Bolsista PBIC/UEG, graduanda do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG. Voluntários PVIC/UEG, graduandos do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG.
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- Raquel Palma Klettenberg
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1 COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE PEPINO (Cucumis sativus) SOB CULTURA TUTORADA EM IPAMERI-GO Érica Fernandes Leão 1 ; Emmerson Rodrigues de Moraes 2 ; Odilon Peixoto de Morais Júnior 2 ; José Antônio de Paula Oliveira 2 ; Valdivina Lúcia Vidal de Carvalho 3 1 Bolsista PBIC/UEG, graduanda do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG. 2 Voluntários PVIC/UEG, graduandos do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG. 3 Orientadora, docente do Curso de Agronomia, UnU Ipameri UEG, hoje pesquisadora da Seagri-Estação Experimental de Anápolis. RESUMO O pepino (Cucumis sativus) para salada é uma espécie de grande importância econômica em Goiás. Entre as cultivares disponíveis no mercado brasileiro, encontram-se três tipos tradicionais (aodai, caipira e para conserva). Em Goiás o mercado consumidor prefere o pepino do tipo caipira e colonião, nos últimos anos, devido a mudanças na preferência dos consumidores goianos, outros tipos de pepino foram incluídos no programa, com o objetivo de ampliar a base genética do germoplasma disponível e atender às novas tendências do mercado. Com objetivo de selecionar novas cultivares, foram avaliados na UnU Ipameri, dez genótipos de pepino para consumo in natura, quanto a produtividade (t.ha -1 ), número de frutos por planta e peso médio dos frutos (g). O delineamento experimental usado foi de blocos casualizados, com dez genótipos em três repetições. Os tratamentos diferiram estatisticamente somente quanto ao peso médio dos frutos, analisados pelo Teste Scott-Knott, para comparação de médias. Palavras-chave: Cucumis sativus, produtividade, número de frutos por planta e peso médio dos frutos. Introdução O pepino (Cucumis sativus) é originário de regiões quentes do norte da Índia ou da África. A planta é herbácea, anual, com hastes longas. O hábito de crescimento é indeterminado, e se desenvolve no sentido vertical ou prostrado, dependendo da presença ou ausência de suporte. 1
2 O hábito de florescimento é monóico, ou seja, há flores unissexuais, masculinas e femininas na mesma planta, com predominância das primeiras, o que é uma característica normal da espécie. Entretanto, os fitomelhoristas criaram híbridos ginóicos, com os quais desenvolvem quase exclusivamente flores femininas (Filgueira, 2000). A espécie é de clima quente, adaptando-se a temperaturas amenas, porém sendo prejudicada pelo frio e destruída pela geada. Esta é a razão pela qual o plantio é comumente efetuado na primavera-verão. Atualmente, as cultivares podem ser reunidas em quatro grupos ou tipos (Tipo Caipira, Tipo Aodai, Tipo Alongado ou Japonês e Tipo Industrial), conforme as características e a finalidade dos frutos produzidos, em todos estes as plantas apresentam hábito de crescimento indeterminado (Filgueira, 2000). A escolha de uma cultivar pelo agricultor depende da destinação final da produção (comércio in natura ou industrialização), sua capacidade produtiva (Balbino et al., 1991), e o sistema de produção que o produtor utiliza. O pepino para salada é uma espécie de grande importância econômica em Goiás, desenvolvendo-se melhor sob temperaturas elevadas (20 30 C), sendo que sob condições de umidade relativa do ar muito elevadas há problemas de incidência de doenças foliares e radiculares (Balbino et al., 1991; Paiva, 1996). Em Goiás o mercado consumidor prefere o pepino do tipo caipira e colonião e por este motivo foi iniciado, na década de 1970, um trabalho de melhoramento genético de pepino caipira (Filgueira & Ogata, 1976), que resultou na obtenção de linhagens promissoras (Filgueira & Peixoto, 1980) e alguns híbridos monóicos e ginóicos que foram lançados como resultado da parceria entre a EMGOPA e EMBRAPA (Filgueira et al., 1985; Filgueira et al., 1986). Nos últimos anos, devido a mudanças na preferência dos consumidores goianos, outros tipos de pepino foram incluídos no programa, com o objetivo de ampliar a base genética do germoplasma disponível e atender às novas tendências do mercado. Coelho et al., 2000, 2004, trabalhando com esses materiais em Anápolis sob sistema de cultivo orgânico e convencional, encontrou linhagens com características e produtividades semelhantes aos híbridos comerciais -Rubi (Sakata) e Guarani (Horticeres)- em ambos sistemas de cultivo. Na produção de frutos destinados à mesa, a cultura tutorada, no campo, ou em estufa, predomina. Esse tipo de condução da planta apresenta algumas notáveis vantagens: favorece o controle fitossanitário, facilita alguns tratos culturais, melhora a qualidade do fruto, aumenta a 2
3 longevidade da planta, alonga o período produtivo, favorece a colheita parcelada e possibilita produtividade mais elevada (Filgueira, 2000). Dessa forma foram avaliados em Ipameri, dois experimentos, cada um com dez genótipos de pepino sob cultura tutorada, visando selecionar genótipos promissores, para o lançamento comercial de novas cultivares ou para obtenção de híbridos para consumo in natura. Material e Métodos Foram conduzidos dois experimentos na Unidade Universitária de Ipameri UEG, no período de março a dezembro de 2008, utilizados dez tratamentos, linhagens de pepino dos tipos caipira, colonião, do programa de melhoramento genético da Estação Experimental de Anápolis, em cada experimento, analisamos as seguintes características: número de frutos por planta e peso médio de frutos, produtividade (t.ha -1 ). O trabalho foi realizado em Latossolo Vermelho Amarelo, corrigido e fertilizado de acordo com a sua análise química, à latitude é de 17º 41 S, longitude 48º 11 W e altitude de 800m, e o clima, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Aw, constando temperaturas elevadas com chuvas no verão e seca no inverno. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, dez tratamentos (1-LI 9817, 2-LI 9813, 3-LI 9809, 4-LI9810, 5-LI 9814, 6-LI 9811, 7-LI 9818, 8-LI 9812, 9-LI 9816, 10-LI 9805), em três repetições, para o primeiro experimento e o mesmo delineamento com dez tratamentos, sendo eles: 1-Ameliorée de Bourbon F9 ( )-26 A F10; 2- (RC x Vert Massy F8)- 14-1; 3- (RC x Vert Massy F8-2-1; 4- (RC x Vert de Massy F8)-4-1; 5- [(RC x VM) F8]-3-1; 6- [(RC1 x VM) x VM] ; 7- (RC1 x VM) F9; 8- [(RC1 x VM0 F8]-1-1; 9- [(RC1 x VM) x VM] ; 10-[(RC1x VM) x VM] ), em três repetições para o segundo experimento. Cada um com parcelas de dez plantas, todas úteis, em cultivo tutorado em fileira dupla no espaçamento de 1,00 x 0,50m. Como adubação de plantio foram utilizados 1.500Kg.ha -1 do formulado e adubação orgânica, foram utilizados os tratos culturais e fitossanitários comuns para a cultura na região, iguais para ambos os ensaios. Foram semeadas três sementes por cova em 13/03/2008 para o primeiro experimento e o segundo no dia 17/11/2008, realizando-se o desbaste dez dias após a semeadura, deixando-se uma plântula por cova para ajuste da população. 3
4 A colheita foi realizada com intervalo variável de dois a três dias. Foram obtidos os dados referentes ao número e peso de frutos de cada parcela, número de plantas por parcela. Que geraram produtividade, peso médio de frutos e número de frutos por planta. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 1. Produtividade, número de frutos por planta e peso médio de frutos nos 10 genótipos de pepino do experimento 1. Ipameri-GO. UEG., Tratamento Produtividade (t.ha-1) Frutos por planta (Nº) Peso médio (g) LI ,1 a 3,8 a 178,3 a LI ,2 a 5,6 a 149,0 a LI ,9 a 5,2 a 160,7 a LI ,8 a 4,9 a 187,0 a LI ,2 a 6,2 a 177,0 a LI ,6 a 7,9 a 146,0 a LI ,3 a 7,5 a 151,7 a LI ,6 a 7,7 a 162,7 a LI ,3 a 7,6 a 163,7 a LI ,8 a 7,9 a 172,0 a CV% 36,6 34,0 12,1 Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 2. Produtividade, número de frutos por planta e peso médio de frutos nos 10 genótipos de pepino do experimento 2. Ipameri-GO. UEG., Tratamento Produtividade (t.ha-1) Frutos por planta (Nº) Peso médio (g) [(RC1x VM) x VM] ,0 a 5,5 a 154,5 b [(RC1 x VM) x VM] ,6 a 5,0 a 121,6 a [(RC1 x VM) x VM] ,3 a 5,0 a 130,0 a Ameliorée de Bourbone F9 ( )-26 A F10 12,6 a 4,3 a 141,6 a (RC x Vert Massy F8) ,3 a 5,0 a 134,0 a (RC x Vert de Massy F8) ,0 a 5,3 a 156,0 b [(RC1 x VM0 F8] ,0 a 6,6 a 132,0 a (RC x Vert Massy F ,6 a 7,0 a 128,3 a [(RC x VM) F8] ,3 a 7,0 a 140,3 a (RC1 x VM) F9 24,3 a 8,0 a 151,3 b CV% 33,6 31,1 6,0 Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Scott Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Resultados e Discussão 4
5 Os genótipos igualaram-se estatisticamente quanto à produtividade e número de frutos por planta. No primeiro experimento o peso médio dos frutos variou de 146,0 a 187,0g, a produtividade média dos genótipos foi de 28,98t.ha -1 enquanto o número de frutos por planta variou de 3,8 à 7,9. Para massa média de fruto em gramas do experimento 2 foram encontradas diferenças significativas entre genótipos (Tabela 1 e 2). O peso médio dos frutos variou de 121,6 à 156,0 g, a produtividade média dos genótipos foi de 15,7 t.ha -1 e o número de frutos por planta, variou de 4,3 à 8,0. Conclusões Ainda que os genótipos não tenham diferido estatisticamente quanto ao desenvolvimento e produção, provavelmente devido a fatores ambientais não controlados, apresentam potencial para cultivo na região Sudeste do Estado de Goiás. Referências Bibliográficas BALBINO, J. M. DE S.; COSTA, H.; VENTURA, J.A.; FORNAZIER, M. J.; CASTRO, L.L.F. de; PREZOTTI, L.C.; SOUZA, J.L. de. Cultura de pepino salada. Vitória, ES: EMCAPA, p. (EMCAPA, Manual de cultura 3). COELHO, M; PEIXOTO, N; VIDAL, V.L. Comportamento de linhagens e híbridos de pepino para consumo de mesa, em Anápolis. Horticultura Brasileira, v.18, p suplemento julho. COELHO, M; PEIXOTO, N; VIDAL, V.L. Comportamento de linhagens de pepino para consumo de mesa, em sistema de cultivo orgânico em conversão e sistema de produção convencional, em Anápolis. Horticultura Brasileira, v.22, n.2, p FILGUEIRA, F.A.R.; OGATA, T. Melhoramento genético do pepino caipira. Nota Prévia. Revista de Olericultura, Lavras, v.16, p ,
6 FILGUEIRA, F.A.R.; PEIXOTO, N. Comportamento de híbridos simples e linhagens autofecundadas de pepino do grupo Caipira, em cultura rasteira, em Anápolis. Revista de Olericultura, Brasília, v.18, p , FILGUEIRA, F.A.R.; DELLA VECCHIA, P.T.; GIORDANO, L.B. Anápolis 796 e Anápolis 798 novos híbridos de pepino do tipo caipira. Horticultura Brasileira, v.3, n.1, p.44-45, FILGUEIRA, F.A.R.; GIORDANO, L.B.; FERREIRA, P.E.; DELLA VECCHIA, P.T. Avaliação de híbridos F 1 de pepino do tipo caipira. Horticultura Brasileira, v.4, n.1, p FILGUEIRA, F.A.R. Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, p. PAIVA, W.O de. Melhoramento de pepino na região úmida do Amazonas. Horticultura Brasileira, Brasília, v.14, n.2, p ,
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