RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS
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- Walter Taveira Pinho
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1 AULA 16 RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE DOS HOSPITAIS E CLÍNICAS ERRO DE DIAGNÓSTICO
2 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico
3 Diagnóstico é a palavra da área da medicina que significa a qualificação de um médico em relação a uma doença ou condição física ou mental com base nos sintomas observados. O diagnóstico deve ter em conta não apenas os sintomas, mas também o histórico médico do doente.
4 Prognóstico, em Medicina, é conhecimento ou juízo antecipado, prévio, feito pelo médico, baseado necessariamente no diagnóstico médico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico sob seu cuidado ou orientação.
5 Tipos de erro nesta ação a) Erro de diagnóstico e acerto de prognóstico b) Acerto de diagnóstico e erro de prognóstico c) Erro de diagnóstico e de prognóstico
6 Há responsabilidade solidária e objetiva do Hospital, na reparação do dano, por defeito na prestação do serviço, desde que comprovada a culpa dos médicos ou de qualquer outro profissional ligado à área da saúde, que com ele mantenha vínculo laboral ou de credenciamento, e o nexo de causalidade. (Apelação/Erro Médico - Tribunal de Justiça de São Paulo
7 Art. 932 do Código Civil: São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
8 Súmula STF É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.
9 A situação jurídica é diferente quando um médico reserva as dependências de um hospital, levando o próprio paciente para a realização de procedimento.
10 Conforme mencionado pelo Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO: Dano Moral - Lição de Aguiar Dias: o dano moral é o efeito não patrimonial da lesão de direito e não a própria lesão abstratamente considerada. Lição de Savatier: dano moral é todo sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária. Lição de Pontes de Miranda: nos danos morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o patrimônio (TJRJ 1ª. Câmara julgado em RDP 185/198, mencionado por RUI STOCO, em Tratado de Responsabilidade Civil, Ed. RT, 6ª. ed., p. 1666).
11 ATENÇÃO Não é possível, assim, falar-se de erro de diagnóstico, quando a questão ainda caracterizava mera suspeita de determinada enfermidade.
12 O exame ultrassonográfico para controle de gravidez implica em obrigação de resultado, caracterizada pela responsabilidade objetiva (CDC, art. 14)
13 Não oferecimento ao consumidor da segurança esperada, quanto ao modo de fornecimento da prestação do serviço (CDC, art. 14, 1º, I)
14 Caso de criança com síndrome de Down Se o médico não informar que á criança tem síndrome de Down, haverá dano moral, devendo o facultativo indenizar os pais. Valor da indenização: em média R$ ,00 (vinte mil reais)
15 I - O exame ultrassonográfico para controle de gravidez implica em obrigação de resultado, caracterizada pela responsabilidade objetiva.
16 II - O erro no diagnóstico de gestação gemelar, quando existente um único nascituro, resulta em danos morais passíveis de indenização. Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag , 3ª Turma, rel. min. Sidnei Beneti, j. 11/11/2008 grifei).
17 A satisfação pecuniária por dano extrapatrimonial é pautada por dois critérios principais: 1) o compensatório, que visa a anestesiar a lesão causada ao bem jurídico, e não a indenizar (que significa desfazer o dano ), pois o dano à dignidade da pessoa humana, aos direitos da personalidade, não se rescinde;
18 2) o punitivo, com finalidades preventiva, inibitória e pedagógica.
19 O primeiro critério (retributivo), ligado ao ofendido, é balizado: (i) pelo subprincípio da dignidade da pessoa humana violado (liberdade, igualdade, solidariedade, ou integridade psicofísica) ou, em outras palavras, pelo tipo de direito da personalidade lesado (nome, imagem, honra etc); (ii) pela modificação na situação pessoal da vítima causada pela lesão, isto é, pelo desnível entre a condição do ofendido antes e depois do evento danoso.
20 O segundo critério (repressivo-censório), relacionado ao ofensor, é regido (i) pelo motivo da conduta; (ii) pelo tipo de elemento subjetivo (culpa, dolo etc); (iii) pela intensidade do elemento subjetivo.
21 PETIÇÃO INICIAL I - DOS FATOS Indicar os fatos e fundamentos jurídicos do pedido. A exposição deve ser clara e objetiva, a fim de que o juiz não determine que o autor emende ou complete a petição inicial (art. 321 do Código de Processo Civil)
22 II - DOS FUNDAMENTOS LEGAIS Os fundamentos legais não vinculam o juiz. Dáme os fatos e eu te darei o direito. a) Aplicação do Código de Defesa do Consumidor (artigos 2º e 6º, I, do CDC) b) Artigo 949 do CC - prestação de serviços
23 Art. 949 do Código Civil No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
24 Conceito de dano moral O dano moral vem a ser a lesão de interesse não patrimonial de pessoa física ou jurídica (CC, art. 52; Súmula 227 do STJ), provocada pelo fato lesivo. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 21. ed. São Paulo : Saraiva, 2007, v. 7.
25 Artigo 52 do Código Civil Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
26 Súmula 227 do Superior Tribunal de Justiça A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
27 Artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana.
28 Conceito da Dignidade da Pessoa Humana pelo Professor Dr. Ingo Wolfgang Sarlet ( ) por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humano ( ). SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais na Constituição Federal de Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
29 III - DO PEDIDO a) Condenação dano moral R$ ,00 b) Opção ou não pela audiência de conciliação ou de mediação c) Citação do réu d) Inversão do ônus da prova
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