UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PABLIANE RAMOS LAWINSCKY

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PABLIANE RAMOS LAWINSCKY CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, REPRODUTIVA E FENOLÓGICA DE Passiflora alata CURTIS E Passiflora cincinnata MAST ILHÉUS-BAHIA-BRASIL JULHO de 2010

2 PABLIANE RAMOS LAWINSCKY CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, REPRODUTIVA E FENOLÓGICA DE Passiflora alata CURTISE Passiflora cincinnata MAST Dissertação apresentada à Universidade Estadual de Santa Cruz como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Produção Vegetal, Área de Concentração: Melhoramento genético Vegetal. Orientadora: Margarete Magalhães de Souza ILHÉUS-BAHIA BRASIL JULHO de 2010

3 PABLIANE RAMOS LAWINSCKY CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, REPRODUTIVA E FENOLÓGICA DE Passiflora alata CURTISE Passiflora cincinnata MAST Ilhéus BA, 09/07/2010 Margarete Magalhães de Souza DS (UESC) (Orientadora) José Basílio Vieira Leite - DS (CEPLAC) Ronan Xavier Corrêa - DS (UESC) Antônia Marlene Magalhães Barbosa- DS (UESC)

4 À Rita de Cássia Ramos Lawinscky, minha mãe, que com todos os seus atributos de uma mãe espetacular e seu amor infinito me faz, sempre, chegar até o final. DEDICO A Jesus (meu Senhor, Guia e Orientador), a minha família preciosíssima e aos meus valiosos amigos que na certeza de vossas companhias nos momentos de alegria e tristeza, levantam-me sempre o ânimo e acima de tudo me traz um imenso prazer de viver. OFEREÇO

5 AGRADECIMENTO A DEUS sempre presente em minha vida e que nestes dois anos me proporcionou momentos dos quais tirei várias lições de aprendizado, tanto técnico científico quanto pessoal, todos, sobretudo me mostraram que sou uma pessoa FELIZ. À Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), pela realização de minha formação profissional, ao Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, pela oportunidade concedida. À Professora doutora Margarete Magalhães de Souza, orientadora deste trabalho, pela disponibilidade concedida para realização desta dissertação e ensinamentos importantes na minha vida profissional. À Fundação de Amparo a Pesquisa da Bahia (FAPESB), pela concessão da bolsa. A Lindolfo Pereira dos Santos Filho, Américo Viana, Emerson Santos e Sergio Oliveira, pelo auxílio nas análises estatísticas. A secretária do programa de pós-graduação, Caroline Tavares, pelo carinho no atendimento. Aos funcionários da ACMAV, João e Marlene, pelos momentos de descontração no horário do almoço; Carlos e Marcos pela ajuda na casa de vegetação. Aos profissionais Agna Menezes, George Sodré e Jose Basílio, pelo estímulo, disponibilidade, sempre me entusiasmando a realizar esse trabalho da melhor maneira possível, sobre tudo através do exemplo de profissionais que são. A Cintia Stephane e Ronaldo Bloise, estagiários voluntários, pela ajuda na execução das tarefas. A minha vozinha Elza, minha tia Vera, minha comadre Valdeneide, que acompanham cada etapa da minha vida e sempre torcem e oram por mim. Ao meu irmão Pablo e minha cunhada Elisangela Oliveira, pelo constante incentivo e por disponibilizar o computador.

6 À Raimunda, por me tratar como se fosse filha e mesmo sem entender e concordar muito com o mestrado, sempre torceu e se preocupou comigo. À Gabriela Belo, Marla Ariane, Raquel Moraes, Priscilla Patrocínio, Diego Patrocínio, Dayse Drielly, irmãs Amorim (Jú e Josi), Ícaro Cabral, Ludmila Vitória e Marília, pelos momentos de descontração, pela agradável convivência, sugestões, paciência, companhia e por todo auxílio prestado no desenvolvimento do projeto. Longo foi o caminho até aqui e a cada momento, principalmente nas passagens mais pedregosas, anjos foram revelados a mim por DEUS. Uns estiveram presentes o tempo todo, outros por breves momentos, mas todos de alguma forma contribuíram para que eu completasse mais esta etapa. MUITO OBRIGADA!

7 i CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, REPRODUTIVA E FENOLÓGICA DE Passiflora alata CURTIS E Passiflora cincinnata MAST. RESUMO Acessos de P. alata Curtis e P. cincinnata Mast. do Banco Ativo de Germoplasma da UESC (BA), foram analisados quanto a divergência genética, sistema reprodutivo e parâmetros fenológicos. Houve divergência genética entre e dentro dos acessos de ambas as espécies. Apesar da divergência há a hipótese de que os genótipos 243 e 244 de P. alata, podem ser duplicatas. Quanto ao sistema de reprodução ambas as espécies são autoincompatíveis classe 3, não produzindo nenhum fruto por autopolinização. Em P. alata o tipo de polinização (controlada ou aberta) não interferiu na taxa de pegamento, porém interferiu no número de sementes, onde a polinização cruzada contribuiu de maneira mais efetiva. Em P.cincinnata, o tipo de polinização interferiu tanto na taxa de pegamento quanto no número de semente, sendo que a polinização cruzada resultou em maior número de frutos com maior número de sementes. Em ambas as espécies os estigmas permaneceram receptivos, apresentando tendência em reduzir com o passar das horas. A antese das flores é diurna, ocorrendo por volta das 4h 30min em P. alata e as 6h 00min em P. cincinnata, iniciando o processo de fechamento as 16h 00min e as15h 00min, respectivamente. O genótipo 102 de P. alata se destacou apresentando a maior taxa

8 ii de florescimento (2,41) e maior pico floral (7 flores), apresentando ainda outras características de interesse ornamental como maior diâmetro da flor e maior comprimento de bráctea, sendo assim indicado como um genótipo promissor na composição de futuros programas de intercruzamentos onde se vise à elevação do número de flores e, ou obtenção de flores maiores. Em P. cincinnata o genótipo 325 foi indicado como o que apresentou maior taxa de florescimento e o segundo maior pico de florescimento (12 flores), possui como característica morfológica marcante maior comprimento de pétala, sendo este o genótipo da espécie indicado como promissor ornamental. Palavras-chave: Passifloras silvestres ornamentais, compatibilidade genética, florescimento, Banco Ativo de Germoplasma.

9 iii MORPHOLOGICAL, REPRODUCTIVE AND PHENOLOGICAL CHARACTERIZATION OF Passiflora alata CURTIS AND Passiflora cincinnata MAST ABSTRACT In this work were observed genotypes of P. alata Curtis and P. cincinnata Mast. the Active Germplasm Bank of UESC (BA), in relation to genetic divergence, breeding system and phenology parameters. There was a divergence between the genotypes of both species, but those of P. alata was observed cluster by place of origin. Despite the divergence is the hypothesis that the genotypes 243 and 244, 101, 102, 104 and 211, P. alata could be duplicates. As for the reproductive system both species are self-incompatible class 3, producing no fruit by self-pollination. In P. alata type of pollination (cross or spontaneous) did not affect the rate of fixation, however affect the number of seeds, where cross-pollination contributed more effectively. In P.cincinnata the type of pollination affect both the rate of fixation on the number of seed, being that cross-pollination resulted in a greater number of fruit with the greatest number of seeds.in both species the stigmas remained receptive, with a tendency to shrink with each passing hour. Anthesis is diurnal flowers occurring around 4:30 am in P. alata and 6:00 am to P. cincinnata, starting the process of closing the 4:00 pm hours and 3:00 pm hours respectively. The genotype 102 of P. alata stood out by presenting the highest rate of flowering (2.41) and higher peak floral (7 flowers), it also presents other characteristics of ornamental interest as the

10 iv largest diameter and length of flower bract, being indicated as a promising genotype in the composition of future programs in intercross which aims to increase the number of flowers and, or obtain larger flowers, but should avoid crossing it with genotypes similar to it genetically. In P. cincinnata genotype was indicated as 325 which had higher rates of flowering and the second largest peak flowering (12 flowers), has a characteristic marked morphological greater length of petal, which is the genotype of the species indicated as promising ornamental. Key-words: wild and ornamental Passiflora, compatibility genetic, flowering, Active Germplasm Bank

11 v ÍNDICE RESUMO......i ABSTRACT...iii INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA CAPÍTULO 1: 3. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE P. alatacurtise P. cincinnatamast DO BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA DA UESC (BA) Resumo Abstract Introdução Material e Métodos Resultados Discussão Conclusões Agradecimentos Referências Bibliográficas...59 CAPÍTULO 2: 4. ESTUDO DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DE P. alata CURTIS E P. cincinnata MAST Resumo Abstract Introdução Material e Métodos Resultados Discussão Conclusões Agradecimentos Referências Bibliográficas...92

12 vi CAPÍTULO 3: 5. ESTUDO DOS PARÂMETROS FENOLÓGICOS FLORAIS EMP. Alata CURTIS e P. cincinnatamast Resumo Abstract Introdução Material e Métodos Resultados Discussão Conclusões Agradecimentos Referências Bibliográficas CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES...123

13 1 1. INTRODUÇÃO A família Passifloraceae L. está incluída na ordem Malpighiales (MILWARD- DE-AZEVEDO; BAUMGRATZ, 2004), que é dividida em duas tribos, Paropsieae e Passiflorieae (DEGINANI, 1999). Esta última é representada por 17 gêneros (FEUILLET; MACDOUGAL, 2007) entre Ancitrothysus Harms, Dilkea Mast.,Mitostemma Mast., Passiflora L. estão presentes no Brasil (CERVI, 1997). Sendo o último o mais representativo (PÉREZ et al., 2007). Em nível nacional, o uso das espécies se destaca na alimentação e farmacologia, sendo pouco utilizada para o uso ornamental (PEIXOTO, 2005). Apesar de o Brasil ser considerado o principal centro de diversidade genética das espécies de Passiflora (PEIXOTO, 2005), ações antrópicas tem gerado redução das espécies e conseqüentemente, de sua variabilidade genética. Por isso, os bancos de germoplasma são considerados estratégicos para a conservação (BORÉM; MIRANDA, 2009). A Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, BA, possui um Banco Ativo de Germoplasma (BAG-Passifloras), no qual explora seus acessos a fim de obter híbridos interespecíficos que reúnam caracteres de interesse ornamental. As flores e folhas de passifloras possuem uma diversidade de cor, forma e tamanho, tornando-as bastante atraentes e promissoras para uso em ornamentação (ABREU et al., 2009). Porém, para que a diversidade genética disponível seja explorada, é necessário a caracterização e documentação dos acessos para uso nos programas

14 2 de melhoramento (BORÉM; MIRANDA, 2009). A caracterização morfológica é a forma mais acessível e mais utilizada para quantificar a diversidade genética de um banco de germoplasma (RABBANI et al., 1998). Conhecer o modo de reprodução da espécie em estudo é um importante prérequisito nos programas de melhoramento (ALLARD, 1971), pois a escolha do método adotado dependerá dessa informação. Nesse sentido, podem-se realizar estudos voltados para determinação do modo de reprodução propriamente dito, e outros voltados para observação de características que interferem no processo de polinização, como a viabilidade polínica, taxa de receptividade estigmática, a polinização in vivo, bem como o florescimento. O presente trabalho objetivou caracterizar genótipos das espécies Passiflora alata Curtis e P. cincinnata Mast, quanto à morfologia floral e vegetativa, biologia da reprodução, e parâmetros fenológicos do florescimento. As espécies P. alata e P. cincinnata são de grande interesse ornamental (PEIXOTO, 2005) e agronômico (OLIVEIRA; RUGGIERO, 1998), podendo ser utilizadas como genitores em hibridações interespecíficas de passifloras. Para dessa forma, contribuir para conservar e explorar os recursos biológicos existente nos programas de pesquisas da Universidade Estadual de Santa Cruz UESC.

15 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Família Passifloraceae Em 1569 Nicolae Monardes descreveu espécie Passiflora incarnata, sendo esse registro considerado o primeiro do ponto de vista taxonômico na família Passifloraceae. Porém, as passifloras haviam sido mencionadas por Cieza de Leon em 1553 como "granadilla", este nome foi utilizado em analogia com a romã, Punica granatum L. (Punicaceae) devido à semelhança do fruto (VANDERPLANK, 2000). Em 1605, flores de passiflora (Passiflora incarnata) foram enviadas por missionários católicos ao Papa Paulo V, onde as peças florais foram associadas aos símbolos da crucificação de Cristo, originando assim o nome latino da planta, "flor da paixão, comum para os espanhóis e ingleses, mas ainda não usado no Brasil (FUMIS; SAMPAIO, 2007). Apesar do nome passiflora ser projetado por Pluckenet em 1696 (CERVI, 1997), foi em 1745 que o gênero Passiflora foi oficializado, a partir do primeiro trabalho de classificação e identificação de Passiflora, realizado por Linnnaeus, que descreveu 22 espécies (VANDERPLANK, 2000). A família Passifloracea é nativa das regiões tropicais e subtropicais (HEYWOOD, 1993), podendo encontrar plantas silvestres na Índia Ocidental, Galápagos, Austrália, Sudeste Asiático, Malásia, Filipinas, Polinésia e em algumas ilhas do Oceano Pacífico (VANDERPLANK, 2000) e ainda algumas espécies de clima temperado nas Américas, sul da China e Nova Zelândia (FEUILLET;

16 4 MACDOUGAL, 2007). A América tropical é considerada como o principal centro de diversidade genética, incluindo desde a região Amazônica até o Paraguai e o Nordeste da Argentina (SIILVA et al., 2004). A família abrange desde espécies trepadeiras herbáceas a arbustos, e até árvores lenhosas (NUNES; QUEIROZ, 2006). É caracterizada por apresentar estípulas e gavinhas (NUNES; QUEIROZ, 2006); folhas pecioladas e alternadas; flores isoladas e axilares, hermafroditas, pentâmeras, com pétalas e sépalas alternando entre si, com presença de filamentos de corona, opérculo, androginóforo, 5 estames, anteras dorsofixas, óvulos numerosos, placentação perietal, 3-4 estiletes, estigmas captados, orbiculares ou reniformes também caracterizam a família (NUNES; QUEIROZ, 2006). A corona é usada para caracterização da família, juntamente com o androginóforo, longo tubo floral de órgãos sexuais, femininos e masculinos, soldados e elevados (ULMER; MACDOUGAL, 2004). Em 1938, Killip descreveu 355 espécies de Passiflora, em seu trabalho intitulado The American species of Passifloraceae, considerado um dos estudos mais completos no referido assunto. A sistemática ainda não resolve bem a semelhança entre algumas espécies, existindo divergência entre os taxonomistas e sistematas quanto ao número de gêneros na família e o número de espécies no gênero. Os relatos de espécies pertencentes à família incluem números como530 (WATSON; DALLWITZ, 1992; BERNACCI et al., 2003, FEUILLET; MACDOUGAL, 2007), 600 (BARROSO, 1978), 630 (VANDERPLANK, 2000), 650 (JUDD et al., 1999), chegando a serem citadas cerca de 700 espécies nesta família (FEUILLET, 2004).

17 5 2.2 Gênero Passiflora O gênero Passiflora é o maior da família Passifloraceae, com cerca de 530 espécies (FEUILLET; MACDOUGAL, 2007), é numérica e economicamente o mais importante da família (PÉREZ et al., 2007), apresentando ampla variabilidade genética inter e intraespecífica (BELLON et al., 2009).Esse gênero é originário da América tropical (ALEXANDRE et al., 2004) e, pelo menos, um terço de suas espécies tem os respectivos centros de origem no Brasil (MELETTI et al., 2007), que agregam cerca de 100 a 200 espécies (BERNACCI et al., 2003; NUNES; QUEIROZ, 2006). Além do Brasil, a Colômbia também concentra riqueza de espécies do gênero (PÉREZ et al., 2007). No estado da Bahia o gênero Passiflora possui 32 espéciescom ampla distribuição (NETO, 2008), sendo que P. saxicola, P. bahiensis,p. mucugeana (NUNES; QUEIROZ, 2006)e P. cacaoensis (VIANA, 2009) são consideradas endêmicas. Os principais centros de diversidade na Bahia ocorrem na floresta Atlântica do sul do estado e na Chapada Diamantina(NUNES; QUEIROZ, 2006). 2.3 Botânica e taxonomia das Passifloras As passifloras apresentam hábito herbáceo são trepadeiras, produzem flores cuja beleza desperta curiosidade e encantamento e incluem algumas poucas ervas eretas ou plantas lenhosas, arbustivas (VANDERPLANK, 2000). Em sua maioria são perenes e essencialmente pantropical, podendo encontrar algumas espécies como a P. gracilis, P. tenella que são anuais e outras espécies como P. lutea e P. incarnata

18 6 em zonas temperadas (ULMER; MACDOUGAL, 2004) sendo esta última, utilizada em hibridações com P. edulis, por apresentar a característica de interesse: tolerância a baixa temperatura (BRUCKNER; OTONI, 1999). As principais características das plantas desse gênero são: gavinhas axilares, nectários, folhas alternas normalmente simples, coroa de estaminódios, gineceu e androceu com base comum (androginóforo) e sementes ariladas (FEUILLET, 2004).Uma outra característica bastante peculiar é a variabilidade foliar encontrada, que é a maior encontrada em todas as angiospermas (MACDOUGAL, 1994). A raiz das passifloras é do tipo axial ou pivotante, porém quando propagadas por estacas podem desenvolver raízes adventícias (CUNHA et al., 2002). O caule das espécies de passifloras possui o hábito trepador, sendo delgados, pouco lenhosos e necessitam de outras plantas como suporte para suprir a necessidade de luz; são eretos, cilíndricos, lisos ou pilosos, angulados, angular-estriados, angularalado, poucos são descritos como achatados, subangular e estriados (ULMER; MACDOUGAL, 2004). Os caules da espécie apresentam base lenhosa e ápice herbáceo, vigorosos, semi-flexíveis e trepadores, muito ramificados e, em algumas espécies, podem apresentar-se glabros ou pilosos podendo atingir 5 a10 m de comprimento (CUNHA et al., 2004). O caule pode ser cilíndrico, angular, subangular e raramente quadrangular e estriado longitudinalmente (CERVI, 1997). Na maioria das espécies as folhas são simples e alternas (NUNES; QUEIROZ, 2006)poucas espécies possuem folhas compostas como em P. deidamioides, P. cirhiflora, P. pedata, e P. trofoliata (ULMER; MACDOUGAL, 2004) são elípticas ou orbiculares, inteiras ou lobadas, 2-9 lobos, 3-5 nervuras, margem geralmente inteira, base cordada, truncada, arredondada ou cuneada, pecíolo com ou sem glândulas, glândulas peciolares sésseis, estipitadas ou pedunculadas,

19 7 algumas vezes com glândulas nos lobos dos sinus. As nervuras são mais salientes na face abaxial e o pecíolo mede, geralmente, de 1 a 5 cm (NUNES; QUEIROZ, 2006). As estípulas estão presentes em todas as espécies de passifloras, epodem ser setáceas, lineares ou foliáceas, algumas vezes decíduas. O formato das estípulas podem ser semioval, oval-oblíquo, reniforme, semi-reniforme, subreniforme, auriculadas e oval-auriculadas (ULMER; MACDOUGAL, 2004). Quanto ao bordo as estípulas são inteiras, denteadas, serreadas ou laciniadas, e, ao ponto de inserção, onde algumas têm como ponto de inserção a lateral, e não a base (CERVI, 1997). As gavinhas são estruturas que se desenvolvem nas axilas das folhas, geralmente são solitárias e não estão presentes nas espécies lenhosas (CUNHA et al., 2002). O pedúnculo, na maioria das espécies é único, nasce nas axilas das folhas e termina em uma flor, mas podem ocasionalmente nascer aos pares sobre ramos axilares curtos. A espécie P. multiflora é uma exceção, a qual produz de duas a seis flores em um mesmo pedúnculo (ULMER; MACDOUGAL, 2004), mais ou menos foliáceos e, geralmente, estão acompanhados de estípulas(cervi, 1997). As brácteas normalmente estão presentes em número de três, algumas vezes decíduas, podem ser lineares ou setáceas e dispersas ao largo do pedúnculo, ou bem foliáceas de forma ovada, ovado-lanceoladas e situadas perto da base da flor, sésseis e livres. Quanto à margem ou bordo, podem ser inteiras, serreadas, denteadas, em divisões filiformes e terminadas em uma glândula. Sua forma, tamanho e posição no pedúnculo constituem caracteres de grande importância para separar subgêneros, secções e espécies (CERVI, 1997).

20 8 As flores são geralmente muito vistosas, grandes, cíclicas, diclamídeas, de simetria radial e apresentam-se isolada ou aos pares, podendo, em algumas espécies estarem reunidas em inflorescência (VANDERPLANK, 2000). São hermafroditas, com presença de androginóforo (NUNES; QUEIROZ, 2006), cujo androceu é formado por cinco estames e o gineceu formado por três estiletes e três estigmas. Embora em estudos realizados com P. cincinnata foram observadas flores com dois, quatro ou cinco estigmas (ARAÚJO et al., 2008; KILL et al., 2010). Há uma estrutura floral cujo termo designado ao mesmo gera divergências, que pode ser designada, dentre outras, por cálice ou tubo do cálice (CERVI, 1997), ou hipanto, conforme a instrução para execução dos ensaios de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE) de cultivares de maracujá, abrangendo espécies ornamentais, medicinais, frutíferas e híbridos interespecíficos de Passiflora, na qual se encontram classificados essas estruturas em três formas: aplanada, campanulada e cilíndrica. Todas as espécies do subgênero Passiflora possuem cálice e corola. A corola tem cinco pétalas brancas ou coloridas, membranáceas, alternas às sépalas, livres ou levemente concrescidas na base, insertas nas bordas do tubo calicinal; com muita freqüência as sépalas são carnosas, membranáceas ou subcoriáceas e apresentam quase sempre uma arista foliácea ou corno dorsal próximo do ápice (CERVI, 1997). A corona é considerada a estrutura mais marcante do gênero (SOUZA; PEREIRA, 2003; MUSCHNER, 2005; NUNES; QUEIROZ, 2006; ABREU, 2009). Esta é formada por um a cinco verticilos, inserta na base do tubo calicinal e composta por filamentos diversos, de cores vivas e atraentes. Os filamentos por sua

21 9 vez são bandeados com diversas cores no sentido horizontal (VANDERPLANK, 2000; ULMER; MACDOUGAL, 2004). O ovário é súpero, localizado no ápice do androginóforo, tricarpelar e unilocular. Com muitos óvulos de placentação parietal. O ovário é globuloso, ovóide ou fusiforme, unilocular, com placentação parietal Os estiletes, em número de três, são livres ou unidos na base (NUNES; QUEIROZ, 2006). Seus frutos são caracterizados como bagas, geralmente indeiscentes, exceto em P. capsularis e P. rubra (cápsula loculicida), globosos ou ovóides, raramente fusiformes, possuindo, no geral, coloração amarela, existindo, frutos de coloração vermelha e roxa (VANDERPLANK, 2000; ULMER; MACDOUGAL, 2004). A casca é coriácea, quebradiça e lisa, protegendo o mesocarpo, no interior do qual estão as sementes. Estas são, em sua maioria, comprimidas, reticuladas, pontuadas ou transversalmente alveoladas, envolvidas por um arilo mucilaginoso (VANDERPLANK, 2000). As sementes são tidas como ortodoxas ou ortodoxas intermediárias, tolerantes à perda de umidade (NUNES; QUEIROZ, 2001). 2.4 As espécies P. alata e P. cincinnata Passiflora alata Curtis, é nativa do Brasil, e conhecida popularmente como maracujá-doce, maracujá-grande, maracujá-alado, maracujá-de-refresco, maracujáguaçu; tem ocorrência generalizada, podendo ser encontrada nas regiões Norte,Nordeste, Sudeste, Centro Oeste e Sul (JUNQUEIRA et al., 2001). No estado do Rio Grande do Sul é considerada uma espécie invasora (CERVI, 1997; BRUCKER; PICANÇO, 2001; KOEHLER-SANTOS et al., 2006). Pode ser cultivada de norte a sul do país, devido a boa adaptação a diferentes condições

22 10 edafoclimáticas (VASCONCELLOS et al. 2001). Acessos silvestres de P. alata podem ainda ser encontrados no Peru (CUNHA et al., 2002). O principal uso do maracujá doce é na alimentação humana (MARTINS et al., 2003), mas é também bastante utilizado na indústria farmacêutica (LIMA; CUNHA, 2004). O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, sendo P. alata a terceira espécie mais cultivada (MANICA et al., 2005). Seu cultivo no Brasil é conseqüência da sua elevada cotação no mercado de frutas frescas, devido à sua polpa ser bastante saborosa e doce. Apesar do seu potencial de mercado agronômico, P. alata apresenta problemas de suscetibilidade a pragas e doenças durante o cultivo (VASCONCELLOS et al., 2001), bem como alta perecibilidade e suscetibilidade a doenças pós colheita (ANSELMO; JUNQUEIRA, 1997). Trata-se de uma planta glabra de caule quadrangular e de aresta alada, gavinhas axilares robustas, estípulas lanceoladas, folhas lanceoladas inteiras, medindo em média 7 a 15 cm de comprimento e 5 a 10 cm de largura (BRAGA et al., 2005). As flores são solitárias, sustentadas por um pedúnculo do qual parte um único pedicelo, geralmente são pendentes, porém quando arbustivo, ficam oclusas na folhagem (VARASSIN; SILVA, 1999). Essas possuem tanto estruturas masculinas quanto femininas, mas ainda assim apresentam um sistema de reprodução autoincompatível, não realizando autopolinização (LOSS et al., 2006). A corona reúne todas as estruturas contidas entre as pétalas e os estames, ou seja, duas séries de fímbrias, o opérculo, o anel da câmara nectarífera e o límen, as fímbrias por sua vez, são projeções filiformes adjacentes às pétalas, rajadas de branco e roxo, carnosas, bastante alongadas, ultrapassando a altura dos estiletes

23 11 e/ou estigmas e formam uma barreira ao acesso da câmara nectarífera (VARASSIN; SILVA, 1999). O valor ornamental é conferido pelas belas flores que a planta produz (Peixoto, 2005), as quais exercem atração pelo seu tamanho, pela exuberância de suas cores e pela originalidade de suas formas (VASCONCELLOS; CEREDA 1994), podendo ainda ser utilizadas em trabalhos de paisagismo devido à beleza das mesmas (LORENZI; SOUZA, 2001). Passiflora cincinnata Mast é uma espécie silvestre, não comercial, incluída na série Incarnata (APONTE; JÁUREGUI, 2004), popularmente conhecida como maracujá-mochila, maracujá-do-mato ou maracujá-tubarão (BERNACCI et al., 2003). Distribuem-se do nordeste do Brasil até o norte da Argentina, sudeste do Paraguai e oeste da Bolívia, e foi introduzida na Venezuela (VANDERPLANCK, 2000). No Brasil é encontrada em Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Santa Catarina, Alagoas e Bahia, dentre outros estados (OLIVEIRA; RUGGIERO, 2005). P. cincinnata é descrita como uma espécie nativa da caatinga, liana glabra ou levemente pilosa, de caule cilíndrico, cujas flores são axilares, de coloração azulrosadas ou violeta e frutos globosos ou ovóides; é aplicado para fins nutricionais (KILL et al., 2010), medicinais (ZUCARELLI, 2007), ornamentais (VANDERPLANCK, 2000). Por causa de suas características de fruto, também é empregada como fonte de genes em programas de melhoramento (MELETTI et al., 2002). Seus frutos são comercializados nas pequenas feiras livres das regiões semiáridas, sendo explorada apenas para subsistência e de forma extrativista (KILL et al., 2010) e o produto processado na forma de geléia foi incluído na merenda escolar dos municípios de Uauá, Curaçá e Canudos na Bahia e já começa a ser exportado para Alemanha e Itália ( ARAÚJO, 2007).

24 12 Apresenta resistência a patógenos sistêmicos que afetam outras espécies de Passiflora (OLIVEIRA; RUGGIERO, 2005), por isso vem sendo utilizada em programas de melhoramento genético, principalmente para obtenção de genótipos, tolerante a bactéria Xanthomonas campestris (MELETTI et al., 2002) e nematóides (OLIVEIRA; RUGGIERO, 1998). Também vem sendo utilizada devido á resistência à seca (ARAÚJO, 2007), sendo assim utilizada na produção de porta enxerto (ZUCARELI et al., 2009). P. cincinnata foi cultivada como planta ornamental por vários anos na Inglaterra e em outros países do continente europeu, posteriormente perdeu a popularidade a ponto de ser cultivada apenas em coleções particulares. Possui caráter ornamental devido às flores de beleza admirável, grandes, de cor violeta, possuindo os filamentos da corona torcidos e colorido em bandas, além de agradável fragrância (VANDERPLANCK, 2000) Importância das passifloras silvestres na ornamentação O início do uso das passifloras como planta ornamental é datada desde 1625, século XVII, na Europa. Por cerca de 200 anos o cultivo se limitou ao uso de P. caerulea e P. incarnata, até que em 1819 Thomas Milne cruzou P. racemosa com P. caerulea, obtendo assim o primeiro híbrido artificial, nomeado de P. violacea. Com as guerras mundiais, as espécies e híbridos foram perdidos, sendo o cultivo retomado apenas no final dos anos 1990 (PEIXOTO, 2005) Atualmente, as espécies ornamentais precursoras se destacam em muitos países europeus e, nos EUA, no mercado de mudas híbridas (VANDERPLANK, 2000). Os híbridos interespecíficos são divulgados mundialmente pela revista

25 13 Passiflora (KING, 2000), com comercialização de plantas e semente pela Internet (RUSHING, 2003; catalog). As passifloras podem ser cultivadas de modo decorativo, com efeito harmonioso entre vaso e planta (SOUZA et al., 2006a), ou para a ornamentação de jardins, seja em cercas, muros ou pérgulas (VANDERPLANK, 2000; ULMER; MACDOUGAL, 2004). P. alata Dryand. e P. edulis Sims, esta última em menor escala, são utilizadas juntas em pérgulas ou cercas no sudeste do país. P. edulis Sims juntamente com Passiflora coccínea Aubl. são utilizadas no norte, enquanto que no nordeste a espécie utilizada é a P. cincinata Mast. Embora com clima favorável e uma diversidade de espécies, o Brasil ainda não tem a cultura de utilizar passifloras para ornamentação (SOUZA; PEREIRA, 2003), diferentemente de alguns países do hemisfério norte que tem produzido e registrado mais de 400 híbridos para fins ornamentais (PEIXOTO, 2005). Características como flores de beleza inquestionável, com exuberância de cores, variando do forte e brilhante ao suave e marcante (VANDERPLANK, 2000; ABREU et al., 2008); número abundante de flores; florescimento mais de uma vez ao ano e variabilidade de formas foliares (SOUZA; PEREIRA, 2003),além da presença da corona, conferem às passifloras interesse ornamental. Além da beleza original das espécies silvestres, os híbridos produzidos a partir destas apresentam atributos estéticos ainda mais atraentes, somado ao fato de que, muitos destes apresentam resistência às diferentes condições climáticas (VANDERPLANK, 2000). Várias são as possibilidades do uso de passiflora como plantas ornamentais. O cultivo em vaso, por exemplo, é possível mediante ao uso de suporte adequado, aliado a uma poda cuidadosa (PEIXOTO, 2005). Em pérgulas ao sol, pode-se usar

26 14 espécies como P. seemanni Griseb.,P.actinia Hook, P. sidaefolia M. Roem, P. triloba e P. serrato-digitada e P. alata, que são grandes, pendentes, de coloração marcante e próprias para tal ambiente (MELETTI et al., 2003). Para utilização em cercas-vivas, recomenda-se P. sanguinolenta Mast, P. tulae Urb e P. auriculata, que possuem numerosas flores pequenas. Para ambientes de meia sombra como varandas, podese usar P. kermesina, que mesmo na ausência de flores, são atrativas pela coloração avermelhada na face abaxial das folhas, e produzem inúmeras e belíssimas flores por um longo período do ano (PEIXOTO, 2005). 2.6 BANCO ATIVO DE GERMOPLASMA Devido tanto a questões culturais, quanto a pouca informação disponibilizada, as espécies exóticas compõem a base do mercado brasileiro de plantas ornamentais (MARTINI et al., 2010). Assim as plantas nativas de caráter ornamental são subutilizadas e algumas ainda desconhecidas pela população já se encontram em processo de extinção, devido a várias ações antrópicas, como, por exemplo, a urbanização (FISCHER et al., 2007). Justificando assim a importância e necessidade de criação e manutenção de bancos de germoplasma seja por sua característica de conservação genética, seja para atender aos programas de melhoramento, uma vez que, quando os acessos são caracterizados, além de armazenar e disponibilizar, pode fornecer informações a respeito de determinado acesso, identificando assim possíveis características de importância para os programas de melhoramento genético (CARVALHO; QUESENBERRY, 2009). Os bancos de germoplasma funcionam como conservação ex situ, em que uma amostra da variabilidade genética de determinada espécie é conservada fora

27 15 de seu habitat (BORÉM; MIRANDA, 2009) por curto ou médio prazo (ENGELMANN, 1991). Há, no Brasil, cerca de 67 espécies de passifloras mantidas em diferentes BAGs: CNPMF, UNESP, IAPAR, IAC, CPAC, ESALQ, UENF, UFRRJ (FERREIRA, 2005) e UESC (PEREIRA; SOUZA, 2005). 2.7 Caracterização morfológica de germoplasma A caracterização permite identificar acessos duplicados, estabelecer coleções nucleares, identificar os modos de reprodução predominantes nos acessos, bem como inferir a ocorrência ou não de variabilidade genética entre os acessos (VALLS, 2007). O conhecimento dos acessos conservados com correta classificação botânica, nível de diversidade, caracterização agronômica, fenótipos de interesse econômico ou polimorfismo molecular são fundamentais, mas ainda iniciais na maioria das coleções (FERREIRA; RANGEL, 2005). Caracterização morfológica é um processo pelo qual, por meio da utilização de uma lista descritiva, maiores informações sobre o germoplasma conservado podem ser obtidas, tornando assim a utilização do mesmo mais efetiva(ramos; QUEIROZ, 1999), sendo normalmente a forma mais acessível e mais utilizada para quantificar a diversidade genética de um BAG (RABBANI et al., 1998). A lei de n 9456/1997, referente à proteção de cultivares, em seu inciso II do artigo 3º, conceitua descritores como as características morfológicas, fisiológicas, bioquímicas ou moleculares que sejam herdadas geneticamente, utilizadas na identificação de uma cultivar. Os caracteres descritivos são diferenciados em fixos e variáveis, onde os primeiros, também chamados qualitativos, dependem de um ou poucos genes,

28 16 sofrem pouca influência ambiental e não podem ser medidos por um sistema de numeração contínua. Os chamados variáveis ou quantitativos dependem da ação de muitos ou poucos genes que interagem com o meio ambiente, e seus valores são expressos em números (SILVA, 2005). Caracterização agronômica, morfológica e citogenética foram realizadas em seleções do BAG de passifloras do IAC, denominadas Roxinho-Miúdo, Paulista e Maracujá-Maçã, para identificar cruzamentos com características comerciais desejáveis e disponibilizar sementes de matrizes selecionadas aos produtores (MELETTI et al., 2005). Neste estudo, todas as seleções apresentaram características comerciais desejáveis. A divergência genética através de dados morfológicos foi estimada entre acessos de Passiflora cincinnata Mast. conservados na coleção de trabalho da Embrapa Semi-Árido (ARAÚJO et al., 2008).A avaliação foi realizada em 32 acessos, com base em 23 caracteres. Os acessos apresentaram variabilidade genética para todos os descritores utilizados na avaliação. Recentemente foi lançada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a instrução para execução dos ensaios de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE) de cultivares de maracujá, abrangendo espécies ornamentais, medicinais, frutíferas e híbridos interespecíficos (MAPA, 2008), uniformizando assim o procedimento técnico de comprovação de que a cultivar apresentada é distinta de outra. Caracterizar morfologicamente espécies silvestres de passiflora, explorando principalmente os aspectos ornamentais, é algo ainda incipiente, tornando assim esta atividade necessária. Para o mercado de plantas ornamentais, a caracterização de espécies visando à obtenção de genitores para programas de melhoramento é de grande interesse, gerando novas cultivares que atentam às exigências do mercado

29 17 de planta ornamental.por meio da observação de descritores morfológicos associados a análise estatística multivariada, têm sido realizados estudos referentes à caracterização, variabilidade, diversidade e divergência genética em várias espécies: batata-doce, Ipomea batatas L. (DAROS et al., 2002), maracujazeiro-doce, Passiflora alata Curtis (MELETTI et al., 2003), Passiflora edulis f. flavicarpa Deg (NEGREIROS et al., 2007), milho, Zea mays (PAIXÃO et al., 2008), amendoin forrageiro, Arachis pintoi (CARVALHO; QUESENBERRY, 2009) cebola, Allium cepa L. (BUZAR et al., 2009) entre outros. 2.9 Biologia da reprodução A caracterização da biologia da reprodução em plantas é realizada principalmente para conhecer o modo de reprodução da espécie de interesse. Para programas de melhoramento essa caracterização é um pré-requisito importante (ALLARD, 1971), pois o fato da planta ser autógama (autofecundação) ou alógama (fecundação cruzada) auxiliará no manejo da espécie para sua manutenção no BAG. Com esse conhecimento, diferenciadas práticas de polinização poderão ser adotadas (CRUDEN, 1977) e interferirão na escolha do método de melhoramento a ser adotado (BORÉM; MIRANDA, 2009). A estrutura de uma população autógama é caracterizada pela mistura de plantas homozigóticas e a variedade melhorada é, às vezes, um simples genótipo que se reproduz fielmente. A cultura alógama pode ser comparada a um pool de genes que se combinam de várias maneiras para formar diversos genótipos, geração após geração, onde uma simples planta pode produzir muitos tipos de

30 18 gameta que sempre se combinam ou, que na maioria das vezes, associam-se com gametas de outras plantas (AMARAL et al., 2005). Na maioria das passifloras, a reprodução através da polinização cruzada é determinada pela morfologia da flor, onde as anteras são localizadas abaixo do estigma; e, principalmente, devido à auto-incompatibilidade(bruckner et al., 2002).Nas passifloras existem dois mecanismos principais que favorecem a alogamia: a deflexão dos estiletes (ENDRESS, 1994) e a autoincompatibilidade(loss, 2006) Biologia floral em passifloras As espécies do gênero Passiflora possuem anteras tetraesporangeadas e deiscentes mediante duas fendas longitudinais, com epiderme persistente e próxima à linha de deiscência podem existir células epidérmicas alongadas que auxiliam na abertura das mesmas. O endotécio representa o estrato subepidérmico das anteras e normalmente possui espessamentos. Nas espécies de Passiflora são lignificados, mas reagem à detecção de celulose (DETTKE, 2009). Ao longo da antese os filetes, antes eretos no botão, iniciam o movimento de curvatura para baixo, ocorrendo também a movimentação das anteras, que ficam com face deiscente voltada em direção à corona e já com os grãos de pólen disponíveis (VARASSIN; SILVA, 1999). Essa movimentação de estiletes e filetes pode acontecer em tempos diferentes, favorecendo a dicogamia funcional (VARASSIN et al., 2001).Existem flores que são consideradas funcionalmente masculinas, devido a não flexão dos estiletes (VARASSIN et al., 2001), como ocorre

31 19 em P. alata Curtis (VARASSIN; SILVA, 1999) e P. cincinnata Mast. (KILL et al., 2010). Em P. cincinnata, a deiscência das anteras ocorre antes da abertura da flor (APONTE; JAUREGUI, 2004). Em Passiflora os grãos de pólen contêm substâncias lipofílicas junto à exina, denominadas pollenkit, que são derivadas das células do tapete, liberadas quando ocorre senescência do mesmo nas anteras maduras e são depositadas entre ou sobre espaços existentes na exina (SOUZA et al., 2004). Grãos de pólen de espécies de Passiflora são 6-colporados (P. misera, P. morifolia Mast.,P. organensis Gardnere P. suberosa L.) ou 12-colporados (P. capsularis e P. pohlii), com os colpos livres, (MILWARD-DE- AZEVEDO;BAUMGRATZ, 2004). O gineceu é formado por ovário súpero, normalmente afilado no ápice e apresenta três estiletes/estigma (CUNHA et al., 2004). Em algumas espécies como P. cincinnata foram observadas flores com dois, quatro e até cinco estigmas (KILL et al., 2010). O ovário pode ser tricarpelar, unilocular e de placenta perietal, como em P. suberosa (SILVÉRIO et al., 2009); globoso, com base dilatada, glabro, como em P. mucugeana T. N. Senna (NUNES; QUEIROZ, 2006); oblongo ou elíptico como em P. racemosa e P. truncata Regel, respectivamente(milward-de-azevedo; VALENTE, 2004), e ovóide como em P. edulis(siqueira et al., 2009) e P. sidaefolia M. Roemer (MILWARD-DE-AZEVEDO; VALENTE, 2004). O ovário é multiovulado, cujo número varia de espécie para espécie, em P. coccinea o numero de óvulo por flor encontrado ficou em média de 437 (STORTI, 2002), enquanto que para o maracujazeiro amarelo uma média de 390 para as flores com três estigmas e 674,5 para as flores com quatro estigmas (SIQUEIRA et al., 2009).

32 20 Estudos realizados em maracujá amarelo revelaram que o pistilo é do tipo fechado ou sólido, constituído por uma densa camada epidérmica, alguns tricomas, células corticais (parenquimática), e no centro possui tecidos de transmissão, o qual tem paredes espessas, células alongadas (cujo tubo polínico passa entre ou dentro), rico em amido e proteína que também favorece ao desenvolvimento do tubo polínico. As flores podem apresentar estiletes sem curvatura (SC), parcialmente curvo (PC) ou totalmente curvo (TC), podendo em uma mesma planta serem encontrados os três tipos (RUGGIERO, 1973). A deflexão do estigma é utilizada para determinar o início da receptividade (JANZEN, 1968), porém foi verificado em P. alata que esse fenômeno independe da deflexão, podendo estar receptivo com os estiletes flexionados ou não (VARASSIN; SILVA, 1999). O estigma é seco, pouco exudado, com epiderme lisa, com papilas multicelulares e glicoprotéica que favorece a interação estigma grão de pólen (SOUZA et al., 2006) Compatibilidade genética A auto-incompatibilidade em Passiflora é relatada desde o século XIX (NETTANCOURT, 1977). Estudos iniciais relataram que o sistema de autoincompatibilidade no maracujazeiro era do tipo esporofítica, uma vez que a reação de rejeição ocorre no estigma, e esta característica seria controlada por um loco com cinco alelos responsáveis (HO; SHII, 1986). Estudos posteriores verificaram que crescimento do tubo polínico foi inibido no tecido de transmissão do estilete, indicando a existência do sistema gametofítico (RÊGO et al., 2000).Há ainda a

33 21 evidencia que a auto-incompatibilidade é controlada por seis alelos (S1 a S6) e dois locos gênicos, ao invés de um (RÊGO et al., 2000), provavelmente devido à presença de genes gametofíticos agindo em associação com genes esporofíticos (SUASSUNA et al., 2003). Contudo a auto-incompatibilidade no maracujazeiroamarelo não resulta somente da série de alelos S, mas também de outros locos, que devem estar condicionados por um complexo gênico (FALLEIRO, 2000). A reprodução de forma sexuada em Passiflora envolve diferentes sistemas de reprodução, dependendo da espécie (ENDRESS, 1994). As espécies P. incarnata L. (MCGUIRE, 1999) por exemplo, são espécies auto-incompatíveis, enquanto que P. capsulares L. é autocompativel (FARIA; STEHMANN, 2010). Em um provável mutante de P. edulis f. flavicarpa, com flores de corona branca que foram utilizadas como marcador fenotípico, os resultados de polinização in vivo e comportamento meiótico o indicaram como autocompatível, com gametas normais, sendo assim considerado um genótipo promissor aos programas de melhoramento (SOUZA et al., 2010) Viabilidade Polínica e Receptividade do Estigma A análise da viabilidade polínica é considerada importante e útil na condução de experimentos nas áreas agrícola e biotecnológica, pois possibilita correlacionar anormalidades meióticas à infertilidade do pólen, auxiliar na seleção de materiais genéticos e fazer inferências sobre as direções dos cruzamentos (TECHIO, 2002). A viabilidade do pólen fornece informações básicas de aplicação prática na conservação genética, bem como na agricultura, para o planejamento de programas

34 22 de melhoramento além de contribuir em estudos taxonômicos, ecológicos e palinológicos (ALEXANDER, 1980; ARROYO, 1981; GUINET 1989). O estudo da viabilidade polínica para o melhoramento de plantas é extremamente importante, pois em espécies alógamas, cada grão de pólen leva consigo a carga genética conseqüente da homozigose, fazendo com que essas plantas não transmitam para a próxima geração genótipos em que os genes estejam fixados ou em homozigose, mas sim o próprio gameta, tamanha a probabilidade de diferentes combinações entre os alelos (SOUZA et al., 2002). Considerando-se que a manifestação do genótipo de um indivíduo é o resultado da contribuição trazida pelos gametas masculinos e femininos, quanto maior a viabilidade polínica, maior a possibilidade da formação de diferentes combinações entre alelos, e em última análise, de variabilidade genética (SOUZA et al., 2002). Há alta correlação entre o comprimento de botão e de antera (SOUZA et al., 2002). Tratando-se das fases meióticas durante a microsporogênese estas características não devem ser usadas como parâmetros indicativos, porém o tamanho do botão floral pode ser associado aos estágios da microgametogênese (SOUZA et al., 2002). Outros estudos mostram que não o tamanho, mas o formato da base do botão está associado ao desenvolvimento do micrósporo (WILLCOX et al., 1990). Para estudos no maracujazeiro, o tamanho de antera é o mais indicado para diferenciação entre meiose I e II, enquanto que o tamanho de botão foi o mais indicado para diferenciação apenas entre microsporogênese e microgametogênese (SOUZA et al., 2002). É notada a diferença de tamanho de grãos de pólen em várias espécies de Passiflora. A ocorrência de grãos de pólen muito grande está associada à irregularidades na segregação dos cromossomos durante a meiose, havendo a

35 23 formação de tríades ao invés de tétrades, como ocorre em P. edmundoi (SOUZA et al., 2002). A necessidade de avaliar a viabilidade do pólen usado na polinização artificial e em experimentos de melhoramento genético é muito importante (STONE et al., 1995) assim como a compreensão dos problemas de esterilidade (RODRIGUEZ- RIANO; DAFNI, 2000), sendo para qualquer espécie de planta, essencial para melhoristas e produtores de sementes comerciais (RIGAMOTO; TYAGI, 2002). A taxa de fertilização e o sucesso de polinização podem ser influenciados também pela receptividade do estigma (SOUZA et al., 2004). Conhecer o período que o estigma encontra-se receptivo ao grão de pólen, é fundamental para garantir o sucesso em experimentos de hibridação e em todo e qualquer procedimento que ocorra polinização artificial (BRUCKNER et al., 1995). Permitindo assim programar o processo de polinização, em termos de tempo despendido e quantidade de pólen utilizado, uma vez que devido à falta de informações sobre o período exato de receptividade do estigma, as polinizações são feitas repetidas vezes, para assegurar produção de sementes (HODGSON, 1976). Existem numerosas técnicas para estimar a receptividade do estigma (DAFNI, 1992; KEARNS; INOUYE, 1993), uma delas é o uso de peróxido de hidrogênio, onde ocorre a detecção da ação da peroxidase (OSBORN et al., 1998) sendo este um método simples e barato (MAUÉS, COUTURIER, 2002). No maracujazeiro amarelo o número de estigma polinizado (um, dois, três ou quatro) não interfere na formação de frutos, pode interferir na qualidade de suas características como números de semente, espessura da casca, peso e diâmetro do fruto, essas estão correlacionadas com maior número de óvulos da planta e com o

36 24 recebimento do maior número de grãos de pólen distribuídos de forma homogênea nos estigmas (SIQUEIRA et al., 2009). A receptividade estigmática tem sido avaliada durante o tempo de abertura da flor, por meio de testes histoquímicos associados à polinização in vivo. Resultados de experimentos realizados com maracujá amarelo mostraram contraste entre o teste histoquímico e a polinização controlada, onde os primeiros indicaram receptividade de 85% até cinco horas após abertura da flor, enquanto que a polinização controlada apresentou valores médios inferiores a 35% nesse mesmo horário (SOUZA et al., 2004). Testes similares foram realizados em P. suberosa, P. coriacea e P. morifolia, cujos resultados referentes aos testes histoquímicos mostraram estigmas receptivos em todos os horários, para todas as espécies. Tratando da polinização controlada, houve comportamento diferenciado do histoquímico a depender da espécie, sendo que em P. suberosa os índices de receptividade mostraram-se superiores a 60%, mesmo as 17horas, em P. morifolia os melhores índices ocorreram das 9 às 13 horas, enquanto que em P. suberosa os melhores resultados foram os de 7 horas (FONSECA et al., 2005) Fenologia do florescimento e caracterização de Passifloras Para que ocorra o florescimento, o meristema caulinar vegetativo deve diferenciar-se em estruturas reprodutivas, nesse processo diferentes sinais, indutores do florescimento (ambientais e fisiológicos), são detectados pelas folhas, produzindo estímulos florais no meristema apical ou induzindo diretamente o desenvolvimento dos primórdios florais (BOSS et al., 2004).

37 25 O modelo de atividade gênica responsável pelo controle da arquitetura floral da maioria das dicotiledôneas com flores completas foi obtido a partir de mutações em genes homeóticos em Arabidopsis thaliana (ANGELO, 2005). Este modelo conhecido como modelo ABC reúne os genes ativos nas vias que definem a identidade dos meristemas florais, agindo de forma combinada. A classe A é constituída pelos genes APETALA1 e 2 (AP1 e AP2) cuja expressão age sobre a formação das sépalas; a classe B é constituída pelos genes APETALA 03 (AP3) e PISTILLATA (PI), a combinação AB atua sobre a formação das pétalas, os genes AGAMOUS (AG) constituem a classe C, cuja combinação específica de BC é responsável pela formação de estames e, a expressão de C, pela formação dos carpelos (JACK, 2004).O gene LFY foi identificado como atuante na transição do meristema vegetativo para meristema reprodutivo pois induz a expressão do AP1 (HEMPEL et al.,2000). Além dessa função, fala-se que o LFY também regula no desenvolvimento de diferentes produtos do meristema apical como folhas e gavinhas, e as passifloras tem sido fortemente utilizadas para verificação de tal função, uma vez que contém as estruturas morfológicas em que o referido gene atua (CUTRI, 2009). A emissão das primeiras peças florais, na gema floralmente determinada, é chamada de evocação floral (PEREIRA et al., 2003). Em plantas de flores completas, durante a evocação floral, os genes homeóticos interagem entre si e com outros genes também relacionados com o florescimento, resultando no surgimento seqüencial das peças florais, onde as células primordiais na camada mais externa dão origem às sépalas, aquelas na segunda camada originam as pétalas, na terceira camada as células tornam-se estames e aquelas na quarta e mais interna camada dão origem aos carpelos (ANGELO, 2005).

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