Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

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1 Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Um fenômeno ainda obscuro: a violência sexual contra crianças e adolescentes no município de Toledo/PR 1 Zelimar Soares Bidarra 2 (UNIOESTE), Andressa Bremm 3 (UNIOESTE) Palavras-chaves: Violência Sexual, Criança e Adolescente, Direitos Fundamentais. ST 24: O universo infanto-juvenil: gênero, poder e violência Conhecendo o fenômeno da violência A temática da violência tem ocupado a cena pública, no Brasil, associada a uma de suas faces mais conhecidas, qual seja, a da criminalidade. A violência não é um fenômeno recente, é na verdade um fenômeno bastante antigo e que possui diferentes manifestações, por isso toda a dificuldade em estabelecer uma caracterização. Para isso deve-se levar em conta os determinantes culturais que uma comunidade, em um dado contexto histórico, estabelece como limites toleráveis para o uso da força e do vigor, elementos constitutivos do conceito de violência (GREGÓRIO; BREMM; BIDARRA, 2007, p. 01). Para Miceli (1999, p. 28) é fundamental distinguir os sentidos da violência, da agressão física e da força, pois, embora esses termos sejam, muitas vezes, utilizados como sinônimos têm finalidades distintas. O que apresentam de similar é que nos três casos ocorre uma ação com a intenção de alterar uma condição inicial. A violência vem do latim violentia que remete a vis (força vigor, emprego de força física ou recursos do corpo em exercer sua força vital). Em geral, ao se falar em violência a associação mais imediata que se tende a efetuar é com a agressão física, a qual, para o citado autor, pode ser definida como o emprego de uma ação de força que ultrapassa os limites de uma identidade, e que rompe por um momento com a identidade da pessoa. A força, por sua vez, pode ser definida como a quantidade de ação para por algo em movimento, quando é contra a vontade da pessoa. Leal (1999, p. 08) considera a violência um produto de relações sociais construídas de forma desigual por isso, na maioria das vezes, se materializa contra a pessoa que se encontra em algum tipo de desvantagem, seja ela: física, emocional e social.

2 2 Aprofundando o entendimento do conceito de violência procedeu-se estudos que revelaram que a violência original e a violência institucionalizada estão socialmente naturalizadas na medida em que o ato rotineiro e costumaz da desigualdade, das diferenças entre os homens, permitindo que alguns usufruam da sociedade o que à grande maioria é negado, é uma violência (ODÁLIA, 1985, p.30). São os hábitos, costumes e leis que a mascaram, fazendo com que suportemos a desigualdade como sendo algo inerente às relações humanas e uma condição a ser paga pelo homem, por viver em sociedade (id. ib). A reflexão de Girard (1990 apud Faleiros 1998, p. 13) reitera a tese de Odália, e assegura que a violência é legitimada pelo Estado quando este faz uso do aparelho repressivo (polícia e justiça) para manter a ordem. Assim, para compreender as manifestações das violências praticadas contra crianças e adolescentes sentiu-se a necessidade de retroceder lapsos de tempos na história para buscar os fios condutores que enredam comportamentos violentos e processos de legitimação da dominação estatal. E, para o caso da sociedade brasileira, um importante nexo explicativo pode ser encontrado no processo de constituição sócio-político da dominação de classes, gênero e de raça. Além do que, essa é uma sociedade marcada pelo autoritarismo nas relações adulto/criança. Predomina um entendimento de que as crianças não devem ser consideradas como sujeitos de direitos e sim como objetos da dominação dos adultos. A dominação pode manifestar-se de diferentes formas e até mesmo através da exploração do corpo mediante a violência sexual (HAZEU; FONSECA, 1999, p. 09). As relações que vêm sendo estabelecidas entre adultos e crianças nas situações de violência sexual são marcadas pelo uso e abuso de poder, o que torna estas experiências muito traumáticas. Violência sexual contra crianças e adolescentes Conforme Faleiros (2000, p. 08) a violência sexual em si se constitui em uma relação autoritária de poder na qual se faz presente e se confrontam atores e forças com poderes desiguais de conhecimento, de autoridade, de experiência, de maturidade e de estratégias. Essas variáveis da violência sempre estiveram articuladas com o nível de desenvolvimento civilizatório e se refletem tanto a evolução das concepções que as sociedades construíram a respeito da sexualidade, como nas posições que as crianças ocupam nas estruturas hierárquicas dessas mesmas sociedades. Nas obras estudadas observou-se que são utilizadas diferentes categorizações e classificações para tratar da violência sexual que pode ser intrafamiliar ou extrafamiliar, para isso se considera o tipo de relação existente entre os envolvidos na situação. Contudo, há um consenso quanto

3 à existência de duas formas características dessa violência quais sejam: o Abuso Sexual e a Exploração Sexual Comercial. Conforme Faleiros (2000, p. 07): o Abuso Sexual 3 Deve ser entendido como uma situação de ultrapassagem (além, excessiva) de limites de direitos humanos, legais, de poder, de papéis, do nível de desenvolvimento da vítima, do que esta sabe e compreende, do que o abusado pode consentir, fazer, viver, de regras sociais e familiares e de tabus. E que as situações de abuso infringem maus-tratos às vítimas. A Exploração Sexual e Comercial (Programa, 2003) deve ser compreendida como: Uma violação fundamental dos direitos. Abrange o abuso sexual por parte do adulto, e remuneração em dinheiro ou em espécie para a criança/adolescente ou para um terceiro ou várias pessoas. A criança ou adolescente é tratada como objeto sexual ou mercadoria. A exploração sexual comercial constitui uma forma de coerção e violência contra a infância e adolescência, equivale a trabalho forçado e constitui uma forma contemporânea de escravidão. Para elucidar a compreensão do assunto é fundamental informar que tanto o Abuso como a Exploração apresentam subdivisões. O Abuso Sexual pode se expressar na forma de com contato físico ou sem contato físico. As modalidades de Abuso sem contato físico são: assédio sexual, abuso sexual verbal, telefones obscenos, exibicionismo, voyeurismo e pornografia. As modalidades de Abuso com contato físico são: atentado violento ao pudor, estupro e corrupção (Brasil, 2004, p.37-38). As modalidades da Exploração são: turismo sexual, pornografia infantil, pedofilia e tráfico (Exploração, 2007). Alguns determinantes encontrados nas práticas do abuso sexual associam-se as transformações que ocorreram nas relações da família, e desta com a sociedade no que se referem às questões econômicas, culturais, sociais, políticas, da sexualidade. Essas se refletiram na reorganização das funções, dos papéis e dos valores dentro da família, a partir das questões de poder, gênero, etnia, sexualidade e de direitos (LEAL, 1998, p. 21). Conforme Faleiros (2000, p. 08) algumas das mudanças pretenderam romper com a ideologia machista e acabaram provocando frustrações e perda de espaço para os homens. É nesse sentido que as frustrações aliadas à desesperança e ao alcoolismo traduziram-se em violência no lar. Nesse viés, o abuso sexual intrafamiliar pode expressar uma forma de auto-afirmação diante do fato da superioridade masculina estar sendo questionada. Elementos para esse tipo de compreensão pode ser detectado no fato de haver predominância do sexo masculino entre os agressores e de sexo feminino entre as vítimas (HAZEU; FONSECA, 1999, p. 35).

4 4 No caso da exploração sexual comercial as determinações relacionam-se mais aos fatores sócio-econômicos de nosso país, tais como: desenvolvimento desigual, má distribuição de renda, migração, acelerado processo de urbanização, a ineficácia das políticas (CECRIA, 1997b, p. 09). Dessa forma, tem-se que a Pobreza e Exclusão são fatores decisivos para a inserção neste mercado de trabalho forjado pela exploração e pelo regime da escravidão sexual (FALEIROS, 2000, p. 19). A gravidade da violência sexual varie e depende fundamentalmente do grau de parentesco existente entre o agressor e a vítima, dos papéis de autoridade, responsabilidade e de proteção que eram exercidos pelo agressor, dos sentimentos que os unem, da reincidência, da freqüência com que ocorreram e do nível de violência utilizada (FALEIROS, 2000, p. 19) O enfrentamento a tais práticas também é muito complicado. No caso do abuso sexual intrafamiliar as ações são dificultadas justamente pelo fato de envolver relações de caráter familiar, doméstica, privada, criminosa. Sendo esses alguns dos fatores que contribuem para o silenciamento das vítimas. No caso da exploração sexual comercial as dificuldades referem-se ao caráter ilegal, clandestino, comercial, articulado em redes, geralmente muito poderosas, e que exigem o silenciamento das testemunhas e vítimas. Também perpassa pela conivência de muitos policiais, taxistas e da impunidade desses agressores (CECRIA, 1997a). A realidade da violência sexual no município de Toledo (região oeste do Paraná) A pesquisa sobre o assunto vem sendo desenvolvida desde o ano de 2006 e tem por objetivos conhecer os tipos de violência sexual e categorizar os tipos de agentes envolvidos, nestas práticas no município de Toledo. A pesquisa de campo identifica e analisa os Autos de Processos da Vara de Família, Infância e Juventude e anexos (Fórum Dr. Vilson Balão - Comarca de Toledo). Para essa investigação foi necessária a autorização judicial. A coleta dos dados é efetuada mediante o uso de uma Ficha/Formulário que contém um roteiro fechado, com questões referentes à circunstância do fato e do perfil da vítima e do agressor. Para o trabalho de investigação estabeleceu-se que não se entra em contato nem com os agentes agressores nem com as vítimas de tais práticas. O trabalho de coleta de dados definiu como marco inicial a identificação dos casos de violência sexual ocorridos nos anos de 2004 e Para esse biênio, o levantamento de dados consultou e verificou o total de 598 Autos de Processo Judiciais da Vara da Infância e Juventude que ingressaram como processos nos referidos anos. Desse montante, constatou-se que 09 Autos de

5 5 Processos eram relativos à prática do abuso sexual e nenhum se referia a situação de exploração sexual e comercial. Ao analisar os dados coletados percebeu-se que a maior parte das práticas de violência sexual do município ocorreu no ano de 2004 (56%). Também nesse ano o número de vítimas foi mais significativo (73%). Contudo, o ano de 2005 apresentou maior número de acusados (62%). No que tange a espacialização das práticas de violência sexual confirmou-se a perspectiva apresentada na bibliografia especializada, a que de que essas práticas ocorreram em diferentes bairros, independentemente da classe social dos envolvidos. Em Toledo a violência sexual esteve presente em vários bairros e não se concentrou naqueles locais em que a renda per capita é menor. Quanto à relação existente entre os envolvidos, constatou-se que em 30% das situações os envolvidos eram irmãos, havendo predomínio da violência intrafamiliar. O que é muito preocupante pois, conforme Perrone e Nannini (1995 apud Faleiros, 2000, p.14), nas situações de abuso sexual intrafamiliar ocorre uma espécie de enfeitiçamento da vítima, a qual é envolvida e enredada numa armadilha da qual, muitas vezes não pode, não consegue e nem sabe como se livrar. Geralmente, esse processo de aprisionamento é constituído com base em uma trama emocional que oscila entre o amor e o ódio, entre a sedução e a ameaça, mecanismos estes que forçam às vítimas a permanecerem na situação em que se encontram. A lei do silenciamento faz, portanto, parte dessa dinâmica e a vítima por medo (de não saber o que vai acontecer a si mesmo, aos demais familiares e ao agressor) acaba não publicizando e não revelando a verdade dos acontecimentos. É, justamente esse pacto de silêncio que dificulta conhecer e saber os números mais reais desse modalidade de violência, seja no caso do município de Toledo ou mesmo do país. Para que se tenham estatísticas mais precisas faz-se necessário que a rede de proteção às vitimas de violência sejam fortalecidas e que estas ofereçam à segurança para que quando revelada a verdade as vítimas tenham assegurados os seus direitos de privacidade e de dignidade. Considerações Finais Importa esclarecer que o processo de investigação continua e está-se coletando dados dos Autos de Processos referentes aos anos de 2003 e Até essa fase da pesquisa pode-se concluir que as manifestações da violência sexual em Toledo não são diferentes das de outros locais do Brasil. No município em questão ela também se encontra muito mascarada por uma série de tabus. Poucas são as denúncias efetuadas e até o presente momento as vítimas não encontram uma rede de apoio e os

6 6 serviços existentes não têm medidas e atendimentos qualificados que possam garantir-lhes a proteção, após a denúncia de tais práticas. O município precisa criar políticas e serviços que tenham como escopo as iniciativas de prevenção, contudo não pode se limitar a elas. É necessário oferecer alternativas de formas de vida segura às vitimas, condição esta que é fundamental para que as mesmas não mais se silenciem diante de um problema tão grave. É urgente e necessário que se invista na prevenção secundária atuando junto às famílias, aos profissionais e até mesmo nas instituições para que se desmonte as relações de poder que acabam por culminar na violência. Defende-se também a atuação na prevenção terciária, a qual prevê a articulação com setores estratégicos da sociedade, tais como grandes empresas, sindicatos, pois assim se estará levando informação à população sobre esse fenômeno e esta, conseqüentemente, poderá cobrar do Estado ações mais contundentes, que contribuam para que crianças e adolescentes não tenham mais seus direitos violados. Referências BIDARRA, Zelimar S.; BREMM, Andressa. Traçando caminhos para desmistificar a violência sexual contra crianças e adolescentes. Comunicação Oral apresentada no II Simpósio Regional de Formação Profissional em Serviço Social e XVI Semana Acadêmica, promovida pelo Colegiado de Serviço Social. Unioeste, campus de Toledo, maio BIDARRA, Zelimar S.; GREGÓRIO, Francieli J.; BREMM, Andressa. Violência contra criança e adolescente: por uma história de construção dos direitos. Comunicação Oral apresentada na 2ª Semana de Ciências Sociais, promovida pelo Colegiado de Ciências Sociais. Unioeste, campus de Toledo, nov BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal n /90. Curitiba: Instituto de Ação Social do Paraná (IASP), BRASIL. Guia Escolar: Métodos para Identificação de Sinais de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Brasília (DF): Secretaria Especial dos Direitos Humanos e Ministério da Educação, CECRIA. Fundamentos e políticas contra a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. Relatório de estudo. Brasília, 1997a. Políticas Públicas e estratégias contra a exploração sexual comercial entre familiar de crianças e adolescentes. Brasília/DF, 1997b. Exploração Sexual Comercial. Disponível em: Acesso em 28/abr/2007.

7 7 FALEIROS, Eva T. S. Violência sexual - a categoria chave na compreensão do abuso sexual contra crianças e adolescentes. IN: Repensando os conceitos de Violência, Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Brasília, FALEIROS, Vicente de Paula. Assistência e a questão da exploração sexual. Brasília/DF, A violência sexual contra crianças e adolescentes e a construção de indicadores: a crítica do poder, da desigualdade e do imaginário. IN: Indicadores de Violência Intra-Familiar e Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes. CESE, Ministério da Justiça, CECRIA, Fundo Cristão para Criança, GREGÓRIO, F.; BREMM, A.; BIDARRA, Z. Contornos da violência doméstica e sexual contra crianças e adolescentes no município de Toledo-PR. Comunicação Oral apresentada na 3º. Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil. Promovido pelo Grupo de Pesquisa GPPS e Colegiado do Curso de Serviço Social. Unioeste, campus de Cascavel, set HAZEU, Marcel e FONSECA, Simone. Exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes no Pará. LEAL, Maria Lúcia Pinto. A Exploração Sexual Comercial de Meninos, Meninas e Adolescentes na América Latina e Caribe (Relatório Final Brasil). Brasília: CECRIA, IIN, Ministério da Justiça, UNICEF, CESE, LEAL, Maria Lúcia Pinto. A Exploração Sexual Comercial de Meninos, Meninas e Adolescentes na América Latina e Caribe (Relatório Final Brasil). Brasília: CECRIA, IIN, Ministério da Justiça, UNICEF, CESE, MICELI, Sérgio (org). O que ler na ciência social brasileira. Antropologia ( ). São Paulo: Ed. Sumaré: ANPOCS; Brasília, DF: CAPES, volume 1, ODÁLIA, Nilo. O que é violência? Coleção Primeiros Passos. Volume 85. Editora Brasiliense. São Paulo SP. 2ª edição Programa de Prevenção e Eliminação da Exploração sexual de Crianças e Adolescentes na Tríplice Fronteira Argentina/Brasil/Paraguai. Exploração sexual comercial de crianças e adolescentes de A a Z Pesquisa financiada pela Fundação Araucária/Paraná. O projeto de pesquisa coleta dados empíricos sobre as modalidades da violência doméstica e da violência sexual, contra crianças e adolescentes, nos Registros de Atendimento do Conselho Tutelar e em Autos de Processo da Vara da Infância e Juventude do município de Toledo (PR). 2 Professora Adjunta do Curso de Serviço Social da UNIOESTE (PR) e Orientadora de Projeto PIBIC. Membro Grupo de Pesquisa GEMDEC/UNICAMP e do Grupo de Pesquisa: Cultura, Relações de Gênero e Memória (UNIOESTE ). zelimar@yahoo.com.br - Toledo/Paraná. 3 Bolsista de Iniciação Científica do PIBIC/UNIOESTE. Aluna do 4º ano do Curso de Serviço Social.

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