Capítulo 1: Introdução à Economia

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4 Capítulo 1: Introdução à Economia Conceito de Economia Problemas Econômicos Fundamentais Sistemas Econômicos Curva (Fronteira de Possibilidades de Produção. Conceito de Custos de Oportunidade Análise Positiva e Análise Normativa Inter-relação da Economia com as demais ciências Divisão do Estudo Econômico 4

5 Conceito de Economia Deriva do grego: aquele que administra o lar. Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. A ciência que estuda a escassez. O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. 5

6 Problemas econômicos fundamentais Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas. Versus Recursos Produtivos (Fatores de Produção) (Recursos naturais, Mão de Obra, Capital) Limitados e Finitos Problema Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade. (restrição física dos recursos) 6

7 Problemas econômicos fundamentais O QUE e QUANTO produzir? A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto? COMO produzir? Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva. PARA QUEM produzir? Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica? Quais os setores beneficiados? 7

8 Sistema Econômico / Organização Econômica É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas. Atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. 8

9 Sistema Econômico / Organização Econômica Principais formas: Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) 9

10 Economias de Mercado - Sistema de concorrência pura (sem interferência do governo) - Sistema de concorrência mista (com interferência governamental) 10

11 Sistema de concorrência pura Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados. Discussão: como funciona na prática? 11

12 Sistema de concorrência pura Excesso de oferta (escassez de demanda) Formam-se estoques Redução de preços Até o equilíbrio Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores. 12

13 Sistema de concorrência pura Excesso de demanda (escassez de oferta) Formam-se filas Tendência ao aumento de preços Até o equilíbrio Existirá concorrência entre consumidores para compra. 13

14 Sistema de concorrência pura O QUE e QUANTO produzir? (o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. COMO produzir? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. PARA QUEM produzir? Questão distributiva. 14

15 Sistema de concorrência pura Base da filosofia do liberalismo econômico: soberania do mercado, sem interferência do Estado 15

16 Sistema de concorrência pura Oferta de bens e serviços Mercado de Bens e Serviços Demanda de bens e serviços O que e quanto produzir Empresas Demanda de serviços dos fatores de produção. (mão-de-obra, terra, capital) Como produzir Famílias Para quem produzir Mercado de Fatores de Produção Oferta de serviços dos fatores de produção 16

17 Sistema de concorrência pura Críticas: Grande simplificação da realidade; Os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de: força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial); 17

18 Sistema de concorrência pura O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda. Preocupação com o lucro. 18

19 Sistema de concorrência pura Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro. 19

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25 Sistema de mercado misto O papel econômico do governo Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado, próximo ao da concorrência pura. Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia. De que forma? 25

26 Sistema de mercado misto O papel econômico do governo 26

27 Sistema de mercado misto Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas: sobre a formação de preços, (via impostos, fixação de salário mínimo, etc.); complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.); fornecimento de serviços públicos (iluminação, água, saneamento básico etc.; fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.); compra de bens e serviços do setor privado. 27

28 Economia Centralizada Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. 28

29 Economia Centralizada Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas; Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo; Repartição do lucro: Uma parte vai para o governo, e outra parte vai para o investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores. 29

30 Sistemas Econômicos - Síntese Mercado Propriedade Privada Centralizada X Propriedade Pública Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo órgão central Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva 30

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32 Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. 32

33 Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção Quantidade Produzida (bem y ) ymax x=0 xmax Quantidade Produzida (bem x ) y=0 A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está sujeita a abrir mão de outra. Nada é de graça! Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à inflexibilidade dos custos de produção. 33

34 Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção (CPP) Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Combinações de produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno Emprego). D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Depende de fatores como inovação tecnológica. Quantidade Produzida (bem y ) ymax x=0 D B C A xmax Quantidade Produzida (bem x) y=0 34

35 Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. Quantidade Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos Deslocamentos negativos: decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis. Produzida (bem y ) ymax x=0 D B C Deslocamentos Positivos A Deslocamentos Negativos xmax y=0 Quantidade Produzida (bem x) 35

36 Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção: É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. Quantidade Produzida (bem y ) Trade off B C + Produto x - Produto y Custo de Oportunidade C B custo de oportunidade de 200 unidades de y é 50 de x. ymax x=0 450 B (150; 450 ) 250 D C ( 200;250 ) A Quantidade xmax y=0 Produzida (bem x) 36

37 Análise Positiva Análise Normativa Declarações Positivas: os economistas tentam descrever (Descritivas) o mundo como ele é. Ex.: Juízo de valor Deveria ocorrer uma melhor distribuição de renda. Declarações Normativas: os economistas prescrevem (Prescritivas) como o mundo deveria ser. Ex.: Ajudará a escolher o melhor instrumento de política econômica mais adequado para diminuir a concentração de renda. (política salarial, política tributária, etc) 37

38 Relação da Economia com as demais ciências Com o passar do tempo: Concepção Humanística A Economia repousa sobre os atos humanos, objetivando a satisfação das necessidades humanas (Ciência Social). 38

39 Aspecto Econômico Aspecto Político Aspecto Social Realidade Aspecto Material do Objeto Aspecto Geográfico Aspecto Histórico Aspecto Demográfico 39

40 Relação da Economia com as demais ciências Economia e Política Política é a arte de governar. O exercício do poder. É natural que este poder tente exercer o domínio sobre a coisa econômica. Uso da política do Estado para concessão de vantagens econômicas pelos grandes grupos econômicos. Ex.: Agricultores na época da política do café com leite. Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes indústrias. 40

41 Relação da Economia com as demais ciências Economia e História Facilita a compreensão do presente, e ajuda nas previsões para o futuro, com base nos fatos passados. As guerras e revoluções por exemplo, alteraram o comportamento e a evolução da economia. 41

42 Relação da Economia com as demais ciências Economia e Geografia Permite avaliar também questões como as condições geoeconômicas dos mercados regionais, a concentração espacial dos fatores produtivos, a localização de empresas, a composição setorial da atividade econômica, etc. 42

43 Relação da Economia com as demais ciências Economia e Sociologia Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda. Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde, transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam essa mobilidade. 43

44 Relação da Economia com as demais ciências Economia e Direito Leis Anti-truste: atuam sobre as estruturas de mercado, assim como o comportamento das empresas. Agências de Regulamentação: ditam as regras de atuação em determinadas áreas (ex.: petróleo, telecomunicações,etc) Constituição Federal: Determina a competência para execução de política econômica. Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos. 44

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46 Relação da Economia com as demais ciências Economia, Matemática e Estatística A Economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações do comportamento econômico podem ser expressas através de funções matemáticas. Econometria: a estratégia de se estimar as relações econômicas, matematicamente formuladas, a partir da minimização dos desvios aleatórios. 46

47 Divisão do Estudo Econômico Microeconomia: é o ramo da que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital. 47

48 Divisão do Estudo Econômico Macroeconomia: é o ramo da que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. 48

49 Divisão do Estudo Econômico Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica). Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras internacionais. 49

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56 Capítulo 2: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado. Fundamentos de Microeconomia Análise da Demanda de Mercado Análise da Oferta de Mercado O Equilíbrio de Mercado 56

57 Fundamentos de Microeconomia Microeconomia (Teoria de Preços) estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam. Preocupa-se mais com: (Consumidores) (Firmas) (Mercados específicos) 57

58 Fundamentos de Microeconomia coeteris Paribus Expressão latina traduzida como outras coisas sendo iguais, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. - tudo o mais constante. 58

59 Fundamentos de Microeconomia coeteris Paribus Analisar um mercado Supor todos os demais isoladamente mercados constantes - O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos demais. efeitos de outras variáveis. Ex.: Preço sobre a procura de determinado bem Independente Independente do efeito de outras variáveis: renda do consumidor, 59 gostos, preferências, etc.

60 Análise da Demanda de Mercado Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda é um desejo, um plano. Representa o máximo que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. 60

61 Análise da Demanda de Mercado Fundamentos da Teoria da Demanda Baseia-se na teoria do Valor Utilidade. Dada uma Renda Consumidor Ao demandar um bem ou serviço Dados os preços de mercado Maximizando a utilidade (satisfação) que atribui ao bem ou serviço. 61

62 Análise da Demanda de Mercado Utilidade Total e Utilidade Marginal Aumenta quanto maior a quantidade consumida do bem Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. 62

63 Análise da Demanda de Mercado Utilidade Total e Utilidade Marginal U mag Quantidade que o consumidor deseja consumir. U t = q Utilidade Utilidade Total Marginal Quantidade Quantidade Consumida Consumida 63

64 Análise da Demanda de Mercado Ex: Utilidade Marginal Paradoxo da Água e do Diamante Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado? Água Diamante Grande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal (encontrada em abundância) Grande Utilidade Marginal (escasso) 64

65 Análise da Demanda de Mercado Curva de indiferença Ilustra as preferências do consumidor. Combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade. Batata (Kg) 8 A 5 B C U0 Carne (Kg) Todos os pontos da curva representam situações que proporcionam idêntica satisfação. 65

66 Análise da Demanda de Mercado Variáveis que afetam a Demanda: Riqueza (e sua distribuição) Renda (e sua distribuição) Preço do bem Preço dos outros bens Fatores climáticos e sazonais Propaganda Hábitos, gostos, preferências dos consumidores Expectativas sobre o futuro Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) 66

67 Análise da Demanda de Mercado Variáveis que afetam a Demanda qdi = f( pi, ps, pc, R, G): Função Geral da Demanda qdi = pi = ps = pc = R = G = quantidade procurada (demandada) do bem i preço do bem i preço dos bens substitutos ou concorrentes preço dos bens complementares renda do consumidor gostos, hábitos e preferências do consumidor Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus. 67

68 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem Função Convencional d i q = f ( pi ) qid <0 pi Supondo ps, pc, R e G constantes Lei Geral da Demanda Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. 68

69 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem. Efeito preço total: Efeito substituição O bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a qtd. demandada aumente. Efeito renda Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar. 69

70 Análise da Demanda de Mercado Ex: Gráfico- Curva de Demanda Função Linear Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus). qdi = a b.pi Preço do Livro(R$) qdi = 25 0,25pi Como o preço e a quantidade demandada têm relação negativa, a curva de demanda se inclina para baixo Qtd adquirida de livros 70

71 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro. qid = f ( ps ) d i q <0 ps Supondo pi, pc, R e G constantes Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina. 71

72 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bem substituto ou concorrente Ex.: 1. Carne de vaca, frango e peixe. 2. Cerveja Antarctica e Brahma. 3. Coca-cola e Pepsi. Preço da Coca-cola(R$) (Supondo um aumento no preço do guaraná) D1 D Qtde. consumida de Coca-cola 72

73 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bens complementares = são bens consumidos em conjunto. qdi = f( pc ) qdi <0 pc Supondo pi, ps, R e G constantes Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software. 73

74 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Preço do litro Bens complementares: 1. Camisa social e gravata; 2. Pneu e câmara; 3. Pão e manteiga; 4. Sapato e meia; 5. Litro de gasolina e automóvel. de gasolina (R$) (Supondo um aumento no preço dos automóveis) D0 D Qtde. de litros de gasolina 74

75 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) qdi = f( R ) Supondo pi, ps, pc e G constantes Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas: qdi >0 R Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. 75

76 Análise da Demanda de Mercado qdi R qdi R Bem Inferior: tudo o mais constante, um < 0 aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. = 0 Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal, arroz. 76

77 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Preço da carne de 1ª (R$) Bem normal (Supondo um aumento na renda do consumidor) D1 D0 Qtd. de carne de 1ª 77

78 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Bem inferior Preço da carne de 2ª (R$) (Supondo um aumento na renda do consumidor) D0 D1 Qtd. de carne de 2ª 78

79 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Bem saciado Preço do arroz (R$) (Supondo um aumento na renda do consumidor) Qtd. de arroz 79

80 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G). qdi = f(g ) Supondo pi, ps, pc e R constantes Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, manipulados por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. 80

81 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G). Campanha do tipo beba mais leite Desloca p/ direita Preço do Bem (R$) D0 D1-Leite D1-Cigarro Quantidade adquirida do bem Campanha do tipo o fumo é prejudicial à saúde Desloca p/ esquerda 81

82 Análise da Demanda de Mercado Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. n Dmercado = d consumidores individuais i =1 para i = 1, 2,3,...n A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais. 82

83 Análise da Demanda de Mercado Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço Preço do Bem (R$) Preço do Bem R$) Qtd - Consumidor A Qtd - Consumidor B 83

84 Análise da Demanda de Mercado Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço Preço do Bem R$) Total do Mercado 84

85 Análise da Demanda de Mercado Importante: variações na demanda variações na quantidade demandada Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus). 85

86 Análise da Demanda de Mercado Variações na Quantidade Demandada Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda Variações na Demanda Renda Preços de bens relacionados Gostos Expectativas Número de compradores Desloca a curva de demanda 86

87 Análise da Demanda de Mercado Variação na quantidade demandada Variação na Demanda Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva Preço do Cigarro (R$) D Ex.: Imposto que aumenta o preço do cigarro No. Cigarros fumados/dia. Preço do Cigarro (R$) D D 5 Ex.: Política de combate ao fumo No. Cigarros fumados/dia. 87

88 Análise da Demanda de Mercado Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à Lei Geral da Demanda, em que a curva é positivamente inclinada (relação direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem. Preço da batata (R$) Quantidade demandada de batata 88

89 Análise da Demanda de Mercado Paradoxo (Bem) de Giffen Comunidade Inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no preço da Batata. Como a população gastava a maior parte da renda com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou e como estavam saturados de batata, passaram a gastar com outros produtos. O preço da Batata caiu, bem como a quantidade demandada (curva positivamente inclinada). 89

90 Análise da Demanda de Mercado Formato da Curva de Demanda Calculada estatisticamente e empiricamente, através de modelos econométricos. Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc. qdi = 3 0,5.pi + 0,2.ps 0,1.pc + 0,9.R Coeficientes em relação a qdi <0 >0 <0 >0 Obs: a variável Gosto não é observável empiricamente. 90

91 Análise da Demanda de Mercado Exercícios sobre a demanda de mercado 1- Dados: qdx = 3 0,5.px 0,2.py + 5.R Pede-se: 1. O Bem y é complementar ou substituto a x? Por que? 2. O bem x é normal ou inferior? Por que? 3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada de x? 91

92 Análise da Demanda de Mercado Exercícios sobre a demanda de mercado 2- Dados: qdx = 500 1,5.px + 0,2.py 5.R Pede-se: 1. O bem x é normal ou inferior? Por que? 2. O bem y é complementar ou substituto a x? Por que? 3. O bem x seria um bem de Giffen? Por que? 4. Supondo ( px = 1, py = 2, R = 40 ) qual a quantidade demandada de x? 5. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade demandada de x? 92

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94 Análise da Oferta de Mercado Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. 94

95 Análise da Oferta de Mercado Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço 0 i q = f ( pi, p fp, pn, T, M ) qi0 = quantidade ofertada do bem i pi = preço do bem i p fp = preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) pn = preço de outros n bens, substitutos na produção T = tecnologia M = metas e objetivos do empresário 95

96 Análise da Oferta de Mercado Função Geral da Oferta qi0 >0 pi Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, coeteris paribus. Aumentando a quantidade ofertada 96

97 Análise da Oferta de Mercado Função Geral da Oferta Preço do Livro(R$) O Quantidade oferecida de livros 97

98 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e (Insumo) de produção (Pfp) qi0 = f ( p fp ) qi0 <0 p fp preço do fator Supondo pi, pn, T, M constantes Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. 98

99 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva Preço do Redução a) Aumento do preço do Livro(R$) Aumento da fator de produção, oferta. coeteris paribus, há O O O 80 a) uma redução na oferta 60 b) do bem. 40 b) Redução do preço do fator de produção, 20 coeteris paribus, há um aumento na oferta do Quantidade oferecida de livros bem. 99

100 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (pn) qi0 = f ( pn ) qi0 <0 pn Supondo pi, pfp, T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (coeteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto. 100

101 Análise da Oferta de Mercado a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Deslocamentos da curva Preço do Livro(R$) Redução Aumento da oferta. a) 5 O O O b) Quantidade oferecida de livros 101

102 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) qi0 = f (T ) qi0 >0 T Supondo pi, pfp, pn, M constantes Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, coeteris paribus, aumenta a oferta do bem. 102

103 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva a) Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. Preço do Livro(R$) Redução Aumento da oferta. b) 5 O O O a) Quantidade oferecida de livros 103

104 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M) qi0 = f ( M ) 0 i q >< 0 M Supondo pi, pfp, pn, T constantes Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção. 104

105 Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. n Omercado = qfirmas individuais j =1 para j = 1, 2,3,...n Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. 105

106 Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço Preço do Bem (R$) Preço do Bem (R$) O Quantidade oferecida pela Firma A O Quantidade oferecida pela Firma B 106

107 Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço Preço do Bem (R$) O Quantidade oferecida pelo mercado 107

108 Análise da Oferta de Mercado Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço Importante: variações da oferta variações da quantidade ofertada Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus). 108

109 Análise da Oferta de Mercado Variações na quantidade ofertada Movimento ao longo da curva de oferta Preço Variações na oferta Preços dos Insumos Preços dos Bens Substitutos Tecnologia Objetivo do empresário Número de Vendedores Desloca a curva de oferta 109

110 Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção. Preço do Bem (R$) O E. P Quantidade oferecida 110

111 O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). Preço do Bem Equilíbrio Oferta Demanda Quantidade do Bem. 111

112 O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender 112

113 O Equilíbrio de Mercado O Excesso de Oferta Situação em que a quantidade oferecida (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade demandada (Ex.: 5 unidades). Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Preço do Bem Excesso de Oferta O D Quantidade do Bem. Mercado atinge o Equilíbrio 113

114 O Equilíbrio de Mercado O Excesso de Demanda Situação em que a quantidade demandada (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade oferecida (Ex.: 5 unidades). Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Preço do Bem O D 0 Mercado atinge o Equilíbrio Excesso de Demanda Quantidade do Bem

115 O Equilíbrio de Mercado O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio Preço do Bem Excesso de Oferta O Equilíbrio D Quantidade do Bem Excesso de Demanda

116 O Equilíbrio de Mercado Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio. Ex: as pessoas passam a cultivar Preço do o hábito de leitura (coeteris paribus). Livro 1. O hábito aumenta a demanda. A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta diretamente as livrarias. 2. A curva de demanda se desloca para a direita. 3. O preço e a quantidade são aumentados (novo ponto de equilíbrio). O D2 D Quantidade de livros

117 O Equilíbrio de Mercado Como um redução na oferta afeta o equilíbrio. Ex: Um terremoto destrói várias editoras. 1. O terremoto afeta a curva de oferta. A curva de demanda permanece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidade demandada pelos compradores. 2. A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a quantidade ofertada é menor). 3. O preço aumenta e a quantidade diminui (novo ponto de equilíbrio). Preço do Livro O O D Quantidade de livros

118 O Equilíbrio de Mercado Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1. Ambas as curvas se deslocam. 2. A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3. Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (a) A quantidade o preço aumentam. Preço do Livro 1o Caso 1o O2 O D2 D Quantidade de livros 118

119 O Equilíbrio de Mercado Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1. Ambas as curvas se deslocam. 2. A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3. Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (b) A quantidade diminui e o preço aumenta. Preço do Livro 2o Caso 1o O2 O D1 D Quantidade de livros 119

120 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 1. Dados D = 22 3p (função demanda) S = p (função oferta) a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade. b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda? Qual é a magnitude desse excesso? 120

121 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 2. Dados: qdx = 2 0,2.px + 0,03.R qox = 2 + 0,1.px e supondo a renda R = 100, pede-se: a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x. b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x. 121

122 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qo = p Qd = p Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio? 122

123 123

124 Capítulo 3: Elasticidades Conceito Elasticidade-Preço da Demanda Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda Elasticidade-Renda da Demanda Elasticidade-Preço da Oferta Exercícios 124

125 Elasticidades Conceito: É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. 125

126 Elasticidades Exemplos na Microeconomia Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. 126

127 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo, Epd = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ). d E pd qi q1 q0 %qid qo qid pi qid = = = = d p1 p0 pi qi p % pi p0 pi 127

128 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Calcule a Elasticidade- Preço do preço da demanda em um ponto Bem (R$) específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 D p0 p Quantidade demandada 128

129 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Solução: Variação Percentual (%) p p1 p = = = 0, 2 = 20% p p0 20 q q1 q = = = 0,3 = 30% q q0 30 E pd 0,3 = = 1,5 E pd = 1,5 0, 2 Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris 129 paribus.

130 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Classificação: demanda elasticidade unitária. elástica, inelástica e de Demanda elástica ( Epd >1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: Epd =1,5 Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. 130

131 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Demanda Inelástica ( Epd <1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário, porém muito pequana. Por exemplo: Epd =0,4 Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido contrário) coeteris paribus. 131

132 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Demanda de elasticidade unitária ( Epd =1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no preço, implica na mesma varição percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: Epd =1 Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus. 132

133 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Fatores que afetam: Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para fugir do consumo desse bem; Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus; Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu 133 preço aumenta.

134 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Inclinação acentuada: as compras variam pouco com o aumento dos preços. (Insensível aos preços: inelástica) Preço do Sal (R$) Qtd adquirida de sal Inclinação pequena: as compras variam muito com o aumento dos preços. (Sensível aos preços: elástica) Preço do CD s (R$) Qtd adquirida de CD s 134

135 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: casos extremos Inclinação infinita: as compras não variam com o aumento dos preços. Perfeitamente Inelástica: Epd=0 (Ex.: Bens Essenciais) Inclinação zero: as compras variam muito com o aumento dos preços. Sensível aos preços. Perfeitamente Elástica: Epd= Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Preço do Bem (R$) (Ex.: Mercados perfeitamente competitivos) Qtd adquirida do Bem 135

136 Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem RT = p * q O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem? Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda 136

137 Elasticidades a) Se a Epd for elástica: % qd > % p se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá; se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. b) Se Epd for inelástica: % qd < % p se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. c) Se Epd for unitária: % qd = % p Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante. 137

138 Elasticidades Conclusão: Demanda inelástica É vantajoso aumentar o preço (ou diminuir a produção) Até onde Epd = -1 Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta. Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT). 138

139 Elasticidades Elasticidade-preço cruzada da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. EppXY > 0 X e Y são substitutos (o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus). EppXY < 0 X e Y são complementares (o aumento do preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus). 139

140 Elasticidades Elasticidade-renda da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. ERd Rq = q r ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta. ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta. ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o consumo do bem. Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é 140 superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos.

141 Elasticidades Elasticidade-preço da oferta Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. E pd p q0 = q0 p Epo>1 Bem de oferta elástica. Epo<1 Bem de oferta inelástica. Epo=1 Elasticidade-preço de oferta unitária. 141

142 142

143 Capítulo 4: Aplicação da Análise Econômica em Políticas Públicas Introdução Incidência de um Imposto sobre Vendas Fixação de Preços Mínimos na Agricultura Externalidades 143

144 Oferta, Demanda e Políticas do Governo Em um mercado competitivo livre de regulamentos governamentais, as forças de mercado estabelecem os preços e as quantidades de equilíbrio. Mesmo que as condições de equilíbrio sejam eficientes, pode ser que nem todos fiquem satisfeitos. Um dos papéis do economista é utilizar suas teorias para auxiliar no desenvolvimento de políticas. 144

145 Introdução Impostos Indiretos X Impostos Diretos Incidem sobre o preço das Incidem diretamente sobre a mercadorias renda das pessoas Representam uma parcela maior da renda das classes menos favorecidas. Quem ganha mais paga proporcionalmente Mais. Regressivo Progressivo 145

146 146

147 Incidência de um imposto sobre vendas Impostos sobre vendas são impostos indiretos, pois incidem sobre o preço das mercadorias, enquanto os impostos diretos incidem diretamente sobre a renda das pessoas. Imposto específico Imposto ad valorem (ICMS,IPI)

148 148

149 Incidência de um imposto sobre vendas Imposto específico Logo

150 Incidência de um imposto sobre vendas Imposto específico

151 Incidência de um imposto sobre vendas Imposto ad valorem Gráfico S e S

152 Incidência de um imposto sobre vendas Supondo um imposto específico

153 Exe. 153

154 Fixação de preços mínimos na agricultura A política de preços mínimos visa dar uma garantia de renda aos agricultores. Preço de mercado > Preço mínimo Vende no mercado Preço de mercado < Preço mínimo Vende para o governo 154

155 Fixação de preços mínimos na agricultura Preço de mercado < Preço mínimo Vende para o governo 155

156 Fixação de preços mínimos na agricultura 156

157 Fixação de preços mínimos na agricultura 157

158 Fixação de preços mínimos na agricultura 158

159 Externalidades 159

160 Externalidades Fumante inveterado fumando num recinto fechado com outro indivíduo que não fuma. Sistema de preços não considera os efeitos colaterais A solução, portanto, seria fazer com que o sistema de preços internalize o custo adicional provocado, mediante a aplicação de um imposto, ao consumo ou à produção, que reduza a quantidade transacionada a q. verdadeira curva que reflete o bem-estar social 160

161 Oferta Elástica, Demanda Inelástica Imposto! 161

162 Oferta Inelástica, Demanda Elástica "! 162

163 Capítulo 5: Produção Introdução Conceitos Básicos Produção com um Fator Variável e um Fixo (uma análise de curto prazo) Produção a Longo Prazo Exercícios 163

164 Introdução Curva de Oferta Teoria da Produção Teoria da Firma (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos) 164

165 Produção Conceitos Básicos Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo; Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de produção. 165

166 Produção Conceitos Básicos Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do produto (q) em determinado período de tempo. q = f ( N, K, M ) onde: N = mão-de-obra utilizada / tempo K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo M = matéria-prima utilizada / tempo Observação: função de produção função de oferta Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção. 166

167 Produção Conceitos Básicos Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. Ex: o capital físico e as instalações da empresa Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo; Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis. 167

168 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. PT = q Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. PMeN = PT PMeK = PT N K (produtividade média da mdo) (produtividade média do capital) 168

169 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. PT q dq PMg N = = ou (produtividade marginal da mdo) dn N N PT q dq PMeK = = ou (produtividade marginal do capital) K K dk 169

170 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal K N PT Pme N PMg N OBS: O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes. Decrescentes

171 Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa. Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). 171

172 Produção: Isoquanta de produção Isoquanta: significa de igual quantidade. Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam K infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade 6 produzida. Uma firma pode apresentar várias isoquantas de 4 produção (mapa mapa de produção). produção A escolha corresponde fornecedor dependendo produção e produto. de uma isoquanta, à escolha que o deseja produzir, dos custos de da demanda pelo q3 = q2 = q1 = N 172

173 Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção. Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção; Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor; Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes. 173

174 Capítulo 6: Custos de Produção Introdução Custo de oportunidade X Custos Contábeis Conceito de Externalidade Custos de Curto Prazo Custos de Longo Prazo Maximização do Lucro Total Exercícios 174

175 Capítulo 6: Custos de Produção 175

176 Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel); Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. Externalidades positivas Externalidades negativas 176

177 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc. CVT = f ( q ) Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. CT = CVT + CFT 177

178 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo OBS: Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes 178

179 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe = CFT q Custo Variável Médio (CVMe): CVMe = CVT q Custo Médio (CMe ou CTMe): CT CTMe = q CTMe = CVMe + CFMe 179

180 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custos médios declinantes: Pouca mão-de-obra p/ grande capital. Vantajoso absorver mão-deobra e aumentar a produção, pois o custo médio cai. Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se). 180

181 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de produto. CMg = Custos Mg ($) CT dct ou CMg = q dq CMg q OBS: Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo). 181

182 Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo) Custos Médios e Marginais ($) CMg CTMe CVMe q Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. 182

183 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis, sendo assim, um agente econômico: 1. Opera no curto prazo e; 2. Planeja no longo prazo. Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. 183

184 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as curvas de custo médio de longo prazo serão: I. Produção de q1 CMeC1 < CMeC2 e CMeC3 II. Produção de q3 CMeC2 < CMeC1 e CMeC3 III. Se planeja produzir em: - q2 CMeC2 = CMeC1 - q4 CMeC2 = CMeC3 - são as opções normalmente escolhidas. Custos ($) q1 q2 CMeC1 CMeC2 K = 10 K = 15 q3 q4 CMeC3 K = 20 q 184

185 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo A curva cheia é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o menor custo unitário. Custos ($) CMeLP qótimo q 185

186 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Isocusto: conjunto de todas as combinações possíveis de fatores de produção (K, L) que mantém constante o custo ou orçamento total da empresa. Dados os preços dos fatores, se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o orçamento gasto Inclinação negativa. K Isocusto L 186

187 Capítulo 7: Estruturas de Mercado Introdução Mercado em Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolística Estruturas do Mercado de Fatores 187

188 Estruturas de Mercado: Introdução As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características: 188

189 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita As principais características são: Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como átomos ), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado); Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado; Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente. Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes. 189

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191 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo) Teoria Microeconômica ( Teoria Neoclássica ou Teoria Marginalista) Empresas têm como objetivo maior a maximização dos lucros (a curto ou a longo prazo) LT = RT CT LT = Lucro total; RT = Receita total de vendas; CT = Custo total de produção. 191

192 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo) Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível (máxima). Definição: Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela venda de uma unidade adicional do produto. Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela produção de uma unidade adicional do produto. 192

193 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo) A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo marginal desta última unidade produzida. RMg = CMg Se: RMg > CMg há interesse de aumentar a produção, pois cada unidade adicional fabricada aumenta o lucro; RMg < CMg há interesse de diminuir a produção, pois cada unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro; RMg = CMg há a maximização do lucro, sendo CMg crescente. 193

194 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo) Custos ($) CMg p0 CTMe RMg = p0 = RMe q0 q 194

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200 Estruturas de Mercado: Monopólio Características básicas: uma única empresa produtora do bem ou serviço; não há produtos substitutos próximos; existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista; Patentes: direito único de produzir o bem; Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio; Alcoa nos EUA Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura; 200

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202 Estruturas de Mercado: Monopólio Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde: ($) RMg = CMg CMg RT = RMe. q0 = área 0.RMe. A.q0 CMe RMe0 CMe0 A LT = RT CT = ( RMe0 CMe0 ) q0 B = áreacme0.rme0. A.B RMg = CMg 0 CT = CMe0. q0 = área 0.CMe0.B.q0 q0 RMg D = RMe q 202

203 Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística Características básicas: muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. OBS: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), (RT=CT) como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes. 203

204 Estruturas de Mercado: Oligopólio Definido de duas formas: oligopólio conecentrado: pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística ou; oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Pão de açúcar e Carrefour no setor de supermercados. Características básicas: devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços; no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. 204

205 Estruturas de Mercado: Oligopólio Tipos de oligopólio: com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). OBS: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. Formas de atuação das empresas: concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente); formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. 205

206 Estruturas de Mercado: Oligopólio Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg. Modelo de mark-up: Mark--up = Receitas de Vendas Custos Diretos de Produção Mark e neste caso o preço é calculado: onde: p = preço do produto c = custo unitário direto ou variável m = taxa (%) de mark-up 206

207 Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos Descrição de um jogo: Jogadores: quem está envolvido; Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode fazer? Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo. Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados do jogo? Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s) jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias dominantes. 207

208 Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros) Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o outro cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos ficarão presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a penalidade será de apenas um ano. 208

209 Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros) Prisioneiro B confessa confessa Prisioneiro A não confessa (-3,-3) (-10,0) não confessa (0,-10) (-1,-1) Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador. Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador. 209

210 Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash) O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros jogadores. Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes. 210

211 Estruturas de Mercado: Resumo Objetivo da Empresa Número de Firmas Tipo de Produto Concorrência Perfeita Maximização de Lucros (RMg=CMg) Infinitas Homogêneo Monopólio Maximização de Lucros ( g=cmg)) (RM Uma Único Concorrência Monopolística Maximização de Lucros (RMg=CMg) Muitas Diferenciado Maximização de Lucros (RMg=CMg) Oligopólio Concentrado: poucas empresas Maximização Mark-up = Rec. Vendas - Custos Dir. Oligopólio Competitivo: poucas dominam o setor Estrutura Entrada de Novas Empresas Lucros a LP Não existem Lucros Normais barreiras Barreiras Lucros Extraordinários Não existem Lucros Normais barreiras Oligopópilo Modelo Clássico Modelo de Mark-up Homogêneo ou diferenciado Barreiras Lucros Extraordinários 211

212 212

213 Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica Introdução Metas de Política Macroeconômica Estrutura da Análise Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica 213

214 Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica 214

215 Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica 215

216 Teoria e Política Macroeconômica: Introdução Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são: Poupança Renda Taxa de Juros Emprego Produto Nacional Desemprego Investimento Estoque de Moeda Consumo Balanço de Pagamentos Nível Geral de Preços Taxa de Câmbio Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes. 216

217 Teoria e Política Macroeconômica: Introdução Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por exemplo: Desemprego e estabilização do nível geral de preços Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo prazo, como: Progresso tecnológico e política industrial 217

218 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica 1. Crescimento econômico sustentável (PIB) - aumento do bem estar material - aumento do nível de emprego As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de bens e serviços ofertados. Importante: Crescimento Econômico Desenvolvimento Econômico Crescimento econômico: crescimento da renda nacional Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.) 218

219 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica 2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação) - inflação controlada não significa inflação zero; - inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as classes baixas e sobre as expectativas. Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. 219

220 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica 3. Equilíbrio Externo Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória; Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco). 4. Distribuição Eqüitativa de Renda - política de longo prazo; - aumento do poder de compra das classes mais baixas; - desenvolvimento econômico. 220

221 Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos) Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser conflitantes. Aumento das compras Redução de desemprego e Estabilidade de preços Pessoas contratadas Proximidade com o pleno emprego dos recursos ocasiona aumento dos custos de produção e dos preços. Reduz o desemprego Trade-off 221

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