INDICADORES DE VIOLÊNCIA ESCOLAR NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE FLORIANO-PI

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1 INDICADORES DE VIOLÊNCIA ESCOLAR NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE FLORIANO-PI Eduardo Sousa Araújo (bolsista do ICV) Fauston Negreiros (Orientador e coordenador do Núcleo de estudo e Pesquisas em Psicologia Educacional e queixa escolar-psiqued,campus Amílcar Ferreira Sobral CAFS-UFPI,Departamento de Pedagogia/UFPI INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo, fazer o levantamento dos indicadores de violência escolar nas escolas do Ensino Fundamental da rede pública do município de Floriano- PI, bem como os fatores que contribuem para a manutenção da violência escolar, o que se tem entendido pôr Violência Escolar pelos participantes do espaço escolar e as possíveis soluções encontradas para intervir e prevenir a violência escolar. Objetiva ainda verificar as possíveis conseqüências da violência escolar para o desempenho do aluno. Percebe-se diante de tais objetivos se faz necessário caracterizar e delimitar o que se tem entendido historicamente por violência escolar. Diante a tal problema se faz necessário um olhar sobre as contribuições dos educadores enquanto mediadores do processo educativo frente à violência escolar. Sendo considerada aqui a violência escolar como um evento eminentemente da escola. Destarte esta pesquisa consiste em um estudo preliminar sobre os indicadores da violência escolar no município de Floriano- PI. Metodologia Tipo de pesquisa e participantes Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativo Escolas da rede municipal de Floriano/PI no período de 2014 a 2015, com a parcial de 30 escolas onde estarão envolvidos docentes discentes e gestores. Procedimentos de coleta de dados Inicialmente foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí/UFPI, e após obter parecer favorável, serão contatadas as instituições

2 de ensino do município para a realização da coleta de dados. Para coletas de dados, mediante a assinatura do TCLE, termo de compromisso livre para a autorização da participação e realização da pesquisa. Serão aplicados questionários dirigidos, com itens envolvendo a temática proposta com professores, gestores e alunos, incluindo o levantamento de dados sociodemográficos tais como gênero, idade, serie por serem de grande importância nos resultados dessa pesquisa. Nessa pesquisa foram 216 discentes, 24 professores e 12 gestores. 3.3 Procedimentos de Análise dos Dados Os dados coletados foram analisados estatisticamente pelo o programa GRAPHPAD PRISM para estimar aspectos como a categorização, especificando a caracterização e variáveis envolvidas acerca do referido objeto de estudo. RESULTADO E DISCUSSÃO Para você o que violência escolar? Percebe-se que a maioria dos sujeitos e da pesquisa apresenta a violência escolar como agressão física, o que é um fato a ser considerado, pois a violência física é uma das mais diversas conseqüências da violência escolar, porém sentiu-se a necessidade de um afinamento de conceito sobre esse fenômeno que é constituído sobre vários aspectos. Você já presenciou um ato violento na escola No tocante aos atos violentos acontecidos dentro do espaço educativo, percebe-se que uma parcela considerada dos sujeitos da pesquisa (97%) aponta brigas como atos ocorridos dentro do espaço escolar, o que de fato se trona um problema para a escola enquanto promotora da cidadania, pois esta vem tendo dificuldades na condução do fazer educativo, uma vez que a violência compromete o processo de ensinoaprendizagem. O que a escola faz quando acontece um ato violento? Ao que Concerne às ações desenvolvidas pela a escola, constatou-se que a maioria dos entrevistados aponta a expulsão e advertência como ação realizada pela a escola enquanto promotora da socialização e cidadania. É um tanto preocupante, esse resultado, pois a escola tende a não trabalhar ações educativas efetivas que de fato amenize esse fenômeno social que é desencadeado dentro do espaço educativo, e que se

3 constitui em meio a um conjunto de fatores que não devem ser excluídos da análise desse fato e conseqüentemente das ações praticadas para amenizá-lo. Como vocês se sentem diante de um ato violento? A maioria dos entrevistados 88,9% afirma ficarem triste quando se deparam com um ato violento na escola, o que deixa claro um sentimento de desmotivação quanto a tais atos que são cometidos dentro do espaço educativo. A educação como processo de transformação e socialização pode e deve trabalhar os valores, para que os envolvidos no processo educativo apreendam a importância de evitar esses atos violentos que causam grandes conseqüências. Considerações finais Notou-se que os envolvidos no processo educativo apontam aspectos relevantes no que concerne a violência, porém é evidente que estes precisam de uma compreensão mais ampla do que venha a ser violência social, e que não existe culpados, mas sim atores e vítimas. Nesse estudo também se percebeu na fala dos participantes a ausência das obrigações do Estado para com essa demanda social, o que é preocupante, pois este deve desenvolver ações e políticas efetivas que amplie o entendimento sobre tal fenômeno social. O Estado pode estar utilizando somente de instrumentos de repressão como a polícia e isso não é interessante, pois violência não deve e serásanada com violência. Para tanto fica evidente que há a necessidade de um redimensionamento das perspectivas em relação a violência escolar, e para que isso se concretize é necessário um conjunto de ações efetivas por parte de todos os que fazem a escola, e pelos o Estado que deve ser provedor de uma educação de qualidade que possibilite ao educando uma visão crítica de mundo o que sem dúvidas ajudará na amenização desse fenômeno Em suma pretendeu-se entender como a violência escolar é vista atualmente, e nesse sentido constatou-se que ainda há muito que fazer, visto que se notou entendimentos fragmentados a respeito de tal fato social, e esses fragmentos refletem nas ações a serem tomadas, podendo assim haver uma culpabilização o que é pertinente dizer que ao invés de procurar culpados deve-se buscar conhecer, entender e posteriormente concretizar ações que visem uma amenização do problema, fazendo com

4 que haja uma política efetiva que tenha em sua constituição um conjunto de ações voltadas para a construção de uma educação equalizadora que oportunize aos educandos um uma compreensão da realidade em que estes vivem.

5 REFERÊNCIAS MARRIEL, Lucimar Câmara; ASSIS, Simone G.; AVANCI, Joviana Q. e OLIVEIRA, Raquel V. C.. Violência escolar e autoestima de adolescentes. Cad. Pesqui. [online]. 2006, vol.36, n.127, pp ISSN SEVERO, Susana da Silva Gonçalves, FRANCO, Adriana de Fátima. O professor frente aos desafios da violência escolar. Pontifica Universidade Católica do Paraná, Curitiba, KARINE Coimbra Simões Hauck. Violência Escolar: Um breve estudo sobre o tema. Trabalho de monografia da Universidade de Juiz de Fora, AQUINO, groppa Júlio. A violência escolar e a crise da autoridade docente. Cadernos cede, XIX, 47, dezembro de 2008.