A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO ENSINO MÉDIO: intervenção do PIBID Geografia UEPB, na escola Severino Cabral Campina Grande PB.

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1 A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO ENSINO MÉDIO: intervenção do PIBID Geografia UEPB, na escola Severino Cabral Campina Grande PB. João Rodrigues Braga da Silva Universidade Estadual da Paraíba UEPB Co-autora: Daniela Santana de Oliveira Universidade Estadual da Paraíba - UEPB danielasantana.1@hotmail.com Professora Supervisora: Éricka Araújo Santos ericka21.araujo@hotmail.com E.E.E.M. Severino Cabral - UEPB Orientadora: Josandra Araújo Barreto de Melo Universidade Estadual da Paraíba - UEPB ajosandra@yahoo.com.br Resumo Este trabalho resulta das experiências adquiridas após intervenções nas aulas Geografia como aluno bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID, Subprojeto de Geografia, realizado na E.E.E.M. Severino Cabral, localizada na cidade de Campina Grande PB, no ano de Procuramos aqui realizar uma aproximação da temática Cartográfica com a Geografia Escolar, em face da grande importância de saber como realizar leituras de cartas/mapas e espacializar os fenômenos sociais, culturais e econômicos nas mesmas. O mundo globalizado espera da sociedade uma compreensão cartográfica mínima, já que na contemporaneidade a tecnologia da informação aproxima cada vez mais a sociedade de tais fenômenos, relacionando-as em escalas locais e globais. Para fundamentação deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas, pesquisas na internet em periódicos da CAPES, além do Livro Didático adotado pela Escola Severino Cabral. Metodologicamente, partimos da representação gráfica de mapas Geomorfológicos do Brasil sem a utilização previa de conceitos cartográficos como: escalas, direção, limites de longitude e latitude, para posteriormente apresentar tais elementos associando aos conhecimentos matemáticos da cartografia, assim, procuramos trabalhar com os alunos esses conhecimentos aproximando teoria e prática, na busca de melhorar o processo ensino-aprendizagem. A aproximação do aluno de Iniciação à Docência com a Geografia Escolar através do Programa do PIBID ajuda a fortalecer o espírito docente dos futuros professores, no mesmo instante que ajuda professores e alunos nas escolas. Toda essa experiência só foi possível por meio da participação nas intervenções/colaborações nas aulas de Geografia da professora Éricka Santos no Severino Cabral. Palavras-Chave: Geografia Escolar. Cartografia. PIBID.

2 INTRODUÇÃO O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) é um programa do Ministério da Educação (MEC), atendendo às atribuições legais da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para incentivar e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais, dentro das diretrizes do Plano de Metas Compromisso de Todos pela Educação, aos princípios estabelecidos na Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica e à legislação em vigor aplicável à matéria. O desenvolvimento deste trabalho tornou-se possível graças à participação no Programa do PIBID, Subprojeto de Geografia que através da parceira entre Universidade Estadual da Paraíba - UEPB e as Escolas Estaduais (em particular a E.E.E.M. Severino Cabral) possibilitaram a criação de uma ponte entre o Ensino Superior e a Escola Escolar, aliando teoria e prática no fortalecimento da Iniciação à Docência. Na Escola Estadual de Ensino Médio Severino Cabral, as turmas do Ensino Médio contam com a participação de alunos bolsistas do Programa PIBID que colaboraram positivamente nas aulas de Geografia, buscando assim, auxiliar professora de Geografia e os alunos no processo de ensino-aprendizagem. Com as turmas do 1º ano A e C, quando iniciamos os estudos sobre Cartografia Escolar, percebemos a dificuldade dos alunos em realizar a leitura espacial das cartas ou mapas, em compreender os signos presente nessas representações espaciais. Essa percepção didática nos levou a iniciar uma alfabetização cartográfica da turma. Assim [...] busca-se a interação entre a Cartografia e Geografia como forma de despertar uma percepção visual através dos signos cartográficos. (BOMFIM; ROCHA, 2012, p.272). Para tanto, desenvolvimento uma pesquisa bibliográfica que ofereça suporte teóricometodológico ao desenvolvimento dos conteúdos ministrados em sala de aula, com destaque para obra: Fundamentos de Cartografia: aplicados à Geografia, do professor Francisco Evangelista Porto (UEPB), pesquisa na internet, além da utilização do livro didático como ferramenta pedagógica. Com base nas experiências adquiridas sobre o ensino da Cartografia Escolar, pretendemos aqui dividir algumas experiências e, assim, contribuir com os diálogos sobre o ensino cartográfico, temática que: quando não é trabalhada de forma superficial, é simplesmente ignorado.

3 METODOLOGIA Trabalhar com a temática Cartográfica, exige do professor e do aluno um esforça em compreender as relações espaciais existentes entre o tamanho real (seja ela, uma área topográfica ou um fenômeno de distribuição mineralógica) e o tamanho reduzido para uma carta ou mapa no livro didático. Para melhor compreensão deste trabalho dividiremos em duas partes: Num primeiro momento a atividade cartográfica tratava-se apenas da transcrição de um mapa Geomorfológicos do Brasil, do livro didático para uma cartolina com legenda de cores, mas sem nos preocuparmos com os elementos cartográficos: escalas, direção, longitudes e latitudes. O objetivo dessa atividade é realizar a leitura espacial das distribuições dos fenômenos geomorfológico distribuídos no Brasil, interpretando as informações contidas nos signos. Em um segundo momentos apresentamos o conceito de escala, diferenciando escalas pequenas, médias e grande, aplicando as formas matemáticas E = d para encontrar a escala D de mapa, D = d E para saber a distância real entre dos ponto do mapa e d = D x E para encontrar seu tamanha reduzido (geralmente em centímetros). Onde: E = escala; D = dimensão real; d = dimensão gráfica. De posse do conhecimento matemático aplicado à cartografia, tomamos as medidas de tamanho da sala de aula, aplicamos as formulas e reduzimos o tamanho real da sala para um tamanho menor (representação) que coubesse numa folha de papel A4 (em Paisagem), modificando todas as variáveis: E, D e d. A partir dessa pequena escala que é sala de aula compreendemos alguns dos conceitos cartográficos que nos possibilitam de realizar outras leituras espaciais em qualquer lugar do globo, principalmente nos dias atuais onde o auxílio das tecnologias digitais, principalmente, os computadores, satélites e a internet, facilitam esse processo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ler a carta significa conhecer o significado das convenções (símbolos e cores) utilizadas na representação cartográfica e, através delas, visualizar e reconhecer os diferentes elementos planimétricos (via de comunicação, núcleos de população, rede hidrográfica, etc.) e altimétrico (topografia) para poder construir uma imagem metal do território. Interpretar vai além e possibilita sentir e explicar a terceira dimensão do relevo e os diversos arranjos territoriais dos sistemas natural e social, de tal forma que a compreensão das partes conduza a uma interpretação global da paisagem, esta

4 entendida como representação sincrônica de um longo processo no qual as condições físico-ecológicas foram modificadas pela ação dos homens em função das suas práticas culturais, do seu grau de organização social e dos meios técnicos disponíveis. (GRANELL-PÉREZ, 2004, p.16) Ao trabalhar a Cartografia Escolar no 1º ano do Ensino Médio, na escola Severino Cabral foi notório a necessidade de sempre está retomando o assunto da leitura cartográfica, já que muitas vezes esse tema é passado de forma descontextualizada do entendimento do aluno. Em muitos dos casos sãos realizadas dessa maneira para que os alunos não percebam o pouco entendimento do professor sobre o assunto, ou pior, quando muitos nem chegam a ensinar à Cartografia, mostrando falta de domínio sobre o conteúdo. Este fato resulta também da falta de conteúdo passado ao professor enquanto aluno graduando das licenciaturas nas próprias universidades, impossibilitando os professores de ensinarem aos seus alunos como realizar a leitura espacial. Segundo Bomfim (2012, p.25) os alunos vivem num espaço que eles utilizam e praticam de maneira empírica e sobre o qual constroem suas representações sociais do espaço, partindo desse pressuposto, devemos levar o aluno à perceber-se como um agente social transformador do espaço em que vive e que, ao localizar-se no espaço também estabelecem relações cartográficas existentes entre eles o mundo. A antiga Cartografia que produzia mapas com excelente apresentação artística, mas com informações não muito precisas, evoluiu em quantidade e qualidade de informações. A construção de mapas em diversas escalas, as técnicas modernas de fotogrametria, o sensoriamento remoto e a informática, dão a Cartografia à possibilidade de um produto final de qualidades técnicas e versatilidade incomparáveis. (PORTO, 2004, p.18-19) Nos dias atuais apesar das novas tecnologias apresentarem um maior contato com alguns elementos da cartografia através dos celulares com GPS, programa de representação espacial online como Google Earth, os vários programas de SIG, ler e interpretar o espaço necessita de uma alfabetização cartográfica. Ao analisar o uso da linguagem cartográfica no ensino superior e básico, Katuta (2010, p.134) diz o seguinte: É preciso que ocorra a aprendizagem e o uso da linguagem cartográfica para, sobretudo, entendermos a lógica da (re)produção dos territórios; caso contrário, ela perde seu sentido ou razão de ser no ensino geográfico superior e básico. Essa afirmativa ao mesmo tempo que nos mostra a importância da cartografia, faz um chamado para que os professores ensinem aos seus alunos como interpretar essa nova linguagem.

5 CONCLUSÃO Diante do exposto, reforço a importância de se ensinar e aprender a linguagem cartográfica, que como outras linguagens (inglês, português, espanhol etc.) requer o entendimento de alguns signos. Segundo Bomfim (2012, p.56): Essas significações influenciam o imaginário dos alunos e permitem sintetizar o espaço como um meio de tensão social, marcado pelos aspectos positivos e negativos, onde as práticas de socialização, de valores e de pertença assumem seu lugar. Assim ao levar o conhecimento geográfico associado à cartografia escolar, possibilitamos o aluno/cidadão um pensamento crítico da realidade que o envolve, ajudando a pensar e perceber-se no espaço. Ao intervir nas aulas de geografia como aluno bolsista e futuro professor, espero ter contribuído com o desenvolvimento do raciocínio lógico que exige a leitura e interpretação das cartas. Encerramos agradecendo a CAPES que através do Programa PIBID, veem aproximando o aluno graduando dos cursos de licenciatura e a prática docente, auxílio que visa aprimorar a qualidade do ensino no Brasil ao investir no aluno do Ensino Superior.

6 REFERÊNCIAS. GRANELL-PÉREZ, Maríadel Carmem. Trabalhando geografia com as cartas topográficas. 2 ed. Ijuí: Ed. Unijui, BOMFIM, Natanael Reis; ROCHA, Lourdes Bertol. (Orgs.). As representações na geografia. Ilhéus: Editus, PORTO, F. E. FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA Aplicados à Geografia. Campina Grande: Edições Boa Impressão, KATUTA, Ângela Massumi. A linguagem cartográfica no ensino superior e básico. In: PONTUSCHKA, NídiaNacib; Oliveira, Ariovaldo Umbelino de. (Orgs.). Geografia em Perspectiva: ensino e pesquisa. 3 ed. São Paula: Contexto, 2010, p