JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ADMINISTRATIVA
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- Roberto Garrau Neves
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1 INFORMAÇÃO N.º 146 Período de 11 a 17 de outubro de 2013 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO INSTALAÇÃO, EXPLORAÇÃO E ALTERAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS Portaria n.º 302/2013, de 16 de outubro de 2013 RESUMO: Identifica os requisitos formais do formulário e os elementos instrutórios que devem acompanhar os procedimentos de autorização prévia, de comunicação prévia com prazo e de mera comunicação respeitantes à instalação, exploração e alteração de estabelecimentos industriais; REGULAMENTAÇÃO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL DE SEGURANÇA SOCIAL Decreto Regulamentar n.º 6/2013, de 15 de outubro de 2013 Procede à terceira alteração do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de janeiro, que regulamenta o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ADMINISTRATIVA A FISCAL LIVRE CIRCULAÇÃO DE CAPITAIS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS JUROS PAGOS POR UMA SOCIEDADE RESIDENTE EM REMUNERAÇÃO DO MÚTUO CONCEDIDO POR UMA SOCIEDADE COM SEDE NUM PAÍS TERCEIRO EXISTÊNCIA DE RELAÇÕES ESPECIAIS ENTRE ESTAS SOCIEDADES REGIME DE SUBCAPITALIZAÇÃO NÃO DEDUTIBILIDADE DOS JUROS SUPORTADOS RELATIVAMENTE À PARTE DO ENDIVIDAMENTO CONSIDERADA EM EXCESSO DEDUTIBILIDADE EM CASO DE JUROS PAGOS A UMA SOCIEDADE RESIDENTE NO TERRITÓRIO NACIONAL FRAUDE E EVASÃO FISCAIS EXPEDIENTES PURAMENTE ARTIFICIAIS REQUISITOS DE PLENA CONCORRÊNCIA PROPORCIONALIDADE
2 Tratado de Funcionamento da União Europeia - Tribunal de Justiça da União Europeia - Acórdão de 3 de outubro de RESUMO: O artigo 56. CE deve ser interpretado no sentido de que se opõe a uma legislação de um Estado-membro que, para efeitos da determinação do lucro tributável, não permite deduzir como custo os juros suportados relativamente à parte do endividamento qualificada de excessiva, pagos por uma sociedade residente a uma sociedade mutuante com sede num país terceiro, com a qual mantenha relações especiais, mas permite a dedução desses juros pagos a uma sociedade mutuante residente, com a qual a sociedade mutuária mantenha esse tipo de relações, quando esta legislação presume que qualquer endividamento tem a natureza de um expediente cujo objetivo é eludir o imposto normalmente devido ou quando a referida legislação não permite determinar previamente e com precisão suficiente o seu âmbito de aplicação. SERVIÇOS PRESTADOS CONEXOS COM A FRUIÇÃO DO IMÓVEL - CONTRATO DE CEDÊNCIA DE ESPAÇO - CONTRATO INOMINADO OU ATÍPICO Código do IVA e RITI Informação Vinculativa, Processo: nº 2783 RESUMO: O contrato de cedência de espaço com opção de compra subsume-se no conceito de contrato inominado ou atípico. As receitas provenientes dos serviços constantes do contrato consubstanciam a contrapartida de uma prestação de serviços e não a contrapartida pela locação de um bem imóvel e, por conseguinte, são operações fora do campo da isenção do nº 29º do artigo 9º do CIVA. Tais serviços e operações estão sujeitas a imposto e dele não isentas, nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 1º, sendo tributadas à taxa normal, de harmonia com o estabelecido na alínea c) do nº 1 do artigo 18º, ambos do CIVA. FACTO GERADOR DO IMPOSTO E SUA EXIGIBILIDADE EXERCÍCIO DO DIREITO À DEDUÇÃO E PRAZO PARA O MESMO Código do IVA e RITI Informação Vinculativa, Processo: nº 3335 RESUMO: O pedido de informação vinculativa prende-se com o exercício do direito à dedução do imposto, nomeadamente com o prazo para exercer esse direito face às regras do facto gerador e da exigibilidade de imposto não liquidado, por se ter considerado determinadas operações como isentas de IVA. Atendendo ao tempo que decorreu entre as primeiras faturas emitidas (isentas de imposto) e a respetiva retificação (avisos de lançamento com a liquidação de IVA), pretende a requerente ser informada sobre a partir de que momento ocorre a exigibilidade do imposto, e qual o prazo para a dedução do imposto, por parte da empresa adquirente. Em resposta a AT esclareceu que a exigibilidade do imposto ocorre na data da emissão das faturas. De facto, e não obstante não ter procedido, aquando da emissão das faturas, à respetiva liquidação do imposto, o mesmo é devido naquela data. Se é um facto que o adquirente não exerceu o direito à dedução do imposto, dado que nos documentos que possuía não constava a liquidação do mesmo, a partir do momento em que teve na sua posse documentos que legitimaram tal exercício ("avisos de lançamento"), podia tê-lo feito desde que verificados os condicionalismos estabelecidos nos artigos 19.º e 20.º do CIVA, até ao termo do prazo de quatro anos previsto no n.º 2 do artigo 98.º do CIVA, contado a partir do momento em que o imposto se tornou exigível na esfera do fornecedor dos bens/prestador dos serviços.
3 B CIVIL LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ PESSOAS COLETIVAS CPC - Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 26 de setembro de 2013 RESUMO: O artº 544º, do novo CPC, passou a admitir a possibilidade de condenação, como litigantes de má fé, as pessoas coletivas e sociedades e eliminou a responsabilização do representante que estivesse de má fé na causa. Tal norma é de aplicação imediata, pelo que, apreciando-se em recurso uma tal condenação, esta não pode subsistir. Tendo o tribunal de 1ª instância, na sentença, condenado a própria sociedade e tendo a Relação, em recurso, absolvido, com o fundamento de que a responsabilidade é do representante, não podia o tribunal a quo proferir, ex officio, nova decisão baseada naquele entendimento, uma vez que estava esgotado o seu poder jurisdicional C LABORAL RETRIBUIÇÕES INTERCALARES - ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA CPC Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 23 de setembro de 2013 RESUMO: O recurso a ação judicial com fundamento no enriquecimento sem causa, atenta a natureza subsidiária deste instituto, apenas poderá ter lugar se as normas diretamente reportadas ao litígio não forem suscetíveis de garantir a tutela da situação em concreto. Assim, tendo a questão do direito às retribuições intercalares decorrentes da ilicitude do despedimento sido objeto de ação declarativa própria (qual seja a que declarou a ilicitude do despedimento), e à qual se seguiu a correspondente execução, apenas no âmbito de tais ações deveria e poderia ter sido invocado e apreciado qualquer facto eventualmente impeditivo ou extintivo do direito do trabalhador a essas retribuições; não tendo ele sido invocado, precludida ficou a possibilidade do seu conhecimento, não podendo o empregador, posteriormente, socorrer-se de ação em que pretende fazer valer esse facto com fundamento no enriquecimento sem causa.
4 NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL O Conselho de Ministros aprovou: i) a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2014, documento que será agora entregue na Assembleia da República; ii) as Grandes Opções do Plano para 2014, tendo sido já consideradas as observações constantes do parecer do Conselho Económico e Social; iii) uma proposta de retificação do Orçamento do Estado para 2013, de forma a respeitar os nossos compromissos como Estado membro da zona euro; iv) a proposta de lei que concretiza a reforma do IRC; O Conselho de Ministros aprovou ainda: v) uma proposta de lei que altera a lei de bases gerais do sistema de segurança social, introduzindo a possibilidade da idade normal de acesso à pensão de velhice ser ajustada de acordo com a evolução dos índices da esperança média de vida; vi) uma proposta de lei que estabelece medidas de reforço da solidez financeira das instituições de crédito no âmbito da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira e da disponibilização de liquidez nos mercados financeiros. Recordamos que decorre durante este mês o prazo para pagamento da segunda prestação do pagamento especial por conta de IRC de entidades residentes que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e não residentes com estabelecimento estável, com período de tributação coincidente com o ano civil. Pelo Aviso n.º 94/2013, de 11 de outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros torna público que foram cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e a República da Guiné-Bissau para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Prevenir a Evasão Fiscal.
5 DIREITO ANGOLANO IMPOSTO DE CONSUMO Decreto Executivo n.º 333/13, de 8 de outubro RESUMO: Estabelece regras especiais de liquidação e pagamento do Imposto de Consumo no âmbito da prestação de serviços a companhias petrolíferas; ESTATUTO DOS GRANDES CONTRIBUINTES Decreto-Presidencial nº 147/13 de 1 de outubro RESUMO: Regula os critérios para a classificação dos Grandes Contribuintes, os seus direitos e obrigações, e os respetivos regimes especiais, tais como o Regime de Tributação de Grupos de Sociedades e o Regime de Preços de Transferência; REGIME JURÍDICO DAS FATURAS E DOCUMENTOS EQUIVALENTES Decreto-Presidencial n.º 149/13 de 1 de outubro RESUMO: Regula os requisitos para a emissão, conservação e arquivamento das faturas e documentos equivalentes pelos contribuintes no exercício da sua atividade comercial e industrial. Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.
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