QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: A FUNCIONALIDADE DO TERMO

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1 1 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: A FUNCIONALIDADE DO TERMO Andréia Farina de Faria Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho /Campus Araraquara andreiaffaria@hotmail.com A reestruturação produtiva representa para os trabalhadores mudanças intensas em suas formas de organização, qualificação, sociabilidade e estabilidade no mundo do trabalho. Isso porque trata se de uma estratégia capitalista para o enfrentamento de sua crise estrutural, que nas suas mutações demanda um novo tipo de trabalhador, que seja formatado às novas exigências do capital. A superficialidade do discurso sobre o esgotamento da organização taylorista/fordista e das insuficiências tecnológicas (consideradas obsoletas) como estopim da reestruturação na verdade camuflam de forma falaciosa a necessidade do constante rearranjo de forças da contradição entre trabalhadores e capitalistas. A respeito das principais transformações registradas criticamente por pesquisadores da área, este trabalho se propõe a tratar de alguns eixos que fomentam a discussão a cerca da qualificação profissional no contexto da reestruturação. No que concerne ao porque das novas exigências de qualificação e formação profissional convém falar em hegemonia nos sentidos políticos e ideológicos como propõe a análise de Gramsci sobre as formas de dominação e/ou subalternização de classe. Quanto ao modelo de qualificação profissional pretende se evidenciar seus limites e a funcionalidade da apropriação ideológica do termo. Em termos práticos, os governos neoliberais no Brasil (desde 1989 até os dias atuais) fizeram consolidar como verdades do senso comum a condenação do Estado e das empresas públicas como espaço do desperdício, do burocratismo e dos privilégios. Em contrapartida fez se a apologia do mercado e da empresa privada, ganhando força os espaços da eficiência e da iniciativa inovadora e progressista (BOITO, 1996). Ao funcionalismo público, perante o camuflado sucateamento de alguns serviços do Estado, resta a culpa da falência e ineficiência nos serviços prestados, servindo como

2 2 justificativa e origem da conseqüente privatização dos mesmos, sobressaindo o projeto hegemônico do capital frente à sociedade de classes. Isso porque as propostas políticas que compõem tais ideais legitimaram se em importantes setores populares. Ainda de acordo com Boito (1996), o tripé da plataforma política neoliberal, composto pelo aprofundamento da abertura da economia nacional ao capital imperialista, pela privatização de empresas e serviços públicos e pela desregulamentação das relações de trabalho obteve aceitação junto a grande parte da população. Não arbitrariamente, o novo modelo de serviços e de trabalhador que o Estado adota é um transplante direto da lógica de organização empresarial. Dias (1996) ressalta que um dos principais elementos de subordinação do pensamento e das práticas das classes subalternas, no sentido gramsciano, é precisamente a brutal dificuldade de elas elaborarem a sua própria identidade. O seu saber/pensamento é construído, errática e fragmentariamente, a partir da sua inserção subordinada na estrutura social. Em outros termos, a capacidade de construir uma hegemonia decorre da posssibilidade que uma classe fundamental (subalterna ou dominante) tenha de elaborar sua visão de mundo. Trazendo para o contexto atual, isso quer dizer que tanto a avaliação disseminada erroneamente do despreparo/ desqualificação do funcionalismo público quanto à noção de qualificação por competência são passíveis de manipulação ideológica, pela forma fragmentaria que o trabalho é desempenhado e exteriorizado socialmente. Remete em última instância a apropriação das necessidades individuais e genéricas, potencializando o conflito indivíduo/ sociedade (LESSA, 2007). Da mesma forma, Dias (1996) questiona a validade na crença da existência de um saber e de uma técnica neutros, válidos para todas as classes, ou a crença em uma ciência autônoma em relação à política. A conseqüência dessa crença está na retirada tanto do discurso quanto da prática do papel das classes e a transferência da luta para o campo da racionalidade abstrata. Não obstante, a racionalidade capitalista ao revolucionar se exige novas formas de qualificar o anterior, atribuindo incompatibilidade aos processos vigentes. Assim, às formas de expropriação dos proletariados também revolucionasse permanentemente como condição de reprodução do sistema, diminuindo as condições de liberdade real das classes subalternas. O avanço tecnológico torna cada vez mais freqüente as transformações na formação e na qualificação do trabalhador, estreitando se com as novas demandas ocupacionais. De acordo com Souza (2008), no concerne à educação, trata se de mais

3 3 uma contradição inerente ao processo de valorização do capital. No entanto, a questão da formação é bem estabelecida, ou seja, cônscia dos riscos políticos e ideológicos dessa contradição, a classe dominante busca limitar o processo de formação/qualificação profissional e social do trabalhador coletivo (SOUZA, 2008, p.319). Assim: Seu objetivo é limitar o acesso ao conhecimento técnicocientífico a um seleto contingente da força de trabalho, enquanto a grande maioria é atendida por um tipo de qualificação profissional fragmentada, em caráter de treinamento (SOUZA, 2008, p.319 e 320). No contexto neoliberal de regulação social e do regime de acumulação toyotista, as ações burguesas conseguem em certa medida conformar o contingente de trabalhadores por qual passa o cotidiano das empresas. Isso porque o campo da política de formação/qualificação promove sentimentos de contemplação das demandas individuais. Nesse ponto os objetivos capitalistas se evidenciam, pois se trata de um discurso liberal mobilizador, porém de educação para o desemprego, ou seja, em torno de um setor que tende a empregar cada vez menos o contingente preparado segundo seus requisitos. Ao mesmo tempo, o Estado transfere cada vez mais para o indivíduo a responsabilidade pelo investimento em educação. Já na década de 1980, a conjuntura político econômica era terreno fértil tanto para a retração estatal quanto para a difusão do modelo de qualificação segundo a noção de competência. De acordo com Hirata (1994), esta representa uma noção oriunda do discurso empresarial nos anos 80 e que foi retomada em seguida por economistas na França. É, na visão da autora, uma noção marcada política e ideologicamente, da qual está ausente a idéia de relação social (HIRATA, 1994, p.132) que define o conceito de qualificação para alguns autores (D. KERGOAT, 1982; M. FREYSSENET, 1977, 1992, apud HIRATA, 1994). O modelo de competência põe, no lugar da relação definida pela qualificação, uma outra, que é marcada pela imprecisão, fluidez, indefinição e instabilidade, na qual o saber, a posse do conhecimento do ofício, tende a ser colocado em segundo plano, elevando se ao primeiro um conjunto de capacidades gerais e mal definidas que tendem a crescer com a aceleração das valorizações da organização e das atribuições de cargos (HIRATA, 1994). De maneira precisa Antunes (1999) analisa que o trabalho multifuncional, polivalente, qualificado, combinado com uma estrutura mais horizontalizada e integrada

4 4 entre diversas empresas, incluindo as empresas terceirizadas, tem como finalidade a redução do tempo de trabalho. Nesse sentido o tipo de qualificação oferecida pelas próprias empresas objetivam assegurar a confiança dos trabalhadores. Tem se assim, nas palavras do autor: Um processo de organização do trabalho cuja finalidade essencial, real, é a intensificação das condições de exploração da força de trabalho, reduzindo muito ou eliminando tanto o trabalho improdutivo, que não cria valor, quanto suas formas assemelhadas, especialmente nas atividades de manutenção, acompanhamento, e inspeção de qualidade, funções que passaram a ser diretamente incorporadas ao trabalho produtivo (ANTUNES, 1999, p.53). Levando em consideração esses aspectos, a questão da qualificação é posta por Braverman (1977) de forma decrescente quando relacionada à incorporação de uma quantidade maior de conhecimento científico ao processo de trabalho e a extrema separação entre concepção e execução do trabalho. Discute se dessa forma se o conteúdo científico e educado do trabalho tende para a mediana ou, pelo contrário, para a sua polarização. Dessa forma o autor argumenta que, quanto mais a ciência é incorporada no processo de trabalho, tanto menos o trabalhador compreende o processo; quanto mais um complicado produto intelectual se torna máquina, tanto menos controle e compreensão da máquina tem o trabalhador. Em outras palavras, quanto mais o trabalhador precisa de saber a fim de continuar sendo um ser humano no trabalho, menos ele ou ela conhece (BRAVERMAN, 1977, p.360). É certo que o próprio avanço tecnológico obriga os indivíduos a dominar os símbolos que as inovações utilizam, mas o convívio com essas inovações não permite aos que delas necessitam apropriar se dos modos como funcionam. Aprender a utilizar o computador no trabalho, por exemplo, não significa que o indivíduo seja melhor qualificado, mas que apenas está atualizado no domínio de uma nova ferramenta, tanto quanto pode atualizar se no uso do microondas em substituição ao forno convencional em casa. Esse exemplo traduz a apropriação da noção de qualificação pelo capital cujo é disseminada a parte mais precarizada da classe que vive do trabalho (ANTUNES, 1999), ou seja, o incentivo ao manuseio de ferramentas que pluralizam tarefas e reduzem força de trabalho, passando longe do domínio das capacidades criadoras da técnica e da ciência. Também podemos associar essa apropriação ao fenômeno da

5 5 desvalorização da força de trabalho no mercado e da crescente presença dos discursos de empregabilidade e reciclagem do trabalhador. A nova concepção de empregabilidade vem definindo se como resultante do esforço individual e fundada na "flexibilidade" enquanto capacidade para adequar se a mudanças, mesmo quando significam perda de direitos e qualidade de vida, como por exemplo ocorre com a intensificação do trabalho. A desvalorização da força de trabalho ocorre pela crescente cobrança de cursos extras que rebaixam os trabalhadores que não preenchem todos os requisitos ao mesmo tempo que o grande contingente preparado é nivelado e desvalorizado pelo capital devido a grande quantidade ofertada no mercado. No mais, a própria forma como o capitalismo se estrutura não justificaria a existência de postos de trabalhos para todos, uma vez que o exército industrial de reserva cumpre a função de baratear a força de trabalho e impedir que o trabalho se contraponha de forma mais organizada ao capital. Além disso, a reestruturação curricular no Brasil, mais precisamente durante a ditadura militar, revela o caráter produtivista da educação em consonância os objetivos de modernização da economia. Não restam dúvidas que o objetivo do capital é a sua expansão, apropriando se majoritariamente das instituições que atingem as camadas mais pobres da sociedade, por exemplo, a escola. Tal fato justifica ainda o interesse pela extrema mercantilização da educação e disseminação de um caráter meritocrático, cujo é vendido para a classe trabalhadora como garantida de inserção no mercado de trabalho. Como ressalta Souza (2008), a educação da classe trabalhadora no mundo contemporâneo deve ser concebida a partir de dois aspectos fundamentais: a preparação para o trabalho em seu sentido lato e a preparação em seu sentido estrito. O autor explica que o primeiro diz respeito à socialização da capacidade de produção do conhecimento minimamente necessário ao nível de racionalização do trabalho na indústria, ou seja, as ações educativas da sociedade capitalista contemporânea que têm em vista a conformação técnica, política e cultural da força de trabalho, identificando se diretamente com a escolarização. Quanto ao sentido estrito, a aprendizagem concentra se na formação destinada a permanente qualificação e atualização técnico política e cultural da força de trabalho escolarizada, depois de inseridas aos sistemas produtivos. Nesse sentido, a formação para o trabalho se identifica com o ensino técnico profissionalizante, ou seja, educação profissional (SOUZA, 2008, p.325).

6 6 Buscando a sólida construção de uma perspectiva de conformação psicofísica das massas trabalhadoras, o capital se empenha em consolidar uma nova cultura do trabalho e sua determinação na formação estrita do trabalhador, ou seja, na qualificação profissional. Todos esses fenômenos não deixam de ser decorrentes da naturalização das condições econômicas alcançada mediante a institucionalização de uma ordem única burguesa que oculta a dominação política hegemônica. O empecilho maior é a dificuldade dos setores mais explorados pelo capital conhecerem as origens do processo que vivenciam. Assim, a ideologia neoliberal consegue transferir para a esfera da individualidade as desigualdades originadas pelo capital, ocultando as posições políticas que representam os interesses dos capitalistas e das potências econômicas. Isso também se reflete nas transformações dos paradigmas de produção, nos quais a reestruturação é tratada como processo inevitável, fruto do progresso científico que consagra a revolução microeletrônica e estabelece as novas exigências de formação do trabalhador. Novamente, a qualificação no contexto das novas formas de organização e gestão do trabalho, influenciadas pelo toyotismo em maior ou menor escala, passa a ser relacionada ao conceito de competência. Este supõe o domínio do conhecimento científico tecnológico e sócio histórico em face da complexificação dos processos de trabalho, com impactos nas formas de vida social. A tendência dos processos mediados pela microeletrônica (em face de sua complexidade) supõe uma relação do trabalhador com o conhecimento materializado nas máquinas e equipamentos, demandando o desenvolvimento de capacidades cognitivas complexas, em particular, as relativas a todas as formas de comunicação, ao domínio de diferentes linguagens e ao desenvolvimento do raciocínio lógico formal. Estas competências só podem ser desenvolvidas através de relações sistematizadas com o conhecimento em processos especificamente pedagógicos disponibilizados por escolas ou por cursos de educação profissional (KUENZER, 2002). Em tese, a necessidade de maior e melhor qualificação provocaria um prolongamento dos períodos de formação e especialização profissional, o que só acaba ocorrendo para uma parcela muito privilegiada de trabalhadores. A grande maioria corresponde ao modelo de qualificação deformada, ou seja, que se resume em assimilar o manuseio superficial das novas ferramentas de trabalho. Dissemina se que a progressiva perda de hegemonia do modelo taylorista/fordista e de suas formas de fragmentação a partir da nova mediação da microeletrônica torna insuficiente à qualificação fundamentada no saber tácito e sem

7 7 formação institucional. No entanto, a noção de competências é apresentada de forma universal, mas aplica se estritamente para os trabalhos que não se precarizaram e que se constituem no núcleo estável do trabalhador coletivo, ainda com direitos e condições razoáveis de vida e de trabalho, apesar da tendência à intensificação. A análise dos empregos formais e informais evidenciam a exclusão e o distanciamento desta proposta das alternativas reais de trabalho da maioria, submetida à informalidade e à precarização, que não se inclui sequer nas formas tayloristas/fordistas que permaneceram, as quais ainda supõem direitos e alguma racionalidade. Correntemente o novo caráter social do trabalho é definido pela individualização e pela heterogeneização do conteúdo das funções. As atividades e serviços tenderiam a depender de crescente conhecimento e qualificação e a mudança dos conceitos de racionalização e organização do trabalho pressuporia a superação da rígida divisão do trabalho. Na prática, tanto a superação da rigidez e da fragmentação do processo de trabalho não ultrapassam a manutenção da lógica do trabalho alienado, e ainda que lhe exija a capacidade de pensar, criar, resolver problemas e outros requisitos tácitos continua se requerendo um trabalhador obediente. Nessa perspectiva, os novos modos de qualificação (formais ou não formais 1 ) devem ser observados de maneira crítica, buscando desmistificar os ideais de autonomia e especialização do trabalho, uma vez que, como argumenta Souza, isso resulta em uma homogeneização das qualificações necessária à nova organização da produção significando também maior facilidade para remanejar a mão de obra, tornando a gerência mais autônoma em relação às ausências de trabalhadores experientes em postos chaves do processo produtivo (SOUZA, 1988 apud in ALVES, 2000, p. 149). Assim, no âmbito das necessidades de cada setor a partir dos novos mecanismos de qualificação pelas instituições não formais de ensino, cabe à empresa: treinar o trabalhador já formado/ qualificado pela rede de educação profissional, de acordo com as necessidades produtivas de uma função específica (SOUZA, 2006, p.478). Nesse sentido, entende se que durante o treinamento e (de)formação gerenciados pela própria empresa, é mais fácil atribuir se os objetivos desejados a esse processo 1 Utiliza se o termo instituições formais de ensino referindo se às escolas tradicionais, e, instituições nãoformais de ensino referindo se à formação/ qualificação desempenhada pelas próprias empresas.

8 8 desconfigurando ainda mais o sentido do trabalho a ser desempenhado. O que se observa é que, cada vez mais a função determina o tipo de trabalhador imputando uma lógica perversa no que tange ao processo de (des)qualificação, que não se orienta mais pelas habilidades do trabalhador e sim pela desvalorização da força de trabalho. Tais constatações estão sendo observadas no setor de fumo 2 principalmente após a introdução do trabalho em equipes em A formação de equipes no processo de trabalho alterou consideravelmente as atividades desempenhadas pelos trabalhadores. Em termos práticos, as equipes significam a incorporação de novas tarefas, paralelas às antigas. Esse processo se dá de maneira dividida, ou seja, a equipe é responsabilizada pelas novas atividades, sendo que cada membro assume determinado papel. Os trabalhadores recebem treinamentos de acordo com a nova atividade a ser exercida. Assim, as equipes passaram a atuar em uma nova área, cujas características nos permitem classificar de administrativa. Em suma, foram criados quatro comitês individualmente liderados por trabalhadores indicados ou eleitos. Dessa forma, passaram a existir: Comitê de Recursos Humanos (RH), Comitê de Qualidade, Comitê de Produção e Comitê de Custos. Tais trabalhadores passam a ser referência de controle dentro dos comitês, descaracterizando a sociabilidade de chão de fábrica, mediando o papel da gerência. O trabalho em equipes tentar despertar nos trabalhadores o sentimento de maior participação no processo produtivo. Na prática restringe todos os pontos decisivos que possibilitariam ao trabalhador algum poder decisório sobre sua atividade de trabalho, retomando o binômio taylorista/fordista de produção. O que se apresentou de fato foi um novo quadro de tarefas, pré estabelecidas, que são executadas durante o processo de trabalho sob o fetiche da autonomia do trabalhador. No entanto, novas habilidades estão sendo requeridas pelo trabalho em equipes, alterando o nível de qualificação, escolaridade e o perfil de contratação da empresa. Até a década de 1990, os trabalhadores possuíam majoritariamente apenas o ensino fundamental completo. A partir de 1995 esse perfil já se alterou, coincidindo com as inovações tecnológicas; nesse período o ensino médio passou a ser uma exigência no emprego, e os antigos trabalhadores foram incentivados ao estudo. A partir de 2000 os cursos técnicos em mecânica ou elétrica passaram a ser exigência de contratação. Observa se também que muitos trabalhadores estão cursando o ensino superior. 2 Os dados fornecidos estão de acordo com a pesquisa em andamento na Unidade Produtiva de Cigarros localizada na cidade de Uberlândia/MG, denominada ficticiamente de Fábrica Tabaco.

9 9 Não arbitrariamente muitos cargos na empresa se alteraram na última década, porém como forma de driblar as formas reais de qualificação que vem ocorrendo entre os operadores. As mudanças se deram em torno dos nomes dos cargos na fabricação de cigarros. Segundo trabalhadores mais antigos as atividades desempenhadas são as mesmas, mas a alteração de nomenclaturas atende ao achatamento salarial imposto pela empresa; atualmente os operadores são denominados respectivamente de: júnior, de linha e autônomo. Para citar um exemplo, o operador júnior corresponde ao antigo auxiliar de produção, exercendo tarefas de ordem física como abastecimento de matériaprima, transporte de caixas e catação de papel. Apesar das funções estarem sendo ocupadas por trabalhadores mais escolarizados, os salários e a possibilidade de ascensão diminuíram; os treinamentos da empresa são determinantes quanto à atuação do profissional, ou seja, no caso dos operadores da Fábrica Tabaco as novas exigências correspondem mais aos discursos de empregabilidade do que maior autonomia ou necessidades do setor. Podemos dizer que a demanda da empresa por novas habilidades no processo produtivo corresponde em alguma medida às novas qualificações que os trabalhadores desenvolvem nos cursos superiores e técnicos que vem cursando. Porém, muito pouco desse conhecimento é aproveitado, mantendo a grande dependência dos cursos de treinamento informais. Em última instância restabelece se a dialética entre conhecimento científico e saber tácito, mas todo estímulo promovido pela empresa tem seu foco na capacidade de resolver situações anormais e imprevistas, com o máximo de rapidez e eficiência, para não comprometer a normalidade da produção. Mesmo quando o trabalho é simplificado, os investimentos elevados em tecnologias sofisticadas e as demandas de competitividade exigem trabalhadores potencialmente capazes de intervir critica e criativamente quando necessário, não só assegurando índices razoáveis de produtividade, através da observação de normas de segurança e da obtenção de índices mínimos de desperdício, de paradas, de re trabalho e de riscos, mas também otimizando o sistema. Resguardando as intervenções criativas, a autonomia dos trabalhadores é restrita a um campo de tarefas pré estabelecidas, ou seja, ocorrem minimamente. Na Fábrica Tabaco os treinamentos informais para a atuação nas equipes de trabalho são realizadas por um grupo de técnicos em treinamento da própria empresa. Uma vez que os trabalhadores passam a lidar com um novo leque de informações, o aumento de produtividade só é possível pelo entendimento das mesmas. Assim, a leitura e

10 10 elaboração de gráficos e relatórios e a realização de auditorias internas referentes a custos, qualidade e produção passam a integrar a nova rotina dos operadores. A iniciativa para adequar se as metas também deve partir desses trabalhadores. Uma especificidade do setor diz respeito ao trabalho feminino. Até início da década de 1990 a quantidade de mulheres era superior a de trabalhadores homens, chegando a existir dois turnos de produção compostos só por mulheres. Hoje, o número de trabalhadoras na fábrica não ultrapassa os 30%, restringindo se ao processo de fabricação de carteiras de cigarro e ao trabalho temporário. Ambos chamam atenção pela maior utilização de trabalho manual e menor qualificação, uma vez que o índice e mulheres com curso técnico ainda é inferior a de homens. Seguindo as exigências de contratação, a quantidade de mulheres na produção encontra se em constante decréscimo e o quadro não pretende ser revertido pela empresa. Podemos entender que a intensa modernização da fábrica em alguns setores durante a década de 1990 permitiu tal substituição e também redução da força de trabalho. 3. Considerações finais Entendemos neste trabalho que o conhecimento social gerado pelo progresso técnico científico tem seu objetivo restringido pela lógica do capital ao mesmo tempo em que ocorre uma apropriação desigual dos resultados e benefícios da ciência e da tecnologia, bem como do aumento da produtividade do trabalho social. A hegemonia capitalista vem assegurando que o desmonte neoliberal impute sua lógica privatizante aos serviços prestados pelo Estado. Isso a partir das investidas estruturais que buscam legitimar se perante os setores mais dependentes dos serviços e da eficiência estatal. Nesse contexto enxerga se que as novas exigências de qualificação dos trabalhadores se assemelham as de multifuncionalidades tipicamente do setor privado. O novo perfil de qualificação é visto positivamente uma vez que se contrapõe ao sucateamento estrutural e de capital humano do funcionalismo público. Originariamente tem se o setor privado como molde da nova faceta estatal, tanto na caracterização dos serviços quanto dos trabalhadores. No que tange a qualificação, dissemina se que o novo modelo da competência representaria a superação do paradigma da polarização das qualificações. Nesse sentido, a demanda do setor produtivo por uma força de trabalho mais educada traria embutido um ganho para o

11 11 conjunto da sociedade, que pode ser traduzido pelo aumento da qualificação média dos trabalhadores. Dentro dessa dinâmica, a autonomia, a mobilidade e a flexibilidade são vistas majoritariamente como incentivos das capacidades individuais e do próprio desenvolvimento da eficiência e da produtividade dos indivíduos e da sociedade. Porém tais constatações perdem de vista o histórico das tensões sociais entre capital e trabalho no qual o paradigma de produção precisa revolucionar se para manter o capitalismo como modo de produção hegemônico e lucrativo a determinado segmento social. Além do mais, os limites da qualificação e formação profissionais não se consolidam como forças de emancipação e ruptura social, já que as bases do desenvolvimento e da reprodução científica é privilégio da classe que pode financiar seu desenvolvimento, com objetivos claros de dominação e acumulação. Quanto ao perfil da qualificação na Fábrica Tabaco, o que está ocorrendo através das equipes de trabalho pode ser considerado mais como um processo de integralização dos trabalhadores aos objetivos da empresa, do que um novo patamar de formação qualitativa no âmbito emancipatório do trabalho. Os princípios que orientam os objetivos das equipes de trabalho representam mais um impacto da reestruturação na busca por competitividade. As estratégias traçadas para as equipes possibilitaram o enxugamento do quadro gerencial, bem como vem transferindo cada vez mais responsabilidades aos trabalhadores, incluindo os danos financeiros. Esta modalidade de organização nada mais é do que um mecanismo sutil, porém perverso de controle do capital. Referências ALVES, G. O Novo (e Precário) Mundo do Trabalho reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo: Boitempo, ANTUNES, R. Os Sentidos do Trabalho Ensaio sobre a Afirmação e a Negação do Trabalho. São Paulo: Boitempo, BRAVERMAN, H. Trabalho e Capital Monopolista. Rio de Janeiro: Zahar, BOITO Jr., A. Hegemonia neoliberal e sindicalismo no Brasil. In: Revista Crítica Marxista, 3: São Paulo, 1996 [disponível em DIAS, E. F. Capital e Trabalho: a nova dominação. In: Reforma do Estado e Direitos Sociais. Ano VI, n.10, janeiro, 1996.

12 12 KUENZER, A. Z. Conhecimento e competências no trabalho e na escola. Boletim técnico do SENAC, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p , LESSA, S. Lukács ética e política: observações a cerca dos fundamentos ontológicos da ética e da política. Chapecó: Argos, SOUZA, J. S. Os Descaminhos das Políticas de Formação/ Qualificação Profissional: a ação dos sindicatos no Brasil recente. In: Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, p A qualificação do trabalhador no contexto da construção de nova regularidade para a produção social da vida material no capitalismo contemporâneo. In: Trabalho, Economia e Educação: Perspectivas do Capitalismo Global, Maringá: Práxis, Massoni, p

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