SISTEMA DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA A GESTÃO DE RIOS URBANOS
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- Neusa de Almeida Martinho
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1 BRASIL - BAHIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA MESTRADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL URBANA SISTEMA DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA A GESTÃO DE RIOS URBANOS Erika do Carmo Cerqueira Orientador: Prof. Luiz Roberto Santos Moraes, PhD I CONGRESSO BAIANO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL / Salvador BA, de julho de 2010
2 INTRODUÇÃO Os rios urbanos apesar de altamente degradados, possuem funções para o equilíbrio ambiental e dentre os seus usos deve ser respeitado o uso de existência que é um dos valores da ética da sustentabilidade. Os rios urbanos transformaram-se em problemas socioambientais. Mas, constituem um bem social, que exige intervenções de recuperação, proteção e monitorização. A recuperação e proteção das bacias hidrográficas urbanas deve ser um papel assumido pelo Poder Público, por meio de um modelo de gestão integrada. Os indicadores de sustentabilidade são um importante instrumento de avaliação e monitorização.
3 OBJETIVO DESSE TRABALHO Discutir o papel dos indicadores de sustentabilidade e apresentar a concepção teórica e metodológica do sistema de indicadores quali-quantitativos elaborado na dissertação intitulada: Indicadores de sustentabilidade ambiental para a gestão de rios urbanos
4 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE Visa: analisar um determinado fenômeno; servir como ferramenta para a implementação/avaliação de políticas públicas; criar cenários, avaliar, comparar, diagnosticar tendências, prognosticar futuros e nortear ações preventivas. Deve ser analisado à luz da sua proposta metodológica pois contextualiza o uso e subsidia a análise dos resultados. O objeto desta análise são os indicadores de sustentabilidade, que devem possuir enfoques multidimensionais (ambiental, social, econômico e institucional). Devem estar relacionados com a noção, as dimensões e os princípios de sustentabilidade, especificamente para os rios urbanos, com o intuito de avaliar e monitorar tendências.
5 MODELO TEÓRICO DO SISTEMA Todo o sistema de indicadores é constituído a partir de um modelo teórico. O sistema proposto = listagem de indicadores. Inferir o nível de sustentabilidade dos rios no ambiente urbano. Como esta noção é um referencial utópico, baseado na consciência da atual insustentabilidade, não é possível obter essa mensuração de forma direta.
6 Logo, este modelo traz proposições atreladas às 4 categorias que compõe o marco hierárquico do modelo = alicerça todo o sistema de indicadores. Alteram a atual forma de se pensar nos rios urbanos e por seu caráter inovador, podem não estar completamente consolidadas, mas contribui para a discussão de abordagens alternativas. Dimensões da sustentabilidade Princípios para a Gestão de rios Função dos rios no sistema urbano Indicadores
7 MATRIZ DO MODELO
8 MATRIZ DO MODELO (detalhe) XXXI Congresso Interamericano AIDIS
9 MATRIZ DO MODELO (detalhe) XXXI Congresso Interamericano AIDIS
10 As categorias dimensão e princípios foram obtidas a partir de levantamentos bibliográficos. As variáveis funções e indicadores por meio de: consulta a uma rede de experts; grupo focal com uma comunidade; reuniões técnicas.
11 O conjunto das dimensões é a coluna vertebral do sistema pois é ele quem interrelaciona os princípios com as funções, ao mesmo tempo em que, delimita o foco dos indicadores. PROPOSIÇÃO: as dimensões consideradas levam a uma concepção AMPLA de sustentabilidade. Dimensões da sustentabilidade Meio físico Econômica Políticoinstitucional Ecológica Sub-vertentes (MORAES, 2000) Técnica Demográfica Sócio-cultural
12 Princípios para a Gestão de rios Os princípios constituem a ordem moral do sistema. PROPOSIÇÃO: se estes princípios forem, na sua integridade, respeitados é possível se alcançar o que entendemos por sustentabilidade para os sistemas hídricos. Os princípios utilizados foram selecionados a partir da Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos e da Agenda 21 Brasileira. Nesse nível do modelo ainda não há especificidade para a escala urbana.
13 1. A água como um bem social de domínio público. 2. A promoção da saúde dos seres vivos que dependem desse bem. 3. Manutenção da capacidade de suporte do sistema hídrico. 4. A precaução deve preceder qualquer tomada de decisão que envolva a qualidade e quantidade do bem fluvial. 5. A proteção e recuperação dos ecossistemas fluviais. 6. A contextualização local das necessidades e a valorização dos conhecimentos endógenos. 7. A bacia hidrográfica como unidade territorial para gestão dos sistemas hídricos. 8. Gestão proporcionando o uso múltiplo das águas. 9. Gestão descentralizada e participativa envolvendo todos os setores da sociedade. 10. Elaboração de políticas públicas participativas que respeitem as diversidades culturais e busque a equidade. 11. Implementação dos marcos legais existentes associando-os às novas tecnologias limpas. 12. A educação ambiental como catalizador de mudanças para a sustentabilidade. 13. Mudança dos padrões de produção e consumo visando a um desenvolvimento realmente sustentável. 14. Fortalecimento das instituições públicas e iniciativas de gestão integrada. 15. Fortalecimento das instituições de pesquisa e iniciativas de integração com órgãos públicos e comunidade.
14 Função dos rios no sistema urbano Função é um valor atribuído pelo homem a um ser ou objeto e pressupõe uma necessidade. Mas aqui é um termo facilitador da compreensão para tornar pragmático uma idéia mais ampla. PROPOSIÇÃO: o termo função do rio corresponde a uma abordagem abrangente do direito e/ou necessidade desse bem natural e de sua importância para o ambiente biótico e abiótico.
15 Considerações Abordagem mais ampla a partir da sua importância para a integridade do meio ao contrário de parâmetros relacionados somente ao uso - mesmo que devido ao nível de degradação isso não esteja sendo respeitado. Funções reais (o que é, e existe) + funções ideais (o que deveria ou poderia ser/existir). Cenário ideal: aquele em que os rios urbanos estivessem aptos a atender as diversas funções propostas
16 Indicadores Os indicadores estão associados às funções dos rios. OBJETIVO: medir se o rio urbano está apto ou realizando (cumprindo) suas funções. PROPOSIÇÃO: se o rio estiver em condições de garantir as sua funções, ele estará num caminho de sustentabilidade. Ou seja, os indicadores medem a condição do rio e permitem inferir o seu nível de sustentabilidade. Classificam-se como indicadores de estado do modelo PER, desenvolvido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)
17 Indicadores É nessa categoria que o sistema se contextualiza para a especificidade urbana. Não abarca todos os fatores e elementos que compõe a bacia hidrográfica recorte analítico nos sistemas hídricos superficiais urbanos. Este trabalho ilustra parte de uma realidade, complementações são necessárias
18 MATRIZ DO MODELO
19 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
20 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
21 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
22 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
23 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
24 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA...Continuação
25 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
26 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Modelo teórico integra as categorias de análise e reforça a idéia: os rios urbanos possuem funções ecossistêmicas e sociais que devem ser garantidas é isto que irá operacionalizar a sustentabilidade. A matriz é aberta possibilitando diversas formas de análise, interpretação e adequação à outras realidades. A proposta tem um caráter de vanguarda o que exige um processo de amadurecimento, validação e ampliação do escopo. Corresponde a um exercício teórico-metodológico que busca alternativa para responder às questões da sociedade.
27 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS A sustentabilidade só pode ser implementada na abrangência de suas dimensões a preocupação exclusiva com a qualidade da água não garante a preservação. O modelo propõe que o caminho para a sustentabilidade dos corpos hídricos, especialmente o superficial, esteja pautado em dimensões e princípios que orientem a gestão por meio de indicadores com especificidade urbana relacionados às funções legítimas dos rios.
28 CONCLUSÃO Os corpos d água urbanos foram esquecidos e renegados pelos responsáveis em pensar e cuidar da cidade. É premente a implementação de políticas públicas de recuperação, preservação e monitorização dos rios urbanos. Proposta possui uma perspectiva holística, abordagem quali-quantitativa e a construção participativa. O sistema de indicadores é resultado de uma proposta metodológica: São produtos da cosmovisão dos participantes. Almeja indicar trajetórias de sustentabilidade (melhoria contínua) através da: inter-relação entre as dimensões, princípios da sustentabilidade e funções dos rios; utiliza os indicadores como instrumentos de gestão.
29 Obrigado! É iminente uma gestão sensível às leis naturais, que não estão revogadas, e ao entendimento de que os cursos d água são imprescindíveis à sobrevivência da urbe e à qualidade de vida da população.
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