PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO E INÍCIO DA AULA 01
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1 AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO E INÍCIO DA AULA 01 1
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5 Erro médico: ginecologia e cirurgia plástica lideram as especialidades com mais processos em SP. Dados do Cremesp mostram que muitas queixas de promessas não cumpridas pelo médico 5
6 Aula 01 Curso de Pós-Graduação em Direito da Saúde 6
7 Estrutura da Petição Inicial por Erro Médico Processo de Conhecimento Procedimento Comum Petição Inicial Artigo 319 do Código de Processo Civil 7
8 Requisitos da Petição Inicial Erro Médico Art. 319 do CPC A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 8
9 Resumo da aula n. 01 Informações sobre as diretrizes do curso da pós Apresentação do conteúdo programático Introdução à Responsabilidade Civil na Saúde 9
10 Requisitos da Petição Inicial Erro Médico Art. 319 do CPC A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 10
11 1- Competência (Operadora de plano de saúde/hospital/médico) Vara Cível 2 Foro competente Domicílio do autor (art. 101, inciso I, do CDC) Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor. 3 Prazo prescricional 5 anos a partir do conhecimento do ato ilícito Artigo 27 do CDC 11
12 Art. 27 da Lei n /90 (Código de Defesa do Consumidor) Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 12
13 Requisitos da Petição Inicial Erro Médico Fato e fundamentos jurídicos do pedido Fundamento legal Artigo 927 do Código Civil 13
14 Responsabilidade civil Obrigação de indenizar Conceito de responsabilidade civil Art. 927do Código Civil Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Responsabilidade civil prejuízo dano material e/ou dano moral 14
15 1. Conceito de responsabilidade civil médica A responsabilidade civil médica é obrigação imposta pela legislação aos facultativos que, no exercício da profissão, em razão da negligência, imprudência ou imperícia, causaram danos aos seus pacientes. 15
16 Conceito de ato ilícito no erro do médico Ato ilícito médico é todo ato do médico praticado culposamente em desconformidade com a norma destinada a proteger interesses do paciente, causando-lhe danos materiais e morais. 16
17 Pressupostos da Responsabilidade Civil - Ato ilícito Artigo 186 do Código Civil Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 17
18 Existência de uma ação ou omissão Ocorrência de um dano moral ou patrimonial Nexo de causalidade 18
19 Adolescente perde parte do intestino após gaze de parto ficar dentro do corpo, na Maternidade de Patos. 19
20 AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RESPONSABILIDADE CIVIL - ERRO MÉDICO - GAZE DEIXADA NO INTERIOR DO ABDOME DO AUTOR - REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/STJ - QUANTUM INDENIZATÓRIO - RAZOABILIDADE. 1.- O Tribunal estadual, analisando o conjunto de provas carreado aos autos, concluiu que o resultado lesivo foi provocado por erro médico. Ultrapassar os fundamentos do Acórdão recorrido demandaria, inevitavelmente, o reexame de provas, incidindo, à espécie, o óbice da Súmula 7 desta Corte. 2.- A intervenção do STJ, Corte de Caráter nacional, destinada a firmar interpretação geral do Direito Federal para todo o país e não para a revisão de questões de interesse individual, no caso de questionamento do valor fixado para o dano moral, somente é admissível quando o valor fixado pelo Tribunal de origem, cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre teratológico, por irrisório ou abusivo. 3.- Inocorrência de teratologia no caso concreto, em que, para o erro médico provocado pelo Agravante, foi fixado, em , o valor da indenização em R$ ,00 (quinze mil reais) a título de dano moral, consideradas as forças econômicas do autor da lesão. 4.- Agravo Regimental improvido. (AgRg no AREsp /SC, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 29/06/2012) 20
21 Indenização Art. 951do Código Civil O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 21
22 Negligência Imprudência Imperícia 22
23 Dano material Culpa: perdas e danos Dano emergente Lucros cessantes 23
24 Art. 949 do Código Civil No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. 24
25 Despesas com o tratamento (dano emergente) Lucros cessantes (aquilo que deixou de ganhar - professor de educação física que tem a carreira frustrada paralisa a perna direita) Algum outro prejuízo sofrido por erro do médico que 25
26 Art. 402 do Código Civil Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu [dano emergente], o que razoavelmente deixou de lucrar [lucro cessante]. 26
27 O dano material é o prejuízo financeiro efetivamente sofrido pelo ofendido ou vítima e que lhe causa diminuição do seu patrimônio. Referido dano pode consistir naquilo que o ofendido efetivamente perdeu (dano emergente) e no que razoavelmente deixou de ganhar (lucro cessante). 27
28 A prova sobre o lucro cessante/dano emergente deve ser robusta e cabal, demonstrando que o erro médico trouxe consequências que impactariam economicamente, justamente por não poder exercer seu labor de modo regular. 28
29 Somente é possível a formulação de pedido genérico quando for extremamente difícil a imediata mensuração do quantum devido a título de dano material. Entretanto, a pretensão deve ser devidamente individualizada de modo a permitir sua correta compreensão para que não haja prejuízo ao direito de defesa da parte adversa. Precedentes. (Agravo interno a que se dá parcial provimento. (AgInt nos EDcl no REsp /PR, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 14/08/2018, DJe 20/08/2018) 29
30 O dano emergente consiste no prejuízo causado em direitos já existentes na titularidade da vítima por ocasião do evento danoso. 30
31 O lucro cessante abrange os danos alusivos a direitos ainda não pertencentes ao lesado a essa data. 31
32 Art. 950 do Código Civil Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 32
33 RESPONSABILIDADE CIVIL Erro médico Criança com paralisia dos membros inferiores após punção de "liquor lombar" Internação em UTI pediátrica que descartou outras patologias Quadro que permaneceu Laudo pericial que não afastou por completa o erro na conduta do réu Prepostos que não orientaram os pais do menor à conduta de repouso pós procedimento Necessidade de repouso por 24 hs, não seguida Demandada que não se desincumbiu do ônus de demonstrar fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do autor Proceder inadequado da equipe médica evidenciado na prova técnica, bem como o nexo de causalidade entre a conduta dos prepostos do réu e o resultado lesivo Culpa presumida do hospital réu pelos atos culposos de seus prepostos Art. 932, III, do Código Civil Indenização devida pelos danos materiais Gastos comprovados dano material a ser pago com correção monetária incidente deste o desembolso e aplicação de juros de mora desde a citação Entendimento do art. 405 do CC e da súmula 43 do C. STJ Responsabilidade civil contratual Dano moral sofrido pelo demandante, que é presumido Montante indenizatório fixado em 200 salários mínimos Precedentes desta Câmara Elevação do valor para atender às finalidades punitiva e pedagógica do instituto, e adequar à realidade econômica do autor e do réu Dano moral a ser pago com correção monetária incidente deste o arbitramento e aplicação de juros de mora desde a citação Entendimento do art. 405 do CC e da súmula 362 do C. STJ Responsabilidade civil contratual Pensão vitalícia a ser paga ao autor Cabimento Sem previsão de reversibilidade do dano físico Precedentes Valor mensal de um salário mínimo Termo inicial com o inicio da vida laborativa do menor, aos 18 anos Indenização pelos danos materiais futuros Pagamento das despesas médicas, devido Custos decorrentes do desdobramento do dano Recurso do réu desprovido e provido o do autor. (TJSP; Apelação ; Relator (a): Rui Cascaldi; Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santo André - 6ª Vara Cível; Data do Julgamento: 04/12/2018; Data de Registro: 04/12/2018) 33
34 ATENÇÃO: A ação indenizatória por erro médico ou erro de qualquer profissional da saúde não pode ser distribuída no Juizado Especial Cível, uma vez que haverá perícia para indicar se houve por parte do facultativo negligência, imprudência ou imperícia. 34
35 1. Conceito
36 Anuência do paciente para testar medicamento experimental Exercício normal de um direito - lesionar o corpo do paciente para curá-lo Estado de necessidade - amputar o pé diabético do paciente
37 As essas excludentes, vamos acrescentar: Nexo de causalidade Culpa exclusiva do paciente Fato de terceiro (infraestrutura do hospital)
38 ATENDIMENTO ELETIVO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA ATENDIMENTO DE URGÊNCIA
39 Resolução CFM n /14 Resolução CFM n /95 - Define os conceitos de emergência e urgência.
40 Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.
41 Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, portanto, tratamento médico imediato.
42 A primeira informação prática que se constata é a de que a relação médico/paciente é regida pelo Código do Consumidor. O prazo prescricional das ações indenizatórias por erro médico é de 05 (cinco) anos cuja contagem se inicia a partir do dano e de sua autoria (Ar. 27 do CDC).
43 Foro Competente para Distribuir a Ação Indenizatória por Erro Médico a) Foro do Domicílio do Autor (Art. 101, I, CDC) b) Foro do domicílio do réu ( Art. 46 do CPC)
44 Polo Ativo: paciente/familiares são substitutos processuais. Polo Passivo: médico/hospital/plano de saúde (Pode-se eleger o foro, ou seja, escolher qualquer um deles, quando o autor quiser propor a ação no domicílio do réu)
45 Tratando-se de reparação de danos materiais e morais decorrentes de prestação defeituosa de serviços médicos, não cabe denunciação da lide (Art. 88 do CDC)
46 Art. 948 do Código Civil: No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras prestações: I pagamento com as despesas do tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II prestação de alimentos aos familiares ou dependentes.
47 REsp 86450/MG STJ 2/3 salário-mínimo em relação à vítima maior 2/3 salário-mínimo em relação à vítima menor até completar 25 anos; após 25 anos até os 65 anos 1/3.
48 A natureza da responsabilidade das instituições hospitalares por erros médicos deve ser examinada à luz da natureza do vínculo existente entre as referidas instituições e os profissionais a que se imputa o ato danoso. Responde o hospital pelo ato culposo praticado por profissional de sua equipe médica, mesmo que sem vínculo empregatício com a instituição. A circunstância de os serviços médicos terem sido prestados gratuitamente, ou remunerados pelo SUS, não isenta o profissional e a instituição da responsabilidade civil por erro médico. RECURSO ESPECIAL Nº RJ (2005/ )
49 Não se esquecer de requerer tutela de urgência nas ações de erro médico (pensão mensal, pagamento de despesas em razão do erro médico etc.) Tutela de Urgência Art. 300 do CPC
50 Cliente tem perna direita amputada, quando deveria ter sido a esquerda.
51 1. Tabela SUSEP 2. Condições financeiras do paciente antes do erro médico
52 1. Tabela SUSEP 2. Condições financeiras do paciente antes do erro médico
53 O PRONTUÁRIO MÉDICO DEVE SER JUNTADO AOS AUTOS DO PROCESSO. COMO O PRONTUÁRIO MÉDICO PERTENCE AO PACIENTE E É SIGILOSO, REQUERER SEGREDO DE JUSTIÇA. Art. 189, III, do CPC: dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade.
54 Se o cliente estiver convalescendo, requerer prioridade: Art , inc. I, do CPC (acrescentou também o inciso XIV, da Lei n /88 Legislação do Imposto de Renda)
55 AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO CAUSADO POR AUTOMÓVEL QUE INVADIU REPENTINAMENTE A PREFERENCIAL. MOTOCICLISTA ATINGIDO QUE SOFREU AMPUTAÇÃO DA PERNA DIREITA. CULPA EXCLUSIVA E CONCORRENTE DA VÍTIMA. NÃO OCORRÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. PENSÃO VITALÍCIA. AFERIÇÃO DO PERCENTUAL DE REDUÇÃO PERMANENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Não configura ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil de 1973 o fato de o Tribunal de origem, embora sem examinar individualmente cada um dos argumentos suscitados, adotar fundamentação contrária à pretensão da parte recorrente, suficiente para decidir integralmente a controvérsia. 2. O acórdão recorrido afastou a ocorrência de culpa concorrente ou exclusiva da vítima, observando que a causa preponderante do acidente foi praticada pelo condutor do automóvel que, de forma imprudente, invadiu repentinamente a preferencial, sem observar o trânsito da via, e obstruiu a passagem do motociclista, autor da ação indenizatória. 3. A reforma do julgado, quanto à responsabilidade pelo acidente, demandaria, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, providência vedada no recurso especial, nos termos da Súmula 7 do STJ.
56 4. A vítima do evento danoso, que sofre redução parcial e permanente da sua capacidade laborativa, tem direito ao pensionamento vitalício previsto no artigo 950 do Código Civil, independentemente da existência de capacidade para o exercício de outras atividades, em razão do maior sacrifício para a realização do serviço. Precedentes. 5. Para rever o percentual de redução permanente da capacidade laborativa e reavaliar o valor da pensão fixada no primeiro grau, seria necessário o reexame de fatos e provas, o que é inviável no recurso especial, a teor da Súmula 7 do STJ. 6. Agravo interno não provido. (AgInt nos EDcl no AREsp /PR, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 19/10/2017, DJe 26/10/2017)
57 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS. Erro médico. Acidente de motocicleta. Atendimento emergencial inadequado, prestado pela ré, que resultou em amputação da perna direita. Pedido de indenização por danos físicos (amputação de perna direita) Custos de manutenção do autor, danos morais e estéticos. Pedido de pensão, dada a incapacidade laboral do autor. Sentença de parcial procedência, condenando a ré ao pagamento de R$ ,00 de danos morais e estéticos, estipulando pensão de 2/3 do salário mínimo, até o autor completar 65 anos de vida. Apela a ré, alegando decisão ultra petita por falta de pedido, uma vez que a pensão requerida seria devida somente até ele completar 25 anos de idade. Cabimento parcial do recurso da ré. O artigo 492 do Código de Processo Civil (CPC) determina que o magistrado deve se ater aos parâmetros estabelecidos pelo autor ao formular seus pedidos na inicial. Caracterizada a decisão ultra petita na fixação de pensão mensal ao autor. O pedido de pensão seria até que ele completasse 25 anos de idade, e a sentença deu até 65 anos de idade. No mérito, a demonstração do erro é inequívoca, a indenização devida e a pensão mensal igualmente, mas nos limites do pedido. Danos morais e estéticos fixados com moderação em R$ ,00. Recurso da ré parcialmente provido para adequar a sentença ao pedido do autor quanto à fixação de pensão mensal até que complete 25 anos de idade. TJSP; Apelação ; Relator (a): James Siano; Órgão Julgador: 20ª Câmara Extraordinária de Direito Privado; Foro de Carapicuíba - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/09/2017; Data de Registro: 05/09/2017)
58 1. Conceito 2. Classificação
59 Intercorrência médica é o termo que define a ocorrência de um evento inesperado em um procedimento médico, que não poderia ser em geral previsto ou alertado ao paciente.
60 ERRO MÉDICO IATROGENIA INTERCORRÊNCIA MÉDICA
61 ERRO MÉDICO. RESPONSABILIDADE CIVIL. Ação de indenização por danos morais. Pretensão indenizatória fundada em fratura de fêmur em recém-nascido durante o parto cesárea. Dificuldade na extração fetal. Fratura de fêmur considerada um risco inerente ao procedimento. Iatrogenia. Prova pericial que afasta a ocorrência de erro médico. Ausência de demora no tratamento ortopédico. Inexistência de qualquer sequela para a criança. Ausência da obrigação de indenizar. Ação improcedente. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO. (Relator(a): Alexandre Marcondes; Comarca: São José do Rio Preto; Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 21/03/2017; Data de registro: 21/03/2017)
62 Ação de indenização por danos materiais e morais Responsabilidade objetiva de clínicas e hospitais Responsabilidade subjetiva dos profissionais liberais (denunciação) Prova documental e pericial que afasta a caracterização de vício na prestação de serviços Intercorrência representada pela ruptura uterina que é imprevisível Índices medidos que não indicavam a ocorrência Ausência de sintomas que pudessem indicar o evento Extração do útero que teve como objetivo salvar a vida da paciente Criança que veio a óbito Inexistência de qualquer liame com a conduta dos médicos assistentes Afastamento do dever de indenizar -Sentença de improcedência confirmada - Recurso não provido. (Relator(a): Marcia Dalla Déa Barone; Comarca: Mirassol; Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 06/06/2017; Data de registro: 06/06/2017)
63 Conceito de dano moral O dano moral consiste na lesão de direitos não patrimoniais, isto é, dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade. Exemplos: vida privada, intimidade, honra, imagem, nome etc. 63
64 Qualquer lesão que alguém sofra no objeto de seu direito repercutirá, necessariamente, em seu interesse; por isso, quando se distingue o dano patrimonial do moral, o critério da distinção não poderá ater-se à natureza ou índole do direito subjetivo atingido, mas ao interesse, que é pressuposto desse direito, ou ao efeito da lesão jurídica, isto é, ao caráter de sua repercussão sobre o lesado, pois somente desse modo se poderia falar em dano moral, oriundo de uma ofensa a um bem material, ou em dano patrimonial indireto, que decorre de evento que lesa direito extrapatrimonial, como, p. ex., direito à vida, à saúde, provocando também um prejuízo patrimonial, como incapacidade para o trabalho, despesas com o tratamento. (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2007, pp , v. 7) 64
65 Conceito de dano moral Dano moral consiste na lesão de direitos não patrimoniais, isto é, dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade. É caracterizado pela dor, sofrimento, desequilíbrio emocional e abalo psicológico. 65
66 Responsabilidade Civil e o dano moral no erro médico Artigo 927 do Código Civil Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 66
67 Diferença entre dano material e dano moral Artigo 186 do Código Civil Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 67
68 Artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana. 68
69 O professor Ingo Wolfgang Sarlet define o que é dignidade da pessoa humana: Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão dos demais seres humanos. (In A eficácia dos direitos fundamentais. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001, p. 60). 69
70 Ao tratar da proteção aos direitos da personalidade, Carlos Roberto Gonçalves afirma que a pessoa pode mover imediatamente ação indenizatória por danos materiais e morais, de natureza repressiva, com pedido de antecipação de tutela, como tem sido admitido. Em ação movida contra administradora de plano de saúde, que negava a autorizar tratamento médico-hospitalar do associado, decidiu o Tribunal de Justiça de São Paulo. (In Direito civil brasileiro. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 192). 70
71 A personalidade consiste no conjunto de caracteres próprios da pessoa. É objeto de direito por ser alusivo a tudo que se referir à natureza do ser humano. Exemplos: vida, integridade física, liberdade, sociabilidade etc. (Prof. Maria Helena Diniz) 71
72 Artigo 12 do Código Civil (TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA - ART. 303 DO CPC) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 72
73 RESPONSABILIDADE CIVIL - Erro médico - Autor acometido de sequelas físicas em virtude de infecção manifestada após cirurgia - Laudo pericial a atestar que a demora no tratamento do quadro infeccioso contribuiu para seu agravamento - Negligência caracterizada - Comprovado o nexo de causalidade entre o resultado danoso e a conduta médica - Configuradas, portanto, a culpa e a responsabilidade do médico que acompanhava o autor - Responsabilidade solidária da clínica onde o médico realiza as consultas, do hospital onde o atendimento foi realizado e do plano de saúde que colocou o profissional à disposição dos seus beneficiários - Danos morais e estéticos evidentes - Ressarcimento devido - Valor da indenização que não comporta redução - Juros a incidir desde a citação - Devido, também, o pagamento de pensão mensal vitalícia, ante a total e definitiva incapacidade laborativa - Sentença mantida - RECURSOS NÃO PROVIDOS. (TJSP; Apelação ; Relator (a): Elcio Trujillo; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional IX - Vila Prudente - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/11/2018; Data de Registro: 28/11/2018) 73
74 APELAÇÃO CÍVEL. Ação de indenização por danos morais fundada em erro médico. Sentença que julgou a demanda parcialmente procedente. Responsabilidade do hospital que em regra é objetiva. Apuração da responsabilidade mediante a verificação de culpa do profissional envolvido no atendimento médico-hospitalar. Laudo pericial que é claro e conclusivo no sentido da relação de causalidade entre a conduta médica e os alegados danos sofridos pela vítima. Responsabilidade evidenciada. Danos morais. Ocorrência. Juízo "a quo" analisou corretamente as questões suscitadas e o conjunto probatório. Incidência do artigo 252 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Desnecessária repetição dos adequados fundamentos expendidos pela r. sentença recorrida. Quantum indenizatório mantido. Manutenção dos ônus sucumbenciais. Decaimento de parte do pedido pelo autor. Recursos improvidos. (TJSP; Apelação ; Relator (a): José Joaquim dos Santos; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional VIII - Tatuapé - 5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 11/12/2018; Data de Registro: 12/12/2018) 74
75 Art. 951 do Código Civil O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 75
76 Conceito de dano moral O dano moral consiste na lesão de direitos não patrimoniais, isto é, dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade. Exemplos: vida privada, intimidade, honra, imagem, nome etc. 76
77 Qualquer lesão que alguém sofra no objeto de seu direito repercutirá, necessariamente, em seu interesse; por isso, quando se distingue o dano patrimonial do moral, o critério da distinção não poderá ater-se à natureza ou índole do direito subjetivo atingido, mas ao interesse, que é pressuposto desse direito, ou ao efeito da lesão jurídica, isto é, ao caráter de sua repercussão sobre o lesado, pois somente desse modo se poderia falar em dano moral, oriundo de uma ofensa a um bem material, ou em dano patrimonial indireto, que decorre de evento que lesa direito extrapatrimonial, como, p. ex., direito à vida, à saúde, provocando também um prejuízo patrimonial, como incapacidade para o trabalho, despesas com o tratamento. (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2007, pp , v. 7) 77
78 Conceito de dano moral Dano moral consiste na lesão de direitos não patrimoniais, isto é, dignidade da pessoa humana e direitos da personalidade. É caracterizado pela dor, sofrimento, desequilíbrio emocional e abalo psicológico. 78
79 Responsabilidade Civil e o dano moral no erro médico Artigo 927 do Código Civil Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 79
80 Diferença entre dano material e dano moral Artigo 186 do Código Civil Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 80
81 Artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana. 81
82 A personalidade consiste no conjunto de caracteres próprios da pessoa. É objeto de direito por ser alusivo a tudo que se referir à natureza do ser humano. Exemplos: vida, integridade física, liberdade, sociabilidade etc. (Prof. Maria Helena Diniz) 82
83 Artigo 12 do Código Civil (TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA - ART. 303 DO CPC) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 83
84 RESPONSABILIDADE CIVIL - Erro médico - Autor acometido de sequelas físicas em virtude de infecção manifestada após cirurgia - Laudo pericial a atestar que a demora no tratamento do quadro infeccioso contribuiu para seu agravamento - Negligência caracterizada - Comprovado o nexo de causalidade entre o resultado danoso e a conduta médica - Configuradas, portanto, a culpa e a responsabilidade do médico que acompanhava o autor - Responsabilidade solidária da clínica onde o médico realiza as consultas, do hospital onde o atendimento foi realizado e do plano de saúde que colocou o profissional à disposição dos seus beneficiários - Danos morais e estéticos evidentes - Ressarcimento devido - Valor da indenização que não comporta redução - Juros a incidir desde a citação - Devido, também, o pagamento de pensão mensal vitalícia, ante a total e definitiva incapacidade laborativa - Sentença mantida - RECURSOS NÃO PROVIDOS. (TJSP; Apelação ; Relator (a): Elcio Trujillo; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional IX - Vila Prudente - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/11/2018; Data de Registro: 28/11/2018) 84
85 APELAÇÃO CÍVEL. Ação de indenização por danos morais fundada em erro médico. Sentença que julgou a demanda parcialmente procedente. Responsabilidade do hospital que em regra é objetiva. Apuração da responsabilidade mediante a verificação de culpa do profissional envolvido no atendimento médico-hospitalar. Laudo pericial que é claro e conclusivo no sentido da relação de causalidade entre a conduta médica e os alegados danos sofridos pela vítima. Responsabilidade evidenciada. Danos morais. Ocorrência. Juízo "a quo" analisou corretamente as questões suscitadas e o conjunto probatório. Incidência do artigo 252 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Desnecessária repetição dos adequados fundamentos expendidos pela r. sentença recorrida. Quantum indenizatório mantido. Manutenção dos ônus sucumbenciais. Decaimento de parte do pedido pelo autor. Recursos improvidos. (TJSP; Apelação ; Relator (a): José Joaquim dos Santos; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional VIII - Tatuapé - 5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 11/12/2018; Data de Registro: 12/12/2018) 85
86 Art. 951 do Código Civil O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 86
87 1. Conceito de diagnóstico 2. Conceito de prognóstico
88 Diagnóstico é a avaliação de um médico em relação a uma doença ou condição física ou mental com base nos sintomas observados.
89 Prognóstico é conhecimento prévio, realizado pelo médico, baseado necessariamente no diagnóstico médico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico sob seu cuidado ou orientação.
90 Tipos de erro nesta ação a) Erro de diagnóstico e acerto de prognóstico b) Acerto de diagnóstico e erro de prognóstico c) Erro de diagnóstico e de prognóstico
91 Há responsabilidade solidária e objetiva do Hospital, na reparação do dano, por defeito na prestação do serviço, desde que comprovada a culpa dos médicos ou de qualquer outro profissional ligado à área da saúde, que com ele mantenha vínculo laboral ou de credenciamento, e o nexo de causalidade. (Apelação/Erro Médico - Tribunal de Justiça de São Paulo
92 Art. 932 do Código Civil: São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício razão dele; do trabalho que lhes competir, ou em
93 Súmula STF É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.
94 A situação jurídica é diferente quando um médico reserva as dependências de um hospital, levando o próprio paciente para a realização de procedimento.
95 Conforme mencionado pelo Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO: Dano Moral - Lição de Aguiar Dias: o dano moral é o efeito não patrimonial da lesão de direito e não a própria lesão abstratamente considerada. Lição de Savatier: dano moral é todo sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária. Lição de Pontes de Miranda: nos danos morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o patrimônio (TJRJ 1ª. Câmara julgado em RDP 185/198, mencionado por RUI STOCO, em Tratado de Responsabilidade Civil, Ed. RT, 6ª. ed., p. 1666).
96 Não é possível, assim, falar-se de erro de diagnóstico, quando a questão ainda caracterizava mera suspeita de determinada enfermidade.
97 O exame ultrassonográfico para controle de gravidez implica em obrigação de resultado, caracterizada pela responsabilidade objetiva (CDC, art. 14)
98 Não oferecimento ao consumidor da segurança esperada, quanto ao modo de fornecimento da prestação do serviço (CDC, art. 14, 1º, I)
99 Caso de criança com síndrome de Down Se o médico não informar que á criança tem síndrome de Down, haverá dano moral, devendo o facultativo indenizar os pais. Valor da indenização: em média R$ ,00 (vinte mil reais)
100 I - O exame ultrassonográfico para controle de gravidez implica em obrigação de resultado, caracterizada pela responsabilidade objetiva.
101 II - O erro no diagnóstico de gestação gemelar, quando existente um único nascituro, resulta em danos morais passíveis de indenização. Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag , 3ª Turma, rel. min. Sidnei Beneti, j. 11/11/2008 grifei).
102 A satisfação pecuniária por dano extrapatrimonial é pautada por dois critérios principais: 1) o compensatório, que visa a anestesiar a lesão causada ao bem jurídico, e não a indenizar (que significa desfazer o dano ), pois o dano à dignidade da pessoa humana, aos direitos da personalidade, não se rescinde;
103 2) o punitivo, com finalidades preventiva, inibitória e pedagógica.
104 É importante salientar que a palavra indenizar vem do Francês INDEMNISER, ressarcir uma pessoa de perdas que teve, derivado do latim IN, negativo, mais DAMNUM, perda, dano, prejuízo.
105 balizado: O primeiro critério (retributivo), ligado ao ofendido, é (i) (ii) pelo subprincípio da dignidade da pessoa humana violado (liberdade, igualdade, solidariedade, ou integridade psicofísica) ou, em outras palavras, pelo tipo de direito da personalidade lesado (nome, imagem, honra etc); pela modificação na situação pessoal da vítima causada pela lesão, isto é, pelo desnível entre a condição do ofendido antes e depois do evento danoso.
106 O segundo critério (repressivo-censório), relacionado ao ofensor, é regido (i) pelo motivo da conduta; (ii) pelo tipo de elemento subjetivo (culpa, dolo etc); (iii) pela intensidade do elemento subjetivo.
107 PETIÇÃO INICIAL I - DOS FATOS Indicar os fatos e fundamentos jurídicos do pedido. A exposição deve ser clara e objetiva, a fim de que o juiz não determine que o autor emende ou complete a petição inicial (art. 321 do Código de Processo Civil)
108 II - DOS FUNDAMENTOS LEGAIS Os fundamentos legais não vinculam o juiz. Dáme os fatos e eu te darei o direito. a) Aplicação do Código de Defesa do Consumidor (artigos 2º e 6º, I, do CDC) b) Artigo 949 do CC - prestação de serviços
109 Art. 949 do Código Civil No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
110 Conceito da Dignidade da Pessoa Humana pelo Professor Dr. Ingo Wolfgang Sarlet ( ) por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humano ( ). SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais na Constituição Federal de Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
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