas por faixa de consumo ou atividade econômica (caso dos consumidores comerciais e industriais.) As atividades desta pesquisa foram desenvolvidas durante o período de 1991 a 1997 e envolveram a participação das três principais concessionárias do estado de São Paulo daquela época, Eletropaulo, Cesp e CPFL. Foi realizada uma importante campanha de medição das curvas de carga dos clientes e propostas aplicações tais como o da agregação das curvas de carga com o objetivo de gerenciar transformadores de distribuição. Foi realizada também uma pesquisa de posse e hábitos de uso de equipamentos elétricos. Para os consumidores residenciais foram realizadas inicialmente estratificações por faixa de consumo, de 50 em 50 kwh até 500 kwh e uma última faixa a de 501 kwh a 1000 kwh para a escolha e análise das medições, este procedimento visou garantir a representatividade de todos os possíveis comportamentos nas curvas finais. As medições foram realizadas durante um intervalo de 15 a 30 dias registrando-se os valores de demanda a cada 15 minutos. Assim ao final do período de medição de um determinado consumidor obtinha-se um conjunto de curvas de carga (de 15 a 30 curvas) com 96 valores por dia. Com estas curvas foram realizadas análises de agrupamentos o que possibilitou análise das médias e dos desvios de consumo, por atividade econômica, por estrato e por tipologia da localidade. A recomendação para a representação dos consumidores residenciais da Eletropaulo foi estabelecida a partir de quatro estratos: kwh, kwh, kwh e de kwh. Para as classes comercial e industrial foram inicialmente definidas as atividades de interesse para as quais se deveria 3

5 levantar as curvas de carga. Para tanto foi consultado o cadastro de consumidores para se determinar as atividades mais representativas tanto em termos de consumo de energia como em número de unidades consumidoras. As curvas típicas foram obtidas com o mesmo procedimento adotado para os consumidores residenciais, ou seja foram extraídas as curvas média e de desvio padrão para cada cliente. Procedeu-se posteriormente a uma análise de agrupamento por semelhança das curvas de carga, analisadas em p.u. da média. Esta pesquisa incluiu também uma análise de regressão entre potência instalada e consumo mensal para as três classes de consumo: residencial, comercial e industrial. O valor de carga instalada foi obtido do cadastro do departamento comercial da Eletropaulo seguindo o disposto na norma de fornecimento de energia elétrica em tensão secundária. Os valores de consumo foram extraídos do cadastro de faturamento da empresa. A avaliação de potência instalada foi posteriormente testada utilizando-se questionários respondidos por uma amostra de consumidores. O trabalho consistiu em definir inicialmente se havia ou não correlação para os dados levantados, e posteriormente definir qual o grau de regressão. Os resultados foram apresentados para a classe residencial em apenas duas faixas de consumo. Embora se tenha verificado a existência de correlação esta se mostrou pouco explicativa indicando a necessidade de aprimoramentos. Para a avaliação da correlação entre consumo e potência instalada dos consumidores da classe comercial foram analisadas 17 atividades sendo que destas 12 apresentaram a possibilidade de regressão e 5 não apresentaram. Com relação ao grau da correlação, esta varia de acordo com a atividade, porém de maneira geral se verificou ser superior a dos consumidores residenciais. Para os clientes industriais foram analisadas 18 atividades, das quais 14 apresentaram possibilidade de regressão e da mesma forma que o verificado para os consumidores comerciais, o grau de correlação mostrou-se superior aos clientes da classe residencial. A concepção da metodologia alternativa O desenvolvimento metodológico tem que ser concebido em função da disponibilidade de dados e informações, e focado inicialmente nos maiores problemas enfrentados pela concessionária. Uma primeira fonte de informação bastante útil são os casos cujo cálculo do valor a receber pela concessionária foram contestados pelos consumidores ou pelo órgão regulador. É possível identificar, através destes casos, os tipos de atividade ou faixa de consumo que se apresentam com maiores índices de contestação no que se refere ao cálculo da receita a ser recuperada. Outra fonte de informações relevantes é o cadastro de consumidores com irregularidade, classificados por atividades nos casos de clientes comerciais e industriais. A partir deste cadastro é possível verificar quais as atividades e regiões geográficas têm maiores incidências de irregularidades. Também as curvas de carga registradas por ocasião do período de revisão tarifária agregam informações de grande utilidade visto que, além de serem recentes, é possível obter, a partir das mesmas, os fatores de demanda e de carga das atividades medidas. Esta campanha de medição visando a revisão tarifária levantou as curvas de carga diárias de cerca de 1200 clientes divididos entre residenciais, comerciais e industriais. Dentro de cada uma destas 4

6 categorias os consumidores selecionados foram estratificados. Assim sendo para os consumidores residenciais a estratificação por faixas de consumo fica automaticamente sugerida pretendendo-se considerar ainda outros atributos visando reduzir os desvios das futuras análises de correlação. Para os consumidores comerciais e industriais a estratificação realizada nesta campanha de medição visou representatividade no consumo em na baixa tensão. Desta forma não se pode garantir que todas as atividades para as quais se deseja obter os fatores de carga e demanda típicos estejam representadas de forma estatisticamente significativa. Será possível realizar uma comparação entre as atuais curvas de carga medidas com aquelas disponíveis de trabalhos anteriores verificando a possibilidade do aproveitamento de medições já existentes. As condições ideais e o que se pretende Em princípio seria ideal para a realização deste projeto dispor de tempo e recursos necessários para a realização de uma extensa campanha de medidas de curvas de carga, acompanhada de uma pesquisa de posse e hábitos de usos de equipamentos elétricos, direcionada para a obtenção dos fatores de carga e de demanda típicos para cada uma das faixas ou classes de consumidores relevantes do ponto de vista de recuperação de receitas. A proposta deste trabalho, no entanto, é fundamentada em se utilizar dados já existentes na empresa poupando tempo e recursos. Para cumprir este objetivo várias idéias foram apresentadas no sentido de implementar procedimentos que apresentem resultados satisfatórios passando pelos seguintes pontos: definição de classes e atividades a serem estudadas, determinação das atividades a serem priorizadas por apresentarem maior incidência de fraudes, definição dos dados a serem obtidos para as classes já definidas, exame dos dados existentes e necessidade de complementação dos mesmos, validação dos dados, e finalmente implementação em sistema computacional para o cálculo da estimativa de consumo. O enfoque metodológico deve iniciar pela definição das classes de consumidores, adequadamente segmentados, para os quais se devem obter os fatores de carga e demanda típicos. Como o foco deste trabalho são os clientes de baixa tensão uma primeira segmentação natural é dividir os clientes conforme a classe em que pertencem, ou seja, serão divididos entre consumidores residenciais, comerciais e industriais. Devido ao número muito elevado de consumidores na baixa tensão é necessário trabalhar com uma amostra representativa desta população e agrupar os elementos semelhantes através de uma análise de agrupamento ( cluster ) para se poder obter os fatores típicos que caracterizam a carga. Para cada uma das classes de consumidores é necessário definir quais os parâmetros que serão utilizados em sua classificação para a realização dos agrupamentos. Uma vez que resolução 456 da Aneel determina o uso de fatores de carga e demanda de unidades consumidoras semelhantes é preciso identificar, portanto, dentro de cada uma destas classes os tipos de consumidores com comportamento e hábitos de uso de energia elétrica semelhante. Um primeiro parâmetro sugerido é a potência instalada conforme mencionado na resolução 456 e utilizado no estudo desenvolvido pela AES-Eletropaulo. Porém somente a divisão por faixa de potência instalada pode não ser plenamente satisfatória para a caracterização dos fatores de carga e demanda. A posse de grande número de equipamentos elétricos não implica 5

7 necessariamente no uso elevado destes equipamentos. É comum haver situações em que um consumidor com potência instalada menor apresente consumo maior dependendo do número de moradores, no caso de residências ou de turnos de trabalho maiores para os casos de comércio e indústria. É necessário incorporar ao modelo parâmetros que demonstrem características sócio econômicas das unidades consumidoras, para que os agrupamentos sejam mais homogêneos. Neste sentido está se analisando a introdução, por exemplo, do número de pessoas por unidade consumidora para a classe residencial, localização geográfica e hábitos de consumo para todas as classes de clientes. Um atributo particularmente importante na área de concessão da AES- Eletropaulo é a presença do fornecimento de gás encanado em parte desta área, o que substitui o aquecimento elétrico de água e influencia no consumo de energia. Através de uma análise do banco de ocorrência de irregularidades da concessionária é possível verificar quais as atividades comerciais ou industriais com maior incidência de problemas. Estas atividades certamente deverão ser estudadas independentemente da sua participação estatística, uma vez que há clara necessidade da obtenção dos fatores necessários ao cálculo de estimativa de consumo. Uma lista contendo atividades novas, e que portanto podem não estar adequadamente cadastradas no banco de dados da empresa, deve ser elaborada, pois, segundo experiência dos especialistas da empresa, algumas atividades cuja identificação cadastral não é precisa têm se mostrado bastante problemáticas com relação a fraudes. Terminada a fase de definição das atividades e estratos a serem estudados é preciso verificar a existência dos dados e informações com os quais se vai trabalhar ou a possibilidade de obtenção dos mesmos. As concessionárias realizaram recentemente uma campanha de levantamento das curvas de carga de seus clientes no processo de revisão tarifária. Estas curvas, se consideradas isoladamente, não podem ser utilizadas para a finalidade deste projeto uma vez que foram obtidas por uma outra abordagem de estratificação, baseada no consumo de energia dos clientes. É preciso então construir uma relação entre a potência instalada dos consumidores e as curvas de carga. É importante também se obter as informações sócio-econômicas discutidas anteriormente para se determinar corretamente a influência dos mesmos no consumo de energia. Para a obtenção destes dados será elaborado um questionário a ser aplicado aos consumidores que tiveram a sua curva de carga medida por ocasião da revisão tarifária da empresa. Este questionário deverá ser redigido de maneira simples de forma que seu preenchimento possa ser realizado pelos próprios clientes ou por intermédio de telefone quando possível. Deve-se lembrar no entanto que como a finalidade da medição não era obter curvas típicas de consumo não é possível garantir que todas as atividades de interesse estejam presentes neste banco ou que o número de curvas de determinada atividade seja considerada representativa estatisticamente para a realização do estudo, apesar de se contar com mais de 1000 consumidores medidos. Portanto para as atividades que não se dispõe de nenhuma informação, devem ser efetuadas medições complementares. Convém ressaltar que neste caso o número de curvas a serem levantadas não é muito grande e portanto o custo para estas medições não seria tão elevado. Existe ainda uma alternativa à realização de medições onde se procura determinar as curvas de carga dos 6

8 consumidores a partir dos questionários de pesquisa de posse e hábitos de uso de equipamentos elétricos. Neste caso o consumidor deve procurar descrever o horário mais provável de utilização dos equipamentos e o tempo de uso dos mesmos. Para um determinado horário a demanda fica determinada pelo somatório das potências dos aparelhos em uso e repetindo-se o processo para as 24 horas diárias levanta-se a curva de carga deste consumidor. A opção para o desenvolvimento dos trabalhos é no sentido de buscar sempre um grau maior de precisão por isso pretende-se utilizar a alternativa de medição complementar em detrimento a de estimação das curvas a partir dos questionários. Complementados os dados destas atividades é possível realizar uma comparação das curvas obtidas pela campanha de medição da revisão tarifária e aquelas complementares com as curvas que foram levantadas durante o desenvolvimento dos estudos do Centro de Excelência em Distribuição. Para o caso de haver comportamento semelhante, as curvas do CED podem complementar a base de dados aumentando a representatividade das amostras. Em caso contrário a análise dos questionários de posse e hábitos em conjunto com as curvas pode ajudar a compreender a evolução do comportamento do consumidor, o que embora não seja o objetivo deste projeto pode contribuir para a área planejamento da empresa. Ao final destes procedimentos terá sido construída uma importante base de dados composta pelas curvas de carga, potência instalada e demais informações socioeconômicas necessárias para os procedimentos de cálculo de estimativa de consumo. O software O produto final a ser obtido por este projeto constitui-se do software que implementa a metodologia examinada nos itens anteriores. O sistema computacional, a ser desenvolvido deve ser capaz de fornecer os valores típicos de fator de carga e demanda de unidades consumidoras semelhantes àquela para a qual se deseja realizar o cálculo da estimativa de consumo, bem como o consumo a ser faturado pela concessionária, fornecidas as informações básicas. Uma questão que merece a atenção das concessionárias diz respeito a evolução do comportamento de consumo das diversas categorias de clientes. Considerando que a intenção do órgão regulador quando escreveu a alínea c do artigo 72 da resolução 456 era a de se definir o valor mais justo possível para a cobrança dos valores de energia dos consumidores com irregularidade existe a necessidade de se levar em conta a mudança de hábito dos consumidores ao longo do tempo, caso contrário os valores encontrados hoje poderão ser estar incorretos no futuro. O sistema a ser implementado prevê recursos de realimentação do banco de dados. A realimentação será efetuada utilizando-se dentre outros os dados das campanhas de medição de curvas de carga para revisão tarifária periódica e dados dos termos de ocorrência de irregularidades. Conclusão A questão da cobrança dos consumos irregulares tem sua regulamentação dada pela ANEEL na resolução 456 artigo 72 inciso IV alíneas a, b e c. As duas primeiras não apresentam maiores dificuldades de aplicação pelas concessionárias, a terceira, porém, exige das empresas o conhecimento dos fatores de carga e demanda de unidades consumidoras semelhantes. 7

9 Este artigo procurou apresentar uma discussão a respeito de uma metodologia para cálculo destes fatores sem a necessidade de realização de uma extensa campanha de medições exclusiva, porém, obtendo-se resultados que sejam os mais justos como preconizado pelo regulador. Procura-se trabalhar com dados disponíveis na empresa, ou quando necessário uma complementação de informações. Uma vez especificada a metodologia esta deve ser implementada em um sistema computacional que além de fornecer os valores desejados seja capaz de manter atualizados os dados através de realimentação sempre que novas medições forem obtidas. Espera-se desta forma sanar o problema do cálculo de estimativa de consumo para recuperação de receitas. Elétrica e Gás de Consumidores Comerciais e Industriais em Baixa Tensão, Foz do Iguaçu, Novembro de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] JARDINI, J A; TAHAN, C M V; CASOLARI, R P; AHN, S U; FIGUEIREDO, F M. Curvas Diárias de Carga Base de Dados Estabelecida com Medições em Campo, CIRED, Argentina, [2] JARDINI, J A; CASOLARI, R P; FERRARI, E L e outros. Curvas Diárias de Carga de Consumidores Comerciais e Industriais, XIII SENDI, São Paulo, Maio de [3] JARDINI, J A; CASOLARI, R P; FERRARI, E L e outros. Curva de Carga de Consumidores Industriais de Média Tensão da Eletropaulo, CED 202 / PLAN 006 / NT 004 / OR, São Paulo, Setembro de [4] AES-ELETROPAULO. Proposta de Metodologia de Cálculo para recuperação de Receita nos Casos de Fraude, São Paulo, Maio de [5] JARDINI, J A; CASOLARI, R P; ANGRISANO, A; ARAÚJO, D.S. Pesquisa de Posse de Equipamentos e Hábitos de Consumo de Energia 8

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