A VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: REVELAR E DESVELAR O ABUSO E A EXPLORAÇÃO SEXUAL NA COMARCA DE TOLEDO (PR)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: REVELAR E DESVELAR O ABUSO E A EXPLORAÇÃO SEXUAL NA COMARCA DE TOLEDO (PR)"

Transcrição

1 A VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: REVELAR E DESVELAR O ABUSO E A EXPLORAÇÃO SEXUAL NA COMARCA DE TOLEDO (PR) Zelimar Soares Bidarra 1 Edvane de Oliveira dos Santos 2 INTRODUÇÃO Crianças e adolescentes são pessoas em desenvolvimento, titulares de vários direitos, que devem ser protegidas pelo Estado, Sociedade e Família contra qualquer forma de violência. No entanto, certas relações sociais desenvolvidas a partir de formas indiscriminadas de exercício do poder evidenciam distorções e violações dos direitos humanos fundamentais e violências contra a criança e o adolescente. Dentre as formas de violência que estão presentes nas experiências de vida de inúmeros sujeitos, destacase a violência sexual que contém a violação da liberdade sexual, na medida em que se manifesta através de atos que desrespeitam os limites da intimidade e da privacidade do corpo de outrem. Caracteriza-se como uma violência porque a invasão e a manipulação do corpo são praticadas sem o consentimento da pessoa vitimizada (BRASIL, 2004). No contexto da citada temática, o presente trabalho apresenta alguns dos resultados obtidos com a pesquisa de iniciação cientifica intitulada Percorrendo pistas e evidências para conhecer a violência sexual contra crianças e adolescentes no município de Toledo (PR), cuja motivação foi a de buscar elucidar a trama de relações e dramas 1 Professora Adjunta do Curso de Serviço Social da UNIOESTE (PR). Coordenadora da Pesquisa sobre as Práticas de Violência (doméstica e sexual) contra crianças e adolescentes e a atuação dos Agentes Protetivos (PR)/Fundação Araucária. Pesquisadora-membro Grupo de Pesquisa GEMDEC/UNICAMP e do Grupo de Pesquisa: Cultura, Relações de Gênero e Memória (UNIOESTE). Professora Orientadora do Projeto PIBIC sobre a Violência Sexual contra a Criança e o Adolescente. Coordenadora do Programa de Apoio às Políticas Sociais/PAPS e colaboradora do Projeto do Ponto de Apoio aos Conselhos de Políticas Sociais/ Ponto, membro Grupo de Pesquisa GEMDEC/UNICAMP e do Grupo de Pesquisa: Cultura, Relações de Gênero e Memória (Unioeste). Instituição: Unioeste. Endereço para contato: UNIOESTE/Toledo, Rua da Faculdade, 645 Jardim Santa Maria - Toledo. zelimar@yahoo.com.br; Telefones para contato: (45) /(45) Ramal Acadêmica do 4 º ano do Curso de Serviço Social da UNIOESTE Campus Toledo. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UNIOESTE/ Fundação Araucária. Endereço para contato: UNIOESTE/Toledo, Rua da Faculdade, 645 Jardim Santa Maria - Toledo. Telefones para contato: (45) Ramal edvane_@hotmail.com 1

2 vividos por crianças e adolescentes que são violentados em sua liberdade e dignidade. Para tanto, desde o ano de 2005, a equipe de pesquisa coordenada pela Profa. Zelimar Soares Bidarra tem envidado esforços para desenvolver diferentes atividades investigativas, dentre as quais, tem-se as sobre as formas de manifestação e de registro das práticas de violência sexual em Autos de Processos da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Toledo (PR). Esse trabalho tem sido feito em diferentes etapas e os dados e análises até então armazenados correspondem aos anos de 2003 a Contudo, os resultados ora apresentados correspondem ao período de o que possibilitou uma ampliação da visão sobre as condições que interferem na prática da violência sexual no município de Toledo (PR). De posse de dados que cobrem um período maior de tempo, tem-se melhores condições de compreender e de propor alternativas que contribuam para a criação e fortalecimento dos serviços que devem integrar a rede de apoio às vítimas, e também aos agressores de violência sexual. E, desta forma, reforçamos o compromisso da universidade 3 com a garantia e a defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Assim sendo, o objetivo geral proposto foi ampliar o mapeamento e proceder a análise sobre os casos de violência sexual, ocorridos nos anos de 2001 e 2002, no município de Toledo e que constam como Autos de Processos na Vara de Infância e Juventude. E os objetivos específicos foram identificar os casos de Violência Sexual ocorridos nos anos de 2001 e 2002; identificar os elementos e traçar um perfil do agressor e da vítima; e comparar os elementos dos perfis dos agressores e vítimas obtidos pelas pesquisas dos anos de 2003 a 2006 com os desta pesquisa que coleta dados dos anos de 2001 e A PRÁTICA DA VIOLÊNCIA SEXUAL Para a compreensão de que tipo de prática se está tratando é importante, ainda que de modo breve, elucidar o espaço da violência na sociedade e na infância. Primitivamente, 3 Informamos que a partir da iniciativa das equipes do PAPS e do Ponto buscou-se a colaboração do prof. Clodis Boscaroli e de acadêmicos, do curso de Informática da Unioeste campus Cascavel, para a elaboração de um banco de dados que sistematize informações sobre a violência sexual contra a criança e o adolescente no Estado do Paraná. 2

3 segundo Odália (1983), uma das condições básicas de sobrevivência do homem foi a sua capacidade de produzir violência numa escala desconhecida pelos outros animais. No entanto, com o passar dos anos as manifestações da violência ganharam contornos diferenciados, progressivamente foi-se modificando a forma natural da violência como recurso de defesa; e, passou-se a tê-la como conseqüência do modo como o homem organiza a sua vida, de forma compartilhada e em constante disputa, para com outros homens. Apesar de persistir e tender a manifestar-se e ser aceita como natural e normal, a violência contém inúmeras faces das desigualdades, e, em qualquer de seus tipos não se pode descartar a influência da estrutura social que, historicamente determinada, perpassada diferentes relações e instrumentos de poder. Segundo Saffioti (In: AZEVEDO; GUERRA, 2000) na sociedade estão presentes sistemas de dominaçãoexploração que dão forma ao poder, sendo eles: a submissão das classes subalternas pelas classes dominantes (capitalismo); a assimetria nas relações de gênero que subordina a mulher ao homem (patriarcado); e o racismo, que permite ao branco determinar o lugar do negro na estrutura social. A natureza destes sistemas de dominação-exploração é contraditória e antagônica. Contudo, a despeito das ambigüidades inerentes a esses sistemas, em um deles conserva-se o argumento preponderante de que o poder do adulto sobre a criança visa a sua socialização, para torná-la um adulto que obedece às regras e normas estabelecidas socialmente. Desta forma, os interesses não são entendidos e assimilados como opostos e contraditórios, porque se formulou a convicção de que a criança deve submeter-se ao adulto. Com base nisso, se gestou um ambiente ideal para a presença e reiteração da violência, um local fechado ao olhar público, o espaço doméstico, e considerado sagrado: a família (PINHEIRO In: AZEVEDO; GUERRA, 2000). No contexto desse espaço desenrolam-se diferentes formas de submeter à criança ao poder do adulto, tudo isso mediante o recurso das práticas violentas, as quais constituem-se em abusos, porque mostram a (...) transgressão do poder disciplinador do adulto (AZEVEDO; GUERRA, 2000, p. 35). Dentre as inúmeras violências praticadas contra crianças e adolescentes, segundo Azevedo e Guerra (2000), algumas 3

4 têm no lar sua origem e espaço privilegiado, embora não se restrinjam a ele. Mas, é fato inconteste que no contexto do intitulado o lar tem se reproduzido um circuito pernicioso e um ciclo de violência que tem na mulher e na criança suas vítimas mais freqüentes. Isso devido ao padrão de relações sociais estabelecidas, referenciadas no machismo e patriarcado, que não é característico da condição de pobreza, muito pelo contrário, encontra-se em todas as classes sociais. Dentre as diversas formas de violência, esse texto centra seu foco na dramaticidade da violência sexual, porque esta representa uma grave violação dos direitos humanos, na medida em que rompe com os direitos ao respeito, à dignidade e à liberdade, prejudicando o desenvolvimento saudável da sexualidade. Segundo o Guia Escolar (BRASIL, 2004, p.23): Dominação de gênero, classe social e faixa etária, sob o ponto de vista histórico e cultural, contribuem para a manifestação de abusadores e exploradores. A vulnerabilidade da criança, sua dificuldade de resistir aos ataques e o fato de a eventual revelação do crime não representar grande perigo para quem o comete são condições que favorecem sua ocorrência. Em geral, o silêncio tende a cercar o ambiente em que se tem a prática da violência contra a criança, seja porque algumas dessas práticas são passíveis de punição criminal, seja porque a revelação e rompimento do silêncio provocaria o desmoronamento da instituição família, denunciando que esta não cumpriu para com o seu dever de proteção (SAFFIOTI In: AZEVEDO; GUERRA, 2000). Nesse contexto, a vítima é envolvida num pacto de silêncio, em que sua liberdade é cerceada e do qual apenas sairá se revelar a violência a que foi submetida. 2. O ABUSO SEXUAL E A EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL NA COMARCA DE TOLEDO (PR) A presente pesquisa classifica-se como exploratória combinada com descritiva e sua operacionalização deu-se mediante a realização de um conjunto articulado de ações, que privilegiou a busca de dados em Autos de Processos (documentos) da Vara da Infância e Juventude do município de Toledo que registrassem ocorrências de violência sexual 4

5 contra o segmento infanto-juvenil. A investigação focou-se na consulta a essa fonte para efetuar o levantamento e a elaboração de um quadro quantitativo sobre as características peculiares dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorridos nos anos de 2001 e de Visando diferenciar e categorizar os tipos de violência e os agentes envolvidos, os dados foram arrolados a partir do uso de uma Ficha que elenca questões referentes às condições em que ocorreu à prática da violência. Para a identificação das situações de violência sexual, relativas aos anos de 2001 e 2002, foram consultados 657 Autos de Processo. Acrescendo-se a esse número o das pesquisas anteriores tem-se que para o período de 2001 a 2006 consultou-se 1946 Autos de Processo da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Toledo (PR). Deste universo constatou-se 34 situações referentes à prática da violência sexual contra crianças e adolescentes. Apresenta-se abaixo a distribuição, por ano, da quantidade de Autos de Processo em que se detectou indícios de violência sexual: GRAFICO 1 - PROCESSOS JUDICIAIS RELATIVOS A VIOLENCIA SEXUAL EM TOLEDO

6 Do levantamento de dados realizados nestes 34 Autos de Processos procedeu-se a concentração numérica das vítimas e acusados, tendo em vista o ano de abertura do Auto de Processo. Deparou-se com a seguinte quantidade de vítimas e de acusados: GRÁFICO 2 - Número total de vítimas: GRÁFICO 3 - Número total de acusados:

7 Observa-se que o número de Autos de Processos e, consequentemente, o número de vítimas e de acusados não é estável, apresentando-se ora regressivamente, ora progressivamente. Os estudiosos dessa temática, vide referências, afirmam que a violência sexual vitimiza muito mais sujeitos do que nos é permitido conhecer. Desta forma, destaca-se a importância da denuncia, pois a revelação da violência deveria elevar o número de Autos. Entretanto, os dados registrados apontam para a redução do número de Autos de Processos, nesse sentido parece oportuno indagar: será que efetivamente ocorreu uma diminuição do número de ocorrências ou o que se teve foi a redução do número de denuncias? Nos gráficos nota-se que o aumento do número de Autos de Processos relaciona-se ao aumento do número de vítimas e de acusados. No entanto, percebe-se a presença de um número maior de acusados e de vítimas do que a quantidade de Autos de Processos. O que indica que tal violência não se restringe a uma ação especifica, com sujeitos restritos, mas, no curso da ação de violação tem-se a possibilidade de num mesmo evento ter-se mais de um abusador e, sobretudo, a ação sobre mais de uma vítima. Constata-se que de um período de seis anos pesquisados, em quatro deles (de 2001 a 2004) teve-se um número maior de vitimas do que de acusados, o que indica que um mesmo agressor vitimizou mais do que uma criança e/ou adolescente. De forma inversa, para os anos de 2005 e 2006 percebeu-se que as vitimas foram violentadas por mais de um agressor, provavelmente, em mais de uma situação. Em alguns dos Autos consultados verificou-se a presença da prática da exploração sexual, no entanto não há registro de que tenha sido feita investigação sobre os acusados/exploradores. Por isso não foi possível quantificar o número de acusados, os quais não constam nas informações dispostas no gráfico 3. Cabe destacar que em, apenas, um Auto de Processo, relativo ao ano de 2001, foram arroladas 14 vítimas, o que justifica o elevado número de vítimas encontradas em relação aos anos seqüentes. Informa-se que nesse caso o tipo de violência sexual praticada foi o exibicionismo, ocorrido numa localidade identificada como área de meretrício. Em razão desse elevado número de vítimas, em um mesmo Auto de Processo, constatou-se a inexistência e falta de precisão em informações, tais como: 7

8 sexo e idades de cada uma das vítimas. Para essa situação, o máximo de informação obtida foi que essa violência atingiu a 12 adolescentes e 2 crianças. Assim, a carência de detalhamento de tal informação se reflete na totalização dos demais dados apresentados. A seguir apresenta-se a idade das vítimas de acordo com os biênios pesquisados: Quadro 1 - Idade das vítimas 2001 e e e 2006 TOTAL 0 à 12 anos (criança) à 18 anos (adolescente) anos ou mais Não informado GRÁFICO 4 - Idade das vítimas dos anos de 2001 a % 1 2% 32 55% 24 41% 0 À 12 ANOS 12 À 18 ANOS 18 ANOS OU MAIS NÃO INFORMADO Dos números apurados verifica-se que a violência sexual fez vitimas tanto crianças quanto adolescentes. Mas, apesar de ter havido uma leve concentração nos adolescentes, isso variou de acordo com os anos pesquisados. Inclusive, nos anos de 2003 e 2006, 75% das vítimas foram crianças. 8

9 Detectou-se a predominância do número maior de vítimas do sexo feminino, porém cabe esclarecer que esta violência também perpassa a experiência de vida de indivíduos do sexo masculino. O que é possível notar no quadro e tabela a seguir: Quadro 2 - Sexo das vítimas 2001 e e e 2006 TOTAL Feminino Masculino Não informado GRÁFICO 5 - Sexo das vítimas dos anos de 2001 a % 6 10% 38 66% FEMININO MASCULINO NÃO INFORMADO Observando-se os Gráficos 4 e 5 percebe-se a existência do item Não informado, para o qual lança-se um alerta sobre a necessidade da precisão das informações quando do registro dos atendimentos e atuações dos diferentes Atores do Sistema de Garantia de Direitos. 9

10 Nos Autos de Processo consultados apurou-se relato da violência sexual nas duas modalidades: a do abuso sexual e a da exploração sexual. Tendo-se 54 vítimas de abuso sexual, entre crianças e adolescentes e 5 vítimas da exploração sexual, entre crianças e adolescentes. Ressalta-se que, em algumas situações, a mesma criança ou adolescente foi vítima de mais de um tipo de violência sexual, em diferentes momentos de suas vidas. Quadro 3 Modalidade da violência sexual 2001 e e e 2006 TOTAL Exploração sexual Abuso sexual GRÁFICO 6 - Modalidade da Violência Sexual praticada nos anos de 2001 a % Exploração sexual Abuso sexual 54 92% A fim de prestar esclarecimentos sobre de que fenômeno se está tratando, destaca-se que a exploração sexual compreende o abuso sexual praticado por adultos e a remuneração em espécie ao menino ou menina e a uma terceira pessoa ou várias (Declaração... apud BRASIL, 2004, p. 24). Crianças e adolescentes são explorados quando levados precocemente a vivenciarem experiências de sexualidade que não são adequadas para o 10

11 seu desenvolvimento psíquico e emocional. A exploração sexual é uma violência porque enreda sujeitos que não têm discernimento para escolher. A exploração sexual comercial é feita por meio de coação e violência, explícita ou não, onde a criança ou adolescente são tratados como mercadoria ou objeto sexual. Segundo o Guia Escolar (BRASIL, 2004) essa é uma atividade econômica perversa, produzida pelo sistema social que impede o desenvolvimento saudável dos aspectos físico, psíquico e social de crianças e adolescentes. Acresce-se que a exploração sexual implicar em dominação, podendo ser econômica e, também, afetiva (Saffioti In: AZEVEDO e GUERRA, 2000, p. 49). De acordo com o Quadro 3, para os anos de 2003 a 2006, não se apurou registros da prática de exploração sexual, inclusive nos Autos de Processos investigados as situações de abuso sexual mostraram-se predominantes. Contudo, é importante chamar a atenção para as diferentes formas que, muitas vezes, são utilizadas, por diferentes membros da sociedade, para tornar invisível a prática da exploração sexual, e isso não é um dado novo. Deste modo, cabe indagar: será que a exploração sexual deixou de existir ou deixou de ser percebida socialmente como uma forma de violência contra a criança e o adolescente? Os estudos realizados indicam como mais provável a segunda alternativa. A modalidade do abuso sexual é descrita como ato ou jogo sexual em que o adulto submete a criança ou o adolescente (relação de poder desigual) para se estimular ou satisfazer-se sexualmente. Impondo-se pela força física, pela ameaça ou pela sedução, com palavras ou com ofertas de presentes (ANDI apud BRASIL, 2004, p. 23). E, demais estudiosos acrescentam que esse abuso pode se basear em uma relação heterossexual ou homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança menor de 18 anos, visando estimular sexualmente a criança, ao próprio adulto, ou a outra pessoa (MIKE apud AZEVEDO e GUERRA, 2000). O abuso sexual pode ocorrer no ambiente familiar ou fora deste contexto, numa relação extrafamiliar. Na tabela e gráfico abaixo consta a classificação dos abusos investigados. 11

12 Quadro 4 Classificação do Abuso Sexual 2001 e e e 2006 TOTAL Abuso Sexual Extrafamiliar Abuso Sexual Intrafamiliar GRÁFICO 7 - Classificação do Abuso Sexual praticado nos anos de 2001 a % 27 49% Extrafamiliar Intrafamiliar Segundo, o Guia Escolar (BRASIL, 2004), quando a violência sexual é praticada numa relação intrafamiliar o abusador costuma ser uma pessoa que a vítima conhece, ama ou em quem confia e quase sempre possui uma relação de parentesco com a vitima. Esse Abusador utiliza-se de sua posição de poder, do ponto de vista hierárquico e econômico. De acordo com o Quadro 2, nos anos de 2003 e 2006 houve um número maior de vítimas crianças e, comparando-se com as informações do Quadro 4 conclui-se que a maior concentração de vítimas foi dos casos de abuso sexual intrafamiliar, o que evidencia, que no ambiente familiar a criança é o sujeito mais vulnerável. O que é lamentável, uma vez que neste ambiente ela deveria encontrar a proteção e o respeito. 12

13 Quando a violência sexual é praticada fora do âmbito familiar, o abusador também costuma ser alguém que a vítima conhece e em quem confia, podendo ser, por exemplo, vizinhos, amigos da família, educadores, médicos ou religiosos. Mas, também, eventualmente, o abusador pode ser uma pessoa totalmente desconhecida (BRASIL, 2004). De acordo com a literatura, o abuso sexual pode ser praticado de diversas formas, sendo com ou sem contato físico. As formas, sem contato físico são: o assédio sexual, abuso sexual verbal, telefones obscenos, exibicionismo, voyerismo e pornografia. As com contato físico 4 são: o atentado violento ao pudor, estupro, corrupção de menores, atentado violento ao pudor mediante fraude e posse sexual mediante fraude. Na sequência apresentam-se demonstrativos das tipificações encontradas nas situações pesquisadas: Quadro 5 Tipificação do abuso sexual Tipo do Abuso Sexual 2001 e e e 2006 TOTAL Atentado violento ao pudor Exibicionismo Assédio sexual Estupro Sedução O Código Penal Brasileiro, até o ano de 2005, compreendia a sedução e o rapto como formas de abuso sexual com contato físico. 13

14 GRÁFICO 8 - Tipo de Abuso Sexual praticado nos de 2001 a % 4 7% 21 39% 2 4% 26 48% Atentado violento ao pudor Exibicionismo Assédio sexual Estupro Sedução Assim, dentre as situações pesquisadas o abuso sexual sem contato físico foi praticado nas formas do exibicionismo e do assédio sexual. Segundo o Guia Escolar (BRASIL, 2004, p ) O assédio sexual caracteriza-se por propostas de relações sexuais e o exibicionismo é o ato de mostrar os órgãos genitais, se masturbar ou manter relação sexual diante da criança ou do adolescente ou no campo de visão deles. O abuso sexual caracterizado pelo contato físico apresentou-se na forma do atentado violento ao pudor, do estupro e da sedução. No atentado violento ao pudor, a vítima é forçada à participar de atos libidinosos que são praticados por meio de masturbações, toques em partes íntimas, sexo anal ou oral. O estupro caracteriza-se pela conjunção carnal, que é a introdução completa ou incompleta do pênis na vagina. No caso da sedução tem-se que a mulher, categorizada como virgem, em sendo maior de 14 e menor de 18 anos, é levada a conjunção carnal por meio de sua inexperiência ou justificável confiança no agressor. No caso da realidade investigada, nos Autos analisados encontrou-se o número de 05 crianças e adolescentes exploradas sexualmente. Sendo que nesse número corresponde à seguinte tipificação: 01 vitima do trabalho sexual autônomo, 01 vítima de trabalho sexual agenciado (situações que consistem na venda de sexo) e 03 situações em que não foi possível definir a forma da exploração sexual praticada, uma vez que o termo 14

15 descrito no Auto de Processo era de criança/adolescente se prostituindo. No entanto, o termo prostituta não expressa corretamente a situação, visto que a criança/adolescente é objeto de exploração sexual, ou seja, ela é prostituída (BRASIL, 2004, p. 89). Abaixo pode-se conhecer as formas em que este tipo de violência sexual apresentou-se nos Autos de Processos investigados: Quadro 6 Tipificação da exploração sexual Exploração Sexual 2001 e e e 2006 TOTAL Trabalho Sexual Autonomo Trabalho Sexual Agenciado Indefinido GRÁFICO 9 - Tipo da Exploração Sexual praticada nos anos de 2001 e % 3 60% 1 20% Trabalho Sexual Autonomo Trabalho Sexual Agenciado Indefinido A exploração sexual pode se apresentar na forma de pornografia, trocas sexuais, trabalho sexual infanto-juvenil autônomo, trabalho sexual infanto-juvenil agenciado, turismo sexual orientado para a exploração sexual e tráficos para fins de exploração sexual de crianças e adolescentes. 15

16 CONCLUSÃO: O REVELAR E DESVALAR DO ABUSO E DA EXPLORAÇÃO SEXUAL Este trabalho apresentou algumas das evidências encontradas sobre a prática da violência sexual no município de Toledo; importa observar que tais evidências não se mostraram diferente da realidade estadual e nacional. A violência sexual não faz vítimas apenas de um sexo ou de uma idade específica. No entanto, a menina na fase da puberdade é escolhida pelos abusadores como uma vítima preferencial. Ressalta-se que, segundo o Guia Escolar (2004, p. 24), os abusadores não se limitam a abusar de uma única pessoa ou da mesma pessoa uma só vez. As ocorrências de abuso podem limitar-se a um único episodio; o mais comum, porém, é que a prática se repita várias vezes e dure meses ou anos. O que é muito grave nessas circunstâncias é a grande probabilidade de a vitima se tornar um abusador, tendo em vista que se a criança ou adolescente não receber ajuda para eleborar a perversidade ocorrida com ela, tende a repetir essa violência com outras pessoas (BRASIL, 2004). Segundo Bidarra e Bremm (2008) é necessário que as redes de proteção às vitimas de violência sejam fortalecidas e que estas ofereçam segurança para que quando a violência seja revelada, as vítimas tenham assegurados os seus direitos de privacidade e de dignidade. Assim, objetiva-se romper com o pacto de silêncio, que muitas vezes leva a vitima a não revelar a violência que sofreu ou sofre. Este pacto dificulta conhecer os números reais da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes. Assim, uma análise crítica deve conduzir a interpretação para além do que a dinâmica da violação possibilita conhecer, chegando, por assim dizer, ao desvelamento da violência sexual, para que ela deixe de significar casos isolados que, erroneamente, sejam entendidos como fatos que dizem respeito a vida privada de alguns sujeitos. É fundamental que ela seja interpretada como um problema público e de responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n , de 13 de julho de 1990). 16

17 Diante disso, percebe-se a importância da reflexão e da tomada de consciência sobre os determinantes da violência sexual para que seja possível romper com a barreira do silêncio construída em torno da violação de direitos de crianças e de adolescentes. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Maria Amélia e GUERRA, Viviane Nogueira. Vitimação e vitimização: questões conceituais. In: AZEVEDO, Maria Amélia e GUERRA, Viviane Nogueira (org.). Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. 3º ed. São Paulo: Iglu, BRASIL. Guia Escolar: Métodos para Identificação de Sinais de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Brasília (DF): Secretaria Especial dos Direitos Humanos e Ministério da Educação, BIDARRA, Z. S.; BREMM, A. Um fenômeno ainda obscuro: a violência sexual contra crianças e adolescentes no município de Toledo/PR. Comunicação Oral apresentada no Fazendo Gênero 8 Corpo, Violência e Poder. Florianópolis; BREMM, A; BIDARRA, Z. S. Mapeamento das Práticas de Violência Sexual (exploração sexual e comercial) contra Crianças e Adolescentes no município de Toledo (região oeste do Paraná). Projeto de Iniciação Científica PIBIC UNIOESTE, 2006/2007. BREMM, A; BIDARRA, Z. S. Violência Sexual no município de Toledo/PR: uma realidade a ser desvendada. Projeto de Iniciação Científica PIBIC UNIOESTE, 2007/2008. ODALIA, Nilo. O que é violência. Coleção Primeiros Passos. Volume 85. São Paulo: Brasiliense, SAFFIOTI, Heleieth I. B. Exploração sexual de crianças. In: AZEVEDO, Maria Amélia e GUERRA, Viviane Nogueira (org.). Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. 3º ed. São Paulo: Iblu, PINHEIRO, Paulo Sérgio. A criança e o adolescente: compromisso social. In: AZEVEDO, Maria Amélia e GUERRA, Viviane Nogueira (org.). Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. 3º ed. São Paulo: Iglu,

Fazendo Gênero 9 Diásporas, Diversidades, Deslocamentos 23 a 26 de agosto de 2010

Fazendo Gênero 9 Diásporas, Diversidades, Deslocamentos 23 a 26 de agosto de 2010 VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA MOSTRA DA DESIGUALDADE DE GÊNERO EM AUTOS DE PROCESSOS DAS VARAS CRIMINAIS DA COMARCA DE TOLEDO/PR Zelimar Soares Bidarra Jaqueline Budny 2 Introdução

Leia mais

INTRODUÇÃO. A violência, segundo AZEVEDO (apud FALEIROS, 2000, p.45)

INTRODUÇÃO. A violência, segundo AZEVEDO (apud FALEIROS, 2000, p.45) MANIFESTAÇÕES DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM ESTUDO EM AUTOS DE PROCESOS DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE (VIJ) DA COMARCA DE TOLEDO (PR) Rafaela Melo Damasceno Couto 1 Zelimar Soares

Leia mais

Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Um fenômeno ainda obscuro: a violência sexual contra crianças e adolescentes no município de Toledo/PR 1 Zelimar

Leia mais

Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Dados Sobre Violência Sexual Infanto-Juvenil.

Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Dados Sobre Violência Sexual Infanto-Juvenil. Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Dados Sobre Violência Sexual Infanto-Juvenil. Objetivo do PAIR Integrar políticas e desenvolver metodologias adequadas

Leia mais

A Exploração Sexual Contra Criança e Adolescente a partir do Código Penal, A Constituição Federal de 1988 e Estatuto da Criança e do Adolescente

A Exploração Sexual Contra Criança e Adolescente a partir do Código Penal, A Constituição Federal de 1988 e Estatuto da Criança e do Adolescente A Exploração Sexual Contra Criança e Adolescente a partir do Código Penal, A Constituição Federal de 1988 e Estatuto da Criança e do Adolescente O combate a exploração sexual contra criança e adolescente

Leia mais

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE ATORES DA REDE DE ENFRENTAMENTO E PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE ATORES DA REDE DE ENFRENTAMENTO E PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL PROGRAMA DE AÇÕES INTEGRADAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTO-JUVENIL PAIR/MG SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS UFMG/UFTM CURSO DE CAPACITAÇÃO DE ATORES DA REDE DE ENFRENTAMENTO E PREVENÇÃO

Leia mais

Direito Penal. Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro

Direito Penal. Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro Direito Penal Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro Crimes Contra a Dignidade Sexual Nomenclatura Título VI do Código Penal: antes Crimes Contra os Costumes, atualmente Crimes

Leia mais

CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL LEGALE CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Com o advento da Lei 12.015 de 07 de agosto de 2009, o Título VI da parte especial do Código Penal deixou de ser nominado como Crimes contra os Costumes e passou

Leia mais

CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL LEGALE CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Com o advento da Lei 12.015 de 07 de agosto de 2009, o Título VI da parte especial do Código Penal deixou de ser nominado como Crimes contra os Costumes e passou

Leia mais

Superando Barreira. Enfª: Eclésia Fragoso Nogueira

Superando Barreira. Enfª: Eclésia Fragoso Nogueira Superando Barreira Enfª: Eclésia Fragoso Nogueira Conceito de violência sexual (O.M.S) Organização Mundial de Saúde, define como violência sexual : Qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada,

Leia mais

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes Elaborado por Viviane Vaz Meninas são as maiores vítimas 44% meninas, 39% meninos Faixa etária de maior risco Balanço disque 100 entre 04 e 11

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TOLEDO (PR) INTRODUÇÃO

CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TOLEDO (PR) INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TOLEDO (PR) Maiara Aline Bageti 1 Zelimar Soares Bidarra 2 INTRODUÇÃO O entendimento sobre o significado da Violência

Leia mais

PARECER CREMEC Nº 27/ /09/2010

PARECER CREMEC Nº 27/ /09/2010 PARECER CREMEC Nº 27/2010 17/09/2010 PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLO CREMEC nº 4619/2010 Assunto: ABUSO SEXUAL DE MENOR Relatora: DRA. PATRÍCIA MARIA DE CASTRO TEIXEIRA EMENTA: LEI N.º 8.069, DE 13 DE JULHO

Leia mais

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. A ANTEVISÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. A ANTEVISÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. A ANTEVISÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 2.1 A dignidade da pessoa humana como princípio regente 2.2 Princípio da livre formação da personalidade 2.2.1 Personalidade 2.2.2 O

Leia mais

Abuso sexual de crianças e adolescentes:

Abuso sexual de crianças e adolescentes: Abuso sexual de crianças e adolescentes: Uma questão para as políticas públicas Ms. Psic. Ana Maria Franchi Pincolini Psicóloga (UFSM, 2004), Mestre em Psicologia (UFRGS, 2010), Docente do Centro Universitário

Leia mais

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007. Organização. Karla Livi

Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007. Organização. Karla Livi Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes RELATÓRIO 2006/2007 Organização Karla Livi Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância

Leia mais

Aspectos jurídicos da Violência intra e extra familiar contra crianças. as e adolescentes INSTITUTO WCF LAÇOS DA REDE

Aspectos jurídicos da Violência intra e extra familiar contra crianças. as e adolescentes INSTITUTO WCF LAÇOS DA REDE Aspectos jurídicos da Violência intra e extra familiar contra crianças as e adolescentes INSTITUTO WCF LAÇOS DA REDE Conceituação do Laboratório da Criança LACRI - USP - Física; - Psicológica; - Negligência;

Leia mais

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE VIOLÊNCIA Todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra criança e ou adolescente que, sendo capaz de causar à vítima dor ou dano

Leia mais

VIOLÊNCIA SEXUAL E TIPOS PENAIS QUADRO-RESUMO ABUSO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL - CP

VIOLÊNCIA SEXUAL E TIPOS PENAIS QUADRO-RESUMO ABUSO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL - CP VIOLÊNCIA SEXUAL E TIPOS PENAIS QUADRO-RESUMO Artigo Tipo Penal Descrição ABUSO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL - CP 213 Estupro Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DOS AGRESSORES Jair Izaías Kappann*; Programa de Pós-graduação em Psicologia-CAPES; Departamento de Psicologia Experimental e do

Leia mais

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA

DEVISA_VE_DANT_ VIGILÂNCIA VIOLÊNCIA Orientações sobre a notificação de violência doméstica, sexual, tentativa de suicídio e de outras violências, no âmbito da Portaria GM/MS nº 1.271, de 06 de junho de 2014 e alterações na ficha de notificação

Leia mais

VIOLÊNCIA SEXUAL. Entenda e ajude a combater SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES SECRETARIA DE GOVERNO

VIOLÊNCIA SEXUAL. Entenda e ajude a combater SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES SECRETARIA DE GOVERNO VIOLÊNCIA SEXUAL Entenda e ajude a combater SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES SECRETARIA DE GOVERNO Elaboração e distribuição: Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres Secretaria

Leia mais

Curso de Urgências e Emergências Ginecológicas. Sigilo Médico X Adolescente

Curso de Urgências e Emergências Ginecológicas. Sigilo Médico X Adolescente Curso de Urgências e Emergências Ginecológicas Sigilo Médico X Adolescente Estatuto da Criança e do Adolescente/1990 Proteção integral, prioridade e política de atendimento à criança e ao adolescente.

Leia mais

Crimes contra o Patrimônio Receptação

Crimes contra o Patrimônio Receptação LEGALE RECEPTAÇÃO Crimes contra o Patrimônio Receptação Receptação Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para

Leia mais

Projeto de extensão realizado pelo curo de Direito da Unijui, pelas acadêmicas Elisiane e Greice, juntamente com o professor Thiago.

Projeto de extensão realizado pelo curo de Direito da Unijui, pelas acadêmicas Elisiane e Greice, juntamente com o professor Thiago. UM DEBATE NECESSÁRIO: A PORNOGRAFIA INFANTIL E O ABUSO SEXUAL NOS GRUPOS DE WHATSAPP 1 A DEBATE NECESSARY: CHILD PORNOGRAPHY AND SEXUAL ABUSE IN WHATSAPP GROUPS Elisiane Teresinha Engel 2, Greice Tatiele

Leia mais

O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual

O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual O que você precisa saber sobre O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual CEDCA / PR Copyright Fundação Nosso Lar Projeto gráfico: Carlos Luz; Edição final: Valtenir Lazzarini; Supervisão do Projeto:

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO Nova denominação do Título VI A Súmula 60S do STF Direito intertemporal.. 25

SUMÁRIO INTRODUÇÃO Nova denominação do Título VI A Súmula 60S do STF Direito intertemporal.. 25 SUMÁRIO INTRODUÇÃO. 15 1. Nova denominação do Título VI.... 15 2. Os capítulos do Título VI.. 21 3. Ação penal. 22 3.1 A Súmula 60S do STF.. 23 3.2 Direito intertemporal.. 25 4. Segredo de Justiça.. 27

Leia mais

Direito Penal. Crimes Contra a Dignidade Sexual III

Direito Penal. Crimes Contra a Dignidade Sexual III Direito Penal Crimes Contra a Dignidade Sexual III Estupro de Vulnerável Art. 217-A do CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos: Pena reclusão, de oito a quinze anos.

Leia mais

Sumário CAPÍTULO 1 BENS JURÍDICOS TUTELADOS: DIGNIDADE SEXUAL E LIBERDADE SEXUAL... 25

Sumário CAPÍTULO 1 BENS JURÍDICOS TUTELADOS: DIGNIDADE SEXUAL E LIBERDADE SEXUAL... 25 Sumário INTRODUÇÃO... 23 CAPÍTULO 1 BENS JURÍDICOS TUTELADOS: DIGNIDADE SEXUAL E LIBERDADE SEXUAL... 25 1.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES... 25 1.2. A DIGNIDADE SEXUAL COMO BEM JURÍDICO PENALMENTE TUTELADO...

Leia mais

CMDCA INFORMA MATÉRIA ESPECIAL

CMDCA INFORMA MATÉRIA ESPECIAL CMDCA INFORMA Informativo eletrônico do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMDCA-Rio. MATÉRIA ESPECIAL Edição 09 Maio/2019 Nosso endereço: Afonso Cavalcanti, n 455, sala 663, Cidade

Leia mais

Ficha Técnica. Ecônomo Geral Ir. José Augusto Alves. Superintendente de Organismos Provinciais Ir. Humberto Lima Gondim

Ficha Técnica. Ecônomo Geral Ir. José Augusto Alves. Superintendente de Organismos Provinciais Ir. Humberto Lima Gondim 18maio2012.indd 1 06/05/2012 17:53:17 Ficha Técnica União Brasileira de Educação e Ensino - UBEE Ir. Wellington Mousinho de Medeiros Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz Ir. Adalberto Batista Amaral Ir. Ataide

Leia mais

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTE

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTE 1 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTE Daniela Pavan Terada 1 Priscila Fugiwara 2 CRAMI ABCD-Centro Regional de Atenção aos maus tratos na infância do ABCD. RESUMO:Este trabalho

Leia mais

Proporcionar aos participantes uma visão da relação entre Gênero e Educação na perspectiva dos Direitos Humanos; Compreender e situar o tema da

Proporcionar aos participantes uma visão da relação entre Gênero e Educação na perspectiva dos Direitos Humanos; Compreender e situar o tema da Vanessa Pipinis Proporcionar aos participantes uma visão da relação entre Gênero e Educação na perspectiva dos Direitos Humanos; Compreender e situar o tema da violência no campo dos Estudos de Gênero;

Leia mais

Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil. Por Viviane Vaz

Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil. Por Viviane Vaz Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil Por Viviane Vaz Coisificação da Infância Negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas

Leia mais

Palavras-chave: Violência sexual, Criança e Adolescente e Serviços Socioassistenciais

Palavras-chave: Violência sexual, Criança e Adolescente e Serviços Socioassistenciais Grupo de Trabalho V Violência Sexual Infanto-Juvenil na Capela do Socorro e Parelheiros - SP Alan de Loiola Alves. Mestre em Serviço Social. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ilma Pereira

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009 Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, para indicar hipóteses de ação penal pública incondicionada à representação. O CONGRESSO

Leia mais

PARECER Nº 6200 EGRÉGIA CÂMARA

PARECER Nº 6200 EGRÉGIA CÂMARA PROCESSO Nº 0018270-65.2010.8.05.0080 CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA SUSCITANTE: JUIZ DE DIREITO DE FEIRA DE SANTANA - 1ª VARA CRIMINAL SUSCITADO: JUIZ DE DIREITO DE FEIRA DE SANTANA VARA DE VIOLÊNCIA

Leia mais

Mapa dos Feminicídios no maranhão ( )

Mapa dos Feminicídios no maranhão ( ) Mapa dos Feminicídios no maranhão (2015-2018) O feminicídio representa a última etapa de um continuum de violência que leva à morte. Seu caráter violento evidencia a predominância de relações de gênero

Leia mais

O ATENDIMENTO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

O ATENDIMENTO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 1 O ATENDIMENTO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Noemi Bandeira Olga Ceciliato Mattioli RESUMO:A violência doméstica contra crianças e adolescentes é um problema que ocorre dentro

Leia mais

Crimes Sexuais. Reflexões sobre a Nova Lei nº /2005. Editora JH MIZUNO (81)(094) S586c

Crimes Sexuais. Reflexões sobre a Nova Lei nº /2005. Editora JH MIZUNO (81)(094) S586c TADEU ANTÔNIO DIX SILVA Professor de Direito Penal na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG. Mestre em Direito Penal pela Universidade Metodista de Piracicaba. Doutorando em História

Leia mais

Menina ou moça? Menoridade e consentimento sexual. horror a qualquer coisa que conecte sexualmente o. chamado mundo ocidental moderno, assim como as

Menina ou moça? Menoridade e consentimento sexual. horror a qualquer coisa que conecte sexualmente o. chamado mundo ocidental moderno, assim como as Menina ou moça? Menoridade e consentimento sexual Laura Lowenkron horror a qualquer coisa que conecte sexualmente o chamado mundo ocidental moderno, assim como as inscrição da data de nascimento passou

Leia mais

Reza 1. Gabriel Francisco de MOURA 2 Renata ALCALDE 3 Universidade Santa Cecília, Santos, SP

Reza 1. Gabriel Francisco de MOURA 2 Renata ALCALDE 3 Universidade Santa Cecília, Santos, SP Reza 1 Gabriel Francisco de MOURA 2 Renata ALCALDE 3 Universidade Santa Cecília, Santos, SP RESUMO Diante de inúmeros casos de abusos infantis no Brasil, a pedofilia é sem dúvida um assunto delicado e

Leia mais

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL Prof. Hélio Ramos DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Sedução - Art. 217: REVOGADO lei 11.106/2005. Estupro de vulnerável

Leia mais

Mulheres vítimas de estupro, o que os números dizem?

Mulheres vítimas de estupro, o que os números dizem? Mulheres vítimas de estupro, o que os números dizem? Emanuelle Goes * 33 homens 33 homens esperando 33 homens esperando a novinha 33 homens esperando a novinha pro abate Carne fresca no mercado As vezes

Leia mais

VIII Jornada de Estágio de Serviço Social. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA CASA SANTA LUIZA DE MARILLAC.

VIII Jornada de Estágio de Serviço Social. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA CASA SANTA LUIZA DE MARILLAC. VIII Jornada de Estágio de Serviço Social. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL E A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA CASA SANTA LUIZA DE MARILLAC. LANGA, Xenia Renata 1 BOMFATI, Adriana 2 SOUZA, Cristiane

Leia mais

O PERFIL DOS ADOLESCENTES INTERNADOS NA ALA PSIQUIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ HUOP ( ). INTRODUÇÃO

O PERFIL DOS ADOLESCENTES INTERNADOS NA ALA PSIQUIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ HUOP ( ). INTRODUÇÃO V SIMPÓSIO REGIONAL DE FORMACAO PROFISSIONAL 1 E XXI O PERFIL DOS ADOLESCENTES INTERNADOS NA ALA PSIQUIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ HUOP (2010-2011). Thaise Fernanda de Lima Mares

Leia mais

Bianca, Brenda, Cleison, Débora, Peterson, Rafael

Bianca, Brenda, Cleison, Débora, Peterson, Rafael Bianca, Brenda, Cleison, Débora, Peterson, Rafael ECA Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente

Leia mais

A Escola Interrompendo o Ciclo da Violência Sexual

A Escola Interrompendo o Ciclo da Violência Sexual 29 A Escola Interrompendo o Ciclo da Violência Sexual Como a Escola Pode Participar da Prevenção da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes A prevenção primária é a maneira mais econômica, eficaz

Leia mais

O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ALGUNS APONTAMENTOS E DADOS

O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ALGUNS APONTAMENTOS E DADOS O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ALGUNS APONTAMENTOS E DADOS RIBEIRO, André Elias Morelli GUIMARAES, José Luiz Psicologia UNESP campus de Assis RESUMO: Este trabalho busca

Leia mais

II. Violência contra a mulher: dados 2015

II. Violência contra a mulher: dados 2015 Dossiê Mulher 2016 7 II. Violência contra a mulher: dados 2015 No estado Rio de Janeiro, as mulheres representam cerca de 52,0% da população total. Em 2015, o percentual de mulheres vítimas de algum delito

Leia mais

Faculdade Cathedral Curso de Direito 6º Semestre Direito Penal IV Prof. Vilmar A. Silva. AULA 5 A 8 Parte 2 DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 1

Faculdade Cathedral Curso de Direito 6º Semestre Direito Penal IV Prof. Vilmar A. Silva. AULA 5 A 8 Parte 2 DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 1 Faculdade Cathedral Curso de Direito 6º Semestre Direito Penal IV Prof. Vilmar A. Silva AULA 5 A 8 Parte 2 DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 1 Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou

Leia mais

A PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DE SERVIÇO SOCIAL NA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE, PONTA GROSSA - PR

A PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DE SERVIÇO SOCIAL NA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE, PONTA GROSSA - PR A PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DE SERVIÇO SOCIAL NA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE, PONTA GROSSA - PR ALMEIDA, Mayara Rodrigues (Estágio Supervisionado II) ELACHE, Sônia Maia (Supervisora de Campo) HOLZMANN,

Leia mais

Dados da Violência contra a mulher no Brasil

Dados da Violência contra a mulher no Brasil Semana da Mulher Dados da Violência contra a mulher no Brasil Sobre o Estupro Uma mulher é vítima de estupro a cada: 9 minutos Fonte: 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (FBSP, 2018) O que é considerado

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CAUSAS VIOLENTAS NA REGIÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICIPIOS DO OESTE DE SANTA CATARINA AMOSC

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CAUSAS VIOLENTAS NA REGIÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICIPIOS DO OESTE DE SANTA CATARINA AMOSC PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CAUSAS VIOLENTAS NA REGIÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICIPIOS DO OESTE DE SANTA CATARINA AMOSC MARCELI CLEUNICE HANAUER 1,2 *, VANESSA SHLOSSER RITIELI 2, 3, DANIEL CHRISTIAN

Leia mais

Palavras-chaves: Violência Contra a Mulher. Homicídio. Direitos Humanos. Enfermagem.

Palavras-chaves: Violência Contra a Mulher. Homicídio. Direitos Humanos. Enfermagem. HOMICÍDIO ENTRE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA, CAMPO GRANDE- MS Caroliny Oviedo Fernandes 1 caroliny.oviedo@gmail.com Maria Auxiliadora de Souza Gerk 2 txai@terra.com.br Cristina Brandt Nunes 3 cbrandt@terra.com.br

Leia mais

ATAQUE SEXUAL INFANTO-JUVENIL DOMÉSTICO: O TABU DA REVELAÇÃO NA RESPONSABILIZAÇÃO DO AGRESSOR

ATAQUE SEXUAL INFANTO-JUVENIL DOMÉSTICO: O TABU DA REVELAÇÃO NA RESPONSABILIZAÇÃO DO AGRESSOR 1 ATAQUE SEXUAL INFANTO-JUVENIL DOMÉSTICO: O TABU DA REVELAÇÃO NA RESPONSABILIZAÇÃO DO AGRESSOR Luis Fernando Rocha 1 RESUMO :A violência/ataque sexual infanto-juvenil constitui-se, desde os primórdios,

Leia mais

Autor: Hamilton Borges da Silva Junior

Autor: Hamilton Borges da Silva Junior Artigos Jurídicos Autor: Hamilton Borges da Silva Junior ESTUPRO: LEI 12015/2009 ALTEROU O ARTIGO 213 DO CODIGO PENAL QUE TRATA SOBRE O ESTUPRO, ANÁLISE DE COMO FICOU E QUAIS AS DIFERENÇAS EM RELAÇÃO À

Leia mais

Grupo de trabalho 9. Direito penal, Criminologia e Direitos Humanos

Grupo de trabalho 9. Direito penal, Criminologia e Direitos Humanos DIREITOS HUMANOS, TRABALHO ESCRAVO NO EXTERIOR E TRÁFICO DE MULHERES BRASILEIRAS: UMA MOBILIZAÇÃO DE ENFRENTAMENTO, ALERTA E COMBATE A ESTE CRIME - OFERTAS ILUSÓRIAS DE EMPREGO Jandira Beatriz Chissolucombe

Leia mais

Sumário. Parte I Violência e Vitimização de Crianças e Adolescentes Vítimas de Abuso Sexual Intrafamiliar

Sumário. Parte I Violência e Vitimização de Crianças e Adolescentes Vítimas de Abuso Sexual Intrafamiliar Sumário Introdução... 29 Parte I Violência e Vitimização de Crianças e Adolescentes Vítimas de Abuso Sexual Intrafamiliar Capítulo 1 A Tutela Legal Contra a Violência Familiar e Suas Diversas Formas...

Leia mais

Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes: Disque 100

Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes: Disque 100 Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças

Leia mais

Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes

Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes Direitos Sexuais de Crianças e Adolescentes Direitos sexuais são direitos humanos universais; Baseiam-se no direito à liberdade, à dignidade e à igualdade para

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 522/XII/3.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL

PROJETO DE LEI N.º 522/XII/3.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 522/XII/3.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL Exposição de motivos O crime de violação atinge, sobretudo, mulheres e crianças.

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Direitos Fundamentais Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Após a decisão de suspensão ou perda do poder familiar, surge a questão de se definir quem vai receber a criança

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS DE ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS DE ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS DE ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Profª Drª Jane Felipe GEERGE/GEIN FACED/UFRGS janefelipe.souza@gmail.com Há duas facetas da violência sexual que se inter-relacionam,

Leia mais

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. AGRESSÕES PERPETRADAS POR GENRO CONTRA SOGRA. INCIDÊNCIA DA LEI N.º 11.340/06. 1. A incidência da Lei n.º 11.340/06 depende de que a violência seja baseada

Leia mais

O que é? Ideia central de um parágrafo. Como desenvolvê-lo?

O que é? Ideia central de um parágrafo. Como desenvolvê-lo? Tópico frasal O que é? Ideia central de um parágrafo Como desenvolvê-lo? Exemplificação Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos: A imaginação utópica e inerente

Leia mais

3. Roteiro de perguntas para serem aplicadas na tomada de declarações ou oitivas dasvítimas indiretas e testemunhas

3. Roteiro de perguntas para serem aplicadas na tomada de declarações ou oitivas dasvítimas indiretas e testemunhas 3. Roteiro de perguntas para serem aplicadas na tomada de declarações ou oitivas dasvítimas indiretas e testemunhas As questões abaixo contribuem para ilustrar comportamentos prévios de violência contra

Leia mais

Política de Proteção à Criança Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância Compromisso com as infâncias do mundo

Política de Proteção à Criança Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância Compromisso com as infâncias do mundo Política de Proteção à Criança Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância Compromisso com as infâncias do mundo Gabriel Leitão em convênio com Política de Proteção à Criança O Centro

Leia mais

VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS.

VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS. VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS. Thyana Cordeiro Lopes ; Maria Conceição Oliveira Costa. Bolsista CNPq, Graduanda em Educação Física, Universidade Estadual de

Leia mais

MATRIZ PEDAGÓGICA. METODOLOGIA (Concepção do projeto pedagógico a capacitação pretendida)

MATRIZ PEDAGÓGICA. METODOLOGIA (Concepção do projeto pedagógico a capacitação pretendida) MATRIZ PEDAGÓGICA PUBLICO ALVO Operadores e agentes dos programas e serviços que compreendem a rede de atenção, defesa e responsabilização, bem como membros de fóruns, comissões e conselhos. METODOLOGIA

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL N. 136/2019/PGR-EWC RECURSO ESPECIAL N. 1.490.974/RJ RECORRENTE :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECORRIDO : T A F RELATOR : MINISTRO ANTONIO SALDANHA PALHEIRO

Leia mais

Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes Fundamentos do Programa Violência contra crianças e adolescentes como violação de direitos humanos Direitos humanos

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito SÉRIE: 5º Semestre DISCIPLINA: Proteção Penal ao Indivíduo CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 40 horas/aula I EMENTA Crimes contra a pessoa. Homicídio.

Leia mais

Direito Penal. Ação Penal Pública Condicionada à Representação. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Ação Penal Pública Condicionada à Representação. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Ação Penal Pública Condicionada à Representação. Parte 2 Prof.ª Maria Cristina Onde encontrar a informação quanto à necessidade de representação? Na própria lei na qual o crime está descrito.

Leia mais

PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO E COMBATE AO TRABALHO INFANTIL. Araucária 2016

PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO E COMBATE AO TRABALHO INFANTIL. Araucária 2016 PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO E COMBATE AO TRABALHO INFANTIL. Araucária 2016 Soeli do Rocio Nunes Lechinhoski Pedagoga do Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação (2013-2016) Secretaria

Leia mais

COPAPI POLÍTICA DE GÊNERO VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E GÊNERO NA UNIVERSIDADE. Profª Drª ANA CLAUDIA FIGUEIREDO 1REBOLHO

COPAPI POLÍTICA DE GÊNERO VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E GÊNERO NA UNIVERSIDADE. Profª Drª ANA CLAUDIA FIGUEIREDO 1REBOLHO COPAPI POLÍTICA DE GÊNERO VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E GÊNERO NA UNIVERSIDADE Profª Drª ANA CLAUDIA FIGUEIREDO 1REBOLHO Prof. Dr. EDISON MARTINS MIRON São Carlos 2019 VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E GÊNERO

Leia mais

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA. Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA. Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO Como o interno, que na adolescência vive um momento crucial da formação sexual (adolescência),

Leia mais

S E D S. Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social

S E D S. Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social S E D S Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social SEDS Gabinete Conselhos Assessorias Diretoria Geral Núcleos Grupo de Recursos Humanos

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 664/XII/4.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL

PROJETO DE LEI N.º 664/XII/4.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL Grupo Parlamentar. PROJETO DE LEI N.º 664/XII/4.ª ALTERA A PREVISÃO LEGAL DOS CRIMES DE VIOLAÇÃO E COAÇÃO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL Exposição de motivos O crime de violação atinge, sobretudo, mulheres e crianças.

Leia mais

I Seminário Nacional sobre o Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense com Crianças e Adolescentes vítimas e testemunhas de Violência Sexual

I Seminário Nacional sobre o Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense com Crianças e Adolescentes vítimas e testemunhas de Violência Sexual I Seminário Nacional sobre o Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense com Crianças e Adolescentes vítimas e testemunhas de Violência Sexual Realização: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP),

Leia mais

Relação com empregados: Ambiente de trabalho: A empresa trata com dignidade seus empregados, diretos ou indiretos, observando e respeitando os

Relação com empregados: Ambiente de trabalho: A empresa trata com dignidade seus empregados, diretos ou indiretos, observando e respeitando os Código de Conduta 2 A Metalex: Através de melhorias contínuas e de comprometimento permanente com objetivos e metas; buscar as soluções mais adequadas, visando atender as necessidades e a confiança de

Leia mais

LEI Nº , DE 7 DE AGOSTO DE 2009

LEI Nº , DE 7 DE AGOSTO DE 2009 LEI Nº 12.015, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 Altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e o art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe

Leia mais

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Grave violação dos direitos fundamentais de toda criança e adolescente, no entanto muito comum. Cerca de 10% das crianças e adolescentes que chegam

Leia mais

PLANOS DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DO PAIR

PLANOS DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DO PAIR S DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DO PAIR DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DO PAIR ANÁLISE DA SITUAÇÃO NACIONAL 1. Identificar causas/ fatores de vulnerabilidade e modalidades de violência sexual contra

Leia mais

Os números da violência contra mulheres no Brasil Pesquisa do Datafolha divulgada hoje mostra que uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no Brasil no último ano São Paulo Uma em cada

Leia mais

MANUAL INSTITUCIONAL CANAL DE DENÚNCIAS

MANUAL INSTITUCIONAL CANAL DE DENÚNCIAS CANAL DE DENÚNCIAS Versão n 00, de julho de 2018 HYGEA GESTÃO E SAÚDE LTDA. ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 1 OBJETIVO... 3 2 QUEM PODE REPORTAR... 4 3 O QUE REPORTAR... 5 4 TRATAMENTO DADO AS DENÚNCIAS... 7 5

Leia mais

TÍTULO VI CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

TÍTULO VI CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL TÍTULO VI CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL MORAL PÚBLICA SEXUAL DIREITO PENAL IV Prof. Hélio Ramos Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar

Leia mais

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS Objetivo Fazer um resgate histórico do funcionamento da DEPCA como era e como

Leia mais

Ficha de Actividade. Ser capaz de se proteger face à exploração sexual e aos abusos sexuais. Identificar mitos e realidades sobre a violência sexual.

Ficha de Actividade. Ser capaz de se proteger face à exploração sexual e aos abusos sexuais. Identificar mitos e realidades sobre a violência sexual. Ficha de Actividade Actividade: Mito ou facto sobre A VIOLÊNCIA SEXUAL Objectivo geral: Ser capaz de se proteger face à exploração sexual e aos abusos sexuais. Objectivo específico: Identificar mitos e

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0000.19.047585-5/000 Númeração 0475855- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Júlio César Lorens Des.(a) Júlio César Lorens 23/07/2019 29/07/2019 EMENTA:

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 de 6 17/11/2010 16:05 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.015, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. Mensagem de veto Altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei

Leia mais

Legislação atual nos crimes sexuais. Hugo Ricardo Valim de Castro Ginecologista e Obstetra Perito Médico-Legista

Legislação atual nos crimes sexuais. Hugo Ricardo Valim de Castro Ginecologista e Obstetra Perito Médico-Legista Legislação atual nos crimes sexuais Hugo Ricardo Valim de Castro Ginecologista e Obstetra Perito Médico-Legista Função da perícia médico-legal Atestar a materialidade: Identificar a presença (ou ausência)

Leia mais

VIOLÊNCIA SEXUAL. Capacitação Coordenadores municipais

VIOLÊNCIA SEXUAL. Capacitação Coordenadores municipais VIOLÊNCIA SEXUAL Capacitação Coordenadores municipais Fórum catarinense pelo fim da violência e exploração sexual infanto-juvenil Regional Alto Vale do Itajaí VIOLÊNCIA Uma ação direta ou indireta, concentrada

Leia mais

CURSO PRÉ-VESTIBULAR DO CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ AULÃO DA MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VOCÊ CONHECE A LEI?

CURSO PRÉ-VESTIBULAR DO CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ AULÃO DA MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VOCÊ CONHECE A LEI? CURSO PRÉ-VESTIBULAR DO CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ AULÃO DA MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VOCÊ CONHECE A LEI? FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Artigo 7º da Lei nº 11.340/2006:

Leia mais

MEDICINA LEGAL. Sexologia. Parte 1. Profª. Leilane Verga

MEDICINA LEGAL. Sexologia. Parte 1. Profª. Leilane Verga MEDICINA LEGAL Parte 1 Profª. Leilane Verga Introdução Crimes sexuais Perícia do estupro SEXOLOGIA FORENSE Parte da Medicina Legal que trata das questões médico-biológicas e periciais ligadas aos delitos

Leia mais

IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES

IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES IGUALDADE NÃO É (SÓ) QUESTÃO DE MULHERES TERESA MANECA LIMA SÍLVIA ROQUE DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES APENAS UMA QUESTÃO DE SEXO? SEXO GÉNERO SEXO: conjunto de características biológicas e reprodutivas

Leia mais

Soraide Isabel Ferreira 1

Soraide Isabel Ferreira 1 VIOLÊNCIA SEXUAL DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: algumas considerações a partir das intricadas questões referentes à família, ao gênero e ao poder Soraide Isabel Ferreira 1 Resumo: Este artigo

Leia mais

Câmara Municipal de São Paulo Gabinete do Vereador Floriano Pesaro

Câmara Municipal de São Paulo Gabinete do Vereador Floriano Pesaro PROJETO DE LEI Nº 390/2009 Estabelece objetivos e diretrizes para a instituição do Serviço de Denúncia de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente - DISCA, no âmbito do Município de São Paulo,

Leia mais