AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ERRO MÉDICO - HOSPITAL E PLANO DE SAÚDE COMO LITISCONSORTES PASSIVOS. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível de...
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- Mauro Palhares Bacelar
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1 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ERRO MÉDICO - HOSPITAL E PLANO DE SAÚDE COMO LITISCONSORTES PASSIVOS Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível de... (nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), por seu advogado in fine assinado, ut instrumento de procuração em anexo, vem, respeitosamente, com fulcro nos artigos 186, 187, 927 e 951 do Código Civil cumulado com o art. 14 caput, 1.º e 4.º do Código de Defesa do Consumidor e arts. 5.º incisos V e X e 37 6.º da Constituição Federal, promover a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO (ERRO MÉDICO) contra o médico (nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), o HOSPITAL... estabelecido na cidade de... à rua..., inscrito no CNPJ sob o n.º... e o PLANO DE SAÚDE... com sede na cidade de... à rua..., inscrito no CNPJ sob o n.º..., pelas razões de fato e direito adiante articulados: I - OS FATOS (deverá ser narrado detalhadamente o fato que caracterize o erro médico, instruído com documentos, exames médicos, papeletas do hospital, de modo a demonstrar o nexo causal entre o procedimento ilícito e as conseqüências recaídas sobre o paciente. Têm também legitimidade ativa a esposa, companheira e herdeiros em caso de óbito). I I -SOLIDARIEDADE DO HOSPITAL O hospital e o plano de saúde, litisconsortes passivos, também respondem solidariamente pelo ato ilícito praticado pelo médico-réu, vez que integra o corpo clínico do nosocômio e é credenciado do plano de saúde utilizado pelo paciente. Deriva daí a sua inarredável solidariedade, conforme estabelecido no art. 14 caput e 1.º do Código de Defesa do Consumidor e art º da Constituição Federal, in verbis: As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de culpa ou dolo. III - PEDIDO
2 Ex positis, o autor requer: a) seja JULGADA PROCEDENTE A AÇÃO para condenar os réus, solidariamente, a (relacionar o pedido em consonância com a extensão do dano - art. 944 caput do CC,, observando o que efetivamente está a merecer reparação civil dentro das previsões dos arts. 945 usque 954 do CC. (Pode-se cumular os pedidos de danos materiais e morais, bem como elaborar pedidos certos ou a apurar mediante liquidação de sentença). b) sejam citados os réus no endereço registrado no preâmbulo, para, querendo, contestar, sob pena de revelia; c) seja deferida ao autor o inversão do ônus da prova, vez que é pobre, não tendo condições de arcar com os custos das provas, apresentando-se frente aos outros contendores como hipossuficiente, atrelado à verossimilhança das alegações lançadas nesta exordial (art. 6.º, VIII do CDC); d) a condenação ao pagamento de custas processuais e honorários arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o quantum condenatório; e) a produção de provas pericial, testemunhal, documental, e especialmente, o depoimento pessoal do co-réu médico e dos representantes legais das pessoas jurídicas que compõem o pólo passivo; f) a concessão do benefício da assistência judiciária ao autor, em virtude de ser pobre no sentido legal, conforme declaração ora anexada. Valor da causa: (correspondente ao valor do pedido de condenação) Pede deferimento. (local e data) (assinatura e n.º da OAB do advogado) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO ERRO MÉDICO CIRURGIA PLÁSTICA Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível de...
3 (nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), por seu advogado infra-assinado (doc. anexo), com escritório situado nesta cidade, à rua..., onde recebe intimações e avisos (CPC, art. 39, I), vêm, à presença de V. Exa., com fulcro nos arts. 186 e 927 do Código Civil e no art. 5.º, V e X da Constituição Federal, propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS contra (nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), em vista das seguintes razões de fato e de direito: 1. O suplicante em data de... fez uma consulta com o suplicado, que é médico cirurgião plástico e tem seu consultório nesta cidade, na rua..., pois que pretendia realizar uma plástica para..., com a finalidade embelezadora tão-somente. 2. Após a consulta de praxe, o suplicado indicou a cirurgia plástica pretendida pelo suplicante com a finalidade de embelezar o rosto, cuja cirurgia fora marcada para o dia..., a se realizar na clínica..., situada nesta cidade à rua..., sob os cuidados do suplicado e que teria um custo de Que o suplicante efetuou o pagamento mencionado (doc. anexo), obrigandose o suplicado a realizar a mencionada cirurgia plástica, lembrando-se que como bem anotou RUY ROSADO DE AGUIAR JR, Responsabilidade civil dos médicos, RT 718, p. 39, que tal obrigação não é diferente daquela dos demais cirurgiões, pois corre os mesmos riscos e depende da mesma álea. 4. Após a realização da cirurgia mencionada, o suplicante permaneceu no hospital por um dia, recebendo alta e indo para sua residência onde deveria permanecer em repouso por mais uma semana. 5. É ressabido que contratada a realização de cirurgia estética embelezadora, o cirurgião assume obrigação de resultado, sendo obrigado a indenizar pelo não cumprimento da mesma obrigação, tanto pelo dano material quanto pelo moral, decorrente de deformidade estética (RSTJ 33/555), o que ocorreu no caso em espécie, pois que o resultado da cirurgia além de não ter correspondido ao que fora prometido pelo suplicado, acabou agravando ainda mais a situação do suplicante, razão pela qual outra cirurgia terá que se realizar para a correção, conforme docs. anexos. 6. A 3.ª Turma do STJ, no REsp , rel. Min. Waldemar Zveiter, j , decidiu que: No procedimento cirúrgico estético, em que o médico lida com paciente saudável que apenas deseja melhorar sua aparência física e, consequentemente, sentir-se psiquicamente melhor, estabelece-se uma obrigação de resultado que impõe ao profissional da medicina, em casos de insucesso da cirurgia plástica, presunção de culpa, competindo-lhe ilidi-la com a inversão do ônus da prova, de molde a livrá-lo da responsabilidade contratual pelos danos causados ao paciente em razão do ato cirúrgico. 7. O suplicado agiu com indiscutível negligência e imperícia, devendo responder pelos prejuízos materiais e morais ocasionados à pessoa do suplicante, como é
4 assegurado pelo art. 186 do Código Civil e pela Constituição Federal em seu art. 5.º, incisos V e X. 8. Em sede de doutrina YUSSEF SAID CAHALI ensina que: Em síntese: no dano patrimonial, busca-se a reposição em espécie ou em dinheiro pelo valor equivalente, de modo a poder-se indenizar plenamente o ofendido, reconduzindo o seu patrimônio ao estado em que se encontraria se não tivesse ocorrido o fato danoso; com a reposição do equivalente pecuniário, opera-se o ressarcimento do dano patrimonial. ( DANO MORAL, 2.ª edição, editora Revista dos Tribunais, 1998, p.42). E prossegue: Diversamente, a sanção do dano moral não se resolve numa indenização propriamente, já que indenização significa eliminação do prejuízo e das suas conseqüências, o que não é possível quando se trata de dano extrapatrimonial; a sua reparação se faz através de uma compensação, e não de um ressarcimento; impondo ao ofensor a obrigação de pago-mento de uma certa quantia em favor do ofendido, ao mesmo tempo em que agrava o patrimônio daquele, proporciona a este uma reparação satisfativa. (ob. cit., p. 42) 9. Os danos morais, segundo a doutrina, são lesões sofridas pelas pessoas, físicas ou jurídicas, em certos aspectos da sua personalidade, em razão de investidas injustas de outrem. São aqueles que atingem a moralidade e a afetividade da pessoa, causando-lhe constrangimentos, vexames, dores, enfim, sentimentos e sensações negativas. Os danos morais atingem, pois, as esferas íntima e valorativa do lesado, enquanto os materiais constituem reflexos negativos no patrimônio alheio. (CARLOS ALBERTO BITTAR, Reparação Civil por Danos Morais, Tribuna da Magistratura, p. 33). 10. No caso em espécie, o suplicado deverá indenizar o valor que o suplicante lhe pagou, corrigido desde tal data, na ordem de..., conforme documento incluso, além de indenizá-lo materialmente pelos prejuízos sofridos, na ordem de... referente ao valor despendido para a realização de nova cirurgia plástica, além da quantia de... à título de danos morais, pelas consequências que sua atitude causou à pessoa do suplicante, valor esse bastante condizente com a capacidade do suplicado e dos sofrimentos, dores e angústias do suplicante, além dos lucros cessantes consistente da perda de... dias de trabalho, eis que o suplicante deixou de exercer suas atividades nesse período. 11. De se lembrar o texto do art. 951 do Código Civil: O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,
5 imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causando-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 12. A vista do exposto, requer-se a citação do suplicado, por via postal, para contestar, querendo os termos da presente ação e acompanhá-la até final decisão, quando a mesma deverá ser julgada como procedente para o fim de condená-lo nas verbas pleiteadas no item 10 deste pedido, com correção monetária desde a data do arbitramento (Súmula 362 do STJ) quanto aos danos morais, além das custas processuais e honorários advocatícios. 13. Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidas pelo Direito, inclusive prova pericial, aplicando-se a inversão do ônus probatório, por tratar-se de relação de consumo, abarcada pelo Código de Defesa do Consumidor. 14. Dá-se à causa o valor de... (soma dos pedidos). 15. Pede seja lhe concedido os benefícios da assistência judiciária. Nestes Termos, Pede deferimento. (local e data) (assinatura e n.º da OAB do advogado)
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