Pragas de grãos armazenados e formas de controle
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- Márcio Fraga Duarte
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ Rua Universitária, Bairro: Jardim Universitário - Cascavel Paraná Caixa Postal CEP Fone: (45) Fax: (45) Centro de Ciencias Exatas e Tecnológicas CCET Campus de Cascavel Pragas de grãos armazenados e formas de controle Notas de aula: Prof.: Dr. Divair Christ Curso: Engenharia Agrícola 1. Série: 5 Carga horária: 68 Considerações Num estágio de desenvolvimento do país onde a apologia da Qualidade e Eficiência é a linha mestra de todo planejamento e processo de decisão, torna-se cada vez mais importante que o setor responsável pela armazenagem e conservação da produção agrícola concentre seus esforços no sentido de reduzir o alto nível de perdas existente. Atravessamos um período em que os parâmetros de medição das perdas eram insuficientes e as técnicas não eram adequadas. Por isso, as reais causas das altas quebras sequer chegavam a ser conhecidas. Hoje, a bem da necessidade de crescer e alimentar o Brasil e o planeta, buscase reduzir as perdas a níveis próximos de zero, através do aperfeiçoamento do processo de manejo, que vai desde a escolha de variedades e ponto de colheita, até o seu depósito em silos ou armazéns. Estas notas de aula pretendem auxiliar no reconhecimento das principais pragas que têm seu habitat preferencial nos produtos e nas unidades armazenadoras. Já que o manejo pós-colheita passa necessariamente pelo aspecto fitossanitário, há que se reconhecer cada inseto com potencial de prejuízo, principalmente pelo fato de que a natureza muitas vezes desenvolve mecanismos de defesa mais rapidamente do que o homem desenvolve tecnologias. Assim, para se aplicar os processos curativos (expurgos) e preventivos (pulverizações) é imprescindível que cada inimigo em potencial seja conhecido com sua biologia e hábitos. 2. Qualidade dos grãos armazenados Os cereais constituem a maior fonte de alimentos, tanto para os seres humanos como para os animais. Aproximadamente 90% dos grãos produzidos para o consumo provêm dos cereais, predominando o trigo, o milho e o arroz, que representam a base da alimentação de praticamente todos os povos. 1
2 Atualmente, a busca pela qualidade dos grãos e subprodutos é prioridade para produtores, processadores e, finalmente, para os distribuidores desses produtos. Segundo Brooker et al. (1992), são muitos os fatores que contribuem para a perda de qualidade e quantidade dos alimentos e, dentre eles, destacam-se: características da espécie e da variedade, condições ambientais durante o seu desenvolvimento, época e procedimento de colheita, método de secagem e práticas de armazenagem. Para avaliar a qualidade dos grãos, Bakker-Arkema (1993) considera diversas propriedades, tais como: teor de umidade, massa específica, percentual de grãos quebrados, teor de impurezas e matéria estranha, danos causados pela temperatura de secagem, susceptibilidade à quebra, características de moagem, conteúdo de proteína e óleo, valor para consumo animal, viabilidade como semente, presença de insetos e fungos, tipo de grão e ano da produção. No entanto, as propriedades qualitativas desejáveis dependem, especificamente, das necessidades do comprador. O aprimoramento dos padrões de classificação e o fator de qualidade são atualmente um dos assuntos mais discutidos em todo o mundo, com base nas necessidades dos usuários finais dos grãos. Por exemplo, o Canadá e a Austrália são muito rigorosos quanto ao grau de infestação por insetos no período de armazenamento (Storey, 1988). Na classificação norte-americana, o número de insetos não afeta diretamente a comercialização, mas se dois ou mais insetos primários forem encontrados em um quilograma de grãos, a designação "infestado" aparece no laudo, podendo ser retirada depois de uma fumigação (Hagstrum e Flinn, 1992). Já os processadores de grãos norte-americanos impõem como principal limite na comercialização de grãos a presença de insetos. Além dos insetos, fungos e micotoxinas, resíduos de pesticidas e índice de trincas são, em geral, atributos para as indústrias de alimentos. No Brasil, algumas indústrias admitem até 3% de grãos 2
3 carunchados ou com insetos; outras, no entanto, exigem a classificação "isento" como padrão de qualidade. Verifica-se, portanto, a importância que as pragas de armazenamento passaram a ter na avaliação da qualidade dos grãos. 3. Principais fatores de deterioração Uma massa ou volume de grãos armazenados é um ecossistema e esta constantemente submetida a fatores externos que compões o ambiente de armazenamento e a deterioração é o resultado da interação entre: 3.1 Temperatura da massa de grãos 3
4 3.2 Umidade 3.3 Estrutura do armazém e suas inter-relações grão para o meio ambiente. 4
5 3.4 Disponibilidade de oxigênio atmosfera. 3.5 Longevidade das sementes 3.6 Respiração 3.7 Maturidade pós colheita 5
6 3.8 Germinação 3.9 Microorganismos Fungos 6
7 3.9.2 Bactérias 4. Deterioração dos grãos por microorganismos 4.1 Fatores que afetam a atividade dos microorganismos 7
8 4.2 Controle dos microorganismos dos grãos armazenados 5 Insetos de grãos armazenados 5.1 Danos diretos em grãos e subprodutos Consumo de grãos pelos insetos 8
9 5.1.2 Contaminação de grãos e dos seus subprodutos 9
10 5.2 Danos indiretos em grãos e subprodutos Aquecimento e outras formas de deterioração superfície, fenômeno chamada de migração de umidade Disseminação de microorganismos na massa de grãos 10
11 5.2.3 Resistência do consumidor a produtos contaminados 6 Ácaros 7 Roedores e pássaros 11
12 12
13 8 Conseqüências da armazenagem inadequada 13
14 14
15 9. Principais insetos e suas características 15
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Fatores que influenciam a qualidade dos cereais armazenados
Disciplina: T. e P. de Grãos e Cereais Série: 2ª Turmas: L/N/M/O Curso: Técnico em Agroindústria MANEJO PÓS-COLHEITA DE GRÃOS E CEREAIS Professora Roberta Magalhães Dias Cardozo Professora: Roberta M.
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