Manual de Inspecção de Patologia Exterior de Construções Edificadas em Portugal no Período de 1970 a 1995

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1 ISSN: Manual de Inspecção de Patologia Exterior de Construções Edificadas em Portugal no Período de 1970 a 1995 A. Araújo; J. de Brito; E. Júlio - Fevereiro de Relatório ICIST DTC nº 12/08

2 MANUAL DE INSPECÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL NO PERÍODO DE 1970 A 1995 Fevereiro 2008 Armando Manuel Matos Araújo Professor Adjunto do Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Tecnologia e Gestão Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito Professor Associado com Agregação do Departamento de Engenharia Civil do IST UTL Eduardo Nuno Brito Santos Júlio Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil da FCTUC

3 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 ÍNDICE 1. Introdução Enquadramento Objectivos Tipologia das obras concluídas Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e ilhas Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelos distritos do Continente Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino Conclusões Envolvente exterior de edifícios Caracterização Metodologia de diagnóstico Material / equipamento de suporte à inspecção Anomalias não estruturais Classificação das anomalias Causas das anomalias Matriz de correlação anomalias - causas prováveis Fichas de inspecção Preenchimento comum Ficha de inspecção do tipo A Ficha de inspecção A/A Dados gerais do edifício Local de implantação Tipologia do edifício Tipologia da estrutura resistente Tipologia da cobertura Tipologia das paredes exteriores Tipologia dos materiais das paredes exteriores Tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores Tipologia das caixilharias / envidraçados / guarda-corpos...21 I

4 Índice 4. Fichas de inspecção do tipo B Ficha de inspecção B/B Cobertura inclinada Cobertura em terraço Ficha de inspecção B/B Fachada Vãos de fachada Varandas e pala Fichas de inspecção do tipo C Ficha de inspecção C/CI1 da cobertura inclinada Forma e visualização da cobertura Exposição da cobertura Estrutura de suporte Revestimento da cobertura Camada de isolamento térmico Ventilação da cobertura Singularidades da cobertura Ficha de inspecção C/CI2 da cobertura inclinada Anomalias e causas Ficha de inspecção C/CI3 da cobertura inclinada Ficha de inspecção C/CT1 da cobertura em terraço Forma e visualização da cobertura Forma e visualização da cobertura Camada de forma Barreira pára-vapor Camada de isolamento térmico Camada de dessolidarização Camada filtrante (para terraços-jardim) Ficha de inspecção C/CT2 da cobertura em terraço Camada drenante (para terraços-jardim Materiais de base da impermeabilização Protecção e acabamento II

5 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Remates da impermeabilização Ficha de inspecção C/CT3 da cobertura em terraço Anomalias e causas Ficha de inspecção C/CT4 da cobertura em terraço Ficha de inspecção C/CT5 da cobertura em terraço Ficha de inspecção C/CT6 da cobertura em terraço Ficha de inspecção C/Fa1 das fachadas e muretes Visualização das fachadas Condições de exposição Camada de isolamento térmico Singularidades das fachadas Ficha de inspecção C/Fa2 das fachadas e muretes Anomalias e causas Ficha de inspecção C/Fa3 das fachadas e muretes Ficha de inspecção C/Va1 de vãos de fachada Singularidades Anomalias / causas Ficha de inspecção C/Va2 de vãos de fachada Ficha de inspecção C/VaPa1 de varandas e palas Singularidades de varandas Anomalias / causas Ficha de inspecção C/VaPa2 de varandas e palas Conclusões Bibliografia III

6 Índice ÍNDICE DE FIGURAS CAPÍTULO 1: Fig Tipologia das obras concluídas, no período de 1970 a Fig Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e Ilhas, no período de 1970 a Fig Distribuição dos edifícios construídos de raiz por distritos no Continente, no período de 1970 a Fig Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino, no período de 1970 a CAPÍTULO 5: Fig Visualização exterior - a) - e interior - b) - da cobertura inclinada Fig Cobertura de três águas.27 Fig Cobertura redonda.27 Fig Equipamento de segurança 27 Fig Exposição protegida (APICC, 1998).28 Fig Exposição normal (APICC, 1998).28 Fig Exposição exposta (APICC, 1998) 29 Fig Laje aligeirada pré-esforçada (APICC, 1998)...29 Fig Estrutura em varas / ripas de betão 30 Fig Exemplo de estrutura da cobertura (APICC, 1998) 30 Fig Asnas mistas metal - madeira (APICC, 1998) 31 Fig Sub-telha visível no beirado (APICC, 1998)...32 Fig Exemplo de uma cobertura revestida com chapas de fibrocimento 32 Fig Exemplo de uma cobertura revestida com chapas metálicas..32 Fig Exemplo de uma cobertura revestida a telhas asfálticas.32 Fig Exemplo de uma cobertura mista com painéis tipo sanduíche 33 Fig Micro-ventilação da face inferior da telha (APICC, 1998).34 Fig Mecanismo de ventilação entre beirado e a cumeeira (APICC, 1998)...35 Fig Telhas de ventilação sem passadeira - a) - e com passadeira - b) (APICC, 1998)..35 Fig Orifícios de ventilação no beirado (APICC, 1998).35 Fig Banda de ventilação em rincão (APICC, 1998)..35 Fig Mecanismo de ventilação entre o beirado e a cumeeira (APICC, 1998).36 IV

7 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Linhas e partes da cobertura inclinada (APICC, 1998)...36 Fig Rufagem de chaminé com chapa metálica (APICC, 1998).36 Fig Remate em paredes emergentes com rufos metálicos (APICC, 1998) 37 Fig Soluções de remates da impermeabilização com paredes emergentes (LNEC - ITE 33, 2002) 37 Fig Beirado à portuguesa com cornija (APICC, 1998)..37 Fig Pormenor de beirado com telha Lusa e com capa e bica (APICC, 1998)...38 Fig Remate em laró (APICC, 1998)..38 Fig Remate com parede de bordo em rufo de zinco..39 Fig Remate da impermeabilização com tubagem emergente (LNEC - ITE 33, 2002)..39 Fig Caleira recuada 40 Fig Ralo de pinha em PVC 40 Fig Diferenças de tonalidade devido acções ambientais e de envelhecimento..43 Fig Acumulação de vegetação no beirado da cobertura (IPCC, 1998)..44 Fig Acumulação de musgos (APICC, 1998).44 Fig Acumulação de verdete...44 Fig Acumulação de líquenes..45 Fig Convexidade na zona do pilar.45 Fig Deformação da cobertura (INH - LNEC, 2006)..45 Fig Desalinhamento por erro de execução.46 Fig Sobreposição deficiente...46 Fig Sobreposição insuficiente (IPCC, 1998).46 Fig Sobreposição excessiva (APICC, 1998)..46 Fig Fractura de telha..47 Fig Início de descasque (APICC, 1998) 48 Fig Aspecto de descasque (APICC, 1998) 48 Fig Eflorescências.48 Fig Argamassa dispensável na sobreposição de telhões (IPCC, 1998).49 Fig Argamassa excessiva na linha de cumeeira.49 Fig Cumeeira impermeabilizada impedindo a ventilação da cobertura.49 Fig Remate inadequado com tela asfáltica...50 Fig Remate inadequado da telha com a parede.50 Fig Inexistência de rufo no bordo da impermeabilização..51 Fig Manutenção inadequada em paredes de bordo 51 Fig Inexistência de cinta de aperto na impermeabilização 52 V

8 Índice Fig Ausência de manutenção no beirado...52 Fig ª telha cortada no beiral.52 Fig Ausência de rufagem no remate da clarabóia..53 Fig Autoprotecção da impermeabilização deteriorada..53 Fig Pintura deteriorada e suportes com corrosão...54 Fig Inexistência de ralo de pinha...54 Fig Exemplos de soluções construtivas dum remate em junta sobreelevada (LNEC- ITE 33, 2002).55 Fig Esquema de uma solução construtiva de remate em junta entre edifícios (LNEC - ITE 33, 2002).55 Fig Corrosão e manutenção inadequada 56 Fig Corrosão de elementos de fixação...56 Fig Corrosão em caixilho de clarabóia..57 Fig Reparação com tela betuminosa..57 Fig Localização de camada filtrante (manta de geotêxtil) em terraço-jardim...62 Fig Acumulação de detritos...70 Fig Desenvolvimento de vegetação sobre cobertura em terraço e junto a platibanda (INH - LNEC, 2006)..71 Fig Acumulação de verdete...71 Fig Acumulação de água junto a platibanda..72 Fig Acumulação de água na zona da embocadura.72 Fig Fissuração generalizada dum revestimento betuminoso (LNEC, ITE 33)...73 Fig Encurvamento do material isolante (LNEC, ITE 33)..74 Fig Fissura na 1ª camada do sistema de impermeabilização em correspondência com uma junta entre painéis isolante. 75 Fig Perfurações diversas de natureza estática 75 Fig Perfuração do revestimento por carga do suporte do extractor de ar..76 Fig Acção perfurante das pernas dum cavalete sobre a impermeabilização (LNEC, ITE 33)...76 Fig Acção perfurante do parafuso de fixação de placas isolantes à estrutura resistente (LNEC, ITE 33)..77 Fig Rasgamentos em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio devido a acções de origem mecânica e de utilização / manutenção.77 Fig Rasgamento e arrancamento do revestimento de impermeabilização (LNEC, ITE 33)...78 VI

9 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Descolamento por pelagem (LNEC, ITE 33)...78 Fig Enrugamentos e roturas em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio (LNEC, ITE 33)..79 Fig Empolamentos duma tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio (LNEC, ITE 33)..80 Fig Alagartado da protecção em folha de alumínio de membranas betuminosas..81 Fig Esquema corrente de fixação mecânica de membranas de PVC (LNEC, ITE 34)..82 Fig Esquema da sequência de execução duma junta de sobreposição de membrana de borracha butílica (LNEC, ITE 34)..83 Fig Juntas de sobreposição descoladas (INH - LNEC, 2006 / LNEC, ITE 33).84 Fig Arrastamento por acção do vento dos elementos soltos da protecção pesada (LNEC, ITE 33)..85 Fig Descolamento sobre fissura da camada de suporte (APICER, 2003).87 Fig Descolamento sobre zona de transição da curvatura do apoio e descolamento progressivo a partir de uma junta periférica que não trespassa a camada de assentamento (APICER, 2003)..87 Fig Fissuração devida a eventual impacto localizado e fissuração trespassante em revestimento assente sobre betonilha e isolamento térmico (APICER, 2003)..88 Fig Quebra localizada de revestimento, devida a causas múltiplas (mau assentamento, empolamento ligeiro e impacto pontual) (APICER, 2003)...88 Fig Fissuração inicial por deformação do suporte, seguido de deslocamento e posterior quebra por acção de cargas correntes sobre ladrilho solto (APICER, 2003).89 Fig Fissuração no seio do material de preenchimento da junta entre ladrilhos.89 Fig Eflorescências nos ladrilhos e juntas...90 Fig Descolamento do bordo superior devido à inexistência de rufo de protecção (INH - LNEC, 2006)..91 Fig Descolamento de uma membrana de PVC por insuficiente produto de colagem (INH - LNEC, 2006)..91 Fig Esquema do mecanismo de descolamento de remates por acção de forças localizadas (LNEC, ITE 33)...92 Fig Mecanismo de descolamento de remate de impermeabilização com elemento emergente da cobertura por acção de forças localizadas (INH - LNEC, 2006).92 Fig Deslizamento dum remate com base em membranas betuminosas (LNEC, ITE 33)...93 VII

10 Índice Fig Esquemas de disposições para a protecção pesada rígida junto a elementos emergentes (LNEC, ITE 33)..94 Fig Fissura no reboco de protecção dum remate da impermeabilização (LNEC, ITE 33)...94 Fig Deficiência de um remate da impermeabilização em parede emergente e em chaminé..95 Fig Esquemas de soluções de remates da impermeabilização com uma parede emergente (LNEC, ITE 33) 95 Fig Remate ao nível da superfície (LNEC, ITE 33).96 Fig Disposição construtiva satisfatória (LNEC, ITE 33).96 Fig Fissuração do revestimento de impermeabilização numa junta de dilatação (LNEC, ITE 33)..97 Fig Exemplo de uma disposição construtiva satisfatória em junta de dilatação sobreelevada (LNEC, ITE 33) 97 Fig Esquema de protecção duma junta de dilatação sobreelevada com uma peça em chapa metálica (LNEC, ITE 33).98 Fig Esquema de concepção insatisfatória d remate em junta de dilatação entre edifícios de altura diferente (LNEC, ITE 33).98 Fig Enrugamento dum remate na junta de dilatação entre dois corpos de altura diferente dum edifício (LNEC, ITE 33) Fig Uma concepção de junta entre dois edifícios de altura diferente (LNEC, ITE 33) 99 Fig Remate inadequado (LNEC, ITE 33)...99 Fig Remate satisfatório (LNEC, ITE 33) Fig Acumulação de folhagem junto a embocadura de tubo de queda (LNEC, ITE 33).100 Fig Esquema d um remate com embocadura dum tubo de queda (LNEC, ITE 33) 101 Fig Vista do aro da peça de remate numa embocadura de um tubo de queda (LNEC, ITE 33).101 Fig Esquema de remate insatisfatório com tubo de queda (LNEC, ITE 33)..101 Fig Esquema de remate da impermeabilização com uma tubagem emergente (LNEC, ITE 33).102 Fig Manifestações de humidade no paramento exterior duma caleira, por deficiente execução do seu remate (LNEC, ITE 33) 103 VIII

11 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Disposições das juntas d sobreposição em caleiras (LNEC, ITE 33)..103 Fig Zonas críticas de remates em caleiras de coberturas acessíveis (LNEC, ITE 33) 104 Fig Isolamento térmico pelo interior.107 Fig Isolamento térmico preenchendo totalmente a caixa-de-ar.107 Fig Isolamento térmico pelo exterior..107 Fig Exemplo da visualização de quatro cunhais em argamassa cimentícia Fig Desenvolvimento de vegetação em parede (INH - LNEC, 2006) Fig Desenvolvimento de líquenes em muretes Fig Deficiências de planeza do revestimento no murete Fig Deficiências de planeza do revestimento cerâmico (APICER, 2003).114 Fig Desagregação superficial do revestimento cerâmico..115 Fig Crateras na viga de betão armado 116 Fig Empolamento da pintura.117 Fig Empolamento do revestimento cerâmico (APICER, 2003) 118 Fig Delaminação do betão devida à corrosão das armaduras 119 Fig Destacamento do reboco por falta de aderência inicial (INH - LNEC, 2006) 119 Fig Destacamento do reboco delgado sobre isolante (INH - LNEC, 2006)..120 Fig Descolamento localizado dos ladrilhos Fig Descolamento de placas de pedra (INH - LNEC, 2006).123 Fig Descasque da pintura devido a humidade Fig Eflorescências em fissuras do reboco e em muretes de betão.125 Fig Eflorescências em revestimentos cerâmicos e de pedra..125 Fig Criptoflorescências em ladrilhos cerâmicos 126 Fig Amarelecimento do revestimento por pintura.126 Fig Sujidade / manchas de poluição..128 Fig Manchas por acção da humidade nas zonas de platibandas, peitoris e junta de dilatação da estrutura Fig Manchas localizadas por fenómenos de termoforese..129 Fig Escorrimentos nas zonas dos cantos do peitoril..130 Fig Escorrimentos nas zonas do coroamento de muretes..130 Fig Escorrimentos nas zonas de elementos metálicos Fig Escorrimentos devidos à entrada e posterior saída de água 131 Fig Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de eflorescências e de manchas de humidade.132 IX

12 Índice Fig Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de fungos e de eflorescências Fig Graffiti em revestimentos de parede Fig Fissuração do vidrado do azulejo (INH - LNEC, 2006)..133 Fig Fissuração que atravessa toda a espessura de azulejo.134 Fig Descamação do vidrado (INH - LNEC, 2006) 134 Fig Lascagem nos bordos dos ladrilhos.135 Fig Enodoamento dos ladrilhos (APICER 2003)..135 Fig Riscagem ou desgaste do ladrilho (Silvestre, 2006) 136 Fig Deterioração das juntas dos ladrilhos..137 Fig Fractura dos elementos cerâmicos nos cunhais por choque ou vandalismo 138 Fig Fractura na placa de pedra Fig Fractura no reboco por choque ou vandalismo Fig Fissuração rendilhada ou mapeada em reboco tradicional..139 Fig Fissuração sem orientação preferencial em reboco tradicional Fig Fissuração em correspondência com juntas de assentamento de alvenaria devido a variações de temperatura e humidade (INH-LNEC, 2006).140 Fig Fissuração e destacamento de revestimento com rotura de forra de alvenaria devido a deformações de origem térmica de viga e de laje (INH-LNEC, 2006).141 Fig Retracção da parede (DGOT - LNEC, 2005)..142 Fig Variações térmicas (DGOT - LNEC, 2005) 142 Fig Assentamento de fundações (DGOT - LNEC, 2005)..142 Fig Fendilhação em paredes devido a deformações dos elementos horizontais (INH - LNEC, 2006) 142 Fig Fissura do suporte na transição entre a estrutura e a alvenaria (APICER, 2003) Fig Fissuração devida à deformação de viga de grande vão (APICER, 2003)..144 Fig Junta estrutural com funcionamento não eficaz para o revestimento (APICER, 2003) 144 Fig Fissuração em panos de grande dimensão sem juntas de esquartelamento (APICER, 2003)..144 Fig Fissuração devida a movimentos estruturais (APICER, 2003) Fig Fissuração vertical devida a provável deformação dos elementos confinantes Fig Fissuração vertical nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas Fig Fissuração vertical devido a deformações estruturais.145 X

13 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Fissuração vertical na transição de materiais distintos 146 Fig Fissuração horizontal na transição de materiais distintos devida a deformações estruturais.146 Fig Fissuração horizontal devida a deformações estruturais.146 Fig Fissuração horizontal nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas e a deformações estruturais Fig Fissuração inclinada devida a deformações estruturais e prováveis assentamentos diferenciais Fig Fissuração inclinada nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas Fig Ausência / inadequação de manutenção do elemento metálico incorporado no revestimento.148 Fig Corrosão das armaduras..149 Fig Inexistência de mastiques na junta de dilatação da estrutura..150 Fig Esquema de drenagem da caixa-de-ar (D.T.U. 20.1) Fig Esquema de ventilação da caixa-de-ar com protecção das entradas e saídas de ar Fig Tubagem partida e abraçadeira com corrosão.152 Fig Inexistência de coroamento com material estanque à penetração de água..152 Fig Colonização biológica do capeamento 153 Fig Fissuração do capeamento Fig Inexistência de pingadeira no capeamento..155 Fig Pormenor tipo de um peitoril (DTU 20.1) Fig Aplicação de chouriço para redução de excessiva permeabilidade ao ar da caixilharia (INH - LNEC, 2006) Fig Grande deformação de elementos constituintes de caixilho de madeira (INH - LNEC, 2006) 159 Fig Degradação de caixilho de madeira devido a exposição a chuva (INH - LNEC, 2006) 160 Fig Degradação de edifício agravada por infiltração de água através de caixilharia (INH - LNEC, 2006) 160 Fig Elementos da estanqueidade de janela giratória (INH - LNEC, 2006) Fig Degradação de revestimento de pintura de caixilho de madeira por acção conjunta de radiação solar e de processo de humedecimento e secagem (INH - LNEC, 2006) XI

14 Índice Fig Corrosão em caixilharia de ferro por falta de manutenção (INH - LNEC, 2006) 163 Fig Caixilhos com vidros partidos (INH - LNEC, 2006)..164 Fig Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC (INH - LNEC, 2006) Fig Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC (INH - LNEC, 2006) 165 Fig Deterioração de revestimento por pintura e de elementos constituintes de porta de madeira (INH - LNEC, 2006)..165 Fig Colonização biológica em peitoril Fig Eflorescências em peitoril Fig Humidade de infiltração em caixilho de madeira 167 Fig Inexistência de inclinação e de rasgos em peitoril..167 Fig Inexistência de pingadeira em peitoril.168 Fig Fissuração em peitoris.169 Fig Fissuração na soleira Fig Deterioração de vedantes nas ligações dos caixilhos ao vão e ao envidraçado Fig Deterioração de pinturas em caixilharias e gradeamento apresentando este um estado avançado de corrosão Fig Corrosão em gradeamentos de vãos exteriores.172 Fig Varandas com apoio em consola com guarda-corpos em gradeamentos de ferro pintado e muretes de alvenaria 175 Fig Varanda apoiada em vigas de bordadura com guarda-corpos em gradeamentos de alumínio lacado 175 Fig Pala na entrada do edifício com apoio em consola.177 Fig Pala em varanda com apoio em consola Fig Pala em varanda com apoio em vigas de bordadura Fig Palas ao nível da cobertura com apoio em consola.177 Fig Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006) 178 Fig Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006) 179 Fig Colonização biológica na varanda Fig Planta em tubo-ladrão por ausência de manutenção Fig Deficiências de planeza no revestimento inferior da laje da varanda.180 Fig Crateras na viga de apoio da varanda..181 Fig Empolamento no revestimento por acção da humidade..182 XII

15 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Descolamento do revestimento devido à acção expansiva do aço corroído 182 Fig Eflorescências no revestimento frontal da varanda.183 Fig Eflorescências nos revestimentos da pala Fig Eflorescências nas fissuras das lajes Fig Amarelecimento do revestimento da pintura Fig Sujidade / manchas de poluição na laje e viga de apoio.184 Fig Manchas localizadas por acção da humidade..185 Fig Escorrimentos na varanda devido à inexistência de uma soleira com pingadeira Fig Deficiência de drenagem de tubo ladrão devido à ausência de manutenção Fig Fissuração da laje devido à retracção do betão Fig Fissuração transversal na secção da viga devido a erro de concepção ou execução..187 Fig Corrosão do gradeamento guarda-corpos 188 Fig Deterioração de pintura em gradeamento guarda-corpos com início de corrosão 189 Fig Corrosão das armaduras das lajes de varandas 190 XIII

16 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 ÍNDICE DE QUADROS CAPÍTULO 2: Quadro Classificação das anomalias..8 Quadro Relação das causas prováveis com os factos geradores de anomalias...9 Quadro Amostra da matriz de correlação teórica anomalias - causas..10 CAPÍTULO 5: Quadro Inclinação mínima de suportes das coberturas (%) (APICC, 1998) 42 Quadro Recobrimentos mínimos em telhas canudo e romana (m) (APICC, 1998).42 Quadro Dimensões mínimas da largura e altura do ressalto e pendente do peitoril (DTU 20.1).157 XI

17 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Introdução 1.1. Enquadramento Consultando os dados estatísticos disponibilizados on-line pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), verifica-se que, no período entre 1970 e 1995, existiu um fluxo de construção bastante elevado no país. Este fluxo incidiu nos edifícios de habitação, comércio e serviços e também nas obras públicas. Para dar resposta às necessidades da edificação, foi necessário recorrer a mão-de-obra imigrante (africana, nos primeiros dois terços, e da Europa do Leste, no último terço - dados dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras), que não se encontrava preparada para os trabalhos associados à construção civil. Tal facto é agravado pelos salários baixos e desmotivantes e pela quebra de regras elementares de qualidade, segurança e saúde. Face ao excesso de procura durante este período, os projectos também não primaram pela qualidade e, da conjugação destes factores, resultou um parque edificado com uma profusão de anomalias, a que se somaram as consequências de uma ausência generalizada de acções planeadas de manutenção e reabilitação. Sendo a envolvente exterior dos edifícios, em boa parte, uma imagem para a Sociedade, a sua degradação cria não só fenómenos de menor auto-estima, como estigmatiza socialmente os habitantes dos bairros degradados Objectivos Para definir os objectivos deste trabalho, foi necessário avaliar primeiro os dados estatísticos sobre as edificações em Portugal e que estão disponibilizados, on-line, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 1 Grande parte dessa informação serviu de base para a estruturação da definição do tipo de edifícios a estudar, da sua quantidade e localização. Verificou-se, porém, que não estava disponível informação completa da distribuição estatística pelos concelhos do período em estudo, com excepção do período de 1975 a 1981, assim como não se encontrou informação sobre a quantidade de edifícios construídos quanto ao tipo de acabamentos das fachadas e cobertura. Os dados disponibilizados que se acharam de interesse para definir a tipologia de edifícios a 1 Aquele que mais interessou para o levantamento das anomalias dos edifícios, no período de 1970 a 1995, é o que está disponibilizado em Estatísticas da construção de edifícios e no respectivo anuário estatístico. 1

18 1. Introdução inspeccionar foram os seguintes: dados de obras concluídas e sua tipologia; dados de edifícios de construção concluídos no Continente e ilhas; dados dos edifícios de construção nos distritos do Continente; dados dos edifícios concluídos segundo o destino. Sobre os dados disponibilizados, do período entre 1970 e 1995, foi realizado o devido tratamento estatístico que seguidamente será apresentado Tipologia das obras concluídas O INE apresenta os dados do total de obras concluídas em Portugal e também a sua distribuição por tipos de obras (construção de raiz, ampliação, transformação e restauro). Do tratamento estatístico feito aos dados recolhidos (Fig. 1.1), verifica-se que a grande maioria das obras concluídas diz respeito a construções de raiz (73,5%), seguindo-se em pequenas quantidades as ampliações (13,4%), as transformações (4%) e, finalmente, os restauros (9,1%) Construções de raiz Ampliações Transformações Restauros Total Fig Tipologia das obras concluídas, no período de 1970 a

19 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e ilhas O tratamento estatístico realizado sobre os dados dos edifícios construídos de raiz no Continente e ilhas (Fig. 1.2) permite constatar que a grande maioria do edificado construído está concentrado no Continente (95%). Os restantes 5% estão distribuídos pelos Açores e Madeira Continente e Ilhas Continente Madeira Açores Fig Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e Ilhas, no período de 1970 a Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelos distritos do Continente O INE disponibiliza, igualmente, informação sobre a distribuição das construções de raiz pelos distritos do Continente. O tratamento estatístico feito a essa informação (Fig. 1.3) permite verificar que o maior volume de construção está concentrado no distrito do Porto (12,6%), seguindo-se Lisboa (8,9%), Aveiro (8,7%), Braga (8,6%), Leiria (8,3%), Santarém (7,5%), Viseu (6,3%), Faro (6,1%), Coimbra e Setúbal (5,7%), Guarda (3,7%), Viana do Castelo (3,6%), Vila Real (3,3%), Castelo Branco (3%), Bragança (2,7%), Évora (2%), Portalegre (1,7%) e Beja (1,6%) Continente Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu Fig Distribuição dos edifícios construídos de raiz por distritos no Continente, no período de 1970 a

20 1. Introdução Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino Da análise efectuada à distribuição dos edifícios concluídos em Portugal e segundo o destino (Fig. 1.4), verifica-se que, na construção, ampliação, transformação e restauração, a habitação tem o maior peso com uma média de 75%. Em relação à construção, a habitação tem a maioria do edificado (78%). De salientar que os edifícios públicos, de saúde e de educação ocupam um valor global de 6% Construção de raiz Ampliação Transformação Restauros Habitação Agricultura Indústria de extracção / transformação Electricidade / gás / saneamento Comércio / bancos / seguros / restauração Transporte / armazenagem /comunicações Administração pública Educação / saúde Outros destinos Total Fig Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino, no período de 1970 a Conclusões Os tratamentos estatísticos efectuados permitiram avaliar a variação quantitativa das edificações e as tipologias da construção em Portugal, conduzindo a que: o levantamento das anomalias do património edificado, no período de 1970 a 1995, fosse direccionado para o Continente, que representa 95% das obras edificadas em 4

21 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Portugal, e para os edifícios construídos de raiz, que representam 74% do total das edificações; nos edifícios construídos de raiz do Continente, fossem avaliadas as anomalias / causas da envolvente exterior nos edifícios de habitação, que representam 78% daqueles edifícios. Embora as construções unifamiliares (moradias) ocupem 84,3% dos edifícios de habitação, no período de 1970 a 1995, o enfoque nas inspecções será canalizado para os edifícios multifamiliares. Em boa verdade, nas moradias o proprietário faz manutenção, ao passo que nos edifícios multifamiliares os espaços comuns e a envolvente exterior não são considerados propriedade comum, sendo a sua manutenção mais facilmente negligenciada. A avaliação de patologia exterior de edifícios é um trabalho que exige um conhecimento das anomalias / causas dos elementos construtivos da envolvente. Existem muitos trabalhos de investigação nessa área, que se encontram dispersos em muitas publicações científicas e técnicas. No sentido de disponibilizar informação que normalize e facilite o preenchimento de fichas de inspecção, que foram criadas para avaliar a envolvente exterior de edifícios no que diz respeito aos materiais aplicados, às obras de beneficiação realizadas e às anomalias / causas dos elementos construtivos, no período entre 1970 e 1995, elaborou-se o presente manual de inspecção que foi desenvolvido com base na compilação e síntese de publicações científicas e técnicas. 5

22 2.Envolvente exterior de edifícios 2. Envolvente exterior de edifícios 2.1. Caracterização O processo de avaliação da patologia exterior das construções consta do diagnóstico das anomalias dos seus elementos construtivos. Serão considerados os seguintes elementos construtivos da envolvente exterior para análise: coberturas inclinadas; coberturas em terraço; fachadas e muretes (da cobertura e de varandas e palas); vãos exteriores; varandas e palas Metodologia de diagnóstico Segundo proposta de metodologia sequencial de estudo de diagnóstico (LANZINHA, 2006), a recolha de informação deve passar pela análise da documentação escrita e desenhada que seja disponibilizada pelo dono da obra ou pela entidade licenciadora, pela inspecção visual aos elementos, pela realização de inquéritos aos residentes, pela realização de medições in situ ou em laboratório e por sondagens. O diagnóstico das anomalias / causas das anomalias dos elementos construtivos através de ensaios de laboratório, de ensaios in situ e de sondagens, obriga à recolha de materiais para análise, logo à destruição localizada dos revestimentos em grande parte dos casos. Para o caso em estudo, a experiência mostra-nos que esses ensaios e sondagens não serão permitidos pelos donos da obra. Neste sentido, a metodologia que se achou mais adequada para o diagnóstico da envolvente foi a seguinte: autorização de inspecção pelo dono da obra ou seu representante; análise da documentação escrita e desenhada dos projectos fornecidos pelo dono da obra / seu representante ou obtidos nas entidades licenciadoras; inquirição aos donos de obra, ou seus representantes, sobre informação não existente relativamente a dados da construção e da sua envolvente; elaboração do diagnóstico através de registos escritos (fichas de inspecção) e fotográficos. 6

23 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Material / equipamento de suporte à inspecção O diagnóstico da envolvente exterior deve ser suportado com o seguinte material / equipamento: manual de inspecção; fichas de inspecção; binóculos (auxiliar visual); máquina fotográfica (devem ser registados, para além das fotos que estão previstas colocar nas fichas de inspecção, as fotos das anomalias que forem registadas nas fichas de inspecção; estes registos fotográficos devem ser guardados com o nome da anomalia e nas pastas com o nome dos elementos construtivos); fita métrica; bússola (auxiliar para definir as orientações das fachadas, vãos e varandas / palas); martelo de borracha (auxiliar para definir o estado de aderência entre o revestimento e o suporte; um som oco indicia má aderência); nível (auxiliar para avaliar a inclinação da cobertura inclinada e para avaliar os desníveis de pavimentos em terraço); escada (auxiliar para acesso a coberturas); equipamento de segurança (obrigatório nas inspecções às coberturas). 2.3 Anomalias não estruturais As anomalias (GONÇALVES, 2004) podem ocorrer de diversas formas, consoante a parte atingida, as funções que são afectadas, bem como a natureza dos materiais e técnicas de construção utilizadas, origem, causas e períodos de ocorrência. Por outro lado, (AGUIAR e al, 1992), as anomalias que afectam o revestimento traduzem-se em degradações inconvenientes e inestéticas no aspecto, perda de coesão e aderência do revestimento em relação aos suportes e pelo desgaste anormal dos mesmos. Foi feito um estudo abrangente a fim de cobrir todas as anomalias não estruturais susceptíveis de aparecer na envolvente exterior dos edifícios a avaliar. Nesse sentido, foram estudadas 148 anomalias que foram divididas pelos elementos de construção. 7

24 2.Envolvente exterior de edifícios 2.4 Classificação das anomalias Quanto à classificação das anomalias (GONÇALVES, 2004) foram definidas as classes de Urgência de actuação, de Segurança estrutural / Bem-estar das pessoas, e Pseudoquantitativa. Esta última classe representa a pontuação global quanto à urgência de actuação e segurança e bem-estar. A cada classe foram definidos níveis colocados por ordem decrescente de gravidade com respectiva pontuação (Quadro 2.1). A cada anomalia foi atribuída uma pontuação nas classes 1 e 2, cujo somatório foi para um dos intervalos de pontuação da classe 3, definindo, assim, a prioridade global de actuação. Quadro Classificação das anomalias. 1 - Urgência 2 - Segurança 3 - Pseudo-quantitativa Classe de actuação e bem-estar (1 + 2) Níveis A B C Pontuação e e e e 30 O significado atribuído às pontuações dos níveis das classes foi o seguinte: urgência de actuação: grupo 0 e pontuação 50 - actuação imediata (segurança de bens e pessoas comprometida); grupo 1 e pontuação 30 - actuação a médio prazo, 6 meses a um ano (não coloca de imediato em causa a segurança de bens e pessoas); grupo 2 e pontuação 20 - sem urgência mas convém seguir a evolução da patologia; grupo 3 e pontuação 10 - sem urgência com efeitos visuais da anomalia; segurança e bem-estar: grupo A e pontuação 50 - não cumpre as exigências de segurança; grupo B e pontuação 20 - não cumpre as exigências mínimas de funcionalidade; grupo C e pontuação 10 - cumpre as exigências mínimas de funcionalidade; pseudo-quantitativa: grupo 1 e pontuação 80 e prioridade máxima; grupo 2 e pontuação 60 e 70 - grande prioridade; grupo 3 e pontuação 40 e 50 - pequena prioridade; grupo 4 e pontuação 20 e 30 prioridade mínima. 8

25 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Causas das anomalias De uma forma sintética, enumeram-se em seguida (Quadro 2.2), as causas prováveis associadas a factos considerados como geradores de anomalias nas várias fases do processo de construção. Quadro Relação das causas prováveis com os factos geradores de anomalias. Factos Erros de concepção x x Erros de execução x x x Acções de origem mecânica x x Causas prováveis Acções ambientais x x x x x x Utilização / ausência de manutenção As causas prováveis teóricas, enumeradas de 1 a 18, são as seguintes: 1 - pormenorização omissa ou deficiente; 2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente; 3 - execução deficiente; 4 - não cumprimento do projecto; 5 - utilização inadequada de materiais; 6 - cargas excessivas; 7 - choques; 8 - acumulação de humidade; 9 - chuvas intensas; 10 - ventos excepcionais; 11 - gelo / degelo; 12 - radiação solar / ultravioletas; 13 - poluição; 14 - utilização inadequada do espaço; 15 - ausência inadequação de manutenção; 16 - alteração de utilização do espaço; 17 - envelhecimento natural; 18 - vandalismo. 2.6 Matriz de correlação anomalias - causas prováveis x x x x x Para o preenchimento desta matriz, dividiram-se as causas prováveis de ocorrência das anomalias em: 9

26 2.Envolvente exterior de edifícios causas directas, as que originam de forma imediata as anomalias (como as acções naturais - físicas, químicas e biológicas, os desastres naturais ou os desastres por causas humanas) sendo também caracterizados por poderem ser eliminados através de apropriadas soluções de reparação; causas indirectas, as que estão relacionadas com os primeiros passos do processo de deterioração (como as causas humanas nas fases de concepção e projecto, de execução em obra e de utilização do edifício). Para cada anomalia, são identificadas, através da matriz de correlação, as causas prováveis da sua ocorrência, sendo cada uma delas classificada de acordo com o grau de correlação que possui com a anomalia, segundo BRITO (1992): 0 - sem relação - não existe qualquer relação directa entre a anomalia e a causa; 1 - pequena relação - causa indirecta da anomalia relacionada com o despoletar do processo de deterioração; causa não necessária para o desenvolvimento do processo de deterioração, embora agrave os seus efeitos; 2 - grande relação - causa directa da anomalia, associada à fase final de deterioração; quando a causa ocorre, constitui uma das razões principais do processo de deterioração e é indispensável ao seu desenvolvimento. A matriz de correlação teórica entre as anomalias e as causas prováveis das mesmas será validada, total ou parcialmente, no decurso das inspecções. Apresenta-se no Quadro 2.3 a correlação teórica de uma amostra da cobertura inclinada em que as linhas representam as causas e as colunas representam as anomalias. Quadro Amostra da matriz de correlação teórica anomalias - causas. ACI1 ACI2 ACI3 ACI4 ACI5 ACI6 ACI7 ACI8 ACI9 ACI10 ACI11 ACI12 CI CI CI CI Fichas de inspecção Foram elaboradas, em folhas do Excel, dezanove fichas de inspecção para o diagnóstico da envolvente exterior de edifícios (Anexo 1), nomeadamente quanto às características gerais, às obras de beneficiação, à tipologia dos elementos construtivos, às suas anomalias / causas e à classificação das anomalias. Os dados registados nas fichas de inspecção são exportados para folhas apropriadas com o objectivo de serem tratados estatisticamente através do programa SPSS (Statistical Package 10

27 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 for the Social Sciences), (PEREIRA, 2006). É possível, através desse programa, fazer a análise de frequências de uma grande quantidade de informação registada nas fichas de inspecção sobre um elevado número de edifícios a inspeccionar. Para efeitos de inspecção visual, foram elaborados três tipos de fichas de inspecção: ficha tipo A (uma ficha - A1), para a identificação e caracterização geral do edifício ( Dados gerais, Local de implantação, Tipologia do edifício, Tipologia da estrutura resistente, Tipologia da cobertura, Tipologia das paredes exteriores, Tipologia dos materiais das paredes exteriores, Tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores, Tipologia das caixilharias / envidraçados / guarda-corpos ); ficha tipo B (duas fichas, B1 e B2), para o registo dos diferentes tipos de obras de beneficiação dos cinco elementos construtivos da envolvente (19 em cobertura inclinada, 14 em cobertura em terraço, 14 em fachadas, 11 em vãos exteriores e 11 em varandas e palas); ficha tipo C (dezasseis fichas), para avaliação de cada um dos cinco elementos construtivos, no que diz respeito à constituição dos seus materiais, às anomalias / causas e à classificação das anomalias; está subdividida na ficha C1 para avaliar o elemento construtivo, na ficha C2 para registar as anomalias / causas e na ficha C3 para classificar as anomalias. A repartição das fichas do tipo C, pelos elementos construtivos, foi a seguinte: cobertura inclinada: - corresponde às fichas CCI1, CCI2 e CCI3. A ficha CCI1 permite registos nos campos: Forma e visualização da cobertura, Exposição da cobertura, Estrutura de suporte, Revestimento da cobertura, Camada de isolamento térmico, Ventilação da cobertura e Singularidades da cobertura. A ficha CCI2 contém 32 anomalias para diagnosticar e 16 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CCI3 classifica as anomalias; cobertura em terraço: - corresponde às fichas CCT1,CCT2,CCT3,CCT4, CCT5 e CCT6; as CCT1 e CCT2, do tipo C1, permitem registos nos campos: Acessibilidade / tipologia da cobertura, Estrutura de suporte, Camada de forma, Barreira pára-vapor, Camada de dessolidarização, Camada filtrante (para terraços-jardim), Camada drenante (para terraços-jardim), Materiais de base da impermeabilização, Protecção e acabamento, Remates da impermeabilização. As fichas CCT3 e CCT4, do tipo C2, contêm 40 anomalias para 11

28 2.Envolvente exterior de edifícios diagnosticar e 15 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e as CCT5 e CCT6, do tipo C3, classificam as anomalias; fachadas e muretes: - corresponde às fichas CFa1, CFa2 e CFa3. A ficha CFa1 permite registos nos campos: Visualização das fachadas, Condições de exposição, Camada de isolamento térmico, Singularidades das fachadas. A ficha CFa2 contém 38 anomalias para diagnosticar e 15 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CFa3 classifica as anomalias; vãos de fachada: - corresponde às fichas CVa1 e CVa2. A ficha CVa1, do tipo C1 e C2, permite registos no campo Singularidades e contém 19 anomalias para diagnosticar e 16 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CVa2, do tipo C3, classifica as anomalias; varandas e palas: - corresponde às fichas CVaPa1 e CVaPa2. A ficha CVaPa1, do tipo C1 e C2, permite registos no campo Singularidades de varandas e palas e contem 19 anomalias para diagnosticar e 15 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CVaPa2, do tipo C3, classifica as anomalias. As fichas de inspecção foram guardadas em ficheiros, segundo a sua tipologia e a sua designação, com a seguinte distribuição: ficha do tipo A: ficha A/A1, localizada na folha A(A)1 do ficheiro FI_A(A) - 1.xls; fichas do tipo B: ficha B/B1, (obras em coberturas inclinada e em terraço) localizada na folha B(B)1 do ficheiro FI_B(B) - 1.xls; ficha B/B2, (obras em fachadas, vãos e varandas / palas) localizada na folha B(B)2 do ficheiro FI_B(B) - 2.xls; fichas do tipo C: da envolvente cobertura inclinada - CI: ficha C/CI1 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(CI)1 do ficheiro FI_C(CI) - 1.xls; 12

29 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 ficha C/CI2 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(CI)2 do ficheiro FI_C(CI) - 2.xls; ficha C/CI3 (classificação das anomalias), localizada na folha C(CI)3 do ficheiro FI_C(CI) - 3.xls; da envolvente cobertura em terraço - CT: ficha C/CT1 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(CT)1 do ficheiro FI_C(CT) - 1.xls; ficha C/CT2 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(CT)2 do ficheiro FI_C(CT) - 2.xls; ficha C/CT3 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(CT)3 do ficheiro FI_C(CT) - 3.xls; ficha C/CT4 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(CT)4 do ficheiro FI_C(CT) - 4.xls; ficha C/CT5 (classificação das anomalias), localizada na folha C(CT)5 do ficheiro FI_C(CT) - 5.xls; ficha C/CT6 (classificação das anomalias), localizada na folha C(CT)6 do ficheiro FI_C(CT) - 6.xls; da envolvente fachadas e muretes - Fa: ficha C/Fa1 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(Fa)1 do ficheiro FI_C(Fa) - 1.xls; ficha C/Fa2 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(Fa)2 do ficheiro FI_C(Fa) - 2.xls; ficha C/Fa3 (classificação das anomalias), localizada na folha C(Fa)3 do ficheiro FI_C(Fa) - 3.xls; da envolvente vãos de fachada - Va: ficha C/Va1 (avaliação de vãos e registo de anomalias / causas), localizada na folha C(Va)1 do ficheiro FI_C(Va) - 1.xls; ficha C/Va2 (classificação das anomalias), localizada na folha C(Va)2 do ficheiro FI_C(Va) - 2.xls; da envolvente varandas e palas - VaPa: 13

30 2.Envolvente exterior de edifícios ficha C/VaPa1 (avaliação de varandas / palas e registo de anomalias / causas), localizada na folha C(VaPa)1 do ficheiro FI_C(VaPa) - 1.xls; ficha C/VaPa2 (classificação das anomalias), localizada na folha C(VaPa)2 do ficheiro FI_C(VaPa) - 2.xls. Cada ficheiro conterá também, para além da ficha de inspecção, uma ou duas folhas, consoante os casos, que contêm os dados das fichas de inspecção que serão tratados estatisticamente no programa SPSS. A designação que se atribuiu a essas folhas foi do tipo Estatística - designação da ficha de inspecção. Por exemplo, o ficheiro FI_A(A) - 1.xls, abarcará as folhas A(A)1, que contém a ficha de inspecção A/A1, e a folha Estatística - A(A)1, que contém os dados dessa ficha de inspecção para serem tratados no SPSS. Estando os dados das folhas de estatística interligados com os da ficha de inspecção, o seu preenchimento será automático a partir dos registos efectuados na ficha de inspecção. Cada coluna da folha estatística representa um dado / variável da ficha de inspecção. Sendo em alguns casos a quantidade de dados superior ao número de colunas do Excel, houve necessidade de duplicar a folha estatística. Trata-se dos casos dos ficheiros FI_C(Fa) - 2.xls, com Estatística0 - C(Fa)2 e Estatística1 - C(Fa)2), FI_C(Va) - 1.xls, com Estatística0 - C(Va)1 e Estatística1 - (C(Va)1), e FI_C(VaPa) - 1.xls, com Estatística0 - C(VaPa)1 e Estatística1 - C(VaPa)1. A distribuição do número de dados / variáveis estatísticas das fichas de inspecção, no total de 2994, que poderão ser tratadas no programa SPSS, será a seguinte: ficha A1-78 variáveis; ficha B1-117 variáveis; ficha B2-235 variáveis; ficha CI1-98 variáveis; ficha CI2-255 variáveis; ficha CI3-136 variáveis; ficha CT1-82 variáveis; ficha CT2-92 variáveis; ficha CT3-179 variáveis; ficha CT4-77 variáveis; 14

31 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 ficha CT5-100 variáveis; ficha CT6-68 variáveis; ficha CFa1-61 variáveis; ficha CFa2-256 (Estatística0) (Estatística1) variáveis; ficha CFa3-163 variáveis; ficha CVa1-240 (Estatística0) + 43 (Estatística1) variáveis; ficha CVa2-87 variáveis; ficha CVaPa1-240 (Estatística0) + 48 (Estatística1) variáveis; ficha CVaPa2-87 variáveis Preenchimento comum As fichas de inspecção foram concebidas de modo a que o seu preenchimento, no acto da inspecção, seja de fácil execução. Com excepção dos casos pontuais de campos onde são registados o número da inspecção realizada, a data de inspecção, a localização do edifício (distrito, concelho e rua), o ano de construção, o processo camarário, o código estatístico e as medidas (espessuras, inclinação, pé-direito, etc.), todas as fichas têm o seguinte preenchimento geral: 0 - não - não existe ocorrência do facto a registar (por ex. não tem obras de beneficiação, não existe a anomalia, não existe a causa provável teórica); 1 - tem - existe ocorrência do facto a registar (por ex. tem obras de beneficiação, existe a anomalia, existe a causa provável teórica); 2 - não se sabe - não se sabe se existe ocorrência do facto a registar (por ex. não se sabe obras de beneficiação, não se sabe se existe a anomalia, não se sabe se existe a causa provável teórica). Em geral, as células / dados das fichas de inspecção estão preenchidas com a pontuação 0 (não), com excepção das fichas das anomalias que estão preenchidas com a pontuação 1 (sim). Esta opção foi tomada para que fiquem visíveis, no acto da inspecção, as causas prováveis de cada anomalia, uma vez que a não existência da anomalia (pontuação 0) faz com que, automaticamente, desapareçam causas prováveis associadas (pontuação 0). 15

32 3. Ficha de inspecção do tipo A 3. Ficha de inspecção do tipo A As fichas de inspecção do tipo A foram concebidas para identificar e registar as características gerais do edifício. Os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização Ficha de inspecção A/A1 Na ficha A/A1 (Anexo 1), faz-se o registo em nove campos que foram descritos no capítulo anterior. Com excepção do campo dos dados gerais do edifício, em que as células onde se fazem os registos se encontram vazias, as células dos restantes campos estão preenchidas com a pontuação 0 (não). Através da análise dos projectos e no decurso da inspecção, devem ser registadas as ocorrências com a pontuação 1 (sim), ou com a pontuação 2 (não se sabe) Dados gerais do edifício Neste campo, são feitos os seguintes registos: fotográfico (fotografia do aspecto geral do edifício); Ficha nº: (número do edifício a inspeccionar relativamente ao total dos edifícios que serão inspeccionados); o seu registo é feito na célula B11; Data: (data de inspecção; deve ser do tipo ); o seu registo é feito na célula B12; Distrito: (distrito a que pertence o edifico a inspeccionar); o seu registo é feito na célula B13; Concelho: (concelho a que pertence o edifico a inspeccionar); o seu registo é feito na célula B14; Localização: (identificação de rua, nº, etc., a que pertence o edifício); o seu registo será feito na célula B15; Ano de construção: (ano de construção, que poderá ser obtido através da avaliação do processo de licenciamento, considerando-se a licença de habitabilidade como o ano de construção, ou através de informação dada pelos donos da obra ou administradores de edifícios); o seu registo é feito na célula C16; 16

33 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Código estatístico: (número fornecido pelo INE referente ao concelho); o seu registo é feito na célula C17; Proc. Nº: (número do processo de licenciamento. Pode ser obtido no arquivo municipal, através da localização do edifício, ou fornecido pelo dono da obra); o seu registo é feito na célula B Local de implantação Neste campo, os dados podem ser registados a partir da análise do projecto de arquitectura, que devem ser confirmados na inspecção. São feitos os seguintes registos: isolado (pode-se considerar dois edifícios contíguos como um único edifício, desde que o seu conjunto fique isolado); o seu registo é feito na célula B22; gaveto (edifício no nó de ligação de duas ruas perpendiculares e não sendo isolado); o seu registo é feito na célula E22; banda / extremo (edifício anterior ao edifício de gaveto); o seu registo é feito na célula J22; banda / meio (edifícios situados entre bandas / extremo); o seu registo é feito na célula O Tipologia do edifício Neste campo, os dados podem ser registados a partir da análise do projecto de arquitectura, que devem ser confirmados na inspecção. São feitos os seguintes registos: Multifamiliares (edifícios de habitação com mais que um contador de água / energia eléctrica) ou Unifamiliares (edifícios de habitação com um único contador de água / energia eléctrica); os seus registos são feitos nas células D26 e J26; Nº Caves (registo do seu número que será distribuído por Garagem - individuais ou colectivas -, Comércio, Serviços, Habitação e Arrumos ; nos casos particulares de, no mesmo piso, haver mais do que um tipo de utilização utiliza-se o método percentual); o seu registo será feito nas células E28, G28, I28, K28 e M28; o registo do Pé-direito (nos casos particulares de haver mais que um valor, considera-se o valor médio), em metros lineares, é feito na célula O28; 17

34 3. Ficha de inspecção do tipo A R/C (registo como Garagem, Comércio, Serviços, Habitação e Arrumos ; nos casos particulares de, no mesmo piso, haver mais do que um tipo de utilização utiliza-se o método percentual); o seu registo será feito nas células E29, G29, I29, K29 e M29; o registo do Pé-direito, em metros lineares, é feito na célula O29; NºPisos elev. (registo e distribuição do número de pisos elevados por Garagem, Comércio, Serviços, Habitação e Arrumos ); o seu registo será feito nas células E30, G30, I30, K30 e M30; o registo do Pé-direito, em metros lineares, é feito na célula O30; Sótão (registo como Habitação e / ou Arrumos. Nos casos particulares de no piso haver mais que um tipo de utilização utiliza-se o método percentual); o seu registo é feito nas células K31 e M31. Registo do Pé-direito médio, em metros lineares, na célula O Tipologia da estrutura resistente Neste campo, os dados devem ser registados a partir da análise das plantas de distribuição do projecto da estrutura. São feitos os seguintes registos: Pórtico / parede em betão armado (conjunto de elementos estruturais constituídos por vigas / pilares e paredes normalmente formando o núcleo da caixa de escadas em betão armado); o seu registo é feito na célula E36; Viga / pilar em betão armado (conjunto de elementos estruturais constituídos por vigas e pilares em betão armado); o seu registo é feito na célula E37; Viga / pilar em perfil metálico (conjunto de elementos estruturais constituídos por vigas e pilares metálicos); o seu registo é feito na célula E38; Laminar em betão armado (conjunto de elementos estruturais constituídos por lajes e paredes em betão armado); o seu registo é feito na célula M36; Mista (betão / metálica) (conjunto de elementos estruturais de betão armado e metálicos); o seu registo é feito na célula M37; Mista (betão / alvenaria) (conjunto de elementos estruturais de betão armado e de paredes em alvenaria, sobretudo em edifícios unifamiliares); o seu registo é feito na célula M38. 18

35 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Tipologia da cobertura Neste campo, os dados podem ser registados a partir da análise do projecto de arquitectura e confirmados na inspecção. São feitos os seguintes registos: Inclinada ; o seu registo é feito na célula D43; Plana / terraço ; o seu registo é feito na célula I43; Mista (inclinada / terraço) ; o seu registo é feito na célula O Tipologia das paredes exteriores A tipologia das paredes exteriores pode ser obtida pela análise da memória descritiva do projecto de arquitectura, por informação oral ou por avaliação visual. Quanto à existência de paredes de pano duplo ou simples, em alvenaria de tijolo cerâmico, e se não houver informação no projecto, o registo poderá ser feito através da medição de um peitoril, descontando as saliências para o interior e exterior. Se a medição for superior a 27 cm, a parede será considerada como dupla, senão a parede será simples. São feitos os seguintes registos: Paredes de pano duplo ; o seu registo é feito na célula D48. Paredes de pano simples ; o seu registo é feito na célula L Tipologia dos materiais das paredes exteriores A tipologia dos materiais das paredes exteriores pode ser obtida pela análise da memória descritiva do projecto de arquitectura, por informação oral ou por visualização. São feitos os seguintes registos: Alvenaria de tijolo furado ; o seu registo é feito na célula D53; Pedra natural ; o seu registo é feito na célula D55; Blocos de betão de argila expandida ; o seu registo é feito na célula E57; Blocos de betão ; o seu registo é feito na célula I55; Alvenaria de tijolo maciço ; o seu registo é feito na célula L53; Betão ; o seu registo é feito na célula L55; Blocos de betão celular autoclavado ; o seu registo é feito na célula N57; 19

36 3. Ficha de inspecção do tipo A Desconhecida ; o seu registo é feito na célula Q Tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores A tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores pode ser obtida pela análise da memória descritiva do projecto de arquitectura e deve ser confirmada na inspecção. São feitos os seguintes registos: Revestimentos por elementos descontínuos em ladrilhos cerâmicos ; o seu registo é feito na célula N62; Revestimentos por elementos descontínuos em ladrilhos hidráulicos ; o seu registo é feito na célula N63; Revestimentos por elementos descontínuos em placas de pedra natural ; o seu registo é feito na célula N64; Revestimentos por elementos descontínuos em placas de pedra artificial ; o seu registo é feito na célula N65; Revestimentos por elementos descontínuos em soletos / placas onduladas de fibrocimento ; o seu registo é feito na célula N66; Revestimentos por elementos descontínuos em telhas cerâmicas ; o seu registo é feito na célula N67; Revestimentos de ligantes minerais (rebocos) tradicionais com pintura ; o seu registo é feito na célula N69; Revestimentos de ligantes minerais (rebocos) não tradicionais (monomassas) com / sem pintura ; o seu registo é feito na célula N70; ETICS (rebocos delgados armados directamente aplicados sobre isolamento); o seu registo é feito na célula D72; Betão à vista ; o seu registo é feito na célula D73; Tijolo cerâmico face-à-vista ; o seu registo é feito na célula D74; Pintura com acabamento liso ; o seu registo é feito na célula N72; Pintura com acabamento rugoso ; o seu registo é feito na célula N73; Impermeabilização ; o seu registo é feito na célula N74. 20

37 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a Tipologia das caixilharias / envidraçados / guarda-corpos Neste campo, serão registados os tipos de caixilhos, envidraçados e guarda-corpos de vãos São feitos os seguintes registos: Caixilharias madeira ; o seu registo é feito na célula D79; Caixilharias alumínio ; o seu registo é feito na célula D80; Caixilharias aço ; o seu registo é feito na célula D81; Caixilharias PVC ; o seu registo é feito na célula D82; Envidraçados simples ; o seu registo é feito na célula K79; Envidraçados duplos ; o seu registo é feito na célula K80; Guarda-corpos madeira ; o seu registo é feito na célula R79; Guarda-corpos alumínio ; o seu registo é feito na célula R80; Guarda-corpos aço / ferro ; o seu registo é feito na célula R81; Guarda-corpos betão ; o seu registo é feito na célula R82. 21

38 4. Fichas de inspecção do tipo B 4. Fichas de inspecção do tipo B As fichas de inspecção do tipo B foram concebidas para registar as obras de beneficiação nos elementos construtivos da envolvente exterior, desde o ano da construção até à data da inspecção. As informações sobre as obras de beneficiação são obtidas através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização, podendo haver casos em que se registe mais que um tipo de informação. Tratase do caso de haver informação oral sobre pinturas em fachadas e essa ocorrência ser verificada na inspecção visual. As células onde são registadas as obras de beneficiação dos elementos construtivos, assim como o tipo de informação recolhida (projecto, informação oral e inspecção visual), estão preenchidas com a pontuação 0 (não). Através da análise dos projectos, da informação oral e da inspecção visual deverão ser registadas as ocorrências com a pontuação 1 (sim), ou com a pontuação 2 (não se sabe). Em relação aos trabalhos identificados no local, são registados, por informação oral, os números de intervenções, assim como os dois últimos anos em que houve intervenções. Nos casos em que haja informação sobre o número de intervenções e não haja informação sobre o(s) ano(s) em que foram realizadas, faz-se apenas o registo do número de intervenções. 4.1 Ficha de inspecção B/B1 Na abertura da ficha de inspecção B/B1 (Anexo 1) deve-se seleccionar em actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Nesta ficha de inspecção, são registadas as obras de beneficiação feitas na cobertura inclinada e na cobertura em terraço Cobertura inclinada Neste campo, são feitos os seguintes registos: obras de beneficiação na cobertura inclinada; o seu registo será feito na célula F12; informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são feitos nas células D14, J14 e O14; 22

39 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 registo do número de intervenções em 19 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula P21 a P39; registo do Ano 1 - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 19 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula Q21 a Q39; registo do Ano 2 - último ano - em que houve intervenção nos 19 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula Q21 a Q Cobertura em terraço Neste campo, são feitos os seguintes registos: obras de beneficiação na cobertura em terraço; o seu registo será feito na célula F43; informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são feitos nas células D45, J45 e O45; registo do número de intervenções em 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula P53 a P66; registo do Ano 1 - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula Q53 a Q66; registo do Ano 2 - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula R53 a R Ficha de inspecção B/B2 Na abertura da ficha de inspecção B/B2 (Anexo 1), deve-se seleccionar em actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Nesta ficha de inspecção, são registadas as obras de beneficiação realizadas nas fachadas, vãos de fachada e varandas / palas Fachada Neste campo, são feitos os seguintes registos: obras de beneficiação nas fachadas; o seu registo será feito na célula C9; informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são 23

40 4. Fichas de inspecção do tipo B feitos nas células D12, J12 e P12; registo do número de intervenções em 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula N18 a N31, para a fachada Norte, da célula O18 a O31, para a fachada Este, da célula P18 a P31, para a fachada Sul, e da célula Q18 a Q31, para a fachada Oeste; registo do Ano 1 - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula R18 a R31; registo do Ano 2 - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula S18 a S Vãos de fachada Neste campo, são feitos os seguintes registos: obras de beneficiação nos vãos de fachadas; o seu registo será feito na célula E34; informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são feitos nas células D37, J37 e P37; registo do número de intervenções em 11 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula N44 a N54, para a fachada Norte, da célula O44 a O54, para a fachada Este, da célula P44 a P54, para a fachada Sul, e da célula Q44 a Q54, para a fachada Oeste; registo do Ano 1 - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 11 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula R44 a R54; registo do Ano 2 - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula S44 a S54; Varandas e palas Neste campo, são feitos os seguintes registos: obras de beneficiação em varandas e palas; o seu registo será feito na célula E57; informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são feitos nas células D60, J60 e O60; registo do número de intervenções em 11 trabalhos identificados no local; os seus 24

41 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 registos são feitos da célula N67 a N77, para a fachada Norte, da célula O67 a O77, para a fachada Este, da célula P67 a P77, para a fachada Sul, e da célula Q67 a Q77, para a fachada Oeste; registo do Ano 1 - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 11 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula R67 a R77; registo do Ano 2 - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos identificados no local; os seus registos são feitos da célula S67 a S77. 25

42 5. Fichas de inspecção do tipo C 5. Fichas de inspecção do tipo C 5.1 Ficha de inspecção C/CI1 da cobertura inclinada Nesta ficha de inspecção C/CI1 (Anexo 1), os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização. As células onde são registadas as ocorrências têm a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção dos registos apropriados para as células Zona climática, Inclinação % e Espessura (cm) da estrutura de suporte e da camada de isolamento térmico Forma e visualização da cobertura Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: registo fotográfico da visualização pelo exterior e pelo interior (Fig. 5.1 a) e b)); a visualização pelo interior permite visualizar a estrutura de apoio em varas préesforçadas e ripas pré-moldadas e ainda a existência de sub-telhas em fibrocimento); a) b) Fig Visualização exterior - a) - e interior - b) - da cobertura inclinada as formas das coberturas (APICC, 1998) são as de uma água (A), duas águas (B), quatro águas (C) e pavilhão (D). Foram acrescentadas as coberturas de três águas (Fig. 5.2) e redondas (Fig. 5.3): - cobertura de uma água - uma vertente (A): o seu registo é feito na célula G12; - cobertura de duas águas - duas vertentes (B): o seu registo é feito na célula G13; 26

43 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a cobertura de quatro águas - quatro vertentes (C): o seu registo é feito na célula G15; - cobertura em pavilhão (D) (forma particular da cobertura de quatro águas, em que as quatro vertentes são iguais): o seu registo é feito na célula G16. - cobertura de três águas (Fig. 5.2): o seu registo é feito na célula G14. Fig Cobertura de três águas - cobertura redonda (Fig. 5.3): o seu registo é feito na célula G17. Fig Cobertura redonda os registos efectuados através da acessibilidade à cobertura devem ser feitos com equipamento de segurança (Fig. 5.4), utilizando calçado com rasto de borracha, distribuindo o peso do corpo nas partes convexas dos elementos da cobertura em dias não chuvosos e com as telhas secas; o seu registo é feito na célula G18; Fig Equipamento de segurança nos casos em que não haja acesso, ou que haja riscos elevados de segurança, mesmo utilizando o equipamento de segurança, fazem-se os registos através de visualização exterior, com auxílio de binóculos; a visualização exterior pode ser total (todas as vertentes são visíveis) ou parcial (nem todas as vertentes são visíveis); o registo da visualização exterior total é feito na célula I19 e o da visualização parcial na célula I20; se houver visualização pelo interior da cobertura, total ou parcial, pode-se registar 27

44 5. Fichas de inspecção do tipo C a tipologia da estrutura de suporte, que muitas vezes o projecto de estruturas não define; o registo da visualização interior total é feito na célula T19 e o da visualização parcial na célula T Exposição da cobertura De acordo com APICC (1998), o conhecimento das condições climáticas é indispensável para a correcta concepção e constituição dos edifícios para habitação e as acções como a do vento, da chuva e do calor, são as que têm maior relevância e efeito nos edifícios. O grande objectivo é recomendar inclinações mínimas de aplicação de telhas cerâmicas no revestimento das coberturas em função do conhecimento das características climáticas locais para as diferentes zonas climáticas a definir. A acção combinada vento - precipitação permitiu definir as seguintes zonas climáticas (APICC, 1998): zona 1 (interior Sul, estendendo-se pelo Alentejo e parte do Algarve); zona 2 (Norte a Sul com altitude inferior a 600m, incluindo a costa algarvia de Lagos até V. Real de S. António excepto na faixa costeira de 20 km e Terras Quentes de Trás-os-Montes); zona 3 (interior Norte com altitudes superiores a 600 m, faixa costeira numa extensão de 20 km incluindo costa algarvia até Lagos). Dentro de cada uma das zonas climáticas, foram consideradas as seguintes exposições (APICC, 1998): exposição protegida (Fig. 5.5) - área totalmente rodeada por elevações de terreno, abrigada face a todas as direcções de incidência dos ventos; o registo é feito na célula F25; Fig Exposição protegida (APICC, 1998) exposição normal (Fig. 5.6) - área praticamente plana, podendo apresentar ligeiras ondulações do terreno; o registo é feito na célula F26; Fig Exposição normal (APICC, 1998) exposição exposta (Fig. 5.7) - área do litoral até uma distância de 5 km do mar, no 28

45 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 cimo de falésias, em ilhas ou penínsulas estreitas, estuários ou baías muito cavadas; vales estreitos (que canalizam ventos), montanhas altas e isoladas e algumas zonas de planaltos; em situações intermédias, edifícios que comportem cinco ou seis pisos, situados em locais protegidos ou normais; o registo é feito na célula F26; Fig Exposição exposta (APICC, 1998) zona climática; é feito o registo na célula M26, de acordo com a zona climática do concelho (Anexo 2) - APICC, 1998; inclinação; é feito o registo em percentagem na célula S26, de acordo com o projecto e verificado na inspecção, se tal for possível Estrutura de suporte O registo da estrutura de suporte (célula G30) deve ser preenchido por 1 (sim). A análise do projecto de estabilidade permite avaliar o tipo de estrutura de suporte da cobertura, podendo ser confirmado na inspecção. Em caso de omissão da estrutura no projecto, o tipo de estrutura ainda pode ser visualizado pelo interior da cobertura. Se tal não for possível, regista-se o tipo de estrutura com 2 (não se sabe). Estão disponíveis as seguintes hipóteses de registo da estrutura de apoio: betão armado - estrutura de apoio em betão (laje em betão armado, laje aligeirada pré-esforçada e estrutura descontínua constituída por vigotas e ripas prémoldadas); o seu registo é feito na célula E33; contínua - caso em que a estrutura de apoio é uma laje de betão armado ou aligeirada pré-esforçada (Fig. 5.8); o seu registo é feito na célula J33; Fig Laje aligeirada pré-esforçada (APICC, 1998) 29

46 5. Fichas de inspecção do tipo C descontínua - estrutura de apoio em betão - asnas, madres, varas e ripas - (Fig. 5.9); o seu registo é feito na célula N33; Fig Estrutura em varas / ripas de betão espessura (cm) - o registo da espessura só é feito nos casos em que a estrutura de apoio for uma laje; a informação pode ser recolhida pela análise do projecto e / ou confirmada na inspecção; se não houver informação, não se preenche a célula; o seu registo é feito na célula T33; madeira - estrutura de apoio em madeira (asnas, madres, varas e ripas) (Fig. 5.10); o seu registo é feito na célula E34; Fig Exemplo de estrutura da cobertura (APICC, 1998) asna - estrutura de apoio em madeira (armações trianguladas); o seu registo é feito na célula J34; varas - estrutura de apoio em madeira (elementos na direcção da vertente), que apoiam em madres quando estas existem; o seu registo é feito na célula N34; madres - estrutura de apoio em madeira (elementos que apoiam nas asnas, ou estruturas equivalentes, na posição horizontal, paralelamente ao beirado); o seu registo é feito na célula Q34; ripas - estrutura de apoio em madeira (elementos que apoiam nas varas, na posição horizontal, paralelamente ao beirado); o seu registo é feito na célula T34; metálica - estrutura de apoio metálica; o seu registo é feito na célula E35; mista (madeira / metálica) - estrutura de apoio composta por elementos em madeira e metálicos (Fig. 5.11); o seu registo é feito na célula N35; 30

47 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Asnas mistas metal - madeira (APICC, 1998) muretes de alvenaria - estrutura de apoio alvenaria de tijolo; o seu registo é feito na célula T Revestimento da cobertura Neste campo, são feitos os registos dos materiais constituintes da cobertura, que são os seguintes: telha cerâmica lusa; o seu registo é feito na célula G41; telha cerâmica marselha; o seu registo é feito na célula G42; telha cerâmica de canudo; o seu registo é feito na célula G43; telha cerâmica romana; o seu registo é feito na célula G44; telha cerâmica plana; o seu registo é feito na célula G45; soletos de ardósia; o seu registo é feito na célula G46; telha de betão; o seu registo é feito na célula G47; vidrada (revestimento superficial vidrado); o seu registo é feito na célula I41; c/ sub-telha - acessório que complementa a estanqueidade à água da cobertura, formado por chapas onduladas que poderá ser visível pelo interior (Fig. 5.1 b))ou no beirado (Fig. 5.12) - APICC, 1998; o seu registo é feito na célula L41; fibrocimento - em chapas (Fig. 5.13); o seu registo é feito na célula U42; 31

48 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Sub-telha visível no beirado (APICC, 1998) Fig Exemplo de uma cobertura revestida com chapas de fibrocimento plástico - em chapas; o seu registo é feito na célula U43; metálico - em chapas (Fig. 5.14); o seu registo é feito na célula U44; Fig Exemplo de uma cobertura revestida com chapas metálicas betuminoso - telha asfáltica -. O aspecto exterior da cobertura é semelhante ao das coberturas com soletos (Fig. 5.15); o seu registo é feito na célula U45; 32 Fig Exemplo de uma cobertura revestida a telhas asfálticas

49 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 misto - tipo sanduíche (Fig. 5.16); o seu registo é feito na célula U46. Fig Exemplo de uma cobertura mista com painéis tipo sanduíche Camada de isolamento térmico A verificação da camada de isolamento térmico na cobertura inclinada deve ser feita, em primeiro lugar, pela análise do projecto. Se não houver informação no projecto, deve-se questionar o dono da obra / administrador. Se este não tiver conhecimento sobre o isolamento na cobertura, regista-se com 2 (não se sabe) na célula I50 e, neste caso, os materiais de isolamento são automaticamente registados com 2. Havendo isolamento, regista-se a sua localização e o material aplicado. As possibilidades de registos são: na laje de esteira; o seu registo é feito na célula F56; na vertente; o seu registo é feito na célula F57; lã de rocha; o seu registo é feito na célula N53; lã de vidro; o seu registo é feito na célula N54; poliestireno expandido moldado; o seu registo é feito na célula N55; poliestireno expandido extrudido; o seu registo é feito na célula N56; poliuretano; o seu registo é feito na célula N57; polietileno; o seu registo é feito na célula N58; aglomerado negro de cortiça; o seu registo é feito na célula N59; Argila expandida; o seu registo é feito na célula N Ventilação da cobertura A ventilação da cobertura será assegurada através da ventilação da parte inferior do elemento de revestimento da cobertura de modo a evitar que haja condensação nessa zona. O seu regis- 33

50 5. Fichas de inspecção do tipo C to é feito na célula G63. Nas coberturas inclinadas de telha cerâmica, podem distinguir-se dois tipos de ventilação (APICC, 1998): - a ventilação da face inferior da telha, também conhecida por micro-ventilação; - a ventilação do desvão da cobertura. A micro-ventilação (Fig. 5.17) tem várias funções, quer no Inverno, quer no Verão (APICC, 1998). No Inverno: - contribui para a secagem da água da chuva absorvida pela telha; - elimina o vapor de água produzido no interior; - contribui para a durabilidade da telha, uma vez que aproxima as condições termohigrométricas das faces inferior e superior; - assegura uma melhor conservação do ripado de madeira; - em zonas de neve, não permite que o calor vindo do interior provoque uma distribuição irregular da neve ou a sua queda abrupta. No Verão: - permite diminuir o aquecimento por convecção da cobertura. Fig Micro-ventilação da face inferior da telha (APICC, 1998) Para que o sistema de micro-ventilação funcione, é necessário que o ar exterior, com uma temperatura mais baixa, entre pela zona mais baixa (beiral) e saia aquecido, por acção do calor perdido pela cobertura no Inverno, pelo ponto mais alto (cumeeira) - efeito de chaminé. O mecanismo de ventilação descrito pressupõe um beiral e uma cumeeira ventilados (Fig. 5.18) (APICC, 1998); o seu registo é feito na célula E65. O sistema deve ser complementado por telhas de ventilação (Fig a) e b)) junto à cumeeira e junto ao beiral (APICC, 1998); o seu registo é feito na célula L65. Nos casos em que não há garantia de entrada natural da ventilação, pelas telhas do beirado, deverão existir orifícios de ventilação na zona do beirado (Fig. 5.20) (APICC, 1998); o seu 34

51 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 registo é feito na célula S65. Fig Mecanismo de ventilação entre beirado e a cumeeira (APICC, 1998) a) b) Fig Telhas de ventilação sem passadeira - a) - e com passadeira - b) (APICC, 1998) Fig Orifícios de ventilação no beirado (APICC, 1998) Poderá haver bandas de ventilação (Fig. 5.21) em rincões e cumeeiras (APICC, 1998); o seu registo é feito na célula K67. Fig Banda de ventilação em rincão (APICC, 1998) A ventilação do desvão (Fig. 5.22) permitirá garantir a durabilidade dos materiais. Quando o desvão não é habitável e o telhado se apoia em estrutura descontínua sem forro, a ventilação é 35

52 5. Fichas de inspecção do tipo C garantida pela permeabilidade ao ar do próprio telhado, sob a acção do vento (APICC, 1998); o seu registo é feito na célula S67. protecção isolamento Barreira pára-vapor Fig Mecanismo de ventilação entre o beirado e a cumeeira (APICC, 1998) Singularidades da cobertura Neste campo, são registadas as singularidades da cobertura inclinada (Fig. 5.23). Fig Linhas e partes da cobertura inclinada (APICC, 1998) São feitos os seguintes registos: cumeeira / rincões; o seu registo é feito na célula F71; remates de chaminés (Fig. 5.24); seu registo é feito na célula L71; 36 Fig Rufagem de chaminé com chapa metálica (APICC, 1998)

53 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 os remates com paredes emergentes podem ser feitos com rufos metálicos (Fig. 5.25) ou com revestimentos de impermeabilização (Fig. 5.26); neste caso, deve-se dar uma protecção adequada do bordo superior dos mesmos - ou com peças e produtos adicionais, tais como rufos e mastiques, ou introduzindo o remate no elemento emergente, interessando não só toda a espessura do reboco, mas penetrando pela alvenaria do elemento; o seu registo é feito na célula U71; Fig Remate em paredes emergentes com rufos metálicos (APICC, 1998) Fig Soluções de remates da impermeabilização com paredes emergentes (LNEC - ITE 33, 2002) o beiral / beirado (Figs e 5.28), é realizado com telhas inteiras da zona corrente da cobertura ou por capa e bica; o seu registo é feito na célula F72; Fig Beirado à portuguesa com cornija (APICC, 1998) 37

54 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Pormenor de beirado com telha Lusa e com capa e bica (APICC, 1998) remates em larós (Fig. 5.29); o laró é constituído geralmente por um rufo metálico pousado sobre um forro ou autoportante, apoiado sobre peças rígidas e com um desenvolvimento e um perfil concebidos em função da inclinação e da quantidade de água a drenar; as telhas cortadas em viés devem recobrir o rufo metálico de 8 cm no mínimo e este deve ter uma dobra de 2 a 4 cm ; o seu registo é feito na célula L72; Fig Remate em laró (APICC, 1998) remates com paredes de bordo (Fig. 5.30); os remates com as paredes não emergentes paralelas ao plano da água (bordos) podem ser realizados por recurso a (APICC, 1998): o cumeeiras; o sistemas de rufagem; o peças especialmente desenvolvidas (telas ou equivalente); o seu registo é feito na célula U72; telhas passadeira; o seu registo é feito na célula F74; tubos de queda; o seu registo é feito na célula L74; remates com tubagens emergentes; os problemas nesse tipo de remates põem-se geralmente ao nível dos processos de fixação a essas tubagens dos remates da impermeabilização; as anomalias que se verificam são em geral descolamentos ou fissuração desses remates, motivados, ou por acentuados deslocamentos na direc- 38

55 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 ção vertical das respectivas tubagens, ou por deficientes soluções de protecção dos bordos superiores dos remates (LNEC - ITE 33, 2002); a base do remate deve levar um cordão flexível a contornar a tubagem, para dessolidarização do revestimento de impermeabilização, e a protecção do bordo superior pode ser feita através de cintagem e aperto nessa zona (Fig. 5.31); o seu registo é feito na célula U74; Fig Remate com parede de bordo em rufo de zinco Fig Remate da impermeabilização com tubagem emergente (LNEC - ITE 33, 2002) mansardas; o seu registo é feito na célula F76; janelas de sótão; o seu registo é feito na célula F78; clarabóias; o seu registo é feito na célula F79; caixilharias de madeira; o seu registo é feito na célula L76; caixilharias de alumínio; o seu registo é feito na célula L78; caixilharias de aço; o seu registo é feito na célula L79; caixilharias de PVC; o seu registo é feito na célula L81; envidraçados com vidro simples; o seu registo é feito na célula U76; envidraçados com vidros duplos; o seu registo é feito na célula U78; envidraçados com vidro aramado; o seu registo é feito na célula U79; 39

56 5. Fichas de inspecção do tipo C envidraçados com policarbonato; o seu registo é feito na célula U81; envidraçados com acrílico; o seu registo é feito na célula U82; caleiras recuadas (Fig. 5.32); devem possuir ralos de pinha e é aconselhável que tenham um descarregador de superfície; o seu registo é feito na célula F83; Fig Caleira recuada ralos de pinha em tubos de queda de caleiras recuadas, (Fig. 5.33); o seu registo é feito na célula J83; Fig Ralo de pinha em PVC descarregador de superfície; é aconselhável a sua aplicação em tubos de queda, como prevenção; o seu registo é feito na célula P83; caleiras exteriores; o seu registo é feito na célula F84; ralos de pinha em tubos de queda de caleiras exteriores; o seu registo é feito na célula J Ficha de inspecção C/CI2 da cobertura inclinada Na abertura da ficha de inspecção C/CI2 (Anexo 1), deve-se seleccionar em actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados Anomalias e causas Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detectadas em coberturas inclinadas e as suas causas possíveis (prováveis teóricas). 40

57 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 A acessibilidade à cobertura é a metodologia indicada para proceder à inspecção. Quando não houver acessibilidade, ou as condições de segurança o não aconselhem, as anomalias deverão ser registadas pela inspecção visual exterior (total ou parcial). Neste caso, as anomalias que não forem visíveis serão registadas com a pontuação 2 (não se sabe). A inexistência de uma anomalia com a pontuação 0 (não tem) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a existência de uma anomalia, deve registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas resultantes da avaliação do projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida. Anomalia 1 (Inclinação insuficiente da cobertura) A inclinação insuficiente da cobertura prejudica o escoamento das águas pluviais, facilitando a sua infiltração, a acumulação de lixos, musgos e outros agentes com interferência na eficácia de funcionamento da cobertura (APICC, 1998). O projectista deve indicar a inclinação mínima em função da situação de exposição, da zona climática e do tipo de telha a aplicar. Uma omissão de projecto, uma deficiente execução ou o não cumprimento do projecto poderão originar a ocorrência da anomalia. Para avaliação desta anomalia, compara-se o valor da inclinação, que foi registada na ficha C/CI1, com a inclinação mínima exigida. Na falta de tabelas de inclinações mínimas fornecidas pelos fabricantes, as inclinações mínimas para coberturas ordinárias com telhas cerâmicas, sem forro e que não tenham dispositivos de estanqueidade, são as indicadas no Quadro 5.1 (APICC, 1998). As telhas de canudo sem encaixe longitudinal deverão ter um recobrimento de acordo com o expresso no Quadro 5.2. Quando se utiliza um forro sob as telhas de encaixe, a inclinação pode ser reduzida para 1/7 (D.T.U ). Vertentes de inclinação superior ao indicado no Quadro 5.1 necessitam de uma análise particular. Os soletos são equiparados a telhas planas para efeito de avaliação da inclinação mínima. As telhas de betão são equiparadas à telha cerâmica que tenha configuração semelhante para avaliação da inclinação mínima. Os elementos de revestimento em fibrocimento, plástico, metálico e misto são equiparados às telhas com forro. O registo da anomalia é feito na célula M13 e as causas prováveis são registadas entre as células R13 e T13. 41

58 5. Fichas de inspecção do tipo C Quadro Inclinação mínima de suportes das coberturas (%) (APICC, 1998). Modelo de telha Exposição Desenvolvimento da vertente (m) Localização (2) (2) (3) Zona I Zona II Zona III Protegida Normal até 6,0 m Lusa Exposta Protegida Normal 6,0 a 10,0 m Exposta Protegida Normal até 6,0 m Marselha Exposta Protegida Normal 6,0 a 10,0 m Exposta Protegida Normal até 6,0 m Canudo (4) Exposta Protegida Normal 6,0 a 10,0 m Exposta Protegida Normal até 6,0 m Romana Exposta Protegida Normal 6,0 a 10,0 m Exposta Protegida Normal até 6,0 m Plana Exposta Protegida Normal 6,0 a 10,0 m Exposta (1) - Inclinação em centímetros por metro de projecção horizontal do suporte da cobertura e não da telha. (2) - Por definição de exposição e localização, ver (3) - Desenvolvimento em plano horizontal. (4) - Obriga ao respeito de recobrimentos especificados no Quadro 5.2. Quadro Recobrimentos mínimos em telhas canudo e romana (m) (APICC, 1998). Modelo de telha Localização (2) Zona I Zona II Zona III 0,14 0,15 0,15 Canudo / romana 0,16 0,16 0,16 0,16 0,17 0,17 Anomalia 2 (Inclinação excessiva da cobertura sem fixação adequada ao suporte) A anomalia 2 refere-se à inclinação excessiva da cobertura. São consideradas inclinações excessivas as que tiverem forte pendente e que não tenham fixações aos elementos de suporte, de forma a impedir o deslocamento e queda das telhas por acção do vento, ou de outros agentes (APICC, 1998). O registo da anomalia será feito na célula M14 e as causas prováveis serão registadas entre as células R14 e T14. Anomalia 3 (Diferenças de tonalidade nos elementos) Não se considera como anomalia as diferenças de tonalidade em coberturas (Fig. 5.34) 42

59 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 que se pretendeu tirar partido do efeito estético através de variações de tom nas telhas aplicadas. No entanto, para coberturas que tenham a exigência da mesma tonalidade pode já ser considerado como anomalia aparecerem telhas com tonalidade diferente na origem (aquisição de telhas em remessas diferentes ou com qualidade diferente). As acções ambientais e o envelhecimento natural são também razões que se prendem com a existência desta anomalia. Fig Diferenças de tonalidade devido acções ambientais e de envelhecimento O registo da anomalia será feito na célula M15 e as causas prováveis são registadas entre as células R15 e Y15. Anomalia 4 (ventilação da cobertura insuficiente) A ventilação insuficiente da cobertura pode resultar na maior parte das anomalias detectadas. A existência desta anomalia será registada quando houver apenas micro-ventilação (Fig. 5.34), ou não houver ventilação. A deficiente ventilação pode provocar descasque por acção do gelo-degelo, desenvolvimento de musgos e de verdete, maior possibilidade de condensações e a degradação da estrutura e materiais acessórios. No projecto, deve ser indicado o número adequado de telhas de ventilação, assim como o seu posicionamento (APICC) 1998). Na execução, o construtor deve executar as coberturas inclinadas segundo estas boas regras de execução. O registo da anomalia será feito na célula M16 e as causas prováveis são registadas entre as células R16 e T16. Anomalia 5 (Acumulação de detritos, plantas e vegetação parasitária) A acumulação de detritos, plantas e vegetação parasitária (Fig. 5.35) provoca um escoamento deficiente das águas pluviais, podendo resultar em infiltrações sob a cobertura devido à estagnação das águas. Esta anomalia poderá estar associada a deficiente concepção de projecto e de execução que propiciam a acumulação de detritos e de água, favorecendo o desenvolvimento de plantas e vegetação parasitá- 43

60 5. Fichas de inspecção do tipo C ria. Deverá ser efectuada uma manutenção regular da cobertura como complemento do bom funcionamento da cobertura (APICC, 1998), o que, na maioria dos casos, não se verifica. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004 para esta anomalia. Fig Acumulação de vegetação no beirado da cobertura (IPCC, 1998) O registo da anomalia será feito na célula M17 e as causas prováveis são registadas entre as células R17 e X17. Anomalia 6 (Acumulação de musgos / verdete) A acumulação de musgos / verdete (Figs e 5.37) resulta de problemas associados a escoamento insuficiente das águas pluviais, assim como à ventilação insuficiente das telhas. Tal permite que os microrganismos existentes no ambiente (musgos e algas) se desenvolvam na presença da água ou humidade através da radiação solar como fonte de energia. Por razões estéticas, deve ser efectuada uma manutenção regular da cobertura. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004, para esta anomalia. Fig Acumulação de musgos (APICC, 1998) Fig Acumulação de verdete O registo da anomalia é feito na célula M18 e as causas prováveis são registadas entre as células R18 e X18. Anomalia 7 (Zonas de concavidade / convexidade) As zonas de concavidade / convexidade de uma cobertura (Figs e 5.40), geral- 44

61 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 mente ligadas a problemas de deformação da estrutura, podem ocorrer devido a erros de projecto, de execução ou de falta de manutenção. A deformação excessiva dos elementos de madeira da estrutura é responsável pela perda de estanqueidade podendo progredir os fenómenos de degradação da madeira (INH - LNEC, 2006). Fig Acumulação de líquenes Fig Convexidade na zona do pilar Fig Deformação da cobertura (INH - LNEC, 2006) O registo da anomalia é feito na célula M19 e as causas prováveis são registadas entre as células R19 e W19. Anomalia 8 (desalinhamento / deslocamento dos elementos) O desalinhamento / deslocamento das telhas (Fig. 5.41) pode estar associado a erros de execução, por causas atmosféricas pouco comuns (ventos fortes), por aplicação de uma geometria de telhado pouco aconselhável - inclinação acentuada - (APICC, 1998), ou ainda por ausência / inadequação de manutenção. O registo da anomalia será feito na célula M20 e as causas prováveis serão registadas entre as células R20 e V20. Anomalia 9 (Sobreposição / encaixe deficiente dos elementos) Cada fabricante deve declarar, para cada modelo de fabrico, o número de telhas a colocar por m 2, bem como o recobrimento recomendado na sua aplicação (EN 1304). A insuficiente sobreposição das telhas (estanqueidade comprometida) ou a 45

62 5. Fichas de inspecção do tipo C excessiva sobreposição (Figs. 5.42, 5.43 e 5.44) prejudicam o correcto funcionamento da cobertura (APICC, 1998). Os espaçamentos do ripado fixados sem prévio estudo das telhas, ventos excepcionais ou ausência / deficiente manutenção podem ser causas prováveis. Fig Desalinhamento por erro de execução. Fig Sobreposição deficiente Fig Sobreposição insuficiente (IPCC, 1998) Fig Sobreposição excessiva (APICC, 1998) O registo da anomalia é feito na célula M21 e as causas prováveis são registadas entre as células R21 e V21. Anomalia 10 (Elementos descontínuos soltos) 46 Os elementos descontínuos soltos abrangem todos os revestimentos de uma cobertura inclinada. As causas são comuns às da anomalia anterior. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004 para esta anomalia.

63 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 O registo da anomalia é feito na célula M22 e as causas prováveis são registadas entre as células R22 e V22. Anomalia 11 (Elementos fracturados / fissurados) Os elementos fracturados / fissurados (Fig. 5.45) são pontos delicados da cobertura onde poderá haver infiltrações de água. A inexistência de percursos na cobertura para manutenção (erros de concepção), de casos de equipamentos colocados sobre as coberturas, queda de granizo, objectos pesados, ferramentas e movimentação de cargas, são causas a ter em conta para esta anomalia (APICC, 1998). Para esta anomalia, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, Fig Fractura de telha O registo da anomalia é feito na célula M23 e as causas prováveis são registadas entre as células R23 e Z23. Anomalia 12 (Descasques) Os descasques nas telhas cerâmicas (Figs e 5.47) ocorrem por acção do gelo. As telhas saturadas pela acção da chuva ou humidade podem ter uma secagem lenta por deficiente arejamento (ventilação). Com a ocorrência de variações de temperatura, frequentes e por espaços de tempo significativos, a massa de telha fica sujeita a ciclos de gelo-degelo. A água remanescente na massa de telha sofre variações de volume que podem provocar a destruição do corpo cerâmico, caso não seja permitida uma troca de calor e de humidade com o exterior (APICC, 1998). O registo da anomalia é feito na célula M24 e as causas prováveis são registadas entre as células R24 e U24. Anomalia 13 (Eflorescências) As eflorescências (Fig. 5.48) são exsudações de sais minerais solúveis em água - na maioria dos casos, sulfatos alcalinos - que cristalizam nos paramentos dos ele- 47

64 5. Fichas de inspecção do tipo C mentos de construção, dando origem a manchas de coloração em geral esbranquiçada. Para que ocorram, é necessário que a humidade esteja presente e que simultaneamente existam sais solúveis nos materiais de construção (INH - LNEC, 2006). O processo de formação das eflorescências resulta da dissolução dos sais solúveis pela água, da migração da água com sais em dissolução, através dos poros dos materiais, até à superfície do elemento de construção e a evaporação superficial da água, com a cristalização dos sais dissolvidos (INH - LNEC, 2006). Fig Início de descasque (APICC, 1998) Fig Aspecto de descasque (APICC, 1998) Fig Eflorescências O registo da anomalia é feito na célula M25 e as causas prováveis são registadas entre as células R25 e X25. Anomalia 14 (Fissuração rendilhada ou mapeada) Esta anomalia pode ocorrer no vidrado das telhas. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004 e Silvestre, O registo da anomalia é feito na célula M26 e as causas prováveis são registadas entre as células R26 e U26. Anomalia 15 (Desprendimento do vidrado) O desprendimento do vidrado é uma anomalia que tem o mesmo tipo de correlações anomalias / causas da anomalia O registo da anomalia é feito na célula M27 e as causas prováveis são registadas entre as células R27 e U27.

65 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Anomalia 16 (Deficiência de remate de cumeeira / rincões) As cumeeiras devem impedir a penetração de água e permitir a ventilação da cobertura. Devem ser assentes de modo que o recobrimento seja feito no sentido preponderante da chuva. A deficiência de remate em cumeeira / rincões (Figs. 5.49, 5.50 e 5.51) está associada ao uso excessivo de argamassa na aplicação de telhões de cumeeira, que pode resultar no aparecimento de fissuras e até fendas na argamassa (material com características de higroscopicidade inferiores às das telhas cerâmicas), por onde se registam infiltrações de humidade, ao impedimento da ventilação pela cumeeira e à aplicação da argamassa na sobreposição de telhões (APICC, 1998). Fig Argamassa dispensável na sobreposição de telhões (APICC, 1998) Fig Argamassa excessiva na linha de cumeeira Fig Cumeeira impermeabilizada impedindo a ventilação da cobertura Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, O registo da anomalia é feito na célula M28 e as causas prováveis são registadas entre as células R28 e W28. Anomalia 17 (Deficiência de remates em chaminés) Os remates em chaminés, assimiláveis aos das paredes emergentes, são em geral resolvidos com recurso a rufagem com chapas metálicas ou com bandas flexíveis autocolantes realizadas com materiais sintéticos, eventualmente reforçados com metais (Fig. 5.24) - APICC, De um modo geral, estas anomalias (Fig. 49

66 5. Fichas de inspecção do tipo C 5.52) estão associadas à inexistência de pormenorização ou à execução do remate com materiais inadequados (colagem de telas asfálticas às telhas e às paredes da chaminé sem rufo de protecção no bordo superior). Fig Remate inadequado com tela asfáltica O registo da anomalia é feito na célula M29 e as causas prováveis são registadas entre as células R29 e W29. Anomalia 18 (Deficiências de remates com paredes emergentes / platibandas) Os remates com paredes emergentes são usualmente feitos com rufos metálicos (Fig. 5.25) ou com revestimentos de impermeabilização (Fig. 5.26). Este tipo de anomalias (Fig. 5.53) está associado, normalmente, a erros de concepção e a erros de execução. Uma ausência / inadequação de manutenção também pode ocorrer. Fig Remate inadequado da telha com a parede O registo da anomalia é feito na célula M30 e as causas prováveis são registadas entre as células R30 e W30. Anomalia 19 (Deficiências de remates no coroamento de platibandas) Os remates com platibandas são do mesmo tipo dos de paredes emergentes, tendo o mesmo tipo de anomalias (Fig. 5.54) e correlação anomalias / causas. O registo da anomalia é feito na célula M31 e as causas prováveis são registadas entre as células R31 e W31. 50

67 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Inexistência de rufo no bordo da impermeabilização Anomalia 20 (Deficiência de remates com paredes de bordo) Os remates com paredes de bordo (cumeeira, rufagem ou revestimento de impermeabilização) apresentam o mesmo tipo de anomalias (Fig. 5.55) e correlação anomalias / causas das anomalias 18 e 19. Fig Manutenção inadequada em paredes de bordo O registo da anomalia é feito na célula M32 e as causas prováveis são registadas entre as células R32 e W32. Anomalia 21 (Deficiência de remates em tubagens emergentes) Os remates em tubagens emergentes são pontos sensíveis à penetração de água se não forem bem executados (Fig. 5.31). A deficiência desses remates apresenta o mesmo tipo de anomalias (Fig. 5.55) e correlação anomalias / causas das anomalias 18 e 19 e 20. O registo da anomalia será feito na célula M33 e as causas prováveis serão registadas entre as células R33 e W33. Anomalia 22 (Deficiências de remates em larós) Os remates em larós (Fig. 5.29) devem assegurar o escoamento perfeito das águas pluviais necessitando, por isso, de uma limpeza anual. A deficiência de remates em larós (Fig. 5.56) está normalmente associada a erros de concepção e execução, 51

68 5. Fichas de inspecção do tipo C podendo existir uma ausência / inadequação de manutenção. Fig Inexistência de cinta de aperto na impermeabilização O registo da anomalia é feito na célula M34 e as causas prováveis são registadas entre as células R34 e W34. Anomalia 23 (Deficiência de remates em beirais / beirados) A deficiência de remates em beirais / beirados (Figs e 5.58) está também associada a erros de concepção e execução, podendo existir uma ausência / inadequação de manutenção. Fig Ausência de manutenção no beirado Fig ª telha cortada no beiral O registo da anomalia é feito na célula M35 e as causas prováveis são registadas entre as células R35 e W35. 52

69 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Anomalia 24 (Deficiências de remates com janelas de sótão / clarabóias) Nos remates de janelas de sótão / clarabóias, tal como nas chaminés, deve-se assegurar o encaminhamento das águas no seu contorno. Estas anomalias (Fig. 5.59) estão, regra geral, associadas à inexistência de pormenorização, à execução do remate sem rufagem ou à ausência / inadequação de manutenção. Fig Ausência de rufagem no remate da clarabóia O registo da anomalia é feito na célula M36 e as causas prováveis são registadas entre as células R36 e W36. Anomalia 25 (Deficiências em caleiras recuadas) Os revestimentos de impermeabilização das caleiras devem ser colocados no sentido da pendente da caleira (LNEC - ITE 33, 2002). As principais anomalias nestes pontos singulares (Fig. 5.60) podem estar associadas a erros de concepção da caleira / omissão de pormenor - secção insuficiente para escoamento, pendente insuficiente (manchas de água indiciam esta anomalia) - e a erros de execução (reduzida pendente, altura insuficiente de murete interior, produtos de colagem insatisfatórios ou a deficiente execução da colagem) e a ausência / inadequação de manutenção. Fig Autoprotecção da impermeabilização deteriorada O registo da anomalia é feito na célula M37 e as causas prováveis são registadas entre as células R37 e Y37. 53

70 5. Fichas de inspecção do tipo C Anomalia 26 (Deficiências em caleiras exteriores) As deficiências em caleiras exteriores (Fig. 5.61) podem estar relacionadas com erros de concepção / omissão de pormenor e de execução, na aplicação de materiais inadequados e na ausência de manutenção. Fig Pintura deteriorada e suportes com corrosão O registo da anomalia é feito na célula M38 e as causas prováveis são registadas entre as células R38 e AA38. Anomalia 27 (Inexistência de ralos de pinha em caleiras) A inexistência de ralos de pinha em caleiras (Fig. 5.62) está normalmente associada à inexistência de pormenor, à execução inadequada da caleira e à ausência / inadequação de manutenção. Fig Inexistência de ralo de pinha O registo da anomalia é feito na célula M39 e as causas prováveis são registadas entre as células R39 e T39. Anomalia 28 (Deficiências de remates em juntas de dilatação) As juntas de dilatação em coberturas inclinadas estão normalmente localizadas em remates sobreelevadas (juntas entre muretes) ou entre edifícios de altura diferente. As suas causas estão essencialmente relacionadas com defeitos de concepção (LNEC - ITE 33, 2002). 54

71 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Nos remates sobreelevados, a junta pode ter um empanque flexível e ser coberta com um material de revestimento impermeável com autoprotecção (Fig a)), ou ter um material compressível com um capeamento em chapa metálica ou pedra (Fig b)). A probabilidade de ocorrência de fissuração nos remates ou de deslocamentos das suas juntas de sobreposição é elevada se não se interpuser uma camada dessolidarizante - feltro de poliéster ou fibra de vidro (LNEC - ITE 33, 2002). Empanque flexível a) b) Remate Chapa ou pedra Material compressível Fig Exemplos de soluções construtivas dum remate em junta sobreelevada (LNEC - ITE 33, 2002) Em relação às juntas entre edifícios, o remate deve ser realizado de modo a que os movimentos relativos entre edifícios não sejam transmitidos (Fig. 5.64). Fig Esquema de uma solução construtiva de remate em junta entre edifícios (LNEC - ITE 33, 2002) O registo da anomalia é feito na célula M40 e as causas prováveis são registadas entre as células R40 e W40. Anomalia 29 (Degradação de chapas metálicas / plásticas) A degradação de chapas metálicas / plásticas (Fig. 5.65) podem estar relacionadas com deformações, fracturas, corrosões e degradação dos revestimentos. Regra geral, as causas estão normalmente relacionadas com prescrição de materiais omissa ou deficiente, utilização inadequada de materiais e ausência / inadequação de manutenção. Os choques e vandalismo poderão ser, eventualmente, considerados. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves,

72 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Corrosão e manutenção inadequada O registo da anomalia é feito na célula M41 e as causas prováveis são registadas entre as células R41 e Z41. Anomalia 30 Os elementos de fixação e guarda-corpos metálicos estão sujeitos à corrosão devida às acções ambientais (Fig. 5.66) e ocorrem com mais frequência em materiais inadequados. A ausência ou inadequada manutenção também é responsável por esta anomalia. Fig Corrosão de elementos de fixação Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, O registo da anomalia é feito na célula M42 e as causas prováveis são registadas entre as células R42 e Z42. Anomalia 31 (Corrosão / apodrecimento de caixilharias de janelas de sótão / clarabóias) As caixilharias de janelas de sótão / clarabóias são susceptíveis de corrosão e apodrecimento de caixilharias devido às acções ambientais (Fig. 5.67) e ocorrem com mais frequência em materiais inadequados. A ausência ou inadequada manutenção também é responsável por esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M43 e as causas prováveis são registadas 56

73 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 entre as células R43 e Z43. Fig Corrosão em caixilho de clarabóia Anomalia 32 (Reparações com produtos betuminosos em elementos descontínuos) Os elementos descontínuos - telhas e chapas metálicas ou plásticas - deteriorados das coberturas inclinadas (Fig. 5.68) devem ser substituídos e não reparados com produtos betuminosos. Fig Reparação com tela betuminosa O registo da anomalia é feito na célula M44 e as causas prováveis são registadas entre as células R44 e Z Ficha de inspecção C/CI3 da cobertura inclinada Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/CI2. Na abertura da ficha de inspecção C/CI3, deve-se seleccionar actualizar (actualização de dados) e continuar. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classificações das anomalias. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualizações. 57

74 5. Fichas de inspecção do tipo C 5.4 Ficha de inspecção C/CT1 da cobertura em terraço Na avaliação das coberturas em terraço (característica / tipologia / anomalias), considerou-se o Modelo de inquérito-tipo para a avaliação do desempenho de coberturas em terraço (Grandão Lopes - LNEC, 2000). Nesta ficha de inspecção C/CT1 (Anexo 1), os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização. Na abertura da ficha de inspecção, deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados) e continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados. As células onde são registadas as ocorrências têm a pontuação 0 (não). Nas inspecções, serão registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção dos registos apropriados para as células espessura (cm) da estrutura de suporte e camada de isolamento térmico e pendente (%) da camada de forma Forma e visualização da cobertura Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: cobertura não acessível (acessível só para manutenção); o seu registo é feito na célula P12; cobertura acessível a pessoas; o seu registo é feito na célula P13; cobertura acessível a veículos ligeiros; o seu registo é feito na célula P14; cobertura acessível a veículos pesados; o seu registo é feito na célula P15; terraço-jardim; o seu registo é feito na célula P16; cobertura especial (densidade elevada de equipamento electromecânico / tubagens); o seu registo é feito na célula P Forma e visualização da cobertura Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: laje maciça de betão armado; o seu registo é feito na célula H22; laje aligeirada de betão armado; o seu registo é feito na célula H23; 58

75 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 perfis metálicos; o seu registo é feito na célula Q22; pisos de madeira ou seus derivados; o seu registo é feito na célula Q23; outra solução; o seu registo é feito na célula V22; espessura (cm); o seu registo é feito na célula V Camada de forma No caso de se registar na célula da camada de forma a pontuação 2 (não se sabe), as células dos tipos de camada de forma são, automaticamente, registadas com essa pontuação, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada de forma, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Em terraços que funcionem como lajes de tecto de habitação, pode-se registar a visualização da camada de forma com o auxílio de um aparelho de nível colocado no pavimento. Nesses casos, se o aparelho de nível demonstrar que existe inclinação, dá-se a pontuação 1 (sim) na camada de forma e na visualização, e a pontuação 2 (não se sabe) em todos os tipos de camada de forma, se não for conhecida a sua tipologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: camada de forma; o seu registo é feito na célula E26; projecto; o seu registo é feito na célula E29; visualização; o seu registo é feito na célula E30; informação oral; o seu registo é feito na célula E31; betão de agregados leves; o seu registo é feito na célula P29; betonilha; o seu registo é feito na célula P30; pendente dada pela estrutura resistente; o seu registo é feito na célula P31; outra solução; o seu registo é feito na célula P32; pendente (%); o seu registo é feito na célula P Barreira pára-vapor Se à barreira pára-vapor for dada a pontuação 1 (sim) ou 2 (não se sabe), regista-se, com a pontuação 1 (sim), qual foi a informação obtida (projecto, informação oral e/ou visualização). 59

76 5. Fichas de inspecção do tipo C Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: barreira pára-vapor; o seu registo é feito na célula H35; projecto; o seu registo é feito na célula D38; visualização; o seu registo é feito na célula K38; informação oral; o seu registo é feito na célula S38; Camada de isolamento térmico No caso de se registar na célula da camada de isolamento térmico a pontuação 2 (não se sabe), as células dos tipos de isolamento térmico são, automaticamente, registadas com essa pontuação, bem como as células dos locais onde são colocados (sob a impermeabilização e sobre a impermeabilização), devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada de isolamento térmico, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: camada de isolamento térmico; o seu registo é feito na célula I41; projecto; o seu registo é feito na célula D44; visualização; o seu registo é feito na célula D45; informação oral; o seu registo é feito na célula D46; sob a impermeabilização; o seu registo é feito na célula F48; sobre a impermeabilização; o seu registo é feito na célula F49; betão de agregados leves; o seu registo é feito na célula O44; betão celular; o seu registo é feito na célula O45; poliestireno expandido moldado; o seu registo é feito na célula O46; poliestireno expandido extrudido; o seu registo é feito na célula O47; espuma rígida de poliuretano; o seu registo é feito na célula O48; perlite (tipo de vidro vulcânico que ao ser moído e aquecido a 871 ºC expande-se, formando bolhas no seu interior, tornando-o num bom isolante térmico e acústico de baixo peso específico) ou vermiculite expandida (mineral tipo mica que ao ser submetido a uma temperatura de aproximadamente 1100 ºC expande-se, formando 60

77 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 aproximadamente 26 vezes o tamanho inicial que ao aprisionar milhares de células de ar o tornam num isolante térmico e acústico extremamente leve); o seu registo é feito na célula O49; fibras, partículas ou aparas de madeira; o seu registo é feito na célula O50; lã de vidro; o seu registo é feito na célula O51; lã de rocha; o seu registo é feito na célula O52; aglomerado de cortiça; o seu registo é feito na célula V46; painéis de vidro celular; o seu registo é feito na célula V47; painéis mistos; o seu registo é feito na célula V48; outra solução; o seu registo é feito na célula V49; espessura (cm); o seu registo é feito na célula V Camada de dessolidarização No caso de se registar na célula da camada de dessolidarização a pontuação 2 (não se sabe), as células dos tipos de camada de dessolidarização são, automaticamente, registadas com essa pontuação, bem como as células dos locais onde são colocados (sob a impermeabilização e sobre a impermeabilização), devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada de dessolidarização, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: camada de dessolidarização; o seu registo é feito na célula I55; projecto; o seu registo é feito na célula D61; visualização; o seu registo é feito na célula D62; informação oral; o seu registo é feito na célula D63; sob a impermeabilização; o seu registo é feito na célula M58; feltro de fibra de vidro contínuo; o seu registo é feito na célula V58; feltro de fibra de vidro perfurado; o seu registo é feito na célula V59; feltro de poliéster; o seu registo é feito na célula V60; manta de geotêxtil; o seu registo é feito na célula V61; 61

78 5. Fichas de inspecção do tipo C filme de plástico; o seu registo é feito na célula V62; outra solução; o seu registo é feito na célula V63; não existe esta camada; o seu registo é feito na célula V64; não se conhece a solução; o seu registo é feito na célula V65; sobre a impermeabilização; o seu registo é feito na célula M67; feltro de fibra de vidro contínuo; o seu registo é feito na célula V67; feltro de poliéster; o seu registo é feito na célula V68; manta de geotêxtil; o seu registo é feito na célula V69; filme de plástico; o seu registo é feito na célula V70; camada de areia; o seu registo é feito na célula V71; outra solução; o seu registo é feito na célula V72; não existe esta camada; o seu registo é feito na célula V73; não se conhece a solução; o seu registo é feito na célula V Camada filtrante (para terraços-jardim) Em terraços-jardim (Fig Ecocasa), se a célula da camada filtrante tiver a pontuação 2 (não se sabe), as células dos tipos de camada filtrante são, automaticamente, registadas com essa pontuação, bem como as células dos locais onde são colocados (sob a impermeabilização e sobre a impermeabilização), devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada filtrante (para terraços-jardim), pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Fig Localização de camada filtrante (manta de geotêxtil) em terraço-jardim Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: camada filtrante (para terraços-jardim); o seu registo é feito na célula K77; projecto; o seu registo é feito na célula D80; 62

79 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 visualização; o seu registo é feito na célula D81; informação oral; o seu registo é feito na célula D82; feltro de poliéster; o seu registo é feito na célula K80; manta de geotêxtil; o seu registo é feito na célula K81; outra solução; o seu registo é feito na célula K Ficha de inspecção C/CT2 da cobertura em terraço Nesta ficha de inspecção C/CT2 (Anexo 1), continua-se a avaliar a cobertura em terraço, iniciada na ficha C/CT1, dando-se continuidade à numeração dos campos de avaliação. Os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização. Na abertura da ficha de inspecção, deve-se seleccionar em actualizar (preenchimento de novos dados) e continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados. As células onde são registadas as ocorrências têm a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção dos registos apropriados para as células espessura (cm) da camada drenante (para terraços-jardim) e protecção e acabamento e altura aproximada do remate (cm) em remates da impermeabilização com platibandas ou paredes emergentes Camada drenante (para terraços-jardim) No caso de se registar na célula da camada drenante (para terraços-jardim) a pontuação 2 (não se sabe), as células dos tipos de camada drenante são, automaticamente, registadas com essa pontuação, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada drenante (para terraços-jardim), pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: camada drenante (para terraços-jardim); o seu registo é feito na célula J10; projecto; o seu registo é feito na célula E15; visualização; o seu registo é feito na célula E16; 63

80 5. Fichas de inspecção do tipo C informação oral; o seu registo é feito na célula E17; calhau rolado; o seu registo é feito na célula O13; agregado britado; o seu registo é feito na célula O14; painéis de poliestireno expandido nervurados; o seu registo é feito na célula O15; placas de plástico nervuradas e perfuradas; o seu registo é feito na célula O16; outra solução; o seu registo é feito na célula O17; não existe esta camada; o seu registo é feito na célula O18; não se conhece a solução; o seu registo é feito na célula O19; espessura (cm); o seu registo é feito na célula S Materiais de base da impermeabilização No caso de se registar na célula de materiais de base da impermeabilização a pontuação 2 (não se sabe), as células dos tipos de materiais são, automaticamente, registadas com essa pontuação, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir materiais de base da impermeabilização, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: materiais de base da impermeabilização; o seu registo é feito na célula K22; projecto; o seu registo é feito na célula E26; visualização; o seu registo é feito na célula E27; informação oral; o seu registo é feito na célula E28; membranas betuminosas (produto prefabricado tradicional, armado - tela ou feltro - ou não, constituído por mistura betuminosa e materiais de acabamento (LNEC, ITE 34)); o seu registo é feito na célula N25; membranas sintéticas (produto prefabricado não tradicional constituído por membranas de betumes-polímeros - mistura betuminosa modificada por um p polímero de polipropileno atáctico, resultando nas membranas de betumepolímero APP, ou por um polímero de estireno-butadieno-estireno, dando origem às membranas de betume-polímero SBS; membranas termoplásticas - membranas em PVC plastificado e membranas de EIP; membranas elastoméricas, vulcaniza- 64

81 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 das ou não vulcanizadas; entre as vulcanizadas em fábrica contam-se as EPDM, monómero de etileno-propileno-dieno, as de borracha butílica e as de neoprene; das membranas não vulcanizadas em fábrica, referem-se as de polietileno clorosulfonado, CSPE, as de polietileno clorado, CPE, e as de polisobutileno, PIB (LNEC, ITE 34)); o seu registo é feito na célula N26; produtos líquidos de base betuminosa (emulsões betuminosas - usadas nas coberturas fundamentalmente como produto de impregnação de suportes porosos ou como camadas de sistemas de impermeabilização aplicados in situ ; pinturas betuminosas - utilizadas, quer como primário, produto de tratamento da superfície de aderência de sistemas de impermeabilização com base em materiais betuminosos, quer como produto de protecção desses sistemas, aplicado sobre a última camada; produtos betuminosos modificados - adicionadas pequenas quantidades de aditivos, em geral resina, que permitem melhorar ligeiramente algumas das suas características -; cimento vulcânico (resultante da mistura de breu de alcatrão de hulha com enxofre, resinas e outros aditivos, tal como o fíler, com aplicações idênticas às do alcatrão (LNEC, ITE 34)); o seu registo é feito na célula N27; produtos líquidos sintéticos ( os produtos líquidos ou em pasta utilizados na preparação de sistemas não-tradicionais aplicados in situ são de natureza diversa, tendo no entanto, em geral, como base, uma resina, entre as quais são correntes as de polietileno clorosulfonado, de policloropreno, de poliuretano, de poliéster não saturadas, epóxidas, vinílicas e acrílicas (LNEC, ITE 34)); o seu registo é feito na célula N28; outra solução; o seu registo é feito na célula N Protecção e acabamento No caso de se registar na célula de protecção e acabamento a pontuação 2 (não se sabe), as células do tipo de protecção e acabamento são, automaticamente, registadas com essa pontuação, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir protecção e acabamento, pontuação 1 (sim), utilizase a mesma metodologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: protecção e acabamento; o seu registo é feito na célula I32; 65

82 5. Fichas de inspecção do tipo C projecto; o seu registo é feito na célula D35; visualização; o seu registo é feito na célula L35; informação oral; o seu registo é feito na célula S35; autoprotecção da membrana betuminosa (folha de alumínio, granulado de xisto, granulado de ardósia, granulado de areia, etc.); o seu registo é feito na célula I37; camada de terra vegetal; o seu registo é feito na célula I38; agregado grosso; o seu registo é feito na célula I39; lajetas de betão; o seu registo é feito na célula I40; ladrilhos cerâmicos sobre betonilha; o seu registo é feito na célula S37; ladrilhos hidráulicos sobre betonilha; o seu registo é feito na célula S38; painel sanduíche de betão e isolante térmico; o seu registo é feito na célula S39; outra solução; o seu registo é feito na célula S40; espessura (cm); o seu registo é feito na célula S Remates da impermeabilização No caso de se registar, na célula de remates da impermeabilização, a pontuação 2 (não se sabe), as células dos locais onde se registam os remates são, automaticamente, registadas com essa pontuação, bem como as tipologias dos remates, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir remates da impermeabilização, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia. Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos: remates da impermeabilização; o seu registo é feito na célula I44; com platibandas ou paredes emergentes; o seu registo é feito na célula J47; com platibandas ou paredes emergentes; o seu registo é feito na célula J47; projecto; o seu registo é feito na célula E50; visualização; o seu registo é feito na célula E51; informação oral; o seu registo é feito na célula E52; 66

83 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 altura aproximada do remate (cm); o seu registo é feito na célula M49; ficou aparente e colado ao paramento; o seu registo é feito na célula M50; ficou recoberto com um rufo; o seu registo é feito na célula M51; ficou colado sobre um rufo; o seu registo é feito na célula M52; outra solução; o seu registo é feito na célula M53; com coroamento de platibanda; o seu registo é feito na célula H55; projecto; o seu registo é feito na célula E59; visualização; o seu registo é feito na célula E60; informação oral; o seu registo é feito na célula E61; reveste o paramento vertical e o seu coroamento; o seu registo é feito na célula O57; com um capeamento em chapa metálica, o seu registo é feito na célula O58; com um capeamento de pedra ou betão; o seu registo é feito na célula O59; com revestimento de ligante sintético; o seu registo é feito na célula O60; com uma camada de argamassa pintada; o seu registo é feito na célula O61; outra solução; o seu registo é feito na célula O62; em juntas de dilatação; o seu registo é feito na célula G64; projecto; o seu registo é feito na célula E67; visualização; o seu registo é feito na célula E68; informação oral; o seu registo é feito na célula E69; com o sistema de impermeabilização da zona corrente; o seu registo é feito na célula R66; com materiais distintos da zona corrente; o seu registo é feito na célula R67; colocado um cordão comprimido na junta para suporte do remate; o seu registo é feito na célula R68; colocada sobre a junta uma banda de dessolidarização do remate; o seu registo é feito na célula R69; 67

84 5. Fichas de inspecção do tipo C impermeabilização da zona corrente não interrompida na junta; o seu registo é feito na célula R70; outra solução; o seu registo é feito na célula R71; com soleiras de portas; o seu registo é feito na célula G73; projecto; o seu registo é feito na célula E75; visualização; o seu registo é feito na célula E76; informação oral; o seu registo é feito na célula E77; com tubos de queda; o seu registo é feito na célula N73; projecto; o seu registo é feito na célula M75; visualização; o seu registo é feito na célula M76; informação oral; o seu registo é feito na célula M77; com caleiras; o seu registo é feito na célula S73; projecto; o seu registo é feito na célula S75; visualização; o seu registo é feito na célula S76; informação oral; o seu registo é feito na célula S77; com base de apoio de equipamento diverso; o seu registo é feito na célula J79; projecto; o seu registo é feito na célula E81; visualização; o seu registo é feito na célula E82; informação oral; o seu registo é feito na célula E83; com tubagens emergentes; o seu registo é feito na célula R79; projecto; o seu registo é feito na célula P81; visualização; o seu registo é feito na célula P82; informação oral; o seu registo é feito na célula P Ficha de inspecção C/CT3 da cobertura em terraço Na abertura da ficha de inspecção C/CT3 (Anexo 1) deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do 68

85 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados. Esta ficha de inspecção contém parte das anomalias (1 a 28) / causas da cobertura em terraço, uma vez que não foi possível preencher a sua totalidade por falta de espaço. A ficha de inspecção C/CT4 completará as anomalias / causas da cobertura em terraço Anomalias e causas Segundo LNEC, ITE 33, geralmente apenas se dá conta da existência de anomalias na cobertura em terraço, quando se verificam manifestações de humidade no interior dos espaços subjacentes. Embora essas ocorrências tenham maior incidência nos espaços do edifício que têm como tecto a cobertura, em edifícios em altura, podem não se restringir a essas zonas e manifestarem-se também (ou, nalguns casos, apenas) em pisos intermédios. No preenchimento desta ficha de inspecção, bem como da ficha C/CT4, será sempre desejável, sempre que tal se manifeste possível, um contacto não só com os intervenientes na aplicação das várias camadas da cobertura mas também com os ocupantes do edifício, especialmente os do último piso. Estes últimos são geralmente aqueles que têm mais presente o historial das anomalias que se verificam ou verificaram no interior do edifício, o qual ajudará certamente a estabelecer as relações de causa-efeito que serão úteis para a definição das soluções de reparação, se para tal houver necessidade. Tal como nas coberturas inclinadas, deverá ser efectuada uma manutenção regular da cobertura em terraço como complemento do bom funcionamento da cobertura. Em terraços-jardim, torna-se necessário proteger a impermeabilização contra acções perfurantes das raízes das espécies vegetais plantadas e, por outro, à aplicação de novas camadas sobre a impermeabilização e à circulação do respectivo equipamento. A camada de protecção rígida, que é sempre necessária em sistemas de impermeabilização tradicionais, pode ser dispensada em sistemas de concepção mais recente, em virtude das novas formulações das membranas que constituem esses sistemas. De facto, nos sistemas de impermeabilização tradicionais constituídos com base em asfaltos aplicados in situ, ou em sistemas de camadas múltiplas de feltros ou telas betuminosos, a camada de protecção rígida deve ser formada por uma betonilha com pelo menos 30 mm de espessura aplicada sobre um material de dessolidarização apropriado. Os sistemas de impermeabilização mais recentes (revestimentos nãotradicionais) com base em membranas betuminosas - de betume modificado ou não - incorporam na mistura betuminosa dessas membranas produtos que têm uma acção repelente sobre as raízes das plantas e, portanto, evitam o contacto destas com os materiais da impermeabilização, eliminando assim a possibilidade da sua perfuração (LNEC, ITE 34). 69

86 5. Fichas de inspecção do tipo C Nesta ficha de inspecção, bem como na ficha C/CT4, apresenta-se uma listagem de anomalias em coberturas em terraço baseada no Modelo de inquérito-tipo para avaliação do desempenho de coberturas em terraço - Grandão Lopes, LNEC, e a listagem das causas possíveis (prováveis teóricas) é baseada em LNEC, ITE 33. No caso das anomalias não serem visíveis, ou não houver informação, serão registadas com a pontuação 2 (não se sabe). A inexistência de uma anomalia com a pontuação 0 (não tem) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a existência de uma anomalia, deve registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas resultantes da avaliação do projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida. Anomalia 1 (Acumulação de detritos, objectos, plantas e vegetação parasitária) A acumulação de detritos (Fig. 5.70) e objectos poderá estar associada a ausência / inadequação de manutenção que poderá provocar um deficiente escoamento das águas pluviais e provocar a perfuração das telas de impermeabilização. A existência de plantas e vegetação (Fig INH - LNEC, 2006) parasitária indicia a existência de uma humidade permanente, por deficiência de pendente, e também uma ausência / inadequação de manutenção. Esta anomalia poderá estar também associada a deficiente concepção de projecto e de execução que propiciam a acumulação de detritos e de água, favorecendo o desenvolvimento de plantas e vegetação parasitária. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Fig Acumulação de detritos O registo da anomalia é feito na célula M14 e as causas prováveis são registadas entre as células R14 e W14. Anomalia 2 (Acumulação de musgos / verdete) Na acumulação de musgos / verdete (Fig. 5.72), foram consideradas as causas da ano- 70

87 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 malia 1. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Fig Desenvolvimento de vegetação sobre cobertura em terraço e junto a platibanda (INH - LNEC, 2006) Fig Acumulação de verdete O registo da anomalia é feito na célula M15 e as causas prováveis são registadas entre as células R15 e W15. Anomalia 3 (Acumulação de água ou manchas que o indiciem) Os sistemas de impermeabilização tradicionais com base em camadas múltiplas de telas ou feltros betuminosos constituem um dos revestimentos sensíveis à acção prolongada da água, especialmente quando a armadura daqueles feltros é de natureza orgânica. Relativamente à acção da água sobre sistemas de impermeabilização nãotradicionais, refira-se o levantamento efectuado na região de Estocolmo sobre o estado de 74 coberturas em terraço onde tinham sido aplicados, há pelo menos 10 anos, sistemas de impermeabilização independentes com membranas de borracha butílica protegidas com calhau rolado. A presença prolongada da água na superfície corrente duma cobertura é devida, ou à reduzida pendente da mesma, ou à conformação insatisfatória da camada de forma (Fig. 5.73). A retenção de água é também muitas vezes motivada por disposições construtivas inadequadas nas zonas das embocaduras (Fig. 5.74), LNEC, ITE 33. Foram pon- 71

88 5. Fichas de inspecção do tipo C deradas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Fig Acumulação de água junto a platibanda Fig Acumulação de água na zona da embocadura A acumulação de água ou manchas que o indiciem estão, normalmente, associadas a ausência / inadequação da inclinação da camada de forma ou da própria laje (a pendente é assegurada pela inclinação da laje). O registo da anomalia é feito na célula M16 e as causas prováveis são registadas entre as células R16 e U16. Anomalia 4 (Fissuração generalizada) A acção do calor sobre os revestimentos de impermeabilização produz efeitos mais ou menos significativos, consoante a sua natureza e as condições da sua aplicação (existência ou não de protecção, modo de ligação ao suporte, natureza deste, entre outras). Um dos efeitos da elevação da temperatura sobre os materiais betuminosos, é a perda progressiva das matérias voláteis que entram na constituição da maioria desses materiais, a qual provoca o seu endurecimento, retracção e consequente fissuração (Fig. 5.75). Estes fenómenos são naturalmente agravados por efeito da radiação ultravioleta. Em relação a revestimentos de impermeabilização não-tradicionais, tal como acontece para as membranas tradicionais, também se verifica perda de ductilidade por acção do calor. No caso, por exemplo, das membranas de PVC a redução da ductilidade deve-se fundamentalmente à perda do plastificante que é incorporado na resina no 72

89 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 processo de fabrico. Os ciclos de humidificação - secagem, conjugados com a acção atmosférica e o calor, têm efeitos sobre os sistemas de impermeabilização (LNEC, ITE 33). O envelhecimento natural é uma causa a considerar. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Fig Fissuração generalizada dum revestimento betuminoso (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M21 e as causas prováveis são registadas entre as células R21 e Y21. Anomalia 5 (Fissuras localizadas) Uma outra camada que contribui frequentemente para o aparecimento de fissuração no sistema de impermeabilização é o seu suporte. A sua intervenção neste fenómeno patológico pode dever-se à natureza do material que o constitui, ao processo de ligação do revestimento de impermeabilização e à camada subjacente e às disposições construtivas adoptadas em zonas particulares do suporte em questão. Refira-se, por exemplo, os cuidados a ter no caso de revestimentos com membranas de PVC plastificado sobre suportes isolantes de poliuretano e de poliestireno expandido. A eventual migração de componentes entre estes dois materiais torna as membranas menos dúcteis, reduzindo portanto a sua capacidade de deformação. Ainda sobre este tipo de revestimento, interessa também referir a necessidade de evitar o seu contacto com produtos betuminosos, caso de certos tipos de suportes isolantes acabados superiormente com produtos desse tipo (betumes ou feltros betuminosos), os quais terão sobre as membranas de PVC plastificado efeitos semelhantes aos acabados de referir. O tipo de ligação do revestimento de impermeabilização ao suporte tem influência acentuada na possibilidade de ocorrência de fissuração nesse revestimento. É compreensível a necessidade de dessolidarizar o revestimento de suportes com deformações significativas no seu plano ou em planos perpendiculares a esse. Devem adoptar-se nestes casos sistemas de impermeabilização independentes, em detrimento de sistemas aderentes. As deformações do suporte no seu plano são devidas, geralmente, ou a retracções por 73

90 5. Fichas de inspecção do tipo C secagem, no caso de suportes com base em argamassas ou betões de ligantes hidráulicos, ou a alongamentos ou contracções originadas por variações de temperatura e humidade dos materiais. As deformações em planos perpendiculares ao do suporte manifestam-se sobretudo em placas de material isolante. Essas deformações são em geral encurvamentos devidos a gradientes de temperatura entre as faces superior e inferior das placas (Fig. 5.76) - LNEC, ITE 33. Fig Encurvamento do material isolante (LNEC, ITE 33) As cargas excessivas e a utilização inadequada do espaço são causas prováveis que devem também ser consideradas. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M22 e as causas prováveis são registadas entre as células R22 e Y22. Anomalia 6 (Fissuras longitudinais ou transversais de desenvolvimento significativo) A acção do suporte no revestimento de impermeabilização contribui para o aparecimento de fissuras longitudinais ou transversais de desenvolvimento significativo. Para minimizar o aparecimento e desenvolvimento de fissuras no revestimento de impermeabilização, pelo menos nas zonas mais críticas do mesmo - como são as juntas entre placas de certos tipos de suportes isolantes -, devem adoptar-se disposições construtivas tais que permitam o livre movimento do revestimento nessas zonas. Com esse objectivo, são aplicadas sobre aquelas juntas bandas de dessolidarização, constituídas, por exemplo, por um feltro de vidro ou de poliéster. O não cumprimento desta regra, especialmente sobre suportes isolantes com reduzida estabilidade dimensional à acção do calor, conjugada com sistemas de impermeabilização (ou algumas das suas camadas) de resistência mecânica reduzida, pode conduzir ao aparecimento das fissuras que se tem vindo a fazer referencia (Fig. 5.77) - LNEC, ITE 33. No caso de suportes constituídos por camada rígida de betão ou argamassa aplicada sobre um isolante térmico, a inexistência de esquartelamento daquela camada pode ser também motivo de fissuração ou descolamento do revestimento de impermeabilização. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta 74

91 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 anomalia. Fig Fissura na 1ª camada do sistema de impermeabilização em correspondência com uma junta entre painéis isolante O registo da anomalia é feito na célula M23 e as causas prováveis são registadas entre as células R23 e V23. Anomalia 7 (Perfurações) Em Portugal presume-se que este tipo de anomalias ocorra também com alguma frequência, dado que é normal realizarem-se trabalhos sobre a cobertura, posteriormente à aplicação do respectivo revestimento de impermeabilização, sem se tomarem as adequadas medidas de protecção do mesmo. A perfuração do revestimento pode resultar da acção de cargas pontuais de natureza dinâmica - queda de objectos - ou de natureza estática (Fig. 5.78). Fig Perfurações diversas de natureza estática Em geral, as primeiras são de curta duração e as segundas são permanentes, ou seja, de longa duração. Para as acções de natureza estática de longa duração, podem apontar-se como principais causas de perfuração, a colocação, sobre o revestimento, de suportes de instalações ou equipamento diversos (por exemplo, suportes de depósitos de água, de extractores de ar (Fig. 5.79) ou de ventiladores, estendais, antenas, entre outros). São ainda causa de perfurações ou de rasgamento dos revestimento dos revestimentos as cargas estáticas ou dinâmicas (em geral de duração não muito longa) resultantes da 75

92 5. Fichas de inspecção do tipo C aplicação de cavaletes (Fig. 5.80) ou andaimes e da circulação de carros de mão de transporte de materiais. O efeito destas acções é mais acentuado quando o suporte do revestimento de impermeabilização for constituído por um material de compressibilidade elevada. Fig Perfuração do revestimento por carga do suporte do extractor de ar Fig Acção perfurante das pernas dum cavalete sobre a impermeabilização (LNEC, ITE 33) Neste tipo de suportes, e quando o revestimento de impermeabilização, ou apenas esse suporte, é fixado mecanicamente à estrutura resistente, a acção das respectivas peças de fixação sobre o revestimento pode também ser causa da sua eventual perfuração. Esta anomalia é fundamentalmente originada pelas cargas resultantes da circulação de pessoas, ou da colocação de equipamentos diversos nas zonas adjacentes das peças de fixação (Fig. 5.81). As medidas que impeçam ou minimizem os riscos apontados consistem na aplicação de camadas de distribuição uniforme das cargas pontuais em questão. Em terraços não acessíveis à permanência de pessoas, é mesmo indispensável a colocação de caminhos de circulação, que poderão ser apenas provisórios quando se efectuem operações de manutenção (LNEC, ITE 33). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M24 e as causas prováveis são registadas entre as células R24 e T24. 76

93 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Acção perfurante do parafuso de fixação de placas isolantes à estrutura resistente (LNEC, ITE 33) Anomalia 8 (Rasgamentos) A anomalia rasgamentos (Fig. 5.82) tem causas comuns às da anomalia de perfurações, às quais se acrescentará a acção do vento. Fig Rasgamentos em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio devido a acções de origem mecânica e de utilização / manutenção Por acção do vento, o arrancamento (Fig. 5.83) do revestimento de impermeabilização, além de poder ocorrer no caso de sistemas com protecção pesada, manifesta-se também quando o acabamento é constituído por uma protecção leve. Neste caso, a qualidade das soluções de ligação do sistema de impermeabilização ao suporte será a causa fundamental do arrancamento do sistema devido às sucções do vento. Estas sucções são evidentemente agravadas quando a estrutura resistente e as camadas subjacentes têm uma significativa permeabilidade ao ar. As ligações ao suporte são realizadas por colagem com betume quente, com colas especiais ou por soldadura por meio de chama, ou utilizando peças de fixação mecânica. Nos processos por colagem, a qualidade da respectiva ligação tem a ver fundamentalmente com a adequação e a quantidade do produto aplicado - no caso da colagem utilizando betume quente ou colas especiais -, ou com o processo de soldadura quando se utilize esta técnica de ligação. Quanto à fixação mecânica, o número insuficiente destas peças por unidade de superfície da cobertura e a sua deficiente amarração à estrutura resistente são 77

94 5. Fichas de inspecção do tipo C geralmente as principais causas do arrancamento por acção do vento nos sistemas de impermeabilização fixados por este processo. A redução do número de peças de fixação leva a um aumento das forças a que cada uma estará sujeita sob a acção do vento. Fig Rasgamento e arrancamento do revestimento de impermeabilização (LNEC, ITE 33) Duas situações podem basicamente ocorrer: ou é excedida a capacidade resistente da peça de ligação, conduzindo ao arrancamento da mesma e do revestimento de impermeabilização que a ela está solidário, ou da junta de sobreposição entre membranas, dando origem ao seu descolamento por pelagem (Fig. 5.84) (INH - LNEC, 2006). Fig Descolamento por pelagem (LNEC, ITE 33) Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M25 e as causas prováveis são registadas entre as células R25 e T25. Anomalia 9 (Enrugamentos ou dobras) Outro efeito da elevação da temperatura é a possibilidade da formação de pregas (Fig. 5.85) no revestimento. Este fenómeno é também mais corrente nos revestimentos tradicionais com base em betumes insuflados, e ocorre fundamentalmente sobre as juntas ou fissuras do suporte. A formação das pregas é devida basicamente à impossibilidade de o revestimento acompanhar a velocidade de deformação da abertura e 78

95 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 fecho dessas juntas ou fissuras. Aquela anomalia é mais nítida quando o revestimento é constituído por materiais com características térmicas bastante distintas. É o caso das membranas autoprotegidas com folha de alumínio. A diferença acentuada entre os coeficientes de dilatação térmica da folha de alumínio e do betume pode conduzir a que seja ultrapassada a capacidade de deformação elástica do betume (que está aderente à folha de alumínio) quando traccionado, o qual ficará com uma deformação residual - que se manifesta sob a forma duma prega - quando voltar à sua posição inicial (LNEC, ITE 33). Fig Enrugamentos e roturas em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio (LNEC, ITE 33) Em relação a revestimentos de impermeabilização não-tradicionais, tal como acontece para as membranas tradicionais, também se verifica uma perda de ductilidade por acção do calor. No caso, por exemplo, das membranas de PVC a redução da ductilidade deve-se fundamentalmente à perda do plastificante que é incorporado na resina no processo de fabrico. O enrugamento de membranas de borracha butílica, quando aplicadas sem qualquer tipo de protecção pesada, é um fenómeno que se tem detectado, através de intervenções do LNEC em casos de patologia em coberturas em terraço. Para além de outros factores cuja contribuição poderá ser significativa para aquela ocorrência, o calor intervém também como acção agravante dessa situação (LNEC, ITE 33). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M26 e as causas prováveis são registadas entre as células R26 e X26. Anomalia 10 (Empolamento ou bolsas de ar) Os empolamentos ou bolsas de ar são sobreelevações do revestimento de impermeabilização em superfície corrente, visíveis à superfície (Fig. 5.86), e são o resultado da 79

96 5. Fichas de inspecção do tipo C formação de bolsas de ar e vapor de água sob pressão, quer entre as camadas dum sistema de impermeabilização, quer entre este e o seu suporte. Fig Empolamentos duma tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio (LNEC, ITE 33) Os empolamentos resultam sempre da existência de vazios entre as camadas do sistema de impermeabilização, ou entre este e o seu suporte. Salientam-se a seguir algumas causas da ocorrência desses vazios: inexistência de colagem das camadas do sistema, em zonas localizadas; falta de planeza do suporte quando constituído por painéis isolantes, ou encurvamento acentuado dos mesmos (Fig. 5.76); uso de membranas de rolos achatados, devido ao armazenamento incorrecto dos rolos, dificultando assim o seu posicionamento plano sobre o suporte; materiais estranhos confinados entre a impermeabilização e o suporte (gravilha, pedaços de papel, entre outros) (LNEC, ITE 33). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M27 e as causas prováveis são registadas entre as células R27 e X27. Anomalia 11 ("Alagartado" à superfície de membranas betuminosas) Para o alagartado à superfície de membranas betuminosas (Fig. 5.87) foram consideradas as causas que foram atribuídas à anomalia 4 (fissuração generalizada). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M28 e as causas prováveis são registadas entre as células R28 e Y28. Anomalia 12 (Descolamento de juntas de sobreposição das membranas) Nos sistemas de impermeabilização com base em telas ou feltros betuminosos colados entre si, e eventualmente ao suporte, com betume insuflado ou por soldadura por meio 80

97 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 de chama, para realização das juntas de sobreposição recorre-se à mesma técnica para ligação das telas ou feltros das várias camadas - ou com betume quente, ou por soldadura por meio de chama. A largura dessas juntas deve ser da ordem de 60 a 100 mm (LNEC, ITE 34). Fig Alagartado da protecção em folha de alumínio de membranas betuminosas Nas membranas de betumes-polímeros APP e SBS, é corrente as juntas longitudinais terem uma faixa de sobreposição com largura que pode variar entre 70 e 100 mm, e nas juntas transversais essa largura pode atingir 150 mm. Em sistemas de dupla camada, utilizam-se muitas vezes sobreposições das membranas com larguras diferentes na primeira e na segunda camada (por ordem de aplicação); a primeira dessas camadas é aquela onde é maior essa largura das juntas de sobreposição. Nestes sistemas, as camadas ou são aplicadas cruzadas, ou, não o sendo, as juntas de cada uma delas devem ficar desencontradas, de modo a não ser inferior a cerca de 0,10 m a distancia entre as mesmas (LNEC, ITE 34). Relativamente a membranas de PVC plastificado e em relação à utilização de sobreposição das membranas em sistemas aderentes (não são as mais vocacionadas para este tipo de material), constata-se que a sua largura é relativamente superior à das correspondentes juntas entre membranas aplicadas em sistemas independentes; naquelas soluções os valores conhecidos variam entre 60 e 80 mm, enquanto que nas soluções independentes o valor mais corrente é de 50 mm. Em relação aos sistemas fixados mecanicamente, e ainda no que toca à largura de sobreposição das juntas, os valores conhecidos desta grandeza são sempre superiores aos atrás mencionados, isto é, 100 mm é um valor corrente. Além disso, as peças de fixação devem ser colocadas a uma distância tal do bordo das membranas (Fig. 5.88) que não haja possibilidade de rasgamento dessas membranas por acção das sucções devidas ao vento, quando não exista nenhuma protecção pesada aplicada; 30 mm costuma ser um valor aceitável para essa distância. No caso da ligação por soldadura com ar quente, o valor mais corrente da largura da junta efectivamente soldada é de 40 mm (LNEC, ITE 34). 81

98 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Esquema corrente de fixação mecânica de membranas de PVC (LNEC, ITE 34) A ligação das membranas de EPDM nas juntas de sobreposição pode fazer-se, conforme atrás se referiu, mediante a utilização de diversos produtos. Previamente à realização da ligação, as respectivas superfícies devem ser convenientemente limpas com produtos apropriados, os quais são em geral constituídos por misturas de heptano e xileno. No caso da ligação ser feita com recurso a colas, a largura de sobreposição toma em geral valores compreendidos entre 75 mm e 150 mm. Quando se usam bandas adesivas a largura de sobreposição é em geral maior, podendo chegar a valores da ordem de 175 mm (LNEC, ITE 34). Nas membranas de borracha butílica quer nos sistemas semi-aderentes quer nos aderentes, as colas com base em betumes apenas devem ser aplicadas quando a pendente da cobertura não é muito elevada, reservando para as situações de pendente elevada outro tipos de colas. Este facto deve-se à maior facilidade de escorrimento, devido à acção do calor, das colas com base em betumes em pendentes elevadas, em relação às colas sem esse componente betuminoso. A ligação das membranas entre si é feita utilizando colas apropriadas e bandas adesivas. As colas são aplicadas a frio, previamente às bandas adesivas, nos bordos das membranas de borracha butílica, na extensão correspondente à largura da junta de sobreposição, deixando-se depois essas superfícies ao ar até à evaporação do solvente da cola; posteriormente, é então aplicada a banda adesiva e realizada a respectiva ligação (Fig. 5.89), exercendo para tal uma pressão sobre a última camada da junta de sobreposição, a qual permite ainda libertar ao ar que possa ter ficado confinado entre as membranas e a banda adesiva. Como geralmente se utilizam bandas adesivas na ligação em obra das membranas entre si, a largura da junta de sobreposição é função da largura dessas bandas, que é em geral de 0,10 m (LNEC, ITE 34). Os revestimentos de impermeabilização constituídos por membranas de poliisobutileno (PIB) podem ser aplicados em sistemas independentes, semi-aderentes ou 82

99 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 aderentes. Os sistemas fixados mecanicamente não têm constituído soluções correntes. A aplicação das membranas deve ser feita em tempo seco e quando a temperatura não for inferior a cerca de 5 ºC. A generalidade das considerações feitas a propósito das membranas de EPDM colocadas em sistemas aderentes ou independentes, é aplicável às membranas de PIB (LNEC, ITE 34). Fig Esquema da sequência de execução duma junta de sobreposição de membrana de borracha butílica (LNEC, ITE 34) Nas membranas de polietileno clorado (CPE), dois processos fundamentais são usados para ligação das membranas nas juntas de sobreposição: por soldadura com ar quente ou utilizando produtos com base em solventes. Em ambos os casos a largura é da ordem de 40 a 50 mm. Nas soluções conhecidas de impermeabilização de coberturas com base em membranas de polietileno clorosulfonado, estas são aplicadas em sistemas aderentes, utilizando-se colas com base em látex para realização da respectiva colagem. A sua aplicação é também restringida a coberturas de acessibilidade limitada. A ligação das membranas entre si é feita de forma idêntica à referida a propósito das membranas de CPE - por soldadura com ar quente, ou com produtos com base em solventes (LNEC, ITE 34). O não cumprimento das regras enumeradas para a ligação dos revestimentos de impermeabilização nas juntas de sobreposição, bem com a acção do calor, são as causas para o provável descolamento de juntas de sobreposição das membranas (Fig. 5.90). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M29 e as causas prováveis são registadas entre as células R29 e V29. 83

100 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Juntas de sobreposição descoladas (INH - LNEC, 2006 / LNEC, ITE 33) Anomalia 13 (Juntas de sobreposição das membranas sem largura uniforme) As juntas de sobreposição das membranas sem largura uniforme têm como causa principal a execução deficiente. O registo da anomalia é feito na célula M30 e as causas prováveis são registadas entre as células R30 e S30. Anomalia 14 (Deformação acentuada sob os apoios de lajetas de sombreamento) As causas prováveis principais para se verificar a deformação acentuada sob os apoios de lajetas de sombreamento são a aplicação do número insuficiente de apoios de lajetas e/ou a aplicação de cargas excessivas. O registo da anomalia é feito na célula M31 e as causas prováveis são registadas entre as células R31 e U31. Anomalia 15 (Granulado mineral removido em áreas significativas) No caso dos revestimentos de impermeabilização auto-protegidos por granulado mineral, a deficiente aderência deste à membrana betuminosa (é sobre membranas deste tipo que esta protecção leve é aplicada) é geralmente a causa fundamental do seu desprendimento dessa membrana, pondo assim aparentes os produtos betuminosos. A dessolidarização é motivada, ou por acção do vento ou pelo escoamento da água na superfície corrente da cobertura (LNEC, ITE 33). O registo da anomalia é feito na célula M35 e as causas prováveis são registadas entre as células R35 e T35. Anomalia 16 (Autoprotecção da membrana em folha de alumínio fissurada / rasgada) Como se analisou na anomalia 9 (enrugamentos ou dobras), as pregas que se formam por acção do calor podem provocar a rotura da autoprotecção em folha de alumínio de 84

101 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 telas betuminosas (Fig. 5.85). As acções de origem mecânica poderão, igualmente, provocar as fissuras / roturas dessa autoprotecção. O registo da anomalia é feito na célula M36 e as causas prováveis são registadas entre as células R36 e T36. Anomalia 17 (Outras anomalias) É descriminada a anomalia que não foi prevista na protecção leve da impermeabilização. O registo da anomalia é feito na célula M37 e as causas prováveis poderão ser registadas entre as células R37 e Y36. Anomalia 18 (Material rolado ou britado deslocado para zonas mais abrigadas do vento) Recomenda-se, em geral, a aplicação de elementos soltos (preferivelmente calhau rolado) de granulometria não inferior a 5 mm, nem superior a 2/3 da espessura da camada, a qual não deve ser por sua vez inferior a 40 mm. O deslocamento daqueles elementos é evidentemente tanto mais fácil quanto menores forem as suas dimensões. O arrastamento dos elementos soltos da protecção (Fig. 5.91) pode dever-se a uma insuficiente espessura da respectiva camada, que se traduz numa reduzida massa por unidade de área, ou a dimensões claramente diminutas desses elementos, facilmente arrastáveis pela acção do vento. O arrastamento dos elementos começa em geral a darse nas zonas periféricas da cobertura, locais onde a acção do vento se faz sentir com maior intensidade. Nessas zonas, é muitas vezes preferível aplicar uma protecção pesada em camada rígida (por exemplo, lajetas de betão) em vez de aumentar substancialmente a espessura da camada com elementos soltos (LNEC, ITE 33). Fig Arrastamento por acção do vento dos elementos soltos da protecção pesada (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M39 e as causas prováveis são registadas entre 85

102 5. Fichas de inspecção do tipo C as células R39 e U39. Anomalia 19 (Dimensão do agregado muito variável) A prescrição de materiais omissa ou deficiente e a execução deficiente são as causas de existência de agregados de dimensão muito variável na protecção pesada da impermeabilização. O registo da anomalia é feito na célula M40 e as causas prováveis são registadas entre as células R40 e S40. Anomalia 20 (Espessura insuficiente da camada de material rolado ou britado) A pormenorização omissa ou deficiente e a execução deficiente, são as causas de espessura insuficiente da camada de material rolado ou britado na protecção pesada da impermeabilização. O registo da anomalia é feito na célula M41 e as causas prováveis são registadas entre as células R41 e S41. Anomalia 21 (Lajetas de sombreamento partidas) Erros de concepção - nomeadamente na omissão ou deficiente prescrição do número de apoios das lajetas de sombreamento -, a execução deficiente e as acções de origem mecânica são as causas de lajetas de sombreamento partidas da impermeabilização. O registo da anomalia é feito na célula M42 e as causas prováveis são registadas entre as células R42 e V42. Anomalia 22 (Lajetas de sombreamento desniveladas / instáveis) Erros de execução deficiente e cargas excessivas são as causas de lajetas de sombreamento desniveladas / instáveis. O registo da anomalia é feito na célula M43 e as causas prováveis são registadas entre as células R43 e S43. Anomalia 23 (Inexistência de juntas de esquartelamento) Um dos casos típicos de defeito da acção da camada de protecção do revestimento é à inexistência de uma camada de dessolidarização entre a protecção pesada rígida e o revestimento de impermeabilização. Por esse facto, devido ao atrito entre essas duas camadas, os movimentos da protecção - originados por retracções dos materiais que a 86

103 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 constituem, ou por variações de temperatura - são transmitidos directamente à impermeabilização, cuja capacidade de deformação vem a ser excedida. Para agravar os valores absolutos dos movimentos da protecção, pode contribuir a inexistência, nesta camada, de juntas de esquartelamento convenientemente afastadas entre si (LNEC, ITE 33) A pormenorização omissa e erros de execução são as causas da inexistência de juntas de esquartelamento. O registo da anomalia é feito na célula M44 e as causas prováveis são registadas entre as células R44 e S44. Anomalia 24 (Descolamentos de ladrilhos colados) As causas descolamento e empolamento (Figs e 5.93) dos revestimentos cerâmicos de piso são, na sua essência, as mesmas que dão origem a essas anomalias nos revestimentos de paredes: elevada expansão irreversível do revestimento cerâmico, não compensada pelas juntas de assentamento e esquartelamento e pelo seu material de preenchimento; reduzida flexibilidade e resistência da camada de colagem; reduzida aderência da camada de colagem aos ladrilhos ou ao suporte (APICER, 2003). Fig Descolamento sobre fissura da camada de suporte (APICER, 2003) Fig Descolamento sobre zona de transição da curvatura do apoio e descolamento progressivo a partir de uma junta periférica que não trespassa a camada de assentamento (APICER, 2003) 87

104 5. Fichas de inspecção do tipo C Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M45 e as causas prováveis são registadas entre as células R45 e W45. Anomalia 25 (Fissuração / fractura de ladrilhos) A fissuração dos revestimentos cerâmicos (Figs. 5.94, 5.95 e 5.96) de piso ocorre, sobretudo, devido às seguintes acções: aplicação de cargas elevadas, superiores à resistência mecânica dos ladrilhos; aplicação de cargas elevadas em ladrilhos mal assentes ou com base demasiado deformável, provocando fenómenos de flexão; deformação do suporte incompatível com as capacidades de deformação, resistência dos sistemas (camada de assentamento, colagem e ladrilhos) e espaçamento e características das juntas; transição entre suportes com comportamentos distintos; desrespeito pelas juntas de dilatação da estrutura; retracção excessiva da camada de suporte ou assentamento, quando se usam argamassas tradicionais; rigidez insuficiente (menor do que 3 cm) das argamassas de assentamento em pavimentos assentes sobre camada de dessolidarização (APICER, 2003). Fig Fissuração devida a eventual impacto localizado e fissuração trespassante em revestimento assente sobre betonilha e isolamento térmico (APICER, 2003) Fig Quebra localizada de revestimento, devida a causas múltiplas (mau assentamento, empolamento ligeiro e impacto pontual) (APICER, 2003) 88

105 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Fissuração inicial por deformação do suporte, seguido de deslocamento e posterior quebra por acção de cargas correntes sobre ladrilho solto (APICER, 2003) Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M46 e as causas prováveis são registadas entre as células R46 e Y46. Anomalia 26 (Fissuração nas juntas entre ladrilhos) Na fissuração das juntas entre ladrilhos (Fig. 5.97), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. Fig Fissuração no seio do material de preenchimento da junta entre ladrilhos O registo da anomalia é feito na célula M47 e as causas prováveis são registadas entre as células R47 e W47. Anomalia 27 (Eflorescências) As causas prováveis designadas para as eflorescências em pavimentos (Fig. 5.98) são as que foram designadas nas eflorescências dos revestimentos de fachadas. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. O registo da anomalia é feito na célula M48 e as causas prováveis são registadas entre as células R48 e V48. 89

106 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Eflorescências nos ladrilhos e juntas Anomalia 28 (Fissuração da betonilha ou da camada de betão da protecção pesada) A fissuração da betonilha ou da camada de betão da protecção pesada pode ocorrer, principalmente, devido a erros de execução (ausência de juntas de esquartelamento, por exemplo) e de acções ambientais. O registo da anomalia é feito na célula M49 e as causas prováveis são registadas entre as células R49 e W Ficha de inspecção C/CT4 da cobertura em terraço Na abertura da ficha de inspecção C/CT4 (Anexo 1), deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados. Esta ficha de inspecção completa as anomalias / causas da cobertura em terraço. Anomalia 29 (Empolamentos) Nos remates com platibandas ou paredes emergentes, os empolamentos têm as mesmas causas que foram apresentados na anomalia 10 (empolamento ou bolsas de ar) para revestimentos de impermeabilização da superfície corrente em terraços. O registo da anomalia é feito na célula M14 e as causas prováveis são registadas entre as células R14 e W14. Anomalia 30 (Descolamentos) Nos remates com platibandas ou paredes emergentes, o descolamento dos remates do revestimento de impermeabilização dos paramentos dos elementos emergentes da cobertura (Figs e 5.100) pode estar relacionado com a superfície de aplicação (irregularidade, teor de humidade demasiado elevado) ou com a configuração do ele- 90

107 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 mento emergente (dificuldade de acesso a esses paramentos por deficiente concepção da solução de remate, ou com as condições da colagem). A falta de disposições construtivas de protecção do bordo superior de remate, contra a acção do escorrimento da água da chuva pelo paramento de elementos emergentes de desenvolvimento significativo em altura, poderá ser uma razão para o início do descolamento desse remate. A escolha de soluções inadequadas para os materiais isolantes suportes da impermeabilização pode também ser causa do descolamento dos remates com elementos emergentes, quando a deformabilidade desses isolantes é significativa, para as cargas correntes sobre a cobertura. Fig Descolamento do bordo superior devido à inexistência de rufo de protecção (INH - LNEC, 2006) Fig Descolamento de uma membrana de PVC por insuficiente produto de colagem (INH - LNEC, 2006) Um caso típico desta situação é o que resulta da aplicação de apoios, de betão ou de plástico, de lajetas de sombreamento, directamente sobre a impermeabilização e respectivo isolante de elevada deformabilidade. A deformação do isolante, que é acompanhada pela da impermeabilização, faz com que o revestimento do paramento vertical do elemento emergente fique sujeito a forças no seu plano que, sendo superiores às forças resistentes de aderência, dão origem ao descolamento em questão (Fig ). Anomalias deste tipo podem também verificar-se em suportes isolantes, com as mesmas características de deformabilidade, sujeitos à acção de protecções pesadas (ladri- 91

108 5. Fichas de inspecção do tipo C lhos sobre betonilha, por exemplo) do revestimento de impermeabilização (Fig ) (LNEC, ITE 33). Fig Esquema do mecanismo de descolamento de remates por acção de forças localizadas (LNEC, ITE 33) Fig Mecanismo de descolamento de remate de impermeabilização com elemento emergente da cobertura por acção de forças localizadas (INH - LNEC, 2006) Relativamente à fluência ou deslizamento de revestimentos de impermeabilização em elementos emergentes da cobertura, ela é particularmente importante quando esses revestimentos são de base betuminosa e, entre estes, quando se trata de revestimentos com base em betumes insuflados (Fig ). A ocorrência deste fenómeno pode dever-se à inexistência de uma fixação mecânica complementar do remate da impermeabilização, cujo desenvolvimento em altura é demasiado elevado. Esta fixação é geralmente realizada junto ao bordo superior do remate. No caso dos revestimentos betuminosos tradicionais, a altura máxima permitida por documentação normativa francesa aplicável (DTU 43.1), para o remate de impermeabilização, é de 1,0 ou 0,5 m, respectivamente no caso desse remate ser aplicado contra um paramento de alvenaria ou contra placas de painéis isolantes. A razão da exigência mais severa para este último caso tem a ver com a maior facilidade de fluência ou deslizamento do revesti- 92

109 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 mento sobre este tipo de suporte, dada temperatura mais elevada a que poderá estar sujeito sob acção da radiação solar. Fig Deslizamento dum remate com base em membranas betuminosas (LNEC, ITE 33) Sob o ponto de vista da altura dos remates da impermeabilização, acima da superfície aparente da última camada da cobertura, torna-se necessário garantir que ela não seja demasiadamente baixa, para não pôr em risco a possibilidade de infiltrações de água por essas zonas. Como ordem de grandeza da altura mínima admissível, para a generalidade dos revestimentos de impermeabilização, pode indicar-se o valor de 0,15 m. As exigências relativas à altura dos remates da impermeabilização resultam da necessidade de garantir uma resistência satisfatória aos esforços que tendem a provocar o descolamento ou deslizamento desses remates relativamente ao paramento da parede ou platibanda (LNEC, ITE 33). O registo da anomalia é feito na célula M15 e as causas prováveis são registadas entre as células R15 e W15. Anomalia 31 (Fissuração / rasgamento) Entre as principais causas de ocorrência de fissuração nos remates da impermeabilização com platibandas ou paredes emergentes, citam-se as seguintes: inexistência duma junta, ao longo desses elementos, na protecção pesada rígida da superfície corrente, a uma distância de cerca de 0,3 m dos seus paramentos (Fig ); inexistência de uma protecção vertical do remate, especialmente em coberturas acessíveis (Fig ), que deve também ser fraccionada por juntas espaçadas convenientemente (estes espaçamentos devem ser limitados a 2 m (DTU 43.1); movimentos diferenciais acentuados entre a estrutura resistente e o elemento emergente; inexistência, no caso de elementos emergentes prefabricados, de bandas de dessolidarização do remate na zona das juntas entre as respectivas peças. A inexistência destas juntas de fraccionamento pode provocar a fissuração nesses remates com a platibanda e dá-se sobretudo por ser excedida a 93

110 5. Fichas de inspecção do tipo C capacidade resistente do respectivo material a esforços de corte. Este esforço é transmitido à platibanda ou parede emergente pelo impulso da protecção pesada rígida, gerado por movimentos de dilatação de origem térmica dessa camada (Fig ). a) Disposição incorrecta b) Disposição correcta Fig Esquemas de disposições para a protecção pesada rígida junto a elementos emergentes (LNEC, ITE 33) Um outro aspecto a considerar é o facto de ser vulgar verificar-se que o remate não satisfaz, ficando o mesmo apenas inserido no reboco do elemento emergente. A consequência deste caso, especialmente quando o reboco não é armado, é o aparecimento de uma fissura bem marcada no reboco, desenvolvendo-se ao longo do nível do bordo superior do remate (Fig ). Fig Fissura no reboco de protecção dum remate da impermeabilização (LNEC, ITE 33) As alvenarias de tijolo ou blocos de betão são soluções de platibandas, de coberturas em terraço com estrutura resistente em betão armado ou pré-esforçado, de uso corrente no País. As diferenças significativas das características dos dois materiais, nomeadamente sob o ponto de vista de comportamento térmico e mecânico, podem conduzir, por efeito da radiação solar ou por movimentos estruturais, a deformações diferenciais entre aqueles dois elementos da construção que não sejam compatíveis com a deformabilidade dos materiais de impermeabilização utilizados nos pontos singulares em questão. A fissuração ou rotura destes materiais dá-se em geral, na zona de separação 94

111 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 entre a alvenaria de tijolo e a laje de betão. O registo da anomalia é feito na célula M16 e as causas prováveis são registadas entre as células R16 e X16. Anomalia 32 (Deficiência do remate com rufo) Quanto à deficiência do remate com rufo (Fig ), é vulgar verificar-se que o remate não satisfaz a protecção adequada do bordo superior de produtos de colagem - ou com peças e produtos tradicionais, tais como rufos e mastiques (Fig a), ou introduzindo o remate no elemento emergente, interessando não só toda a espessura do reboco, mas penetrando pela alvenaria dentro (Fig b) (LNEC, ITE 33). Fig Deficiência de um remate da impermeabilização em parede emergente e em chaminé a) Utilização de rufos de protecção b) Introdução do remate na parede Fig Esquemas de soluções de remates da impermeabilização com uma parede emergente (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M17 e as causas prováveis são registadas entre as células R17 e V17. Anomalia 33 (Deficiência do remate em juntas ao nível da cobertura) Segundo LNEC, ITE 33, as principais anomalias que ocorrem em juntas de dilatação traduzem-se geralmente, ou em descolamentos das juntas de sobreposição dos remates, ou na fissuração ou enrugamento desses remates. As suas causas estão fundamentalmente relacionadas com defeitos de concepção. A realização dos remates 95

112 5. Fichas de inspecção do tipo C ao nível da superfície corrente da cobertura (Fig ), especialmente se esta é acessível à circulação e permanência de pessoas, é uma solução a evitar, dada a maior possibilidade de ficarem sujeitos a acções mecânicas resultantes da respectiva utilização. Remate Impermeabilização Suporte Fig Remate ao nível da superfície (LNEC, ITE 33) Por outro lado, a realização da camada de protecção pesada rígida sem interrupção sobre a junta de dilatação - através da execução de uma junta de largura idêntica àquela -, é motivo para a ocorrência de fissuração nos remates em questão. Esta resulta dos movimentos diferenciais dos dois corpos do edifício, ou dos dois edifícios que definem essa junta. Esses movimentos, transmitindo-se aos remates de impermeabilização através da camada de protecção, podem conduzir à fissuração dos mesmos quando a sua capacidade de deformação é excedida. A transmissão desses movimentos é ainda mais acentuada, quando não se tomem medidas construtivas na junta no sentido de dessolidarizar esse remate numa extensão tal, para cada lado da junta, que as tensões nele instaladas sejam inferiores aos limites admissíveis do material que o constitui. Em geral, uma faixa de 0,15 m para cada lado da junta é suficiente para tal. Além disso, deve dispor-se de um empanque (fundo de junta), comprimido na junta, que sirva de suporte ao remate em questão (Fig ). Fig Disposição construtiva satisfatória (LNEC, ITE 33) Situações como as indicadas na Fig são evidentemente de rejeitar. O registo da anomalia é feito na célula M19 e as causas prováveis são registadas entre as células R19 e V19. 96

113 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Fissuração do revestimento de impermeabilização numa junta de dilatação (LNEC, ITE 33) Anomalia 34 (Deficiência do remate em juntas sobreelevadas) As causas da deficiência do remate em juntas sobreelevadas são do mesmo tipo que as designadas para as juntas de dilatação ao nível da cobertura. Um exemplo de uma disposição construtiva satisfatória é a que é apresentada na Fig Empanque Remate Fig Exemplo de uma disposição construtiva satisfatória em junta de dilatação sobreelevada (LNEC, ITE 33) Quando o remate de juntas de dilatação sobreelevadas, em superfície corrente, é protegido com peças prefabricadas de betão ou com elementos de pedra directamente sobre ele aplicados, a possibilidade de ocorrência de fissuração nos remates ou de deslocamentos das suas juntas de sobreposição, devida aos movimentos referidos, é também elevada. Para obviar a estes fenómenos, deve portanto interpor-se uma camada dessolidarizante (por exemplo, um feltro de poliéster ou de fibra de vidro) entre essas peças ou elementos e o remate. Em geral, quando se usam estas peças ou elementos, que podem também ser constituídos por chapa metálica, não se realizam os remates em questão com revestimentos de impermeabilização, devendo portanto aquelas peças garantir a estanqueidade da respectiva junta (LNEC, ITE 33) (Fig ). O registo da anomalia é feito na célula M20 e as causas prováveis são registadas entre as células R20 e V20. 97

114 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Esquema de protecção duma junta de dilatação sobreelevada com uma peça em chapa metálica (LNEC, ITE 33) Anomalia 35 (Deficiência do remate em juntas entre edifícios) Nos casos em que ocorram juntas de dilatação entre edifícios com alturas diferentes, os remates como os esquematizados na Fig são de concepção totalmente insatisfatória. Fig Esquema de concepção insatisfatória d remate em junta de dilatação entre edifícios de altura diferente (LNEC, ITE 33) O movimento de um edifício relativamente ao outro faz com que esse remate fissure, ou as suas juntas se desloquem, ou se manifestem enrugamentos acentuados. Estes últimos são devidos a movimentos diferenciais na direcção horizontal (Fig ). Fig Enrugamento dum remate na junta de dilatação entre dois corpos de altura diferente dum edifício (LNEC, ITE 33) Soluções com vista a minimizar estas anomalias devem ser, por exemplo, do tipo da 98

115 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 que se apresenta na Fig , as quais garantem a total dessolidarização do remate de um dos edifícios ou corpo do mesmo (LNEC, ITE 33). Fig Uma concepção de junta entre dois edifícios de altura diferente (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M21 e as causas prováveis são registadas entre as células R21 e V21. Anomalia 36 (Nos remates com soleiras) Os remates com paredes emergentes sob soleiras de portas são também, em geral, pontos críticos, quer ao nível de projecto, quer de execução. É tendência corrente não sobrelevar demasiado a soleira das portas, relativamente à superfície corrente da cobertura, resultando portanto necessariamente um remate com altura não superior à cota da soleira (Fig ). Fig Remate inadequado (LNEC, ITE 33) Torna-se evidentemente sempre indispensável prolongar o remate da impermeabilização sob essa soleira, protegendo-o superiormente como, por exemplo, uma argamassa, sobre a qual assentará então a referida soleira (Fig ). Como frequentemente a coordenação dos trabalhos em obra leva a que seja montada em primeiro lugar a caixilharia e respectivas soleiras das portas, o remate da impermeabilização nessa zona já não é executado conforme referido (LNEC, ITE 33). 99

116 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Remate satisfatório (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M23 e as causas prováveis são registadas entre as células R23 e V23. Anomalia 37 (Nos remates com embocaduras de tubos de queda) A acumulação de detritos diversos junto às embocaduras dos tubos de queda (Fig ), a conformação inadequada das pendentes nas zonas circundantes das embocaduras e a obstrução das próprias embocaduras, são factores que dificultam a descarga normal das águas pluviais da cobertura, fazendo assim com que ela se acumule e permaneça, durante períodos mais ou menos prolongados, sobre o revestimento de impermeabilização, com as consequências que atrás já foram apontadas a propósito das anomalias em superfície corrente. A inexistência de ralos nas embocaduras dos tubos de queda contribui substancialmente para a fácil obstrução desses tubos, a qual é agravada quando é insuficiente a sua secção de escoamento. Fig Acumulação de folhagem junto a embocadura de tubo de queda (LNEC, ITE 33) A conformação das pendentes na zona das embocaduras tem a ver com a necessidade de rebaixamento da camada de forma nessas zonas, para evitar aí uma sobreelevação do respectivo revestimento de impermeabilização. Esta é devida ao engrossamento deste revestimento, resultante da aplicação, não só de uma camada complementar de remate, como também das peças (em geral metálicas) de ligação com o tubo de queda ou com outro dispositivo de recolha e descarga da água pluvial. Essas peças são cons- 100

117 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 tituídas por um aro em geral circular, solidário com um canhão; que é intercalado no sistema de impermeabilização (Figs e 5.120). Fig Esquema d um remate com embocadura dum tubo de queda (LNEC, ITE 33) Fig Vista do aro da peça de remate numa embocadura de um tubo de queda (LNEC, ITE 33) As infiltrações de água através da ligação da impermeabilização com a embocadura do tubo de queda são devidas geralmente à concepção ou execução insatisfatórias do respectivo remate. São de evitar soluções onde a impermeabilização é rematada directamente sobre o tubo de queda sem qualquer elemento de reforço (Fig ). Os movimentos desse tubo ou da estrutura resistente da cobertura são transmitidos ao remate (cuja capacidade de deformação pode não ser compatível com os mesmos), dado que não existe uma dessolidarização entre este e aqueles (LNEC, ITE 33). Fig Esquema de remate insatisfatório com tubo de queda (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M24 e as causas prováveis são registadas entre 101

118 5. Fichas de inspecção do tipo C as células R24 e W24. Anomalia 38 (Nos remates com tubagens emergentes) Nos casos das tubagens emergentes, os problemas põem-se geralmente ao nível dos processos de fixação a essas tubagens dos remates da impermeabilização. As anomalias que se verificam são em geral descolamentos ou fissuração desses remates, motivados, ou por acentuados deslocamentos na direcção vertical das respectivas tubagens, ou por deficientes soluções de protecção dos bordos superiores dos remates. Para obviar aos deslocamentos referidos, deve adoptar-se, na base do remate, uma disposição construtiva que o permita dessolidarizar, na extensão adequada, da superfície corrente do revestimento de impermeabilização, nessa zona, de um cordão flexível contornando a respectiva tubagem (LNEC, ITE 33) (Fig ). Fig Esquema de remate da impermeabilização com uma tubagem emergente (LNEC, ITE 33) O registo da anomalia é feito na célula M25 e as causas prováveis são registadas entre as células R25 e V25. Anomalia 39 (Nos remates com bases de equipamento de apoio) Como referido, às perfurações de natureza estática de longa duração podem apontarse como principais causas a colocação, sobre o revestimento, de suportes de instalações ou equipamentos diversos. As medidas que impeçam ou minimizem os riscos apontados consistem na aplicação de camadas de distribuição uniforme das cargas pontuais em questão (LNEC, ITE 33). O registo da anomalia é feito na célula M26 e as causas prováveis são registadas entre as células R26 e V26. Anomalia 40 (Nos remates com caleira) As principais anomalias nestes elementos singulares das coberturas, quando realiza- 102

119 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 das com revestimentos de impermeabilização, são as seguintes: descolamento de juntas de sobreposição das respectivas membranas e fissuração dessas membranas. As manifestações de humidade resultantes podem detectar-se no interior do edifício e também pelo exterior quando as caleiras são periféricas (Fig ). Fig Manifestações de humidade no paramento exterior duma caleira, por deficiente execução do seu remate (LNEC, ITE 33) Para o descolamento das juntas de sobreposição contribuem vários factores, dos quais são mais importantes a reduzida largura dessas juntas, o sentido segundo o qual foram aplicadas as membranas, a reduzida pendente da cobertura, senão quando nula ou mesmo invertida, ou, evidentemente, a utilização de produtos de colagem insatisfatórios ou a deficiente execução da colagem. O sentido de aplicação das membranas define a posição do ligeiro ressalto das juntas de sobreposição, o qual não deve ficar directamente sujeito ao contacto da lâmina de água durante o escoamento da caleira (Fig ). a) Solução satisfatória b) Solução insatisfatória Fig Disposições das juntas d sobreposição em caleiras (LNEC, ITE 33) A fissuração no revestimento da impermeabilização das caleiras ocorre devido a um envelhecimento mais acentuado dos materiais que o constituem (por acções mecânicas de desgaste de maior intensidade) ou a disposições construtivas insatisfatórias. A interrupção da protecção pesada da superfície corrente junto aos bordos da caleira é causa da fissuração, por corte, do revestimento nessa zona (LNEC, ITE 33) (Fig ). O registo da anomalia é feito na célula M27 e as causas prováveis são registadas entre as células R27 e V

120 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Zonas críticas de remates em caleiras de coberturas acessíveis (LNEC, ITE 33) 5.8 Ficha de inspecção C/CT5 da cobertura em terraço Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/CT3. Na abertura da ficha de inspecção C/CT5, deve-se seleccionar actualizar (actualização de dados) e continuar. Automaticamente, serão feitos os registos das anomalias e as classificações das anomalias. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualizações. 5.9 Ficha de inspecção C/CT6 da cobertura em terraço Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/CT3 e C/CT4. Na abertura da ficha de inspecção C/CT6, deve-se seleccionar actualizar (actualização de dados) e continuar. Automaticamente, serão feitos os registos das anomalias e as classificações das anomalias. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualizações Ficha de inspecção C/Fa1 das fachadas e muretes Na abertura da ficha de inspecção C/Fa1 (Anexo 1), deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados) e continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados. Nesta ficha de inspecção, os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda por visualização. 104

121 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 As células onde são registadas as ocorrências têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção do registo apropriado da espessura do isolamento (cm) da camada de isolamento térmico Visualização das fachadas Neste campo, são feitos os registos das fachadas que tenham orientações nos quadrantes Norte, Este, Sul e Oeste, assim como os respectivos registos fotográficos. Estão disponíveis os seguintes registos: fachada Norte (N); o seu registo é feito na célula F11; fachada Este (E); o seu registo é feito na célula F27; fachada Sul (S); o seu registo é feito na célula Q11; fachada Oeste (W); o seu registo é feito na célula Q Condições de exposição A durabilidade dos revestimentos exteriores de paredes é condicionada por determinados factores climáticos a que vão estar expostos (pluviosidade, vento - de cuja orientação e velocidade depende a intensidade de incidência da chuva nas paredes, a humidade do ar - que condiciona a velocidade de secagem dos paramentos humidificados pela chuva - e temperaturas negativas - que podem provocar a degradação dos revestimentos por congelação da água existente nos seus poros). A protecção conferida ao edifício pela rugosidade aerodinâmica do local (presença de edifícios vizinhos de altura igual ou superior) e a existência de elementos arquitectónicos de protecção (beirais e cimalhas) são também factores de que depende a severidade das condições de exposição das paredes de um edifício. As condições de exposição às intempéries dos paramentos exteriores podem classificar-se em (LNEC, 2000): condições severas - exposição plena à incidência da chuva batida pelo vento; consideram-se em condições severas de exposição edifícios situados na orla marítima ou em pontos elevados, ou edifícios que se elevam bastante acima dos vizinhos, em aglomerados urbanos ; o seu registo é feito na célula F46; condições moderadas - paredes parcialmente protegidas por elementos arquitectónicos adequados ou por outros edifícios de altura semelhante (edifícios de médio porte em aglomerados urbanos) ; o seu registo é feito na célula N46; 105

122 5. Fichas de inspecção do tipo C condições favoráveis - regiões de fraca pluviosidade com paredes protegidas por elementos arquitectónicos adequados e por outros edifícios de maior altura (edifícios urbanos de um ou dois pisos) Camada de isolamento térmico O registo da camada de isolamento térmico, em paredes exteriores, pode ser feito através da avaliação do projecto, da informação oral fornecida pelo dono da obra / administrador ou por visualização. Se o projecto não fizer referência ao isolamento térmico a aplicar, deve-se questionar o dono da obra / administrador sobre a sua existência. Se este afirmar que tem isolamento, mas desconhecer o tipo de material isolante aplicado, regista-se com a pontuação 1 (sim) a existência do isolamento na célula I49 de camada de isolamento térmico e com a pontuação 2 (não se sabe) nas células correspondentes aos materiais de isolamento. Se souber que não foi instalado isolamento térmico, regista-se com 0 (não). Se desconhecer a aplicação de isolamento, regista-se, na célula da camada de isolamento térmico, a pontuação 2 (não se sabe) e, automaticamente, os materiais de isolamento são preenchidos com essa pontuação. Regra geral, não é possível fazer por visualização o registo da existência de isolamento térmico. No entanto, existe um caso particular em que esse tipo de registo pode ser feito. Trata-se do caso em que é visualizada a anomalia manchas localizadas numa fachada, cujo aspecto é de manchas escuras nas zonas das alvenarias, em contraste com manchas claras nas zonas das argamassas de assentamento - fenómenos de termoforese que são traduzidos por absorções diferenciais de humidade e pela deposição de poeiras em suspensão no ar nas zonas mais frias (Henriques, 2001), que indiciam a inexistência de isolamento térmico nas paredes exteriores. Neste caso, dá-se a pontuação 0 (não) na célula I49 da camada de isolamento térmico e 1 (sim) na célula E53 da Visualização. Podem ser feitos os seguintes registos: camada de isolamento térmico; o seu registo é feito na célula I49; projecto; o seu registo é feito na célula E52; visualização; o seu registo é feito na célula E53; informação oral; o seu registo é feito na célula E54. Os locais onde os isolamentos podem ser colocados são: isolamento pelo interior (Fig ) - permite fazer a correcção das pontes térmicas pelo interior; tem, no entanto, o inconveniente de anular a inércia térmica das paredes exteriores; o seu registo é feito na célula G55; 106

123 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Isolamento térmico pelo interior isolamento na caixa-de-ar (Fig ) - aplicação geral; pode preencher total, ou parcialmente, a caixa-de-ar; exige a correcção das pontes térmicas pelo exterior (habitual) ou pelo interior; o seu registo é feito na célula G56; Fig Isolamento térmico preenchendo totalmente a caixa-de-ar isolamento pelo exterior (Fig ) - trata-se do modelo mais eficaz de isolamento, uma vez que resolve o problema das pontes térmicas e permite que a inércia térmica das paredes seja elevada; trata-se de um modelo que é mais aplicado em edifícios que foram construídos sem isolamento térmico e aos quais se pretende melhorar o seu comportamento térmico; neste isolamento, são aplicados revestimentos ETICS (revestimentos delgados aplicados sobre armadura em fibra de vidro); o seu registo é feito na célula G56. Fig Isolamento térmico pelo exterior 107

124 5. Fichas de inspecção do tipo C Os materiais de isolamento térmico que podem ser registados são: lã de rocha (componente fabricado em altos fornos a partir de rochas basálticas, transformadas em filamentos que são aglomerados com resinas orgânicas; podem ter um revestimento com papel Kraft ou alumínio); o seu registo é feito na célula N52; lã de vidro (componente fabricado em altos fornos a partir da sílica e do sódio, transformados em filamentos que são aglomerados com resinas sintéticas); o seu registo é feito na célula N53; poliestireno expandido moldado (EPS - Expanded PolyStyrene - polímero de estireno expandido); o seu registo é feito na célula N54; poliestireno expandido extrudido (XPS - extruded PolyStyrene - polímero de estireno extrudido); o seu registo é feito na célula N55; espuma de poliuretano injectada (obtida a partir de uma reacção química entre duas substâncias químicas, o poliol e um activador de reacção, geralmente um isocianato); o seu registo é feito na célula N56; placas de poliuretano; o seu registo é feito na célula N57; aglomerado negro de cortiça; o seu registo é feito na célula N58; argila expandida (argila pura sujeita a elevadas temperaturas em fornos rotativos, onde se dá a sua expansão controlada, resultando na formação de grânulos que, no seu interior, contém milhares de micro poros fechados, contendo ar, conferindo ao material leveza e isolamento térmico); o seu registo é feito na célula N59; espessura do isolamento (cm); se não houver informação (projecto / oral), não se preenche a célula; o seu registo é feito na célula U55; espessura total das paredes (cm) - inclui a espessura do revestimento interior e exterior; poderá ser obtida através da medição da largura de um peitoril, deduzindo a saliência interior e exterior; o seu registo é feito na célula I61; largura total de caixa-de-ar (cm); se não houver informação (projecto / oral) não se preenche a célula; o seu registo é feito na célula I62; 108

125 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 ventilação da caixa-de-ar; o seu registo é feito na célula P62; com tubagem superior (ventilação da caixa-de-ar); o seu registo é feito na célula U61; com tubagem inferior (ventilação da caixa-de-ar); o seu registo é feito na célula U62; correcção de pontes térmicas - a avaliação da existência de correcção das pontes térmicas, pelo interior ou pelo exterior, poderá ser feita através da análise do projecto, por informação oral ou por visualização; se o projecto não fornecer informação, se o dono da obra / administrador não souber e se na inspecção visual for visível a marcação da estrutura (vigas / pilares) com cores claras - fenómenos de termoforese, deve-se registar a correcção das pontes térmicas com a pontuação 0 (não); caso contrário (situação em que não há marcação da estrutura), deve-se registar com a pontuação 2 (não se sabe); o seu registo é feito na célula H65; pelo interior - registo da correcção das pontes térmicas pelo interior na célula M65; pelo exterior - registo da correcção das pontes térmicas pelo exterior na célula M66; com tijoleira cerâmica - registo da correcção das pontes térmicas com tijoleira cerâmica na célula U64; com tijolo cerâmico - registo da correcção das pontes térmicas com tijolo cerâmica na célula U65; com isolamento - registo da correcção das pontes térmicas com isolamento na célula U65; caleira de drenagem - a avaliação da existência de caleira de drenagem da caixade-ar pode ser feita através da análise do projecto e da visualização exterior dos tubos de drenagem; o seu registo é feito na célula G69; só afagada - a avaliação da existência do afagamento da caleira de drenagem pode ser feita através da análise do projecto e por informação oral; se não houver informação, deve ser dada a pontuação 2 (não se sabe); o seu registo é feito na célula K68; afagada e pintada - a avaliação será do mesmo tipo do ponto anterior; o seu registo é feito na célula K69; 109

126 5. Fichas de inspecção do tipo C drenagem com tubo inferior; o seu registo é feito na célula U68; drenagem com mais de um tubo inferior; o seu registo é feito na célula U Singularidades das fachadas Neste campo, é avaliada a existência de cornijas, gárgulas, elementos artísticos, socos e cunhais; podem ser feitos os seguintes registos: cornijas; o seu registo é feito na célula D75; gárgulas (parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância das paredes exteriores e que podem ser ornadas com figuras quiméricas); o seu registo é feito na célula J75; elementos artísticos; o seu registo é feito na célula S75; soco (lambril exterior ao nível do pavimento térreo, geralmente executado com material diferente do revestimento da fachada); o seu registo é feito na célula C78; ladrilhos cerâmicos (soco); o seu registo é feito na célula J77; ladrilhos hidráulicos (soco) - constituídos por cimento hidráulico em camadas, a primeira com superfície colorida e decorada, a segunda com granulometria fina e a terceira, e última, de areia mais grossa; o seu registo é feito na célula J78; placas de pedra natural (soco); o seu registo é feito na célula; J79; placas de pedra artificial (soco); o seu registo é feito na célula; J80; argamassa cimentícia (soco); o seu registo é feito na célula; J81. Relativamente aos cunhais - ângulos salientes, formados por duas paredes convergentes (Fig ), é habitual que haja apenas um tipo de revestimento. Nos casos em que haja mais do que um tipo de revestimento, regista-se com a pontuação 1 (sim) os revestimentos visualizados. Para os edifícios localizados nas bandas extrema e central (sem cunhais), não são feitos 110

127 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 registos, tanto na célula de cunhais, como nas células respeitantes aos seus revestimentos. Podem ser feitos, então, os seguintes registos: Fig Exemplo da visualização de quatro cunhais em argamassa cimentícia cunhais; o seu registo é feito na célula N78; ladrilhos cerâmicos (cunhais); o seu registo é feito na célula U77; ladrilhos hidráulicos (cunhais); o seu registo é feito na célula U78; placas de pedra natural (cunhais); o seu registo é feito na célula U79; placas de pedra artificial (cunhais); o seu registo é feito na célula U80; argamassa cimentícia (cunhais); o seu registo é feito na célula U Ficha de inspecção C/Fa2 das fachadas e muretes Na abertura da ficha de inspecção C/Fa2 (Anexo 1) das fachadas e muretes - em varandas / palas e platibandas - deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados), continuar, OK (confirmar macros) e continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados Anomalias e causas Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detectadas em fachadas e muretes e as suas causas possíveis (prováveis teóricas). As anomalias são registadas nas células que estão associadas às exposições das fachadas e muretes (N, E, S e W) e têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas células da coluna An., essas anomalias estão registadas, por defeito, com a pontuação 1 (sim) e estão relacionadas com as causas prováveis teóricas. A inexistência de uma anomalia na célula da coluna An. com a pontuação 0 (não) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a 111

128 5. Fichas de inspecção do tipo C existência de uma anomalia, devem registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas reais que forem encontradas na globalidade das fachadas, resultantes da avaliação do projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida. Todas as anomalias, que são registadas em cada fachada, devem ser sustentadas por registos fotográficos que são guardados em arquivos com os nomes das exposições das fachadas. As anomalias que não forem visíveis são registadas com a pontuação 2 (não se sabe). Anomalia 1 (Vegetação parasitária de grande porte - plantas, erva) O desenvolvimento de vegetação (Fig ) e de bolores e/ou outros fungos deve-se, em geral, à criação de condições de humidade permanente em determinadas zonas dos revestimentos devido a condensações, nomeadamente zonas de pontes térmicas, ou infiltrações (INH - LNEC, 2006). Uma deficiente execução e a ausência / inadequação de manutenção podem, também, originar a ocorrência da anomalia. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Fig Desenvolvimento de vegetação em parede (INH - LNEC, 2006) Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L13; - exposição (E), na célula M13; - exposição (S), na célula N13; - exposição (W), na célula O13; - An., na célula P13. As causas prováveis são registadas entre as células U13 e AB Anomalia 2 (Colonização biológica - algas, líquenes, fungos, musgos, verdete) A colonização biológica (algas, líquenes, fungos, musgos, verdete) (Fig ) é

129 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 uma anomalia com o mesmo tipo de correlações anomalias / causas da anomalia 1. Fig Desenvolvimento de líquenes em muretes Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L14; - exposição (E), na célula M14; - exposição (S), na célula N14; - exposição (W), na célula O14; - An., na célula P14. As causas prováveis são registadas entre as células U14 e AB14. Anomalia 3 (Abaulamento do painel de tijolo) Esta anomalia é representada pela curvatura do painel de tijolo no seu plano. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L15; - exposição (E), na célula M15; - exposição (S), na célula N15; - exposição (W), na célula O15; - An., na célula P15. As causas prováveis são registadas entre as células U15 e X15. Anomalia 4 (Deficiências de planeza do revestimento) Os revestimentos de ligantes minerais devem respeitar as exigências estabelecidas de planeza (ausência de ondulação), geral e localizada (LNEC, 2000). Uma metodologia para verificar a planeza do revestimento (geral e localizada) é medir as flechas do paramento sob réguas de 2,0 m e 0,2 m de comprimento. Os limites 113

130 5. Fichas de inspecção do tipo C máximos das flechas admissíveis são: 10 mm no caso geral, 5 mm se o revestimento foi executado pelo método de pontos e mestras e 2 mm para a planeza localizada (LNEC, 2000). Normalmente, esta anomalia (Fig ) está relacionada a execução deficiente e/ou de utilização inadequada de materiais Fig Deficiências de planeza do revestimento no murete Em relação ao revestimento com ladrilhos cerâmicos, os ladrilhos podem apresentar deficiências de planeza devido a empenos, que se repercutem em deficiências de planeza da superfície revestida, mas estas últimas podem ainda dever-se a outras causas, nomeadamente: irregularidades da superfície do suporte que o produto de assentamento não consegue disfarçar; incumprimento das regras da qualidade sobre planeza geral ou localizada da superfície a revestir (INH - LNEC, 2006) - (Fig ). Fig Deficiências de planeza do revestimento cerâmico (APICER, 2003) Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L16; - exposição (E), na célula M16; - exposição (S), na célula N16; - exposição (W), na célula O16; - An., na célula P16. As causas prováveis são registadas entre as células U16 e W

131 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Anomalia 5 (Desagregação / esfarelamento / erosão) Esta anomalia (Fig ) é muito frequente e deve-se, entre outros motivos, ao efeito da humidade no seu percurso no interior da parede, quando, após a dissolução de sais, se dá a sua cristalização, com a evaporação da água que atinge a superfície da parede (Appleton, 2003). Por outro lado, a desagregação de revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos ou aéreos pode ser devida à insuficiente resistência mecânica perante a acção dos agentes atmosféricos - com destaque para a acção mecânica do vento (DGOT-LNEC, 2005). Fig Desagregação superficial do revestimento cerâmico Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L17; - exposição (E), na célula M17; - exposição (S), na célula N17; - exposição (W), na célula O17; - An., na célula P17. As causas prováveis são registadas entre as células U17 e AB17. Anomalia 6 (Alveolização / crateras) A alveolização / crateras (Fig ) é uma anomalia que está normalmente associada a fenómenos de criptoflorescências. Segundo INH - LNEC, 2006, esta anomalia surge por deterioração de rebocos associada à cristalização de sais solúveis. Em relação ao surgimento de crateras na superfície dos ladrilhos apresentando no fundo um ponto branco, deve-se geralmente à expansão (explosiva), por acção de óxido de cálcio (CaO), quando em contacto com água, nas formas líquida 115

132 5. Fichas de inspecção do tipo C ou de vapor. O óxido de cálcio forma-se durante a cozedura de matérias-primas que contenham grânulos de calcário, em geral com diâmetro superior a 1 mm (INH - LNEC, 2006). Fig Crateras na viga de betão armado Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L18; - exposição (E), na célula M18; - exposição (S), na célula N18; - exposição (W), na célula O18; - An., na célula P18. As causas prováveis são registadas entre as células U18 e AC18. Anomalia 7 (Empolamento) O empolamento é um descolamento do revestimento com formação de convexidade em grandes áreas do paramento ou somente numa ou noutra área muito localizada, seguida da queda do revestimento. Este destaque do revestimento inicia-se nas zonas onde começou o empolamento e depois, se essa zona não for reparada, alastra-se à generalidade do paramento por perda de aderência do revestimento ao suporte. O descolamento com empolamento fica, em geral, a dever-se ao ataque da argamassa do revestimento pelos sulfatos solúveis na água - sulfatos de sódio, de magnésio ou de cálcio -, em consequência da presença prolongada e abundante da água nos suportes com teor significativo desses sais (LNEC, 2000). Nos revestimentos de impermeabilização ou de ligantes sintéticos, o empolamento com formação de bolhas de diâmetro variável entre poucos milímetros e algumas 116

133 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 dezenas de centímetros, por perda de aderência localizada do revestimento é geralmente consequência de uma insuficiente permeância ao vapor de água do revestimento. Nestas condições, a água produzida, sob a forma de vapor, no interior do edifício, proveniente dos materiais que constituem o suporte, eventualmente húmidos no seu interior no momento da aplicação, ou do solo a partir do qual sob por capilaridade pelas paredes, ou, ainda, infiltrada através de remates imperfeitos - acumula-se entre o revestimento e a parede, sem possibilidade de sair por evaporação, e vai provocar perdas de aderência localizadas, com formação de bolhas (LNEC, 2000). Quanto ao empolamento em pinturas (Fig ), segundo LNEC - ITPRC 5, 2005, as causas podem ser: presença de humidade em excesso na base de aplicação ou no ambiente; infiltração e acesso de humidade para a base de aplicação proveniente de defeitos de construção; desrespeito do intervalo de tempo de repintura; excessiva espessura da camada de produto; presença de espécies solúveis em água; incompatibilidade química do produto de pintura com a base de aplicação; aplicação do produto em condições de temperaturas elevadas (exposição solar); presença de resinas em madeira pintada inadequadamente preparada para pintura que, com a temperatura tem tendência a libertá-la, originando bolhas sob revestimento; métodos ou/e instrumentos de aplicação incompatíveis ou inadequados para o tipo de produto de pintura a aplicar. Segundo Appleton (2003), a aplicação de uma camada exterior impermeável impede a transpiração da parede, ou seja, que se dê naturalmente a evaporação da água infiltrada nas paredes. Isto significa que a estas pinturas se pode ligar a ocorrência de empolamentos na superfície exterior, pela formação de bolhas de água e/ou ar entre o reboco e a camada de pintura. Fig Empolamento da pintura O empolamento em revestimentos cerâmicos (Fig ), bem como as suas cau- 117

134 5. Fichas de inspecção do tipo C sas, é abordado na anomalia descolamentos (APICER, 2003). Fig Empolamento do revestimento cerâmico (APICER, 2003) Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) e de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L19; - exposição (E), na célula M19; - exposição (S), na célula N19; - exposição (W), na célula O19; - An., na célula P19. As causas prováveis são registadas entre as células U19 e AA19. Anomalia 8 (Descolamentos / destacamento / descasque) A anomalia descolamentos / destacamento / descasque pode ocorrer, vulgarmente, em elementos de betão armado das fachadas (delaminação), nos rebocos, revestimentos cerâmicos, placas de pedra e nas pinturas. O descasque no betão - delaminação - (Fig ) deve-se à corrosão das armaduras com a formação de produtos de oxidação (ferrugem), que, em virtude do seu maior volume relativamente aos elementos que lhe deram origem, podem provocar a fendilhação e, em fase mais adiantada, a delaminação do betão de recobrimento (INH - LNEC, 2006). A corrosão das armaduras inicia-se quando estas perdem a passivação - fina película protectora de óxidos e hidróxidos ferrosos na superfície do aço que inibe o início de processos de corrosão. Esta perda está associada, frequentemente, ao fenómeno de carbonatação do betão, que corresponde, de uma forma simplificada, à transformação do hidróxido de cálcio em carbonato de cálcio pela acção do dióxido de carbono existente no ar e que penetra no betão através da estrutura porosa. Também a presença de iões de cloreto na interface aço / betão 118

135 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 provenientes quer dos constituintes do betão (em especial dos agregados finos mal lavados ou da água de amassadura) quer do meio ambiente e que penetram no betão, pode destruir a camada de passivação das armaduras e promover o início da corrosão do aço. A penetração tanto do dióxido de carbono como dos cloretos no betão ocorre por processos de difusão, de convecção (sob o efeito de gradiente de temperatura) ou de capilaridade. A espessura de recobrimento e a porosidade do betão são parâmetros fundamentais no efeito de barreira de protecção contra a corrosão que o betão confere às armaduras (INH - LNEC, 2006). Fig Delaminação do betão devida à corrosão das armaduras O destacamento do reboco (Fig ) sem deixar quaisquer vestígios de aderência no suporte fica a dever-se ao facto de nunca ter sido estabelecida essa aderência, porque o suporte era demasiado liso e haveria necessidade de se proceder ao seu tratamento e preparação prévia - criação de rugosidade, aplicação de um crespido, aplicação de uma rede, etc. -, ou porque, no momento da aplicação, o suporte se encontrava sujo ou havia recebido a aplicação de algum hidrófugo, ou ainda porque a argamassa utilizada no revestimento era exageradamente fraca (LNEC, 2000). Fig Destacamento do reboco por falta de aderência inicial (INH - LNEC, 2006) Em revestimentos delgados, a queda de porções localizadas do revestimento (Fig ) ou de parte das camadas que o constituem é ocasionado por má aderência 119

136 5. Fichas de inspecção do tipo C do revestimento ao suporte, quer devido a deficiente preparação inicial deste, quer na sequência da formação de eflorescências (LNEC, 2000). Fig Destacamento do reboco delgado sobre isolante (INH - LNEC, 2006) Segundo LNEC (2000), o revestimento cerâmico deve ser fraccionado por intermédio de juntas de dilatação, com vista a reduzir os riscos de descolamento dos ladrilhos em consequência de movimentos diferenciais - suporte. As juntas devem ter largura maior do que 6 mm e atravessar em profundidade o revestimento cerâmico, o produto de colagem e até, quando se prevejam movimentos significativos, o próprio reboco de regularização. São preenchidas com mastique sobre empanque. A relação largura / profundidade das juntas deve ser adaptada aos produtos de enchimento e vedação utilizados, pelo que devem ser respeitadas as indicações dos Documentos de Homologação destes produtos. Devem ser previstas juntas de dilatação pelo menos nas seguintes situações: em correspondência com juntas de dilatação da construção; no contorno do revestimento cerâmico quando confine com saliências rígidas das paredes ou com revestimentos de paredes de outro tipo; na transmissão entre materiais de suportes diferentes; em zona corrente dos paramentos dos edifícios em altura - horizontalmente, ao nível de cada andar, e verticalmente espaçadas de 3 m a 4,5 m. Em relação aos sintomas da anomalia de descolamento de revestimentos cerâmicos colados (Fig ), verifica-se que em condições correntes, o descolamento de um revestimento ocorre quando a sua aderência ao suporte em que se encontra aplicado é insuficiente para resistir às tensões, devidas quer às acções inerentes ao uso, nomeadamente às acções de choque, quer à restrição de deformações impostas (deformações diferenciais restringidas), quer às forças exteriores. A rotura conducente ao descolamento pode ocorrer na interface ladrilho - produto de assentamento, na interface produto de assentamento - suporte, ou no seio do produto de regularização do suporte, ou ainda no próprio suporte. O descolamento pode acontecer 120

137 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 indiscriminadamente em qualquer zona da área revestida, nomeadamente em correspondência com zonas de maior incidência de deficiências de assentamento, mas o seu início é mais provável e frequente em pontos singulares da área revestida, como acontece na proximidade de descontinuidades ou de fronteiras, onde habitualmente se concentram as tensões normais ao plano de revestimento e as tensões de corte (LNEC - ITPRC 4, 2005). Nesta publicação são apresentadas como causas desta anomalia as deficiências de concepção ou projecto ( face à actual variedade de produtos e métodos de assentamento, a concepção dos revestimentos cerâmicos tem de abandonar o hábito prescritivo para assumir a metodologia exigencial, visando a satisfação de exigências normativas e de desempenho ), as deficiências de execução ( desrespeito pelo tempo de abertura da cola; desrespeito pelo tempo de repouso, pelo tempo de ajustamento ou, sobretudo, pelo tempo prático de utilização da cola; desrespeito pelos intervalos de tempo que devem decorrer entre as sucessivas fases de execução de uma obra e do próprio revestimento; falta de preparação adequada das superfícies a colar ou a ligar (suporte, tardoz dos ladrilhos, bordos dos ladrilhos, flancos das juntas do suporte, entre outras); amassadura deficiente das colas ou dos produtos de preenchimento de juntas entre ladrilhos; execução do revestimento em condições atmosféricas adversas; falta de controlo de qualidade da colagem; aplicação da cola em espessura fora dos limites recomendados; opção por colagem simples em situações em que a colagem dupla seja imprescindível; preenchimento incompleto das juntas entre ladrilhos ), as anomalias nos suportes, os erros de utilização, as deficiências de manutenção ou de limpeza e a entrada precoce do revestimento em serviço. Em INH - LNEC (2006), é referido que o descolamento de ladrilhos caracteriza-se pela perda de aderência destes relativamente ao suporte, com ou sem empolamento. As causas que geralmente estão na origem dos descolamentos são movimentos diferenciais suporte / revestimento, aderência insuficiente entre camadas de revestimento, falta de juntas elásticas no contorno do revestimento e deficiências do suporte) deficiências de limpeza, planeza e porosidade). APICER (2003) refere que o descolamento localizado pode ter origem em: pequena fissura local (frequente nos cantos dos vãos); zona de concentração de tensões na parede (mudança de secção ou carga concentrada). Se a resistência da ligação não for muito elevada e a resistência mecânica dos ladrilhos for média / alta, estes não descolam mas fissuram; podem dar-se entradas pontuais de água para o suporte ou zonas de remate de trabalho, com argamassas / cimentos-cola no limite do seu tempo de abertura, 121

138 5. Fichas de inspecção do tipo C isto é, da sua capacidade para garantir a colagem. Ocorrem, ainda, descolamentos localizados, com padrão repetitivo, associados ao uso de argamassas / cimentoscola para além do seu tempo de abertura, resultantes de amassaduras não compatíveis com o ritmo de aplicação e, noutros casos, associados à geometria da parede e da zona de aplicação em relação ao nível do andaime, que podem influenciar não só o ritmo mas também a facilidade de execução. O descolamento generalizado com empolamento está geralmente associado a material cerâmico de revestimento com franca expansão irreversível, não compensada por juntas estruturais e juntas de assentamento com largura e espaçamentos compatíveis. Numa parede de fachada e nas várias camadas que a constituem, compostas por diferentes materiais, com coeficientes de expansão - contracção distintos e sujeitos a diferentes solicitações (nomeadamente de carácter higrotérmico), verifica-se que existem acentuados movimentos diferenciais restringidos pelo funcionamento conjunto das várias camadas. Estes movimentos vão criar tensões de corte elevadas nas interfaces que só podem ser absorvidas com ligações de elevada resistência, razoável elasticidade e juntas capazes de acomodar esses movimentos. Aconselha-se, em geral, que as juntas de esquartelamento não sejam sujeitas a movimentos superiores a 20% da sua largura. Os movimentos diferenciais devidos à acção da humidade (reversíveis ou irreversíveis) podem ser agravados por eventual falta de estanqueidade progressiva do paramento exterior, contribuindo para a molhagem do suporte. Uma deformação uniforme acentuada da estrutura ou da parede de suporte pode conduzir a empolamento e descolamento sem fissuração prévia, como acontece, por exemplo, quando o assentamento é feito sobre reboco armado ou a ligação entre ladrilhos é muito resistente. Não deve ignorar-se que os defeitos relativos à falta de resistência do produto de assentamento ou da sua aderência ao suporte ou aos ladrilhos, constituem sempre um factor de agravamento. Sem empolamento, os descolamentos generalizados dão-se, em geral, por deficiência da camada adesiva, resultante da falta de qualidade do produto, da sua inadequação à função ou da sua má aplicação. A entrada de água para o tardoz dos revestimentos (através de fissuras, peitoris, platibandas, entre outros), constitui sempre um factor de agravamento. Nos ladrilhos cerâmicos pouco porosos, a aderência vem dificultada, pelo que deve haver um maior cuidado com o tempo de abertura do material de colagem. Recomenda-se que, no exterior, se devem distinguir os tempos de abertura dos produtos de colagem a utilizar em fachadas em zona de sombra ou fachadas sujeitas à acção intensa do sol. Para além dos já referidos, são diversos os factores que, 122

139 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 por si só, ou de forma conjugada, podem contribuir para o descolamento dos revestimentos cerâmicos de parede: reduzida elasticidade do produto de colagem; suportes muito jovens; áreas de trabalho demasiado extensas; contacto incompleto dos ladrilhos com a cola, em particular nos limites periféricos das zonas de trabalho; transição entre suportes distintos; suportes irregulares, pouco limpos, pulverulentos ou com porosidade não recomendável; falta de pressão adequada dos ladrilhos no acto de assentamento; falta de planeamento do trabalho e deficiente qualificação da mão-de-obra.. Fig Descolamento localizado dos ladrilhos As causas da queda dos revestimentos de placas de pedra (Fig ) são a incorrecta prescrição dos sistemas de fixação, optando-se muitas vezes por colagem directa ao suporte, em vez da utilização de fixação mecânica, ou por um sistema de fixação com resistência insuficiente; inadequada protecção dos elementos de fixação aos agentes agressivos; inadequada estereotomia, utilizando-se elementos com áreas muito grandes ou com má pormenorização construtiva face ao suporte a revestir; juntas entre placas com dimensão diminuta, o que leva muitas vezes à descarga do peso das placas umas sobre as outras (INH - LNEC, 2006). Fig Descolamento de placas de pedra (INH - LNEC, 2006) O descasque das pinturas (Fig ) dá-se por separação espontânea de superfícies limitadas de película da sua base de aplicação por falta de aderência. As cau- 123

140 5. Fichas de inspecção do tipo C sas poderão ser por presença de humidade em excesso na base de aplicação; infiltração e acesso de humidade para a base de aplicação; presença de partículas pouco aderentes e sujidades nas bases de aplicação; aplicação do produto sob condições ambientais inadequadas; revestimento por pintura inadequado às condições de exposição, nomeadamente a atmosferas corrosivas donde resulta o ataque químico ao revestimento; inadequada ou incorrecta preparação da superfície para repintura; ausência da aplicação de primários na base de aplicação ou utilização de primários inadequados; tipo ou teor de solventes incorrectos ou inadequados; aplicação de produtos de pintura sobre bases de aplicação lisas; incompatibilidade física - química - mecânica do produto de pintura com a base de aplicação; desrespeito do intervalo de tempo de secagem entre demãos; envelhecimento natural do revestimento por pintura. (LNEC - ITPRC 5, 2005). Fig Descasque da pintura devido a humidade Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) e de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L20; - exposição (E), na célula M20; - exposição (S), na célula N20; - exposição (W), na célula O20; - An., na célula P20. As causas prováveis são registadas entre as células U20 e AA20. Anomalia 9 (Eflorescências / criptoflorescências) A formação de eflorescências foi exposta na cobertura inclinada. No caso de paredes em contacto com pisos térreos, quando existe matéria orgânica no solo ou nos materiais constituintes das paredes, os nitratos que se formam a partir dela podem 124

141 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 também dar origem a eflorescências, de coloração em geral acastanhada, a que se dá vulgarmente a designação de salitre (INH - LNEC, 2006). No caso de paredes revestidas com ladrilhos cerâmicos, a formação de eflorescências manifesta-se nos ladrilhos através do surgimento de manchas esbranquiçadas à superfície. A sua ocorrência revela a presença de sais solúveis nos ladrilhos que, depois do seu humedecimento, foram transportados para a superfície e aí cristalizaram à medida que a água se foi evaporando. No caso de ladrilhos cerâmicos, esses sais podem provir das matérias-primas ou de posterior contaminação dos ladrilhos por gases sulfurosos (SO 3 ) do forno, ou até de cinzas dos combustíveis, durante a cozedura ou secagem, quando para esta se aproveitam os gases do forno. Os sais podem ainda provir dos produtos de assentamento ou do suporte e são, em geral, sulfatos de sódio (Na 2 SO 4 ), de potássio (K 2 SO 4 ), de magnésio (MgSO 4 ) ou de cálcio (CaSO 4 ), estes últimos menos solúveis (INH - LNEC, 2006). Embora a porosidade seja um obstáculo à migração de sais, ocorrem por vezes casos de formação de eflorescências sobre elementos de pedra. As anomalias mais frequentes que resultam dessa ocorrência são a formação e destacamento de placas e a degradação sob a forma de areia ou de pó (arenização e pulverização) (DGOT - LNEC, 2005). Na Figs e 5.145, são dados alguns exemplos de manifestações de eflorescências nos revestimentos. Fig Eflorescências em fissuras do reboco e em muretes de betão Fig Eflorescências em revestimentos cerâmicos e de pedra As criptoflorescências (Fig ) resultam da cristalização dos sais carregados 125

142 5. Fichas de inspecção do tipo C pela água ligeiramente abaixo da superfície do paramento, provocando a desagregação da camada superficial, devido ao aumento de volume com que é em regra acompanhada (INH - LNEC, 2006). Fig Criptoflorescências em ladrilhos cerâmicos Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) e de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L21; - exposição (E), na célula M21; - exposição (S), na célula N21; - exposição (W), na célula O21; - An., na célula P21. As causas prováveis são registadas entre as células U21 e AA21. Anomalia 10 (Alteração de cor - amarelecimento / bronzeamento / descoloração) Amarelecimento (Fig ): desenvolvimento de uma cor amarela durante o envelhecimento de uma película de tinta, verniz ou produto similar, que tem como causa a acção dos agentes ambientais (radiação, temperatura, oxigénio, humidade) sobre o ligante do produto de pintura, que altera a sua natureza química (LNEC - ITPRC 5, 2005). 126 Fig Amarelecimento do revestimento por pintura

143 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Bronzeamento: modificação da cor de uma película, conferindo-lhe aspecto de bronze envelhecido, que tem como causa a acção de radiação solar sobre determinados pigmentos, que são inadequados para serem empregues em exterior (LNEC - ITPRC 5, 2005). Descoloração: perda parcial de cor de uma película de um revestimento por pintura, que tem como causa a acção dos agentes de exposição (radiação solar, temperatura, atmosferas poluídas ou quimicamente agressivas, bases de aplicação quimicamente agressivas) sobre o ligante e/ou os pigmentos do revestimento por pintura (LNEC - ITPRC 5, 2005). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L22; - exposição (E), na célula M22; - exposição (S), na célula N22; - exposição (W), na célula O22; - An., na célula P22. As causas prováveis são registadas entre as células U22 e Y22. Anomalia 11 (Sujidade / manchas de poluição) A captação de sujidade (susceptibilidade de uma película seca atrair à superfície uma quantidade apreciável de sujidade) tem como causas: produto de pintura apresentando elevada concentração volumétrica de pigmento; produto de pintura em que o ligante é susceptível à acção da temperatura, provocando o amolecimento do revestimento por pintura, por exemplo, durante o Verão; formulação não optimizada, de forma a impedir que a película seca apresente pegajosidade (LNEC - ITPRC 5, 2005). A sujidade e as manchas de poluição (Fig ) aparecem com frequência nos revestimentos com tintas texturadas mesmo as designadas de auto-laváveis, acabam por acumular excessivas quantidades de poeira e de poluição atmosférica. Esta retenção de sujidades, devida à rugosidade da tinta, acaba por degradar muito rapidamente o seu aspecto estético (INH - LNEC, 2006). As manchas de humidade podem também desenvolver-se por criação de caminhos preferenciais para a água (LNEC, 2000). Os registos da anomalia são feitos em: 127

144 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Sujidade / manchas de poluição - exposição (N), na célula L23; - exposição (E), na célula M23; - exposição (S), na célula N23; - exposição (W), na célula O23; - An., na célula P23. As causas prováveis são registadas entre as células U23 e W23. Anomalia 12 (Manchas localizadas) São registadas como manchas localizadas aquelas que se manifestam por anomalias de aspecto dos revestimentos nomeadamente alterações de textura e de cor por acção da humidade (Fig ). A humidade de precipitação afecta as paredes exteriores e, mais particularmente, as que ficam expostas a quadrantes onde a chuva batida pelo vento incide com mais frequência e intensidade. A consequente infiltração da água da chuva nas paredes depende de vários factores, sendo os mais significativos relacionados essencialmente com as características das paredes e com a acção dos agentes externos. Quanto à fendilhação, estudos experimentais revelam que a probabilidade de infiltração de água da chuva é claramente superior no caso de existência de fendas horizontais do que no caso de fendas verticais; neste último caso, a infiltração é significativa para aberturas superiores a 1 mm. Em Portugal, as fachadas expostas entre Sul e Poente, com predominância para a orientação Sudoeste na maior parte do território, são as mais expostas a chuva incidente acompanhada de vento forte, o que se conjuga negativamente com o facto de a fendilhação resultante dos efeitos da temperatura ser mais expressiva nessas fachadas, em especial junto à zona da cobertura. Embora a penetração da água se possa verificar em superfície corrente no caso de paredes constituídas com materiais porosos e com o paramento exterior deficientemente protegido contra essa penetração, é em zonas singulares e localizadas que a água penetra com maior 128

145 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 frequência e de um modo mais crítico. Destacam-se, entre essas zonas, nas paredes de fachada, as seguintes: ligações de panos de parede simples de preenchimento da malha da estrutura e com peitoris e guarnecimentos de vãos de janela; juntas de argamassa de assentamento dos tijolos ou blocos de alvenaria, em particular quando a parede não é revestida; áreas degradadas ou destacadas de revestimentos exteriores; fendas nas paredes, com consequências de acrescida gravidade se os respectivos revestimentos forem impermeáveis; zonas de remate com coberturas em telhado ou em terraço; caixas-de-ar de paredes duplas obstruídas com argamassa e outros materiais estranhos, ou sem uma drenagem eficiente; peitoris e cornijas fendilhados ou sem pendente adequada na sua face superior; platibandas desprovidas de revestimentos de tardoz e de capeamento estanque (INH - LNEC, 2006) e por acção de fenómenos de termoforese (Fig ) traduzidos por absorções diferenciais de humidade e pela deposição de poeiras em suspensão no ar nas zonas mais frias (Henriques, 2001). Fig Manchas por acção da humidade nas zonas de platibandas, peitoris e junta de dilatação da estrutura Fig Manchas localizadas por fenómenos de termoforese As manchas localizadas devidas a escorrimentos e eflorescências não serão consideradas por terem tratamento específico. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L24; - exposição (E), na célula M24; 129

146 5. Fichas de inspecção do tipo C - exposição (S), na célula N24; - exposição (W), na célula O24; - An., na célula P24. As causas prováveis são registadas entre as células U24 e AF24. Anomalia 13 (Escorrimentos) Os escorrimentos manifestam-se por anomalias de aspecto dos revestimentos nomeadamente alterações de textura e de cor, particularmente nas zonas dos cantos dos peitoris (Fig ), nas zonas do coroamento de muretes / platibandas (Fig ), nas zonas de elementos metálicos incorporados no revestimento (Fig ) ou em revestimentos cerâmicos devidos à entrada e posterior saída pelas juntas dos ladrilhos (Fig ). Fig Escorrimentos nas zonas dos cantos do peitoril Fig Escorrimentos nas zonas do coroamento de muretes Fig Escorrimentos nas zonas de elementos metálicos As causas destas anomalias estão primordialmente associadas a erros de concepção e execução e à ausência / inadequação de manutenção. Os registos da anomalia são feitos em: 130

147 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Escorrimentos devidos à entrada e posterior saída de água (APICER, 2003) - exposição (N), na célula L25; - exposição (E), na célula M25; - exposição (S), na célula N25; - exposição (W), na célula O25; - An., na célula P25. As causas prováveis são registadas entre as células U25 e AB25. Anomalia 14 (Ascensão capilar) A ascensão capilar da água em paredes é manifestada por manchas de humidade e desenvolvimento de fungos e líquenes e por eflorescências (Figs e 5.156). A humidade do terreno afecta exclusivamente as paredes de pisos térreos ou de caves, podendo ser acompanhada de diversas anomalias de menor ou maior gravidade. No caso de paredes acima do solo de pisos térreos, o humedecimento dos respectivos paramentos devido à humidade do terreno pode atingir alturas variáveis, que dependem de diversos factores, nomeadamente dos seguintes: natureza e importância da humidade; eventual existência de sais solúveis no terreno ou nas paredes; porosidade dos materiais constituintes da parede; espessura da parede e características de permeabilidade à água e ao vapor de água dos seus revestimentos. Em regra, a altura máxima atingida nas paredes pela humidade do terreno não ultrapassa 1,5 m acima do solo. Essa altura máxima verifica-se mais frequentemente nas zonas onde haja uma maior dificuldade em se processar a evaporação da água, como, por exemplo, em locais deficientemente ventilados do edifício (INH - LNEC, 2006). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L26; - exposição (E), na célula M26; - exposição (S), na célula N26; - exposição (W), na célula O26; 131

148 5. Fichas de inspecção do tipo C - An., na célula P26. Fig Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de eflorescências e de manchas de humidade Fig Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de fungos e de eflorescências As causas prováveis são registadas entre as células U26 e AB26. Anomalia 15 (Graffiti) Os graffiti (Fig ), considerados como anomalias, resultam da alteração do aspecto dos revestimentos e têm como causas predominantes o vandalismo e a ausência / inadequação de manutenção. Fig Graffiti em revestimentos de parede Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L27; - exposição (E), na célula M27; - exposição (S), na célula N27; 132

149 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a exposição (W), na célula O27; - An., na célula P27. As causas prováveis são registadas entre as células U27 e V27. Anomalia 16 (Fissuração ou descamação do vidrado de ladrilhos) Em INH - LNEC (2006), refere-se que a ocorrência de fissuras que afectam o vidrado do ladrilho (Fig ), entrecruzando-se em forma de rendilhado, devese geralmente aos seguintes factores: coeficiente de dilatação térmica do vidrado superior, ou não suficientemente inferior, ao da base do ladrilho, que o coloca em tracção ou insuficientemente comprimido, durante o arrefecimento subsequente ao da cozedura; expansão da base cerâmica do ladrilho aquando do assentamento em obra, que dá origem a tracções no vidrado; contracção dos produtos cimentícios de assentamento dos ladrilhos que, transmitida ao vidrado e adicionada ao estado natural de pré-tensionamento em compressão dos ladrilhos (propositadamente imposto no fabrico), pode conduzir à ultrapassagem da resistência à compressão do vidrado; choque térmico. Fig Fissuração do vidrado do azulejo (INH - LNEC, 2006) Por outro lado, as fissuras que atravessam toda a espessura do ladrilho (Fig ) têm origem em vários fenómenos, tais como: fendilhação do suporte; movimentos diferenciais suporte / revestimento que provocam tracção nos ladrilhos; contracção ou expansão do produto de assentamento; acção de choque, em ladrilhos mal assentes; rotura por flexão, em ladrilhos mal assentes (INH - LNEC, 2006). Uma selecção inadequada dos ladrilhos, que não tenha tido em consideração a severidade do uso inerente ao espaço revestido, ou a abertura de poros na superfície dos ladrilhos, em consequência do uso continuado ou de ataque químico, estão também na origem do desgaste prematuro e o desaparecimento do vidrado nos ladrilhos, assim como o envelhecimento e a agressão do meio ambiente poderão dar origem à descamação do vidrado (INH - LNEC, 2006) - Fig

150 5. Fichas de inspecção do tipo C (LNEC, 2006) Fig Fissuração que atravessa toda a espessura de azulejo Fig Descamação do vidrado (INH - LNEC, 2006) Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L28; - exposição (E), na célula M28; - exposição (S), na célula N28; - exposição (W), na célula O28; - An., na célula P28. As causas prováveis são registadas entre as células U28 e AB28. Anomalia 17 (Esmagamento ou lascagem nos bordos de ladrilhos) Segundo INH - LNEC (2006), o esmagamento ou a descolagem nos bordos (Fig ) dos ladrilhos podem dar-se em consequência de movimentos diferenciais entre o suporte e o revestimento, quando estes resultam em compressão dos ladrilhos. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: 134

151 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Lascagem nos bordos dos ladrilhos - exposição (N), na célula L29; - exposição (E), na célula M29; - exposição (S), na célula N29; - exposição (W), na célula O29; - An., na célula P29. As causas prováveis são registadas entre as células U29 e AD29. Anomalia 18 (Enodoamento, alteração de cor ou de brilho de ladrilhos) O enodoamento, alteração de cor ou de brilho de ladrilhos (Fig ) verifica-se quando os ladrilhos apresentam originalmente poros abertos à superfície ou uma textura superficial que favorece a retenção de sujidade, podem surgir manchas indeléveis de produtos enodoantes (INH - LNEC, 2006). Os factores que propiciam o enodoamento são os que foram enumerados na anomalia 16 (fissuração ou descamação do vidrado de ladrilhos). Fig Enodoamento dos ladrilhos (APICER 2003) Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L30; - exposição (E), na célula M30; - exposição (S), na célula N30; 135

152 5. Fichas de inspecção do tipo C - exposição (W), na célula O30; - An., na célula P30. As causas prováveis são registadas entre as células U30 e Z30. Anomalia 19 (Riscagem ou desgaste de ladrilhos / placas pétreas) Os factores que propiciam a riscagem ou desgaste de ladrilhos (Fig ) são os que foram enumerados, segundo INH - LNEC, 2006, na anomalia 16 (fissuração ou descamação do vidrado de ladrilhos). Fig Riscagem ou desgaste do ladrilho (Silvestre, 2006) Em relação ao desgaste dos elementos de pedra, a água da chuva provoca a dissolução da pedra, sobretudo dos calcários, tornando os respectivos paramentos rugosos e evidenciando algumas estruturas sedimentares nela existentes (INH - LNEC, 2006) Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L31; - exposição (E), na célula M31; - exposição (S), na célula N31; - exposição (W), na célula O31; - An., na célula P31. As causas prováveis são registadas entre as células U31 e Z31. Anomalia 20 (Fissuração / deterioração de juntas de ladrilhos) Os produtos de refechamento das juntas entre ladrilhos devem ser adequados às condições de utilização e às dimensões das juntas a preencher e devem ser compatíveis com o produto de colagem. Os produtos tradicionais de cimento não podem em geral ser utilizados quando o assentamento tenha sido feito com colas não- 136

153 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 tradicionais em virtude de obrigarem ao humedecimento prévio da junta, o que é quase sempre inconveniente para o produto de colagem. Na fissuração / deterioração de juntas de ladrilhos (Fig ), a abertura de fissuras entre o produto de preenchimento de juntas e os bordos do ladrilho indicia o descolamento destes mesmos bordos. Esta situação ocorre normalmente quando se verifica pelo menos uma das seguintes condições: aderência insuficiente do produto de preenchimento das juntas aos bordos dos ladrilhos; granulometria ou consistência do produto inadequadas face à largura ou profundidade da junta; relação inadequada entre a largura e a profundidade da junta (INH - LNEC, 2006). Fig Deterioração das juntas dos ladrilhos O produto de preenchimento das juntas pode também absorver e reter produtos enodoantes, em forma de pó ou veiculados pela água (INH - LNEC, 2006). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L32; - exposição (E), na célula M32; - exposição (S), na célula N32; - exposição (W), na célula O32; - An., na célula P32. As causas prováveis são registadas entre as células U32 e AA32. Anomalia 21 (Fracturação) A fracturação - superfície de rotura que divide o objecto em partes distintas, podendo implicar o afastamento recíproco das partes fracturadas - (LNEC - ITPRC 2, pode ocorrer nos elementos cerâmicos (Fig ), nos elementos pétreos (Fig ) - a fendilhação ou a fracturação da pedra são anomalias pro- 137

154 5. Fichas de inspecção do tipo C vocadas por acções mecânicas de origem diversa como: cargas excessivas; oxidação de chumbadores de ferro; temperaturas excessivas por ocasião de incêndios; choques acidentais violentos; movimentos de natureza estrutural de paredes e fundações; vandalismo - INH - LNEC, 2006) ou ainda nos rebocos (Fig ). Fig Fractura dos elementos cerâmicos nos cunhais por choque ou vandalismo Fig Fractura na placa de pedra Fig Fractura no reboco por choque ou vandalismo Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L33; - exposição (E), na célula M33; - exposição (S), na célula N33; - exposição (W), na célula O33; - An., na célula P33. As causas prováveis são registadas entre as células U33 e AD Anomalia 22 (Fissuração rendilhada ou mapeada) A anomalia de fissuração rendilhada ou mapeada (Fig ) surge em revesti-

155 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 mentos tradicionais de ligantes hidráulicos. Nas paredes rebocadas, quando a fendilhação afecta apenas o reboco, é provavelmente devida à retracção das argamassas constituintes, pelo que se pode geralmente associar a rebocos constituintes, pelo que se pode geralmente associar a rebocos à base de cimentos, ou seja com retracções elevadas devido à presença deste ligante hidráulico (Appleton, 2003). Fig Fissuração rendilhada ou mapeada em reboco tradicional A abertura de fendas sem orientação preferencial e de pequena largura (mapeado ou pele de crocodilo) afecta, em geral, praticamente todo o revestimento do paramento. Este, quando percutido com o cabo de um martelo, soa a oco em várias zonas, em especial sobre as fendas, devido ao deslocamento do revestimento relativamente ao suporte. Com o decorrer do tempo, pode notar-se uma evolução no sentido da predominância de fendas com orientação horizontal. Tem como causa mais frequente a retracção de secagem inicial das argamassas de revestimento, por serem demasiado ricas em cimento, água ou elementos finos, ou por falta de cuidados de execução; aplicação em camadas de espessura exagerada; desrespeito pelos intervalos de tempo de secagem entre camadas, para que a camada inferior sofra parte significativa da sua retracção de secagem inicial antes da aplicação da camada seguinte; aplicação em condições atmosféricas inadequadas; desacompanhamento da cura (LNEC, 2000). Esta fendilhação (rendilhado superficial) traduz habitualmente a ocorrência de retracções exageradas nos próprios revestimentos devida à retracção de secagem inicial da argamassa ou a posteriores alternâncias de humedecimento - secagem (DGOT - LNEC, 2005 e INH - LNEC, 2006). Segundo INH - LNEC (2006), este tipo de fendilhação, que afecta em geral apenas o revestimento, caracteriza-se por um padrão de fendas sem orientação preferencial e de pequena largura presente em praticamente toda a superfície. Esta anomalia é geralmente devida à utilização de argamassas demasiado ricas em cimento ou com areias argilosas, ou a constituição inapropriada do revestimento, nomea- 139

156 5. Fichas de inspecção do tipo C damente com camadas de espessura exagerada ou executadas à revelia das regras da boa arte, que impõem o respeito de determinados intervalos de tempo entre as aplicações das várias camadas e o uso de argamassas com traços em ligantes sucessivamente decrescentes desde a camada de base até à de acabamento. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L334; - exposição (E), na célula M34; - exposição (S), na célula N34; - exposição (W), na célula O34; - An., na célula P34. As causas prováveis são registadas entre as células U34 e AD34. Anomalia 23 (Fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada) A fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada deverá ser registada quando não for possível registar uma fissuração com orientação preferencial (vertical, horizontal ou inclinada) e, por outro lado, não for mapeada. As suas causas são de difícil diagnóstico devendo-se, por isso, ponderar as causas de todas as manifestações de fissuração (Fig ) / (Figs e 5.171). Fig Fissuração sem orientação preferencial em reboco tradicional Fig Fissuração em correspondência com juntas de assentamento de alvenaria devido a variações de temperatura e humidade (INH-LNEC, 2006) 140

157 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Fissuração e destacamento de revestimento com rotura de forra de alvenaria devido a deformações de origem térmica de viga e de laje (INH-LNEC, 2006) Quanto à fissuração dos revestimentos de paredes, as anomalias não diferem muito das anomalias dos próprios suportes. Nas paredes rebocadas, a fendilhação do reboco pode ter correspondência na fendilhação da parede e, neste caso, a causa estará associada às causas da fendilhação da parede (Appleton, 2003). Segundo LNEC (2000), os sintomas de fendilhação serão: abertura de fendas sem orientação preferencial; abertura de fendas com orientação predominantemente horizontal; abertura de fendas de traçado contínuo ao longo das junções de materiais de suporte diferente, quando revestidas em continuidade; desenvolvimento de fendas a partir dos cantos de quadros de vãos abertos nas paredes do suporte. Segundo INH - LNEC (2006), pode ocorrer fendilhação nas paredes devido a causas intrínsecas ( retracção que se pode verificar durante uma fase inicial após a construção e reacções químicas acompanhadas da expansão de certos materiais ) e causas extrínsecas ( movimentos diferenciais das construções provocados por variações dimensionais de origem térmica - incidindo quer directamente nas paredes, quer nas estruturas e coberturas dos edifícios e afectando aquelas indirectamente; movimentos diferenciais das construções de origem hígrica e geológica, por deformações dos suportes ou pelo assentamento de fundações, associado à deformabilidade do solo ou ao abaixamento dos níveis freáticos; acções dinâmicas a que o conjunto do edifício e os seus vários elementos constituintes podem estar sujeitos; actuação de cargas concentradas ou de valor muito desequilibrado sobre as paredes ). Algumas causas mais típicas de fendilhação em paredes de simples enchimento da malha estrutural são: retracção dos panos de parede (Fig ); variações térmicas dos elementos de confinamento das paredes (Fig ) e assentamentos diferenciais nas fundações (Fig ); deformação excessiva, por flexão, dos elementos de apoio (Fig ). 141

158 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Retracção da parede (DGOT - LNEC, 2005) Fig Variações térmicas (DGOT - LNEC, 2005) Fig Assentamento de fundações (DGOT - LNEC, 2005) Pavimento superior e inferior com deformação idêntica Pavimento superior mais deformável Pavimento inferior mais deformável Fig Fendilhação em paredes devido a deformações dos elementos horizontais (INH - LNEC, 2006) Em paredes de alvenaria de tijolo ou de blocos cerâmicos pode ocorrer fendilhação vertical nas juntas de assentamento, devido ao movimento diferencial de origem térmica entre os blocos de alvenaria e a argamassa das juntas, resultante da diferença dos respectivos valores do coeficiente de dilatação térmica. A probabilidade de surgirem fenómenos de fendilhação em paredes de alvenaria é maior na proximidade de aberturas (vãos de porta e de janelas), e em zonas de cunhal e de canto (Fig ). No que diz respeito à fendilhação do reboco, que ocorre em correspondência com a fendilhação existente no tosco da parede, pode ter a seguinte configuração: fendas inclinadas, em escada, de largura significativa, devidas a assentamentos diferenciais das fundações, ou, em geral, a deformação dos elementos de apoio das paredes (Fig ); fendas ao longo da junção de materiais de suporte diferentes revestidos em continuidade; fendas verticais ou inclinadas que se desenvolvem a partir dos ângulos dos vãos devido a concentrações de cargas nos membros das paredes. Pode também verificar-se fendilhação limitada às 142

159 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 camadas de paramento constituídas com peças descontínuas (ladrilhos de grés cerâmico, azulejos, entre outros), fixadas com argamassas tradicionais ou com produtos de colagem não-tradicionais (Fig ). Neste casos, as causas da fendilhação residem normalmente na existência de defeitos, de tipo semelhante aos atrás apontados, nas camadas de revestimento subjacentes àqueles elementos, nomeadamente na de colagem e na ausência de certas disposições construtivas recomendadas para minimizar o risco da fendilhação (correcto dimensionamento de juntas entre peças ou esquartelamento dos revestimentos em painéis com dimensões limitadas) (Fig ). Segundo APICER (2003), a fissuração dos revestimentos cerâmicos de paredes está associada, em geral, a movimentos de suporte - acompanhados ou não de fissuração do próprio suporte - incompatíveis com a elasticidade do produto de colagem, com a resistência à tracção dos ladrilhos e com a dimensão das juntas e sua colmatação. O factor decisivo que determina, na maior parte dos casos, se o revestimento fissura ou descola perante um movimento acentuado do suporte, é a resistência ao corte do sistema de colagem. Se a aderência é baixa, há descolamento, se a aderência é elevada, há fissuração. Há, no entanto, factores complementares que podem influenciar o processo e que são dificilmente quantificáveis, entre os quais se incluem o estado de tensão inicial do revestimento, a largura das juntas e a direcção do deslocamento do suporte. Parece ser comum, embora não confirmado por via estatística, que a fissuração do suporte, por flexão no plano transversal à parede ou por cisalhamento no seu próprio plano, com afastamento relativo dos bordos da fissura, conduz a concentrações de tensões elevadas que fazem fissurar, por tracção, o revestimento sem empolamento ou descolamento significativo. Esta situação é comum nos casos de paredes esbeltas ou mal apoiadas, de assentamentos diferenciais de fundações, de expansão de coberturas e de deslocamentos diferenciais em cunhais; por vezes é contrariada em alguns casos de corte em paredes suportadas por consolas. Cumpre afirmar que a fissuração do revestimento cerâmico devido aos movimentos do suporte não permite afirmar que o suporte tem movimentos excessivos, ou que o revestimento é demasiado frágil ou está mal executado. Pode sim afirmar-se que os dois sistemas têm deformações e capacidade de deformação incompatíveis, pelo que, em geral, se pode considerar que a causa resulta de um erro de concepção ou, mais frequentemente, de uma omissão de concepção (APICER, 2003). 143

160 5. Fichas de inspecção do tipo C Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, Fig Fissura do suporte na transição entre a estrutura e a alvenaria (APICER, 2003) Fig Fissuração devida à deformação de viga de grande vão (APICER, 2003) Fig Junta estrutural com funcionamento não eficaz para o revestimento (APICER, 2003) Fig Fissuração em panos de grande dimensão sem juntas de esquartelamento (APICER, 2003) 144

161 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Fissuração devida a movimentos estruturais (APICER, 2003) Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L35; - exposição (E), na célula M35; - exposição (S), na célula N35; - exposição (W), na célula O35; - An., na célula P35. As causas prováveis são registadas entre as células U35 e AE35. Anomalia 24 (Fissuração predominantemente vertical) Os factores que influenciam a fissuração com orientação predominantemente vertical (Figs , 5.182, e 5.184) foram descritos na anomalia fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada. Fig Fissuração vertical devida a provável deformação dos elementos confinantes Fig Fissuração vertical nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas Fig Fissuração vertical devido a deformações estruturais Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves,

162 5. Fichas de inspecção do tipo C Os registos da anomalia são feitos em: Fig Fissuração vertical na transição de materiais distintos - exposição (N), na célula L36; - exposição (E), na célula M36; - exposição (S), na célula N36; - exposição (W), na célula O36; - An., na célula P36. As causas prováveis são registadas entre as células U36 e AE36. Anomalia 25 (Fissuração predominantemente horizontal) Os factores que influenciam a fissuração com orientação predominantemente horizontal (Figs , e 5.187) foram descritos na anomalia fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada. Fig Fissuração horizontal na transição de materiais distintos devida a deformações estruturais Fig Fissuração horizontal devida a deformações estruturais Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves,

163 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Os registos da anomalia são feitos em: Fig Fissuração horizontal nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas e a deformações estruturais - exposição (N), na célula L37; - exposição (E), na célula M37; - exposição (S), na célula N37; - exposição (W), na célula O37; - An., na célula P37. As causas prováveis são registadas entre as células U37 e AE37. Anomalia 26 (Fissuração predominantemente inclinada) Os factores que influenciam a fissuração com orientação predominantemente inclinada (Figs e 5.189) foram descritos na anomalia fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada. Fig Fissuração inclinada devida a deformações estruturais e prováveis assentamentos diferenciais Fig Fissuração inclinada nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves,

164 5. Fichas de inspecção do tipo C Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L38; - exposição (E), na célula M38; - exposição (S), na célula N38; - exposição (W), na célula O38; - An., na célula P38. As causas prováveis são registadas entre as células U38 e AE38. Anomalia 27 (Corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento) A corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento (Fig ) tem como causas principais a aplicação de materiais inadequados às acções ambientais e ausência / inadequação de manutenção. Fig Ausência / inadequação de manutenção do elemento metálico incorporado no revestimento Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L39; - exposição (E), na célula M39; - exposição (S), na célula N39; - exposição (W), na célula O39; - An., na célula P39. As causas prováveis são registadas entre as células U39 e AD39. Anomalia 28 (Corrosão de armaduras / elementos metálicos da estrutura) O processo de corrosão das armaduras no betão (Fig ) foi descrito na anomalia de delaminação do betão, em que a espessura de recobrimento e a porosidade 148

165 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 do betão são parâmetros fundamentais no efeito de barreira de protecção contra a corrosão que o betão confere às armaduras (INH - LNEC, 2006). Fig Corrosão das armaduras Relativamente à corrosão de elementos da estrutura metálica, a corrosão está, geralmente associada, tal como os elementos metálicos incorporados no revestimento, à aplicação de materiais com protecção deficiente às acções ambientais, ou à inadequada / ausência de manutenção. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L40; - exposição (E), na célula M40; - exposição (S), na célula N40; - exposição (W), na célula O40; - An., na célula P40. As causas prováveis são registadas entre as células U40 e AC40. Anomalia 29 (Deterioração / inexistência dos mastiques) Devem ser tomadas disposições construtivas nas juntas de dilatação a fim de evitar, no decurso da execução, qualquer contacto acidental rígido entre as faces, pela parte interior da junta (D.T.U. 20.1). Deve ser aplicado um material elástico (mastique) que não impeça os movimentos relativos na junta de dilatação e impeça a entrada de água, devendo dispor de um empanque (fundo de junta), que sirva de suporte ao remate em questão (LNEC - ITE 33). A avaliação desta anomalia refere-se à deterioração / inexistência dos mastiques (Fig ) nas juntas de dilatação estruturais dos edifícios ou, no caso de haver, nas juntas de esquartelamento dos painéis de ladrilhos cerâmicos. Se o edifício não tiver junta de dilatação estrutural, não é considerada esta anomalia - pontuação 0 (não). Se a junta de dilatação for coberta com argamassa, será considerada a inexistência dos mastiques com a pontuação 1 (sim). 149

166 5. Fichas de inspecção do tipo C Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, Os registos da anomalia são feitos em: Fig Inexistência de mastiques na junta de dilatação da estrutura - exposição (N), na célula L41; - exposição (E), na célula M41; - exposição (S), na célula N41; - exposição (W), na célula O41; - An., na célula P41. As causas prováveis são registadas entre as células U41 e AE41. Anomalia 30 (Deficiência de drenagem da caixa-de-ar) De acordo com D.T.U. 20.1, as águas resultantes da condensação na caixa-de-ar devem ser recolhidas para o exterior como é representado na Fig Fig Esquema de drenagem da caixa-de-ar A avaliação desta anomalia refere-se à deficiência de drenagem da caixa-de-ar. Se o edifício não tiver ventilação da caixa-de-ar, não é considerada esta anomalia - pontuação 0 (não). Se o projecto não tiver pormenorização de drenagem da caixade-ar, mas se houver drenagem da caixa-de-ar, considera-se que há anomalia de drenagem quando a tubagem não estiver saliente e não tiver uma inclinação de acordo com o pormenor da figura. Neste caso, regista-se a anomalia com a pontuação 1 (sim). Os registos da anomalia são feitos em: 150

167 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a exposição (N), na célula L42; - exposição (E), na célula M42; - exposição (S), na célula N42; - exposição (W), na célula O42; - An., na célula P42. As causas prováveis são registadas entre as células U42 e Z42. Anomalia 31 (Deficiência de ventilação da caixa-de-ar) A avaliação desta anomalia refere-se à deficiência de ventilação da caixa-de-ar. Se o edifício não tiver ventilação da caixa-de-ar, não é considerada esta anomalia - pontuação 0 (não). Se o projecto não tiver pormenorização de ventilação da caixade-ar e houver ventilação da caixa-de-ar, considera-se que existe deficiência de ventilação da caixa-de-ar quando a ventilação não for assegurada por uma entrada de ar pelo extremo inferior do painel de parede e uma saída do ar a pelo extremo superior oposto, assim como não existir um sistema de protecção de entrada da água das chuvas pela tomadas de ar (Fig ). Caso aconteça uma destas situações, regista-se a anomalia com a pontuação 1 (sim). Fig Esquema de ventilação da caixa-de-ar com protecção das entradas e saídas de ar Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L43; - exposição (E), na célula M43; - exposição (S), na célula N43; - exposição (W), na célula O43; - An., na célula P43. As causas prováveis são registadas entre as células U43 e Z43. Anomalia 32 (Deficiências em tubos de queda) 151

168 5. Fichas de inspecção do tipo C Considera-se como anomalia de deficiências em tubos de queda (Fig ) os tubos de queda que estiverem deteriorados (exemplo: partidos, deficientes amarrações, pinturas deterioradas, etc.). As abraçadeiras de amarração que estejam deterioradas (corroídas, partidas, desapertadas, etc.) são consideradas também nesta anomalia. Fig Tubagem partida e abraçadeira com corrosão Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L44; - exposição (E), na célula M44; - exposição (S), na célula N44; - exposição (W), na célula O44; - An., na célula P44. As causas prováveis são registadas entre as células U44 e Z44. Anomalia 33 (Inexistência de capeamento) Os muretes / platibandas devem possuir coroamentos com materiais que impeçam a entrada de água nesses elementos (membranas de impermeabilização autoprotegidas, elementos pétreos ou de betão e chapas metálicas, por exemplo). A inexistência do capeamento (Fig ) proporciona anomalias associadas à presença de humidade, que é visível na mesma figura (colonização biológica na platibanda). 152 Fig Inexistência de coroamento com material estanque à penetração de água

169 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L46; - exposição (E), na célula M46; - exposição (S), na célula N46; - exposição (W), na célula O46; - An., na célula P46. As causas prováveis são registadas entre as células U46 e Y46. Anomalia 34 (Colonização biológica do capeamento) Para a colonização biológica do capeamento (Fig ), consideram-se as causas da anomalia 2 (colonização biológica - algas, líquenes, fungos, musgos, verdete). Fig Colonização biológica do capeamento Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L47; - exposição (E), na célula M47; - exposição (S), na célula N47; - exposição (W), na célula O47; - An., na célula P47. As causas prováveis são registadas entre as células U47 e AB47. Anomalia 35 (Deslocações / arqueamento do capeamento) No caso das chapas metálicas ou de fibrocimento, fixadas na superfície horizontal da platibanda, deve a respectiva fixação ser convenientemente vedada com anilhas apropriadas e eventualmente complementada com um vedante (em geral, um mastique). A resistência do material das anilhas vedantes às forças de aperto transmitidas pelas anilhas metálicas sobrejacentes deve ser garantida e o ajuste dessas anilhas vedantes à peça de fixação deve ser perfeito (LNEC - ITE 33). 153

170 5. Fichas de inspecção do tipo C Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L48; - exposição (E), na célula M48; - exposição (S), na célula N48; - exposição (W), na célula O48; - An., na célula P48. As causas prováveis são registadas entre as células U48 e AB48. Anomalia 36 (Corrosão do capeamento) Na corrosão do capeamento, são consideradas as causas atribuídas à anomalia corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L49; - exposição (E), na célula M49; - exposição (S), na célula N49; - exposição (W), na célula O49; - An., na célula P49. As causas prováveis são registadas entre as células U49 e AC49. Anomalia 37 (Rotura / fissuração do capeamento) A rotura / fissuração do capeamento (Fig ) está, regra geral, associada a erros de concepção, de execução, acções ambientais e, eventualmente, de acções de origem mecânica (choques). Fig Fissuração do capeamento Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L50; - exposição (E), na célula M50; - exposição (S), na célula N50; 154

171 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a exposição (W), na célula O50; - An., na célula P50. As causas prováveis são registadas entre as células U50 e AE50. Anomalia 38 (Inexistência de pingadeira no capeamento) A inexistência de pingadeira no capeamento (Fig ) tem como causas próximas erros de concepção (por omissão ou prescrição deficiente) e erros de execução. A pingadeira dos coroamentos, tal como nos peitoris, deve estar completamente livre e não estar em contacto com o paramento do murete / platibanda. No caso de tal acontecer (bordo da curvatura da pingadeira em contacto com o paramento), deve ser considerada a inexistência da pingadeira e ser dada a pontuação 1 (sim) nesta anomalia. Fig Inexistência de pingadeira no capeamento Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L51; - exposição (E), na célula M51; - exposição (S), na célula N51; - exposição (W), na célula O51; - An., na célula P51. As causas prováveis são registadas entre as células U51 e Y Ficha de inspecção C/Fa3 das fachadas e muretes Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/Fa2. Na abertura da ficha de inspecção C/Fa3, deve-se seleccionar actualizar (actualização de dados) e continuar. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classificações das anomalias. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. 155

172 5. Fichas de inspecção do tipo C Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualizações Ficha de inspecção C/Va1 de vãos de fachada Na abertura da ficha de inspecção C/Va1 (Anexo 1), deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados. Esta ficha de inspecção engloba dois campos de registos: singularidades e anomalias causas / anomalias. Os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização. As células onde são registadas as ocorrências têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe) Singularidades Neste campo, são feitos os registos das singularidades de vãos de fachada. Estão disponíveis os seguintes registos: protecção térmica realizada com estores; o seu registo é feito na célula H11; protecção térmica realizada com portadas exteriores; o seu registo é feito na célula J12; protecção térmica realizada com portadas exteriores; o seu registo é feito na célula J13; ombreiras (1) / (2) vergas em argamassa pintada; o seu registo é feito na 1 2 célula J15; ombreiras / vergas em elementos pétreos; seu registo é feito na célula J16; ombreiras / vergas em elementos cerâmicos; o seu registo é feito na célula J17; peitoris em madeira; o seu registo é feito na célula F19; peitoris em pedra; o seu registo é feito na célula F20; peitoris em metal; o seu registo é feito na célula F21; 156

173 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 peitoris com rasgos; o seu registo é feito na célula K19; peitoris com pingadeira; o bordo exterior deve ser munido, inferiormente, de uma pingadeira longitudinal dimensionada como indicado na Fig e com um balanço superior a 3 cm (DTU 20.1); o seu registo é feito na célula K20; peitoris com inclinação; devem ser realizados com uma pendente para o exterior (Fig ), completado, no lado interior, por um ressalto fazendo parte integrante do apoio e não colocado posteriormente para satisfazer a descrição da Fig ; o seu registo é feito na célula K21; as dimensões mínimas da largura e altura do ressalto, bem como da pendente do peitoril são as que estão indicadas no Quadro 5.3 (DTU 20.1); acabamento das caixilharias com pintura (produto de pintura - produto líquido, em pasta ou na forma de pó que, quando aplicado num substrato, forma uma película prol = largura h = altura do ressalto α = ângulo da pendente do apoio As dimensões reais para l, h e tg α devem ser superiores aos valores dados na tabela abaixo indicado Fig Pormenor tipo de um peitoril (DTU 20.1) Quadro Dimensões mínimas da largura e altura do ressalto e pendente do peitoril (DTU 20.1). Apoio (em cm) Ressalto Largura mínima (l) Altura mínima (h) Pendente mínima (tg α) Colocado antes da caixilharia ,10 Pré-fabricado em betão colocado antes da caixilharia , ,10 Colocado depois da caixilharia ,10 O plano superior do ressalto pode apresentar uma ligeira pendente para o exterior soleiras com rasgos; o seu registo é feito na célula T19; 157

174 5. Fichas de inspecção do tipo C tectora, decorativa e/ou com propriedades específicas - LNEC, 2005, ITPRC 5); o seu registo é feito na célula J23; acabamento das caixilharias com envernizamento (verniz - produto líquido que, quando aplicado num substrato, forma uma película sólida, transparente, dotada de propriedades protectoras, decorativas ou propriedades específicas - LNEC, 2005, ITPRC 5); o seu registo é feito na célula J24; acabamento das caixilharias com velatura (produto de pintura com características de penetração no substrato, geralmente transparente mas colorido e que praticamente não origina película - LNEC, 2005, ITPRC 5); o seu registo é feito na célula J25; acabamento das caixilharias com anodização (processo electroquímico que transforma a superfície do alumínio em óxido de alumínio numa solução aquosa e ácida de electrólitos); o seu registo é feito na célula J26; acabamento das caixilharias com lacagem (base de pintura com uso de tintas em pó de poliéster termo-endurecíveis); o seu registo é feito na célula J Anomalias / causas Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detectadas em vãos de fachada e as suas causas possíveis (prováveis teóricas). As anomalias são registadas nas células que estão associadas às exposições dos vãos de fachada (N, E, S e W) e têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas células da coluna An., essas anomalias estão registadas, por defeito, com a pontuação 1 (sim) e estão relacionadas com as causas prováveis teóricas. A inexistência de uma anomalia na célula da coluna An. com a pontuação 0 (não) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a existência de uma anomalia deve registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas reais que forem encontradas na globalidade dos vãos de fachada, resultantes da avaliação do projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida. Todas as anomalias que são registadas em cada vão de fachada devem ser sustentadas por registos fotográficos que são guardados em arquivos com os nomes das exposições das fachadas. As anomalias que não forem visíveis são registadas com a pontuação 2 (não se sabe). 158

175 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Nos vãos envidraçados dos edifícios, podem ocorrer anomalias dos seguintes tipos principais: anomalias devidas a falhas de concepção, de construção e de instalação; anomalias devidas à acção da humidade; envelhecimento e degradação dos materiais não imputáveis à humidade; desajustamento face a determinadas exigências (Fig ). Fig Aplicação de chouriço para redução de excessiva permeabilidade ao ar da caixilharia (INH - LNEC, 2006) O deficiente desenvolvimento do processo de concepção, de construção e de instalação da caixilharia exterior está na génese de muitas anomalias existentes nos vãos envidraçados. Para assegurar qualidade satisfatória à caixilharia instalada em obra, esse processo deve desenvolver-se de acordo com a especificação do caderno de encargos técnico, elaboração do projecto de execução da caixilharia, comprovação da capacidade técnica de execução do fabricante / instalador, fabricação da caixilharia e verificação da conformidade da caixilharia. As deformações excessivas dos caixilhos, quando ocorrem perpendicularmente ao plano da janela, podem dever-se a uma insuficiência de projecto, a má afinação das ferragens de fecho ou ainda a um número insuficiente de pontos de fecho. As deformações no plano da janela, devidas ao peso próprio dos respectivos materiais (Fig ), podem resultar de uma deficiência ao nível do dimensionamento dos perfis ou do calçamento dos elementos de preenchimento (por exemplo, dos vidros). Fig Grande deformação de elementos constituintes de caixilho de madeira (INH - LNEC, 2006) 159

176 5. Fichas de inspecção do tipo C A excessiva permeabilidade ao ar, que pode também prejudicar o nível de estanqueidade à água da caixilharia, está correntemente associada aos seguintes factores: inexistência de vedantes na junta móvel; retracção dos vedantes ao longo do tempo; deficiente ligação entre perfis de vedação (por exemplo, nas colagens de canto); existência de pequenas aberturas nas juntas fixas do caixilho. Entre os vários componentes da construção, os vãos envidraçados são aqueles que estão mais sujeitos à acção da humidade. Das várias formas de manifestação da humidade que pode afectar os vãos envidraçados, a humidade de precipitação (Fig ) é a que assume uma maior relevância, ainda que não seja de excluir a ocorrência de situações patológicas derivadas das humidades de construção, de condensação e devidas à higroscopicidade dos materiais. Fig Degradação de caixilho de madeira devido a exposição a chuva (INH - LNEC, 2006) A humidade de precipitação atinge e afecta predominantemente os vãos envidraçados orientados para o quadrante S-W, que é o mais exposto à chuva batida pelo vento, provocando infiltrações de água para o interior dos edifícios através das juntas móveis e, sempre que há vidros partidos, através destes (Fig ). É, de resto, relativamente frequente a ocorrência de infiltrações através da junta inferior por insuficiente protecção da mesma. A estanqueidade à água está intimamente relacionada com a permeabilidade ao ar do caixilho. Fig Degradação de edifício agravada por infiltração de água através de caixilharia (INH - LNEC, 2006) No caso dos caixilhos giratórios, é utilizada a técnica das barreiras separadas (Fig ). 160

177 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Estas são constituídas por uma barreira exterior, que impede a progressão da água no interior do caixilho limitando-a a zonas onde se encontra à pressão exterior, e por um vedante que assegura a baixa permeabilidade ao ar da junta móvel do caixilho, reduzindo assim a capacidade de transporte de gotas de água. Para que não haja perda de estanqueidade, a barreira inicial deve permitir que o vedante se mantenha seco. Para isso, a câmara existente entre as duas barreiras deve ser mantida a uma pressão tão próxima do exterior quanto possível para que a água da chuva, que se infiltre até aí, possa ser prontamente drenada para o exterior. Fig Elementos da estanqueidade de janela giratória (INH - LNEC, 2006) No caso da caixilharia de correr mais vulgar, não é possível impedir que a barreira que assegura a baixa permeabilidade ao ar (normalmente vedantes de pelúcia) seja molhada. Nesses casos, a água infiltrada é retida na tábua de peito à pressão do interior do edifício e é drenada para o exterior impondo uma diferença de cota que lhe permite vencer gradientes de pressão adversos. A delicadeza evidente destes processos, que se baseiam num jogo de drenos, de perdas de carga e de equilíbrios de pressão, revela que não é fácil obter um componente estanque, sendo correntemente necessário proceder à análise experimental de protótipo na fase de conclusão do desenvolvimento da caixilharia. Por esta razão, o desenvolvimento de caixilharia específica para um edifício é, em geral, ou excessivamente cara ou dela pode resultar caixilharia funcionalmente inadequada. Assim, é normalmente recomendável optar pelas séries de caixilharia desenvolvidas e devidamente ensaiadas existentes no mercado. Neste sentido, a perda de estanqueidade à água podem ser devida a um conjunto de factores que desequilibrem os processos físicos que determinam a estanqueidade, por exemplo: furos de drenagem inexistentes ou mal posicionados; inexistência de barreira exterior que limite o caudal de água infiltrado; inexistência de câmara para recolha e drenagem de água entre as duas linhas de vedação; utilização de um vedante de baixa permeabilidade ao ar na linha exterior de vedação; ausência de pingadeira na face externa; inexistência de lacrimais que evitem a progressão das gotas de água aderentes às superfícies; utilização de aros incompletos; vedação deficiente das juntas fixas. 161

178 5. Fichas de inspecção do tipo C Outras deficiências de concepção e de execução dos vão envidraçados podem estar também na origem de infiltrações da água da chuva, nomeadamente os casos das infiltrações que por vezes se verificam através dos pontos seguintes: juntas dos caixilhos; juntas dos vidros; juntas entre aros e guarnecimentos dos vãos; drenos das tábuas de peito, quando estes têm uma inclinação demasiado reduzida, nula ou até invertida. No caso da caixilharia de madeira, o seu humedecimento pela água da chuva pode dar origem às seguintes anomalias: inchamentos e empenos responsáveis por deficiências no funcionamento e na vedação dos vãos envidraçados; deterioração do material se, como é infelizmente vulgar, a madeira não for devidamente preservada contra o ataque de agentes biológicos; deterioração do respectivo revestimento por pintura (Fig ). Fig Degradação de revestimento de pintura de caixilho de madeira por acção conjunta de radiação solar e de processo de humedecimento e secagem (INH - LNEC, 2006) Frequentemente, os empenos dos vãos envidraçados de madeira têm como origem, não o seu humedecimento pela água da chuva, mas sim no emprego de madeira verde ou que não tenha atingido um estado de secagem em equilíbrio com o ambiente circundante. Nesse caso, a posterior secagem ou absorção de humidade da madeira integrada já nos caixilhos é acompanhada de variações dimensionais e de deformações que geram empenos. Por outro lado, a utilização de madeira com um teor de água demasiado elevado propicia ainda a ocorrência de descamações da pintura e o desligamento das peças constituintes dos caixilhos quando a madeira empena na secagem. A inexistência ou o funcionamento deficiente de dispositivos como caleiras e drenos instalados nos peitoris são também inconvenientes do ponto de vista da drenagem de infiltrações e de água de condensação, sobretudo no caso da caixilharia de madeira. Com efeito, tendo em conta os mecanismos de formação das condensações, é nas vidraças dos vãos envidraçados (quando em vidro simples) que as condensações superficiais ocorrem mais frequentemente e com maior intensidade. Torna-se assim necessário assegurar, por via daqueles dispositivos, que a água recolhida em resultado da condensação não fique retida junto às travessas inferio- 162

179 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 res dos caixilhos e das tábuas de peito, para que não as possa humedecer em permanência e propiciar assim a sua deterioração. É ainda de registar que a simples existência de ambientes muito húmidos pode também dar origem ao humedecimento da caixilharia de madeira por higroscopicidade do material e a consequentes inchamentos que prejudicam o funcionamento das suas partes móveis. No caso da caixilharia metálica, o seu humedecimento pode dar origem à corrosão do material, em especial quando se trate de: caixilharia de ferro cuja preparação não tenha sido adequada e cujo revestimento por pintura se tenha revelado deficiente, por má qualidade intrínseca ou por falta de manutenção (Fig ); caixilharia de alumínio anodizado cuja anodização apresente uma espessura insuficiente face à agressividade do ambiente e/ou deficiente colmatagem; caixilharia de alumínio termolacado em que a espessura do revestimento por pintura é insuficiente ou em que existem zonas de corte desprotegidas, nomeadamente nas esquadrias, especialmente em ambientes em que a humidade está associada à presença de cloretos. Neste tipo de caixilharias, podem ainda ocorrer anomalias decorrentes da incompatibilidade entre os metais da caixilharia e dos respectivos acessórios e elementos de fixação. Fig Corrosão em caixilharia de ferro por falta de manutenção (INH - LNEC, 2006) Entre as anomalias enquadráveis no envelhecimento e degradação dos materiais não imputáveis à humidade, contam-se as seguintes: envelhecimento dos materiais de vedação dos vidros (massa de vidraceiro, mastiques ou borrachas) sob a acção dos agentes atmosféricos; envelhecimento do revestimento por pintura sob a mesma acção; envelhecimento de materiais plásticos (no caso de caixilharia constituída com este tipo de material) sob a acção dos raios ultravioletas da radiação solar, afectando as características mecânicas e a durabilidade da caixilharia; degradação dos fechos e ferragens devida ao uso; fractura de caixilhos e de vidros por flexão (nomeadamente, sob acção do vento), por acções de choque resultantes do impacte acidental ou propositado de objectos contundentes, por choque térmico (caso limitado na pratica a vidros especiais coloridos) ou por efeito de deformações das estruturas ou das paredes de alvenaria em que a caixilharia se enquadra (Fig ). 163

180 5. Fichas de inspecção do tipo C Nas anomalias que dizem respeito aos casos em que os vãos envidraçados se revelam inadequados para satisfazer exigências de segurança não-estrutural, de conforto e de eficiência energética, destacam-se: desajustamentos face a exigências de segurança não-estrutural, no que diz respeito, por exemplo, à incapacidade dos vãos envidraçados oferecerem condições satisfatórias de segurança perante acções de choque acidental resultantes de queda ou projecção de pessoas ou objectos, ou perante tentativas de intrusão através deles para um espaço de acesso limitado (por exemplo, caixilhos moveis constituídos por perfis com secções insuficientes para resistir aos esforços que neles se podem gerar, ou vidros com espessura insuficiente tendo em conta as suas dimensões faciais); desajustamentos face a exigências de conforto e de eficiência energética, por exemplo, no que diz respeito ao insuficiente isolamento sonoro e térmico, este último prejudicando, quer as condições de conforto térmico quer a eficiência energética dos edifícios (por exemplo, caixilhos móveis com deformabilidade exagerada ou com juntas mal vedadas, originando correntes de ar frio incómodas e perdas térmicas elevadas durante a estação fria e a transmissão indesejável de ruídos). Neste âmbito, convém alertar para o facto de a adopção de caixilharia com um desempenho melhorado poder contribuir para a diminuição da durabilidade da construção e das condições de habitabilidade. O melhor exemplo de uma situação deste tipo relaciona-se com as condições de ventilação. De facto, nas construções antigas, a admissão de ar era assegurada, na maior parte dos casos, pela elevada permeabilidade ao ar das juntas móveis da caixilharia exterior. A redução significativa dessa permeabilidade de ar, mediante a substituição da caixilharia original por outra de desempenho melhorado (Fig ), pode originar problemas graves no funcionamento dos aparelhos de combustão e permitir o aumento significativo do teor de poluentes no interior das edificações, com todas as consequências negativas para a saúde que daí advêm. Este aspecto não deve ser condicionante da reabilitação da caixilharia, mas deve obrigar à adopção de outras medidas compensatórias tecnicamente adequadas para a realização da ventilação. Fig Caixilhos com vidros partidos (INH - LNEC, 2006) Outros elementos secundários, tais como portas exteriores e interiores, os elementos de cerramento dos vãos exteriores (persianas, portadas, entre outros), as guardas e os lanternins, são 164

181 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 muitas vezes negligenciados no âmbito da análise e diagnóstico das anomalias de um edifício. No caso das portas exteriores e dos lanternins (Fig ), as anomalias devidas à humidade são até certo ponto semelhantes às referidas para os vãos envidraçados, dada a analogia de situações destes diversos elementos, todos eles pertencendo à envolvente dos edifícios e ficando, em principio, directamente expostos à acção dos agentes atmosféricos. Fig Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC (INH - LNEC, 2006) Fig Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC (INH - LNEC, 2006) Um exemplo destas situações menos favoráveis são as portas exteriores dispostas no plano das fachadas (Fig ) e sem pala de protecção, desprovidas de borrachas na base e assentes com deficiente concepção (INH - LNEC, 2006). Fig Deterioração de revestimento por pintura e de elementos constituintes de porta de madeira (INH - LNEC, 2006) Anomalia 1 (Colonização biológica em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas) 165

182 5. Fichas de inspecção do tipo C A colonização biológica em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas (Fig ) pode estar associada à permanência da humidade, normalmente devida a erros de concepção e à ausência / inadequação de manutenção. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L34; - exposição (E), na célula M34; - exposição (S), na célula N34; - exposição (W), na célula O34; - An., na célula P34. Fig Colonização biológica em peitoril As causas prováveis são registadas entre as células U34 e AC34. Anomalia 2 (Eflorescências / criptoflorescências) Nas eflorescências / criptoflorescências (Fig ) foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Fig Eflorescências em peitoril Os registos da anomalia são feitos em: exposição (N), na célula L35; - exposição (E), na célula M35; - exposição (S), na célula N35; - exposição (W), na célula O35; - An., na célula P35.

183 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 As causas prováveis são registadas entre as células U35 e AB34. Anomalia 3 (Humidade de infiltração) Na humidade de infiltração em caixilhos (Fig ), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Fig Humidade de infiltração em caixilho de madeira Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L36; - exposição (E), na célula M36; - exposição (S), na célula N36; - exposição (W), na célula O36; - An., na célula P36. As causas prováveis são registadas entre as células U36 e AF36. Anomalia 4 (Inexistência / insuficiência de inclinação em peitoris) A inexistência / insuficiência de inclinação em peitoris (Fig ) pode estar associada a erros de concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização, bem como à aplicação de materiais inadequados. Fig Inexistência de inclinação e de rasgos em peitoril Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L37; 167

184 5. Fichas de inspecção do tipo C - exposição (E), na célula M37; - exposição (S), na célula N37; - exposição (W), na célula O37; - An., na célula P37. As causas prováveis são registadas entre as células U37 e X37. Anomalia 5 (Inexistência de pingadeira em peitoris) A inexistência de pingadeira em peitoris (Fig ) pode estar associada a erros de concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização ou à aplicação de materiais inadequados. No caso de a aresta do bordo interior da pingadeira encostar à face da parede exterior ou que não tenha, pelo menos, o mesmo afastamento da aresta do bordo exterior à face livre do peitoril, as funções para que a pingadeira foi criada deixam de existir e, nesses casos, considera-se a sua inexistência. Fig Inexistência de pingadeira em peitoril Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L38; - exposição (E), na célula M38; - exposição (S), na célula N38; - exposição (W), na célula O38; - An., na célula P38. As causas prováveis são registadas entre as células U38 e X38. Anomalia 6 (Inexistência de rasgos em peitoris) A inexistência de rasgos em peitoris (Fig ) pode estar associada a erros de concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização ou à aplicação de materiais inadequados. Os registos da anomalia são feitos em: 168

185 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a exposição (N), na célula L39; - exposição (E), na célula M39; - exposição (S), na célula N39; - exposição (W), na célula O39; - An., na célula P39. As causas prováveis são registadas entre as células U39 e X39. Anomalia 7 (Balanço insuficiente de peitoris) O balanço insuficiente de peitoris pode estar associada a erros de concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização ou à aplicação de materiais inadequados. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L40; - exposição (E), na célula M40; - exposição (S), na célula N40; - exposição (W), na célula O40; - An., na célula P40. As causas prováveis são registadas entre as células U40 e Y40. Anomalia 8 (Fissuração em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas) Na fissuração em peitoris (Fig ) / soleiras (Fig ) / ombreiras / vergas foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Fig Fissuração em peitoris 169

186 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Fissuração na soleira Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L41; - exposição (E), na célula M41; - exposição (S), na célula N41; - exposição (W), na célula O41; - An., na célula P41. As causas prováveis são registadas entre as células U41 e AF41. Anomalia 9 (Fissuração e fractura de vidros) Na fissuração e fractura de vidros, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L42; - exposição (E), na célula M42; - exposição (S), na célula N42; - exposição (W), na célula O42; - An., na célula P42. As causas prováveis são registadas entre as células U42 e AA42. Anomalia 10 (Deterioração de vedantes) Na deterioração de vedantes (Fig ), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). 170

187 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Deterioração de vedantes nas ligações dos caixilhos ao vão e ao envidraçado Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L43; - exposição (E), na célula M43; - exposição (S), na célula N43; - exposição (W), na célula O43; - An., na célula P43. As causas prováveis são registadas entre as células U43 e Z43. Anomalia 11 (Empenos e deficiência de funcionamento) Nos empenos e deficiência de funcionamento, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L44; - exposição (E), na célula M44; - exposição (S), na célula N44; - exposição (W), na célula O44; - An., na célula P44. As causas prováveis são registadas entre as células U44 e AD44. Anomalia 12 (Deterioração de fechos e dobradiças) Na deterioração de fechos e dobradiças, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L45; - exposição (E), na célula M45; - exposição (S), na célula N45; 171

188 5. Fichas de inspecção do tipo C - exposição (W), na célula O45; - An., na célula P45. As causas prováveis são registadas entre as células U45 e AB45. Anomalia 13 (Deterioração do lacado / anodizado) Na deterioração do lacado / anodizado, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L46; - exposição (E), na célula M46; - exposição (S), na célula N46; - exposição (W), na célula O46; - An., na célula P46. As causas prováveis são registadas entre as células U46 e AE46. Anomalia 14 (Deterioração de pinturas em caixilharias / gradeamentos) Na deterioração de pinturas em caixilharias / gradeamentos (Fig ), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Fig Deterioração de pinturas em caixilharias e gradeamento apresentando este um estado avançado de corrosão Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L47; - exposição (E), na célula M47; - exposição (S), na célula N47; - exposição (W), na célula O47; - An., na célula P47. As causas prováveis são registadas entre as células U47 e AE

189 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Anomalia 15 (Corrosão por picagem em caixilharias / gradeamentos) Na corrosão por picagem em caixilharias / gradeamentos (Fig ), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Fig Corrosão em gradeamentos de vãos exteriores Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L48; - exposição (E), na célula M48; - exposição (S), na célula N48; - exposição (W), na célula O48; - An., na célula P48. As causas prováveis são registadas entre as células U48 e AC48. Anomalia 16 (Ataque de xilófagos) No ataque de xilófagos em caixilharias, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L49; - exposição (E), na célula M49; - exposição (S), na célula N49; - exposição (W), na célula O49; - An., na célula P49. As causas prováveis são registadas entre as células U49 e AA49. Anomalia 17 (Apodrecimento / humidade / fungos) No apodrecimento / humidade / fungos em caixilharias, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). 173

190 5. Fichas de inspecção do tipo C Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L50; - exposição (E), na célula M50; - exposição (S), na célula N50; - exposição (W), na célula O50; - An., na célula P50. As causas prováveis são registadas entre as células U50 e Z50. Anomalia 18 (Delaminação do contraplacado das faces exteriores da madeira) Na delaminação do contraplacado das faces exteriores da madeira, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L51; - exposição (E), na célula M51; - exposição (S), na célula N51; - exposição (W), na célula O51; - An., na célula P51. As causas prováveis são registadas entre as células U51 e AD51. Anomalia 19 (Deterioração de estores / portadas) Na deterioração de estores / portadas, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L52; - exposição (E), na célula M52; - exposição (S), na célula N52; - exposição (W), na célula O52; - An., na célula P52. As causas prováveis são registadas entre as células U52 e AB Ficha de inspecção C/Va2 de vãos de fachada Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/Va1. Na 174

191 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 abertura da ficha de inspecção C/Va2, deve-se seleccionar actualizar (actualização de dados) e continuar. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classificações das anomalias. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualizações Ficha de inspecção C/VaPa1 de varandas e palas Na abertura da ficha de inspecção C/VaPa1 (Anexo 1), deve-se seleccionar actualizar (preenchimento de novos dados) e em continuar para não alterar as hiperligações que foram criadas. Não actualizar permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, devem-se guardar os registos efectuados. Esta ficha de inspecção engloba dois campos de registos: singularidades e anomalias causas / anomalias. O campo das singularidades é subdividido nos subcampos varandas e palas. Os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização. As células onde são registadas as ocorrências têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe) Singularidades de varandas Neste campo, são feitos os registos das singularidades de vãos de fachada. Estão disponíveis os seguintes registos: varandas; são, regra geral, construídas em betão armado, em pedra ou com uma estrutura metálica; as varandas podem ser realizadas com apoio em consola (Fig ) ou em vigas de bordadura (Fig ); podem ter guarda-corpos com muretes de alvenaria ou betão armado ou com gradeamentos metálicos (anodizados, lacados ou pintados); o seu registo é feito na célula H11; o seu registo é feito na célula E11; 175

192 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Varandas com apoio em consola com guarda-corpos em gradeamentos de ferro pintado e muretes de alvenaria Fig Varanda apoiada em vigas de bordadura com guarda-corpos em gradeamentos de alumínio lacado varanda em betão armado; o seu registo é feito na célula F13; varanda em pedra; o seu registo é feito na célula F14; varanda metálica; o seu registo é feito na célula F15; varanda com apoio em consola; o seu registo é feito na célula O13; varanda apoio em vigas de bordadura; o seu registo é feito na célula O14; impermeabilização; o seu registo é feito na célula F17; pingadeira; o seu registo é feito na célula K17; tubo-ladrão; o seu registo é feito na célula S17; marquise; o seu registo é feito na célula AC17; guarda-corpos em muretes de alvenaria; o seu registo é feito na célula J19; guarda-corpos em muretes em betão; o seu registo é feito na célula J20; guarda-corpos em gradeamentos; o seu registo é feito na célula J21; coroamento em pedra; o seu registo é feito na célula U19; coroamento em argamassa; o seu registo é feito na célula U20; 176

193 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 coroamento em chapa metálica; o seu registo é feito na célula U21; gradeamentos em aço; o seu registo é feito na célula H23; gradeamentos em alumínio; o seu registo é feito na célula H25; gradeamentos em ferro fundido; o seu registo é feito na célula H27; gradeamentos em madeira; o seu registo é feito na célula H28; anodização; o seu registo é feito na célula M25; lacagem; o seu registo é feito na célula R25; pintura; o seu registo é feito na célula M27; palas; consideram-se palas os elementos arquitectónicos para a protecção das chuvas e sombreamento dos edifícios; podem encontrar-se palas na entrada dos edifícios, em varandas e ao nível da cobertura, como se verifica através das Figs , 5.225, e 5.227; o seu registo é feito na célula D30; Fig Pala na entrada do edifício com apoio em consola Fig Pala em varanda com apoio em consola Fig Pala em varanda com apoio em vigas de bordadura 177

194 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Palas ao nível da cobertura com apoio em consola pala em betão armado; o seu registo é feito na célula F32; pala em pedra; o seu registo é feito na célula F33; pala metálica; o seu registo é feito na célula F34; apoio em consola; o seu registo é feito na célula P32; apoio em vigas de bordadura; o seu registo é feito na célula P33; apoio em suspensão / tirantes; o seu registo é feito na célula P34; impermeabilização; o seu registo é feito na célula F36; pingadeira; o seu registo é feito na célula N Anomalias / causas Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detectadas em varandas e palas e as suas causas possíveis (prováveis teóricas). As anomalias são registadas nas células que estão associadas às exposições de varandas e palas (N, E, S e W) e têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas células da coluna An., essas anomalias estão registadas, por defeito, com a pontuação 1 (sim) e estão relacionadas com as causas prováveis teóricas. A inexistência de uma anomalia na célula da coluna An. com a pontuação 0 (não) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a existência de uma anomalia deve registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas reais que forem encontradas na globalidade dos vãos de fachada, resultantes da avaliação do projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida. Todas as anomalias que são registadas em cada varanda / pala devem ser sustentadas por registos fotográficos que são guardados em arquivos com os nomes das exposições das fachadas. As anomalias que não forem visíveis são registadas com a pontuação 2 (não se sabe). A avaliação das anomalias nas varandas e palas que tenham muretes deve ser feita como se não existissem muretes, uma vez que a avaliação destes muretes é feita na ficha de inspecção de fachadas e muretes. Assim, avalia-se, pelo exterior, as faces visíveis da laje (inferior e frontal, correspondente à espessura da laje) e os gradeamentos. As guardas de varandas (Fig ), balcões, terraços, galerias e escadas, em particular quando estas últimas são exteriores, podem também ser afectadas pela humidade. 178

195 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006) Quando são de madeira, a humidade pode provocar a sua degradação desde que o material não se encontre devidamente preservado com tratamento adequado face às condições de utilização e protegido com um revestimento por pintura ou velatura eficazes. No caso de estes elementos serem metálicos, se não estiverem convenientemente protegidos contra a corrosão, a humidade pode dar origem à sua degradação. As suas consequências são mais gravosas, uma vez que a sua ocorrência nas guardas põe em causa a segurança dos utentes (Fig ) - INH - LNEC, Fig Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006) Anomalia 1 (Colonização biológica) Na colonização biológica (Fig ), pode-se considerar como causas prováveis os erros de concepção e execução, a presença contínua da humidade e a ausência / inadequação de manutenção. Fig Colonização biológica na varanda 179

196 5. Fichas de inspecção do tipo C Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L43; - exposição (E), na célula M43; - exposição (S), na célula N43; - exposição (W), na célula O43; - An., na célula P43. As causas prováveis são registadas entre as células U43 e Z43. Anomalia 2 (Vegetação parasitária de grande porte - plantas, erva) Na vegetação parasitária de grande porte -plantas, erva (Fig ), as causas prováveis são do mesmo tipo das que foram consideradas na anomalia 1. Os registos da anomalia são feitos em: Fig Planta em tubo-ladrão por ausência de manutenção - exposição (N), na célula L44; - exposição (E), na célula M44; - exposição (S), na célula N44; - exposição (W), na célula O44; - An., na célula P44. As causas prováveis são registadas entre as células U44 e Z44. Anomalia 3 (Deficiências de planeza do revestimento) As deficiências de planeza do revestimento de varandas e palas (Fig ) têm como principal causa os erros de execução. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L45; - exposição (E), na célula M45; - exposição (S), na célula N45; 180

197 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a exposição (W), na célula O45; - An., na célula P45. Fig Deficiências de planeza no revestimento inferior da laje da varanda As causas prováveis são registadas entre as células U45 e W45. Anomalia 4 (Desagregação / esfarelamento / erosão) A desagregação / esfarelamento / erosão do revestimento de varandas e palas tem a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L46; - exposição (E), na célula M46; - exposição (S), na célula N46; - exposição (W), na célula O46; - An., na célula P46. As causas prováveis são registadas entre as células U46 e AB46. Anomalia 5 (Alveolização / crateras) A alveolização / crateras do revestimento de varandas e palas (Fig ) tem a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. 181

198 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Crateras na viga de apoio da varanda Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L47; - exposição (E), na célula M47; - exposição (S), na célula N47; - exposição (W), na célula O47; - An., na célula P47. As causas prováveis são registadas entre as células U47 e AC47. Anomalia 6 (Empolamento) O empolamento do revestimento de varandas e palas (Fig ) tem a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Fig Empolamento no revestimento por acção da humidade Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L48; - exposição (E), na célula M48; - exposição (S), na célula N48; - exposição (W), na célula O48; - An., na célula P48. As causas prováveis são registadas entre as células U48 e AB48. Anomalia 7 (Descolamentos / destacamento / descasque) Os descolamentos / destacamento / descasque do revestimento de varandas e palas (Fig ) têm a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. 182

199 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Fig Descolamento do revestimento devido à acção expansiva do aço corroído Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L49; - exposição (E), na célula M49; - exposição (S), na célula N49; - exposição (W), na célula O49; - An., na célula P49. As causas prováveis são registadas entre as células U49 e AE49. Anomalia 8 (Eflorescências / criptoflorescências) As eflorescências / criptoflorescências do revestimento de varandas e palas (Figs , e 5.238) têm a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Fig Eflorescências no revestimento frontal da varanda Fig Eflorescências nos revestimentos da pala 183

200 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Eflorescências nas fissuras das lajes Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L50; - exposição (E), na célula M50; - exposição (S), na célula N50; - exposição (W), na célula O50; - An., na célula P50. As causas prováveis são registadas entre as células U50 e AA50. Anomalia 9 (Alteração de cor - amarelecimento / bronzeamento / descoloração) A alteração de cor (amarelecimento / bronzeamento / descoloração) do revestimento de varandas e palas (Fig ) tem a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Fig Amarelecimento do revestimento da pintura Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L51; - exposição (E), na célula M51; - exposição (S), na célula N51; - exposição (W), na célula O51; - An., na célula P

201 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 As causas prováveis são registadas entre as células U51 e Y51. Anomalia 10 (Sujidade / manchas de poluição) A sujidade / manchas de poluição do revestimento de varandas e palas (Fig ) tem a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Fig Sujidade / manchas de poluição na laje e viga de apoio Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L52; - exposição (E), na célula M52; - exposição (S), na célula N52; - exposição (W), na célula O52; - An., na célula P52. As causas prováveis são registadas entre as células U52 e X52. Anomalia 11 (Manchas localizadas) As manchas localizadas do revestimento de varandas e palas (Fig ) têm a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Fig Manchas localizadas por acção da humidade Os registos da anomalia são feitos em: 185

202 5. Fichas de inspecção do tipo C - exposição (N), na célula L53; - exposição (E), na célula M53; - exposição (S), na célula N53; - exposição (W), na célula O53; - An., na célula P53. As causas prováveis são registadas entre as células U53 e AF53. Anomalia 12 (Escorrimentos) Os escorrimentos localizados no revestimento de varandas e palas (Fig ) têm a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L54; - exposição (E), na célula M54; - exposição (S), na célula N54; - exposição (W), na célula O54; - An., na célula P54. Fig Escorrimentos na varanda devido à inexistência de uma soleira com pingadeira As causas prováveis são registadas entre as células U54 e AC54. Anomalia 13 (Inexistência de tubo ladrão da laje) A inexistência de tubo ladrão da laje deve-se sobretudo a erros de concepção e de execução. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L55; - exposição (E), na célula M55; 186

203 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a exposição (S), na célula N55; - exposição (W), na célula O55; - An., na célula P55. As causas prováveis são registadas entre as células U55 e X55. Anomalia 14 (Deficiência de drenagem de tubo ladrão da laje) A deficiência de drenagem de tubo ladrão da laje (Fig ) pode dever-se, em grande parte, a erros de concepção e execução, podendo ser igualmente associado à ausência / inadequação de manutenção. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L56; - exposição (E), na célula M56; - exposição (S), na célula N56; - exposição (W), na célula O56; - An., na célula P56. Fig Deficiência de drenagem de tubo ladrão devido à ausência de manutenção As causas prováveis são registadas entre as células U56 e AA56. Anomalia 15 (Fissuração da laje) A fissuração da laje (Figs e 5.245) é normalmente associada a erros de concepção e execução e devido às acções ambientais, podendo existir ausência / inadequação de manutenção. 187

204 5. Fichas de inspecção do tipo C Fig Fissuração da laje devido à retracção do betão Fig Fissuração transversal na secção da viga devido a erro de concepção ou execução Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L57; - exposição (E), na célula M57; - exposição (S), na célula N57; - exposição (W), na célula O57; - An., na célula P57. As causas prováveis são registadas entre as células U57 e AE57. Anomalia 16 (Corrosão de gradeamentos) Na corrosão de gradeamentos (Fig ), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). 188 Fig Corrosão do gradeamento guarda-corpos

205 Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995 Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L58; - exposição (E), na célula M58; - exposição (S), na célula N58; - exposição (W), na célula O58; - An., na célula P58. As causas prováveis são registadas entre as células U58 e AC58. Anomalia 17 (Deterioração de pintura / anodização / lacagem de gradeamentos) Na deterioração de pintura / anodização / lacagem de gradeamentos (Fig ), foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004). Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L59; - exposição (E), na célula M59; - exposição (S), na célula N59; - exposição (W), na célula O59; - An., na célula P59. Fig Deterioração de pintura em gradeamento guarda-corpos com início de corrosão As causas prováveis são registadas entre as células U59 e AF59. Anomalia 18 (Deformação excessiva vertical) A deformação excessiva vertical deve ser registada quando tal se constatar através da visualização a uma certa distância do elemento estrutural. As causas poderão estar associadas a erros de concepção, a erros de execução ou ainda ao incumprimento do projecto de estruturas. Os registos da anomalia são feitos em: 189

206 5. Fichas de inspecção do tipo C - exposição (N), na célula L60; - exposição (E), na célula M60; - exposição (S), na célula N60; - exposição (W), na célula O60; - An., na célula P60. As causas prováveis são registadas entre as células U60 e Y60. Anomalia 19 (Corrosão de armaduras / estrutura metálica da laje) O processo de corrosão de armaduras / estrutura metálica da laje (Fig ) foi descrito nas fachadas e muretes, bem como as suas causas. Os registos da anomalia são feitos em: - exposição (N), na célula L61; - exposição (E), na célula M61; - exposição (S), na célula N61; - exposição (W), na célula O61; - An., na célula P61. As causas prováveis são registadas entre as células U61 e AF61. Fig Corrosão das armaduras das lajes de varandas 190

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