DOSAGEM DE TRAÇOS DE CONCRETO PARA OBRAS DE PEQUENO PORTE, PELO MÉTODO ACI/ABCP E MODELO PROPOSTO POR CAMPITELI. Junio de Matos Torres
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1 0 DOSAGE DE TRAÇOS DE ONRETO PARA OBRAS DE PEQUENO PORTE, PELO ÉTODO AI/ABP E ODELO PROPOSTO POR APITELI. Junio de atos Torres Garanhuns setembro de 2015
2 1 ONRETO DEFINIÇÃO onreto é basiamente o resultado da mistura de imento,, brita e água, sendo que o imento ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente e aderente aos agregados ( e brita), formando um bloo monolítio e homogêneo. Durante seu preparo, o uidado que se deve ter é om a qualidade e a quantidade da água utilizada, pois ela é a responsável por ativar a reação químia que transforma o imento em uma pasta aglomerante. Se sua quantidade for muito pequena, a reação não oorrerá por ompleto e se for superior a ideal, a resistênia diminuirá em função dos poros que oorrerão quando este exesso evaporar. A relação entre o peso da água e do imento utilizados na dosagem, é hamada de fator água/imento (a/). O onreto deve ter uma boa distribuição granulométria a fim de preenher todos os vazios, pois a porosidade por sua vez tem influênia na permeabilidade e na resistênia das estruturas de onreto. A proporção entre todos os materiais que fazem parte do onreto é também onheida por dosagem ou traço, sendo que podemos obter onretos om araterístias espeiais, ao aresentarmos à mistura, aditivos, isopor, pigmentos, fibras ou outros tipos de adições. ada material a ser utilizado na dosagem deve ser analisado previamente em laboratório (onforme normas da ABNT), a fim de verifiar a qualidade e para se obter os dados neessários à elaboração do traço (massa espeífia, granulometria, et.).
3 2 TRAÇO É a indiação de quantidade dos materiais que onstituem o onreto a. Traço unitário em massa, om relação ao peso de todos os materiais do onreto 12,002,50,5 b. Traço unitário em volume, om relação ao volume de todos os materiais do onreto. 11/2. *Traço unitário só dos agregados, om relação ao imento dado volume. 14,5 Sendo que; O 1º elemento india a quantidade de imento a ser usado; O 2º elemento india a quantidade de ; O º elemento a quantidade de brita; O 4 a relação água/imento; *Obs No aso da letra, o 1 elemento india o volume do imento e o 2 elemento orresponde a soma do volume dos agregados (+brita). Em geral, alulamos o traço unitário em massa, aso não tenha omo ontrolar isso em obra, ou seja, pesar os elementos, onvertemos então o traço para volume. Exemplo Transformar o traço em massa (Tm) de materiais seos (12,8,20,45) para traço em volume de materiais seos (Tv), e massa ombinado om volume de materiais seos (Tmv). Expressar o traço para 1 sao de imento. V V Adotando assa Unitária dos materiais. imento brita 1,4kg / dm 1,51kg / dm 1,65kg / dm
4 onversão para traço em volume, Tv, teremos Tm - 1 2,8,2 0,45 1 2,8,2 0,45 Tv a b H2O Tv 1 1,4 2,8 1,51,2 1,65 0,45 1 Tv 0,711,85 1,94 0,45 onversão para traço em massa ombinado om volume (Tmv) 2,8,2 Tmv -1 0,45 a b 2,8 Tmv -1 1,51,2 1,65 0,45 Tmv -11,851,94 0,45 Para expressar o traço para um sao de imento, basta multipliar a proporção dos outros elementos por 50 kg, que é o peso de um sao. Tv 5092,597 22,5 Sendo 1 sao de imento 92,5 dm de 97 dm de brita 22,5 dm de água Para o traço em massa ombinado om volume Tmv 1 1,85 1,94 0,45. orrigir o traço de aordo om a umidade e inhamento médio da ; umidade (h=,5%), inhamento médio da Iméd = 1,25 e a = 1,51 kg/dm. Dimensionar as padiolas de e brita referente a um sao de imento.
5 4 Traço referente a 1 sao de imento Tmv ,597 22,5 orreção quanto ao inhamento V I V h s V V h 115,625dm h 1,2592,5 orreção quanto a umidade h - h h s s.100.(1 h) s Quantidade de água presente na úmida s s 1,5192,5 19,675kg h h 19,675(1 0,05) 144,56kg assa da água na úmida h2o h2o 144,56 19,675 4,9kg Quantidade de água a ser adiionada h O 2 h O 2 22,5 4,9 17,6kg Traço orrigido Tmv 50115, ,6
6 5 Dimensionamento da Padiola Determinaremos a altura em função do volume dos agregados Padiola de Areia Para a Para a brita Para a água V a L H 115,625,5 4,5* H H 7,4dm H 7,40m V a L H 97,5 4,5* H H 6,16dm H 61,6m V a L H 17,6,5 4,5* H H 1,117dm H 11,17m Quando o valor da altura for alto, dividimos por 2, para que fique próximo do limite da altura da padiola, no aso da e da brita. Para a produção do traço dado para ada sao de imento, a espeifiação fia 1 sao de imento 2 padiolas de 2 padiolas de brita 1 padiola de água Ou seja, 1221 *Obs ada uma respeitando as respetivas alturas enontradas no álulo anterior. onsumo do traço. Sempre que trabalhamos om onreto se faz neessário saber o onsumo de material por metro úbio de onreto. Essa determinação é feita através do álulo do onsumo de imento, a seguir
7 6 Fórmula Volume( dm³) 1 a b x a b imento brita,15kg/ dm 2,6kg/ dm 2,65kg/ dm Onde, a e b são respetivamente, as massas espeífias do imento, da e da brita, e 1abx é o traço do onreto expresso em massa, e é o onsumo de imento. Exemplo Determine as quantidades de materiais neessárias para a moldagem de 4 orpos de prova ilíndrios de onreto, om dimensões de 10x20 m, sabendo que o traço utilizado será Tm 1 2,5 2 0,50. Solução d = 10 m h=20 m V V il il ,57dm Para 4 ilindros 1,15 4*1,57 2,5 2,50 2,6 2,65 2, 49kg Pegamos então este onsumo e multipliamos por todo o traço 12,520,5 * 2,49 Logo teremos a quantidade total de ada elemento 2,496,224,981,24
8 7 EXEPLO PRÁTIO PARA DOSAGE DO ONRETO ÉTODO DE DOSAGE AI/ABP 1) araterístias dos ateriais e do imento utilizado no traço Areia Brita 1 Brita 2 imento f = 2,60 Inh = 0% kg/m H = 6% = 140 kg/m P II - 2 pa 2) araterístias do onreto a ser onfeionado Proporção das Britas onreto B1 = 80 % Fk = 25 pa B2 = 20 % Abatimento = 90 +/- 10 ondição B SOLUÇÃO 1º PASSO Determinara relação a/ ritérios - Resistênia meânia Esolha do fator a/ em função da urva Abrams do imento. Durabilidade Relação a/ e tipo de imento Determinar a resistênia da Dosagem do onreto em função do desvio padrão aos 28 dias F 28 = Fk + 1,65 x sd F 28 = ,65 x 5,5 F 28 = 4 pa om esse valor entrar no gráfio das urvas Abrams do imento e retirar o valor do fator a/
9 8 PORTANTO O FATOR a/ = 0,475 2º PASSO Determinar o onsumo de materiais Determinação do onsumo de água (a) Tabela 1 onsumo de água aproximado Portanto o onsumo de água a = 200 litros Determinação do onsumo de imento () a a / 200 0, kg / m Determinação do onsumo de agregado graúdo (b) Em função do diâmetro máximo
10 9 Tabela II Teor de agregado graúdo b Vb ompatada b 0, kg/ m b 1072kg/ m b ,80 b1 858 kg por m b ,20 b2 214 kg por m Determinação do onsumo de agregado iúdo () Volume da Areia (Va) imento brita água Va 1 imento brita água Va Va 1 0,72 Va 0,268m Determinação do onsumo de agregado iúdo V. 0, kg/ m 710 kg por m º PASSO APRESENTAÇÃO DO TRAÇO imento Areia Brita 1 Brita 2 Água/imento brita1 brita água 11,67 2,04 0,51 0,475 ATENÇÃO ORRIGIR ESSE TRAÇO PARA O INHAENTO E A UIDADE FORNEIDA NO INÍIO DO EXERÍIO E DIENSIONAR AS PADIOLAS PARA O TRAÇO ORRIGIDO.
11 10 DOSAGE DO ONRETO ÉTODO PROPOSTO POR APITELI 1) Traço iniial odelo proposto por ampitelli 1 ( x 1) x H H 1 a b x (imento brita água) (100 ) x Eq.1 Obtenção dos valores das propriedades desejadas (, H e fj ) H onsistênia (índie de água/materiais seos) - oesão Fj resistênia araterístia para a idade de j dias 2) onsistênia - H H 78*(148 D) (16 D)* S 4410* Eq.2 Onde S = abatimento em mm; H = relação água-materiais seos em %; D = Dimensão áxima araterístia do agregado graúdo em mm; γ = massa espeífia do agregado graúdo em kg/dm. Usando S=110mm; H =? D = 19mm γ=2,65kg/dmt temos 78*(148 19) (16 19)*110 H 4410* 2,65 H 9,998
12 11 ) oesão onforme a tabela 1 ódulo de finura da =2,5 D AG = 19mm Esolhemos então = 52% Tabela 1 4) Esolha da resistênia - fj (resistênia de projeto) ontrole A Rigoroso. Adota-se Sd = 4,0pa ontrole B Razoável. Adota-se Sd = 5,5pa ontrole Regular. Adota-se Sd = 7,0pa Adotaremos ontrole A, pois o onreto será feito em laboratório. onsideramos que o projeto exija um fk de 20Pa. f j fk 1,65Sd f 28 20Pa 1,65.4,0Pa f 28 26,60Pa
13 5) Fator água/imento - x Adotado em função da resistênia estimada, de 26,60Pa, e do tipo de imento utilizado, P II Z 2 onforme tabela 2 Tabela 2 Fazendo a interpolação om os dados da tabela, temos 25pa --- 0,55 26,60Pa --- x 0Pa --- 0,48 X = 0, Substituindo os valores de, x e H na Eq. 1, obtém-se o traço iniial 1 ( x 1) x (100 ) x H H 1 ( 52 0,5276 1) 0,5276 (100 52) 0,5276 9,998 9, ,744 2,5 0, Para saber o onsumo de imento utiliza-se a seguinte equação Volume( dm³) imento,15kg/ dm 1 a b 2,6kg/ dm x a b brita 2,65kg/ dm Para alular portanto o onsumo para 16dm³( ou litros) de onreto, se tem 16 6, 50Kg 1 1,74 2,5 0,5276,15 2,6 2,65
14 Então a quantidade de material neessária será 6,50 11,1 16,44,4 (em kg) Ajuste de H aso o slump não fique onforme o esperado, faz-se o ajuste de H e tenta-se novamente. Onde aso o onreto não fique visualmente om boa oesão, faz-se o ajuste de oesão aumentando-se ou diminuindo-se o 29< α <55 Quanto mais próximo de 29, mais seo, já próximo de 55, mais mole.
15 ANEXO Software para alulo de traço Dosador.exe TABELA O OS TRAÇOS AIS USUAIS
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