PLANEJAMENTO E GESTÃO ESCOLAR

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1 PLANEJAMENTO E GESTÃO ESCOLAR Carmenisia Jacobina Aires

2 Estado do Acre Governador Arnóbio Marques de Almeida Júnior Vice-Governador Carlos César Correia de Messias Secretaria de Estado de Educação do Acre Maria Corrêa da Silva Coordenadora de Ensino Superior da SEEA e Coordenadora Intermediária Nilzete Costa de Melo Fundação Universidade de Brasília FUB/UnB Reitor José Geraldo de Sousa Junior Vice-Reitor João Batista de Sousa Decana de Ensino e Graduação Márcia Abrahão Moura Decana de Pesquisa e Pós-graduação Denise Bomtempo Birche de Carvalho Faculdade de Educação FE/UnB Diretora Inês Maria Marques Zanforlin Pires de Almeida Vice-Diretora e Coordenadora Geral Laura Maria Coutinho Assistente Pedagógica Mônica da Costa Braga Coordenador de Tecnologias Lúcio França Teles Secretaria do Curso Antonilde Gomes Bomfim Maria Cristina Siqueira Mello Administração da Plataforma Joviniano Rabelo Jacobina Setor Financeiro Francisco Fernando dos Santos Silva Coordenação Intermediária Aurecília Paiva Ruela Aulenir Souza de Araújo José Ferreira da Silva Maria Lucilene Belmiro de Melo Acácio Designer instrucional Ezequiel Neves Professores (as) Mediadores (as) Adima Jafuri Maia Adriana Araújo de Farias Adriana Martins de Oliveira Aleuda Soares Dantas Tuma Ana Cláudia de Oliveira Souza Ana Maria Agostinho Farias Antonio Aucélio Assis de Almeida Artemizia Barros Pimentel Carmem Cesarina Braga Pereira Cátia Maria da Silva Silvano Domingas Pereira da Costa Ferreira Eliana Maia de Lima Elizete Maia de Lima Érica Medeiros de Lima Costa e Silva Geânia Mendonça da Costa Gercineide Maria da Silveira Fernandes Hilda Jordete Marinho Jociléia Braga de Souza Jorge Gomes Pinheiro José Ribamar Gomes Amaral Leidisséia Alves de Castro Luciana Maria Rodrigues de Lima Luciene Nunes Calixto Luiz Augusto da Costa dos Santos Márcia da Silva Queiroz Márcia Maria de Assis Alencar Maria Cirlene Pontes de Paiva Maria de Nazaré Ferreira Pontes Maria do Carmo de Lima Gomes Maria do Rosário Andrade Sena Maria Itamar Isídio de Almeida Maria Izauniria Nunes da Silva Maria Mirnes Soariano Oliveira Maria Zenilda de Lima Correia Marilza da Silva Rodrigues Miracélia Maria Freire de Moura Mirna Suelby Martins Nadir Silva de Souza Norma Maria da Silva Oliveira Norma Maria Vasconcelos Balado Ozana Alves de Brito Pedro Lopes da Silva Renilda Moreira Araújo Rita de Cássia Machado Monnerat Sâmia Gonçalves da Silva Sonja Priscila Vale de Freitas Fernandes Uilians Correia Costa Vânia Maria Maciel Taveira Vanúcia Nunes Valente Calixto Vera Maria de Souza Moll 2

3 Mo695 Módulo VI: Planejamento e gestão escolar / Carmenisia Jacobina Aires Brasília : Universidade de Brasília, p. 1. Educação a distância. 2. Planejamento e Gestão Escolar. 3. Organização do Processo Educativo. 4. Gestão da educação. I. Aires, Carmenisia Jacobina. II. Universidade de Brasília. CDD 370 ISBN:

4 Sumário Conhecendo a autora 6 Apresentação 8 Seção 1 O estado brasileiro, a legislação educacional e a escola 11 TEMA 1 A Reforma do Estado e o modelo de gestão educacional 12 TEMA 2 A gestão educacional e a legislação 15 TEMA 3 A escola como organização socialmente instituída para o desenvolvimento da educação 22 Seção 2 Abordagens teóricas da administração, a gestão democrática e as tecnologias 29 TEMA 1 Administração: conceituação e abordagens teóricas 30 TEMA 2 Estudo e discussão dos fundamentos da gestão escolar, conceitos, aspectos teóricos e históricos 35 TEMA 3 Gestão Escolar e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) 46 4

5 Seção 3 Os desafios e a prática do planejamento em educação 53 TEMA 1 Situando o planejamento educacional e sua importância 54 TEMA 2 Projeto Político-Pedagógico (PPP): uma construção coletiva e democrática 57 Bibliografia 65 5

6 Conhecendo a autora Quem sou? Inicio este módulo com tal questionamento, valendo-me do exercício que desenvolvo com meus alunos em nosso primeiro dia de aula, ocasião em que procuramos responder às seguintes perguntas: Quem sou? Por que estou aqui? Como será nosso percurso? Realizo tal atividade por acreditar que conhecer o outro e apresentar-se, quer seja presencial quer a distância, é o passo inicial do relacionamento humano. Conforme a proposta pedagógica de Paulo Freire, é essencial para uma relação dialógica na perspectiva do conhecimento, do sentimento de aceitação do outro, da interação, da intersubjetividade. Por outra parte, é uma aproximação saudável e de respeito ao outro, no que se refere à constituição das relações humanas. Então, sou Carmenisia Jacobina Aires, nasci na pequena cidade de Dianópolis, situada ao centro do Estado de Goiás. No entanto, com o novo desenho geográfico do país, arquitetado física e politicamente, minha cidadezinha (atualmente com aproximadamente 20 mil habitantes) passou a fazer parte do Estado do Tocantins. Assim, sofri uma tríplice mudança no que diz respeito à origem e registros formais. Tal como vocês estudantes deste Curso, se não todos, mas provavelmente a grande maioria, também pertenço à Região Norte, de grandiosidade geográfica e desafiadora. Sou do Estado do Tocantins, com suas características interioranas, do município de Dianópolis, encravado na serra geral, ao sul do estado. Lá em Dianópolis, cursei o ginásio em um colégio dirigido por uma congregação religiosa de origem espanhola. Depois, fui para Goiânia, onde fiz o curso Normal ou Magistério para séries iniciais. Em seguida, me mudei para Brasília, onde resido até hoje e onde constitui a minha vida tanto pessoal quanto profissional casamento, filhos, trabalho, continuidade de estudos. Trabalhei na Secretaria de Educação do Distrito Federal, ocasião em que cursei, na Universidade de Brasília (UnB), Graduação em Magistério e Tecnologia Educacional e Mestrado em Políticas, Planejamento e Administração. O Doutorado em Filosofia e Ciências da Educação foi realizado na Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), na Espanha, onde também cursei a Especialização em Educação a Distância. 6

7 Por que estou aqui? Trajetória profissional construída ao longo do tempo em que a Educação era a marca. Da formação inicial até aqui, um percurso de aprendizagens e conquistas. Fui aprendendo, motivada pelos mestres e pela vida, lançando mão da formação regular, de minhas experiências, ancorada na base docente, na gestão educacional, nas tecnologias e na educação a distância. De família tradicionalmente dedicada à educação, uma espécie de vocação hereditária: Mãe por quem fui alfabetizada... Tia-avó alfabetizou muitos... criou o primeiro Jardim de Infância naquele sertão... Irmãs (duas) cada uma, a seu modo, exerce a função de professora... Filha segue a tradição familiar... Também professora... Amo minha profissão, minhas escolhas... Sinto-me cada vez mais desafiada em aprender e a acreditar no fazer coletivo e colaborativo... 7

8 Apresentação Como será nosso percurso? Este Módulo não pretende apresentar afirmações prontas e acabadas sobre PLANEJAMENTO E GESTÃO ESCOLAR. É um documento de trabalho que você deve usar para analisar, refletir, questionar e, a partir de sua experiência, construir novas aprendizagens. Deve ser lido, meditado, discutido, desafiado e, principalmente, completado por você, aluno (a) do Curso de Pedagogia, Educação e Ciências Sociais. Você poderá fazê-lo individualmente ou compartilhado com colegas do curso, com colegas da escola e também com aqueles que não são da escola e/ou da área da educação, mas que, por certo, como cidadãos do mundo, que têm os saberes da vida, poderão contribuir com subsídios, nos respectivos espaços de discussão. Certamente, esse processo de discussão da temática e as trocas com outros sujeitos possibilitarão uma construção coletiva do conhecimento de modo situado, contextualizado e qualificado. O fascículo, Planejamento e Gestão Escolar, compõe o Módulo VI desse curso, que tem como eixo integrador a Organização do Processo Educativo. Pretendo manter com você um diálogo sobre a temática, mediado, em um primeiro momento, por este material, tendo em vista os objetivos propostos a seguir. Refletir sobre a gestão da educação no contexto das mudanças ocorridas no Estado Brasileiro no que diz respeito às novas diretrizes legais. Analisar a gestão democrática, as abordagens teóricas da administração e os reflexos da introdução das tecnologias na gestão escolar. Discutir as possibilidades de construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico na perspectiva do planejamento participativo e contextualizado na realidade local. Finalmente, este fascículo está dividido em três seções, conforme explicitado a seguir. Na primeira seção, será destacado o recente processo histórico experienciado por nós brasileiros, a fim de compreendermos os fatos subsequentes que estão contribuindo para dar novos contornos à história do país. A seção está dividida em três subtemas. O primeiro diz respeito à Reforma do Estado, tendo em vista os ajustes impostos pelo capitalismo internacional e modelo de gestão decorrente. O segundo aborda a transição do regime militar para o governo civil, as lutas pela redemocratização do país, a elaboração dos novos aparatos legais Constituição Federal de 1988, Nova Lei 8

9 de Diretrizes e Bases da Educação (LDB Lei N 9.394/1996), Plano Nacional de Educação (PNE), destacando-se, particularmente, neste subtema, o princípio da gestão democrática. O último destaca a escola, sua função e suas especificidades, com a finalidade de contextualizá-la no cenário das mudanças mundiais. Na segunda seção, também com três subtemas, será realizado, em primeiro lugar, o exame das escolas da administração em geral, a fim de analisar as implicações decorrentes da transposição dessas abordagens para a gestão escolar. Em seguida, serão enfocados os desafios da implantação da gestão democrática no sistema de ensino público principalmente na escola para posteriormente, refletirmos sobre as transformações na sociedade contemporânea, considerando-se, principalmente, a introdução das tecnologias na escola e seus reflexos na gestão. Na terceira seção, será enfocada, de início, a importância do planejamento em geral, enfatizando-se, em seguida, a construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico - PPP da escola como um instrumento da gestão democrática. Destacar-se-á que essa construção exige a participação dos profissionais da educação e de outros segmentos da comunidade nas etapas de planejamento, execução e avaliação, assim como a contextualização do PPP às necessidades e à realidade local, sem perder de vista a dimensão educativa em âmbito nacional. NOTA: Este material foi revisado com base nas novas regras de ortografia propostas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16/12/1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo n. 54/1995 e, com base nos Decretos n /2008, n /2008, n /2008 e n /2008, passou a vigorar a partir de 1. /1/2009. A ortografia anterior continuará válida até o dia 31/12/

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11 1O estado brasileiro, a legislação educacional e a escola Objetivos: Refletir sobre a gestão da educação no contexto das mudanças ocorridas no Estado Brasileiro no que diz respeito às novas diretrizes legais. 11

12 TEMA 1 A Reforma do Estado e o modelo de gestão educacional Situando o período histórico bem recente, sabemos que o Brasil passou por um regime político ditatorial, de meados dos anos 1960 até meados de 1980, época em que o Estado já vivia um processo de transição política. Instalado o novo governo, se fazia imperativo outro reordenamento jurídico em virtude da nova ordem que se instalava. Assim, promulgada a Constituição Federal de 1988, o governo dá prosseguimento a um conjunto de políticas, tendo como norte a ideia de ajuste do Estado brasileiro às mudanças em âmbito internacional, ou seja, a realização de uma reforma administrativa. Ao mesmo tempo, inicia-se a elaboração do novo aparato legal para cumprir diretrizes constitucionais. Por outro lado, a sociedade mobilizava-se, pressionando por mudanças no âmbito da economia, das instituições sociais, culturais e políticas, bem como na natureza das relações entre esses diferentes âmbitos. Essas considerações iniciais permitem que nos situemos quanto às transformações relativas ao planejamento e à gestão educacional, de modo especial esta última, no contexto das reformas dos anos 1990, em que a modernização do Estado brasileiro era objetivo básico. Esse objetivo passou a concretizar-se mediante a Reforma do Estado, iniciada em 1995, justificada pelos seus mentores não só como uma necessidade para superar as crises de ordem econômica, mas também, pela reivindicação da democratização do país. Os defensores da Reforma apresentavam diversos argumentos, a começar pela ideia da modernização do Estado de procedimentos destinados a reduzir custos, ajustar estruturas, ou seja, defendiam a reestruturação e a adequação do desempenho dos serviços públicos, dirigidas ao fortalecimento do aparato burocrático do Estado. É possível assegurar que, em grande medida, a Reforma foi induzida por fatores externos, ou seja, foi determinada por mudanças no cenário político-econômico internacional. Mais ainda, esteve orientada para a regulamentação do campo social de acordo com a ordem econômica globalizada. Enfim, havia um consenso de que o Estado se encontrava despreparado para as novas pressões dessa realidade globalizada e, por isso, tinha de ser repensado. O contexto internacional, cujas forças econômicas e políticas condicionavam a formulação de políticas públicas e a gestão das instituições sociais, incluindo-se a escola, vai produzindo um novo cenário, cuja maior expressão é a globalização, associada à revolução tecnológica, conformando-se um novo paradigma social. Caro (a) estudante, embora neste curso você já tenha refletido sobre a globalização, proponho retomar o assunto para estabelecer as relações com a Reforma do Estado brasileiro. O texto a seguir pode nos ajudar a compreender a natureza desse fenômeno, que, segundo a visão de Octavio Ianni, provoca mudanças, desassossego e questionamentos, em todo o mundo, e em todos os setores das sociedades. 12

13 As Ciências sociais na época da globalização Ruptura histórica A globalização do mundo pode ser vista como um processo histórico-social de vastas proporções, abalando mais ou menos drasticamente os quadros sociais e mentais de referência de indivíduos e coletividades. Rompe e recria o mapa do mundo, inaugurando outros processos, outras estruturas e outras formas de sociabilidade, que se articulam ou impõem aos povos, tribos, nações e nacionalidades. Muito do que parecia estabelecido em termos de conceitos, categorias ou interpretações, relativos aos mais diversos aspectos da realidade social, parece perder significado, tornar-se anacrônico ou adquire outros sentidos. Os territórios e as fronteiras, os regimes políticos e os estilos de vida, as culturas e as civilizações parecem mesclar-se, tensionar-se e dinamizar-se em outras modalidades, direções ou possibilidades. As coisas, as gentes e as ideias movem-se em múltiplas direções, desenraizam-se, tornam-se volantes ou simplesmente desterritorializam-se. Alteram-se as sensações e as noções de próximo e distante, lento e rápido, instantâneo e ubíquo, passado e presente, atual e remoto, visível e invisível, singular e universal. Está em curso a gênese de uma nova totalidade histórico-social, abalroando a geografia, a ecologia e a demografia, assim como a economia, a política e a cultura. IANNI, Octavio. Revista TB, Rio de Janeiro, out./dez., Considerado uma das maiores referências nacionais com relação ao tema globalização, Ianni apresenta essa importante síntese sobre o assunto. Para ele, há um novo ciclo que precisa ser entendido não somente como modo de produção ou de organização da economia mas que pode ser pensado também como um processo civilizatório. Significa dizer que envolve as instituições, a mídia, a cultura, as competições esportivas, a música, nem sempre identificadas às raízes, mercadorias globais, às vezes combinação de peças fabricadas em diferentes continentes. Embora, geralmente, seja vinculada apenas ao campo econômico, para este autor, a globalização é um fenômeno multidimensional, que abarca dimensões de ordem econômica, política e cultural. A globalização significa uma visível perda de fronteiras referente à vida cotidiana, no que diz respeito a diferentes dimensões, como a economia, a informação, a ecologia, a técnica, os conflitos transculturais e a sociedade civil. Porém, não pode ser compreendida como aglomeração do mundo inteiro, não é um fato ou processo automático, nem unilateral. Hoje, toda a vida, assim como as organizações e instituições, está reorientada e reorganizada na perspectiva de uma relação local-global, ou seja, pode-se dizer que a globalização, apoiada na revolução tecnológica, está provocando uma recriação do espaço local. 13

14 Trazendo essa discussão para o setor educativo: Você concorda que esse movimento global se reflete no cotidiano das instituições educativas? Por quê? Você tem percebido, nos estudantes, a formação de novos hábitos, novas maneiras de se relacionar e de aprender? Enfim, é nesse contexto de transformações mundiais, orientadas pelo neoliberalismo, que o Brasil apostou na Reforma do Estado na dimensão institucional e ideológica, ou seja, na reorganização do setor público, tendo em vista o ajuste ao capitalismo internacional. No plano institucional, cogitava-se alterar tanto a estrutura quanto o funcionamento do setor público, possibilitando-se a ampliação de sua autonomia, maior eficiência na consecução dos resultados e maior controle por parte da sociedade. Ideologicamente, previa-se a mudança de paradigma administrativo, substituindo-se a burocracia estatal pelo modelo gerencialista, com a consequente introdução de práticas típicas de mercado na administração pública. Esta concepção de gestão norteou a Reforma, cujas mudanças ocorreram sob orientação do neoliberalismo consoante ideias e orientações de agências multilaterais como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros. Leia o texto a seguir para se informar sobre a atuação dessas agências no país, especialmente no setor educacional. Criado durante a Conferência de Bretton Woods, na cidade norte-americana homônima, em 1944, no processo de construção da hegemonia internacional norte-americana após a 2.ª Guerra Mundial, o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) ficou conhecido, genericamente, como Banco Mundial. Abrange uma série de outras instituições (o próprio BIRD, a Associação Internacional de Desenvolvimento IDA, a Corporação Financeira Internacional IFC, o Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos ICSID, a Agência de Garantia de Investimentos Multilaterais MIGA, e o Fundo Mundial para o Meio Ambiente GEF). Diferentemente de seu objetivo inicial, ainda no final dos anos 1960, a linha de atuação do Banco Mundial passou a ter como um de seus focos principais a área educacional, sobretudo nos países latino-americanos, o que se intensificou sobremaneira nos anos Desde então, as diretrizes do Banco Mundial vêm sendo utilizadas como fundamento principal para as políticas educacionais brasileiras, no contexto da reforma do Estado e da educação. Em síntese, são elas: 1) focalização do gasto público no ensino básico, com ênfase no ensino fundamental; 2) descentralização do ensino fundamental, o que vem sendo operacionalizado através do processo de municipalização do ensino; 3) estímulo à privatização dos serviços educacionais e à criação de verdadeiras indústrias em torno das atividades educacionais; 4) ajuste da legis- 14

15 lação educacional no sentido da desregulamentação dos métodos de gestão e das instituições educacionais, garantido ao governo central maior controle e poder de intervenção sobre os níveis de ensino (via sistemas nacionais de avaliação e fixação de parâmetros curriculares nacionais, por exemplo), mas sem que ele mesmo participe diretamente da execução de tais serviços. Em linhas gerais, a interferência do Banco Mundial na educação tem como objetivo promover os ajustes de interesse do grande capital internacional (sobretudo o financeiro) com relação ao Estado brasileiro. Busca adequar o conjunto das políticas educacionais em um plano mais amplo, que é o da atuação do Estado, como um todo, frente aos desígnios do processo de acumulação mundial de capital. A tal processo chamou-se de Reforma do Estado. Fonte: Como nos mostra o texto, a Reforma é parte de um conjunto de ações orientadas por organismos internacionais, não ocorre isoladamente e interfere, sobremaneira, no setor educacional. Tendo em vista as orientações expressas pelas agências, as lideranças do setor devem criar espaços de reflexão, com relação aos projetos que propõem, a fim de adaptar suas intencionalidades à realidade local, bem como não reproduzi-las sem a necessária crítica. Por outro lado, nos recordemos que a reforma educacional (1996) ocorreu próxima ao período da Reforma do Estado, adotando, portanto, toda sua orientação. É nesse contexto que se assiste um movimento inédito de formulação de propostas no âmbito da administração educacional, influenciada pela Reforma, interferindo na administração dos sistemas de ensino nas esferas federal, estadual e municipal, bem como nas escolas. Passemos ao item seguinte para analisarmos os desdobramentos no que diz respeito ao proposto constitucionalmente e na legislação do setor educacional. TEMA 2 A gestão educacional e a legislação 1 O contexto de elaboração dos novos instrumentos legais A Constituição Federal de 1988 Nesse inicio, é preciso que recordemos uma parte da recente história do país, destacando-se o período situado a partir dos anos Certamente, regime militar, transição democrática, Nova República, Diretas já, gestão democrática, entre outras, são expressões conhecidas por nós, brasileiros e brasileiras, seja por termos vivenciado experiências históricas relativas ao período, seja por meio de documentos, estudos etc. Essas expressões retratam o período compreendido entre meados dos anos 1960 até meados dos anos Assim, podemos dizer que as histórias de vida do brasileiro, em geral, guardam registros dos fatos gerados no período ditatorial. 15

16 Quem não ouviu falar da campanha Diretas já? Modo de se referir às eleições diretas para governantes, dos primeiros e significativos movimentos grevistas destacadamente a greve do ABC paulista para o restabelecimento do voto direto para os governos dos estados. A recuperação desse passado recente tem sua razão de ser. De um lado, essa breve retrospectiva dos fatos históricos ajudará na compreensão dos efeitos provocados na sociedade como um todo e no setor educacional, em particular. De outro, propiciará também o entendimento dos instrumentos legais originados à época, de modo particular aqueles referentes à educação. O regime militar começa a enfrentar esgotamento em meados dos anos 1970, pois eram visíveis os riscos de sua manutenção, tendo em vista a falência do modelo econômico e da crise econômica internacional. Desse modo, inicia-se a transição democrática, movimento assim designado por caracterizar-se pela passagem do regime militar, normalmente denominado de burocrático-autoritário, para outro mais representativo. Melhor dizendo, segundo compreensão existente do período, um regime democrático moderno. O conceito de transição, no sentido mais geral, pode ser explicado como mudança radical de uma estrutura político-social para outra, e, em nosso caso, foi normalmente interpretada como um sinal marcante do processo de modernização. Assim, é possível recordar fatos importantes, ocorridos no período, que contribuíram, do mesmo modo, para a mudança de regime. As lutas pelas liberdades democráticas evidenciaram-se por meio de diversas ações. A foto ilustra momento significativo do movimento pelas eleições diretas: Fonte: Manifestação pelas Diretas Já. Praça da Sé São Paulo, 25/1/1984. Foto: Vera Jursys De igual modo, a conquista das liberdades e da organização político-partidária, assim como muitas outras conquistas, ia configurando um novo cenário no Estado brasileiro. Esses eventos foram considerados de inquestionável importância para o processo de transição, pois expressavam desejos de mudança manifestados pela sociedade brasileira. Não obstante, é possível argumentar que ocorreu uma transição conservadora, pois foi considerada muito mais o resultado de pactos e negociações com o regime preceden- 16

17 te ao invés de uma construção de instituições fortes e necessárias ao processo democrático. O novo governo assumiu, mediante acordos políticos, e foi denominado Nova República. Segundo seus mentores, procurava resgatar as aspirações populares dos anos 1970, as bandeiras da democracia, ao mesmo tempo em que surgia como expressão de mudanças, baseadas na retórica da justiça social, cujo discurso se estendia a todos os setores da sociedade. Tais movimentos, encabeçados por setores progressistas da sociedade brasileira, formavam parte da reação à ordem vigente, de modo especial ao caráter autoritário e centralizador que caracterizou o funcionamento do Estado durante o Regime Militar ( ). Naquele período, entre outros aspectos, as atividades administrativas do Estado caracterizavam-se pela separação entre o planejamento e a execução, ou seja, uma burocracia hierarquizada, seguindo os preceitos da racionalidade técnica. O que você acha de fazer uma pausa para REFLETIR sobre os processos históricos comentados até aqui? Discuta estas questões com colegas. Acrescente outras, se assim o desejar. O que você gostaria de comentar sobre o Regime Militar e os movimentos em prol da democratização do país? Você teve oportunidade de participar de algum evento, referente ao setor educacional, com essa finalidade? Como as lutas pela redemocratização repercutiram no Estado do Acre? Pois bem, todo esse movimento exigiu um novo reordenamento jurídico para o país, tendo em vista que prevalecia aquele oriundo do regime militar e, por conseguinte, não expressava a orientação política da nova ordem estabelecida. A garantia dos direitos que a sociedade conquistava naquele momento exigia a instituição de instrumento legal de caráter nacional. Assim, na perspectiva de um novo tempo que buscava expandir e alcançar direitos sociais, civis etc., instalou-se, em fevereiro de 1987, o Congresso Constituinte, com a finalidade de elaborar uma nova Constituição Federal. Estimulados pelos acontecimentos, diversos setores da sociedade apresentavam suas contribuições, e os grupos organizados procuravam defender seus interesses, formulando e apresentando propostas ao Congresso Nacional por meio de entidades associativas. A importância desse novo instrumento legal, para o setor educacional, e de outros elaborados em decorrência, é analisada 17

18 por estudiosos da educação brasileira 1, entre os quais destacamos Carlos Roberto Jamil Cury. Em sua obra [o que você precisa saber sobre...] Legislação educacional brasileira, chama-nos atenção para a importância de refletir sobre a lei, sua existência, consequências e limites. Veja o que diz o autor e REFLITA! O contorno legal indica possibilidades e limites de atuação, os direitos, os deveres, proibições, enfim, regras. Tudo isso possui enorme impacto no cotidiano das pessoas, mesmo que nem sempre elas estejam conscientes de todas as implicações e conseqüências. CURY (2000) Continuando sua reflexão, Cury alerta, no entanto, que a lei não é um instrumento mecânico de realização de direitos sociais. Ela possui um caráter contraditório, porque a dimensão da luta é própria de sua origem. Por outro lado, o conhecimento da lei incluise entre as competências para o exercício consciente e critico das profissões, ou seja, é preciso que se tenha o domínio normativo de seu campo de atuação profissional. Conhecer a legislação não é prerrogativa dos profissionais do campo do direito. Nessa mesma direção, Cury afirma o seguinte. Continuando a REFLEXÃO... A legislação, então, é uma forma de apropriar-se da realidade política por meio das regras declaradas, tornadas públicas, que regem a convivência social de modo a suscitar o sentimento e a ação da cidadania. Não se apropriar das leis é, de certo modo, uma renuncia à autonomia e a um dos atos constitutivos da cidadania, enfim, conhecer a legislação é, então, um ato de cidadania (p.16). Por falar em luta e retomando o período da Constituinte, é importante destacar que o setor educativo também fazia propostas para serem integradas à nova Constituição, por meio de seus segmentos organizados, batalhando em prol do ensino público, gratuito e de qualidade. Desse modo, fruto de intensos debates, em outubro de 1988 foi promulgada a nova Constituição brasileira, A Constituição Cidadã, assim apelidada pelo presidente do Congresso Constituinte, Deputado Ulisses Guimarães, no discurso proferido depois de sua votação, por entender que ela recuperaria da miséria milhões de cidadãos brasileiros. 1 Diversos autores dedicam-se ao estudo e à análise da educação brasileira e sua legislação, destacando-se: SAVIANI, Dermeval, A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas, 1997; BRZEZINSKI, I. LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam, 1997; CURY, Carlos R. J. O que você precisa saber sobre... Legislação educacional brasileira, 2000; CARNEIRO, Moaci, A. LDB fácil: leitura crítico-compeensiva artigo a artigo,

19 Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra!. Com esta frase, proferida às 15h50 do dia 5 de outubro de 1988, o Deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, promulgou a Constituição da República Federativa do Brasil, concluindo um trabalho de vinte meses, iniciado em fevereiro de 1987, que demandou, segundo cálculos do próprio Ulysses, 9 mil horas de discussão em 320 sessões plenárias. Ao todo, foram analisadas emendas apresentadas ao texto. Um exaustivo e fundamental trabalho, que tinha como objetivo recolocar o Brasil no caminho democrático. Fonte: Embora tenha representado um passo adiante no processo de redemocratização do país, o instrumento jurídico apresenta ambiguidades que refletem as contradições enfrentadas pela sociedade brasileira no período. Nesse particular, devemos lembrar-nos de que a composição do Congresso Constituinte era de caráter centro democrático, representava as tendências mais conservadoras da sociedade e, desse modo, conseguiam interferir na regulamentação dos trabalhos e no resultado de votações importantes. Referente à educação, mereceu destaque o caráter inédito, atribuído à introdução da Gestão Democrática como princípio educativo. Assim, a Constituição Federal de 5 de outubro de 1988 estabelece em seu Título VIII, Da ordem Social, Capítulo III, Da Educação, da Cultura e do Desporto, no art. 206 os princípios que deverão ser observados na gestão escolar. Art O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 19

20 III pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V valorização dos profissionais de ensino, garantindo, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso, exclusivamente, por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União; VI gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII garantia do padrão de qualidade. É importante lembrar que, juridicamente, o termo princípio é empregado para nortear o detalhamento dos textos constitucionais bem como outras normalizações legais. Nesse sentido, são referências que validam normas e não podem ser desrespeitados por normas governamentais nem por ação da sociedade civil. Destaque-se, também, conforme o art. 206, que a Constituição Federal articula seis importantes princípios para a gestão democrática do ensino. Embora haja críticas, devido aos princípios terem sido reduzidos à esfera pública, eles responderam às demandas da sociedade naquele momento. Por outro lado, existem desafios referentes à consolidação desses princípios, enquanto prática concreta, tendo em vista que a gestão praticada nas instituições educativas está, culturalmente, fundamentada na racionalidade técnica. Proponho, ao final dessa reflexão, que você avalie a aplicação desses princípios constitucionais em sua escola. ATIVIDADE O direito à participação é inerente a esses princípios constitucionais, assim como constitui um dos pilares do processo democrático. Nesse sentido, com base na análise desses princípios, verifique como eles se concretizam em sua escola, considerando o pressuposto da gestão democrática. 1. Registre em uma folha, por ordem de prioridade, o princípio que, segundo sua perspectiva, mais avançou no tocante a sua implantação, nos últimos doze meses. 2. Enumere as ações realizadas que permitiram assegurar este princípio. 3. Destaque os elementos facilitadores e dificultadores. 4. Apresente proposta concreta para assegurar a viabilidade do princípio que menos avançou. 20

21 2 A Lei n.º 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o princípio da gestão democrática As aspirações para manter a hegemonia tanto por parte do setor público como do privado constituíram motivos de luta no contexto de elaboração da Constituição Federal e da nova LDB. Entre esses motivos, está o princípio da gestão democrática. Por um lado, o fórum em defesa da escola pública, entidade constituída por segmentos da sociedade civil organizada, defendia a inserção desse direito, e os defensores do setor privado reagiam a essa inclusão. Ao final, prevaleceram o desejo e as pressões desse setor, constando a gestão democrática como princípio do ensino público na forma da lei e da posterior legislação dos sistemas de ensino, ou seja, excluindo-se o setor privado. A Constituição Federal, ao estabelecer como princípio do ensino a gestão democrática do ensino publico, na forma da lei (art. 206), além de configurar uma conquista parcial, pois excluiu o ensino privado, delegou a exequibilidade do princípio à legislação complementar, conforme destacado ao lado. Essa determinação da legislação causou grande polêmica devido à restrição que contém. É um questionamento que, em geral, os educadores atentos se fazem. Também é importante assinalar que a democratização da gestão do ensino público é mencionada em outros artigos do dispositivo legal que delibera as incumbências dos estabelecimentos de ensino e dos docentes. LDB n /1996: Art. 3.º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (...) VIII gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; ATIVIDADE Consulte o art. 13 da LDB, que trata das incumbências dos docentes. Examine seus incisos e explique como você cumpre essas incumbências, na prática, destacando elementos facilitadores e dificultadores. Envie suas reflexões, por escrito, para que possamos aprofundar essa discussão. Bom Trabalho! Qual sua posição referente ao princípio da LDB que restringe a gestão democrática ao ensino público? 21

22 TEMA 3 A escola como organização socialmente instituída para o desenvolvimento da educação Cada escola tem sua singularidade, é única! Educação e escola são fruto de longas construções históricas, vinculadas às relações entre pessoas, entre povos e comunidades, assim como às necessidades da vida, quer no plano individual ou coletivo. Nas sociedades antigas, a educação tinha uma concepção distinta. Em geral se confundia com a vida e com o trabalho. As pessoas se reuniam em torno de suas necessidades e aprendiam mediante o processo de produção. Portanto, o espaço educativo não se reduzia ao âmbito escolar, sobretudo, a educação era uma questão de poucos e até o século XVIII era ministrada, fundamentalmente, pela Igreja. Foi, ao longo desse século, que se originou a escola, dentro do mesmo processo de emergência da ciência moderna, da ascensão da burguesia como estrato social hegemônico, representando um importante papel na consolidação desse processo. É no contexto do que se denomina modernidade que nasce a educação como fenômeno social, do modo como a conhecemos hoje. Não existe consenso sobre o significado de modernidade. Poder-se-ia mesmo sugerir que se a sociedade industrial consolida a modernidade, o pós-industrialismo caminharia para o seu amadurecimento. Nesse sentido, modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo, que está relacionada ao projeto de mundo moderno, empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna (Seculos XVI e XVII) e consolidado com a Revolução Industrial. Está normalmente relacionada com o desenvolvimento do Capitalismo. Fonte: Assim, as necessidades da industrialização trazem como consequência, a necessidade de expansão da educação e a implantação de sistemas educativos até então existentes. Começa, desse modo, 22

23 a intervenção do Estado na educação, devido à necessidade de desenvolver uma profunda reforma no setor, pois somente o Estado nacional tinha condições de assumi-la. A escola, então, representa um importante papel na consolidação da hegemonia burguesa com relação à sociedade feudal e ao poder absolutista. Nasce como uma instituição pública, gratuita, universal e laica, que tem, ao mesmo tempo, a função de desenvolver uma nova cultura, integrar novas gerações no ideário da sociedade moderna e, igualmente, socializar de forma sistemática o conhecimento científico. Com essas características, a escola sintetiza as ideias da Revolução Francesa, o começo efetivo da modernidade e do ideal iluminista de uma sociedade igualitária, justa e fraterna. Desse modo, em maior ou menor grau, segundo distintos países, a escola acabou por se converter em instrumento do Estado para sua unificação nacional. No século XIX, o crescimento do capitalismo incorpora o progresso da técnica à ampliação da divisão do trabalho, o que provoca a necessidade de universalizar o saber ler, escrever e contar. A educação, que era vista como uma ocupação ociosa, passa a ser comparável ao funcionamento de uma fábrica. É assim, fundamentada na visão de uma função clássica, de uma instituição cultural e social, de profunda aposta na ciência e na formação científica, que se estruturaram os sistemas de ensino. Por tudo isso, a escola, como lócus da educação sistematizada segundo existe hoje, é uma invenção da sociedade moderna. A educação começa a se desenvolver em espaço próprio, pois antes os conhecimentos eram transmitidos no âmbito da família, nos lugares de trabalho, nas igrejas e nos mosteiros. Não existia a escola como espaço generalizado para todos. O processo de aprendizagem era familiar e profissional, e os conhecimentos transmitidos dependiam do papel que o indivíduo esperava exercer tanto social como profissionalmente. A ideia de escolaridade de massas, gradualmente, ganha corpo na sociedade moderna. Na passagem do século XIX para o século XX, especialmente nesse último, a escola se propagou. O direito à escolaridade era definido considerando-se diversos argumentos. O primeiro, econômico, justificado pelas novas formas de produção nascidas no século XIX, que necessitava de um número crescente de pessoas alfabetizadas. Era o período da industrialização. O outro argumento era político, pois a moderna noção de cidadania consubstanciada no processo de construção dos direitos requeria que as pessoas tivessem consciência de seus direitos e deveres. O terceiro, e último, referia-se à construção da nacionalidade, pois, nesse particular, a escola consistia em instrumento central para a consolidação e fortalecimento da língua, da tradição e da constituição de uma identidade nacional. Mesmo porque, até aquele período, a população sequer participava da criação dos sistemas nacionais de educação, papel sempre atribuído ao Estado. Essa recuperação dos processos históricos na perspectiva universal permite-nos refletir que, guardadas as diferenças dos condicionantes políticos, econômicos, sociais e culturais, bem como as dimensões tempo e espaço, o sistema educacional brasileiro seguiu 23

24 observando as tendências mundiais no que se refere aos processos de sua formação. A escola, no resgate de sua função básica como ambiente de formação cultural, ocupou papel importante desde os primórdios de sua criação e deve continuar na atualidade. Ademais, é um dos espaços que promove a mediação entre o homem e a realidade social, no seu processo de formação. E, nesse sentido, estão ocorrendo mudanças não apenas quantitativas, mas também qualitativas do ser humano, assim como o seu modo de se relacionar com a realidade. A escola é uma organização socialmente construída e cada uma é um mundo particular, tem configuração própria, apesar de estar imersa num mesmo sistema educacional e social. Uma escola de ensino fundamental na periferia de uma cidade de grande porte se distingue, imensamente, de um grande colégio de 2 mil alunos localizados no centro da mesma cidade. Assim como, por exemplo, uma escola de ensino fundamental que funciona na zona rural tem pouca semelhança com outra do mesmo nível existente na zona urbana de uma cidade do interior do país. E SUA ESCOLA, O QUE VOCÊ TEM A DIZER SOBRE ELA? Pois bem, a literatura educacional tem dedicado bastante atenção ao tema. Em geral, diz-se que a escola é uma organização complexa, com características especiais, onde interagem diversos elementos (pessoais, materiais, funcionais etc.), internamente e com outros ambientes. Atua como sistema social aberto, que se insere em um meio amplo que a condiciona. Dificilmente, pode-se comparar a escola com outros tipos de organizações (comerciais, industriais etc.) tendo em vista que possui particularidades e ambiguidades com relação a seus fins. Diversos aspectos conferem-lhe um caráter extremamente particular: os profissionais, a interferência de elementos externos, o caráter obrigatório de algumas etapas em que atua, a forte carga de valores que carrega, a particularidade do vínculo a um sistema educativo e a uma sociedade. Podemos assegurar que tudo isso confere à escola um caráter extremamente singular. Por outro lado, para compreender a escola e o que nela ocorre, não se pode perder de vista os diversos condicionantes que dizem respeito ao seu funcionamento e à sua autonomia. Além do mais, também implica levar em conta o contexto histórico e legal. 24

25 CONDICIONANTES: Sociais: se referem às reais condições de vida da comunidade. Culturais: se referem às diversas culturas que se juntam e produzem a cultura da escola. Econômicos: se referem às condições materiais da comunidade que interferem em seu funcionamento. Como vimos em outra seção deste módulo, ainda que a norma legal seja elaborada mediante contribuições diretas e indiretas da população, impõem-se regras que determinam o funcionamento do sistema de ensino e da escola, por vezes, contraditória e independentemente daquilo que a comunidade escolar pense ou queira. Assim, a forma de governo, o currículo, o quadro de pessoal, os períodos letivos, algumas características arquitetônicas etc. são definidos por lei. Desse modo, poderia dizer-se que, em certa medida, as escolas são iguais porque têm uma finalidade comum, uma regulamentação com o intuito de promover uma unidade de funcionamento. É importante perguntar em que grau a dinâmica interna de uma escola é independente ou está condicionada por forças externas. Uma premissa pode ser colocada: de um lado, as escolas e as organizações não podem ser concebidas independentemente do meio, do contexto, e, de outro lado, não podem ser analisadas somente em função da adaptação ao meio. Além disso, a micropolítica de cada escola tem uma dinâmica interna que demanda explicações embasadas em teorias que possibilitem a compreensão e a clareza do seu funcionamento. Stephen J. Ball, em seu livro La micropolitica de la escuela, afirma que os analistas das organizações dizem pouca coisa com algum significado sobre o modo como as escolas funcionam na realidade cotidiana. Isto ocorre por apoiarem seus estudos em modelos teóricos que apresentam uma visão fragmentada da escola, pois os modelos estão voltados para a compreensão das empresas industriais e comerciais ou grandes burocracias. Assim, entende que essas teorias são ideologias e legitimação de certas formas de organização. A ruptura desse paradigma exige saber mais sobre as escolas e, particularmente, compreender a micropolitica da vida escolar. Esta reconhece o valor do contexto organizativo na redefinição das dimensões estruturais e normativas das escolas, entende que a ordem nas escolas é sempre negociada politicamente, o que implica uma lógica interna. Do mesmo modo, esse tipo de análise acentua a dimensão política, caracterizada em seu interior pela presença de interesses diferentes, pelo intercâmbio e influência do poder. Em resumo, para Ball, os atores das escolas são atores sociais, que exercem protagonismo sobre a organização e, para melhor com- 25

26 preender a micropolitica da vida escolar, destaca conceitos-chave para estudo: poder, diversidade de metas, disputa ideológica, conflito, interesses, atividade política e controle. BALL, Stephen J. La micropolitica de la escuela. Centro de Publicaciones del Ministerio de Educación y Ciencia, Ciudad Universitaria, s/n, Madrid y Ediciones Paidós Ibérica, S.A, A escola enquanto estrutura organizativa tem diversas características que determinam sua natureza e seu funcionamento. Desse modo, como organização, forma uma realidade socialmente construída pelos membros que a compõe por meio de processos de interação social e em relação aos contextos e ambientes em que funciona. Assim construída, a escola redefine a estrutura formalmente regulamentada no seio da qual está inserida, porque gera estruturas, documentos, normas, valores e redes informais de comunicação, no interior dessa mesma estrutura. Por outro lado, a escola é também criadora de uma cultura própria. Essa edificação cultural dá-se em um tempo histórico, é constituída por crenças implícitas, representações e expectativas, tradições, rituais e simbologias. A cultura escolar implícita não existe como um todo compacto, homogêneo, uma vez que indivíduos e/ou grupos têm suas subculturas, assentadas em perspectivas, orientações e interesses diferentes. Ainda assim, predomina uma visão de que os aspectos relativos à organização da escola exprimem de modo quase exclusivo questões econômicas, materiais e humanas, ou seja, dizem respeito aos elementos da escola em si, no seu ambiente externo. É possível indagar se os problemas de uma sociedade não podem ser analisados pelos problemas que as organizações educativas enfrentam. Será possível afirmar que uma das peculiaridades dos problemas educativos da escola é a de servir de lente por intermédio da qual seja possível um diagnóstico do contexto social das próprias instituições mediante uma avaliação do conjunto dos cidadãos e do papel social que a escola vem cumprindo? Enquanto as revoluções precedentes se distinguiam pela fantástica potencialização da força física humana, a atual, identificada como terceira revolução, prioriza a capacidade mental e intelectual. O desafio para os sistemas educativos e, em decorrência, para a escola reside em questionar como e quais respostas proporcionarão às sociedades. Quais são os traços culturais com relação a atitudes, valores, habilidades e competências? Que conhecimentos deverão ser desenvolvidos no ambiente escolar para atender às demandas do mundo contemporâneo? Ou seja, qual e como será a nova escola? E sua escola? Proponho que você lhe dedique uma atenção especial, fale dela e sobre ela, como sujeito socialmente integrado a esse contexto e coadjuvante do seu desenvolvimento. 26

27 ATIVIDADE Então vamos lá. Reflita sobre essa questão: como você vê a sua escola e como você se vê nela. Por exemplo, o contexto em que ela se situa, os elementos que potencializam seu funcionamento, por que isso ocorre. Com se dá sua atuação. Se possível, discuta com colegas, veja em quê suas percepções são equivalentes e/ou se distinguem. Escreva, resumidamente, numa folha a parte, o resultado desse exercício. O que está em jogo é a capacidade que a escola deverá possuir para reinventar outros modos de relacionar-se com a nova realidade na perspectiva da produção do conhecimento. Em virtude do novo quadro paradigmático, os sistemas educativos se veem obrigados a reagir e a criar outras maneiras de se organizarem para atuar na contemporaneidade, ou seja, para se adaptarem ao contexto de evolução da sociedade. Constitui responsabilidade fundamental de a educação preparar o cidadão para as mudanças, apesar da insegurança crescente que questiona e desestabiliza a todos. Esta é a questão. Caso as mudanças não ocorram no sistema educacional e na escola, ambos correm o risco de caracterizarem-se como instituições incrustadas, ou seja, instituições que se tornaram inadequadas para realizar as tarefas que são chamadas a executar. Se por um lado a reforma do sistema é imprescindível para o desenvolvimento das sociedades, por outro é importante traçar os caminhos para sua realização e identificar quais são os principais fatores da eficácia escolar. 27

28 28

29 2 Abordagens teóricas da administração, a gestão democrática e as tecnologias Objetivos: Analisar a gestão democrática, as abordagens teóricas da administração e os reflexos da introdução das tecnologias na gestão escolar. 29

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