A realização da preposição de na variedade dialetal da cidade de Bagé (RS) Taíse Simioni (UNIPAMPA) Bruna Ribeiro Viraqué (UCPEL)

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1 A realização da preposição de na variedade dialetal da cidade de Bagé (RS) Taíse Simioni (UNIPAMPA) Bruna Ribeiro Viraqué (UCPEL) Resumo Este trabalho tem como objetivo contribuir para a descrição da variedade dialetal da cidade de Bagé (RS), no que se refere à realização da preposição de, com ou sem elevação da vogal. Para tanto, tomamos a Sociolinguística Quantitativa (Labov, 1991 [1972]) como suporte teórico. Buscamos analisar quais fatores linguísticos e extralinguísticos favorecem a elevação da vogal da preposição. A coleta de dados foi realizada através da leitura de 135 frases, criadas para esta pesquisa. Os dados passaram por um tratamento estatístico, o que gerou os resultados para nossa análise. Constatamos que há o privilégio da realização da preposição de sem elevação, porém é possível que a variedade dialetal da cidade esteja passando por uma mudança em progresso, pois os falantes mais jovens realizam, com maior frequência, a preposição com elevação da vogal. Palavras-chave: preposição de; elevação da vogal média; variação linguística. Abstract This paper aims to contribute to the description of the dialect spoken in Bagé (RS), as regards the preposition de, with or without vowel raising. To this end, we take the Quantitative Sociolinguistics (Labov, 1991 [1972]) as theoretical support. We analyze which extralinguistic and linguistic factors favor the raising of preposition's vowel. Data collection was performed by reading 135 sentences created for this research. The data went through a statistical treatment, which generated results for our analysis. We note that the preposition is realised without raising preferably, but it is possible that this dialect is undergoing a change in progress, for the youngest speakers perform more often the preposition with raised vowel. Key words: preposition de; mid vowel raising; linguistic variation. Introdução Além dos costumes e da cultura, pode-se dizer que a língua de um povo é a sua marca, a sua identidade. Portanto, apesar de um país ter a sua língua oficial, falada e escrita pela maioria de seus habitantes, cada região possui um conjunto de características específicas, principalmente em sua fala. Essas especificidades fazem com que notemos que cada cidade possui uma variedade dialetal, cujas características são percebidas, pontualmente, por falantes de outras variedades. A variedade dialetal da cidade de Bagé (RS), por exemplo, é bastante caracterizada pela realização da preposição de sem elevação da vogal, enquanto outras palavras terminadas em vogais médias átonas (incluindo outros clíticos), geralmente, elevam-se, como, por exemplo, em fale, realizada como fal[i], e que, realizada como qu[i]. Isso faz com que a não elevação da preposição de seja um dos primeiros fenômenos linguísticos identificados por falantes de outras variedades dialetais quando escutam os bageenses. Levando-se em consideração esse fenômeno, nosso trabalho pretende contribuir para a descrição da variedade dialetal da cidade de Bagé (RS), no que se refere à realização da preposição de com ou sem elevação: [dzi] ou [de]. Para tanto, tomando como pressuposto teórico a Sociolinguística Quantitativa (Labov, 1991 [1972]), serão analisados fatores linguísticos e extralinguísticos que possam influenciar a realização da preposição sob análise. Os dados de língua falada foram coletados através da leitura de frases, criadas para esta pesquisa. Todos os informantes são bageenses e nunca moraram em outra cidade. As seguintes

2 variáveis extralinguísticas foram observadas: sexo (feminino e masculino), faixa etária (de 15 a 25 anos, de 26 a 50 anos e mais de 50 anos) e escolaridade (Ensino Básico e Ensino Superior, concluído ou em andamento). Entre as variáveis linguísticas, analisamos a função sintática do sintagma envolvendo a preposição de, a distância entre a preposição e a sílaba tônica da palavra seguinte, a consoante e a vogal inicial da palavra seguinte. As variáveis serão mais bem explicitadas adiante. O presente trabalho tem a estrutura descrita a seguir. A primeira seção descreve a metodologia empregada na pesquisa, bem como as variáveis analisadas e as hipóteses que as justificam. A segunda seção destina-se à apreciação dos resultados da análise estatística, de modo a apresentar e discutir as variáveis selecionadas pelo pacote de programas Goldvarb como relevantes para a realização da preposição de com elevação, uma vez que esta foi a forma tomada como aplicação para a submissão dos dados à análise estatística. Por fim, encontram-se as considerações finais. Antes de prosseguirmos, precisamos fazer esclarecimentos sobre alguns pressupostos a partir dos quais conduzimos nossa pesquisa. A preposição de é um clítico. Segundo Bisol (2005), os clíticos apresentam como propriedades universais o fato de serem átonos, de serem formas dependentes (em oposição a formas livres e presas; cf. Câmara Jr. 1970) e de pertencerem a diferentes classes morfológicas. Em português, outros exemplos de clíticos podem ser os artigos (o, a, os, as), algumas preposições (de, em, por, com) e alguns pronomes pessoais (se, me, te), mas essa lista não se pretende exaustiva. Uma vez que os clíticos são unidades desprovidas de acento, eles precisam se apoiar no acento de palavras adjacentes. Não há consenso na literatura sobre o status prosódico da unidade formada pelo clítico e seu hospedeiro. Bisol (2000, 2005), por exemplo, defende a existência do grupo clítico como um constituinte da hierarquia prosódica (cf. Nestor e Vogel, 1994). Já Simioni (2008) propõe que o clítico se associa diretamente a uma frase fonológica, rejeitando a existência do grupo clítico. Nosso trabalho, entretanto, não tem por objetivo discutir a natureza prosódica dos clíticos (embora seus resultados possam trazer alguma luz sobre a questão). Para propormos a presente pesquisa, partimos de uma hipótese levantada por Bisol (2005). Segundo a autora, os clíticos, em geral, não se incorporam a uma palavra que os segue, uma vez que isto implicaria que se comportassem como uma sílaba pretônica, o que não ocorre, como revela a elevação quase categórica das vogais médias dos clíticos, de maneira que tais vogais se comportam mais como médias finais. Entretanto, em alguns casos, essa incorporação parece existir, segundo Bisol. Ao analisar a variação entre [de] e [dzi], a partir de amostras de Porto Alegre, a autora constatou que alguns contextos parecem favorecer a não elevação da vogal da preposição. Assim, nestes contextos, poderia ocorrer incorporação, e não adjunção, a um hospedeiro.

3 A partir do que foi exposto no parágrafo acima, partimos do pressuposto de que a preposição de, em Bagé, incorpora-se à palavra que a segue. É isto que possibilita que a vogal média da preposição se comporte como uma vogal pretônica, tornando sua realização variável, ao contrário do que ocorre com as vogais médias átonas finais de outros vocábulos (demais clíticos incluídos), que apresentam uma elevação praticamente categórica (para uma discussão sobre a elevação das vogais médias postônicas de outras variedades, confira Vieira (2002, 2010)). Desta forma, como poderá ser observado adiante, buscamos na literatura sobre a elevação das vogais médias pretônicas (principalmente em Schwindt (2002) e Tenani e Silveira (2008)) os subsídios para a formulação de nossas hipóteses. Nosso trabalho não tentará trazer respostas de por que esta incorporação ocorre apenas com a preposição de em Bagé, embora esta seja uma questão bastante interessante. 1 Metodologia Para o levantamento das amostras de fala, foram criadas 135 frases, uma para cada cruzamento entre as variáveis independentes linguísticas, que serão descritas a seguir. Em (1), encontram-se alguns exemplos de frases. Cabe explicar que utilizamos, neste trabalho, frases a serem lidas por acreditarmos que, com entrevistas livres, talvez nem todas as nossas variáveis fossem contempladas na fala do informante. (1) Tomei um banho de chuva na semana passada. Esqueci de recolher as roupas. Lilian não gosta de hospital. O corpus da pesquisa foi formado pela leitura feita por 24 informantes, igualmente divididos conforme as variáveis extralinguísticas já explicitadas: sexo (feminino e masculino), faixa etária (de 15 a 25 anos, de 26 a 50 anos e mais de 50 anos) e escolaridade (Ensino Básico e Ensino Superior, concluído ou em andamento). Esta divisão corresponderia a dois informantes por célula. Entretanto, organizamos os informantes que modo que cada dois sujeitos correspondessem a uma célula das variáveis independentes extralinguísticas. Assim, a quantidade de frases foi dividida por dois: um informante correspondente a uma célula (feminino, de 15 a 25 anos, com Ensino Básico, por exemplo) leu a metade e outro informante, correspondendo à mesma célula, leu a outra metade. Essa organização foi motivada pelo fato de que a leitura de 135 frases poderia cansar os informantes e fazer com os mesmos percebessem o fenômeno em estudo e, até mesmo, realizassem a preposição de maneira diferente daquela usada em seu dia a dia. Inicialmente, os informantes leram as frases para si e, depois, em voz alta, para que fossem sendo registradas as realizações de cada preposição. Como foi possível perceber, utilizamos em nossa pesquisa um informante por célula,

4 bastante distante da quantidade ideal de cinco informantes, preconizada na literatura sociolinguística. Destacamos, entretanto, o caráter experimental de nossa pesquisa, uma vez que não encontramos na literatura pesquisas que versem sobre o tema em análise aqui 1. Isto implica, é claro, que os resultados obtidos para as variáveis extralinguísticas sejam relativizados. Por tratar-se de uma pesquisa de cunho sociolinguístico, em sua vertente quantitativa, neste estudo utilizamos um instrumento capaz de transformar os dados em informações estatísticas, passíveis de posterior descrição e análise. Trata-se, aqui, do pacote de programas Varbrul, em sua versão para Windows, o Goldvarb. O Quadro 1 a seguir mostra as variáveis extralinguísticas e linguísticas analisadas em nossa pesquisa. Na sequência, descrevemos cada uma. Quadro 1 Variáveis consideradas na análise VARIÁVEIS EXTRALINGUÍSTICAS Sexo: - feminino - masculino Faixa etária: Mais de 50 Escolaridade: - Ensino Básico - Ensino Superior VARIÁVEIS LINGUÍSTICAS Função sintática: - Objeto Indireto (ex.: Eu não gosto de quindim) - Complemento Nominal/Adjunto Adnominal (ex.: A casa de Ângela é espaçosa) - Adjunto Adverbial (ex.: Sempre íamos de bicicleta para a escola) Distância da sílaba tônica: - Distância 0 (ex.: Ana precisa de xícaras novas) - Distância 1 (ex.: Precisamos de chuveiros para os vestiários) - Distância 2 (ex.: Joana não tem panelas de beringela) Consoante seguinte: - [+alta] (ex.: O bolo de casamento estava muito gostoso) - [-alta] (ex.: Não sei cozinhar em panela de ferro) - Ø (ex.: O treino estava cheio de olheiros) Vogal seguinte - [i] (ex.: Amélia cuida de idosos no asilo) - [u] (ex.: Paulo gosta de pudim) - [e] (ex.: Esqueci de recolher as roupas) - [o] (ex.: Está fazendo frio de ontem pra cá) - vogais baixas [a, E, O] (ex.: A mãe de Jéssica é muito atenciosa) 1.1 Delimitação das variáveis Serão expostas agora a variável dependente e as variáveis independentes (extralinguísticas e 1 Após a realização desta pesquisa, tivemos acesso ao texto de Vieira (2011). A autora analisa a elevação da vogal e nos clíticos me, te, se, lhe e de, a partir de dados de Pelotas (RS). Em sua pesquisa, mostraram-se significativas as variáveis tipo de juntura (ditongação, hiato, degeminação e sem juntura), vogal da sílaba seguinte, ataque da sílaba seguinte e tipo de clítico (se me, te, se, lhe ou de).

5 linguísticas) de nossa pesquisa Variável dependente Para esta análise, a variável dependente considerada é a realização da preposição de com ou sem elevação. Consideramos como aplicação quando a preposição foi realizada com a elevação da vogal, ou seja, [dzi], e, como não aplicação, quando ela foi realizada sem a elevação da vogal Variáveis independentes extralinguísticas Consoante o que foi exposto anteriormente, as variáveis independentes extralinguísticas são o sexo, segundo o qual os informantes foram divididos entre feminino e masculino; a faixa etária, na qual os informantes dividiram-se em três grupos: de 15 a 25 anos, de 26 a 50 e mais de 50 anos; e a escolaridade, que corresponde aos informantes que possuem Ensino Básico e aqueles que possuem ou estão cursando o Ensino Superior. Quanto à variável sexo, não temos hipóteses sobre a preferência pela realização da preposição com elevação entre homens e mulheres. Incluímos, então, essa variável para que se pudesse testar sua relevância para o fenômeno sob estudo. Em Schwindt (2002), que analisa a harmonia vocálica a partir de dados de quatro cidades do Rio Grande do Sul (Flores da Cunha, Panambi, São Borja e Porto Alegre), a variável sexo mostrou-se estatisticamente relevante para a elevação de /e/, como em menino, mas não para a elevação de /o/, como em coruja. Mesmo que o programa de análise estatística tenha selecionado esta variável, os pesos relativos apresentados por homens e mulheres estão muito próximos do ponto neutro para que se considere esta variável como desempenhando um papel real naquela pesquisa, como destaca o autor. Tenani e Silveira (2008), que analisaram a elevação das vogais médias pretônicas em São José do Rio Preto, não levaram em consideração esta variável, tampouco a variável escolaridade. Faz-se necessária a distinção entre harmonia vocálica e o que Bisol (2010) denominou como alçamento da pretônica sem motivação aparente. Como harmonia vocálica, são considerados os casos em que uma vogal média pretônica se eleva por influência de uma vogal alta subsequente, como em menino e coruja (cf. Bisol (1981)). O trabalho de Schwindt (2002) restringiu-se aos dados em que a harmonia vocálica é possível, enquanto Tenani e Silveira (2008) incluíram, em sua análise, dados sem a presença de uma vogal alta como gatilho para o processo de elevação da vogal média pretônica. Com relação à faixa etária, nossa hipótese é a de que falantes mais jovens realizem a preposição com elevação de maneira mais significativa, se comparados com falantes das outras faixas etárias. Observações impressionísticas nos levam a perceber que a maioria dos falantes naturais da cidade de Bagé ainda demonstram preferência pela utilização da preposição de sem

6 elevação, mas, quando a realização com elevação ocorre, ela parece proceder, com maior frequência, dos falantes mais jovens. Com esta pesquisa será possível observar a veracidade ou não desta impressão. Em Schwindt (2002), esta variável foi selecionada como estatisticamente relevante para a elevação de /e/, entretanto, como ocorreu com a variável sexo, os pesos relativos estão muito próximos ao ponto neutro para que se possa falar em favorecimento ou desfavorecimento, como explica o autor. Em Tenani e Silveira (2008), os resultados obtidos para a faixa etária não permitiram que as autoras fizessem afirmações sobre o papel desta variável na elevação das vogais médias pretônicas. Tanto Schwindt (2002) quanto Tenani e Silveira (2008) apontam para a possibilidade de um fenômeno de variação estável diante dos resultados obtidos no que diz respeito às variáveis extralinguísticas. Em relação à variável escolaridade, Schwindt (2002) afirma que a influência da escolaridade no fenômeno da harmonia pode estar relacionado ao fato de que falantes com mais escolaridade têm mais contato com a língua escrita, o que pode levá-los a produzir menos elevação das vogais médias em sua fala. Conforme Schwindt (2002, p. 178), indivíduos que tiveram maior acesso à escrita tendem a aproximar mais sua fala dessa modalidade, ao contrário dos que se expuseram menos a ela. No caso do objeto de nossa pesquisa, estamos supondo o contrário: falantes com Ensino Superior (concluído ou em andamento) realizarão mais a preposição com elevação. Partimos da ideia de que o Ensino Superior propicia aos estudantes um contato muito amplo com diferentes variedades dialetais, e, por conseguinte, às vezes, estes acabam incluindo em sua própria variedade fenômenos linguísticos da fala de seu interlocutor. Além disso, não temos por que supor que a escrita exerceria força no sentido da não elevação somente no caso da preposição de Variáveis independentes linguísticas Em nossa análise, consideramos as seguintes variáveis linguísticas: função sintática, distância da sílaba tônica, consoante seguinte e vogal seguinte. A variável função sintática constitui-se dos fatores objeto indireto, complemento nominal/adjunto adnominal e adjunto adverbial, pois são estas as funções preposicionadas em português. Antes de explicitarmos a hipótese por trás desta variável, um esclarecimento faz-se necessário. Optamos por manter complemento nominal e adjunto adnominal em um único fator pois não há consenso na literatura sobre tais funções sintáticas. Um mesmo sintagma pode ser considerado por um autor como complemento nominal e por outro como adjunto adnominal, uma vez que os critérios de definição são diferentes de autor para autor. Além disso, acreditamos que a separação destas funções sintáticas e, por conseguinte, a criação de frases nestes dois contextos não seriam relevantes à nossa pesquisa. No que diz respeito às hipóteses relativas a esta variável, acreditamos que a função sintática

7 exercerá papel em nossa pesquisa, tendo em vista que Bisol (2005), que traz a variação entre [de] e [dzi] como um argumento para a discussão sobre a prosodização dos clíticos, como mencionado anteriormente, aponta que, em estudo anterior, a variável função sintática mostrou-se relevante ao fenômeno variável recém mencionado. Entre os fatores considerados (objeto indireto, adjunto adnominal, complemento nominal e adjunto adverbial), apenas o adjunto adverbial desempenhou um papel desfavorecedor em relação à elevação da vogal média da preposição de. Verificaremos, então, se nossa pesquisa confirma tal resultado. A variável distância da sílaba tônica refere-se à distância em que está a preposição de em relação à sílaba tônica da palavra seguinte. Esta posição é contada da esquerda para a direita. Na distância 0, a sílaba tônica é aquela imediatamente posterior à preposição de, isto é, é a primeira sílaba da palavra seguinte, como em de xícaras. Na distância 1, a sílaba tônica deve ser a segunda sílaba da palavra após a preposição, como em de chuveiros. Na distância 2, deve haver duas ou mais sílabas átonas entre a preposição e a sílaba tônica da palavra seguinte, como em de beringela. Em Tenani e Silveira (2008), esta variável mostrou-se relevante para a elevação das vogais médias pretônicas. Entre os resultados obtidos, destaca-se o fato de que a ausência de sílabas entre a sílaba com a vogal média e a sílaba tônica (o que para nós é a distância 0) é um fator que favorece significativamente a elevação da vogal média. Mais uma vez, verificaremos se este resultado é confirmado em nossa análise. No que diz respeito à variável consoante seguinte, consideramos como [+altas] as consoantes [ts], [dz], [S], [Z], [k], [g] e [X]. Como consoantes [-altas], foram consideradas [p], [b], [s], [z], [t], [d], [m], [f], [v], [n] e [l]. Essas definições foram baseadas no modelo de traços distintivos proposto por Chomsky e Halle (1991) [1968]. No que se refere ao Ø, as frases foram construídas com palavras sem ataque, ou seja, as palavras que sucedem a preposição de, nesse contexto, iniciam por vogais. Por trás dessa variável há a hipótese de que consoantes altas favoreçam a elevação da vogal média da preposição, por uma possível assilimilação de traços. Em Schwindt (2002), o autor destaca, em relação à elevação das vogais médias, o papel favorecedor das velares (consoantes [+altas]) e o desfavorecedor das alveolares (consoantes [-altas]) 2. Estes resultados são semelhantes aos de Tenani e Silveira (2008), ao menos no que diz respeito à elevação da pretônica [e]. Por fim, no que se refere à variável vogal seguinte, os fatores considerados foram [i], [u], [e], [o] e as vogais baixas [a, E, O]. Agrupamos as vogais baixas pois, na literatura consultada, não encontramos indícios quanto ao favorecimento das mesmas para a elevação da vogal média [e] em posição pretônica. A hipótese é a de que vogais altas favoreçam a elevação da vogal média da 2 No caso da vogal média pretônica [o], a consoante labial também mostra-se favorecedora da elevação. Isto não é relevante aqui uma vez que estamos analisando apenas a elevação da vogal média [e].

8 preposição, pois cria-se contexto para a aplicação do processo de harmonia vocálica, como atestam os resultados obtidos por Bisol (1981) e Tenani e Silveira (2008). É necessário fazer a ressalva de que a vogal [u] mostrou-se neutra para a elevação de [e] em Tenani e Silveira (2008). A próxima seção traz a análise dos resultados obtidos. 2 Resultados da análise estatística Após realizarmos a coleta de todos os dados, utilizamos o pacote de programas computacionais Goldvarb para realizar a análise estatística dos dados. Como resultado, obtivemos a seleção de dois dos três condicionantes extralinguísticos e dois dos quatro condicionantes linguísticos. Foram selecionadas as seguintes variáveis, nesta ordem: faixa etária, consoante seguinte, escolaridade e vogal seguinte. Passemos à análise e interpretação de cada variável selecionada. Tabela 1 Faixa etária Apl./Total % Peso relativo / , / ,40 Mais de 50 70/ ,35 Total 363/ ,22 Em concordância com nossa hipótese, a variável extralinguística faixa etária foi selecionada como relevante para o fenômeno em estudo. Parece haver indício de que a realização da preposição de em Bagé está passando por um processo de mudança. Embora ainda haja uma preferência pela realização da preposição sem elevação da vogal, como mostra a porcentagem total de elevação (22,22%), os falantes mais jovens mostram-se favorecedores da realização com elevação, em consonância com nossas expectativas. Assim, enquanto a elevação das vogais médias pretônicas em geral parece caracterizar-se como um processo de variação estável, como pudemos observar acima, a realização da vogal média da preposição de em Bagé pode estar passando por um processo de mudança, ainda que bastante incipiente, de maneira que ela pode vir a se realizar como as demais vogais médias em final de vocábulo neste dialeto. Se esta possível mudança se confirmasse adiante, uma das características bastante marcantes da variedade falada em Bagé se perderia.

9 [+alta] (de chimarrão) [-alta] (de beringela) Sem ataque (de ontem) Tabela 2 Consoante seguinte Apl./Total % Peso relativo 87/ ,40 83/ ,39 193/ ,69 Total 363/ ,22 Como podemos ver na Tabela 2, a realização da preposição com elevação é favorecida quando a palavra seguinte inicia por vogal, ou seja, quando a sílaba inicial desta palavra não tem ataque. As palavras iniciadas por consoantes [+altas] ou [-altas] obtiveram quase o mesmo peso relativo, mostrando-se como desfavorecedoras da elevação da preposição. Estes resultados contrariam nossa hipótese, segundo a qual esperávamos que consoantes altas favorecessem a elevação da vogal média. Os resultados encontrados opõem consoantes e vogais em início absoluto de palavra como desfavorecedoras e favorecedoras da elevação, respectivamente. Isto nos faz pensar que a estrutura silábica esteja por trás dos resultados. De fato, o contato de vogal + vogal que se cria entre a preposição e uma palavra iniciada por vogal, como em de ontem, pode gerar contexto para que os processos de sândi vocálico se apliquem, a fim de que se evite a superficialização de uma sílaba sem ataque (cf. Bisol (2002, 2003). Em uma realização sem elevação, [de], não há contexto para ditongação (ao menos no que diz respeito à formação de um ditongo crescente), tampouco para degeminação se a vogal seguinte for outra que não [e]. Neste caso, a elisão também não ocorre em português brasileiro (*dontem). Não há, assim, como resolver o hiato formado entre as duas vogais. Situação diferente é encontrada se a vogal se elevar. Neste caso, será possível a formação de um ditongo entre a vogal da preposição e a vogal inicial da palavra seguinte, de maneira que não emerja uma sílaba sem ataque, como em d[jo]ntem. Isto poderia estar favorecendo a elevação da vogal diante de uma palavra iniciada por vogal. Entretanto, é preciso reafirmar o caráter experimental de nossa análise. Na continuação desta pesquisa, talvez seja necessário dividir as consoantes em mais subfatores, considerando, por exemplo, seu modo de articulação, para que possamos fazer afirmações mais seguras sobre o papel desempenhado pelas consoantes no fenômeno em discussão.

10 Tabela 3 Escolaridade Apl./Total % Peso relativo Ensino Básico 151/ ,43 Ensino Superior 212/ ,56 Total 363/ ,22 A Tabela 3 mostra-nos resultados referentes à variável escolaridade, que confirmam nossa hipótese. Através da interpretação dos resultados, percebe-se o favorecimento da aplicação da regra entre os informantes que estão cursando ou já concluíram o Ensino Superior, conforme peso relativo de 0,56. Existe, como mencionamos anteriormente, a probabilidade de esses informantes possuírem um contato maior com sujeitos de diversas variedades dialetais, o que pode influenciar sua fala. Entretanto, os dois pesos relativos estão próximos ao ponto neutro, o que não nos autoriza a fazer afirmações categóricas sobre esta variável. [i] (de cirrose) [u] (de munições) [e] (de leite) [o] (de chocolate) Vogais baixas [a, E, O] (de casamento) Tabela 4 Vogal seguinte Apl./Total % Peso relativo 76/ ,52 57/ ,41 71/ ,49 70/ ,48 89/ ,58 Total 363/ ,22 A Tabela 4 mostra os resultados referentes à segunda variável linguística selecionada pelo programa. Como fator de menor favorecimento à aplicação da regra variável, obtivemos, com maior distância do ponto neutro, a vogal alta posterior [u], com peso relativo de 0,41. Isto significa que palavras iniciadas por [u] ou que contenham esta vogal em sua primeira sílaba favorecem menos a realização [dzi], contrariando a hipótese de harmonização vocálica, segundo a qual a vogal da preposição de se elevaria mais quando precedendo uma sílaba com vogal alta. Com 0,52 de peso relativo, a vogal [i] tende, matematicamente, ao favorecimento da realização da preposição elevada, porém, por este resultado estar muito próximo ao ponto neutro, não podemos interpretá-lo como inequivocamente favorecedor da elevação. Parece-nos interessante evidenciar a diferença entre as

11 vogais [i] e [u] quanto à sua influência sobre a elevação. Embora a vogal [i], em nossos resultados, não tenha se mostrado como inquestionavelmente favorecedora da elevação, ela se mostrou mais favorecedora se comparada à vogal [u]. Estudos como os de Schwindt (2002) e Tenani e Silveira (2008) também mostram um maior poder de elevação de [i] em comparação com [u]. Segundo Bisol (1981), isto ocorreria porque [i] é uma vogal mais alta do que [u], o que conferiria à primeira vogal maior capacidade de elevar as vogais médias 3. As vogais médias [e] e [o] aparecem com pesos relativos muito próximos entre si, 0,49 e 0,48, respectivamente, e muito próximos ao ponto neutro, o que nos desautoriza a concluir algo sobre o favorecimento ou não da aplicação da regra em relação a estes fatores. Inesperadamente, o fator vogal baixa é o que mais favorece a elevação da vogal. Palavras que continham na primeira sílaba as vogais [a], [E] e [O] favoreceram a elevação da vogal da preposição, o que, novamente, contraria nossa hipótese de que as vogais altas seriam motivadoras desse fenômeno. Os resultados obtidos para a variável vogal seguinte parecem indicar que a vogal média da preposição não se comporta como vogais médias pretônicas em geral. Entretanto, mais uma vez, cabe ressaltar a necessidade de uma continuação desta pesquisa para que possamos observar se os resultados obtidos aqui se mantêm ou não. Considerações finais A análise dos dados possibilitou que comprovássemos uma constatação empírica de que a preposição de sem elevação é privilegiada pela variedade dialetal de Bagé, conforme mostraram os resultados, nos quais obtivemos, de um total de 1620 dados, a quantidade de 363 (ou seja, apenas 22,22%) deles realizados com a elevação da preposição de. Verificamos que essas realizações com elevação da vogal são motivadas por fatores internos e externos à língua. Foram selecionadas quatro variáveis pelo pacote de programas Goldvarb, nesta ordem: faixa etária, consoante seguinte, escolaridade e vogal seguinte. Os resultados da análise quantitativa mostraram que tanto os fatores extralinguísticos como os fatores linguísticos são significativos para a aplicação da regra variável. No que se refere aos condicionantes linguísticos, percebeu-se que as palavras sem ataque favorecem a realização da preposição como [dzi], conforme peso relativo de 0,69, e as palavras que contêm as vogais baixas [a], [E] ou [O], na primeira sílaba, também favorecem a aplicação da regra, contrariando, assim, a hipótese de harmonização vocálica, segundo a qual as vogais altas favoreceriam a elevação da vogal e da preposição, uma vez que esta adotaria a altura da vogal da sílaba subsequente. Tornou-se perceptível a relevância dos condicionantes extralinguísticos no fenômeno em 3 Confira, entretanto, Callou, Leite e Moraes (2002) para uma discussão sobre a questão.

12 estudo, o que confirmou nossas hipóteses. Podemos concluir que a faixa etária é a principal motivadora para a realização da preposição de com elevação. Considerando o peso relativo de 0,72 para a faixa etária entre 15 e 25 anos e seu decréscimo na medida em que a faixa etária vai aumentando (chegando a 0,35 na faixa etária com mais de 50 anos), podemos dizer que a variedade dialetal da cidade de Bagé está passando por um possível processo de mudança em progresso, isto é, a geração mais jovem está adotando a realização [dzi] em detrimento à realização [de], forma tradicional na variedade dialetal bageense. Salientamos que nossa pesquisa é de caráter experimental e que, para uma afirmação mais categórica quanto aos resultados, seria interessante um maior número de informantes por células e, também, uma coleta feita através de entrevistas. Destacamos, entretanto, que esta pesquisa aponta para caminhos futuros de análise do fenômeno aqui discutido. Referências BISOL, Leda. O alçamento da pretônica sem motivação aparente. In: BISOL, Leda; COLLISCHONN, Gisela (orgs.) Português do sul do Brasil: variação fonológica. Porto Alegre: EDIPUCRS, p BISOL, Leda. O clítico e seu hospedeiro. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 40, n. 3, p , BISOL, Leda. Sandhi in Brazilian Portuguese. Probus, v. 15, p , BISOL, Leda. Sândi vocálico externo. In: ILARI, Rodolfo (org.) Gramática do português falado. v. II. Campinas: Editora da UNICAMP, p BISOL, Leda. O clítico e seu status prosódico. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 9, n. 1, p. 5-30, BISOL, Leda. Harmonização vocálica: uma regra variável. Rio de Janeiro: UFRJ, Tese (Doutorado), Universidade Federal do Rio de Janeiro, CALLOU, Dinah; LEITE, Yonne; MORAES, João. A elevação das vogais médias pretônicas no português do Brasil: processo(s) de variação estável. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 37, n. 1, p. 9-24, CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, CHOMSKY, Noam; HALLE, Morris. The Sound Pattern of English. Cambridge, MA: The MIT Press, LABOV, William. Sociolinguistic patterns. Philadelphia: University of Pennssylvania Press, NESPOR, Marina; VOGEL, Irene. La prosodia. Madrid: Visor Distribuciones, SCHWINDT, Luiz Carlos. A regra variável de harmonização vocálica no RS. In: BISOL, Leda; BRESCANCINI, Claudia (orgs.) Fonologia e variação. Porto Alegre: EDIPUCRS, p. 161-

13 182. SIMIONI, Taíse. O clítico e seu lugar na estrutura prosódica em português brasileiro. Alfa, São Paulo, v. 52, n. 2, p , TENANI, Luciani; SILVEIRA, Ana Amélia M. da. O alçamento das vogais médias na variedade culta do noroeste paulista. Alfa, São Paulo, v. 52, n. 2, p , VIEIRA, Maria José B. O comportamento variável dos clíticos no português do sul do Brasil. In: VII Congresso Internacional da Abralin, 2011, Curitiba. Anais. Curitiba, p Disponível em: < VIEIRA, Maria José B. As vogais médias átonas nas três capitais do sul do País. In: BISOL, Leda; COLLISCHONN, Gisela (orgs.) Português do sul do Brasil: variação fonológica. Porto Alegre: EDIPUCRS, p VIEIRA, Maria José B. As vogais médias postônicas: uma análise variacionista. In: BISOL, Leda; BRESCANCINI, Claudia (orgs.) Fonologia e variação. Porto Alegre: EDIPUCRS, p

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