REDUÇÃO DE CUSTOS COM MERCADO LIVRE DE ENERGIA
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- Lucas Gabriel de Sá Pinhal
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1 REDUÇÃO DE USTOS OM MERADO IVRE DE ENERGIA Samuel Travalão Faria urso de Engenharia Elétria Universidade Federal do Paraná EP , uritiba PR Brasil Resumo O artigo tem omo objetivo analisar informações sobre o onsumo de energia de onsumidores eletrointensivos para que este verifique a viabilidade da migração do merado ativo para o merado livre de energia elétria. Os onsumidores são analisados pelo seu perfil de onsumo e também pela região em que opera, pois são avaliadas as tarifas da onessionária a qual presta o serviço de onexão a rede elétria, que apresentam diferenças de valores entre elas. Os estudos são feitos om base nos valores tarifários atuais, podendo o resultado variar mediante reajustes tarifários. Desta forma busaremos a melhor opção eonômia para o onsumidor. Esta pesquisa faz uso de apliativos omputaionais, utilizando dados histórios. 1 Palavras-have Análise tarifária, omerialização de Energia, Energia Inentivada, Merado ativo de Energia Elétria, Merado ivre de Energia Elétria. REDUING OSTS WITH ENERGY MIGRATING TO THE FREE EETRITY MARKET Abstrat This artile has the purpose of analyzing information about the energy onsumption of energy from large energy onsumers so that they an verify the viability of migrating from the regular market to the free eletriity market. The onsumers are analyzed by their profile as well as the region in whih they operate, as the energy providers onnetion rates are different from one another. The studies are made based on urrent rates and an vary with rate adjustments. This way we will seek the best eonomial option for the onsumer. This researh utilizes omputer appliations whih are based on historial data. Keywords Rates analysis, Energy trading, Inentive Energy, Regular market of energy, Free energy market. Trabalho de onlusão do urso de Graduação em Engenharia Elétria na Universidade Federal do Paraná, desenvolvido no período de agosto a novembro de 28, sob orientação do Professor Ewaldo uiz de Mattos Mehl Dr. e o-orientação do Engenheiro Fernando A.. orrea. NOMENATURA TUSD Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição. F Fator de arga (Varia de 0 a 1). W Grandeza de Potênia Elétria (Watt). I. INTRODUÇÃO Em 1995, om a ei foi riado o Produtor independente de Energia e o oneito de onsumidor ivre. Assim passaram a existir dois tipos de onsumidores, livres e ativos. Para o primeiro grupo é possível à negoiação de preços da energia, enquanto, para os onsumidores ativos as tarifas são reguladas pela ANEE. No ano de 21 houve uma grave rise de abasteimento que ulminou em um plano de raionamento de energia elétria gerando questionamentos sobre a situação do setor elétrio brasileiro. Em 22 foi riado o omitê de revitalização do Modelo do Setor elétrio que resultou na alteração do setor elétrio brasileiro durante os anos de 23 e 24. O novo modelo deu iníio à riação da EPE (Empresa de Pesquisa Energétia), responsável pelo planejamento do setor elétrio em longo prazo, a MSE (omitê de Monitoramento do Setor Elétrio) om a função de avaliar permanentemente a segurança do suprimento de energia elétria e o MAE (Merado Ataadista de Energia), um ambiente para a realização das transações de ompra e venda de energia elétria, hoje denominada de EE (âmara de omerialização de Energia Elétria) [1]. No iniio, apenas os onsumidores om demanda aima de 3MW e atendidos por uma lasse de tensão igual ou maior que 69 kv (A3) poderiam torna-se onsumidores livres e em 21 de dezembro de 26, a ANEE (Agenia Naional de Energia Elétria) aprovou a resolução normativa nº. 247 que autorizava os onsumidores om demanda a partir de 5 kw e pertenente a lasse A (A2, A3, A3a, A4 e AS) a ingressarem no Merado ivre, sendo hamados de onsumidores espeiais. om o onstante aumento da arga do sistema elétrio naional, a busa dos grandes onsumidores pela segurança da ontratação de energia de longo prazo para sua produção tem se tornando ada vez mais importante para que não seja exposto a um possível aumento no seu valor de merado. O valor da energia elétria varia de aordo om a oferta, omo por exemplo, os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétrias que são as fontes de energia mais baratas. 1
2 Quando estes níveis estão baixos, é neessário despahar usinas térmias que geram energia a um preço mais elevado, aumentando o preço da mesma. Este estudo será baseado em dados relevantes de empresas que busaram esta alternativa para diminuir seus ustos om energia, porém os nomes das empresas serão preservados pela importânia estratégia e omerial que elas representam. hamaremos tais empresas de Empresa A, Empresa B e Empresa. D H - [kw]. - Horas do mês [h]. Os estudos são feitos utilizando um horizonte de um ano, ou seja, 8760 horas, om uma média de 730 horas por mês. omo as tarifas são horosazonais, ou seja, diferentes entre os horários de Ponta e Ponta, utilizam-se os fatores de argas separadamente onsiderando 65 horas para o horário de ponta e 665 horas para o horário fora de ponta. II. DADOS PARA O ESTUDO DE ASO A. oneitos Básios. (1.1) 1) Submerados - O Brasil é um país de grande dimensões que e possui um sistema interligado baseado em energia hidráulia. As vazões dos rios sofrem variações tanto om a sazonalidade quando geografiamente. O Sistema é dividido em quatro submerados (Sudeste/entro Oeste, Sul, Nordeste e Norte) [3]. Enquanto um reservatório na região Sul pode estar om apaidade máxima, um reservatório da região Nordeste pode estar om sua apaidade abaixo do valor nominal. Nestas situações, são despahadas usinas térmias que aumentam o valor da energia do submerado onde há riso de falta de água armazenada. Por isso pode haver preços da energia diferentes entre os submerados. 2) : Média das potênias elétrias ativas ou reativas, soliitadas ao sistema elétrio pela parela da arga instalada em operação na unidade onsumidora, durante um intervalo de tempo espeifiado. 3) Medida e ontratada: Medida, é a maior demanda de potênia ativa, verifiada por medição, integralizada no intervalo de quinze minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kw) e ontratada é a de potênia ativa a ser obrigatória e ontinuamente disponibilizada pela onessionária, no ponto de entrega, onforme valor e período de vigênia fixados no ontrato de forneimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kw). 4) onsumo de Energia: O onsumo de energia medido durante o mês é o onsumo faturado. Expresso em quilowatt x hora (kwh). 5) Fator de arga (F): O Fator de arga é um índie que permite verifiar o quanto que a energia elétria é utilizada de forma raional. É a razão entre a demanda média, durante um determinado intervalo de tempo, e a demanda máxima registrada no mesmo período [5]. E (1.2) 6) lasse de Tensão: Dividem-se em dois grupos. O Grupo A, araterizado pela sua estruturação binômia de tarifação, que onsiste na tarifação separada de demanda e energia e o Grupo B, araterizado pela sua estrutura monômia, que onsiste apenas na tarifação da energia. Os dois grupos são divididos em subgrupos. O Primeiro de aordo om sua tensão de forneimento e o segundo pelo tipo de onsumidor, omo residenial, rural, iluminação públia e outros. Para que um onsumidor possa ingressar no Merado ivre, este tem que ser tarifado pelo Grupo A. O Grupo A divide-se em ino subgrupos, de aordo om a tabela abaixo: TABEA I Grupo A Subgrupos e suas tensões de forneimento Subgrupos Tensão de forneimento [kv] A4 2,3 a 25 A3 30 a 44 A3a 69 A2 88 a 138 AS Subterrâneo 7) Merado ativo: É o merado onde o onsumidor estabeleido, não ontrata a energia, paga apenas a energia utilizada, ou seja, a energia medida. 8) Merado ivre: É o merado onde o onsumidor estabeleido ontrata a energia diretamente om o gerador ou om a omerializadora por meio de ontratos de longo prazo e de urto prazo quando neessário, pagando para a onessionária apenas a TUSD. - onsumo mensal [kwh]. (1) 9) PD - Preço de iquidação de Diferenças: É o preço definido pela EE semanalmente, utilizado para valorar a ompra e a venda de energia no merado de urto prazo, determinado semanalmente para ada patamar de arga om base no MO. O MO é obtido pelo ONS através de 2
3 apliativos omputaionais que utilizam em seus álulos dados histórios e atuais dos valores da energia. Os apliativos utilizados nas previsões são o NEWAVE, que prevê o preço mensal om horizonte de ino anos e o DEOMP que prevê o preço semanal om horizonte de um mês. 10) MO usto Marginal de Operação: usto por unidade de energia produzida para atender a um arésimo de arga no sistema. B. Dados neessários para a análise: A prinipal ondição para um onsumidor migrar para o Merado ivre de Energia, é que ele seja um onsumidor do Grupo A e também que tenha uma demanda ontratada maior ou igual a 5 kw. Suas araterístias devem satisfazer as ondições desritas nas leis e regras do Merado ivre, que determinam qual o tipo de energia o onsumidor pode ontratar para seu suprimento. Atualmente são negoiados três tipos de energia: Energia onvenional, Energia Inentivada om 50% de desonto na TUSD e Energia Inentivada om 1% de desonto na TUSD. A Energia Inentivada dispõe de um benefiio dado pelo Governo Federal araterizado pela redução das tarifas de uso dos sistemas elétrios de transmissão e de distribuição. Este benefíio é onedido à geração de energia por PH s (Pequenas entrais Hidrelétrias), fonte solar, eólia, biomassa ou o-geração qualifiada, om potênia instalada menor ou igual a 30 MW. De aordo om as eis do Merado ivre de Energia, o onsumidor pode saber o tipo de energia a ser ontratada seguindo o fluxograma abaixo: onsumidor D 3MW sim onexão até 08/07/1995* sim Tensão de forneimento A3 sim onvenional ou inentivada não não Qualquer tensão onvenional ou inentivada não Apenas inentivada D 5 kw sim Qualquer tensão Apenas inentivada não Apenas Merado ativo *Resolução n.º 264, de 13 e agosto de 1998 Fig. 1. Fluxograma Determina a Energia a ser ontratada. Os dados neessários para que seja feita a análise tarifária do onsumidor são: 1) ontratada e medida no horário de Ponta e ponta; 2) Média do onsumo mensal no horário de Ponta e Fora de Ponta; 3) lasse de Tensão; 4) Tarifado em Tarifa Verde ou Tarifa Azul. 5) Data da onexão; 6) ontrato de forneimento de energia: onessionária, data de venimento e tempo de denúnia. 7) Geração Própria: se possuir, qual a potênia de geração instalada. om estes dados em mãos, são feitos os álulos utilizando planilhas eletrônias, nas quais são inseridos os valores das tarifas da onessionária e valores pratiados om a ontratação de energia pelo Merado ivre. III. ASO 1 No aso de uma metalúrgia que hamaremos de Empresa A, um onsumidor da idade de ahoeirinha RS, que opera no Merado ativo e atendido pela RGE, será feita a análise omparando os valores faturados pela onessionária om os valores obtidos na simulação da operação no Merado ivre. A Tabela I mostra alguns dados da empresa que serão utilizados na avaliação. Mês TABEA II Dados de Medição para Faturamento [kw] Ponta [kw] onsumo [kwh] onsumo Ponta[kWh] Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Média: , , ,077 A Empresa A é atendida por uma tensão de 23 kv, portanto é um onsumidor om lasse de tensão A4 e atualmente enontra-se na tarifa horosazonal verde. Sua Denúnia estabeleida no ontrato de forneimento de energia om a onessionária é de 180 dias, ou seja, a 3
4 empresa deverá informar a RGE sobre sua migração ao Merado livre om 180 dias de anteedênia. A. alulo dos gastos no Merado ativo No merado ativo, o onsumidor tem apenas um ontrato, que é elebrado entre ele e a distribuidora. Fig. 2. Ambiente de ontratação ativo. De aordo om a resolução Nº. 456 de 29 de novembro de 20 todos os onsumidores atendidos em tensão maiores do que 2,5 kv e om demanda ontratada a partir de 3 kw, são obrigatoriamente enquadrados no sistema Horosazonal Azul ou Horosazonal Verde [4]. As tarifas Azuis e Verdes possuem equações diferentes para o faturamento no Horário de Ponta. Na tarifa azul são obradas as demanda na ponta e fora de ponta enquanto na tarifa verde, é obrada apenas a demanda fora de ponta. A Reativa e a Energia Reativa são obradas pelas onessionárias tanto no merado livre quanto no merado ativo, pelas mesmas tarifas da Ativa e Energia Ativa pratiadas no Merado ativo. Segundo a legislação da Agenia Naional de Energia Elétria - ANEE (Resolução 456/20), esta obrança oorre quando o Fator de Potênia está abaixo de 0,92 e também inide da mesma maneira (tarifa ativa) para os onsumidores estabeleidos no Merado ivre. Desta forma, a Reativa e a Energia Reativa, não serão onsideradas neste estudo. As equações utilizadas para tais estudos e simulações são apresentadas a seguir: AMBIENTE ATIVO Gerador Distribuidor onsumidor Preço definido por leilão do Governo Tarifa definida pelo Governo (ANEE) (2) (2.1) (2.2) D PONTA = de ponta mensal [MW]; D FPONTA = fora de ponta mensal [MW]; T DPONTA = Tarifa de demanda na ponta [R$/kW]; T DFPONTA = Tarifa de demanda fora de ponta [R$/kW]. alulo om o onsumo: As tarifas de onsumo do Merado ativo, além de serem difereniadas de aordo om o horário de ponta e fora de ponta, também são difereniadas de aordo om a époa do ano em período seo (maio a novembro, sete meses), que está menos propenso a huvas e período úmido (dezembro a abril, ino meses), mais propenso a huvas. 7 5 (2.3) 7 5 (2.4) PONTA = onsumo mensal de energia na ponta [MWh]; FPONTA = onsumo mensal de energia fora de ponta [MWh]; T PONTASEA = Tarifa de onsumo na ponta no período seo [R$/MWh] ; T PONTAUMIDA = Tarifa de onsumo na ponta no período úmido [R$/MWh]; T FPONTASEA = Tarifa de onsumo fora de ponta no período seo [R$/MWh]; T FPONTAUMIDA = Tarifa de onsumo fora de ponta no período úmido [R$/MWh]. B. alulo dos gastos no Merado livre No merado livre, o onsumidor deve ter sua energia ontratada om o gerador ou om uma omerializadora, este ontrato hama-se VEE (ontrato de ompra e Venda de Energia Elétria) de longo ou urto prazo, nele há uma livre negoiação de preços entre as partes dando nome de ivre a este merado. om os ontratos de longo prazo, o onsumidor saberá o quanto vai gastar om sua energia a ada mês, e não estará sujeito a variação do preço da energia. O ontrato de urto prazo serve para que este liente possa ajustar o ontrato de longo prazo, firmando-os após o efetivo onsumo de energia elétria. Energia ontato de urto Prazo D P = usto om a demanda de ponta durante um ano [R$]; D FP = usto om a demanda fora de ponta durante um ano [R$]; P = usto om o onsumo de ponta durante um ano [R$]; FP = usto om o onsumo fora de ponta durante um ano [R$]. alulo dos ustos om a demanda: onsumo Medido Fig. 3. Ajuste de ontrato de ongo Prazo. Energia ontato de ongo Prazo 4
5 Também deve ter um ontrato hamado D (ontrato de onexão do Sistema de Distribuição) que formaliza em qual sistema distribuidor o onsumidor está onetado e define a responsabilidade finaneira ao omprador e ténia ao distribuidor, referente ao sistema de medição e também deve ter um ontrato hamado USD (ontrato de Uso do Sistema de Distribuição) [2]. AMBIENTE IVRE Durante o período da onfeção deste estudo, a energia inentivada om 50% de desonto na TUSD estava sendo negoiada ao valor de R$ 165, por MWh, a energia inentivada om 1% de desonto na TUSD ao valor de R$ 185, por MWh e a energia onvenional ao valor de R$ 140, por MWh. Será feita a omparação om as duas oasiões, primeiro om a de 50% de desonto e em seguida om a de 1% de desonto na TUSD. Gerador Preço negoiado entre as partes* 1, (3.1) onsumidor omerializador Fig. 4. Ambiente de ontratação livre. Preço negoiado entre as partes *No aso do gerador ser estatal, o proesso deve ser transparente, por meio de leilão, oferta públia ou hamada públia. om o USD o onsumidor poderá reeber a energia ontratada om o gerador ou omerializadora utilizando-se o sistema de distribuição da onessionária, visto que o gerador e a omerializadora, não possuem infra-estrutura para entregá-las ao ponto de onexão, onde serão onsumidas. A entrega de energia pela onessionária é tarifada pela TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição). O onsumidor ivre paga à onessionária pela TUSD que engloba a demanda, enargos e energia reativa - onforme abordado anteriormente - e paga ao seu forneedor de Energia onforme o VEE. Outro gasto que o onsumidor tem de arar om a migração para o merado livre, é a adequação do sistema de medição, que deve satisfazer as regras estabeleidas pela EE e ANEE. Este usto geralmente varia de R$ 75.0, a R$ 85.0,. V ENERGIA = Valor da energia elétria ontratado pelo VEE [R$]. (3.2) DTUSD = usto anual da TUSD referente à demanda [R$]; ETUSD = usto anual da TUSD referente a enargos de energia [R$] (3.2.1) 12 (3.2.2) TUSD PONTA = Tarifa do uso do sistema de distribuição para a demanda na ponta [R$/kW]; TUSD FPONTA = Tarifa do uso do sistema de distribuição para a demanda fora de ponta [R$/kW]; TUSD EP = Tarifa do uso do sistema de distribuição referente aos enargos de energia na ponta [R$/MWh]; TUSD EFP = Tarifa do uso do sistema de distribuição referente aos enargos de energia fora de ponta [R$/MWh]; 1, (3.3) V ESS = Valor dos Enargos de Serviço do Sistema [R$/MWh]. (3). omparação dos gastos entre o Merado ativo e Merado livre USTO IVRE = usto anual total do onsumidor no merado livre [R$]; ENERGIA = usto anual da energia onsumida [R$]; TUSD = usto anual da TUSD [R$]; ESS = usto anual om os enargos de serviço de sistema [R$]. Merado ativo: Pela Resolução Homologatória da ANEE, n.º 636, de 17 de abril de 28, as tarifas horosazonais da RGE para a lasse A4 são: O onsumidor ivre é responsável pelas perdas de energia até o ponto de entrega. As perdas podem ser ténias (dissipadas por fenômenos físios) ou não ténias (erros de medições ou furtos de energia). No estudo, será ontabilizada uma perda de 2,5%, pois geralmente as perdas giram em torno deste perentual. 5
6 TABEA III Tarifas RGE DEMANDA [R$/kW] lasse A4 10,54 T DFPONTA ENERGIA [R$/MWh] lasse T PONTASEA T PONTAUMIDA T FPONTASEA T FPONTAUMIDA A4 1183, ,68 169,11 153,43 TUSD [R$/kW] lasse T DPONTA T DFPONTA A4 29,11 7,85 TUSD 50% DE DESONTO [R$/kW] lasse T DPONTA T DFPONTA A4 15,02 4,05 TUSD 1% DE DESONTO [R$/kW] lasse T DPONTA T DFPONTA A4 0,93 0,25 ENARGOS [R$/MWh] lasse TUSD EP TUSD EFP A4 16,38 16,38 Inserindo os valores das tarifas e os dados do onsumidor nas equações (2.2), (2.3) e (2.4), e em seguida na equação (2), enontra-se o valor gasto anualmente pela Empresa A no Merado ativo e inserindo nas equações (3.1), (3.2.1), (3.2.2), (3.3) e em seguida nas equações (3.2) e (3), enontrase o valor gasto anual do onsumidor no Merado ivre. A demanda a ser faturada é a demanda ontratada quando a demanda medida for menor ou igual à demanda ontratada, quando esta demanda medida for maior que a demanda ontratada até o limite de 10% aima, será faturada om a tarifa normal. Quando a demanda medida passar de 10% aima da demanda ontratada, será faturada a demanda ontratada em tarifa normal mais a demanda exedente pela tarifa normal multipliada por três. Desta forma, será utilizada para os álulos, a demanda ontratada. Gasto no Merado ativo: 1,0 10, , $ 46, , , ,30 $ 399, , , ,23 $ , , , ,53 $ Gasto no Merado livre om Energia Inentivada de 50% de desonto na TUSD: 46, ,323 1, , , $ 1,0 15,02 1,0 4, , $ 46,177 16,38 399,323 16, ,48 $ , , ,48 $ O valor dos Enargos de serviços do Sistema representa o usto inorrido para manter a onfiabilidade e a estabilidade do Sistema para o atendimento do onsumo. Esse usto é apurado mensalmente pela EE e é pago pelos agentes da ategoria onsumo aos agentes de geração. Nos álulos será utilizada a média dos valores do ESS do ano de 27 (R$ 0,65/MWh). 46, ,323 1,025 0, ,77 $ % , , ,77 % ,25 $ % 1% 21,29% Gasto no Merado ivre om Energia Inentivada de 1% na tusd: Os álulos entre energia inentivada 50% e energia inentivada 1%, diferem apenas no usto da energia e no usto referente a demanda. 46, ,323 1, , ,25 $ 1, ,0 0, , $ , , ,48 % , , ,77 % ,50 % 1% 28,05% Neste estudo, não está sendo onsiderada a inidênia do IMS e PIS/OFINS, que aumentaria o perentual de eonomia. 6
7 Observa-se que há eonomia na migração para o Merado livre na ontratação de energia om 50% de desonto na TUSD e na ontratação de energia om 1% de desonto na TUSD. A amortização do usto om a adequação do sistema de medição será de aproximadamente quatro meses na ontratação de energia inentivada 50% e de aproximadamente três meses na ontratação de energia inentivada 1%. Existem asos em que o onsumidor assume um usto mensal om empresas que prestam serviços de representação na EE, pois todos os ontratos de energia são registrados na âmara através de seu apliativo hamado SINEROM, para que haja a ontabilização. Esta ontabilização onsiste na apuração dos dados semanais de medição do onsumidor omparando-os aos dados da energia ontratada. O onsumo da empresa, nem sempre é onstante, e aso o onsumidor tenha sobra ou défiit de energia em ada semana esta energia exedente ou faltante será valorada ao preço do PD da semana em questão para ada patamar de arga, para que este valor seja onerado à liquidação. A energia pode ser ontratada de um submerado diferente de onde o onsumidor irá reebê-la, portanto a diferença de preço da energia será ontabilizada na liquidação. Os patamares de arga são omo os horários de ponta e fora de ponta da tarifa ativa, mas sofrem maior difereniação de horas. São separados em leve, médio e pesados. São valorados diferentemente, pois representam os diferentes horários em que são ligadas as argas no sistema. No aso do liente apresentar sobra de energia no final do mês, ou seja, tenha mais energia ontratada do que energia medida, esta energia será liquidada pela EE ao preço do PD médio do mês de referênia. IV. ASO 2 Serão utilizados para o aso 2, os dados de uma unidade de uma empresa de frigorífios a qual hamaremos de Empresa B, que opera no Estado do Paraná e é atendida pela OPE. Esta empresa também opera no merado ativo e busa neste estudo a viabilidade eonômia na migração para o Merado ivre ou a permanênia no Merado ativo. Os dados de medição para este estudo são os seguintes: TABEA IV Dados de Medição para Faturamento Dados de Jan/07 a Dez/07 [kw] Ponta [kw] onsumo [kwh] onsumo Ponta[kWh] Média: A Empresa B é atendida por uma tensão de 13,2 kv, é um onsumidor om lasse de tensão A4 e atualmente enontra-se na tarifa horosazonal verde. omo o onsumidor possui uma demanda ontratada maior de 3MW e sua onexão se deu após a data de 08 de julho de 1995, Empresa B poderá ontratar qualquer tipo de energia aso migre para o Merado ivre. Portanto será feita a avaliação para a ontratação de Energia Inentivada om 50% de desonto na TUSD, om 1% de desonto na TUSD e Energia onvenional. Pela Resolução Homologatória da ANEE, n.º 663, de 23 de junho de 28, as tarifas horosazonais da OPE para a lasse A4 são: TABEA V Tarifas OPE DEMANDA [R$/kW] lasse A4 7,52 T DFPONTA ENERGIA [R$/MWh] lasse T PONTASEA T PONTAUMIDA T FPONTASEA T FPONTAUMIDA A4 9,23 881,82 120,04 109,36 TUSD [R$/kW] lasse T DPONTA T DFPONTA A4 30,17 7,44 TUSD 50% DE DESONTO [R$/kW] lasse T DPONTA T DFPONTA A4 15,24 3,76 TUSD 1% DE DESONTO [R$/kW] lasse T DPONTA T DFPONTA A4 0,31 0,08 ENARGOS [R$/MWh] lasse TUSD EP TUSD EFP A4 19,67 19,67 Inserindo os valores das tarifas e os dados do onsumidor nas equações (2.2), (2.3) e (2.4), e em seguida na equação (2), enontra-se o valor gasto anualmente pela Empresa B no Merado ativo e inserindo nas equações (3.1), (3.2.1), (3.2.2), (3.3) e em seguida nas equações (3.2) e (3), enontrase o valor gasto anual do onsumidor no Merado ivre. Gasto no Merado ativo: ,57 $ Gasto no Merado ivre om Energia Inentivada de 50% de desonto na TUSD: % ,98 $ 11,66% Gasto no Merado ivre om Energia Inentivada de 1% de desonto na TUSD: % ,81 $ 6,29% Gasto no Merado ivre om Energia onvenional: ,06 $ 4,50% 7
8 Observa-se que om a migração m paraa o Merado ivre a eeonomia serrá negativa em qualquerr situação, seja s na ontratação dee energia ineentivada de 50% 5 de desoonto na T TUSD, de 10% de desonnto na TUSD ou o na ontrataação de e energia onvennional. Esta eonnomia negatiiva é deviddo às tariffas da onessionária a apresentar valores v ompetitivos ao Merado M ivre. Desta forma f o lientte deverá perm maneer no Merado M ativo por este ser mais viáável eonomiamente. u ustos no merado ativo e os ustos no merado livree para ass onessionárrias em quesstão e o potenial de eonnomia o om a migraçãoo do onsumiddor para o Merado ivre. ussto nos me erados aativo e ivre 2.0.0, 1.5.0, ativo R$ V. DIFERENÇA D D PREÇO ENTRE DE E AS DISTRIIBUIDORAS: 1.0.0, ivre 5.0, Um dos intuitos i destee trabalho, é mostrar que q os r resultados da análise tarifárria de um onnsumidor, nãoo são os m mesmos de ouutro onsumiddor que talvezz tenha seu ontrato b bilateral firmaado om o meesmo gerador seguindo as mesmas m ondições. O que determinna o poteniall de eonomiaa, além d perfil de oonsumo, são as do a tarifas da onessionária a a qual p presta serviço de onexão ao sistema eléttrio. Para exempplifiar estas diferenças, será feita a análise t tarifaria de um ma das unidaddes de um onnsumidor do raamo de t teleomuniaç ções, o qual hamaremoss de Empreesa, s simulando suaa operação em m algumas reegiões atendiddas por d diferentes onessionárias. Os dados de mediçãoo da Emprresa que serão u utilizados, sãoo as médias daa demanda na ponta, demannda fora d ponta, onssumo na pontaa e onsumo fora de f de ponta do ano d 27. de 0, RGE EEES AES SU EEE OPE Fig. F 5. Diferençças entre usto om energia no o Merado ivree e no Meraado ativo. Eo onomia 25,% 20,% 15,% R RGE 10,% EES 5,% TAB BEA VI dos de Mediçção para Fatu uramento Dad Dados de Jan/07 a Dez/07 Média: [kw] 9 D Poonta [kw] 9 oonsumo naa Ponta [kwh] A AES SU 0,% 5,% on nsumo Forra de Pontaa[kWh] ,% usto ivre Eonomia [R$] RGE EES AES SU EEE OPE 636, 17/04/08 689, 05/08/08 635, 17/04/08 715, 21/10/08 663, 23/06/ , , , , , , , , , ,32 EEE OPE OPE Os resultadoos obtidos appresentam a diferença d exiistente en ntre os preços das tarifas dee ada onesssionária e quee estas vaariações existeem não apenass em submerados diferentees. Este estudo pode p determinnar a esolha de uma regiãão por um ma empresa que q pretende onstruir umaa nova plantaa ou a essolha entre o Merado ativo e o Merado M ivrre nas plantas já existeentes. Nesta eesolha tambéém deve ser levado em m onta a prevvisão dos reajustes anuais das d onessionnárias e que q os reajusttes ontratuaiss dos preços no n Merado ivre é esstabeleido pelo p IGP-M (Índie Gerral de Preçoos do Merado). M TAB BEA VII Resultad dos da Simulaação no Merado ivre e no n Merado ativo usto ativo [R$] AEES SU FIg. 6. Potenial de eonomiia entre as distrribuidoras. O quadro a seguir, aprresenta os reesultados obtiidos na aanálise deste onsumidor, simulando suua operação em m ada u destas onnessionárias.. uma Resolução ANEE EES 15,% Será feita a omparação dos ustos no n Merado ativo e n Merado ivre no om a oontratação de energia Inenntivada om 50% de desonto naa TUSD paraa Empresa nas onessionária as RGE (RS),, EES (S), AES SU (RS), OPE (PR) e EEE (RS. onessionária EEE RGE 220,03% 1,88% -2,03% -3,19% -10,93% Para melhhor ilustraçãoo dos resultaados, seguem m dois ggráfios que apresentam visualmente v a diferença enntre os 8
9 VI. ONUSÃO O estudo tarifário do Merado ativo e do Merado livre serve para que o onsumidor tome a melhor medida em relação a sua ontratação de energia visando o menor gasto om a mesma. Esta avaliação deve ser feita sempre que houver reajustes tarifários da onessionária que presta serviço na região onde a empresa opera ou pretende-se operar e também quando houver variações no preço da energia disponível no merado. A migração para o Merado ivre é uma opção para os grandes onsumidores negoiar sua própria energia na busa de maiores vantagens em relação ao Merado ativo. Os resultados deste estudo dependem das tarifas das distribuidoras, da demanda e oferta de energia no merado e do perfil de onsumo da empresa a ser estudada. Foi observado que os resultados mais favoráveis são dos onsumidores que possuem um melhor aproveitamento da energia em relação a demanda ontratada, ou seja, que possuem um fator de arga mais elevado. Durante a elaboração deste trabalho, foram enontradas algumas difiuldades em relação às normas e regras de omerialização de energia a serem observadas e a grande quantidade de informações a serem seleionadas e inseridas no ontexto do trabalho, para que este venha ser o mais útil possível em estudos futuros. Algumas destas normas e regras de omerialização de energia sofreram alterações, fazendo om que algumas araterístias itadas fossem revistas periodiamente. REFERÊNIAS BIBIOGRÁFIAS [1] Disponível em: oid=f589a51de88a010vgnvm10aa01a80rrd [2] HRISTOFARI, V.D., Guia do liente ivre. São Paulo: Panrom Indústria Gráfia tda. 1ª Ed. Maio de 26. [3] DUKE ENERGY TRADING BRASI, Diionário Pratio Energia Elétria. São Paulo, Duke Energy Trading Brasil, 22. [4] Resolução ANEE N.º 456 de 29 de novembro de 20. [5] Disponível em: o_id=683&des=fator%20de% DADOS BIOGRÁFIOS Samuel Travalão Faria, nasido em 06/08/1982 em Penápolis - SP, é Graduando do urso de Engenharia Elétria da Universidade Federal do Paraná. Trabalhou na empresa TIM SU (26 27) e atualmente trabalha na empresa TRADE ENERGY omerializadora de Energia Elétria. AGRADEIMENTOS O autor Agradee à orientação que reebeu do Professor Dr. Ewaldo uiz de Mattos Mehl e o-orientação do Engenheiro Fernando A.. orrea na elaboração deste trabalho. 9
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