FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA - IRRIGANTES NTD
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- Rosa Candal Beltrão
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1 Página: 1 de 5 1. Objetivo Este documento define os critérios e padrões dos sistemas de medições a serem observados no fornecimento de energia elétrica para unidades consumidoras classificadas como rural irrigante. 2. Abrangência Este documento aplica-se para todas as modalidades de ligações de levantes hidráulicos na área de concessão da RGE Sul. 3. Referências de legislação / Documentos complementares - Resolução 456 de 29 de novembro de 2000 da ANEEL - Resolução 90 de 27 de março de 2001 da ANEEL - Resolução 207 de 09 de Janeiro de 2006 da ANEEL - NBR 14039/ Instalações elétricas de média tensão de 1 a 36,2kV - NBR Instalações elétricas de baixa tensão - RIC MT - Regulamento de Instalações Consumidoras de MT - RIC BT - Regulamento de Instalações Consumidoras de BT - Lei 8078 de 11/09/90 - Código de Defesa do Consumidor - Lei 8987/95 - Lei das Concessões Públicas - NR 10 - Segurança em Instalação e Serviços de Eletricidade 4. Definições BT - Baixa Tensão. Cabina de Medição - Cabina de alvenaria com o objetivo de abrigar os equipamentos de medição de faturamento e equipamentos de proteção e manobra. Deve ser dimensionada conforme especificações do RIC de MT da concessionária. Caixa de Medição - Caixa destinada a garantir a inviolabilidade das ligações aos terminais de cada medidor. Capacidade Instalada - É a soma das potências nominais dos transformadores instalados na unidade consumidora, expressa em kva. Formulário Específico - O consumidor pode consultar a concessionária previamente, utilizando o formulário modelo ANEXO A do RIC de MT - objetivando obter informações e elementos necessários para a elaboração do projeto. Medição Diferencial - Consiste nos equipamentos de medição instalados nas cargas não contempladas na Resolução ANEEL Nº 207/2006. Ex: Carga da sede e do secador.
2 Página: 2 de 5 Medições de Levantes Hidráulicos - Medição da energia elétrica com fins específicos para funcionamento de motores elétricos utilizados em levantes hidráulicos na irrigação de lavouras de arroz. Medidor - Aparelho instalado pela concessionária, com o objetivo de medir e registrar o consumo de energia elétrica. MT - Média Tensão. Ramal de entrada - Condutores e acessórios, compreendidos entre o ponto de entrega e a medição. Unidade Consumidora Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor. 5. Tipos de medições previstas As medições que se enquadrem em condições não estabelecidas no presente documento, deverão seguir rigorosamente os padrões descritos no RIC de BT e no RIC de MT. Nos itens 5.1 e 5.2 seguintes, têm-se as duas condições de operação previstas em função da potência instalada. 5.1 Medições com capacidade instalada igual ou inferior a 300 kva Para cada propriedade rural cuja soma das potências nominais de transformação seja igual ou inferior a 300 kva, a instalação deve ser composta de medição individual, sem limite do número de pontos de medições existentes. Neste caso, cada ponto de medição será considerado uma unidade consumidora. Exemplo Tipo 1: Ponto de entrega em derivação sem cabina de medição MT. Rede da concessionária Ponto de entrega TR1 TR3 TR2 Medição irrigação Medição Sede Medição irrigação
3 Página: 3 de Medições com capacidade instalada Superior a 300 kva Para cada propriedade rural cuja soma das potências nominais de transformação seja superior a 300 kva, devem ser observadas cumulativamente as seguintes condições: - Deverá ser utilizada cabina de medição de MT junto ao ponto de entrega, bem como a instalação de disjuntor e relés de proteção digital, conforme estabelecem a NBR e RIC MT vigente. - Para cargas não contempladas na Resolução ANEEL nº 207/2006 deverá ser prevista a adequação da entrada de serviço de modo a permitir a realização da medição diferencial. O medidor diferencial deve ser compatível com o principal, com capacidade de registrar os segmentos horários, ponta, fora ponta e reservado. - MEDIÇÕES DIFERENCIAIS DIRETAS EM BT: Este tipo de medição deve ser empregado como uma medição diferencial em todos os casos que atendam o estabelecido no item 11.1 (a) do RIC de MT. Deverá ser montada em subestação de medição do tipo abrigada, a qual atende às exigências do RIC MT. A caixa de medição deverá ser montada no interior da subestação. Esta caixa será trifásica do tipo CLE de tamanho 2A, conforme especificado pelo RIC de BT. Esta definição aplica-se tanto para medições diferenciais atendidas em sistemas TRIFÁSICOS como para fornecimentos MONOFÁSICOS e BIFÁSICOS. - MEDIÇÕES DIFERENCIAIS INDIRETAS EM BT: Este tipo de medição deve ser empregado como uma medição diferencial em todos os casos que atendam o estabelecido no item 11.1 (b) do RIC de MT, devendo a montagem da mesma atender ao estabelecido no RIC de MT. Neste caso, a propriedade rural contendo um ponto de medição em MT, será considerada uma unidade consumidora.
4 Página: 4 de 5 Exemplo Tipo 2: Ponto de entrega em derivação com cabina de medição MT. Rede da concessionária Medição MT e ponto de entrega TR1 TR2 Irrigação TR3 Sede com Medição Diferencial Irrigação Nota: As redes e instalações internas devem atender todos os requisitos e procedimentos constantes nas Normas Técnicas Brasileiras (NBR) e NR Entradas de energia Caso seja necessária a utilização de mais de uma medição para a mesma propriedade, deverá ser informada a concessionária à justificativa técnica devidamente fundamentada para essa alternativa. As medições não poderão apresentar em hipótese alguma possibilidade de interligação interna. 7. Detalhamentos de projeto Os projetos deverão obrigatoriamente conter todos os detalhamentos necessários para a sua correta interpretação. Deverá constar croqui da instalação, com o traçado de forma clara e objetiva, descrevendo o mais fielmente possível, a situação proposta, cálculo de demanda, memorial descritivo e em casos com capacidade instalada superior a 300kVA, deve ser fornecido o projeto da cabina e o estudo de seletividade da proteção de MT com o sistema da concessionária. Os dados necessários para a elaboração dos estudos de seletividade devem ser solicitados a Central de Projetos da RGE Sul. A concessionária poderá ainda, solicitar informações adicionais de acordo com as necessidades verificadas em cada projeto.
5 Página: 5 de Modelo de croqui 8. Situações não previstas As situações não previstas nessa norma ou que necessitem de maiores esclarecimentos devem ser enviadas para consulta a esta concessionária por meio de formulário específico. 9. Deslocamentos de carga e medições Para os deslocamentos de cargas e/ou medições a concessionária deverá ser consultada previamente, a fim de verificar a possibilidade de atendimento a respectiva solicitação. A consulta deverá ser realizada através de formulário especifico e conter todas as informações necessárias.
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