A INSERÇÃO DA HISTÓRIA E DA CULTURA AFRO- BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS I DANIELA FIGUEIREDO FREITAS A INSERÇÃO DA HISTÓRIA E DA CULTURA AFRO- BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL SALVADOR 2011

2 DANIELA FIGUEIREDO FREITAS A INSERÇÃO DA HISTÓRIA E DA CULTURA AFRO- BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia apresentada ao curso de Licenciatura em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), como requisito parcial para a obtenção de grau - orientada pelo professor Fernando Roque de Lima. SALVADOR 2011

3 FICHA CATALOGRÁFICA : Sistema de Bibliotecas da UNEB Freitas, Daniela Figueiredo A inserção da história e da cultura afro-brasileira na educação infantil / Daniela Figueiredo Freitas. - Salvador, f. Orientador: Prof. Fernando Roque de Lima. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação. Colegiado de Pedagogia. Campus I Contém referências. 1.Cultura afro-brasileira - Estudo e ensino. 2. Educação de crianças. 3. Ensino de primeiro grau. 4. Educação pré-escolar - Currículos. 5. Currículos. I. Lima, Fernando Roque de. II. Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação. CDD:

4 DANIELA FIGUEIREDO FREITAS A INSERÇÃO DA HISTÓRIA E DA CULTURA AFRO- BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia apresentada ao curso de Licenciatura em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), como requisito parcial para a obtenção de grau - orientada pelo professor Fernando Roque de Lima. Avaliado em Março de 2011 Conceito: BANCA EXAMINADORA Prof. Fernando Roque de Lima (UNEB-SALVADOR/BA) Prof.ª Jumara Novaes Sotto Maior (UNEB-SALVADOR/BA) Prof.ª Adelaide Rocha Badaró (UNEB-SALVADOR/BA)

5 Dedico este trabalho a toda minha família e amigos, os quais me apoiaram durante toda a minha caminhada.

6 AGRADECIMENTO Primeiramente a Deus, que está sempre presente na minha vida. A minha família, especialmente aos meus pais e a minha avó Mariá que sempre acreditou em mim. Aos meus queridos amigos, que além do apoio, nunca me deixou faltar o carinho. Aos meus professores com quem sempre pude contar. A todos que tiveram um papel especial em toda minha jornada.

7 "Grande parte da vitalidade de uma amizade, reside no respeito pelas diferenças, não apenas em desfrutar das semelhanças" (James Fredericks)

8 RESUMO Este estudo se dedicou a identificar no âmbito de duas escolas de Educação Infantil em Salvador, a existência de uma abordagem curricular contemplando aspectos da história e da cultura afro-brasileira; apresenta também referências didático-pedagógicas alicerçadas na Lei /03 que obriga o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira visando subsidiar o currículo de Educação Infantil. Para isso foi composto por um referencial teórico que conta um pouco da história da luta dos africanos e seus descendentes pela liberdade e por direitos, as bases legais que englobam a temática e o incentivo para se trabalhar o respeito pelas diferenças na sala de aula, com o intuito de mostrar a importância de se conhecer a cultura afro-brasileira no sentido de se ampliar conhecimento e aumentar a auto-estima dos alunos. As escolas se diferenciam por ser uma da rede pública e outra da rede privada nos bairros do Cabula VI e de Brotas, que atendem um público infantil na faixa etária de três a seis anos. Está pesquisa baseia-se na natureza qualitativa com ênfase em análises bibliográficas e entrevistas semi-estruturadas. A partir deste estudo foi possível concluir que as escolas, mesmo que timidamente e com a relutância de alguns pais por motivo de religião ou falta de conhecimento em relação a temática, estão aplicando a Lei /03 em seu âmbito, buscando principalmente incentivar o respeito às diferenças. Palavras-Chave: Cultura Afro-Brasileira - Educação Infantil - Currículo.

9 ABSTRACT This study was dedicated to identify within two kindergarten schools in Salvador, the existence of a curricular approach considering aspects of history and culture of afro-brazilian; references also presents educational-learning grounded in the law requiring the teaching /03 History and Afro-Brazilian Culture in order to support the curriculum in kindergarten. To this was composed of a theoretical framework that has a little history of the struggle of Africans and their descendants for freedom and rights, the legal bases that cover the topic and the incentive to work and respect for differences in the classroom, with order to show the importance of recognizing the african-brazilian culture in order to expand knowledge and increase self-esteem. The schools are distinguished by being one public and one private network in the districts of Cabula VI and of Brotas, who attend a public children aged three to six years. Research is based on a qualitative analysis with emphasis on literature and semi-structured interviews. From this study it was concluded that schools, even timidly, and with the reluctance of some parents on grounds of religion or lack of knowledge about the subject, are applying the Law /03 in its scope, seeking primarily to foster respect differences. Keywords: Afro-Brazilian Culture - Early Childhood Education - Curriculum.

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO BASES LEGAIS: A CONQUISTA POR DIREITOS EDUCAÇÃO E MULTICULTURALIDADE: A CULTURA AFRO- BRASILEIRA NO ÂMBITO ESCOLAR APLICANDO A LEI /03 NA EDUCAÇÃO INFANTIL ANÁLISE DE DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS...30 REFERÊNCIAS...33 APÊNCICES...35

11 10 1 INTRODUÇÃO A escolha desse tema deve-se à relevância do estudo sobre a história dos afrobrasileiros e das culturas trazidas pelos africanos, com ela podemos ampliar nossos conhecimentos e obter noções sobre a formação da cultura brasileira, da nossa história e concepção das identidades raciais, ou seja, a nossa história. A cultura afro-brasileira faz parte da nossa identidade. Este fato em si, já é relevante para se estimular o interesse pelo assunto e levá-lo a prática em ambientes infantis; é a partir desta fase da vida que se começa a ampliar as interações entre os sujeitos e é dever do educador intervir no processo de formação e percepção crítica das crianças, buscando evitar que estas se tornem preconceituosas, contribuindo, assim, para uma relação de respeito e aceitação das diferenças, do senso critico entre outras coisas. A história dos africanos é parte da história do povo brasileiro. Desde quando chegaram ao Brasil, os africanos passaram a contribuir para a história do país, suas culturas se intercambiaram com a do povo que já habitava aqui, transformando o Brasil num país multicultural. Partindo deste ponto, acredito ter muita importância um brasileiro se desenvolver sem ter uma relação preconceituosa com a sua cultura. Muitos brasileiros praticam das culturas que os africanos deixaram sem se darem conta de onde esta veio, e sem saber da sua história ou pelo menos não valorizam. Talvez, uma das soluções para superar o racismo seja a iniciativa de começar a legitimar a cultura afro-brasileira desde as crianças. O objetivo deste estudo é analisar a inclusão da história e da cultura africana no currículo das turmas de educação infantil como possibilidade de incentivar o respeito à diversidade cultural e de combate ao racismo. Para isso serão compostas reflexões sobre a importância de um currículo com ênfase na diversidade cultural brasileira, além de uma analise acerca da Lei /03 e sua relevância na história da educação no Brasil, buscado responder ao seguinte questionamento: em que medida a inclusão da história e da cultura afro-brasileira, na educação infantil, pode contribuir para o reconhecimento dos valores culturais de matriz africana no Brasil?. Uma das concepções trazida por Santos (1987, p ) conceitua cultura como sendo (...) tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade. Outro conceito de cultura em Santos (1987) diz respeito aos conhecimentos, crenças, formas de vida em sociedade.

12 O Brasil teve como alicerce da formação de seu povo participação de diversas culturas, especialmente a portuguesa, as indígenas e as africanas, tornando-se um país multicultural. Com todo o processo histórico sofrido pelo país, a vasta extensão, as diversidades de pensamentos, conhecimentos, estilos de vida e formas de ver o mundo a sua volta, entre outras coisas, temos uma grande diversidade cultural dentro do território brasileiro. Nas palavras de Santos (1987, p. 16): É importante considerar a diversidade cultural interna à nossa sociedade; isso é de fato essencial para compreendermos melhor o país em que vivemos. Mesmo porque essa diversidade não é só feita de idéias; ela está também relacionada com as maneiras de atuar na vida social, é um elemento que faz parte das relações sociais no país. A diversidade também se constitui de maneiras diferentes de viver, cujas razões podem ser estudadas, contribuindo dessa forma para eliminar preconceitos e perseguições de que são vítimas grupos e categorias de pessoas. A escola é um dos principais meios de socialização. Nela as culturas coexistem: o educador expõe para os seus alunos seus conhecimentos culturais, e estes por sua vez também expõem os seus para o professor e colegas, podendo ser influenciados uns pelos outros ou não. Tudo isso deve ser feito de maneira que um respeite a cultura do outro, e a escola deve assumir este papel, para que seus membros transmitam a sua comunidade. Em 1951 foi reconhecida a existência de discriminação étnico-racial no Brasil, por meio da Lei Afonso Arinos, aprovada sob o número 1.390/51, defendendo a igualdade de tratamentos e direitos comuns independente da cor da pele. A partir deste momento, toda instituição de ensino ou estabelecimento comercial que negue seus serviços a outra pessoa, por motivo da cor da pele, estará sujeito a pena de três meses a um ano de reclusão, além de multa. Em 5 de outubro de 1988 foi promulgada a nova Constituição Federal, quando a prática deste preconceito foi transformado em crime. No artigo 5, da mesma Constituição, onde diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose (...) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, mais precisamente no inciso VI, o qual defende a inviolabilidade das manifestações culturais, mudando, assim o quadro que havia nas Constituições anteriores, onde as manifestações da cultura negra era considerado um atentado a ordem pública e tirando todo seu valor cultural. Depois da promulgação deste artigo, o qual foi mencionado acima, os afro-descendentes que na época praticavam seus ritos às escondidas puderam realizá-los sem as intervenções das autoridades, mesmo que alguns dos membros da sociedade não aceitassem as manifestações culturais afro-brasileiras, a Constituição Federal de 1988, trouxe avanços para dispersão desta cultura. 11

13 12 Em 5 de janeiro de 1989 foi aprovada a lei 7.716, apelidada de Lei Anti- Racismo, nela se trata dos crimes relacionados ao preconceito de cor. Já o texto lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) na Lei de 20 de dezembro de 1996, diz que a história da África, sua cultura, a luta do seu povo, no Brasil e tudo mais que está relacionado às contribuições dadas pelos africanos à nossa sociedade, deve ser incluída no currículo escolar, principalmente nas disciplinas Educação Artística, História do Brasil e Literatura, com o objetivo de prover o conhecimento e o respeito pela cultura afro-brasileira aos estudantes das escolas brasileiras, portanto, estas Leis se tornaram um avanço importantíssimo para a redução dos casos de crimes relacionados ao racismo no Brasil. Em 9 de Janeiro de 2003, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva promulgou a Lei que promove uma mudança na LDB de 1996 incluindo nas grades curriculares, das instituições de ensino básico, a obrigatoriedade do estudo da História e da cultura afro-brasileira enquanto na LDB anterior só era obrigado às instituições de ensino primário a busca por este conhecimento, a partir de 2003 foi ampliando para toda a educação básica, mas ainda há muito a ser feito, pois, apesar de ser uma lei não é costume de todas as escolas brasileiras praticarem esta inclusão em seus currículos. Muitas destas instituições argumentam serem contra a religião trazida pelos africanos: o candomblé. Porém, a maioria das pessoas que defendem esta tese, as quais estão inseridas nestas instituições, não buscaram se informar do assunto, mostrando terem preconceito, e, consequentemente, transmitindo isso para os educandos, podendo torná-los cidadãos desumanos, capazes de desprezar e humilhar outras pessoas por não fazerem parte do seu grupo cultural. Mais tarde, no ano de 2008, surge a Lei , que complementa a Lei /03 incluindo a questão indígena. Inserir a cultura afro-brasileira na educação básica não significa, apenas, fazer uma rodinha de capoeira ou convidar uma baiana de acarajé na semana da consciência negra, mas organizar aulas em que os alunos aprendam sobre a trajetória do povo africano, sua cultura, religião sem que se vincule a uma determinada data. As manifestações de cultura afro-brasileira podem ser vistas, nas escolas, de diversas maneiras, por exemplo: por meio do estudo de sua história (desde a vinda dos africanos para o Brasil até a pós-abolição da escravatura), da arte (luta, danças, música), da culinária, e dos contos (tanto os que retratam o período da escravidão, como os que abordam sobre o racismo), das brincadeiras (Escravos de Jô), entre muitas outras. É de fundamental importância a inserção da história e da cultura afro-brasileira no contexto escolar, já que sua desenvoltura em sala de aula possibilita à criança um autoconhecimento, além de respeito mútuo, fazendo cumprir um papel na difusão e

14 13 socialização tanto de informação quanto de conquistas da sensibilidade e da consciência humana, de forma a estimular atitudes que valorizem e respeitem as diferenças entre ela e os demais sujeitos. As artes são umas das maneiras de se difundi-la, a exemplo da música, a qual gera na criança um maior interesse pela temática, além de facilitar seu entendimento.

15 14 2 BASES LEGAIS: A CONQUISTA POR DIREITOS A sociedade contemporânea encontra-se em um processo fragmentado de valores, resultado da diversidade cultural da história do Brasil, história esta composta principalmente por índios europeus e africanos. Devemos pensar nesta diversidade como traço fundamental na construção de uma identidade nacional, foi a partir desta diversidade de etnias que se formou o povo brasileiro. Partindo desta concepção, seria uma ignorância manter fora do currículo das escolas brasileiras as contribuições trazidas por estes povos. (...) a condição inicialmente escrava dos primeiros (os negros) e as conseqüências sócio-históricas a ela vinculadas contribuíram para acentuar a diferença que fundamenta a discriminação, mas o complexo processo de miscigenação aqui efetivado teceu o véu que pretende disfarçar o preconceito e que precisa ser permanentemente denunciado (...) (PROENÇA FILHO, 1975, p.79 apud FONSECA, 2001, p. 101). A pesar da abolição da escravatura, ocorrida em 13 de maio de 1888, em torno de 350 anos após sua inserção no país, não significou liberdade para os negros e seus descendentes. Para quem ficava na zona rural, a transferência de senhor barão para coronel proprietário impossibilitou o acesso a terra. Já na zona urbana, a situação do negro era considerada a mesma de quando era escravo: favores, obrigações. Resultado: o preço da liberdade era a miséria. Segundo Prof. Dr. Ubiratan Castro de Araújo, diretor do Instituto Pedro Calmon, o governo repreendia todas as manifestações culturais proveniente de suas origens. Além disso, os grupos que apoiavam a abolição da escravatura desapareceram quando o assunto passou a ser a inserção dos negros e mestiços na política do país. A partir de então a luta dos negros passou a ser só deles. Com o tempo foram surgindo leis que protegiam suas manifestações, mas o preconceito contra estes não cessou. Em 1970, passou-se praticar atividades voltadas para a valorização da cultura africana, a partir de iniciativas de entidades culturais, a exemplo dos blocos afros. Devido às pressões por parte dos grupos dos Movimentos Negros juntamente a intelectuais ligados à Universidade, os quais discutiam a necessidade de se realizar uma reforma no currículo, na cidade de Salvador, encaminhando em 1983, através do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da UFBA,o qual realizou o primeiro curso de Introdução aos Estudos da História e das Culturas Africanas na Bahia para professores e militantes negros, para Secretaria de Educação do Estado um oficio solicitando que fosse aceito o pedido de inclusão da disciplina

16 Introdução aos Estudos Africanos, nos currículos das escolas de 1º e 2º graus, fazendo com que em 1985, fosse aprovada sua inserção, baseando-se na Lei 5.692/71. A Constituição Federal de 1988 contempla a questão dos afro-descendentes no Brasil em alguns dos seus Artigos. Por exemplo, quando afirma no Artigo 206 que O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino Desta forma, todos têm direito a educação, não importando a etnia, crença, classe social entre outros, como mostra o Artigo 210 em que fica explicito que Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais, assim, os conteúdos deverão conter informações básicas que disponibilize ao educando noções da história, cultura, artes e outras questões. encontradas no nosso país. Por meio das pressões exercidas pelos movimentos negros pôde haver a inclusão de disciplinas que abordam a História dos Negros no Brasil e a História do Continente Africano em todos os níveis de ensino do país, devendo ser garantido através de leis, que com o passar dos anos foram se aprimorando. Um exemplo destas leis é a Constituição do Estado da Bahia de 1989, onde discorre no seu Artigo 275 que é dever do Estado preservar e garantir a integridade, a respeitabilidade e permanência dos valores da religião afro-brasileira e especialmente, afirmando no seu parágrafo IV que o Estado deve promover a adequação dos programas de ensino das disciplinas de geografia, história, comunicação e expressão, estudos sociais e educação artística à realidade histórica afro-brasileira, nos estabelecimentos estaduais de 1ª, 2ª e 3ª graus. Na década de 90 houve um notado aumento de organizações não governamentais e de grupos culturais, os quais realizavam projetos culturais relacionados à cultura afrobrasileira, de forma autônoma e criativa, aí se destacam o Ilê Aiyê e o Olodum. Tudo isso contribuiu para que em 20 de dezembro de 1996 fosse aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de nº a qual traça os princípios norteadores para a educação no Brasil, contém no artigo 26, no parágrafo 4 que o ensino da história do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia. 15

17 16 Ainda na LDB vemos no artigo 3, inciso II que alguns dos princípios do ensino no Brasil são a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber e no inciso IV que traz o respeito à liberdade e apreço à tolerância, corroborando com a importância do pluralismo de ideias e o respeito as diferenças dentro do âmbito escolar. As Diretrizes Curriculares Nacionais (Parecer nº 04 CNE/ CEB/ 98) contêm os princípios, fundamentos e procedimentos a serem exercidos na Educação Básica, determinados pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação a qual orienta as escolas no Brasil quanto a organização, propostas pedagógicas etc. Uma das diretrizes traz a questão do reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos sistemas de ensino, evidenciando mais uma vez a importância do reconhecimento das diversidades individualidades ou particularidades entre os sujeitos na escola, sejam estas diferenças referentes ao gênero, étnicas, culturais, sócio/ econômicas ou qualquer outra. Também, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/ 90, no artigo 58 existe um texto que defende o respeito aos valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura. Em 2003, esta temática ganha um importante avanço, graças a uma inovação da LDB na Lei de n , a qual altera a Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, no artigo 26 diz que nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, o parágrafo 1 discorre que O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil, e o parágrafo 2 conclui que Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. Em 10 de março de 2004 foi aprovado o Parecer CNE/CP 003/2004, pelo Conselho Nacional de Educação, cujos conselheiros foram a relatora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Carlos Roberto Jamil Cury, Francisca Novantino Pinto de Ângelo e

18 Marília Ancona-Lopez, com o objetivo de acatar as finalidades contidas na Indicação CNE/CP 6/2002, ao mesmo tempo em que regulamenta e reforça a alteração trazida à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, através da Lei /200. Neste mesmo ano são estabelecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, por meio da Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004, visando instituir tais diretrizes. No Art. 2 desta Resolução vê-se que estas Diretrizes trazem (...) orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas (..) Dessa forma, graças ao respaldo legal, foi possível ampliar ou garantir as possibilidades de se trabalhar em sala de aula, especialmente com as crianças, as questões referentes à nossa diversidade cultural. 17

19 18 3 EDUCAÇÃO E MULTICULTURALIDADE: A CULTURA AFRO- BRASILEIRA NO ÂMBITO ESCOLAR Os autores Brandão (1996) e Libâneo (2002) dão importantes contribuições sobre a educação. Ambos, em seus respectivos livros, conceituam a educação e defendem que em todo grupo social ela está relacionada com sua cultura, com isso eles querem dizer que os costumes de um povo refletem em sua educação. Para Brandão (1996) falar em Pedagogia é o mesmo que dizer processos formalizados de ensino e Educação pode ser expresso por processos sociais de aprendizagem. Aí está à diferença entre as duas: enquanto a Pedagogia acontece em ambientes formais, escolas, utilizando técnicas; a educação ocorre em todos os lugares, e com ela se aprende conhecimentos que serão mais úteis que muitas coisas que verão nas escolas, sendo assim, As pessoas convivem umas com as outras e o saber flui, pelos atos de quem sabe-e-faz, para quem não-sabe-e-aprende. (...) A criança vê, entende, imita e aprende com a sabedoria no próprio gesto de fazer a coisa (BRANDÃO,1986, p. 18). Ele também é defendido que a Pedagogia é a prática da educação. O Brasil em si é um país multicultural, e desta forma se evidencia a necessidade de se trabalhar todas as culturas que contribuíram para a formação cultural do povo brasileiro nas escolas brasileiras. Assim, pode-se concluir que se houver práticas de exclusão de certas culturas ou um tratamento diferenciado (menosprezado) de um aluno oriundo de alguma cultura, as crianças tomaram as mesmas atitudes, prevalecendo um ambiente de exclusão. Por estes e outros motivos torna-se necessário trabalhar a multiculturalidade na sala de aula, especialmente na educação infantil. (...) A multiculturalidade não se constitui na justaposição de culturas, muito menos no poder exacerbado de uma sobre as outras, mas na liberdade conquistada, no direito assegurado de mover-se cada cultura no respeito uma da outra, correndo risco livremente de ser diferente, sem medo de ser diferente, de ser cada um para si, somente como se faz possível crescerem juntas e não na experiência da tensão permanente, provocada pelo todo-poderosismo de uma sobre as demais, proibidas de ser (FREIRE, 1992, p. 156). Um ambiente multicultural empenha-se em proporcionar, às pessoas que nele convivem, a renovação de mentalidade, a vitória sobre o preconceito, combatendo as ações discriminatórias, e para isto requer-se uma nova ética respaldada no respeito às diferenças. Eis aí o papel central da escola, apesar disso não ocorrer de fato em algumas das instituições.

20 19 Numa sala de aula onde prevalece um ensino que privilegia diversas culturas, incentiva o desenvolvimento da auto-estima dos alunos, fazendo que se percebam como parte integrante da história do Brasil. Estas ações resultam, consequentemente, na melhoria da qualidade de ensino, e preparando o educando para a cidadania. Partindo deste pensamento Candau afirma que (...) O que precisa ser mudado não é a cultura do aluno mas a cultura da escola, que é construída a partir de um único modelo cultural, o hegemônico, apresentando um caráter monocultural (CANDAU, 2002, p. 85). Numa sala de aula onde prevalece um ambiente que favoreça a multiculturalidade, a educação deixa de ser um fator de exclusão para ser um fator de coesão. Segundo Candau (2002) a educação multicultural abrange alguns paradigmas, dentre eles se destaca o desenvolvimento do autoconhecimento, no qual o objetivo seria o sucesso acadêmico de educandos de minorias étnicas e o conhecimento de sua própria identidade, podendo ser praticado através dos centros de estudos étnicos, os quais dão relevância às contribuições dos grupos, e, também por meio das unidades que retratam temas sobre heróis étnicos. O racismo é outro dos paradigmas, abrangidos pela autora; nele se busca reduzir o preconceito racial a nível pessoal e institucional no âmbito escolar e na sociedade como todo, vindo acontecer por meio de oficinas anti-racistas e cursos para professores, por exemplo. Só um ambiente que vise uma cultura verdadeiramente cívica, que esteja ao alcance de todos, será capaz de evitar que as diferenças existentes entre os indivíduos gerem desigualdades, e as singularidades reflitam nas aspirações de inimizades. A noção de raça, segundo Marco Aurélio Luz (2004), no seu artigo Paraguaçucaramuru: diversidade e conflitos de civilização, tendência a divisão os grupos culturais por meio da tonalidade da pele, elegendo grupos superiores e inferiores. Consequentemente desconsiderando as diversidades humanas, tais como seus valores, conhecimentos, costumes entre outras riquezas construídas, conquistadas e perpetuadas através de gerações. A divisão da humanidade em raças intensifica a prática do racismo, negligenciando as diversidades culturais que apresentam muitas riquezas, alem de repercutir em alguns grupos culturais se sentirem melhores e mais importantes que os outros, acreditando ser portador do direito de menosprezar os valores, crenças, fenótipos, entre outros, que não lhes pertencem, podendo resultar na baixa auto-estima, podendo acarretar na inibição da construção da identidade dos sujeitos. Precisamos nos libertar da Educação Eurocêntrica a qual se encontra impregnada na nossa sociedade, provocando a perpetuação do preconceito. A Educação formal no nosso país teve por muito tempo a cultura Eurocêntrica como a melhor, a única que prestava, sendo

21 que para algumas pessoas ainda continua sendo, renegando as outras culturas, mesmo estas fazendo parte da sua formação cultural. As crianças crescem nestes ambientes e internalizam as informações encontradas neles, mesmo elas estando contidas no currículo oculto da escola, o qual engloba todas as atividades que não constam como parte do currículo da escola, mas estão contidas no dia-a-dia dos membros da comunidade escolar, tais como cadernetas de frequencia, matérias, combinados, penitencias e muitas outras. Por isso devemos mostrar os valores, a história, ou seja, nossa própria cultura, abrindo os olhos desde pequenas para sua realidade, que na sua maioria é formada por afro-descendentes. Devemos mostrar para nossas crianças que todos nós somos diferentes em vários sentidos, seja nas características físicas, no modo de pensar, na personalidade, nos gostos entre outros, no entanto, perante as leis do nosso país, e da condição que envolve a todos nós, que é a de ser humano, devemos ter os mesmos direitos, sejamos negros ou brancos, ricos ou pobres, homens ou mulheres, apesar de não ser o que acontece de fato. Segundo Antanas Mockus, na obra Aprender a viver juntos, sob organização de BRASLAVSKY, devemos esclarecer as crianças que apesar dos outros terem regras parcialmente distintas às minhas, de nenhuma maneira significa que eu possa ou deva negligenciar as minhas. Se reconheço a legitimidade de outras tradições culturais, nem por isso devo debilitar meu interesse por elaborar e intensificar minha preferência por uma tradição específica (MOCKUS, In: BRASLAVSKY,2002, p. 22). Urge uma educação que contemple a visão de que somos diferentes sim, e que devemos ter estas diferenças respeitadas e valorizadas. A escola, no todo, deve estar sempre contemplando as diversas culturas existentes no espaço, principalmente aquelas que formam a raiz cultural do país: africana, indígena, portuguesa, além da italiana. No caso do estado da Bahia a cultura afro-brasileira deve está ainda mais presente por ser o estado onde a presença de afro-descendentes é mais forte, e consequentemente a cultura disseminada pelos africanos e seus descendentes nascidos no Brasil. Para isso devemos estimular as crianças a aprender a conviver, fazendo da escola uma mostra do mundo lá fora, mostrando a elas que vivem num país diversificado, construído a partir de várias culturas, que é preciso respeitar as diferenças. Segundo Braslavsky (2002, p. 14) Conviver é chegar a viver juntos entre distintos sem os riscos da violência e com a expectativa de aproveitar de maneira fértil nossas diferenças. O desafio da convivência é basicamente o desafio da tolerância à diversidade e esta encontra sua manifestação mais clara na ausência de violência. 20

22 21 Para que o trabalho com o desenvolvimento do respeito à diversidade cultural tenha o efeito positivo é importante a colaboração tanto da comunidade escolar a quanto das famílias, as quais devem ter consciência da relevância das práticas culturais no âmbito das escolas, desde a creche e Educação infantil, alcançando assim as crianças desde pequenas. É importante que as crianças brasileiras conheçam sobre a história do seu país contada pela visão do oprimido, a história dos seus ancestrais desde sua vida na África a sua trajetória no Brasil, sua luta, conquistas até os dias atuais assim como a herança cultural que nos foi deixada. Através destes conhecimentos o sujeito toma mais consciência de se si mesmo, de sua identidade e da importância do respeito mútuo num ambiente multicultural como nossas escolas, dessa forma aprendendo a respeitar a todos por onde for. A cultura afro-brasileira é bastante extensa, sendo que ela predomina em todo o Brasil, especialmente no estado da Bahia, onde se encontra a maior população negra fora da África. As heranças culturais deixadas pelos africanos que aqui viveram na época da escravidão estão presentes por toda parte da cidade de Salvador. Partindo destas informações, o mais coerente seria que as instituições de ensino propagassem esta cultura em seu âmbito, coisa que vem acontecendo em poucas escolas, e geralmente em datas especificas, como na semana da Consciência Negra (20 de novembro) e em 13 de maio (abolição da escravatura), e mais recentemente a inclusão da capoeira no currículo das escolas da rede particular.

23 22 4 APLICANDO A LEI /03 NA EDUCAÇÃO INFANTIL Existem diversas formas de trazer a cultura afro-brasileira para a escola. A literatura é uma delas. Através da literatura infanto-juvenil podemos oferecer às crianças uma gama de conhecimentos e percepções transmitidas através da linguagem e das imagens. Desta forma o livro deve ser escolhido com cuidado, muitas obras que abordam a temática negros, africanos, afro-brasileiros, entre outros, estereotipam e até ridicularizam os personagens que representam as pessoas de pele negra, podendo acarretar na negação da criança a sua própria imagem, ela se nega a ser negra ou afro-descendente, criando uma referencia negativa. Heloisa Pires Lima, no seu artigo Personagens Negros: Um breve perfil na literatura infanto-juvenil, publicado na obra Superando o racismo na escola sob a organização de Kabengele Munanga (2005), discute a temática e traz grandes contribuições a cerca da literatura infanto-juvenil, dando dicas de livros, autores, tais como Ana Maria Machado (Menina bonita do laço de fita), Joel Rufino dos Santos (A botija de ouro), Alaíde Lisboa de Oliveira (A bonequinha preta) entre outros. Estas obras trazem uma visão positiva do sujeito negro e da cultura trazida pelos africanos. Nas palavras de Heloisa Pires Lima Se a pessoa acumula na sua memória as referências positivas do seu povo, é natural que venha à tona o sentimento de pertencimento como reforço à sua identidade racial. O contrário é fácil de acontecer, se se alimenta uma memória pouco construtiva para sua humanidade. (LIMA, In: MUNANGA, 2005, p.120) Na mesma obra de Munanga encontras-se outro artigo interessante de autoria de Maria José Lopes da Silva cujo titulo é As artes e a diversidade étnico-cultural na escola básica. A autora traz informações pertinentes que prova a importância e disseminação da cultura africana pelo mundo, mesmo este fato sendo negado pelos ocidentais, que tomaram as ideias como se fossem os autores, e desconhecido por muitos até os dias atuais. É como aconteceu com a conhecida arte abstrata ou a arte moderna, no entanto já era praticada há séculos pelos povos africanos em suas indumentárias, acessórios, utensílios entre outras coisas no seu dia-a-dia, porem era dada, e ainda é quando é representada como arte africana, como primitiva e inferior. Devemos ficar atentos para trazer as artes de forma que os educandos possam reconhecer a cultura africana como uma das culturas mais antigas e percussora de outras culturas, contribuindo especialmente para a nossa formação cultural. Existem modalidades específicas em que podemos trabalhar com a cultura afro-brasileira, o respeito às diferenças

24 23 entre outros assuntos que englobam a temática. Entre as modalidades encontram-se o teatro, as artes visuais, a música e a dança. Segundo Maria José Lopes da Silva, ainda no seu artigo As artes e a diversidade étnico-cultural na escola básica, o teatro ao contrario do que muitos pensam já existia muito antes dos gregos levarem a fama por sua criação. O Irin Ajo, por exemplo, é uma tradição Ioruba, um jogo teatral que tem função de proporcionar diversão e divertimento ao público. Para a sala de aula é interessante que sejam realizadas atividades que explorem o respeito pelas diferenças, pelas culturas, o reconhecimento da história e das culturas africanas e afrobrasileiras, através de encenações que retratem a história, a luta, costumes, lendas e outras coisas. As artes visuais são muito importantes para a formação das crianças. Nas aulas o professor deve, através dela, levar em conta o cotidiano dos alunos para que a aprendizagem seja significativa. Durante as atividades o docente deve deixar claro que o Belo se torna irrelevante diante do sagrado, as máscaras são um bom exemplo disso. Dada como feias por muitas pessoas que não compartilham da mesma cultura, as máscaras são criadas para fins cerimoniais religiosos e sociais. Ao trabalhar as artes visuais, deve-se encaminhar o educando a reconhecer a ancestralidade, assim como a atualidade das culturas africanas que fizeram parte da nossa formação cultural, a construção da concepção de estética africana, se reconhecer como membro do grupo, entre outras questões. Para isso atividades como confecção de mascarás, desenhos e pinturas representando a temática, a exemplo dos estilos de tatuagem, tecidos fora outras atividades que podem ser usadas com as crianças desde a Educação Infantil. Ao se trabalhar música com crianças é interessante que se inicie a partir de sons tirados do próprio corpo, explorando ritmo, tonalidade e intensidade, outra opção boa são os instrumentos de percussão. A escolha e o uso dos demais instrumentos seria ideal que partisse do interesse de cada aluno a aprender. O ritmo está presente em todas as modalidades da arte africana, seja nas pinturas, ou na poesia, na prosa, na música, na dança e em diversas outras situações. Nas palavras de Maria José Lopes da Silva o ritmo É o que dá forma à palavra, o que a torna viva e eficaz, a ponto de ele acreditar: a palavra rítmica divina criou o mundo (SILVA, In: MUNANGA, p. 136, 2005). A fábula e o conto são algumas das heranças que nos foram deixadas pelos africanos, estão em forma de prosa que possuem ritmo. Através da música o professor deve buscar valorizar a identidade do educando, estimular a criatividade, reconhecer a influencia das culturas africanas na arte brasileira. O educador pode desenvolver

25 24 atividades que explorem os sons do corpo, construção de instrumentos, podendo utilizar materiais recicláveis. Maria José Lopes da Silva ainda discorre que a dança também está presente em todo o cotidiano do africano desde seu nascimento, passando por todas as fases que marcam a sua vida, como cerimônias de passagem para a adolescência, idade adulta, casamento e morte. A dança está presente em cada movimento seja no trabalho, nas atividades domésticas, num simples caminhar ou até mesmo numa expressão facial. O ideal é que trabalhe a dança, articulando com as outras modalidades de arte, como por exemplo, a música. É importante que sejam realizadas atividades que possibilitem aos educandos a conhecerem seu próprio corpo, suas capacidades e seus limites, com o objetivo de desenvolver os aspectos cognitivos, motores do corpo, assim como estimular a criatividade e à aprender a conviver. Ter a capoeira como um dos esportes escolares seria um método interessante para a estimulação da curiosidade sobre a sua história, e o interesse de saber como esta surgiu no Brasil. Também, acredita-se que a inserção do ensino da capoeira nas escolas possibilita ao educando um maior interesse pelas aulas de educação física. É comum as instituições abordarem apenas esportes como futebol, basquete, baleado, abolindo as artes como, por exemplo, a capoeira, o judô e outros que envolvem as artes de lutas. A capoeira faz parte da história de construção da cultura do povo brasileiro, e por isso não deveria ser descartada do currículo escolar. A importância da capoeira como esporte e arte vêm dar um importante respaldo no processo histórico de marco cultural, que por muitas vezes encontrasse esquecida do nosso sistema educacional, por isso é preciso abrir espaços no currículo escolar para a inserção deste esporte, pois é algo que faz parte da nossa história e não pode ficar desprezada, pois a capoeira além de uma luta (um esporte) é uma arte, e como tal deve ter seu valor respeitado. Durante as entrevistas percebe-se que as escolas da rede privada vêm inserindo a capoeira no seu âmbito, como aula optativa, estando a prática pela criança sob escolha da família. Na capoeira são utilizados instrumentos musicais com a função de acompanhamento. O berimbau é um deles, sendo considerado o símbolo desta luta. A maioria destes instrumentos podem ser confeccionados manualmente, necessitando de poucos recursos. O berimbau, por exemplo, é composto por um arco feito de uma vara de madeira, um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara, e uma cabaça que funciona como uma caixa de ressonância, ele tem a função de marcar o ritimo da luta. Em Abramowiz (2006), vê-se o quanto é simples e produtivo, cognitivamente falando, a confecção de instrumentos de origem afro-brasileira. Ela dá como exemplo

26 25 situações onde, em sala de aula, o professor pode fazer que seus alunos produzam esses instrumentos e assim conheçam a origem dos mesmos. O atabaque, por exemplo, pode ser improvisado, em sala de aula, utilizando dois vasos plásticos de flores, um bexigão, cola e fita crepe colorida para enfeitar da forma que cada um quiser, podendo ser confecciona por crianças de quatro a seis anos. Com simples instrumentos, as crianças têm a capacidade de tocar com pouca técnica, canções educativas, cativando cada vez mais a curiosidade por outros instrumentos e músicas. A comida que degustamos no nosso dia-a-dia mostra a contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para a culinária do nosso país, especialmente as culinárias da região Nordeste, onde a maioria da população é afro-descendente, e conservam características desta cultura. Na culinária deixada pelos africanos destacam-se pratos saborosos. As Escolas podem promover projetos em que envolvam a culinária, por exemplo, cada dia da semana um prato de uma cultura diferente, determinando um dia para pratos da culinária africana ou afrobrasileira. Os estudantes podem ser estimulados a pesquisar sobre a culinária afro-brasileira, e a partir daí resultar no interesse em descobrir mais sobre a cultura africana. O educador pode utilizar, também, de exposição de ingredientes da culinária afro-brasileira para posteriormente preparar um prato junto com os educandos. Por meio de dinâmicas os alunos aprendem de forma prazerosa, obtendo maiores interesses no assunto, transmitindo o que aprendeu com suas pesquisas e nas aulas práticas a preparar as comidas. As crianças também podem compor parodias em cima de músicas bastante conhecidas, levando a letra para a sua realidade, ou até mesmo para um assunto de uma aula de algum professor, fazendo que seus interesses pelo tema sejam aguçados. Em Portela (1997) vê-se, como exemplo, a música veja os cabelos dela de autoria de Tiririca, nela a mulher negra é discriminada em toda a letra, a partir desta um grupo de alunos modificaram a letra, desta vez, valorizando a mulher negra. Todas essas manifestações, se levada ao conhecimento das crianças, podem aguçar seu interesse pela história de seu país, pelos esportes, pela música, pelas artes e outros, educando-as a fim de torná-las cidadãos de boa índole, que respeitam as diversidades encontradas na sociedade. A escola é um ambiente onde se encontram pessoas dos mais variados fenótipos. Muitas dessas pessoas sofrem discriminação, e um dos motivos é a sua cor da pele ou a cultura em que elas se espelham. Esse tipo de preconceito causa na criança um sentimento de baixa auto-estima, sendo prejudicial ao seu desenvolvimento psicológico. É papel fundamental da educação, capacitar os indivíduos para compreender a si e aos outros,

27 consequentemente respeitando a diversidades, sendo esta a condição necessária para a cidadania. A educação deve, pois procurar tornar o individuo mais consciente de suas raízes, a fim de dispor de referências que lhe permitam situar-se no mundo, e deve ensinarlhe o respeito pelas outras culturas (...) O conhecimento das outras culturas tornanos, pois, conscientes da singularidade da nossa própria cultura mas também existência de um patrimônio comum ao conjunto da humanidade (DELORS, 2003, p.48). Quando se traz para a sala de aula, frequentemente, temáticas que exponham as diversas culturas encontradas no Brasil, dá à criança a idéia de que ela vive num ambiente diversificado, e que ele é diferente, em vários pontos, das outras pessoas, e que tanto a cultura que norteia a vida da família dela quanto as que os outros vivenciam tem o seu valor, sua beleza e tem de ser respeitadas. Nada mais importante para o ser humano do que se sentir aceito, amado, querido e respeitado (LUZ, 2000, p. 164). Atitudes como esta tornam um ambiente multicultural mais instrutivo, prazeroso e melhor para se conviver 26

28 27 5 ANÁLISE DE DADOS Este trabalho foi orientado por uma abordagem qualitativa de pesquisa, a qual consiste em interpretar e divulgar os sentidos dos acontecimentos do mundo social, diferenciando da pesquisa quantitativa por não ter como objetivos principais enumerar e/ou medir acontecimentos, tornando dispensável o uso de instrumentos estatísticos. Desta forma a pesquisa qualitativa, segundo Minayo (2007, p. 21): A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela ocupa, nas Ciências Sociais, com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por interpretar as suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus semelhantes. A escolha desta metodologia de pesquisa qualitativa se deu por se adequar melhor a temática proposta neste estudo, A inserção da história e da cultura afro-brasileira na educação infantil, levando em conta que por meio dela podemos entender e coletar os fatos ocorridos neste fenômeno social de uma forma mais completa, já que podemos saber o real significado que o assunto tem para os sujeitos pesquisados, tencionando obter resultados mais satisfatórios do que seria se fosse optada a pesquisa quantitativa. Foram utilizadas questionários, considerando este de suma importância representativa no processo de coleta de dados, sendo uma das principais técnicas de trabalho utilizada na maioria das pesquisas acadêmicas ou científicas. Os questionários foram realizadas com os professores, gestores e pais de alunos matriculados nas turmas de educação infantil de uma escola municipal situada no bairro do Cabula XI e numa escola da rede particular localizada no bairro de Brotas, sendo aplicado também o método de observação dos mesmos. Após a aplicação dos questionários, será feita a organização dos dados para uma análise qualitativa dos mesmos. Esta análise será feita confrontando a revisão de literatura e os dados levantados. Foram realizados um total de oito questionários, sendo dois aplicados com os gestores das escolas, três com professores de turmas da educação infantil e quatro com pais ou responsáveis de alunos. Acreditando que estes exercem forte influência na aplicação da Lei , sendo que alguns interferem no processo de aplicação de algumas atividades, por pensarem ser prejudicial na educação de seus filhos. A escola da rede municipal é de pequeno porte, atendendo a uma turma de educação infantil em cada turno, o grupo 5, onde encontram-se crianças entre 4 e 6 anos. A

29 28 escola da rede privada é de médio porte e atende crianças desde os dois anos até o 5º ano do fundamental 2, tem aulas de capoeira e natação em turnos opostos aos das aulas. De acordo com a análise de dados dos questionários, os professores conhecem a Lei /03 e pensam ser relevante a sua aplicação em turmas de Educação Infantil, pois amplia os conhecimentos sobre a formação do povo brasileiro, auxiliando na construção da moral do sujeito desde criança e na erradicação do preconceito em relação à cultura afrobrasileira, provocando assim o respeito e a valorização pelas diferenças culturais existentes, além de induzir nas crianças um sentimento de pertencimento muito positivo, estes valores aprendidos desde cedo podem deixar nos sujeitos marcas que vão ficar por toda sua vida. Em ambas as escolas em que foram aplicados os questionários, as gestoras afirmam utilizar a Lei /03, a partir de projetos que viabilizem estratégias de ensino que valorizem a história e a cultura afro-brasileira durante todo o ano letivo, dentro e fora da sala de aula, demonstrando preocupação ao argumentarem sobre a relevância e a necessidade da inserção da Lei a fim de que haja a desconstrução do preconceito e da discriminação. Dentro da sala de aula as professoras entrevistadas dizem aplicar a Lei 10639/03 em seu contexto escolar através de atividades lúdicas, como as literaturas, as músicas, as dramatizações entre outras, que promovam e provoquem esse tipo de discussão, na intenção de incentivar as crianças a perceberem a diversidade a nossa volta e a importância de se respeitar e valorizar as diferenças. Segundo as professoras as crianças, em geral, participam das atividades propostas, voltadas para atender a Lei /03, sem criarem empecilhos, encarando tudo com naturalidade. Quando surge algum impasse, o mais comum é em relação aos aspectos físicos dos alunos, tais como cor e cabelo, mesmo a maioria das crianças sendo negras, as vezes negam a sua condição. Uma das gestoras afirmou não haver barreiras na aplicação da Lei /03. A gestora da escola municipal disse encontrar um pouco de obstáculos, pois algumas pessoas não se encontram preparadas para trabalhar ou falar sobre esta temática, acreditando que o diálogo seja a melhor forma para derrubar tais barreiras. Quanto os entraves encontrados pelos professores na aplicação da Lei, a resistência maior é a da família por falta de esclarecimento, por isso a escola deve estar sempre aberta ao diálogo, sendo o assunto pivô para a relutância dos pais, a questão da religiosidade, principalmente por parte das famílias evangélicas. Em relação aos pais e responsáveis, as docentes disseram encontrar certa relutância dos em relação a práticas da cultura afro-brasileira na escola, como é o caso da

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