Um novo começo. Técnicas modernas diminuem a rejeição nos transplantes; maior desafio agora é aumentar as doações

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1 A doença de ser só Estudos indicam que viver sozinho é tão prejudicial quanto fumar ou abusar do álcool Tristeza, substantivo masculino Depressão pós-parto começa a ser diagnosticada entre os homens nº 4 julho - setembro 2012 Um novo começo Técnicas modernas diminuem a rejeição nos transplantes; maior desafio agora é aumentar as doações

2 nº 4 julho - setembro 2012 carta ao leitor A doença de ser só Estudos indicam que viver sozinho é tão prejudicial quanto fumar ou abusar do álcool Tristeza, substantivo masculino Depressão pós-parto começa a ser diagnosticada entre os homens Um novo começo Técnicas modernas diminuem a rejeição nos transplantes; maior desafio agora é aumentar as doações A Rede D Or São Luiz tem investido não só na incorporação de novos hospitais, mas também na expansão e na melhoria dos já existentes. Várias unidades estão sendo reformadas e ampliadas A atuação da Rede D Or São Luiz neste ano tem se marcado não só pela fusão e incorporação de novos hospitais, mas pela expansão e melhoria dos já existentes. Como mostram as notas da seção acontece na rede, várias unidades estão passando por reformas e ampliações com acréscimos de leitos, compra de equipamentos e inauguração de novas alas. No Prontolinda, por exemplo, estão sendo investidos R$ 15 milhões na criação de um prédio anexo aos atuais, que contará com um bloco para cirurgias e emergência geral. Nas melhorias, destaca-se uma inovação na gestão hospitalar brasileira: a adoção de um sistema que diminui radicalmente o tempo de espera para o primeiro atendimento no pronto- -socorro. A metodologia, chamada Smart Track, primeiramente foi adotada nas unidades Anália Franco e Itaim do São Luiz, em São Paulo nas quais a espera nos horários de pico caiu de duas horas para 20 minutos. Agora, é implementada na unidade Morumbi e será adotada em todos os hospitais da Rede, até o fim deste ano. Portanto, quando o Brasil sediar a próxima Copa do Mundo, em 2014, a Rede D Or estará preparada. É uma dor de cabeça a menos para o ortopedista Romeu Krause, do Hospital Esperança, no Recife. Ele coordenará a área médica da Copa na capital pernambucana, como conta a reportagem da seção diagnóstico. Além desses temas, esta edição da SuaSaúde também aborda assuntos ainda pouco explorados na medicina. A seção viver bem mostra as conclusões de um amplo estudo sobre hábitos alimentares e uma das principais delas é que apenas contar calorias não é um bom jeito de perder peso. Na especial, reunimos algumas pesquisas que indicam que, além das atividades físicas e da alimentação, há outro fator básico para a saúde humana: manter relações sociais sólidas. A solidão é tão prejudicial quanto fumar 15 cigarros por dia. Em primeiros cuidados, abordamos um outro aspecto da depressão pós-parto: ela também afeta os homens. Boa leitura! Expediente SuaSaúde é uma publicação trimestral desenvolvida pela PrimaPagina e pela BuonoDisegno, sob coordenação da Diretoria de Marketing da Rede D Or São Luiz Diretoria de Marketing Claudio Tonello Marketing Regionais SP e PE George Maeda, Alexandre Volcian, Debora Rodrigues, Kelly Magalhães e Alexandre Siqueira Marketing Regional RJ Daniel Werneck e Nereida Cavalcanti Presidente do Conselho Editorial Ruy Bevilacqua Conselho Editorial Jorge Moll, José Roberto Guersola, Claudio Tonello, Newton Takashima, Rodrigo Gavina, Alexandre Loback, Jorge Moll Neto, João Pantoja, Lucio Auler e Luiz Della Negra. Produção e edição PrimaPagina ( rua Jesuíno Arruda, 797, conj. 91, CEP , São Paulo, SP, tel. (11) , fax (11) / primapagina@primapagina.com.br Equipe editorial Ricardo Meirelles e Bernardo Ramos (editores), Bruno Meirelles, Chico Spagnolo e Paula Montefusco Projeto gráfico e diagramação BuonoDisegno ( tel. (11) Arte Renata Buono, Luciana Sugino, Renata Lauletta, Isabela Berger Tratamento de imagem Renata Lauletta Impressão Gráfica Eskenazi Editor responsável José Roberto de Toledo (DRT-DF 2623/88) Foto da capa Sebastian Kaulitzki/Shutterstock SuaSaúde Rede D Or São Luiz 1

3 sumário 04 acontece na rede Saiba o que há de novo nos hospitais da Rede D Or 10 medicina avançada Nos transplantes, sobra técnica e faltam doações 16 viver bem Só você apenas somar calorias, a conta para emagrecer não fecha 22 solidão Relacionar-se pouco é tão prejudicial à saúde quanto beber muito 28 primeiros cuidados O parto altera hormônios da mãe, mas às vezes o pai é que fica deprimido 34 planeta saudável Quer fazer sua parte na reciclagem? Veja o que pode e o que não pode ser reaproveitado 40 diagnóstico O médico Romeu Krause treinou nos gramados para destacar-se na ortopedia 44 emergência Quando a alergia sai do controle e o corpo se descontrola 50 rodando por aí A modernidade dos prédios, a beleza do lago, o balanço do blues tudo num só lugar, Chicago 56 unidades e médicos Os hospitais Rede D Or e os profissionais que contribuíram com esta edição 2 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 3

4 acontece na rede Copa Star Hospital de luxo em Copacabana Com investimento de R$ 130 milhões, a Rede D Or São Luiz começou a construir o hospital de luxo Copa Star, em Copacabana, no Rio de Janeiro. A unidade tem como foco o atendimento em oncologia e cardiologia para usuários de planos de saúde top e livre escolha e deve ficar pronta até Terá 127 leitos 46 de terapia intensiva, capazes de prestar tratamentos de emergência personalizados, radioterapia, ressonância magnética e hemodinâmica. O Copa Star também abrigará salas inteligentes, nas quais haverá um robô que faz cirurgias guiadas por comandos. Instituto D Or Uma jornada para disseminar conhecimento Em sua sétima edição, a Jornada Rede D Or São Luiz deste ano acontecerá em 6 de outubro, no hotel Royal Tulip, no bairro de São Conrado, no Rio. O evento tem como objetivo reunir médicos, pesquisadores e estudantes de medicina do sexto período para debater e apresentar novas técnicas no tratamento e diagnóstico de doenças relacionadas a cardiologia, neurologia, neuropsiquiatria, oncologia, emergência, medicina interna, terapia intensiva e pediatria. As inscrições serão gratuitas e poderão ser feitas pelo site do Instituto D Or de Pesquisa e Ensino ( que organiza a Jornada. HOSPITAL E MATERNIDADE BRASIL / HOSPITAL E MATERNIDADE ASSUNÇÃO Parceria com Fleury no ABC Fotos Divulgação Hospital vivalle Tratamento avançado para o coração O Hospital vivalle, em São José dos Campos (SP), passou a contar com um setor dedicado a diagnósticos e procedimentos cardíacos pouco invasivos. Batizada de Centro Cardiovascular Avançado, a nova área conta com diversos equipamentos de alta tecnologia, entre eles o Artis Zee, da Siemens, capaz de captar imagens tomográficas tridimensionais sem emitir muita radiação. Nos 500 metros quadrados da unidade, há três leitos privativos, com espaço para acompanhantes, onde o paciente pode aguardar exames ou se recuperar após cirurgias. Rede D Or São Luiz Apoio a esporte e cultura no Rio Depois de fazer o atendimento médico das etapas infantil e adulta da Corrida de São Sebastião, no início do ano, a Rede D Or São Luiz ampliou o apoio a iniciativas culturais no Rio de Janeiro. Os hospitais do Grupo prestam assistência emergencial ao projeto da Secretaria de Turismo intitulado Anfitriões do Futuro, que leva alunos do ensino fundamental público para visitar os pontos turísticos da cidade. Além disso, desde maio a Rede é mantenedora do Theatro Net Rio, próximo ao Hospital Copa D Or, e patrocina o musical O Mágico de Oz, que estreou em junho no Teatro João Caetano. Estão agora sob coordenação do grupo Fleury Medicina e Saúde as análises laboratoriais e os serviços de imagem feitos nas unidades da Rede D Or São Luiz no ABC paulista os hospitais e maternidades Brasil (Santo André) e Assunção (São Bernardo do Campo). O grupo vai atuar por meio da marca A+. Em breve, reforçando a parceria entre as duas empresas, o Fleury vai prestar esses serviços em todos os hospitais da Rede. 4 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 5

5 Acontece na rede Hospital Prontolinda No Prontolinda, novo prédio até 2013 O processo de expansão do Hospital Prontolinda, em Olinda (PE), está em sua etapa final. No primeiro semestre do ano que vem, deverá ser inaugurado um prédio de seis andares, ao lado dos atuais. O novo anexo, que recebe aporte de R$ 15 milhões, terá um bloco para cirurgias, uma emergência geral e um centro administrativo. Com isso, o hospital terá 220 leitos na enfermaria geral e 48 na UTI. Atualmente atendemos cerca de 12 mil pessoas por mês na nossa emergência. A expectativa é que esse número aumente para 14 mil, diz a diretora do Prontolinda, Luciene Melo. Hospital São Luiz/ Morumbi HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ Sistema de atendimento ágil se expande na Rede O Smart Track sistema que, nos horários de pico, diminuiu de duas horas para 20 minutos o tempo médio do primeiro atendimento nas unidades Anália Franco e Itaim do São Luiz, em São Paulo agora também está disponível no pronto-socorro do Morumbi. Nesse modelo, a triagem dos pacientes é feita com mais agilidade por uma equipe multiprofissional. Se o quadro for classificado como simples ou como dependente de uma avaliação mais profunda, o paciente é encaminhado para salas onde passa por cuidados específicos. Mantemos um excelente nível para os pacientes graves e conseguimos oferecer atendimento em tempo menor nos outros casos, afirma o diretor geral da Rede D Or São Luiz, Rodrigo Gavina. Paulatinamente, o Smart Track será implantado em todas as unidades do Grupo. Hospital e Maternidade Brasil UTI ampliada em Santo André O Hospital e Maternidade Brasil, de Santo André (SP), inaugurou, em julho, 17 unidades de internação e 24 leitos de UTI. O investimento, de R$ 6 milhões, reduz a carência de atendimento especializado em cardiologia e neurologia na região e faz parte de um projeto cujo foco é ter 40% dos leitos do hospital reservados para a UTI, segundo o diretor do Brasil, Luiz Antonio Della Negra. Até setembro, a unidade receberá uma nova área voltada a ressonância, diagnóstico da mulher e tomografia. Humanizada e eficiente Algumas unidades da Rede D Or São Luiz passaram a adotar um modelo humanizado de UTI. Nesse sistema, há acomodação para acompanhante (que pode ficar 24 horas ao lado do paciente) e maior liberdade de visitas ao longo do dia, para aumentar a interação entre a família e o paciente. A estrutura também é diferenciada. Há várias janelas, para que o enfermo possa acompanhar a passagem do dia, leitos individuais, banheiros individuais, quartos com cromoterapia e local para colocar porta-retrato, de modo a tornar o ambiente mais familiar. Se o paciente fizer aniversário dentro da UTI, é feita uma comemoração, com a participação dos parentes ele recebe um bolo, preparado pelo serviço de nutrição, e o momento é registrado em fotografias mesmo que o paciente esteja inconsciente, para que posteriormente tenha condição de ver que a data não passou em branco. Essas mudanças aumentam o bem-estar. A experiência recente tem mostrado que o tempo de permanência na UTI tem diminuído: o enfermo consegue ser liberado mais rapidamente. HOSPITAL SÃO MARCOS Técnicas avançadas contra queimaduras O número de casos de queimaduras relacionadas às festas juninas, em especial a de São João, aumentou 20% neste ano, em comparação com o ano passado, segundo médicos do Hospital São Marcos, associado da Rede D Or São Luiz no Recife. Os registros indicam que as ocorrências envolveram ferimentos mais profundos, provocados por fogos de artifício. Por outro lado, a medicina está mais preparada para atender esses casos. As cirurgias realizadas hoje têm técnicas bem avançadas, algumas complexas, outras simples, mas todas podem trazer melhorias para o paciente, diz o cirurgião plástico Marcelo Borges, dos hospitais São Marcos e Esperança. Às vezes, apenas uma atenção médica, a humanização, já pode amenizar o trauma. Tratamentos psicológicos são essenciais durante muito tempo. Fotos Divulgação 6 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 7

6 acontece na rede HOSPITAL ESPERANÇA Mais leitos e melhores equipamentos Divulgação O Hospital Esperança, do Recife, inaugurou 15 leitos de apartamentos privativos e 24 leitos de enfermarias, além de novas unidades de terapia intensiva cardiológica (15 leitos) e pediátrica (10). Foi criada ainda uma área exclusiva para a pediatria (11 leitos) e mais 29 quartos privativos. Com isso, a instituição passa a contar com 243 leitos número que deve aumentar já em outubro, com a entrega de 29 apartamentos no quinto andar. Também foram implantadas normas de segurança usadas nos melhores centros hospitalares do mundo, sistema de gerenciamento de risco, equipamentos que deixam de gerar resíduos químicos e que reduzem pela metade a carga de radiação para pacientes. Hospital Copa D Or Hospital santa luzia Histórias que curam O Hospital Copa D Or começou a participar, em agosto, de uma ação em que voluntários treinados contam histórias para pessoas internadas. Trata-se do projeto Viva e Deixe Viver, do Instituto Rio de Histórias. Entendemos que, além de amenizar as sensações desagradáveis da hospitalização, essa atividade em muito pode contribuir para a humanização do ambiente de nosso hospital, afirma a psicóloga chefe e responsável pelo projeto no Copa D Or, Fernanda Saboya. Outras unidades da Rede mantêm iniciativas semelhantes, como o Rios D Or e o Barra D Or. Feijoada do bem O Hospital Santa Luzia, de Brasília, ajudou a patrocinar a sexta edição do Feijão Solidário, uma feijoada beneficente cujos recursos são destinados a instituições sociais do Distrito Federal. O evento, organizado pelo programa Correio Braziliense Solidário, faz parte de um conjunto de ações responsáveis por captar verba para 17 creches da região, que atendem 2 mil crianças de até 5 anos, e para um lar de idosos que abriga 60 pessoas. CAM/Carlos Moura 8 SuaSaúde Rede D Or São Luiz

7 medicina avançada por Cláudia Zucare Boscoli Jeffrey Collingwood/Shutterstock Dar, receber e convencer As técnicas para reduzir a rejeição em transplantes de órgãos e tecidos evoluíram; agora, é preciso aprimorar o trabalho com as famílias dos potenciais doadores 10 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 11

8 O Brasil bateu seu recorde de procedimentos em 2011 (47.108) e diminuiu em 23% a lista de espera para receber órgãos. Mas cerca de 70 mil pacientes ainda aguardam na fila N as vésperas do Natal de 1954, o norte-americano Richard Herrick ganhou um presente inédito para ele e para o mundo. Numa operação de cinco horas e meia, recebeu o rim de seu irmão gêmeo, Ronald. O procedimento liderado pelo cirurgião Joseph Murray, em Boston, resultou no primeiro transplante de sucesso da história. A façanha daria oito anos de sobrevida a Richard e o Prêmio Nobel para Murray. Desde então, a medicina tem avançado bastante. Não apenas do ponto de vista exclusivamente cirúrgico, mas também, e sobretudo, no pós-transplante, na diminuição da rejeição. O sucesso se deve, antes de tudo, à descoberta dos antígenos de histocompatibilidade (moléculas que determinam a compatibilidade dos tecidos para os transplantes) e à obtenção de drogas imunossupressoras. Os imunossupressores são medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico para que não rejeite o órgão doado. A cortisona foi o primeiro remédio desse tipo, mas a ampla gama de efeitos colaterais limitou seu uso. A azatioprina, mais específica, foi identificada em 1959, mas a descoberta da ciclosporina, em 1970, permitiu expandir de modo significativo os transplantes entre doadores- -receptores menos compatíveis. A década de 1980 foi marcada por mais dois avanços: a padronização da retirada de múltiplos órgãos que estabeleceu normas para a prática e colaborou para a formação médica e o desenvolvimento de uma solução de conservação de órgãos e tecidos (batizada de UW-Belzer), capaz de aumentar significativamente sua vida útil. Atualmente, 80% dos casos de transplantes são bem sucedidos o paciente volta totalmente à sua rotina de antes da doença. Já podem ser transplantados coração, rim, fígado, pulmão, pâncreas, intestino, córnea, medula óssea, pele, valva cardíaca, ossos e esclera ocular, entre outros órgãos ou tecidos. Um único doador é capaz de salvar ou melhorar a qualidade de vida de cerca de 25 pessoas. pedras no caminho Esse tipo de procedimento está plenamente consolidado no Brasil somos o segundo do mundo em volume de transplantes, atrás apenas da Espanha. No ano passado, o país bateu recorde de doações e cirurgias (foram procedimentos) e conseguiu reduzir em 23% o número de pacientes na lista de espera por órgãos e tecidos. De 2003 para 2011, mais que dobrou o número de doadores. E, em 95% dos casos, todo o tratamento foi gratuito. Tantos bons resultados devem ser comemorados, mas ainda estão distantes do ideal. Cerca de 70 mil pacientes aguardam na fila de doações que, em alguns casos, pode durar mais de três anos. A meta do governo é, até 2015, atingir a marca de 15 doadores por milhão de habitantes (em 2011, foram 11, e, em 2003, apenas cinco; na Espanha, são 35). O que é preciso para isso? O programa nacional de transplantes tem organização exemplar. No papel, está tudo muito bem desenhado. Mas é preciso fazer essa máquina andar, e, muitas vezes, são as pequenas pedras no caminho que atrapalham, afirma o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), José Osmar Medina Pestana. Na teoria, o sistema deveria funcionar seguindo um passo a passo. Primeiro, a equipe médica constata a morte encefálica do possível doador, por meio de dois exames clínicos (com intervalos de seis horas entre eles e feitos por dois médicos diferentes e sem ligação com a equipe de transplantes), além de um exame gráfico, que comprove que não existe mais irrigação do cérebro. Após a verificação da morte encefálica, o médico deve telefonar para a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de seu estado, informando nome, idade, causa da morte e hospital onde o paciente está internado. Essa notificação é compulsória e independente do desejo familiar de doação ou da possibilidade de o potencial doador converter-se em doador efetivo. Paralelamente, a família do paciente deve ser procurada. Por meio de entrevista, parentes de até segundo grau podem liberar a doação. Depois da autorização, são feitos vários exames no doador, e só então tem início uma complexa corrida contra o tempo para captação e destinação dos órgãos e tecidos as listas de espera seguem uma ordem cronológica ou, em alguns casos, como o de fígado, atendem os pacientes de acordo com a gravidade da doença, sempre dando prioridade a menores de 18 anos e descartando da lista os receptores incompatíveis. Na prática, nem todos os passos são obedecidos. Por exemplo, de cada oito potenciais doadores de órgãos no país, apenas um é notificado às centrais. Qualquer coisa pode comprometer o programa. São diversas regiões, diversas cidades, diversos hospitais. Cada localidade encontra um tipo de problema. Em um lugar, o empecilho é o transporte do órgão, em outro, o transporte da equipe ou a difícil localização do doador, enumera Pestana. Outra falha recorrente, segundo Rafael Paim, vice-presidente nacional e diretor da unidade Rio de Janeiro da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), é Luis Louro/Shutterstock Cirurgiões e psicólogos Um transplante é frequentemente uma cirurgia complexa. Por isso, não são todos os hospitais que conseguem se habilitar para fazer esse tipo de procedimento. Uma das exceções é o Hospital Quinta D Or, no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Lá são feitos entre oito e dez transplantes de fígado por ano. A equipe que realiza esse tipo de cirurgia conta com sete cirurgiões, dez médicos clínicos (entre hepatologistas, intensivistas e infectologistas) e sete anestesistas, e é coordenada por Lúcio Pacheco, vice-presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Na sala de operação, participam dois anestesistas, quatro cirurgiões e dois instrumentadores. Para integrar a equipe, os médicos precisam de pelo menos um ano de experiência com esses procedimentos, enquanto os anestesistas necessitam de seis meses, explica Pacheco. O hospital oferece ainda apoio psicológico. Esse serviço ajuda a preparar o paciente, que geralmente está fragilizado por ter de enfrentar a fila de espera pelo fígado. Costumo dizer que fazer um transplante é como se preparar para uma maratona. A pessoa precisa estar bem emocionalmente e com todos os órgãos funcionando de forma perfeita, exceto o que será substituído, completa o cirurgião. 12 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 13

9 Yuri Arcurs/Shutterstock Serviço Informações e notificações sobre transplantes Central Nacional de Transplantes: Tel.: (61) cnncdo@anvisa.gov.br Sistema Nacional de Transplantes: Tel.: (61) snt@saude.gov.br Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO): Tel.: (11) abto@dialdata.com.br Site: o despreparo para manter a irrigação dos órgãos e tecidos antes da retirada. Muitos não estão treinados o suficiente para manter pressão e temperatura em alguém que já morreu, afirma. Mas o ponto mais delicado, segundo os especialistas, é o despreparo das equipes para obter autorização da família para doação. Uma pesquisa feita no ano passado pela ABTO revelou que metade dos pedidos é negada. Não acredito que falte doador no Brasil. O que falta é doação. Nós temos, inclusive, estudos em que mais de 64% da população se autodeclara doadora. O que acontece é que, muitas vezes, o profissional que vai fazer o comunicado não sabe se colocar, falta com a delicadeza, não compreende que a família está em luto, avalia Paim. E complementa: Com treino, é possível chegar a números semelhantes aos da Espanha, em que a taxa de negativa familiar é de 15% e há casos de médicos que nunca ouviram um não sequer. Como não existe documento que valide a opção do paciente por ser doador, A metade dos pedidos de doação é negada pela família. Para especialista, falta preparo aos profissionais que entram em contato com parentes de possíveis doadores a autorização vem sempre da família. E num momento delicado: a idade média de doadores no Brasil é de 40 anos ou seja, são pessoas jovens, geralmente vítimas de morte súbita. Quando uma família diz não, não é por dogma, por crença religiosa. É porque, simplesmente, o doador não deixou isso claro. Por isso, quando me perguntam como eu faço para ser doador?, respondo: diga isso para a sua família, afirma Pestana, da ABTO. Em alguns casos, é possível doar em vida. Parentes de até quarto grau e cônjuges podem disponibilizar um dos rins, medula óssea e parte do fígado, do pulmão ou do pâncreas. Não parentes só podem ser doadores com autorização judicial. O doador é submetido a uma série de exames para que o procedimento não comprometa sua saúde. futuro No longo prazo, as pesquisas com células-tronco são a grande aposta. Iniciativas de várias partes do mundo buscam viabilizar a criação de órgãos e tecidos em laboratório, diminuindo o risco de rejeição, já que tais células seriam capazes de produzir órgãos geneticamente idênticos. Em 2010, foi inaugurado, em Madri, um laboratório para criação de órgãos bioartificiais com células-tronco. A expectativa é usá-los em transplantes em Um passo importante entre a pesquisa e a aplicação foi dado neste ano, quando cientistas japoneses anunciaram a criação de um fígado humano a partir de células-tronco. No Brasil, as pesquisas deslancharam com a aprovação da Lei de Biossegurança, em SuaSaúde Rede D Or São Luiz

10 viver bem por Noelly Russo Lilyana Vynogradova/Shutterstock conta Pesquisa que acompanhou 120 mil pessoas por até Não põe na 20 anos reforça o que alguns nutricionistas já pregam: contar calorias não é o melhor método para emagrecer 16 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 17

11 A velha máxima de que qualidade é mais importante do que quantidade ganhou comprovação científica. Pelo menos no que diz respeito aos hábitos alimentares. A nova orientação de nutricionistas e grupos especializados em reeducação alimentar é deixar a contagem de calorias em segundo plano e simplesmente eliminar de uma vez da rotina as comidas que não são saudáveis. Essa é uma verdade de que os nutricionistas já suspeitavam. Não adianta nada comer pouco, se o alimento não for nutritivo. Não adianta nada você ingerir calorias de frituras, por exemplo, explica o professor de Nutrição João Felipe Mota, da Universidade Federal de Goiás. Isso não quer dizer que comer em excesso um alimento saudável está liberado, pondera. O maior reforço a essa concepção veio de uma pesquisa publicada no ano passado e realizada por cinco departamentos ligados às áreas de saúde e medicina da Universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos. Trata-se de um acompanhamento dos hábitos de médicos, enfermeiros, dentistas e veterinários por 12 a 20 anos. Com o grande número de participantes e o longo período de monitoramento, foi possível identificar o que mais influencia a perda e sobretudo o ganho de peso. Assim, o estudo lança perspectivas sobre o modo de encarar a obesidade, apontada pela Organização Mundial da Saúde como uma das mais graves epidemias do século 21. Segundo estimativas da OMS, o número de obesos no mundo chegará a 1,5 bilhão em A tendência deve agravar os efeitos a que o excesso de peso está associado, como doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 (adquirido, não o de origem genética) e problemas na coluna e nos ossos. O resultado apontou que, a cada quatro anos, os voluntários ganharam, em média, 1,5 quilo; em 20 anos, os participantes haviam engordado em média 8 quilos. Ninguém engorda 10, 20 quilos de um dia para outro. São pequenos ganhos que se acumulam ao longo dos anos. Por isso dietas restritivas e impossíveis de serem seguidas estão cada vez mais em desuso. É fundamental entender o processo de ganho de peso como uma síndrome e combatê-la como um todo, diz Mota. O estudo de Harvard aponta exatamente isso. Entre as conclusões está a de que, como o ganho de peso é multifacetado, é impossível isolar apenas um dos fatores como principal responsável. Não se deve, por exemplo, atribuí-lo apenas à ingestão de determinada quantidade de calorias por dia. Resultados como esses fizeram com que dietas tradicionais, mundialmente aceitas, alterassem seus métodos. Os Vigilantes do Peso, um dos mais reconhecidos grupos de apoio à reeducação alimentar, é o maior exemplo dessa mudança. Sua estratégia Não adianta nada comer pouco, se o alimento não for nutritivo, explica o professor de Nutrição João Felipe Mota, da Universidade Federal de Goiás tradicional incluía a contagem de calorias na tabela de alimentação, mas atualmente coloca ênfase na qualidade. Considera também a velocidade da metabolização de alimentos e a capacidade metabólica do corpo para digeri-los. Um exemplo é o suco de laranja e a própria fruta. Meio copo de suco vale 3 pontos pelo novo método dos Vigilantes, enquanto uma laranja vale zero. A fruta é rica em fibras, componentes fundamentais para uma boa digestão. O suco tem muito menos quantidade desse nutriente e, por isso, é digerido com mais rapidez e transforma-se logo em açúcar. Fotos Shutterstock Alimentos in natura geralmente são melhores que os processados, que costumam ter grande quantidade de sódio vade-retro, batata frita O alto consumo de frituras, bebidas adoçadas, refrigerantes, salgadinhos de pacote e fast food, aliado à vida sedentária, tem contribuído para a piora do estado de saúde dos brasileiros de todas as idades, reforça a nutricionista Sonia Tucunduva Philippi, professora e pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. São esses os tipos de alimentos condenados pelo estudo norte-americano. A batata frita é a campeã de restrições no levantamento. Sozinha, foi responsável por as pessoas ganharem 1,5 quilo, em média, durante quatro anos. A batata, por si só, vira açúcar rapidamente no organismo; somada ao óleo usado na fritura, torna-se quase uma ogiva calórica. Outros vilões detectados por Harvard foram bebidas adoçadas com açúcar, carne vermelha (com gordura), carne vermelha processada, batatas em geral, doces e sobremesas, frituras, sucos concentrados e manteiga. Laticínios não tiveram impacto no ganho de peso, de acordo com a avaliação. No Brasil não é muito diferente. O brasileiro está comendo de forma inadequada tanto em qualidade como em quantidade, além de ser sedentário, diz Sonia, uma das criadoras de uma versão da pirâmide alimentar adaptada à realidade brasileira e utilizada pelo Ministério da Saúde. Lá, aponta a docente da USP, recomenda-se que todos os grupos de alimentos são importantes e devem ser 18 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 19

12 Feita sob medida Se no dia a dia a alimentação é importante, quando se está doente os cuidados precisam ser redobrados. Por isso, a dieta, fator fundamental para a recuperação, é elaborada sempre de forma personalizada, levando em conta os hábitos alimentares, o estado nutricional e a enfermidade do paciente. A nutricionista Adriana Martins Mesquita, gerente corporativa de Hotelaria da Rede D Or São Luiz, diz que uma dieta hospitalar pode diferir da convencional tanto na composição quanto na consistência (devido a dificuldades de mastigação, deglutição ou digestão). A alteração na consistência é necessária em algumas doenças, após cirurgias ou em alterações fisiológicas próprias da idade, como acontece na alimentação infantil ou para idosos. As mudanças nutricionais estão geralmente ligadas ao controle de patologias. O Hospital São Luiz, de São Paulo, e outras unidades da Rede têm guias com as principais dietas terapêuticas e suas indicações um instrumento para orientar nutricionistas e médicos. Pacientes com doenças de fígado, por exemplo, recebem alimentos com menos gordura. Em qualquer caso, é importante que um nutricionista acompanhe o processo, pois é comum a falta de apetite na internação. A baixa aceitação de comida pode ser prejudicial à recuperação. Muitas vezes é necessária uma suplementação. A orientação se mostra relevante mesmo após o paciente sair do hospital, pois às vezes ele precisa manter uma dieta restrita, completa Adriana. consumidos nas refeições principais todos os dias. Quanto mais colorido o prato, mais diversificada e nutritiva a alimentação. Um levantamento realizado em 2011 pela Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, indicou que praticamente metade dos brasileiros está acima do peso. A proporção de gordinhos e obesos passou de 42,7%, em 2006, para 48,5% no ano passado. Mota, da Federal de Goiás, aponta o aumento no consumo de alimentos processados como uma das causas para as novas circunferências. Muitos deles contêm alta concentração de sódio, usado para conservação, e descartam nutrientes importantes dos alimentos in natura com base nos quais são preparados. O prato típico do brasileiro arroz com feijão, salada e uma proteína era adequado e perfeito para nossa população. Agora, a falta de tempo para preparar os alimentos, a facilidade de encontrar produtos prontos e o preço mais baixo dos alimentos industrializados mudaram isso. além do exercício Apesar de o brasileiro estar mais gordo, o levantamento da Vigitel aponta que estamos nos exercitando um pouquinho mais. Em 2006, 14% dos entrevistados declararam praticar algum tipo de atividade física; no ano passado, o número passou para quase 16%. Os dados da Vigitel sinalizam a mesma conclusão do estudo norte- -americano: a de que, sozinho, o exercício não funciona. Harvard comprovou que quem se exercita e controla a alimentação perde mais peso. Mas as pessoas que praticam atividade física e mantêm no cardápio os vilões da alimentação continuam engordando. Uma rotina equilibrada é a chave para o sucesso, segundo Sonia. As necessidades calóricas são individuais e variam de acordo com sexo, idade, peso, estatura e atividade física, observa. Em qualquer caso, porém, os alimentos regionais in natura devem ser sempre incentivados. Há necessidade de aumentar o consumo de frutas, legumes, verduras e grãos integrais. Não surpreende, portanto, que os alimentos apontados pelo estudo dos Estados Unidos como campeões para a perda de peso sejam exatamente os desses últimos grupos citados pela pesquisadora. De qualquer modo, outra conclusão dos especialistas de Harvard é que não é só a alimentação que leva as pessoas a engordarem. Sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas estão entre os fatores que contribuem para os quilinhos a mais. A privação ou o excesso de sono e o número de horas que se passa assistindo à TV também foram considerados culpados de contribuir com a epidemia de obesidade que se verifica hoje em praticamente todos os países. Para o sono, a recomendação é manter as tradicionais oito horas por dia. Dormir demais ou de menos implica aumentar a predisposição a engordar. Quem dorme pouco produz menos leptina, hormônio responsável pela sensação de saciedade, e mais cortisol, o hormônio do estresse. Essa combinação (menos leptina e mais cortisol) contribui para o aparecimento de gordura corpórea e aumento da fome. Recomendam-se oito horas de sono por dia, seis refeições diárias sendo café da manhã, almoço e jantar, intercaladas por lanches e no mínimo 30 minutos de atividade física diária. As atividades de trabalho devem ser intercaladas por momentos para comer e se exercitar, diz Sonia. Devem ser levados em consideração ainda os fatores emocionais ligados à alimentação. As pessoas comem por prazer e para a manutenção do estado de saúde. Mas situações como alegria, tristeza ou depressão podem desencadear estados compulsivos, aumentando ou diminuindo o consumo A pesquisa mostra que as pessoas que praticam atividade física, mas mantêm o hábito de comer ingredientes pouco saudáveis, continuam engordando alimentar, afirma a professora da USP. Todos devem ficar atentos e aprender a se conhecer para saber o que o corpo está sinalizando, se é fome, compulsão ou carências emocionais. Nesse caso, é fundamental procurar apoio de médico e nutricionista, recomenda Sonia. O excesso de peso pode ser evitado com pequenas mudanças de hábitos. Mota afirma que um dos erros comuns nas dietas tradicionais é achar que o paciente é capaz de suportar alterações drásticas de uma só vez. De nada adianta tentar convencer uma pessoa que toma duas latas de refrigerante por refeição a cortar tudo de uma vez. O ideal é ir aos poucos, sugere o professor da Universidade Federal de Goiás. Assim, numa primeira etapa, ele consegue diminuir o consumo, para depois aprender a comer sem beber nada. Pequenas mudanças têm mais chances de se tornarem permanentes do que as grandes. Essas, ninguém suporta. Uma refeição deve ser prazerosa, não uma tortura, salienta. Aleksandr Stennikov/Shutterstock 20 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 21

13 especial por Manuel Alves Filho Doença da solidão Relações sociais frouxas são tão ruins para a saúde quanto o tabagismo e o abuso do álcool Fekete Tibor/Shutterstock 22 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 23

14 Sempre que assuntos ligados à preservação da saúde e combate às doenças vêm à tona, duas recomendações surgem invariavelmente: adotar uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos. De acordo com pesquisas científicas recentes, uma terceira providência também poderia contribuir para tornar a vida ainda mais longa, saudável e agradável cultivar boas relações sociais. Estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, sugere, por exemplo, que ter uma sólida rede de parentes, amigos e vizinhos pode aumentar as chances de sobrevivência em 50%. Para os especialistas norte-americanos, a solidão pode ser tão prejudicial ao ser humano quanto o tabagismo. As investigações em torno do vínculo das redes sociais com certos níveis de doença e saúde remontam ao clássico estudo sociológico sobre o suicídio conduzido por Émile Durkheim ( ) no final do século 19. Já naquela época, o francês, um dos pais da sociologia moderna, considerava que atentar contra a própria vida não estava associado somente a uma decisão individual, mas também ao enfraquecimento da coesão da sociedade, que se tornava menos solidária. Com o decorrer dos anos, novas pesquisas, feitas principalmente no exterior e a partir dos anos 1980, confirmaram que a presença ou ausência de relações sociais afetava a saúde dos indivíduos. O estudo norte-americano, publicado na prestigiada revista Public Library of Science Medicine, analisou 148 trabalhos sobre o tema, que envolviam participantes. A revisão bibliográfica identificou que viver sozinho é tão arriscado para a saúde quanto fumar 15 cigarros por dia ou abusar de bebidas alcoólicas. Aliás, uma pesquisa sobre hábitos etílicos, conduzida pelo Instituto Finlandês de Um trabalho que avaliou 148 pesquisas sobre o tema detectou que cultivar uma sólida rede de amizades pode aumentar a sobrevida em 50% Saúde Ocupacional, detectou que homens solitários tinham cinco vezes mais chances de morrer de doença do fígado do que os casados ou que moravam com outra pessoa. Entre as mulheres, o risco é 2,4 vezes maior para as solteiras. No Brasil, tais estudos ainda não são tão frequentes, observa a psicóloga Tereza Etsuko da Costa Rosa, pesquisadora do Instituto de Saúde (IS) da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. A tese de doutorado dela, defendida em 2005 na Universidade de São Paulo (USP), é uma das poucas no país sobre o assunto. O trabalho tratou, entre outros aspectos, da influência das redes sociais no estado nutricional de idosos no município de São Paulo. Conforme o estudo, aqueles que mantinham sólidas relações com parentes e amigos apresentavam uma dieta mais adequada. Os mecanismos pelos quais o apoio social influencia a saúde ainda não estão suficientemente esclarecidos, avalia Tereza Rosa. Alguns autores consideram que o apoio social teria um efeito amortecedor. Ou seja, protegeria os indivíduos das consequências patogênicas ligadas a eventos estressantes. Outra corrente, porém, defende que o apoio social tem um efeito direto, independente dos níveis de estresse do indivíduo. Tal hipótese sugere que a proteção se daria através da regulação social de determinados hábitos (consumo de álcool e tabaco, por exemplo) e do fornecimento de informações e recursos materiais, explica. O psicólogo John Cacioppo, diretor do Centro de Neurociência da Universidade de Chicago, vê relação ainda mais direta: em entrevistas, ele tem comentado que a sensação de solidão seria responsável por elevar a quantidade do hormônio do estresse, o cortisol, que aumenta a pressão arterial. forma e papel Mas por que as redes sociais seriam tão importantes? Teresa Rosa observa que a maioria dos autores identifica estruturas e funções específicas nesses laços. Eles abrangem, por exemplo, o papel social que a pessoa desempenha num determinado grupo e a frequência e a intensidade de seus contatos com Para psicólogo da Universidade de Chicago, a sensação de solidão eleva os níveis do hormônio do estresse, que aumenta a pressão arterial Lightpoet/Shutterstock 24 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 25

15 Além de saudável, prazeroso Se manter relações sociais sólidas é benéfico à saúde, ajudar os outros significa mais do que isso: traz uma sensação de prazer semelhante à de comer chocolate ou fazer sexo, indica estudo liderado pelo neurocientista Jorge Moll, pesquisador e presidente do Instituto D Or de Ensino e Pesquisa (Idor), ligado à Rede D Or São Luiz. Para chegar a essa conclusão, sua equipe contou com 19 voluntários no Brasil, na Alemanha, na Grã- -Bretanha e nos Estados Unidos, que receberam o equivalente a US$ 128, em Eles se submeteram a um exame de ressonância magnética enquanto decidiam se ficavam com o dinheiro ou davam parte dele. Todos decidiram contribuir os valores ficaram entre US$ 21 e US$ 80. A ressonância indicou que a doação ativa uma parte do cérebro chamada mesolímbica, relacionada ao sistema de recompensa. Essa região é responsável pela liberação da dopamina, substância que causa sensações de prazer e euforia como ao fazer sexo ou ao comer algo apetitoso. O ser humano é tanto egoísta quanto altruísta por natureza. Temos a capacidade e a tendência para ambos, diz o neurocientista. Situações que envolvem outros em situação muito difícil nos mobilizam, evocam compaixão e altruísmo. Tais respostas já foram estudadas em experimentos, e mostram que áreas cerebrais envolvidas em sensação de satisfação e apego são ativadas em tais contextos, explica. os demais integrantes desse mesmo grupo. As relações sociais podem ser formais ou informais. As relações formais estão relacionadas com o papel desempenhado pelo indivíduo na sociedade, e incluem contatos com médicos, dentistas, professores, advogados etc. As informais, tidas como de maior importância pessoal e afetiva, são compostas pelos vínculos com familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Desse modo, ao medirmos a estrutura da rede social, nós podemos avaliar o nível de isolamento ou integração de uma pessoa, comenta. Já a função das redes compreende dimensões como o apoio social, as relações de tensão e a ancoragem social. Dito de modo simplificado, são os modos pelos quais amigos, parentes e vizinhos fornecem apoio emocional e material, bem como aconselhamentos e oportunidades de integração social através de atividades de lazer, por exemplo. As pesquisas têm evidenciado que o tamanho, a coesão e o tipo de relacionamento presente na rede social de uma pessoa são fatores que influenciam o recebimento dos apoios, reforça a psicóloga. A família, por ser o contexto social mais próximo dos indivíduos, tem grande relevância para a saúde. O estado conjugal também é uma variável importante. A maior longevidade de pessoas casadas quando comparada com a das solteiras tem sido repetidamente evidenciada, destaca Rosa. A pesquisadora do IS observa, ainda, que os estudos têm demonstrado que a prática de atividades solitárias, como ver televisão, ouvir rádio ou ler, está mais associada com o aumento do que com a diminuição da mortalidade. Esse resultado sugere que a mera atividade de diversão não tem efeito na redução do risco de morrer. O efeito benéfico, portanto, parece vir da atividade que envolve algum contato com outras pessoas, diz. de asma a alucinação Os benefícios proporcionados pelas relações interpessoais estão relacionados à própria natureza do homem, que é um ser essencialmente social, como assinala o psiquiatra e psicoterapeuta Fernando Portela Câmara, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. A linguagem, a cultura, o conhecimento e o conceito de pessoa e mundo, além da própria consciência, são processos que emergem da vida social, afirma. Nosso cérebro não funcionaria no nível em que estamos, se não estivéssemos conectados com outras pessoas. A função social é uma propriedade do cérebro. Basta ver que, quando ela é prejudicada, surgem distúrbios como o autismo e o marasmo [depressão grave e letal em crianças abandonadas sem contato humano]. Por isso, argumenta Portela, pessoas solitárias estão mais sujeitas a doenças como depressão e a fenômenos delirantes e alucinatórios. Não é raro que também apresentem dissociações que se manifestam na criação de figuras imaginárias, com as quais mantêm até mesmo relações sexuais igualmente fantasiosas. A asma psicogênica e até mesmo doenças orgânicas como infecções respiratórias, colites [inflamação intestinal] e artrites também podem estar associadas aos indivíduos que vivem de forma solitária, aponta o psiquiatra. As relações sociais são especialmente importantes para os idosos, que precisam de companhias estáveis para trocar experiências e buscar solidariedade Na opinião do especialista, as relações sociais são mais importantes na adolescência e na terceira idade. Os adolescentes são indivíduos em pleno desenvolvimento da afetividade e da sexualidade e, assim, precisam do contato com seus pares e do comportamento tribal para concluir sua maturação, diz Portela. O jovem necessita ritualizar o comportamento em grupo, incorporando sensações de contato e ativando circuitos neuro-hormonais. É um imperativo psicobiológico, detalha. Já os idosos sentem necessidade de companhias estáveis para dividir seus temores, trocar experiências, estimular o raciocínio, buscar solidariedade e também angariar ajuda material, quando necessário. Àqueles que têm círculos sociais muito restritos, Portela recomenda uma mudança de comportamento. Essas pessoas devem participar, pelo menos uma vez por semana, de atividades nas quais possam se reunir com parentes, amigos ou conhecidos, para colocar a conversa em dia, assistir a partidas de futebol, promover churrasco etc. Participar de ações comunitárias ou sociais, seja da igreja ou da associação de bairro, assim como realizar algum trabalho voluntário, também são práticas recomendáveis, aconselha o psiquiatra. Questionado sobre se considera que o crescimento das relações virtuais, intermediadas por tecnologias como o computador e o telefone celular, pode representar um empecilho ao estreitamento do contato presencial entre as pessoas, Portela responde que não. As relações sociais e familiares evoluem com a sociedade. No passado, o artesão vivia com sua família nos fundos da loja. Todos estavam sempre juntos. Depois, veio a sociedade industrial, na qual os pais saíam de casa para trabalhar. Agora, os pais ficam em casa trabalhando pela internet, mas também permanecem conectados à família. Não há mudança substancial, sustenta. Kristo-Gothard Hunor/Shutterstock 26 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 27

16 primeiros cuidados por Cláudia Zucare Boscoli O parto é dela, a tristeza é dele Antes só estudada em mulheres, a depressão pós-parto acomete um em cada dez homens que ganham filhos, segundo estudo da Associação Médica dos Estados Unidos Pojoslaw/Shutterstock 28 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 29

17 D esânimo, tristeza, sentimento de inutilidade, alterações de sono e apetite. Se tais sintomas se juntam à existência, em casa, de um bebê de poucos meses de vida, o diagnóstico aponta para depressão pós-parto afinal, o nascimento da criança produz reviravoltas hormonais na mãe. A grande novidade sobre o tema é que a medicina e a psicologia já estudam tal patologia também nos homens. Se hoje a sociedade comemora o maior envolvimento deles com os filhos desde a gestação, tal avanço no relacionamento familiar tem desdobramentos psíquicos até então só experimentados por mulheres. Antigamente, ninguém se preocupava em observar o papel do pai e sua participação no pós-parto. Acredito que não apenas o diagnóstico é novo, mas a própria patologia é nova, pois remete a uma maior implicação do psiquismo paterno com o nascimento do bebê e o puerpério [período de cerca de 40 dias após o parto], analisa a professora Milena da Rosa Silva, do Departamento de Psicanálise e Psicopatologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). A obstetra Bia Porto, do Hospital Assunção, instituição da Rede D Or São Luiz em São Bernardo do Campo (SP), concorda: A depressão pós-parto feminina já é estabelecida, e o homem nunca havia sido o foco. Só agora eles passam a pedir ajuda nesse sentido. O sofrimento é maior entre o terceiro e o sexto mês após o parto, quando o corre-corre inicial já terminou e o pai se questiona sobre como ajudar a casa, a esposa e o filho Alguém que ganha um filho precisa colocar seu narcisismo em segundo plano. Isso pode gerar transtornos de ansiedade, compulsões e depressão pós-parto, entre outros problemas, complementa Milena. A depressão pós-parto masculina acomete um em cada dez pais de recém-nascidos no mundo todo, de acordo com publicação recente do The Journal of American Medical Association, uma das mais importantes do mundo na área da Medicina. O ápice da depressão ocorre geralmente entre o terceiro e o sexto mês após o parto, quando a incidência sobe para 25% ou seja, um em cada quatro pais apresenta a doença. Esse período, justifica o estudo, é justamente aquele em que termina o corre- -corre inicial com a chegada do bebê e o homem começa a se questionar sobre vida nova Culturalmente, a chegada de um filho é repleta de expectativas positivas. Na prática, porém, é um período de profundas modificações no equilíbrio do lar o que é natural e necessário, de acordo com os especialistas. Quando nasce um bebê, principalmente o primeiro filho, parece que tudo é festa. Mas a vida do casal se transforma radicalmente. O bebê requer toda a atenção, principalmente da mãe, que é a responsável pela amamentação durante o dia e a noite. É natural que o pai se sinta excluído e não consiga saber onde se encaixa, avalia Bia Porto. Jodi Baglien Sparkes/Shutterstock 30 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 31

18 Yanik Chauvin/Shutterstock como prover a casa, como ajudar a esposa e como ter uma participação ativa na criação do filho, apesar das demandas do trabalho. Muitos também não conseguem aceitar bem as mudanças da mulher em relação à sexualidade, provenientes das variações hormonais. Já no caso das mães (grupo em que 15% são diagnosticadas com depressão pós-parto), as razões da patologia costumam estar mais associadas a alterações hormonais, condição psíquica, gestação múltipla (situação em que há maior exigência do casal), fertilidade assistida e bebês com problemas de saúde. Vale ressaltar que, logo após o nascimento da criança, cerca de 60% das mães sofrem do chamado baby blues, um forte estado melancólico decorrente unicamente da queda do estrogênio e que é passageiro. Quando a mãe fica deprimida, o risco de isso ocorrer também com o pai duplica. É mais provável que o pai desenvolva depressão pós-parto se a mãe tem, observa a professora da Federal do Rio Grande do Sul. Ela tem duas hipóteses para isso. Uma é que a depressão em um cônjuge torna a relação mais difícil, o que acarreta sofrimento ao outro. A outra é que, geralmente, os casais são compostos por pessoas com os mesmos traços de personalidade, ou seja, com características e fragilidades semelhantes, diz Milena. Quando a mãe fica deprimida, o risco de isso ocorrer também com o pai duplica. A depressão de um cônjuge tende a fazer com que o outro também sofra mais diagnóstico Por conta da pressão social, muitos pacientes relutam em admitir que precisem de ajuda. Isso dificulta o diagnóstico precoce e, em consequência, o tratamento do problema. Com o agravante de que a depressão pós-parto não afeta apenas o pai, a mãe ou ambos: tem reflexos também na saúde mental da criança (quando acomete homens, em geral tem um impacto ainda maior sobre bebês do sexo masculino). O diagnóstico é sempre mais simples se o paciente já tem histórico de depressão. Mas, além dos sintomas típicos da doença, há outros alertas mais sutis que não podem ser deixados de lado. O paciente tende a, por exemplo, trabalhar demais ou fazer atividades com a finalidade inconsciente de escapar da vida doméstica (como assistir a televisão ou praticar esporte em excesso), abusar de bebidas alcoólicas ou medicamentos, ferir-se ou sofrer acidentes com frequência ou apresentar atitudes hostis, descontroladas ou impulsivas (um caso extraconjugal ou o abandono familiar justamente no pós-parto). Nos homens, são mais frequentes a irritabilidade, a ansiedade evidenciada por inquietude motora, e a agressividade. É muito comum também o uso de bebida alcoólica, diz a psicóloga Luciana de Ávila Quevedo, da Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Há também fatores de risco que podem predispor à depressão pós-parto, como presença de sintomas depressivos durante a gestação, problemas de infertilidade, dificuldades na gravidez, perda de pessoas queridas, perda de um filho anterior, bebê com anomalias, desarmonia conjugal e matrimônio firmado em decorrência da gravidez. Mas não apenas pais, mães e familiares devem ficar atentos aos sintomas da doença. O obstetra Pedro Ferreira Awada, do Hospital Brasil, instituição O tratamento combina psicologia e psiquiatria, tanto para os homens quanto para as mulheres. Em alguns casos, é necessário tomar medicamentos de Santo André (SP) associada à Rede D Or São Luiz, chama a atenção para o despreparo da própria classe médica para detectar a depressão pós-parto, seja em mulheres ou homens. Não é um tema novo para o médico, mas é um tema complicado. Até porque o ensino médico ocorre no serviço público, e o retorno da paciente não ocorre sempre com o mesmo profissional. Ou seja, não se cria um vínculo, afirma. É preciso ter uma relação médico-paciente muito boa com o casal, não só com a mulher, reitera Bia Porto, do Hospital Assunção. O obstetra deve perceber se a dinâmica do casal é problemática, se o pai é ausente. É importante perguntar se está tudo bem e fazer o encaminhamento correto para psicólogos, recomenda. tratamento O tratamento da depressão pós-parto, tanto em homens quanto em mulheres, combina psicologia e psiquiatria. O psiquiatra pode entrar com a medicação, caso seja necessário, e o psicólogo com a dinâmica psíquica que desencadeou a depressão. Caso contrário, como se vê com muita frequência, o paciente pode passar anos tomando medicação antidepressiva sem ter a menor ideia do que causou o humor depressivo, alerta a psicanalista Vera Iaconelli, do Instituto Sedes Sapientiae e do Instituto Gerar de Psicologia Perinatal. Dentro de casa, o apoio ao tratamento deve ser dado por meio de compreensão e apoio às atividades do dia a dia. O casal precisa se ajudar nos cuidados com a casa e com o bebê, mas sem exigências de posturas idealizadas. Principalmente as mulheres devem deixar as coisas fluírem porque, nos homens, a ficha demora mesmo a cair, aconselha Pedro Awada. 32 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 33

19 planeta saudável por Chico Spagnolo Fotos Shutterstock Do lixo às prateleiras Os números de reciclagem do Brasil são até bons, mas ainda há muito que melhorar. Veja como você pode ajudar nisso apenas descartando os detritos de maneira correta 34 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 35

20 Fotos Shutterstock As mudanças climáticas são frequentemente associadas a picos nevados derretendo, ondas enormes no oceano, secas em rincões africanos ou nordestinos. Nada, portanto, muito ligado aos moradores das grandes cidades. Essa é uma visão equivocada, que não considera que o desenvolvimento sustentável é um processo que envolve diversas etapas. Uma delas é a reciclagem, cuja importância já foi percebida pelo Brasil. Prova disso são os números divulgados neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apurou as porcentagens de material reaproveitado no país. O grande destaque fica por conta das latinhas de alumínio (98,2%), mas as proporções para latas de aço, vidro e papel giram em torno de 50%, de acordo com os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Apesar das cifras, há muito que fazer. Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que, em 2011, mais de 23 milhões de toneladas de lixo seguiram para locais inapropriados e outras 6,4 milhões sequer foram coletadas. Segundo o diretor executivo da associação, Carlos Silva Filho, essas quantidades seriam capazes de encher, respectivamente, 56 piscinas olímpicas por dia ao longo de um ano e 45 estádios do Maracanã. Há vários motivos para esse desperdício. Um deles é que a reciclagem, no Brasil, tem sido carregada nas costas (muitas vezes literalmente) pelos catadores são eles os principais responsáveis pelo lado positivo dos indicadores reunidos pelo IBGE. A maioria do material que se recicla no Brasil chega às cooperativas mais pelas mãos de catadores de lixo do que pela coleta seletiva, afirma o coordenador de Conteúdo do Instituto Akatu, Estanislau Maria. Atualmente, já temos mais de 800 mil pessoas nessa função, escolhida puramente por necessidade, comenta. O papel deles é especialmente relevante no reaproveitamento das latinhas de alumínio, que, deixadas ao deus-dará, podem levar até 100 anos para se decompor. É muito mais fácil transformá-las novamente em um recipiente do que pegar a bauxita, purificá-la, produzir a barra de alumínio e, então, fechar a etapa produzindo a lata, processo que gasta 20 vezes mais energia quando comparado com o da que é recolhida, compara Estanislau Maria. É preciso, no entanto, que o material chegue até os catadores e é aqui que você entra. Embora reduzir o consumo e o desperdício Números divulgados este ano pelo IBGE mostram que o Brasil recicla quase todo seu alumínio (98%) e cerca da metade do aço, do vidro e do papel que consome seja ainda mais importante, separar o lixo é fundamental. E mais fácil do que se pensa. Muitos reclamam que precisam comprar diversas lixeiras e separar cada um dos materiais. Outra desculpa é o espaço para instalar essa coleta em casa e o tempo que se gasta para a triagem. Na verdade, o cidadão só precisa de dois lixos: um para o material orgânico e o outro para o reciclável, já que são as cooperativas que fazem a separação, explica o coordenador do Akatu. O próximo passo é saber o que pode e o que não pode ser reciclado. Veja os itens principais. A maior parte do material reaproveitado no Brasil chega às cooperativas por meio dos catadores. A coleta seletiva ainda representa pouco da reciclagem no país plástico Como regra, é reciclável e não precisa separar por tipo. Para se ter ideia, a garrafa PET tem três tipos de plástico: um para a tampa, outro para a embalagem e outro para o rótulo. Todos são recicláveis, mas é impensável que alguém, em casa, faça essa divisão, diz Estanislau Maria. As cooperativas é que farão isso. Vale lembrar que o Brasil é o segundo maior coletor de plástico (reaproveita 54%), que pode ficar até 200 anos na natureza. isopor O isopor tem plástico em sua composição portanto, também é reciclável. Mas questões econômicas travam sua coleta: é um material leve e que ocupa muito espaço os catadores teriam de juntar uma grande quantidade para conseguir algum dinheiro. Por isso, o melhor é separá-lo em casa e encaminhá- -lo diretamente a um posto de coleta, sugere o representante do Akatu. A localização de tais pontos pode ser obtida no portal do Compromisso Empresarial Para a Reciclagem ( br) ou no site Rota da Reciclagem ( br). Este tem inclusive um aplicativo para iphone, disponível na loja virtual da Apple, que indica os locais de coleta. embalagens Em geral, são de papelão, plástico ou vidro, todos recicláveis. Mas precisam estar limpas. Se a caixa de pizza, por exemplo, estiver suja, com restos de alimentos, é considerada lixo sujo, ou seja, não é reciclável. Isso também funciona para o guardanapo e o papel higiênico, diz Estanislau Maria. Aconselho a passar uma água nas embalagens, até mesmo com um pouco de sabão. Produtos que chegam às cooperativas sujos não são encaminhados para a reciclagem. papel Ainda há alguma polêmica sobre o reaproveitamento desse item. Não há um 36 SuaSaúde Rede D Or São Luiz SuaSaúde Rede D Or São Luiz 37

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