UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ REGINALDO JORGE LEITE SANTANA A MUDANÇA DE NOME DO TRANSEXUAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ REGINALDO JORGE LEITE SANTANA A MUDANÇA DE NOME DO TRANSEXUAL"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ REGINALDO JORGE LEITE SANTANA A MUDANÇA DE NOME DO TRANSEXUAL Biguaçu 2012

2 REGINALDO JORGE LEITE SANTANA A MUDANÇA DE NOME DO TRANSEXUAL Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas. Orientador: Professor Leonardo Ávila Biguaçu 2012

3 REGINALDO JORGE LEITE SANTANA A MUDANÇA DE NOME DO TRANSEXUAL Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de bacharel, e aprovada pelo Curso de Direito, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas. Área de Concentração: Direito Civil Biguaçu, 05 de novembro de Prof. MSc. Leonardo Viera de Ávila UNIVALI Campus Biguaçu Orientador Prof. MSc. Juliano Cardoso Schaefer Martins UNIVALI Campus Biguaçu Membro

4 Dedico esse trabalho a meu amado pai, Jorge Ereno Santana, que não esta mais entre-nos, que nem mesmo me viu crescer para participar deste momento, a minha amada e adorada mãe que com muitas dificuldades me criou, deu educação, amor e me ensinou o respeito ao próximo, a minha esposa, Simone Aparecida de Souza, pelo companheirismo, paciência, incentivo nos momentos de minhas fraquezas, nesse período de estudo, e as minhas filhas, Ana Carolina Santana e Ana Júlia Santana, pela compreensão nas ausências, pelo carinho e palavra de incentivo nos momentos de cansaço.

5 AGRADECIMENTOS A nosso pai todo poderoso, por dar saúde, paciência e força nesta longa caminhada. Ao meu irmão Renato Eduvaldo Marcelino, que sempre esta ao meu lado, me apoiando e dizendo que: não saberei se daria certo se tivesse desistido. Aos meus amigos que me forneceram além de material para ajudar na confecção deste trabalho, foram ao longo desses cinco anos, verdadeiramente companheiros, em especial a Jenice Juliani Marafon, Andréa Ribeiro e Fabiano Ferreira, que estão sempre prontos em ajudar sem medir esforços. Aos professores com os quais tive o privilégio de ter sido ensinado nesses cinco anos de Univali, entre eles posso citar: Juliano Schaefer, Marcelo Alves, Marilene do Espírito Santo, Fláviano Tauscheck, Marcos Leite, Ana Paula, Grando, Juliano Keller, Luciana Grillo, Loreno, Maria Helena Machado, Luiz Cezar, Maria Letícia, Denissandro, Giselle Kersten, Tânia Trajano, Gilberto Callado, Alessandra Trajano, Celso Wiggers, Alexsander Oliveira, José Salvadori, Roberta Westphal, Geyson Gonçalves, Paulo Borges, Lorena, Marciane Ferreira, Samantha Buglione, Fábio Trajano, Helena Pítsica, Joseane Corrêa, Giglione, Carlos Gonçalves, Ricardo Naschenweng, Artur Jenichen, Marco Aurélio Buzzi, Emanuel, Natália Muller, Milard Zhaf, Rita de Cássia, Fabiano Castagna, Rodrigo Mioto, Odair Barros, Sandro Sell, Marcio Paulo, Sergio Luz, Alexsander Luckmann, Roberto Wohlke, Alceu, entre outros, ainda, aos inúmeros funcionários da Univali, com os quais pude contar nessa caminhada. A meu orientador, professor e disciplinador o qual tenho imenso orgulho de citar nesse humilde trabalho, Leonardo Ávila, por sempre me atender e ensinar dentro e fora da sala de aula, sem poupar esforços, para que a cada dia melhorasse ainda mais esse trabalho.

6 5 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Biguaçu,05 de novembro 2012 Reginaldo Jorge Leite Santana

7 6 RESUMO O presente trabalho tem o objetivo de abrigar a possibilidade de alteração do nome pelo transexual. O presente tema é polemico e atual, e deve ser estudado com mais profundidade. O trabalho esta dividido em três capítulos. No primeiro capítulo tratase do direito da personalidade definindo alguns conceitos, fundamentos, características determinadas pela personalidade e sua disciplina no código civil, onde se explanará da proteção aos direitos da personalidade, sobre a disposição do próprio corpo, tratamento médico de risco, do direito ao nome, a proteção da palavra e a imagem. No segundo capítulo são abordadas algumas das possibilidades de alterações do nome, dentre elas, alteração por erro gráfico, da exposição do portador ao ridículo, no primeiro ano com a maioridade civil, pela adoção, filho fora do casamento, pelo apelido público e notório, pela lei de proteção as testemunhas e vitimas (Lei 9807/1999). Já no terceiro e último capítulo, afronta-se a alteração do nome pelo transexual, fundamentação da bioética, tratando da jurisprudência do Superior Tribunal e as fundamentações do Supremo Tribunal Federal no referente a evolução do tema. Palavras chaves: Direito da personalidade, alteração do nome, transexual.

8 7 RESUMEN Este trabajo pretende dar cabida a la posibilidad de un cambio de nombre por el transexual. Este tema es polémico y actual, y debe ser estudiado con mayor profundidad. La obra se divide en tres capítulos. En el primer capítulo que es la personalidad adecuada definición de algunos conceptos, fundamentos y características de personalidad determinados por su disciplina en el código civil, donde explanará protección de los derechos de la personalidad, sobre la disposición del cuerpo, el riesgo médico, el derecho a un nombre, a la protección de la palabra y la imagen. En el segundo capítulo ofrece algunas de las posibilidades de los cambios de nombres, entre ellos, cambiando error gráfico, la exposición de la compañía al ridículo, en el primer año con la mayoría de edad civil, por adopción, hijos fuera del matrimonio, por el conocimiento apodo común, por la ley para proteger a los testigos y las víctimas (Ley 9807/1999). En el tercer y último capítulo, afrenta para el cambio de nombre razonamiento transexual, bioética, que trata de la jurisprudencia de la Corte Suprema de Justicia y el razonamiento de la Corte Suprema de Justicia en cuanto a la evolución del tema. Palabras clave: Derecho a la personalidad, cambio de nombre, transexual.

9 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE NOÇÕES GERAIS FUNDAMENTOS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE DISCIPLINAS NO CÓDIGO CIVIL Da proteção aos direitos da personalidade Os Atos da disposição do próprio corpo O tratamento médico de risco O direito ao nome A proteção à palavra e à imagem A proteção à intimidade DA POSSIBILIDADE DA ALTERAÇÃO DO NOME DA RETIFICAÇÃO DO NOME POR ERRO GRÁFICO DA EXPOSIÇÃO DO PORTADOR DO NOME RIDÍCULO DA ALTERAÇÃO DO NOME APÓS A MAIORIDADE CIVIL DA POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO (TRADUÇÃO) DO NOME POR ESTRANGEIRO DA ALTERAÇÃO DO NOME PELA ADOÇÃO DA ALTERAÇÃO DO NOME PELO RECONHECIMENTO DE FILHO FORA DO CASAMENTO DA ALTERAÇÃO DO NOME PELA LEI DE PROTEÇÃO A TESTEMUNHA E AS VÍTIMAS DA ADOÇÃO DE APELIDO PÚBLICO E NOTÓRIO AO NOME DA ALTERAÇÃO DE NOME DO TRANSEXUAL DAS FUNDAMENTAÇÕES DA BIOÉTICA... 44

10 9 3.2 A TENDÊNCIA JURISPRUDENCIAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Da possibilidade da alteração do nome do transexual A TENDÊNCIA JURISPRUDENCIAL DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA FUNDAMENTAÇÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO TOCANTE A EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES DA SEXUALIDADE E DA UNIÃO HOMOAFETIVA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 59

11 10 INTRODUÇÃO O presente trabalho de conclusão de curso tem a finalidade de estudar a possibilidade de alteração do nome do transexual, esclarece-se, que a pesquisa monográfica desenvolvida, não tem a finalidade de esgotar o tema, nem abordá-lo por completo. O intuito é demonstrar os aspectos doutrinários e jurisprudenciais, da alteração do nome, abordando de forma sintetizada os direitos da personalidade, as possibilidades e alteração do nome e a alteração do nome pelo transexual. Desta forma, a presente monografia tem por objeto demonstrar os posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais da alteração do nome pelo transexual, por isso, busca-se por intermédio do presente trabalho de conclusão de curso, estudar as consequências jurídicas da alteração do nome do transexual, confrontando o artigo 16 Código Civil Brasileiro de 2002 e o artigo 109 da Lei nº de 1973, frente aos artigos 1º inciso III e o caput do art. 5º, ambos da Constituição da República Federativa do Brasil de Assim, como problemas encontrados com o objeto acima exposto, frente estabelecido pela doutrina e jurisprudência são dois: Primeiro problema: O transexual tem direito de alterar o seu prenome, bem como, o seu registro civil? Primeira hipótese: Dando a possibilidade de mudança do nome é razoável que o sexo do indivíduo tenha sua mudança nos registros, mas, para que não tenha problemas futuros, deve constar nos registros a situação anterior do indivíduo e o motivo da mudança no registro do nome e do sexo, para que, em uma relação futura o seu parceiro saiba de sua verdadeira condição, e assim não venha após um possível matrimônio, reclamar o seu direito de anulação alegando erro de pessoa. Segundo problema: Em caso positivo, quais as implicações jurídicas dessa alteração? Segunda hipótese: A não alteração do registro será mediante o fato genético (homem, mulher), não há de se falar em uma terceira opção sexual quanto ao fator genético ou é masculino ou feminino. A alteração do registro somente dizendo que pertence ao sexo masculino ou feminino, mas que não permaneça com o nome do sexo oposto, neste caso, a

12 11 situação vexatória continuará a mesma, e se tornará uma mentira genética, por que só existem femininos e masculinos. Desta forma, a presente pesquisa monográfica é uma singela resposta as indagações acima expostas, composta em três capítulos. O primeiro capítulo tratarse-á dos direitos da personalidade, demonstrando seus fundamentos, características e algumas disciplinas do Código Civil Brasileiro de Já o segundo capítulo, tratar-se-á das possibilidades de alteração do nome pela adoção ou reconhecimento de filhos fora do casamento, alteração pelo casamento, separação, divórcio, união estável, alteração pela lei de proteção a testemunha e vítima e a alteração de nome por estrangeiro. No fim, o terceiro capítulo tratar-se-á da alteração do nome pelo transexual, expondo a tendência jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, fundamentos da bioética e os fundamentos do Supremo Tribunal Federal no tocante a evolução das questões da sexualidade. O método adotado para a realização do trabalho foi o dedutivo, uma vez que estabelecerá uma formulação geral ao abordar aspectos referentes ao direito da personalidade para de maneira fundamentada a formação geral, verificando-se finalmente, a alteração do nome do transexual. 1 A técnica de pesquisa adotada é a documentação indireta, uma vez que se utilizarão todas as espécies de documentos escritos, isto é, valendo-se da pesquisa documental ou bibliográfica, e, em especial, da legislação infraconstitucional e doutrina. 2 A área de concentração da pesquisa do trabalho é o Direito Civil, e a linha de pesquisa fica dentro do Direito Civil e por fim, na conclusão serão feitas as análises do presente trabalho verificando se as hipóteses demonstradas foram ou não confirmadas. 1 PASOLD, Cesar Luiz. Prática da pesquisa jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito. 2. ed. Florianópolis: OAB/SC Editora, ZIMMERMANN, Marciane. Técnica. Curso de Graduação em Direito. Universidade do Vale do Itajaí. 4 fls. Notas de aula

13 judiciário. 3 Pode ser entendido por personalidade um valor que se desenvolve 12 1 DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 1.1NOÇÕES GERAIS Os direitos da personalidade são direitos inalienáveis que não estão a venda e que merecem uma proteção legal. Algumas afirmações sobre a pessoa humana foram e estão sendo reconhecidas pela doutrina e pelo ordenamento jurídico e tendo, por consequência, a devida proteção pela jurisprudência em nosso através de várias situações jurídicas subjetivas, que em alguns casos podem se manifestar não apenas no modo subjetivo, mas como poder jurídico, autoridade parental, direito potestativo, interesse legítimo por pretensão ou em várias outras situações juridicamente relevantes. 4 Conceituam-se como direitos fundamentais aquele que tem como objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas principais importâncias sociais. Os direitos individuais possuem como idéia disciplinar os direitos da personalidade dentro da esfera extrapatrimonial da pessoa, onde este têm reconhecida a tutela e outros valores não redutíveis pecuniariamente, como a vida, a integridade física, a intimidade, a honra, entre outros. 5 Cita em sua obra Roberto Senise que personalidade na acepção clássica [...] é a capacidade de direito ou de gozo da pessoa de ser titular de direito e obrigações, independentemente de seu grau de discernimento, em razão de direitos que são inerentes à natureza humana e sua projeção para o mundo exterior. 6 Contudo, os direitos da personalidade estão a par dos direitos que são economicamente apreciados, e muito valiosos, merecem um amparo de ordem jurídica admitindo o ideal de um sentimento de justiça da ordem jurídica. 7 3 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p BODIN DE MORAES, Maria Celina. Ampliando os direitos da personalidade. In. José Ribas Vieira. (Org.). 20 anos da Constituição cidadã de Rio de Janeiro: Forense, p. 372 e GAGLIANO, Pablo & PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: parte geral. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.p LISBOA, Roberto Senise. Manual de direito civil: Teoria geral do direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p PEREIRA,Caio Mário. Instituições de direito civil. Vol. I. 21ª Ed. Rio de Janeiro:Forense, P. 237.

14 13 Mas para obter o exercício de seus direitos, a pessoa deve possuir capacidade de fato, sendo os incapazes protegidos pelo ordenamento jurídico, representados e assistidos legalmente, por seus pais, tutores e curadores. 8 Os direitos da personalidade por não se tratarem de conteúdo econômico, e por serem único em cada indivíduo, devem ser tratados como inerentes a pessoa humana, estando, portanto, perpetuado ao indivíduo. Destaca-se dentre estes o direito a vida, a liberdade, ao nome próprio, ao corpo, a hora e a imagem. 9 Como dito, os direitos da personalidade encontram-se paralelos aos direitos econômicos, bem como aos direitos fundamentais. Alguns direitos tais como, a proteção à vida, ao nome, à imagem, sobre o corpo e suas partes, são direitos fundamentais declarados em momentos históricos, como por exemplos na declaração de independência Norte-Americana ou a carta de São Francisco. Nestes dois exemplos, é possível verificar que esses direitos seguem em paralelo por estarem ligados diretamente ou indiretamente à pessoa. 10 Esse direito fornece ao indivíduo, o poder de lutar em defesa de seus direitos personalíssimos, de bens ou valores essenciais, compreendidos em seu aspecto físico, ao direito à vida e dispor de seu corpo, na parte intelectual. Os direitos da personalidade possibilitam o direito à liberdade de pensamentos, direito de autorias e invenções no aspecto moral, permite, ainda, o direito à liberdade e à honra, além de diversos outros direitos inerentes ao indivíduo, inclusive o de reclamar quando um desses direitos for violado por terceiro. 11 A partir do momento em que o homem passou a participar dos polos das relações jurídicas, surgiu então, a necessidade do apontamento dos direitos da personalidade, sendo que o direito da personalidade não é diretamente um direito, mas sim, um conceito básico sobre o qual se fundamenta. Tem-se, portanto, que os direitos da personalidade são os personalíssimos, visto que incidem sobre os bens que nascem com a pessoa e são irrenunciáveis. 12 Quando se trata de direito da personalidade é certo afirmar que são os de direito natural, ou seja, os que vêm antes do ordenamento jurídico, logo, que 8 LISBOA, Roberto Senise. Manual de direito civil: Teoria geral do direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil: Parte Geral. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p AMARAL, Francisco. Direito Civil: Introdução. 5. ed. rev., atual. e aum. Rio de Janeiro: Renovar, 2008 p VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 9. ed. São Paulo: Atlas, p. 168.

15 14 nascem com a pessoa e, deste modo, antecedem e transcendem o ordenamento positivo, existindo pelo fato da condição humana e seu nascimento FUNDAMENTOS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE Os direitos da personalidade são divididos em duas categorias: os que regem o direito a vida, a integridade física e moral e os que são adquiridos por meio do status individual. Os primeiros são tratados como inatos, já os segundos são os descritos pela disciplina do direito positivo. Muito embora os direitos da personalidade adquiridos através do status sejam descritos pela disciplina do direito positivo, essa ideia ainda é combatida por nosso ordenamento jurídico por falta de adequação, ainda que o direito natural defenda essa ideia de personalidade da pessoa humana. 14 Os já mencionados direitos da personalidade são reconhecidos como inalienáveis por não estarem à venda no mercado, e por tal razão, merecem a proteção do Estado, para que não sofram ameaças e agressões de autoridades e de particulares. 15 Mesmo sendo os direitos da personalidade reconhecidos desde o final do século XX, ainda sim, em nosso ordenamento jurídico, são visualizados há muito pouco tempo. Mas independente do tempo em que esses direitos estejam presentes na esfera jurídica, há tutela já existe a muito tempo, desde a Roma, onde as ofensas atiradas em desfavor das pessoas eram punidas pelo actio injuriarum, assim como na Grécia, onde as ofensas eram punidas pela dike kakegorias. 16 Porém, mesmo que esses direitos tenham deixado suas marcas na Roma e na Grécia, seu maior reconhecimento foi com o surgimento do cristianismo, o qual trazia consigo uma ideia de fraternidade universal STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil: 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p

16 15 Mas não somente na Roma, na Grécia e através do cristianismo que os direitos da personalidade começaram a ganhar respaldo. No Brasil esses direitos também ganharam espaço através da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, consagrada em seu artigo 5º e alguns incisos, especialmente no inciso XLI, o qual determina que: a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, consagrado também em seu artigo 1º inciso III, a dignidade da pessoa humana. 18 Tem-se, portanto, que os direitos da personalidade são de grande importância para a sociedade e, por isso, vem ocupando um lugar privilegiado na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de modo que a ofensa a determinados direitos da personalidade é motivo suficiente para condenar o ofensor a indenizar a parte ofendida. 19 No geral os doutrinadores entendem que caberia ao estado apenas reconhecê-los e sancioná-los em um outro plano do direito positivo - em nível constitucional ou em nível de legislação ordinária-, dotando-os de proteção própria, conforme o tipo de relacionamento a que se volte, a saber: contra o arbítrio do poder público ou as incursões de particulares. 20 Feitas as considerações em torno dos fundamentos dos direitos da personalidade, far-se-á, uma análise das características desses direitos e a interpretação perante o judiciário. 1.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE O que caracteriza a natureza jurídica dos direitos a personalidade é a existência de faculdades que atribuam ao homem as condições de indivíduo e de pessoa. 21 Conforme dispõem o Código Civil Brasileiro de 2002 em seu artigo 11, os 18 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 1. ed. Forense Universitária, 1999, p PEREIRA,Caio Mário. Instituições de direito civil. Vol. I. 21ª Ed. Rio de Janeiro:Forense, P. 238.

17 16 direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 22 Assim, fica demonstrado que suas características fundamentais são irrenunciáveis, intransmissíveis, ilimitadas e que são ainda absolutas, imprescritíveis, vitalícias e incondicionais. 23 No mesmo sentido, Maria Helena Diniz discorre que: os direitos a personalidade são absolutos, intransmissíveis, indisponíveis, irrenunciáveis, ilimitados, imprescritíveis, impenhoráveis e inespropriáveis. São absolutos, ou de exclusão por serem oponíveis erga omnes, por conterem, em si, um dever geral de abstenção. São extrapatrimoniais por serem insuscetíveis de aferição econômica, [...]. São intransmissíveis, visto não poderem ser transferidos à esfera jurídica de outros. (...) São Indisponíveis, insuscetíveis de disposição, mas á temperamentos quanto a isso. São Irrenunciáveis já que não poderão ultrapassar a esfera de seu titular. São impenhoráveis e imprescritíveis, não se extinguindo nem pelo uso, nem pela inércia na pretensão de defendê-los, e são insuscetíveis de penhora. 24 Para Roberto Senise Lisboa, 25 são características dos direitos da personalidade: a originariedade, que são os chamados direitos inatos e encontramse atrelado ao indivíduo desde a sua concepção, podendo dessa forma, assegurar o direito da personalidade desde a formação do nascituro. A segunda característica destacada pelo doutrinador é a extrapatrimoniedade. A extrapatrimoniedade trata dos direitos insuscetíveis de mensuração patrimonial, mas com direitos personalíssimos para obtenção de ganho econômico. Já a terceira característica levantada pelo jurista é a indisponibilidade dos direitos, uma vez que estes não podem ser dispostos ou limitados voluntariamente. O jurista além das características acima mencionadas, traz outras que, por sua vez, possuem a mesma importância que as já mencionadas. A então quarta característica trazida pelo doutrinador é a perpetuidade, que versa a respeito dos direitos vitalícios. Já a quinta característica mencionada é a oponibilidade, que é um atributo assegurado pelo Estado e respeitado pela coletividade. A sexta 22 BRASIL, Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, MONTEIRO. Washington de Barros, Curso de direito civil 1, 43ª Ed. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p LISBOA, Roberto Senise. Manual de direito civil: Teoria geral do direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p

18 17 característica trata da intransmissibilidade, na qual os direitos não podem ser transferidos. 26 Não são estas as únicas características dos direitos da personalidade, há ainda a incomunicabilidade, onde não se integram a comunhão ou condomínio e tem-se também a impenhorabilidade, na qual os direitos não podem ser dados em garantia e usados para pagamentos de obrigações. E por fim, a última e não menos importante característica é a imprescritibilidade, no qual estabelece que os direitos podem ser defendidos a qualquer tempo. 27 Assevera ainda, Carlos Roberto Gonçalves 28, que a intransmissibilidade e a irrenunciabilidade, acarretam a indisponibilidade dos direitos da personalidade, não podendo seus titulares dispor, transmitir, renunciar ou abandonar esses direitos, pois estes nascem e se extinguem com seus titulares. Na mesma linha tem-se o absolutismo, revelando o caráter absoluto do direito da personalidade com o dever de abstenção e respeito. Essa não limitação a estes direitos é por conta dos artigos 11 a 21 do Código Civil Brasileiro de Referindo-se a apenas alguns, limitando assim o número de direitos da personalidade, a imprescritibilidade, a impenhorabilidade e a vitaliciedade são limitados. A imprescritibilidade é mencionada pelo fato da não extinção pelo uso, pelo decurso do tempo e pela demora em defendê-los. Já a impenhorabilidade é citada por serem os direitos da personalidade inerentes à pessoa, são dela inseparáveis, sendo desta forma indisponível, não podendo ser penhoráveis. 29 Mas mesmo diante disso, podem ter o seu uso cedido para fins comerciais como, por exemplo, o direito autoral e o direito a imagem. A não sujeição e a desapropriação, por estarem ligados a pessoa de modo indestacável, não podem ser retirados e precisam ter limitações voluntárias de seu exercício, no entanto, a vitaliciedade, é inata, logo adquire-se tal direito com a concepção. 30 Os direitos da personalidade possuem características individuais, cada um com uma posição especial em seu panorama no direito privado. A lei e a doutrina são usadas como parâmetros para essas características. 26 LISBOA, Roberto Senise. Manual de direito civil: Teoria geral do direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.p LISBOA, Roberto Senise. Manual de direito civil: Teoria geral do direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p. 158.

19 18 Logo, pode-se destacar como características individuais, a indisponibilidade, onde os direitos não podem ser objeto de renuncia por seu titular, tampouco mudar de uma pessoa para outra, ainda que exista autorização pelo titular do direito nesse aspecto, visto que trata-se do estado de algo que não está ou não pode ser disponível. 31 Mas, as características dos direitos da personalidade não se resumem a estas mencionadas, uma vez que, tais direitos podem ser ainda absolutos, por tratar de algo que existe independente de qualquer condição, possuindo efeitos erga omnes, e tendo que, por consequência, ser respeitado pelo coletivo; podem ser inexpropriáveis, por não serem passíveis de desapropriação, especificamente nos casos de pessoas públicas que se utilizam do nome em benefício próprio, visando seu sustento. 32 Continuando a tratar das características dos direitos da personalidade, é possível destacar que tais direitos são imprescritíveis, impenhoráveis, não executáveis e que dependem de consentimento. Dentro dessa linha de raciocínio, tem-se que os direitos são imprescritíveis por não se extinguirem pela falta de uso, por não estarem sujeitos as prescrições. Seguindo essa linha de raciocínio, há ainda a característica da impenhorabilidade, que por sua vez, são assim denominadas por não serem passíveis de penhora, possuindo a garantia especial de que gozam, em virtude de disposição legal. 33 Pode-se destacar, aqui também, a característica da não execução, a qual assegura que o direito não pode ser objeto de execução forçada e o consentimento, que não é uma renúncia, mais sim, uma destinação de seu benefício a um terceiro, consentido de forma expressa ou tácita, pelo qual aprova o ato que deva ser cumprido por este. 34 Algumas das características dos direitos da personalidade, como é o caso dos direitos intransmissíveis e irrenunciáveis encontram fundamentação no Código Civil Brasileiro de No caso em específico, o artigo 11 do referido código encarregou-se de regular essas duas características, ao trazer a seguinte redação: com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 31 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional: 22. ed. São Paulo: Malheiros, p BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional: 22. ed. São Paulo: Malheiros, p MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: 4. ed. Rio de Janeiro: Renovar, P MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: 4. ed. Rio de Janeiro: Renovar, P. 92.

20 19 intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 35 No tocante ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, tem-se a possibilidade de inclusão de cada um dos membros da sociedade dentro de um Estado Democrático de Direito. A partir disso, podemos constituir e organizar um Estado, com destinação aos cuidados da sociedade e de seus particulares individualmente, assegurando o desenvolvimento, a liberdade, o bem-estar, a segurança e a plena justiça com comprometimento e soluções pacíficas das controvérsias. Se não bastassem todas essas atribuições colocadas aos direitos da personalidade, esses direitos tratam ainda de resguardar a dignidade da pessoa humana, uma vez que, ninguém por ato voluntário pode ser disposto da sua privacidade, liberdade e transmitir seu nome de registro, para que outro individuo venha a renunciar direitos DISCIPLINAS NO CÓDIGO CIVIL A questão envolvendo os direitos da personalidade não é algo tão recente. Conforme disciplina Silvio de Salvo Venosa a matéria não é tratada sistematicamente na maioria dos códigos civis, e nosso provecto Código Civil de 1916 não era exceção, embora a doutrina não tão recente já com ela se preocupasse. 37 Com o nascimento do novo Código Civil Brasileiro em 2002, os direitos da personalidade acabaram ganhando ainda mais destaque. O referido código teve seu capítulo II, mais especificamente entre os artigos 11 ao artigo 21, inteiramente dedicados aos direitos da personalidade. Mas, entre esses artigos há alguns que ganharam ainda mais ênfase, como é o caso do artigo 16 ao artigo 19, uma vez que, esses tratam do direito ao nome e ao pseudônimo, o artigo 20, que trata da imagem 35 BRASIL, Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 9. ed. São Paulo: Atlas, p VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 9. ed. São Paulo: Atlas, p

21 20 e o artigo 21, o qual está encarregado de tratar a respeito da privacidade da pessoa. 38 Além de sua previsão no Código Civil Brasileiro de 2002, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 também se incumbiu de tratar dos direitos da personalidade humana. Em seu título I, a referida Constituição trata dos princípios constitucionais a partir de seu artigo 1º e incisos II e III, os quais abordam a valoração da cidadania e a dignidade da pessoa humana. Mais adiante, em seu artigo 5º inciso X, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 trata da inviolabilidade dos direitos da pessoa, ao dar a seguinte redação ao mencionado artigo: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 39 Desta forma, garantindo o Estado a todos os cidadãos à dignidade, o livre desenvolvimento da personalidade, o bem estar do cidadão, assegurando o valor da liberdade, essas garantias tem como finalidade a proteção contra as condições mínimas de vida. No que concerne à dignidade da pessoa humana, esta tem seu fundamento jurídico, baseado manifestadamente em primeiro lugar, no princípio da igualdade, uma vez que, este não tende a sustentar a igualdade entre as pessoas, mas sim, o equilíbrio dentro dos grupos das sociedades. 40 No entendimento de Celso Ribeiro Bastos 41, a igualdade é adquirida quando não se encontram distinções entre dois indivíduos, estes tendem a terem as mesmas características, assim como suas estruturas e formas. Mas a igualdade não caminha sozinha. Paralela a ela está a desigualdade. O tratamento desigual ou discriminatório, característica fundamental da desigualdade, é suficiente para obtenção da violação do princípio da igualdade, uma vez que, existindo essa diferenciação entre a igualdade e a desigualdade, e havendo falta de fundamento jurídico a respeito do tema, qualquer violação a igualdade de outrem, será suficiente para caracterizar tal ato, por se tratar de ações inadequadas a sociedade BRASIL, Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: 4. ed. Rio de Janeiro: Renovar, P BASTOS,. Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional: 22. ed. São Paulo: Malheiros, p MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: 4. ed. Rio de Janeiro: Renovar, P. 90.

22 21 Quando há poucas normas falando sobre um tema de grande relevância, abrem-se pressupostos para um desenvolvimento natural das jurisprudências e doutrinas das mais variáveis. 43 Tem-se dessa forma, que o princípio da igualdade é vigorável quando os indivíduos que convivem em sociedade permanecem usufruindo dos mesmos benefícios, não tendo que se por de classe inferior, nem ter que usufruir da saúde, educação ou mesmo do meio em que vive, em piores garantias e total desigualdade Da proteção aos direitos da personalidade No que concede à dignidade da pessoa humana, orienta a nossa Constituição da República Federativa do Brasil de 1998, em seu artigo 1º, inciso III, por ser este o embasamento do nosso ordenamento Jurídico, quando se tratar da defesa dos direitos da personalidade. No entanto, o outro artigo da referida Constituição, a saber, artigo 5º inciso X, que, como mencionado anteriormente também trata dos direitos da personalidade, é ainda de maior relevância, por assegurar o direito à indenização quando a pessoa tiver seu direito a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem, violadas. 44 Os direitos fundamentais trazidos pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 constituem verdadeira fonte de subexistência para o Estado, ao passo que é possível dizer que o Estado nasceu a partir dos Direitos Fundamentais. Neste contexto, tem-se que a existência do Estado se deve em razão do ser humano e não o ser humano venha a existir em função do Estado. Nesta mesma linha, o Código Civil Brasileiro de 2002, em seu artigo 12, caput e em seu parágrafo único, passou a tratar do direito da pessoa quando esta se sentir lesada ou ameaçada por outrem, mesmo nos casos em que o indivíduo lesado já se encontre morto. Vejamos então o que o artigo menciona: Artigo 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 43 REALE, Miguel. O projeto do novo Código Civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p. 159.

23 22 Parágrafo Único. Em se tratando de morto terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 45 Independentemente das medidas serem ajuizadas pelo ofendido diretamente ou por seu representante legal, tendo natureza preventiva ou cautelar, ambas possuem como objetivo a suspensão da ofensa ou mesmo a reparação do dano sofrido pelo ofendido ou a sua integridade Os Atos da disposição do próprio corpo A disposição do próprio corpo é regulada pelo Código Civil Brasileiro de 2002 em seu artigo 13, caput e parágrafo único, que traz as situações em que tal ato é permitido e os casos nos quais tal ação é proibida: Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 46 A disposição do próprio corpo somente será permitida por força de exigência médica ou em casos de transplantes estabelecidos em legislação especial. Será proibida, portanto, sempre que vir a diminuir a integridade física e contrariar os bons costumes. Porém o referido código, em seu artigo 14, sustenta que: Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 47 Ainda a validade da disposição do próprio corpo após a morte, para fins científicos ou altruísticos, em parte ou em todo, de forma gratuita. 45 BRASIL, Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, BRASIL, Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, BRASIL, Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2009.

24 O tratamento médico de risco Assim como há casos em que a disposição do próprio corpo é proibida, há também determinadas situações, nas quais são proibidas as práticas que envolvam tratamento médico de risco, sob a finalidade de proteção e inviolabilidade do corpo. O fundamento para tanto, encontra-se em nosso ordenamento jurídico, mais especificamente no Código Civil Brasileiro de 2002 em seu artigo 15, o qual determina que ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Seguindo a linha de raciocínio do nosso ordenamento jurídico, os médicos não podem atuar sem a devida autorização do paciente ou de um responsável deste. 48 A problemática enfrentada acerca do tratamento médico de risco, tanto pela legislação, quanto por parcela da doutrina, também é passível de averiguação perante a jurisprudência do Superior Tribunal Federal, como é o caso da decisão abaixo ementada: E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA CARÁTER INFRINGENTE INADMISSIBILIDADE RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO PODER PÚBLICO ELEMENTOS ESTRUTURAIS TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO FATO DANOSO (MORTE) PARA O OFENDIDO (MENOR IMPÚBERE) RESULTANTE DE TRATAMENTO MÉDICO INADEQUADO EM HOSPITAL PÚBLICO PRESTAÇÃO DEFICIENTE, PELO DISTRITO FEDERAL, DO DIREITO FUNDAMENTAL A SAÚDE, INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. - Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes. - Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes. A omissão do Poder Público, quando lesiva aos direitos de qualquer pessoa, induz à 48 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p. 165.

25 24 responsabilidade civil objetiva do Estado, desde que presentes os pressupostos primários que lhe determinam a obrigação de indenizar os prejuízos que os seus agentes, nessa condição, hajam causado a terceiros. Doutrina. Precedentes. - A jurisprudência dos Tribunais em geral tem reconhecido a responsabilidade civil objetiva do Poder Público nas hipóteses em que o eventus damni ocorra em hospitais públicos (ou mantidos pelo Estado), ou derive de tratamento médico inadequado, ministrado por funcionário público, ou, então, resulte de conduta positiva (ação) ou negativa (omissão) imputável a servidor público com atuação na área médica. - Configuração de todos os pressupostos primários determinadores do reconhecimento da responsabilidade civil objetiva do Poder Público, o que faz emergir o dever de indenização pelo dano pessoal e/ou patrimonial sofrido. 49 Ainda que, na decisão acima o erro médico tenha sido a ênfase da questão, o Estado é solidário e tem o dever e a responsabilidade de indenizar, não como meio de pagamento pela morte do ente querido à família, mas como meio de satisfação à sociedade pelo dano irreparável sofrido pela família. 50 Ao paciente cabe o direito de todas as informações relativas ao seu estado e a qual tratamento deva ser submetido. Já ao médico cabe o dever de fornecer todas as informações necessárias ao paciente. Nos casos em que o paciente não puder responder por seus atos, caberá ao médico obter a autorização escrita do responsável pelo paciente, especialmente nos casos que tenha que se proceder a intervenção cirúrgica de risco, conforme dispõe o artigo 4º da Lei nº 9.434/1997, 51 sendo esta a Lei que regula a retirada de partes dos corpos de pessoas já falecidas O direito ao nome 49 BRASIL. Supremo Tribunal Federal (Segunda Turma). Agravo de Instrumento n Embargante: Distrito Federal. Embargado: Alberdan Nascimento Aráujo e Outro. Relator: Ministro Celso de Mello. Distrito Federal, 28 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 26 de set. de BRASIL. Supremo Tribunal Federal (Segunda Turma). Agravo de Instrumento n Embargante: Distrito Federal. Embargado: Alberdan Nascimento Aráujo e Outro. Relator: Ministro Celso de Mello. Distrito Federal, 28 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 26 de set. de BRASIL. Lei n , de 4 de fevereiro de Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 20 de setembro de GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p. 165.

26 25 Além de todos os direitos relativos à pessoa já mencionados, o direito ao nome é um dos direitos mais fundamentais. Este direito encontra-se regulado pelo Código Civil Brasileiro de 2002, entre o artigo 16 ao artigo 19. Os referidos artigos mencionam que toda pessoa tem direito ao nome e sobrenome, este, não podendo ser usado por outras pessoas em publicações, representações e propagandas, sem a devida autorização de seu possuidor ou representante legal. Mas, mesmo nos casos que não tenha a intenção difamatória, o pseudônimo, assim como o nome, possui proteção quando usado por seu possuidor em atividades licitas. É uma espécie de direito da personalidade, do gênero relativo ao direito da integridade moral, sendo que cada pessoa tem direito ao nome ou identidade para ser individualizado perante a sociedade. 53 Neste sentido entende Maria Helena Diniz 54 que: Nos arts. 16 a 19 tutela o Código Civil o direito ao nome contra atentados de terceiros, tendo em vista que ele integra a personalidade, por ser o sinal exterior pelo qual se individualiza a pessoa, identificando-a na família e na sociedade. Reprime-se abuso cometido por alguém [...] ao desprezo público ao ridículo, violando a respeitabilidade de seu titular, mesmo que não haja a intenção de difamar, por atingir sua boa reputação, moral e profissional, no seio da coletividade (honra objetiva), acarretando dano moral ou patrimonial, suscetível de reparação, mediante supressão de uso impróprio ou indevido do nome ou indenização pecuniária. Porém, além da proteção ao nome, o indivíduo tem direito a ser indenizado pelo ofensor. A proteção dada ao nome também abrange os pseudônimos (usados por artistas e pessoas públicas), sendo vedada sua utilização sem a devida autorização de seu titular ou representante legal. 55 Por fim o nome tem caráter absoluto, cabendo a cada cidadão respeitar o de seu semelhante, podendo reivindicá-lo em caso de investigação de paternidade (onde o reclamante busca o conhecimento da paternidade, para poder ter o nome do reclamado junto ao seu) e alterá-lo nos casos de causar-lhe constrangimento perante a sociedade GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. 24. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil 1, 43ª Ed. São Paulo: Saraiva, p. 113.

27 A proteção à palavra e à imagem Antes da edição do Código Civil Brasileiro de 2002, a proteção à palavra e à imagem encontrava-se disciplinada pela Lei nº de 19 de fevereiro de Com a publicação do referido código, este passou a disciplinar a matéria de direitos autorais, dando ao seu artigo 20, a seguinte redação: se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais. 57 O então Código, por meio desse artigo, passou a considerar que os direitos à palavra e à imagem tratam-se na verdade de direitos da personalidade, podendo proibir tais atos, e assegurar a seu detentor o direito à indenização, de modo que em seu parágrafo único, venha limitar o direito de representação, uma vez que, nos casos de ofensa contra mortos o agente de direito a requerer essa proteção deva ser o cônjuge, ascendente ou descendente. 58 O direito à imagem, por ter a função de proteger a pessoa na divulgação e publicação de sua imagem está qualificado como extra patrimonial, de caráter personalíssimo. Essa proteção visa amparar o direito de imagem das circunstâncias que ocasionam o desrespeito a sua privacidade e individualidade. 59 No entendimento de Silvio de Salvo Venosa 60, o direito à imagem não é limitado a qualquer aspecto, sendo que tanto pode ser objetivo como subjetivo. Quando tratado no Brasil, por exemplo, em nossas festas carnavalescas, as mulheres participam dos desfiles praticamente desnudas, e neste mesmo caso da desnudes, em outra situação não seria permitido às mulheres essa demonstração do corpo seminu. Mas em casos análogos de divulgação, quando se tratam de proteção à testemunha, geraria a proibição da divulgação por ser protegido pela Lei nº de 1999, quando o divulgador mesmo sabendo do fato divulga as imagens, desta forma, gerando direto à indenização. 57 BRASIL. Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, MONTEIRO, Washington de Barros, Curso de direito civil 1, 43ª Ed. São Paulo: Saraiva, p VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 9. ed. São Paulo: Atlas, p. 205.

28 A proteção à intimidade A intimidade da pessoa tem sua proteção no artigo 21 do Código Civil Brasileiro de 2002, onde tráz a seguinte redação: a vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar o ato contrário a esta norma. 61 Este dispositivo está de conformidade com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que trata em seu artigo 5º inciso X, que: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação, resguardando desta forma o direito da pessoa, de sua vida e de seu lar GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Parte: Parte Geral. 18. ed. São Paulo: Saraiva, p. 172.

29 28 2 DA POSSIBILIDADE DA ALTERAÇÃO DO NOME O nome é o modo de identificação e individualização de uma pessoa, perdurando até mesmo após a morte. Sua previsão legal vem estabelecida no art. 16 do Código Civil Brasileiro de 2002 que diz; toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o prenome e o sobrenome. 63 Por meio dele, o Estado passa a ter segurança jurídica ao identificar os indivíduos, sendo essencial para o exercício regular de seus direitos e obrigações. 64 A Lei nº 6.015/1973, que trata dos Registros Públicos, determinava a imutabilidade do prenome de um individuo, todavia, com o advento da Lei nº 9.708/98, houve a alteração do art. 58, caput, trazendo consigo a possibilidade da alteração do prenome por apelido público notório. 65 Após a alteração dada pela Lei nº 9.708/98, prescrevem os artigos 56, 57 e 58, da Lei 6.015/73 que: Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do artigo 110 desta Lei. Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios. Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público. 66 Mesmo que a Lei nº 9.708/1998 tenha alterado a redação do art. 58 da Lei nº 6.015/73, aquela, segue o princípio da regra da anterior, ao prescrever que o prenome será definitivo, não se admitindo que uma pessoa registrada com 63 BRASIL. Código Civil. Lei n.º /2002. Lei que institui o Código Civil Brasileiro. 7. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 9. ed. São Paulo: Atlas, p BRASIL. Lei n , de 18 de novembro de Altera o artigo 58 da Lei n , de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre Registros Públicos, para possibilitar a substituição do prenome por apelidos públicos notórios. Disponível em: < Acesso em 21 agosto BRASIL. Lei n , de 31 de dezembro de Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em 20 agosto 2012.

Direito Civil. Direitos da Personalidade. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Civil. Direitos da Personalidade. Professor Fidel Ribeiro. Direito Civil Direitos da Personalidade Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil DIREITOS DE PERSONALIDADE: Cláusula geral constitucional que embasa os direitos de personalidade:

Leia mais

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VIII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 20 de novembro de 2015

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VIII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 20 de novembro de 2015 DIREITOS DA PERSONALIDADE NO ÂMBITO JURÍDICO BRASILEIRO Eduardo Willers 1 Cláudia Taís Siqueira Cagliari 2 SUMÁRIO: 1. INTRODUÇÃO. 2. CONCEITO 3. CARACTERÍSTICAS 4.CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS. Resumo: O presente

Leia mais

Aula 05. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 05. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 05 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 05 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.3. Direitos da Personalidade

Leia mais

Pessoa Natural Personalidade Pergunta-se: 1 - Início da Personalidade da Pessoa Teoria natalista Art. 2.º 2 Nascituro Conceito Pergunta-se:

Pessoa Natural Personalidade Pergunta-se: 1 - Início da Personalidade da Pessoa Teoria natalista Art. 2.º 2 Nascituro Conceito Pergunta-se: Personalidade É a aptidão genérica para ser titular de direitos contrair deveres. Pergunta-se: os animais possuem personalidade? 1 - Início da Personalidade da Pessoa Teoria natalista Art. 2.º A personalidade

Leia mais

Direitos da Personalidade. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Direitos da Personalidade. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Direitos da Personalidade Direitos da Personalidade São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a vida, a integridade, a liberdade, a sociabilidade, a reputação ou honra,

Leia mais

Noções de Direito Civil. Professora Ana Carla Ferreira Marques

Noções de Direito Civil. Professora Ana Carla Ferreira Marques Noções de Direito Civil Professora Ana Carla Ferreira Marques E-mail: anacarlafmarques86@gmail.com P A R T E G E R A L LIVRO I DAS PESSOAS TÍTULO I DAS PESSOAS NATURAIS CAPÍTULO I DA PERSONALIDADE E DA

Leia mais

Breves anotações sobre as regras de indenização previstas no Código Civil para os casos de ofensas aos direitos da personalidade

Breves anotações sobre as regras de indenização previstas no Código Civil para os casos de ofensas aos direitos da personalidade Breves anotações sobre as regras de indenização previstas no Código Civil para os casos de ofensas aos direitos da personalidade Eneas Matos Professor Doutor da Faculdade de Direito da USP. Advogado. Mestre

Leia mais

Conteúdo: Direitos da Personalidade: Introdução; Formas de Tutela; Características. - DIREITOS DA PERSONALIDADE -

Conteúdo: Direitos da Personalidade: Introdução; Formas de Tutela; Características. - DIREITOS DA PERSONALIDADE - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 06 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Direitos da Personalidade: Introdução; Formas de Tutela; Características. - DIREITOS

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ MATERIAL DE APOIO PARA MONITORIA DE DIREITO CIVIL I

CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ MATERIAL DE APOIO PARA MONITORIA DE DIREITO CIVIL I CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ MATERIAL DE APOIO PARA MONITORIA DE DIREITO CIVIL I MONITOR: Fabrício Marcelino de Lima PROFESSORA: Carla Schons de Lima *** Todo o conteúdo desse encontro de

Leia mais

OS DIREITOS DA PERSONALIDADE NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

OS DIREITOS DA PERSONALIDADE NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO OS DIREITOS DA PERSONALIDADE NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Stenio Souza Marques 1 RESUMO O artigo em questão objetiva promover uma visão panorâmica acerca dos direitos da personalidade, disciplinados no capítulo

Leia mais

TJ-SC DIREITO Civil Dicas Para a Prova Prof. Fidel Ribeiro

TJ-SC DIREITO Civil Dicas Para a Prova Prof. Fidel Ribeiro TJ-SC DIREITO Civil Dicas Para a Prova Prof. Fidel Ribeiro Direito Civil DICAS PARA A PROVA TJ-SC LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB) 1ª Lei geral, aplicável a todas as normas. (Dto

Leia mais

O NOME CIVIL COMO ELEMENTO DA PERSONALIDADE. Guilherme Antunes Fernandes: Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Notarial e Registral

O NOME CIVIL COMO ELEMENTO DA PERSONALIDADE. Guilherme Antunes Fernandes: Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Notarial e Registral O NOME CIVIL COMO ELEMENTO DA PERSONALIDADE Guilherme Antunes Fernandes: Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Notarial e Registral 1 INTRODUÇÃO O atual Regulamento de Registros Públicos foi baixado

Leia mais

DIREITO CIVIL 12/08/2015 DIREITO CIVIL TEORIA GERAL DA RELAÇÃO PRIVADA. Prof. Nelson Rosenvald

DIREITO CIVIL 12/08/2015 DIREITO CIVIL TEORIA GERAL DA RELAÇÃO PRIVADA. Prof. Nelson Rosenvald ESTÁCIO-CERS DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL Prof. Nelson Rosenvald TEORIA GERAL DA RELAÇÃO PRIVADA Compreensão histórica e política do direito privado. As novas formas de exteorização do Direito Civil. 1)

Leia mais

Direito Civil Procurador Legislativo 1ª fase

Direito Civil Procurador Legislativo 1ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Civil Procurador Legislativo 1ª fase Direitos da Personalidade 1) FCC Procurador - TCE-RO (2010) A morte presumida a) não existe no ordenamento jurídico pátrio.

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA N. 07

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA N. 07 AULA N. 07 1 Conceito de dano moral O dano moral consiste na lesão de direitos não patrimoniais, isto é, dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade. Exemplos: vida privada, intimidade, honra,

Leia mais

DIREITOS DA PERSONALIDADE

DIREITOS DA PERSONALIDADE DIREITOS DA PERSONALIDADE CONCEITO São direitos essenciais ao desenvolvimento da pessoa humana em suas dimensões física, psicológica e espiritual, tais como: direito à vida, à privacidade, à honra, a liberdade,

Leia mais

Aula 5 Direitos da Personalidade: Por Marcelo Câmara

Aula 5 Direitos da Personalidade: Por Marcelo Câmara Por Marcelo Câmara texto Sumário: 1 texto Teoria dos direitos da personalidade: 1.1 - Diferença entre personalidade e direitos da personalidade: 1.2 Características: 1.3- Previsões legais dos direitos

Leia mais

DIREITO A ALTERAÇÃO DO NOME COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA PERSONALIDADE DOS TRANSEXUAIS

DIREITO A ALTERAÇÃO DO NOME COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA PERSONALIDADE DOS TRANSEXUAIS DIREITO A ALTERAÇÃO DO NOME COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA PERSONALIDADE DOS TRANSEXUAIS Autora: Carmella Corazza Kloth 1 Autora: Emanuely Jandt 2 Orientadora: Sayonara Saukoski 3 RESUMO O presente estudo,

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS

RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS AULA 16 RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS ERRO DE DIAGNÓSTICO 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico Diagnóstico é a palavra da área da medicina que significa a qualificação

Leia mais

ARGUMENTOS DAS DECISÕES JUDICIAIS EM FACE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR OMISSÃO 1

ARGUMENTOS DAS DECISÕES JUDICIAIS EM FACE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR OMISSÃO 1 ARGUMENTOS DAS DECISÕES JUDICIAIS EM FACE DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR OMISSÃO 1 Leonardo Stein 2, Eloísa Nair De Andrade Argerich 3. 1 Trabalho de conclusão do curso de Graduação em Direito

Leia mais

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 04 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 04 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.3. Direitos da Personalidade

Leia mais

DIREITO E JORNALISMO RESPONSABILIDADE CIVIL

DIREITO E JORNALISMO RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. A palavra responsabilidade deve ser entendida como restituição ou compensação de algo que foi retirado

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIVERSIDADE

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PÓS-GRADUAÇÃO EM DIVERSIDADE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIVERSIDADE Responsabilidade Civil Aplicada à Diversidade, Religiosidade e Sexualidade - Aula n.71 1 Responsabilidade civil É necessário a existência de dano ou prejuízo para a configuração

Leia mais

Relativamente incapaz

Relativamente incapaz FIT/UNAMA Curso: Bacharelado em Direito Aula 05: Emancipação Disciplina: Teoria Geral do Direito Civil Professora Dra. Nazaré Rebelo E-mail: professoranazarerebelo@gmail.com EMANCIPAÇÃO Emancipação é a

Leia mais

Artigo - Travestis devem adotar nomes que não existem - Por Patricia Araújo

Artigo - Travestis devem adotar nomes que não existem - Por Patricia Araújo Artigo - Travestis devem adotar nomes que não existem - Por Patricia Araújo Devido à recente conquista legal de travestis e transexuais no que tange ao reconhecimento do seu nome social nos tratos sociais,

Leia mais

Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes

Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL. Prof. Cristiano Lopes Simulado Aula 01 INSS DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Cristiano Lopes Direito Constitucional 1. A dignidade da pessoa humana é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Já a garantia do

Leia mais

O INCAPAZ COMO SUJEITO DE DIREITO AO DANO MORAL EM FACE DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE

O INCAPAZ COMO SUJEITO DE DIREITO AO DANO MORAL EM FACE DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE O INCAPAZ COMO SUJEITO DE DIREITO AO DANO MORAL EM FACE DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE GT I: Evolução e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais na América Latina Filippe Dornelas 1 Maria Cristina

Leia mais

DIREITOS DA PERSONALIDADE II

DIREITOS DA PERSONALIDADE II 5/2/2017 DIREITOS DA PERSONALIDADE II Aula 7 DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA O direito à integridade física assegura a proteção do ser biológico e das suas diversas funções, nos casos em que não esteja em

Leia mais

Ética e sigilo na divulgação de. médicas. Jorge R. Ribas Timi

Ética e sigilo na divulgação de. médicas. Jorge R. Ribas Timi Ética e sigilo na divulgação de informações médicas Jorge R. Ribas Timi Por que se faz divulgação de assuntos médicos? 1. Informação 2. publicidade Exercer a Medicina é respeitar o Código de Ética Médica

Leia mais

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios erica.carvalho@ucsal.br O QUE SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS? Direitos fundamentais do indivíduo (pessoa física ou jurídica), garantindo-lhe iniciativa autônoma

Leia mais

Conteúdo: Direitos da Personalidade - Direito ao Nome. Pessoa Jurídica.

Conteúdo: Direitos da Personalidade - Direito ao Nome. Pessoa Jurídica. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 08 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Direitos da Personalidade - Direito ao Nome. Pessoa Jurídica. 4. Espécies de Direitos

Leia mais

TEORIA GERAL DAS GARANTIAS. HABEAS CORPUS. HABEAS DATA MANDADO DE INJUNÇÃO. Profa. Me. Érica Rios

TEORIA GERAL DAS GARANTIAS. HABEAS CORPUS. HABEAS DATA MANDADO DE INJUNÇÃO. Profa. Me. Érica Rios TEORIA GERAL DAS GARANTIAS. HABEAS CORPUS. HABEAS DATA MANDADO DE INJUNÇÃO. Profa. Me. Érica Rios DIREITOS FUNDAMENTAIS E GARANTIAS DOS DIREITOS Tutela dos direitos e garantias fundamentais Direito e garantia

Leia mais

1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 7º CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL V NOME DO CURSO: DIREITO

1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 7º CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL V NOME DO CURSO: DIREITO 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 7º CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL V NOME DO CURSO: DIREITO CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 2. EMENTA Família: evolução histórica e espécies.

Leia mais

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença QUESTÕES 1 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania;

Leia mais

Aula nº 291. Recurso Extraordinário: Objeto (Parte Final)

Aula nº 291. Recurso Extraordinário: Objeto (Parte Final) Página1 Curso/Disciplina: Processo Civil Aula: Direito Processual Civil (NCPC) - 291 Professor(a): Edward Carlyle Monitor(a): Patricia de Souza Gonçalves Aula nº 291. Recurso Extraordinário: Objeto (Parte

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: DOLO BILATERAL E SUAS CONSEQÊNCIAS JURÍDICAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES):

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval M. Viana 1-) Pessoa Natural: Previsão no art. 1º ao art. 10 do C.C. ATENÇÃO: Direitos da personalidade previsão no

Leia mais

2 INTRODUÇÃO Os Direitos da personalidade estão descritos no Novo Código Civil, na parte geral, livro I das pessoas naturais, sendo tais direitos iner

2 INTRODUÇÃO Os Direitos da personalidade estão descritos no Novo Código Civil, na parte geral, livro I das pessoas naturais, sendo tais direitos iner 1 DIREITO DA PERSONALIDADE : direito ao nome Fernanda Sacchetto Peluzo Hugo Leonardo de Moura Bassoli Lyliann Godinho Silva* Neila Marques Nogueira* Thiago Amorim Masson* Loren Dutra Franco** RESUMO Os

Leia mais

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85 Sumário Nota do Autor à lfi edição, xiii 1 Introdução ao Direito de Família, 1 1.1 Compreensão, 1 1.2 Lineamentos históricos, 2 1.3 Família moderna. Novos fenômenos sociais, 5 1.4 Natureza jurídica da

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direito à Igualdade Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 5º, CF/88: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

Leia mais

PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO

PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO PARÂMETROS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DO ABANDONO AFETIVO GT III Efetividade do Sistema de Proteção às Crianças e aos Adolescentes na América Latina. Tamires Cristina Feijó de Freitas

Leia mais

RENATO ALBUQUERQUE DIREITO CIVIL 64 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS.

RENATO ALBUQUERQUE DIREITO CIVIL 64 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS. RENATO ALBUQUERQUE DIREITO CIVIL 64 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS. Seleção das Questões: Prof. Renato Albuquerque Coordenação

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL E O ERRO MÉDICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL E O ERRO MÉDICO DANO MORAL E O ERRO MÉDICO Sessão da Tarde com o Prof. Joseval Viana patrocinada pelo Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde e Pós-Graduação em Direito do Consumidor 1 Responsabilidade Civil

Leia mais

Nesse contexto, assevera Maria Helena Diniz: o direito só pode existir em função do homem (2012, p. 19).

Nesse contexto, assevera Maria Helena Diniz: o direito só pode existir em função do homem (2012, p. 19). 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS AO DIREITO CIVIL 1.1. CONCEITO DE DIREITO Conceituar direito, por incrível que pareça, é uma das tarefas mais tormentosas na doutrina, tendo em vista a dificuldade de sua definição

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Os direitos da personalidade em seus aspectos gerais Thiago Baldani Gomes De Filippo* A inserção dos direitos da personalidade na Carta Constitucional de 1988 consagra a evolução

Leia mais

Direito Civil: Notas de Aulas dos Curso de Gestão de Marketing:

Direito Civil: Notas de Aulas dos Curso de Gestão de Marketing: Direito Civil: Notas de Aulas dos Curso de Gestão de Marketing: Uso Interno e Exclusivo dos Alunos do Curso de Gestão de Marketing da UNIFAI. A leitura deste não isenta a da bibliografia indicada. Bibliografia:

Leia mais

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA E SUAS RESPECTIVAS DIFERENÇAS

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA E SUAS RESPECTIVAS DIFERENÇAS CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA E SUAS RESPECTIVAS DIFERENÇAS RESUMO: Este artigo tem como objetivo discorrer o assunto sobre Contraditório e Ampla Defesa, estes temas serão analisados em aspectos fundamentais

Leia mais

O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, O MÍNIMO EXISTENCIAL E O ACESSO À JUSTIÇA 1

O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, O MÍNIMO EXISTENCIAL E O ACESSO À JUSTIÇA 1 O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, O MÍNIMO EXISTENCIAL E O ACESSO À JUSTIÇA 1 Carlos Orlindo Panassolo Feron 2, Eloisa Nair De Andrade Argerich 3. 1 Projeto de Monografia de Conclusão de Curso

Leia mais

Instituto das Perdas e Danos

Instituto das Perdas e Danos Isabela Di Maio Barbosa 1 Instituto das Perdas e Danos 2008 Conceito e aspectos do instituto de perdas e danos Entende-se na expressão perdas e danos um instituto de direito civil assinalado como uma forma

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE MORTE

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE MORTE 1 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE MORTE DE DETENTO EM ESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO ALESSON ARANTES SILVEIRA 1 MARIA NILMA RODRIGUES DO NASCIMENTO 2 ORMESINDA CANDEIRA DA SILVA NETA 3 Resumo:

Leia mais

Referência Legislativa: artigos 3º ao 5º da Lei n /02 (Código Civil)

Referência Legislativa: artigos 3º ao 5º da Lei n /02 (Código Civil) AULA 07 PONTO: 06/07 Objetivo da aula: Pessoa natural. Conceito. Começo da personalidade natural. Individualização. Capacidade e incapacidade. Conceito. Espécies. Cessação da incapacidade. Pessoa natural.

Leia mais

Direito Civil. Disposições Gerais Prescrição. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Civil. Disposições Gerais Prescrição. Professor Fidel Ribeiro. Direito Civil Disposições Gerais Prescrição Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil NOÇÕES GERAIS SOBRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA O decurso de tempo é fato natural capaz de criar

Leia mais

O Dano extrapatrimonial e a sua história. Posição constitucional e contribuição jurisprudencial.

O Dano extrapatrimonial e a sua história. Posição constitucional e contribuição jurisprudencial. DIREITO CIVIL ESTÁCIO-CERS O Dano extrapatrimonial e a sua história. Posição constitucional e contribuição jurisprudencial. Prof. Daniel Eduardo Branco Carnacchioni Tema: O Dano extrapatrimonial e a sua

Leia mais

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento Sumário 1 Introdução ao Direito de Família 1.1 Compreensão 1.2 Lineamentos Históricos 1.3 Família Moderna. Novos Fenômenos Sociais 1.4 Natureza Jurídica da Família 1.5 Direito de família 1.5.1 Características

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PESSOA NATURAL

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PESSOA NATURAL PESSOA NATURAL Capacidade Jurídica 1 Conceito de pessoa natural Conceito de personalidade (jurídica ou civil) (patrimonial) (existencial) Conceito de capacidade 2 COMPREENDENDO A SISTEMÁTICA DO CÓDIGO

Leia mais

Aula 21. Estatuto da Pessoa com Deficiência

Aula 21. Estatuto da Pessoa com Deficiência Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Estatuto da Pessoa com Deficiência (Parte I). Capacidade Civil (Parte I). / 21 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula

Leia mais

AÇÃO PENAL. PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA

AÇÃO PENAL. PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA 1 Art. 129 da Constituição da República: São funções institucionais do Ministério Público: I promover, privativamente, a ação penal pública,

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR DO PROCESSO TST- RR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR DO PROCESSO TST- RR EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR DO PROCESSO TST- RR 248000-77.1989.5.19.0002 TST-RR 248000-77.1989.5.19.0002 COMPANHIA ENERGÉTICA DE ALAGOAS CEAL UNIÃO Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA DIREITO CIVIL

1ª Fase PROVA OBJETIVA DIREITO CIVIL 1ª Fase PROVA OBJETIVA DIREITO CIVIL P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - A respeito da propriedade e da posse, assinale a alternativa correta: A. As concepções doutrinárias que entendem a função social como limite

Leia mais

Prescrição e Decadência Aula 01

Prescrição e Decadência Aula 01 Curso/Disciplina: Direito Civil (Parte Geral) Aula: e 01 Professor: Rafael da Mota Monitor: Ítalo Albanês Oliveira Bernardo e Aula 01 1. Introdução e O tema e gera bastantes discussões no meio acadêmico.

Leia mais

DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016)

DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016) DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016) EMENTA: O Provimento CNJ 52/2016 fere o sigilo médico e a intimidade do doador de gametas e embriões, prejudicando a relação

Leia mais

Aula 19. Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29. A igualdade formal apresenta um tratamento igualitário para todos os seres humanos.

Aula 19. Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29. A igualdade formal apresenta um tratamento igualitário para todos os seres humanos. Página1 Curso/Disciplina: Direitos Humanos Aula: Direitos Humanos - 19 Professor (a): Luis Alberto Monitor (a): Caroline Gama Aula 19 Convenção Americana de Direitos Humanos: art 24 ao 29 1. Igualdade

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula patrocinada pela Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde e pela Pós- Graduação em Direito do Consumidor 1 Conceito de

Leia mais

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann gh.dpc@hotmail.com // @guilhermekhartmann www.masterjuris.com.br PRESCRIÇÃO DE AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Art. 1º As dívidas passivas da União,

Leia mais

POSSIBILIDADE DE MUDANÇA NO NOME CIVIL

POSSIBILIDADE DE MUDANÇA NO NOME CIVIL POSSIBILIDADE DE MUDANÇA NO NOME CIVIL Aline KONER1 Amanda Laisa da SILVA2 Ariane Fernandes de OLIVEIRA3 RESUMO A personalidade nada mais é do que a qualidade para se contrair direitos e obrigações na

Leia mais

ERRO DE DIAGNÓSTICO Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo I Responsabilidade Civil na Saúde

ERRO DE DIAGNÓSTICO Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo I Responsabilidade Civil na Saúde AULA 11 ERRO DE DIAGNÓSTICO Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo I Responsabilidade Civil na Saúde 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico Diagnóstico é a avaliação de um médico

Leia mais

A PROTEÇÃO DOS DADOS INDIVIDUAIS NOS MEIOS ELETRÔNICOS E O DIREITO FUNDAMENTAL À PRIVACIDADE

A PROTEÇÃO DOS DADOS INDIVIDUAIS NOS MEIOS ELETRÔNICOS E O DIREITO FUNDAMENTAL À PRIVACIDADE A PROTEÇÃO DOS DADOS INDIVIDUAIS NOS MEIOS ELETRÔNICOS E O DIREITO FUNDAMENTAL À PRIVACIDADE LUIZ GUSTAVO DE OLIVEIRA SALES 1 SABRINA GERALDO ROCHA 2 LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA 3 UNIVERSIDADE ESTADUAL

Leia mais

DIREITOS DA PERSONALIDADE

DIREITOS DA PERSONALIDADE 4/25/2017 DIREITOS DA PERSONALIDADE Aula 6 DISCIPLINA FUNDAMENTAL CONCEITO Direitos que tutelam a pessoa em seus valores essenciais (BIANCA, C. Massimo, Diritto Civile, v. I, 2ª ed., Milano, Giuffrè, 2002,

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Conceito de Criança e Adolescente e Doutrina da Proteção Integral parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Art. 3º, ECA: A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais

Leia mais

Direitos e Garantias Fundamentais. Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro

Direitos e Garantias Fundamentais. Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro Direitos e Garantias Fundamentais Disciplina: Direito Constitucional I Professora: Adeneele Garcia Carneiro Dúvida Direitos humanos e Direitos fundamentais são sinônimos? Direitos humanos X Direitos fundamentais:

Leia mais

Aula 11. Além disso, os direitos da personalidade são intransmissíveis. Claro, por terem natureza extrapatrimonial, eles não se transferem na herança.

Aula 11. Além disso, os direitos da personalidade são intransmissíveis. Claro, por terem natureza extrapatrimonial, eles não se transferem na herança. Turma e Ano: Responsabilidade Civil/2016 Matéria / Aula: Responsabilidade Civil/Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Amana Iquiene da Cunha Silva Aula 11 5) Responsabilidade civil e direitos

Leia mais

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná Certificado digitalmente por: MARIO NINI AZZOLINI APELAÇÃO CÍVEL Nº 1579687-5 NOS AUTOS Nº 4406-06.2014.8.16.0179, DA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS E CORREGEDORIA DO FORO EXTRAJUDICIAL DE CURITIBA APELANTES:

Leia mais

PRINCÍPIOS ÉTICOS NA PRÁTICA CLÍNICA DO ESTOMATERAPEUTA: USO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS E REDES SOCIAIS. Enf. ET [TiSOBEST] Dr.

PRINCÍPIOS ÉTICOS NA PRÁTICA CLÍNICA DO ESTOMATERAPEUTA: USO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS E REDES SOCIAIS. Enf. ET [TiSOBEST] Dr. PRINCÍPIOS ÉTICOS NA PRÁTICA CLÍNICA DO ESTOMATERAPEUTA: USO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS E REDES SOCIAIS Enf. ET [TiSOBEST] Dr. Juliano T Moraes * Declaro inexistência de conflito de interesses para esta apresentação.

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OFICINA DO NOVO CPC EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Artigos 1.022 a 1.026 do Código de Processo Civil 1. Conceito Os embargos declaratórios são opostos contra qualquer decisão que contenha obscuridade, omissão,

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED. Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED. Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 1.2 Direito Positivo: Direito Positivo: Direito Posto, que vigora em um determinado espaço territorial,

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECISÃO MONOCRÁTICA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECISÃO MONOCRÁTICA fls. 7 Registro: 2017.0000908907 DECISÃO MONOCRÁTICA Embargos de Declaração Digital Processo nº. 2196433-50.2017.8.26.0000/50000 Comarca: 19ª Vara Cível São Paulo Foro Central Embargantes: Banco Santander

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO. LANA REZENDE DOS SANTOS FACULDADE ALFREDO NASSER

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO. LANA REZENDE DOS SANTOS FACULDADE ALFREDO NASSER RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO LANA REZENDE DOS SANTOS FACULDADE ALFREDO NASSER lanarezende27@gmail.com ANA CELUTA F. TAVEIRA Faculdade Alfredo Nasser Mestre em Direito e

Leia mais

DIREITO DE RESPOSTA. Tâmara Belo GUERRA 1 Aline Tammy Martinez ABE 2

DIREITO DE RESPOSTA. Tâmara Belo GUERRA 1 Aline Tammy Martinez ABE 2 DIREITO DE RESPOSTA Tâmara Belo GUERRA 1 Aline Tammy Martinez ABE 2 RESUMO: O direito de resposta é uma garantia constitucional, garante que aquele que se sentiu ofendido ou injustiçado possa se manifestar

Leia mais

Período Turma (s) Eixo de Formação Eixo de formação Profissional. Docente Professor Me. Francisco José de Oliveira

Período Turma (s) Eixo de Formação Eixo de formação Profissional. Docente Professor Me. Francisco José de Oliveira Página 1 de 5 Disciplina Curso Graduação DE GRADUACÃO Curso Semestral Código RESPONSABILIDADE CIVIL 80 Período Turma (s) 4º Período A, B e D Eixo de Formação Eixo de formação Profissional Carga Horária

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2 AULA 19 PARTE 2 Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo I - Introdução ao Código de Defesa do Consumidor: Inversão do ônus da prova nas relações de consumo 1 Defesa do Réu (Fornecedor)

Leia mais

Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967)

Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) Constituição da República Federativa do Brasil (de 24 de janeiro de 1967) O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO DO BRASIL TÍTULO I Da Organização

Leia mais

19/02/2019. Professor Hugo Penna Curso de Direito Processual Civil vols 1, 2 e 3 Humberto Theodoro Júnior

19/02/2019. Professor Hugo Penna Curso de Direito Processual Civil vols 1, 2 e 3 Humberto Theodoro Júnior Professor Hugo Penna hugopenna@ch.adv.br Curso de Direito Processual Civil vols 1, 2 e 3 Humberto Theodoro Júnior O Novo Processo Civil Brasileiro Alexandre Câmara Manual de Direito Processual Civil Daniel

Leia mais

MONITORIA 2017 DIREITO CIVIL

MONITORIA 2017 DIREITO CIVIL MONITORIA 2017 DIREITO CIVIL DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO I 1. Introdução ao direito internacional privado: objeto, denominação e método; 2. Fontes do DIPRI; 3. História do DIPRI; 4. Regras de conexão;

Leia mais

ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL

ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL ORLANDO JÚNIOR DIREITO CONSTITUCIONAL Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: Assistente Administrativo Considerando o que dispõe a Constituição Federal sobre os direitos e garantias fundamentais,

Leia mais

Direito Civil. Estado. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Civil. Estado. Professor Fidel Ribeiro. Direito Civil Estado Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil ESTADO Carlos Roberto Gonçalves, em Curso De Direito Civil Esquematizado 2016, volume I, pág. 169 A palavra estado

Leia mais

Informações de Impressão

Informações de Impressão Questão: 53595 Assinale a opção correta: 1) São órgãos da Justiça Federal: o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais; 2) A edição de súmula vinculante pelo Supremo

Leia mais

A CAPACIDADE SOB A PERSPECTIVA JURÍDICA RESUMO

A CAPACIDADE SOB A PERSPECTIVA JURÍDICA RESUMO A CAPACIDADE SOB A PERSPECTIVA JURÍDICA Chantal Cardoso Cekiera e Sousa Kátia Pedrosa Vieira RESUMO Este trabalho foi desenvolvido com base em uma análise feita ao artigo A essência da capacidade para

Leia mais

Súmula Vinculante 33: breves considerações

Súmula Vinculante 33: breves considerações Súmula Vinculante 33: breves considerações Pequeno estudo da nova Súmula Vinculante publicada pelo Supremo Tribunal Federal em abril desse ano. Publicado por Mariana Hemprich Em abril de 2014 foi publicada

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA A PROMOÇÃO E A TUTELA DA PESSOA HUMANA NO ORDENAMENTO BRASILEIRO: ESTUDO SOB A PERSPECTIVA CIVIL-CONSTITUCIONALISTA

PROJETO DE PESQUISA A PROMOÇÃO E A TUTELA DA PESSOA HUMANA NO ORDENAMENTO BRASILEIRO: ESTUDO SOB A PERSPECTIVA CIVIL-CONSTITUCIONALISTA PROJETO DE PESQUISA A PROMOÇÃO E A TUTELA DA PESSOA HUMANA NO ORDENAMENTO BRASILEIRO: ESTUDO SOB A PERSPECTIVA CIVIL-CONSTITUCIONALISTA FLAVIANO QUAGLIOZ CAMPOS, 2006 TEMA Proteção da Personalidade Humana

Leia mais

Tópicos da aula de hoje. Sigilo Médico. Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Responsabilidade Civil na Saúde AULA 19

Tópicos da aula de hoje. Sigilo Médico. Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Responsabilidade Civil na Saúde AULA 19 AULA 19 Tópicos da aula de hoje Sigilo Médico Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Responsabilidade Civil na Saúde A quebra do sigilo médico enseja ação indenizatória por dano moral

Leia mais

Resultado final dos julgamentos dos recursos do EXIN SESSÃO DE JULGAMENTO 18/05/ ª. Série

Resultado final dos julgamentos dos recursos do EXIN SESSÃO DE JULGAMENTO 18/05/ ª. Série 3ª. Série QUESTÃO RECORRIDA ALTERNATIVA DO GABARITO PRELIMINAR DISCIPLINA 15 B DIREITO CONSTITUCIONAL II 16 E TEORIA GERAL DO PROCESSO RESULTADO FUNDAMENTAÇÃO (desnecessária quando o resultado for anulada

Leia mais

Qual o principal objetivo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido?

Qual o principal objetivo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido? Compartilhe conhecimento! 49 Shares Para que serve e quando aplicar o Termo de Consentimento na prática médica? As principais dúvidas sobre o TCLE são respondidas. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Leia mais

DECRETO N.º 203/XIII. Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa

DECRETO N.º 203/XIII. Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa DECRETO N.º 203/XIII Direito à autodeterminação da identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea

Leia mais

Técnico Judiciário Área Administrativa

Técnico Judiciário Área Administrativa Técnico Judiciário Área Administrativa Mandado de Injunção Direito Constitucional Prof. André Vieira Direito Constitucional MANDADO DE INJUNÇÃO LEI Nº 13.300, DE 23 DE JUNHO DE 2016 Queridos alunos. O

Leia mais

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ROBERTO REQUIÃO I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ROBERTO REQUIÃO I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2017 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 612, de 2011, de autoria da Senadora Marta Suplicy, que altera os arts.

Leia mais

ALESSANDRA DANTAS CAMILO CORREIA. Fardamento como veículo de propaganda: necessidade de fixação de limites na autorização pelo empregado.

ALESSANDRA DANTAS CAMILO CORREIA. Fardamento como veículo de propaganda: necessidade de fixação de limites na autorização pelo empregado. ALESSANDRA DANTAS CAMILO CORREIA Fardamento como veículo de propaganda: necessidade de fixação de limites na autorização pelo empregado. Artigo doutrinário apresentado para submissão ao processo seletivo

Leia mais

Aula 6. Responsabilidade civil

Aula 6. Responsabilidade civil Página1 Curso/Disciplina: Direito do Consumidor Aula: Direito do Consumidor - 06 Professor (a): Samuel Cortês Monitor (a): Caroline Gama Aula 6 Responsabilidade civil Após a entrada em vigor do CDC, houve

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 7

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 7 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 7 Emancipação A aquisição da capacidade de fato ocorre ao completar 18 anos, ou pela emancipação nos seguintes casos: I - por concessão dos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Possibilidade de Alteração do Nome Alessandra Amato Há diversas maneiras de identificar e individualizar cada ser humano dentro do grupo social. Uma das maneiras é pelo nome. Através

Leia mais