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1 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO 5ª INSPETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS DO EXÉRCITO (5ª ICFEx / 1982) Nota Informativa Especial Orientação aos Agentes da Administração (Separata ao Boletim Informativo nº 04/2014) Atualizada e Ampliada Última Atualização: NOV 14

2 ÍNDICE I - INTRODUÇÃO...3 II - PRECEITOS PARA OS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO...8 III - DIRETRIZ GERAL DO COMANDANTE DO EXÉRCITO 2011/ IV - SISTEMAS CORPORATIVOS...10 V - CONSULTAS AO SISTEMA SEF (NOVO)...21 VI - IRREGULARIDADES E IMPROPRIEDADES ADMINISTRATIVAS...24 VII - PESSOAL/PAGAMENTO (NOVO)...27 VIII - ROL DOS RESPONSÁVEIS (NOVO)...50 IX - PATRIMÔNIO (NOVO)...53 X - ASPECTOS DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRA (NOVO)...62 XI - LICITAÇÕES (NOVO)...84 XII - SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP (NOVO) XIII - CONTRATOS XIV- ASPECTOS CONTÁBEIS-FINANCEIROS XV - PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA NA IMPRENSA OFICIAL XVI - CONFORMIDADES XVII - PREJUÍZOS AO ERÁRIO APURAÇÃO RESPONSABILIDADES XVIII - SUPRIMENTO DE FUNDOS E CPGF (NOVO) XIX FUSEx DESPESAS COM OCS/PSA XX CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS XXI - DIVERSOS Doações e Patrocínios Divulgação do Boletim Informativo (BINFO) Sistemas Corporativos para Consulta Uso do Subsistema COMUNICA do SIAFI (Mensagem SIAFI) - Recomendações Msg SIAFI/SIASG - Visto OD Substituição de OD Certificação Digital - OD e Pregoeiro Atendimento a Diligências da ICFEx / Prazo Não Atendimento a Diligências Recebidas Ocorrência Contábil Licenciamento Ambiental das Obras Militares - Sequência de Ações Denúncias anônimas CNPJ Alteração de Responsável Simpósio de Administração no âmbito da UG Ações Judiciais Contra o Comando do Exército Orientações Visita de Orientação Técnica da Secretaria de Economia e Finanças (VOT/SEF) Anexo A - DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAR, DE 11 JUL Anexo B - QUADRO-CONTROLE DO OD (NOVO) Anexo C - FLUXOGRAMAS DE CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS Anexo D - ORIENTAÇÃO TÉCNICO-NORMATIVA N º 01 - PLANEJAMENTO DAS CONTRATAÇÕES (NOVO)...261

3 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 3 I - INTRODUÇÃO Antes de abordar assuntos específicos, faz-se oportuno, mesmo que de forma sucinta, localizar a administração do Exército, em particular, a administração das Unidades Gestores (UG) vinculadas no cenário da Administração Pública, a fim de tentar melhor compreender e justificar algumas exigências, comportamentos, rotinas, processos e procedimentos, que todo o administrador público deve respeitar, preservar e submeter-se. O Exército é um órgão da Administração Pública Federal Direta como se verifica em simples passada de olhos no Regulamento de Administração do Exército (RAE). Assim sendo, é preciso definir qual o regime jurídico a que nos sujeitamos. O que é regime jurídico? Sinteticamente, é o conjunto de regras que disciplinam determinado instituto. Em se tratando de Administração Pública, são as normas que buscam atender ao interesse público. Normalmente, para atingir esses objetivos, as normas jurídicas desse tipo de regime jurídico concedem uma posição estatal privilegiada, ou seja, o Estado localiza-se num patamar de superioridade em relação ao particular, justamente por defender o interesse de uma coletividade. Daí surge o direito administrativo como ramo autônomo do direito e que teve seu nascimento nos fins do século XVIII, com forte influência do direito francês, tido por inovador no trato das matérias correlatas à Administração Pública. São muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo, mas, simplificando, é o conjunto dos princípios jurídicos que tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos, agentes públicos. Nesse cenário é fácil concluir que os dois princípios estruturantes do Direito Administrativo são a supremacia do interesse público sobre o interesse particular e indisponibilidade do interesse público. Assim, denotamos como principal característica o fato de haver uma desigualdade jurídica entre cada uma das partes envolvidas. De um lado, encontramos a Administração Pública, que defende os interesses coletivos; de outro, o particular. Havendo conflito entre tais interesses, haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela Administração. Isto posto, veja que esta se encontra num patamar superior ao particular, diferentemente do que ocorre no Direito Privado, onde as partes estão em igualdade de condições. Sabe-se que a República Federativa do Brasil, nos termos da CF/88, é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal (art. 1º). Em seu art 2º, determina a divisão dos Poderes da União em três, seguindo a tradicional teoria de Montesquieu: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si. Cada um desses poderes tem sua atividade principal e outras secundárias. A título de ilustração, veja que ao Legislativo cabe, precipuamente, a função legiferante, ou seja, de produção de leis, em sentido amplo. Ao Judiciário, cabe a função de dizer o direito ao caso concreto, pacificando a sociedade, em face da resolução dos conflitos. Por último, cabe ao Executivo a atividade administrativa do Estado, ou seja, a implementação do que determina a lei atendendo às necessidades da população, com infraestrutura, saúde, educação, cultura, enfim, servir ao público. Mas o Direito Administrativo, como cuida da Administração Pública, regula apenas as atividades do Poder Executivo? Não. Esse ramo do Direito regra todas as funções administrativas do Estado, qualquer que seja o Poder que a exerce, ou o ente estatal a que pertença: se a função é administrativa, sujeita-se aos comandos do Direito Administrativo. Então, o Judiciário, quando realiza um concurso público para preenchimento de suas vagas, segue as normas da Lei nº 8.112/90, se da esfera federal. O Senado

4 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 4 Federal, quando promove uma licitação para aquisição de resmas de papel, por exemplo, seguirá a Lei nº 8.666/93, e assim por diante. Vê-se, assim, que não só o Executivo se submete ao Direito Administrativo. O estudo do Direito Administrativo no Brasil torna-se um pouco penoso pela falta de um código, uma legislação consolidada que reúna todas as leis esparsas que tratam dessas matérias. Então, há que lançar mão da doutrina e do estudo de cada uma das leis e da Constituição Federal, que são suas principais fontes. Do texto constitucional, destaca-se o seguinte: DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Ora, percebe-se que a administração está baseada em diversos princípios. Então, o que deve-se entender sobre a definição de princípios? Os princípios constituem o fundamento, alicerce, ou seja, a base de um sistema. Revelam o conjunto de regras ou preceitos, que se fixam para servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando, assim, a conduta a ser obedecida em qualquer operação jurídica. Exprimem sentido mais relevante que o da própria norma ou regra jurídica, condicionando todas as estruturações subsequentes São as ideias centrais de um sistema, ao qual dão um sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de seu modo de organizar-se. A enunciação dos princípios de um sistema tem a utilidade de ajudar o ato de conhecimento do sistema jurídico que o ordenam e possuem caráter normativo, pois são usados para resolverem casos concretos1 Depreende-se que tais princípios não necessitam estar presentes na legislação, tendo validade e lançando seus efeitos independente de positivação 2. Se presentes na lei, diz-se que são normas principiológicas. Perceba que são de observância obrigatória, sendo mais grave transgredi-los que a uma norma, pois implica em ofensa a todo o sistema de comandos. Lembre-se de que não existe hierarquia entre os princípios. Cada um tem sua importância e não se diz que um prevalece sobre o outro. A aplicação, caso a caso, é que acaba, indiretamente, dando mais valor a um ou outro, mas isso não quer dizer que exista tal hierarquia. Um princípio que não seja usado num determinado caso pode ser o mais importante em outro. O interessante está em analisar o conjunto deles no caso concreto. Em resumo, princípios, devem ser sopesados e considerados de forma unívoca, iluminando-se uns aos outros de forma sistêmica, mas sempre tendo em mente o caso concreto. Inferências frias e meramente burocráticas terminam por afastar a inegável razão para a qual são elaboradas as leis3. A seguir serão apresentados, resumidamente, os princípios citados no texto constitucional: 1 SUNDFELD, Carlos Ari, in Fundamentos de Direito Público, 3ª ed, São Paulo: Malheiros, 1997, p Do Direito Positivo como sendo o conjunto de normas jurídicas, escritas ou não, vigentes num certo território, a um certo tempo. 3 Parecer nº 033 AJ/SEF, de 21 Mai 06.

5 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 5 1. Legalidade - significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem-comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. Na Administração Pública não há liberdade, nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. Cabe recordar trecho de Acórdão do TCU: ACÓRDÃO nº 2.243/ TCU - PLENÁRIO ( ) 32 - ADEMAIS VALE LEMBRAR NOVAMENTE QUE O SERVIDOR PÚBLICO CIVIL OU MILITAR ENCONTRA-SE SUBORDINADO À LEI E, POR ISSO, TEM O DEVER DE SOLUCIONAR AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR SUA UNIDADE OU SETOR COM ESTRITA OBSERVÂNCIA DA LEGALIDADE. NÃO PODE SIMPLESMENTE IGNORAR A LEGISLAÇÃO. (DOU nº 2, de 03 Jan 06) 2. Impessoalidade - é vedada a prática de ato administrativo sem interesse público. Portanto, todo ato que visar interesse privado, atender a favores ou perseguições e, ainda, revestir-se de vaidades ou promoção pessoal, constitui uma forma de desvio de finalidade. Esse desvio de conduta dos agentes públicos constitui uma das mais insidiosas modalidades de abuso de poder. 3. Moralidade - os romanos já diziam que non omne quod licet honestum est (nem tudo o que é legal é honesto). Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo o que for melhor e mais útil ao interesse público. Tem que separar, além do bem do mal, o legal do ilegal, o justo do injusto, o conveniente do inconveniente e, também, o honesto do desonesto. É a moral interna da instituição, que condiciona o exercício de qualquer dos poderes, mesmo o discricionário. A Carta Magna brasileira faz menção em diversas oportunidades a esse princípio. Uma delas, prevista no art. 5º, LXXIII, trata da ação popular contra ato lesivo à moralidade administrativa. 4. Publicidade - é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos. Daí porque as leis, atos e contratos administrativos, que produzem consequências jurídicas fora dos órgãos que os emitem exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes e terceiros. (Vide capítulo específico sobre publicações de atos no DOU/Imprensa Oficial). Na oportunidade, cabe ressalvar que publicidade não significa necessariamente a publicação que está ligada a formalidade de um ato administrativo. A publicidade é a regra geral para os atos da administração. 5. Eficiência - é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social. 4 Compulsando a legislação, será possível encontrar, com muita frequência, referências aos princípios que norteiam a administração pública, não somente os elencados na CF, mas outros correlatos, que nem por isso são menos importantes. Um bom exemplo é o disposto na Lei nº 9.784, de 29 Jan 99, que regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal: 4 MORAES, Alexandre. Reforma Administrativa:Emenda Constitucional nº 19/98. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 1999, p. 30.

6 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 6 art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Neste mesmo sentido, o disposto na Lei de Licitações (8.666/93) afirma: art 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Também o Decreto nº 5450, de 31 maio 05, que regula a modalidade de licitação Pregão em sua forma eletrônica, assim dispõe: art 5º. A licitação na modalidade de pregão é condicionada aos princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade. Do exposto, depreende-se que a legislação não pode afrontar os princípios citados, servindo os mesmos de inspiração para o legislador, além de atender outras duas finalidades: interpretativa e supletiva. Será interpretativa para orientar o intérprete ou o julgador na aplicação da lei, já, quando servir para suprir eventual lacuna existente na legislação terá a função supletiva. Vale portanto, reafirmar, em outras palavras, que aquele administrador que entender e compreender, mesmo que de forma básica, os princípios da administração pública, dificilmente produzirá atos contrários a legislação e/ou a administração. Assim, torna-se necessário verificar o conceito de administração 5 que nada mais é que a prática de atos necessários à gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis, visando a alcançar os objetivos preestabelecidos pela organização. Observa-se que o conceito de administração está vinculado a prática de atos. E para o exercício da administração é conferido ao agente (administrador) as funções que lhe permitirão exercer atividades administrativas6 que é o conjunto de operações que viabilizam a prática dos atos e fatos7 administrativos resultantes da ação dos agentes da administração, em todos os níveis considerados. Para que estes atos administrativos não sejam viciados, isto é, passíveis de serem nulos ou anuláveis, e em que pesem algumas divergências doutrinárias, mais especificamente sobre a distinção entre os requisitos e pressupostos de validade e existência, pode-se resumir que esses atos devem atender aos seguintes requisitos para serem válidos: 5 De acordo o art 2º do Regulamento de Administração do Exército (RAE). 6 Idem. 7 De acordo com o art 2º do RAE: Ato Administrativo - providência de ordem geral, praticada por um agente visando à boa marcha da administração e da qual não decorre alteração no patrimônio (propostas de orçamentos, licitações, planos internos de trabalho, tomadas de contas, etc); Fato Administrativo - providência praticada por um agente e da qual decorre alteração no patrimônio (aquisições ou vendas, recebimentos ou fornecimentos, cargas ou descargas, etc).

7 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 7 a. competência - é o dever-poder atribuído por lei a alguém para exercer atos da função administrativa. O ato administrativo deve ser editado por quem tenha competência. b. finalidade - a razão jurídica pela qual um ato administrativo foi abstratamente previsto no ordenamento jurídico. O administrador, ao praticar o ato, tem que fazê-lo em busca da finalidade para o qual foi criado e se praticá-lo de forma diferente, haverá abuso de poder ou desvio de finalidade. c. forma - é a maneira pela qual se revela o conteúdo para o mundo jurídico. Ex: Decreto, Portaria, Alvará, Notificação, entre outros. Os atos normalmente são praticados por uma forma escrita, mas nada impede que o sejam através de comandos verbais ou sinais. Cabe salientar que um ato pode ter forma e não ter formalidade, tornando-o inválido. Assim, formalidade é a maneira específica pela qual um ato administrativo deve ser praticado para que seja válido. Exemplo: Contrato sobre direito real imobiliário deve ser feito por escritura pública. Caso seja feito por contrato particular, terá uma forma, mas não terá a formalidade devida de ser realizado por escritura pública. Outro exemplo, embora controverso, é o caso da celebração de um contrato de despesa sem ter havido a publicação de seu extrato no Diário Oficial da União (DOU), conforme determina o único do art 61, da Lei nº 8.666/93. Neste caso, houve a forma (contrato) mas não a formalidade exigida (publicação), portanto, é possível afirmar que o ato é inválido, pois, o citado dispositivo indica que a publicação do extrato do contrato na Imprensa Oficial (DOU) é condição para a sua eficácia. A lei pode prescrever também requisitos procedimentais (atos que obrigatoriamente devem ser praticados de forma válida antes dos outros para que esses últimos sejam válidos). Ex: A prática da classificação de propostas sem a habilitação na licitação causa invalidade. d. motivo - é o acontecimento da realidade que autoriza a prática do ato administrativo. Ex: o motivo da demissão de um empregado é o fato de faltar mais de 30 dias. Deve existir adequação (pertinência lógica) entre o motivo, o conteúdo e a finalidade do ato. Ex: não há pertinência quando o administrador alegar falta por mais de 30 dias quando o motivo da ausência seria uma agressão. Para Celso Antônio Bandeira de Melo, esta pertinência lógica que obrigatoriamente deve existir entre o motivo, o conteúdo e a finalidade nada mais é do que a causa do ato administrativo. Para outros autores, causa do ato administrativo e motivo são sinônimos. e. objeto - é a realidade sobre a qual se declara. Ato inexistente tem aparência de ato, por ter conteúdo e forma, mas não é ato, pois não tem objeto. Como exemplo é possível citar a demissão de funcionário morto. Deve-se atentar para o núcleo do ato administrativo. No exemplo deatestar o recebimento de mercadorias em uma nota fiscal, o objeto é o recebimento de mercadorias. Por fim, com estas considerações iniciais, procurou-se apresentar noções básicas que emprestam suporte aos atos praticados pelos agentes públicos, independente do assunto. Assim, servirão para melhor compreender e avaliar se os atos estão em conformidade com o ordenamento normativo do país. NÃO ESQUEÇAM DOS PRINCÍPIOS!!!!! ELES SÃO IMPRESCINDÍVEIS NA ADMINISTRAÇÃO DE QUALQUER UG.

8 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 8 II - PRECEITOS PARA OS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO Os Preceitos8 para os Agentes da Administração são normas de conduta estabelecidas pela Secretaria de Economia e Finanças (SEF), atualizados em 2013, para serem observados por todos os agentes da administração, a saber: 1. Planejar e executar o planejado. 2. Cumprir a legislação. 3. Segregar as funções e individualizar as senhas. 4. Contabilizar, agir, avaliar e agir. 5. Priorizar a conformidade dos registros de gestão. 6. Cumprir as rotinas de fiscalização e controle. 7. Manter estreita relação com a ICFEx de vinculação e atender às diligências 8. Capacitar, orientar, motivar, valorizar o comprometimento e elogiar. 9. Responsabilizar, permitindo a ampla defesa e o contraditório. 10. Administrar com ética, transparência e efetividade. (Publicado no B Info 06/2013 e disponível na Página da SEF na internet) 8 Conforme Moderno Dicionário da Língua Portuguesa - Michaelis - Ed Melhoramentos. Preceito: Ordem ou mandamento. O que é recomendado como regra e ensinamento. Determinação, norma, guia para qualquer procedimento. Disposição, doutrina, instrução.

9 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 9 III - DIRETRIZ GERAL DO COMANDANTE DO EXÉRCITO 2011/2014 (Economia e Finanças) Abaixo, segue tópico específico sobre o assunto Economia e Finanças constante da Diretriz Geral do Comandante do Exército 2011/2014. É conveniente, também, tomar conhecimento dos documentos derivados dessa Diretriz, em particular, a Ordem Fragmentária nº 001-A/3.3, de 03 FEV 14, do Cmt Ex e a respectiva Diretriz Complementar da Secretaria de Economia e Finanças - SEF, disponíveis na intranet da SEF (intranet.sef.eb.mil.br). (...) F. Economia e Finanças A austeridade deverá permear todas as ações que geram despesas. No corrente ano, conforme consta da Diretriz Especial para o ano de 2011, de 21 FEV 11, modificada pela O Frag no 001-A/3.3, de 07 JUN 11, o Exército deverá aperfeiçoar a execução orçamentária, em especial o desempenho das UGR e UGE, com relação à qualidade dos gastos, à presteza da execução e ao acompanhamento das diferentes fases da despesa. Para isso, considerar o papel do Centro de Controle Interno do EB e das ICFEx, para esclarecer o entendimento da legislação. (...) Atribuir prioridade aos projetos segundo a regra geral: primeiro os que já se encontram em execução e, na sequência, os novos projetos alinhados com a END e seus planejamentos decorrentes, no âmbito da Força (EBF Macroprojetos prioritários Processo de Transformação). (...) Adotar definitivamente, a partir de 01 JAN 2012, nas contratações frequentes para o fornecimento de bens e serviços, a utilização do Sistema de Registro de Preços (SRP) no Exército; para as OM sediadas no Quartel-General do Exército, por proposta da SEF, e pelos Comandos de Região Militar, conforme previsto na Portaria Nr 006-SEF, de 15 de outubro de Buscar a vinculação de fontes de receita e o enquadramento como despesas ressalvadas e/ou obrigatórias para a maior parcela dos recursos orçamentários destinados ao Comando do Exército, bem como tratamento que garanta a execução dos recursos alocados na LOA, permitindo a minimização das restrições orçamentárias. Incrementar o uso do Sistema de Informações Gerenciais e Acompanhamento Orçamentário (SIGA), de modo a torná-lo um instrumento de planejamento e acompanhamento e de gestão da execução orçamentária e, financeira no ODG, nos OADI e nos ODS, em especial, no que se refere ao módulo de Informações Gerenciais (FLEXVISION). Efetivar a utilização do Sistema Gerencial de Custos (SISCUSTOS) no ODG, nos OADI e nos ODS como instrumento de apoio à tomada de decisão e para a otimização dos gastos. Capacitar, permanentemente, os assessores de planejamento e gestão e os agentes da administração com novos saberes e atualizá-los nos conhecimentos tradicionais. Atentar para a execução das despesas do Exército previstas para inscrição em restos a pagar, a fim de evitar cancelamentos que comprometam a aplicação do orçamento destinado à Força.

10 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 10 IV - SISTEMAS CORPORATIVOS 1. Introdução Há uma série de Sistemas Gerenciais Corporativos da Administração Pública Federal (SIASG, SIAFI) e outros mais específicos do Exército. São apresentados a seguir alguns conceitos e características desses sistemas: a. SIAFI - Sistema de Administração Financeira do Governo Federal - é o sistema informatizado que registra, controla e contabiliza toda a execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial do Governo Federal, em tempo real, por meio de operadores das diversas Unidades Gestoras (UG) integrantes do sistema, que registram os documentos e efetuam consultas. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio da Coordenação Geral de Sistemas de Informática (CGSI), é a responsável pelo desenvolvimento, operação e manutenção do SIAFI. Possui os módulos Operacional, Educacional e Gerencial. b. SISG - Sistema de Serviços Gerais - integrado pelos órgãos e pelas entidades da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, é o sistema que organiza a gestão das atividades de serviços gerais, compreendendo licitações, contratações, transportes, comunicações administrativas, documentação e administração de edifícios públicos e de imóveis. No âmbito do SISG, são estabelecidas diretrizes, normas e atividades operacionais que são comuns a todos os órgãos e entidades que o integram, visando a melhor coordenação e eficiência das atividades de apoio administrativo no Governo Federal. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) é o órgão central do SISG, exercendo essa competência por intermédio da Secretaria de Logística Tecnologia da Informação (SLTI). c. SIASG - Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) - é o sistema informatizado de apoio às atividades operacionais no âmbito do SISG, sendo uma ferramenta de modernização na Administração Federal, em especial, nas atividades de cadastramento de fornecedores, catálogo de materiais e serviços e registro de preços de bens e serviços. O SIASG está ramificado pelos órgãos e pelas entidades integrantes do SISG, por meio de terminais informatizados. O SIASG tem a missão de integrar os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, em todos os níveis, sendo que o MPOG é o órgão central normativo. Possui os módulos de produção e treinamento (Treino-SIASG), sendo desprovido de senha e cujo acesso se dá por meio da Rede SERPRO. 2. Módulos do SIAFI/SIASG SISTEMA SIAFI COMUNICA CONFOP PROTOCOLO CONTÁBIL CONEXEC PAGAMENTO CAIXA EXTRATOR CONFDOC EXECUTOR CONFCONT CONFLUXO MUDAUG DÍVIDA SISTEMA SIASG CADASTRO RESP-UASG COMPRAS SUPRIDO IRP FINANCEIRO PASSAGEM PREGÃO NOVOSICAF1 DIVULGA 1 CONTRATO COMUNICA HOMPREGÃO NOVOSICAF2 DIVULGA 2 FISCAL CON-GERAL CONVENIO PRESIDENTE CRONOGRAMA Cada módulo citado acima é composto de perfil9 e transações10. 9 Conjunto de transações/opções colocadas à disposição do operador para a realização de suas atividades. 10 Unidade de operação do SIAFI/SIASG que corresponde à determinada atividade de entrada ou consulta aos dados nos sistema.

11 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 11 A relação dos perfis com as respectivas transações integrantes de cada subsistema, bem como os conceitos, o acesso de usuários, a reativação de senha, o perfil, entre outras ações, estão condensadas na Cartilha Senhas elaborada por esta Inspetoria e disponível na página eletrônica ( 3. Senha de Acesso ao Sistema REDE/SIAFI Desde 2007, as senhas de acesso aos sistemas da Rede SERPRO são remetidas por contas eletrônicas específicas de cada UG e em arquivos criptografados, devendo ser acessada somente pelo usuário habilitado da UG (conformador de operadores titular e/ou o seu substituto), que é o responsável pela entrega da(s) senha(s) ao(s) usuário(s), bem como demais procedimentos relacionados, como informar o recebimento da senha, expedir os formulários, controlar o registro de entrega da senha, controlar o arquivo de documentos, entre outros. Sobre o presente assunto é salutar relembrar sobre as recomendações constantes da Msg nº SATT - CIRCULAR - 5 ª ICFEx (2008/ ), de 26 MAR 08, onde são destacados alguns procedimentos, que permanecem em vigor: (...) 2. COMO E DE CONHECIMENTO, ESTA INSPETORIA E O ORGAO DE CADASTRO REGIONAL DOS SISTEMAS ACIMA CITADOS, PORTANTO, E RESPONSAVEL PELO CADASTRAMENTO/INCLUSAO/CONTROLE DE USUARIOS DAS UG VINCULADAS NOS MESMOS. 3. CONFORME PUBLICADO NO BOLETIM INFORMATIVO NR (OF NR 108SATT-CIRCULAR, DE 29 NOV 07 - UG SEDE), E POSTERIORMENTE, ESTENDIDOS AS UG FORA DE SEDE (OF 118 A 141-SATT, DE 20 DEZ 07), FORAM IMPLANTADOS NOVOS PROCEDIMENTOS NA SISTEMATICA DE TRAMITACAO DE SENHAS E DOCUMENTOS CORRELATOS SOBRE OS JA MENCIONADOS SISTEMAS. ASSIM SENDO, FORAM DEFINIDOS ALGUNS ENCARGOS SOB RESPONSABILIDADE DO USUARIO DA UG COM O PERFIL CONFOP CONFORMIDADE DE OPERADORES (TITULAR E SUBSTITUTO). (...) 7. DIANTE DO EXPOSTO E COM O FOCO DE SEMPRE ATENDER DE FORMA EFICAZ E SATISFATORIA AS UG VINCULADAS, SOLICITO A V SA DIFUNDIR NO AMBITO DA UG, QUE LIGACOES TELEFONICAS PARA ESTA ICFEX, A FIM DE TRATAR DO ASSUNTO EM COMENTO, A PARTIR DESTA DATA, DEVERAO, OBRIGATORIAMENTE, SER REALIZADAS PELO USUARIO COM O PERFIL CONFOP (TITULAR OU SUBSTITUTO). 8. NA OPORTUNIDADE, EM QUE PESE AS INUMERAS OBSERVACOES/RECOMENDACOES/SOLICITACOES PRETERITAS DESTA ICFEX, UTILIZANDO-SE DOS VARIADOS MEIOS DE COMUNICACAO (BOLETINS INFORMATIVOS, OFICIOS, MENSAGENS SIAFI, ETC), HA UM NUMERO EXCESSIVO DE PEDIDOS DE REATIVACAO DE USUARIOS NOS ALUDIDOS SISTEMAS, QUE QUASE NA TOTALIDADE, E DECORRENTE DE USO INDEVIDO DA SENHA PELO USUARIO OU FALTA DE ACESSO DO MESMO DENTRO DO PRAZO DE SEGURANCA DO SISTEMA, ASSIM RESUMIDO: SISTEMA SENHA-REDE SIAFI SITUAÇÃO DO USUÁRIO MOTIVO USUÁRIO BLOQUEADO USO INCORRETO DE SENHA USUÁRIO INATIVO 35 DIAS SEM ACESSO USUÁRIO BLOQUEADO USO INCORRETO DE SENHA USUÁRIO INIBIDO 90 DIAS SEM ACESSO

12 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl PORTANTO, MAIS UMA VEZ, RENOVO SOLICITACAO NO SENTIDO DESSE COMANDO/CHEFIA/DIRECAO ENVIDAR ESFORCO DO USO RACIONAL DO SISTEMA, FISCALIZANDO OS USUARIOS CADASTRADOS NA REDE SERPRO, EM PARTICULAR, SENHA REDE/SIASG E SIAFI, QUE NAO FIQUEM MAIS DE 30 (TRINTA) DIAS SEM ACESSAR AO SISTEMA (SENHA REDE), BEM COMO TENHAM MAIS ATENCAO A SENHA DE ACESSO, EVITANDO "QUEIMAR" A(S) MESMA(S). AINDA, QUE OS USUARIOS DA UG SEJAM DEVIDAMENTE ORIENTADOS PELO USUARIO CONFOP, SUGERINDO, QUE O ASSUNTO SEJA APRECIADO NO SIMPOSIO DE ADMINISTRACAO DA UG OU OUTRA FORMA DE DIFUSAO DE PROCEDIMENTOS E CUIDADOS NO USO DA(S) SENHA(S). Observações: - Pedido de reativação de senha de usuário(s) no sistema SERPRO, deve conter o NOME COMPLETO do Usuário e o número do CPF, sob pena de não ser efetivada a reativação. - Pedido de inclusão do perfil PREGÃO deverá vir acompanhado da cópia da folha do BI que publicou a nomeação do(s) pregoeiro(s). - Sobre a conformidade de operadores no Sistema da Rede SERPRO (SIASG/SIAFI), consultar o capítulo Conformidades. - A Msg SIASG DLSG-SIASG, de 01 Set 10, publicada no BINFO 09/2010, apresenta as regras adotadas para a definição das senhas, no intuito de cumprir o item do Acórdão n 377/2010 do Plenário do TCU. Tais regras visam aumentar as medidas de segurança, conforme pode ser observado a seguir: SENHORES USUARIOS., EM CUMPRIMENTO AO ITEM DO ACORDAO N 377/2010 DO PLENARIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO, QUE DETERMINA A UTILIZACAO DE BOAS PRATICAS DE SEGURANCA NA FORMACAO DE SENHAS, O SERPRO ADOTA NOVAS REGRAS NA DEFINICAO DE SENHA PARA OS SISTEMAS QUE UTILIZAM O SENHA-REDE. ( ) NA FORMACAO DE NOVA SENHA, NAO SERA PERMITIDO UTILIZAR OS FORMATOS DE SENHA ABAIXO: 1- DATAS DE ANIVERSARIO, CASAMENTO, NASCIMENTO E OUTRAS:; ; 2- NUMERO DE TELEFONE: ; 3- CARACTERES IDENTICOS: AAA97BVTC OU XBUFE22222; 4- SENHAS CONSECUTIVAS: MCPSRV06, MCPSRV07, MCPSRV08; 5- SOMENTE CARACTERES NUMERICOS: ; 6- SOMENTE CARACTERES ALFABETICOS: MPCXZTRVS; 7- SENHAS COM SEGUENCIA DO TECLADO: ASDFGH, POIUYT, CLKJHG; 8- SENHA INVERTIDA: CHAVE EVAHC; 9- PARTES DO NOME: MAR13579 (MARCOS), IR97531 (PEREIRA); 10- FORMATO DATA: RSCGUJUN10, PKBFEMAI2010; 11- A PALAVRA NOVA : NOVA13579; 12- MENOS DE 6 CARACTERES ALFANUMERICOS: 08MB6; 13- MAIS DE 12 CARACTERES ALFANUMERICOS: UGV2; 14- SENHA IGUAL A UMA DAS TRES ULTIMAS SENHAS JA UTILIZADAS. ASSIM SENDO INFORMAMOS QUE O SIASG E UM DOS SISTEMA QUE UTILIZAM DO SENHA REDE, PORTANTO SEGUIRA AS REGRAS ACIMAS DEFINIDAS.

13 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 13 ATENCIOSAMENTE DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS 4. SIGA O Sistema de Informações Gerenciais e Acompanhamento Orçamentário foi desenvolvido, inicialmente, para atender às demandas da Diretoria de Gestão Orçamentária da Secretaria da Economia e Finanças (DGO/SEF), com a finalidade de racionalizar e otimizar a gestão dos recursos da Unidade Orçamentária Fundo do Exército, aprimorando os processos utilizados no Sistema de Economia e Finanças. O SIGA é composto por dez módulos: Segurança; Planejamento do Estado-Maior do Exército; Ação 2000/PAA (Cadastros Básicos, Contratos e Concessionárias); Sistemas de Custos; sendo os demais módulos ligados à gestão da Unidade Orçamentária Fundo Exército (Receita, Orçamento, Crédito, Danos ao Erário, Aplicação Financeira e o de Movimentação Financeira). Alguns ainda não estão disponíveis. O módulo de segurança é utilizado pelas ICFEx para administrá-lo, em particular, para a realização do cadastro, inclusão, alteração e exclusão dos usuários das UG. Por intermédio desse módulo, também serão definidos os perfis e níveis de acesso ao Sistema. O Sistema é fiscalizado também pela ICFEx, utilizando-se dos relatórios disponíveis. A Msg SIAFI DGO, de 09 Maio 08, que retransmitiu a Msg , de 17 Abr 08, contém orientações sobre a utilização do módulo Receita. Ao referenciar a Msg 2007/ dirigidas às UG, aquela Diretoria determinou que todas as receitas fossem cadastradas nesse modulo e que somente seriam atendidas solicitações de credito nas fontes pares (recursos próprios das UG) quando a respectiva receita estivesse vinculada a um contrato cadastrado no referido sistema. Para verificar o fiel cumprimento da determinação acima, esta Inspetoria utiliza os relatórios disponíveis no módulo Receita (relatório de controle de recolhimento; relatório previsto x realizado detalhado e relatório previsto x realizado resumido), a fim de confirmar se toda a arrecadação da UG está associada a uma receita prevista nesse módulo. Alternativamente, poderá se comparar os contratos cadastrados pela UG no módulo Receita, com o arquivo de contratos existentes na UG por ocasião das Visitas de Auditoria. A prática acima viabiliza a efetiva execução do art. 26, da Portaria n 11-SEF, de 28 jul 11, que assim dispõe: a fiscalização do cumprimento das presentes normas devera ser realizada pelas Inspetorias de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx), em particular no que se referir a contabilização entre os valores lançados no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e no SIGA com os estabelecidos nos respectivos contratos, bem como os valores devidos a própria UG, aos OG e ao FEx, conforme o caso. Desta forma, recomenda-se manter atualizados e, ainda, realizar o cadastramento de todos os contratos de receita no Sistema SIGA.

14 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 14 Lembretes: - eventuais correções de cadastros validados indevidamente devem ser solicitadas ao Fundo do Exército (167086), que realizará a mudança do status dos contratos de validado para pendente. Após a mudança do status, a UG deverá providenciar as correções e validar novamente o contrato; - a responsabilidade pelo pleno funcionamento e implantação tempestiva do módulo de Receita é de responsabilidade do OD; - o resgate de numerário deve ser solicitado no módulo Aplicação Financeira. - as receitas geradas por contratos (permissão de uso, cessão de uso), bem como aquelas não contratuais (locações esporádicas, receitas de PNR) deverão ser cadastradas no módulo de Receita do SIGA, conforme Msg 2007/ DGO, de 08/05/07. - os pedidos de cadastramento (inclusão) de usuários no SIGA devem ser efetuados por mensagem SIAFI com TODOS os dados a seguir, conforme orientação da Msg SIAFI nº 512-SATT5ª ICFEx CIRCULAR, de 20 Dez 06 (2006/ ): CODOM; função do usuário a ser cadastrado no sistema; posto ou graduação; nome completo e nome de guerra; função desempenhada na UG; CPF e Identidade/órgão expedidor; PREC-CP; nome dos pais; data de nascimento; telefone para contato, com DDD; e conta de particular. - os pedidos de reativação de senha de usuário(s) também devem ser efetuados por intermédio de mensagem SIAFI. No entanto, nesse caso, a mensagem será mais simples e deve conter: - nome completo do usuário; - CPF; e - conta de . O Manual do Usuário SIGA poderá ser obtido nos seguintes endereços: - ou - ou - Sobre a conformidade de operadores no Sistema SIGA, consultar o capítulo conformidades. 5. SISCUSTOS Sistema Gerencial de Custos do Exército Brasileiro. Diferentemente do setor privado, o setor público não acumula maiores experiências com sistemas que objetivem a aferição de seus custos. O administrador público apenas está habituado a lidar com os conceitos de dotação e de despesa orçamentárias. Além disso, no setor público, ainda não existe uma cultura corporativa direcionada para a aferição de custos, inclusive nas Forças Armadas.

15 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 15 O aperfeiçoamento gerencial das organizações tornou-se uma exigência, principalmente no atual cenário, onde os recursos financeiros são cada vez mais escassos, fator que tem levado o Exército Brasileiro a adotar posturas compatíveis para fazer frente a esse desafio. Atualmente, novos instrumentos de gestão têm sido incorporados às organizações públicas, a fim de dotar seus administradores de maior capacidade gerencial, o que implicou na necessidade de o Exército, acompanhando a modernidade, implementar novas filosofias gerenciais que propiciassem a melhoria de sua própria gestão. A Secretaria de Economia e Finanças (SEF), por intermédio da Diretoria de Contabilidade (D Cont), desenvolveu um Sistema Gerencial de Custos para o Exército (SISCUSTOS), que se constitui em ferramenta primordial para a melhoria do desempenho organizacional da Instituição. O SISCUSTOS é uma ferramenta voltada para aperfeiçoar a capacidade gerencial da Instituição, com reflexos diretos na melhoria da operacionalidade da Força. Seu enfoque, predominantemente gerencial, visa a identificar as atividades que consomem recursos e que resultam na consecução de um produto ou de um serviço. Uma das diretrizes para a modelagem do Sistema foi a adoção de um método de custeio que possibilitasse a apuração e o controle dos custos das organizações em função das atividades que elas executam, sejam elas meio ou fim. O mapeamento, seguido da aferição dos custos das atividades das Organizações Militares do Exército, identificará aquelas que agregam ou não agregam valor aos bens e serviços produzidos. O Sistema toma por base o custeio das atividades administrativas, mais conhecido por método ABC ( Activity Based Costing ), sobre o qual serão aplicados conceitos peculiares à Instituição, e tem como fonte de dados as listas das atividades das organizações, os direcionadores de atividades, os objetos de custo e informações extraídas de sistemas corporativos em uso no Exército, tais como o Sistema Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), o Sistema de Controle Físico (SISCOFIS) que é um módulo do Sistema de Material do Exército (SIMATEX), o Sistema Automático de Pagamento de Pessoal (SIAPPES) e o Sistema de Retribuição no Exterior (SRE). Informações sobre o SISCUSTOS estão disponíveis em opção Gestão de Custos, onde é possível acessar: - Manual do SISCUSTOS; - Fórum de Discussão, cujo objetivo é estabelecer um canal direto de comunicação entre a Diretoria e as OM; - Documentos Importantes, onde constam diversas orientações sobre o sistema; - Notícias Recentes ; e - Relatórios de Implantação, atualmente disponibilizados apenas para a Inspetoria. Na oportunidade, cabe recordar que cada OM deve ter nomeado, no mínimo, um Gerente de Custos (Fiscal Administrativo) e um Operador de Custos do referido sistema. Os relatórios do SISCUSTOS são emitidos por intermédio de um programa próprio, o FLEXVISION, que pode ser acessado pelo gerente de custos, com senha específica. Sobre procedimentos e operação no SISCUSTOS, consultar o capítulo Aspectos Contábeis/Financeiros.

16 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 16 Importante: Uma boa forma de a UG manter o SISCUSTOS em dia é acompanhar o Relatório de Análise da OM (RAOM) emitido mensalmente pelas ICFEx. Esse relatório encontra-se disponível no próprio ambiente do SISCUSTOS. 6. SIAPPES-SIPPES Atualmente o SIAPPES (Sistema Automático de Pagamento de Pessoal) é o sistema que paga o efetivo do Exército Brasileiro. Este sistema é feito em linguagem antiga e com diversas limitações tecnológicas. A necessidade de alinhar o sistema a estrutura jurídica, no que diz respeito à segregação de funções, em que o militar que implanta o dado não é o mesmo que paga, somado à demanda de incorporar: implantação facilitada de alterações no pagamento, sistema de auditoria, pagamento de benefícios diários e incorporar o sistemas de consignações, provocou a necessidade de atualização do sistema. O projeto SIPPES (Sistema de Pagamento de Pessoal) teve início em 2003, em sua fase de planejamento, e em 2005 houve a contratação de um consórcio para sua construção. Características do SIPPES: É a segunda folha de pagamento do Governo Federal, pagando um efetivo de cerca de pessoas entre militares da ativa, inativos e pensionistas e com 193 rubricas. Seu orçamento previsto para este ano supera os 20 bilhões de reais, o que representa cerca de 90% do orçamento do Exército. O sistema permitirá pagamentos diários como Auxílio-Funeral e diárias. Sua plataforma é web, ou seja, seus dados serão implantados por meio de navegadores pela internet, não haverá necessidade de instalar nenhum software em máquina local. Utilizará mecanismos de segurança complexos como a certificação digital, possuirá módulo de simulação de pagamento, módulo de controle e auditoria entre outros. O sistema será implantado com alguns subsistemas importantes como o de consignação. Ele permitirá que o usuário realize uma contratação de serviço bancário em que o banco poderá implantar os dados diretamente na folha, isso tudo com a segurança da certificação digital. O sistema é completamente interativo, além de possuir um robusto sistema de manuais e vídeo-aula que permitem manter o usuário ciente do uso das funcionalidades, mesmo com a rotatividade nas funções. Estará completamente integrado ao banco de dados corporativo (EBCORP), que é um banco que centraliza todos os dados de pessoal do Exército. O software foi construído o mais parametrizado possível, ou seja, qualquer alteração pode ser realizada sem que o código seja alterado, por exemplo: caso os valores do soldo sejam alterados, basta que um usuário autorizado entre no sistema e implante a alteração. O SIPPES é um sistema inovador. É o primeiro a implantar um processo de terceirização de construção de sistemas, gerando a garantia de recebermos um software de qualidade e que pode ser manutenido por outra empresa ou por integrantes do EB, conforme decisão do escalão competente, isto ocorre porque todas as informações e artefatos do sistema são minuciosamente conferidos, homologados segundo uma forte gerência de configuração. 7. SIAPE - Pagamento Pessoal Civil Orientações sobre o cadastramento de servidores, conforme documento abaixo transcrito:

17 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 17 (Msg CPEx, de 04 set 12) DO: SUBCHEFE DO CENTRO DE PAGAMENTO DO EXÉRCITO AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS MSG Nº 014-S3.D/CPEX, DE 04 DE SETEMBRO DE VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE ORIENTAÇÃO PARA O CADASTRO DE USUÁRIO E PROCEDIMENTOS NA UTILIZAÇÃO DO SIAPE (SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS). 2. SOBRE O ASSUNTO, INFORMO-VOS QUE NA SOLICITAÇÃO DO CADASTRO DE USUÁRIO DO SIAPE PELA UG, A FIM DE OBTER A SENHA DE ACESSO PARA A ATIVIDADE DE PAGAMENTO DO SERVIDOR CIVL ATIVO, INATIVO E PENSIONISTA VINCULADO AO COMANDO DO EXÉRCITO, ESTE CENTRO DE PAGAMENTO ORIENTA AOS ORDENADORES DE DESPESAS CONFORME ABAIXO: -REMETER O FORMULÁRIO DE HABILITAÇÃO EM SISTEMAS E O TERMO DE RESPONSABILIDADE ORIGINAIS E DEVIDAMENTE PREENCHIDOS ( FUNCIONAL OBRIGATÓRIO), CUJOS MODELOS E REGRAS DE ELABORAÇÃO ESTÃO DISPONÍVEIS NA INTRANET DO CPEX (OPÇÃO SERVIDOR CIVIL); -PERMANECER NO MÍNIMO COM 02 (DOIS) USUÁRIOS DE SENHA ATIVA, TENDO EM VISTA A OCORRÊNCIA DOS AFASTAMENTOS (FÉRIAS E LICENÇAS DIVERSAS); E -SOLICITAR O DESCADASTRAMENTO DE USUÁRIO POR MOTIVO DE SUBSTITUIÇÃO DE FUNÇÃO E/OU MOVIMENTAÇÃO, NO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS ÚTEIS IMPRETERIVELMENTE, A CONTAR DA PUBLICAÇÃO EM BOLETIM INTERNO DA UG. 3. INFORMO-VOS, AINDA, QUE NA SITUAÇÃO DO IMPEDIMENTO DE UTILIZAÇÃO DA SENHA SIAPE, MUDANÇA DE HABILITAÇÃO OU PEDIDO DE SUPORTE TÉCNICO PELA UG, DEVEM SER ADOTADOS OS PROCEDIMENTOS A SEGUIR: - SOLICITAR A REATIVAÇÃO DA SENHA QUANDO A MESMA APRESENTAR INATIVIDADE, BLOQUEIO E REVOGAÇÃO, SENDO QUE NESTES CASOS É DISPENSÁVEL O ENVIO DA DOCUMENTAÇÃO CITADA NO 2º PARÁGRAFO; - OCORRER A REVOGAÇÃO DA SENHA NÃO HÁ NECESSIDADE DE ALTERAÇÃO DA MESMA, POIS A UG SOLICITA A REATIVAÇÃO E ESTE CENTRO DE PAGAMENTO INFORMARÁ AO USUÁRIO O RETORNO DO ACESSO NO FUNCIOMAL CADASTRADO NO CITADO FORMULÁRIO, SENDO QUE O SIAPE IMPÕE O PRAZO MÁXIMO DE ATÉ 48 (QUARENTA E OITO)HORAS PARA O INTERESSADO EFETUAR O LOGIN; E -MODIFICAR A HABILITAÇÃO DO USUÁRIO É IMPRESCINDÍVEL QUE A UG INFORME O NOME DA TRANSAÇÃO INTERESSADA, DE ACORDO COM A NOTA INFORMATIVA Nº1 DA PÁGINA DO SERVIDOR CIVIL CONSTANTE NA INTRANET DO CPEX; E -DESCREVER O PROBLEMA TÉCNICO APRESENTADO NO ACESSO PARA ENCAMINHAMENTO DA OCORRÊNCIA AO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. 4. DO EXPOSTO, INFORMO-VOS QUE AS SITUAÇÕES SUPRAMENCIONADAS SERÃO ATENDIDAS POR ESTE CENTRO DE PAGAMENTO, A PARTIR DE 1º DE OUTUBRO DE 2012, SOMENTE POR DIEX ASSINADO PELO ORDENADOR DE DESPESAS OU SUBSTITUTO DESSA UG. 5. OUTROSSIM, INFORMO-VOS QUE É INDISPENSÁVEL O CUIDADO DO USUÁRIO COM A SENHA SIAPE, EM VIRTUDE DA EVENTUALIDADE DE BLOQUEIO, REVOGAÇÃO E INATIVAÇÃO PELA INOBSERVÂNCIA DOS PRECEITOS CONTIDOS NA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 11 DE JULHO DE 2006, DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, SALVO A EXCEPCIONALIDADE DE ERRO DO REFERIDO SISTEMA.

18 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 18 CPEX - NO CAMINHO DA EXCELÊNCIA NO PAGAMENTO DO PESSOAL BRASÍLIA-DF, 04 DE SETEMBRO DE CESAR ALEX BARROS TORRES - CEL ORDENADOR DE DESPESAS DO CENTRO DE PAGAMENTO DO EXÉRCITO Especificamente sobre a exclusão no sistema SIAPE, recomenda-se que sejam observadas as orientações da Msg CPEx, de 08 MAIO CICS ON-LINE - CITEx/CPEx Banco de Dados gerenciado pelo Centro Integrado de Telemática do Exército CITEx- e pelo CPEx para transmissão de arquivos de pagamento de pessoal da UG. Por medida de segurança e orientação do CPEx, o CITEx só tem realizado o cadastramento do OD da UG. A senha do OD é intransferível. Por ocasião da passagem de Comando/Direção/Chefia, destaca-se a necessidade de que seja solicitado a esta ICFEx, mediante DIEx, o cadastramento do OD no citado Sistema. Para tanto, deverá ser encaminhado o Formulário 1-Cadastro de Acesso de Operador, referente à inclusão e, também, à exclusão dos usuários substituto e substituído, respectivamente. O modelo de formulário se encontra disponível na página eletrônica desta Setorial Contábil. De acordo com o constante no Anexo A do B Info , a SEF, referente à consulta desta Inspetoria (Ofício nº SATT, de 25 Maio 09), o CPEx autorizou o cadastramento de mais de um usuário no sistema CICS ON-LINE, além do Ordenador de Despesa da UG (Oficio n 018Gestor/CPEx/SEF, de 24 Jun 09). Diante deste permissivo, as UG que julgarem necessário realizar o cadastro de outro usuário no citado sistema, além do OD, deverá remeter a esta ICFEx, via DIEx, o formulário de inclusão. Destaca-se que esse usuário terá acesso apenas à consultas ao sistema, pois, permanece a competência exclusiva do Ordenador de Despesa de transmitir os arquivos de pagamento da UG. 9. Intranet - CPEx O acesso a área exclusiva da UA na Intranet do CPEx (cpex-intranet.eb.mil.br) permite, dentre outros recursos, acesso a informações não ostensivas daquele Centro, relacionadas a atividade de pagamento. O acesso se dá por senha de operadores previamente cadastrados pelo Ordenador de Despesa, inclusive nos casos de operadores de OM vinculada. Importante consultar a NI nº 336/CPEx, de 14 Set 07 que também contém orientações sobre cadastramento de OD substituto. Também deve ser consultado o Of nº 653-S/5-Ch CPEx, de 12 Ago 04, onde constam orientações sobre pedidos de senha e a quantidade de operadores que poderão ser cadastrados, conforme o tipo de Órgão Pagador (OP Ativa/OP Ativa + Inat/Pensionistas e SIP). 10. SIPEO

19 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 19 Sistema de Planejamento e Execução Orçamentária do DGP, cuja a finalidade, dentre outras, é a de executar procedimentos para elaboração e execução referente à Movimentação de Pessoal, conforme regulado pela Msg DGP, de 19/01/09. O Sistema NÃO é gerenciado pela ICFEx. A OM com autonomia administrativa deverá possuir operador cadastrado no sistema, conforme modelo de formulário encontrado no endereço eletrônico Outras informações consultar o documento acima citado, publicado no B Info 01/2009, desta Inspetoria. 11. SISPATR Sistema Gerencial de Acompanhamento e Controle de Patrimônio do Exército Brasileiro é uma ferramenta de controle patrimonial desenvolvida pela Diretoria de Contabilidade (vide Msg D Cont, de 14 Set 09) com o objetivo de permitir às UG e aos Órgãos do Controle Interno da Força gerenciar a execução patrimonial, possibilitando aos Escalões Superiores obter informações efetivas sob o controle dos bens patrimoniais, identificando a compatibilidade de saldos e sua variação contábil constantes nos Relatórios de Movimentação de Almoxarifado (RMA) e dos Relatórios de Movimentação de Bens Móveis (RMBM), ambos gerados pelo SISCOFIS, um dos módulos do Sistema de Material do Exército (SIMATEx). Trata-se de um sistema que consulta os saldos contábeis disponíveis no SIAFI e SISCOFIS. Portanto, o SISPATR não possui banco de dados, ou seja, a cada consulta ele apenas espelha os dados do SIAFI e SISCOFIS, sem armazenar essas informações, o que implica afirmar que a cada novo acesso, pode-se ter informações diferentes e na hipótese de o SIAFI ou o SISCOFIS estar "fora do ar", o sistema demonstra saldo zero para aquelas informações inoperantes naquele momento11. O sistema possui ambiente próprio, acessado via intranet, por meio da página da D Cont, não havendo necessidade de instalar qualquer software no equipamento do usuário. Também é disponibilizado um manual com as informações necessárias ( assim como um link (SISPATR) de acesso ao sistema. A UG deve indicar/manter dois militares (nome completo, CPF e conta de particular) para serem cadastrados no aludido sistema, preferencialmente, Fiscal Administrativo e um auxiliar SISCONSIG Sistema informatizado desenvolvido pela SG5/SEF e pelo CPEx, para gerenciar, em tempo real, as consignações em folha de pagamento dos descontos autorizados dos militares e pensionistas vinculados ao Comando do Exército, efetuados pelas Entidades Consignatárias (EC) credenciadas pelo Centro de Pagamento do Exército (CPEx). O manual do SISCONSIG está disponível na intranet do CPEx. Todo OD deve ter acesso ao SISCONSIG e acessá-lo, no mínimo, a cada 45 dias. O OD é responsável por cadastrar o seu substituto, por ocasião de férias ou passagem de comando/função. O OD também é responsável pela concessão/restrição de acesso dos militares de sua OM Vide Msg SIAFI nº DCont, de 21 dez 11, sobre acompanhamento da contabilidade patrimonial. 12 Vide Msg SIAFI nº 111 SATT / CIRCULAR, de 11 Mar 10 (2010/ ) 13 Esta ICFEx, referenciando o DIEx 103-S/6.5/Gab CPEx (Circular), de 20 abr 12, publicado em anexo ao B Info 4/2012, orientou as UG a providenciarem o cadastro do atual OD e/ou exclusão de OD anteriormente cadastrado. O Manual do SISCONSIG contém as orientações necessárias. Observar a rotina para exclusão de usuários antigos constante da pág 16 e seguintes. Em caso de dificuldade, fazer contato diretamente com o CITEx, conforme discriminado no próprio

20 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 20 Recomenda-se que na passagem de função (especialmente na passagem de Comando), seja incluída a disponibilização do acesso ao SISCONSIG ao novo OD, bem como a impressão do relatório da ciência de todos os militares da OM que tem acesso ao aludido sistema. Tal sistema é dotado de medidas preventivas de segurança. Todos os OD/Ch SPP/Aux SPP devem, obrigatoriamente, possuir CERTIFICAÇÃO DIGITAL (A3 ou A4) para ter acesso ao SISCONSIG (semelhante ao disponibilizado pelo SERPRO para os pregoeiros). A Certificação Digital é um tipo de tecnologia de identificação que permite que transações eletrônicas dos mais diversos tipos sejam feitas com integridade, autenticidade e confidencialidade, de forma a evitar adulterações, interceptações ou outros tipos de fraude. O Certificado Digital (espécie de e-cpf) é individual, não pode ser repassado de uma pessoa para outra e cada um deve possuir o seu. Várias são as autoridades certificadoras (SERPRO, CERTSIGN, CORREIOS etc). Ponto que merece destaque é que a Certificação Digital impede a negativa de autoria, em outras palavras, conclui-se que os responsáveis não devem emprestar seus tokens. As mensagens SIAFI 2009/ , de 26 out 09 e 2010/ , de 25 jan 10, tornaram a Certificação Digital OBRIGATÓRIA, desde 01 mar 10. Por fim, recomenda-se a leitura da NI 341-CPEx, de 2008, disponível no site daquele Centro. Para outros tópicos, consultar o Capítulo Pessoal/Pagamento. manual.

21 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 21 V - CONSULTAS AO SISTEMA SEF As consultas14 sobre assuntos da área orçamentária-financeira, patrimonial e pessoal devem ser endereçadas à ICFEx, como está previsto na Portaria n 004-SEF, de 06 nov 02. No entanto, visando a não sobrecarregar o Sistema, recomenda-se que, antes de encaminhar consulta a esta Inspetoria, a UG realize alguns passos: 1. Fazer um exame detalhado do assunto, para verificar se é da de área de competência da SEF/ICFEx; 2. Pesquisar o assunto no site da Assessoria Jurídica da SEF, para verificar se não se trata de caso já orientado no âmbito da Força ( 3. Pesquisar, também, no site da Assessoria Técnico-Normativa ( e da SEF: 14 Orientação ratificada pelos Of n 031 Asse Jur (A1/SEF), de 11 FEV 08 e Msg SIAFI nº , de 01 FEV 10, do CPEx (B Info 02/2010).

22 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 22 Após esses passos, caso ainda persista a dúvida, fazer a consulta conforme previsto na Portaria nº 004-SEF/2002, especialmente aquelas referentes a área de pessoal (geração de direitos). Para tanto, a UG deverá realizá-la nos moldes determinados no Of nº 72 A/2 CIRCULAR, de 30 ago 10, publicado no B Info , ou seja, sob a forma de documento denominado MEMÓRIA. Na próxima pagina é apresentado um modelo do citado documento, que deve conter os seguintes tópicos/títulos: MEMÓRIA: 1. ASSUNTO; 2. ORIGEM; 3. PROBLEMA; 4. DADOS DISPONÍVEIS; 5. APRECIAÇÃO; 6. LEGISLAÇÃO PERTINENTE e 7. PROPOSTA (ou PARECER), além da DECISÃO ou DESPACHO. Nada muito diferente do previsto na Portaria nº 004-SEF/2002, que define que a consulta deve conter informações do assunto, a legislação pertinente, o estudo comparativo das razões favoráveis à tese da Consulta e/ou dos motivos que lhes são contrários e o entendimento da questão em estudo, pela UG. Por meio do B Info 02/2010, renovou-se a necessidade de a UG se manifestar sobre o assunto, emitindo o seu entendimento, pois, na hipótese de esta ICFEx não ter condições de responder a consulta formulada, a consulta será encaminhada à SEF, juntamente com o estudo desta Inspetoria. Consultas sobre Ajuda de Custo e Transporte não devem ser enviadas para a ICFEx. Devem ser submetidas às Regiões Militares, conforme DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF - CIRCULAR, de 1º ago 12, em razão da competência do Departamento-Geral do Pessoal para a análise das controvérsias acerca das verbas em epígrafe (ex vi da Portaria nº 172-DGP, de 04 ago 06). Especificamente sobre assuntos técnicos-normativos é importante reforçar a recomendação da Msg SIAFI SEF, de 30 MAR 10 sobre a necessidade de as UG consultarem a página da Assessoria 2-SEF na intranet, onde estão disponibilizados Mapas Mentais, Conceituais e Esboços sobre Assuntos Técnico-Normativos, os quais constituem um instrumento de aprendizagem, memorização, organização e síntese de informações, sobre diversos assuntos como: Conformidade dos Registros de Gestão, Fiscal de Contrato, Rol dos Responsáveis, Suprimento de Fundos, Despesas com OCS/PSA, Apuração de Indícios de Irregularidade Administrativas, Controles Internos Administrativos, Nota Fiscal Eletrônica, entre outros. Cabe salientar que as consultas versando sobre assuntos de natureza contábil devem conter: - descrição completa do assunto, ainda que ja houver sido relatado anteriormente por telefone; - análises efetuadas no âmbito da UG; - identificação da UG (160XXX ou 167XXX), citando as contas -contábeis, contas-correntes, número dos documentos envolvidos, se foi utilizado o novo CPR além de outras informações úteis para a solução do problema; - fundamentação/amparo legal, se for o caso; e - propostas para solução, se for o caso. É vedado encaminhar consulta diretamente à SEF!!!

23 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 23 Modelo de Documento - MEMÓRIA Símbolo da OM MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO OM expedidora Memória para Decisão No XXXX Seção Data: dd/mm/aa 1 ASSUNTO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 2. REFERÊNCIA: a. Port no xxxxxxxx 3. ANEXO: PROJETO DE LEI No XXXXXXX 4. ELEMENTOS DE APOIO À DECISÃO: a. A Base... b. c. 5. PARECER DA SEÇÃO a. Parecer favorável ( desfavorável ). b. 6. DECISÃO DO CMT/CH /DIR Posto Nome do Cmt/Ch/Dir Cmt/Ch/Dir da OM 1o o assunto a ser tratado; 2o campo a legislação pertinente que trata do tema estudado; 3o campo destinado para os anexos (se for o caso). São os documentos diversos, disponíveis para melhor compreensão do tema; 4o campo a linha do tempo, abordando os fatos e atos de forma objetiva; 5o campo o parecer de quem estudou o tema, apresentando as possíveis repercussões e as justificativas; e 6o campo a decisão da autoridade com recomendações (se for o caso).

24 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 24 VI - IRREGULARIDADES E IMPROPRIEDADES ADMINISTRATIVAS Um dos objetivos deste capítulo é evitar que os gestores pratiquem atos em desacordo com a legislação que possam ser caracterizados como impropriedade e/ou irregularidade administrativa. Assim, serão apresentadas, a seguir, algumas situações/fatos que exemplificam a diferenciação desses conceitos. A IRREGULARIDADE Administrativa é a falha caracterizada pela não observância aos princípios da legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade, constatando-se a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável ao Erário. Já, a IMPROPRIEDADE é a falha de natureza formal que não resulta em dano ao Erário, porém evidencia a não observância aos princípios da legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade 15. Irregularidades/Impropriedades mais frequentes 1. Pessoal/Pagamento - deficiência no controle da apresentação anual de Inativos e Pensionistas, deixando de suspender o pagamento daqueles que não se apresentam à SIP/OP, ao qual estão vinculados, dentro do prazo previsto na legislação (Cap VIII, da IR 30-29); - deficiência na implantação e no controle do pagamento de auxílio-transporte e/ou compensação orgânica, gerando pagamentos indevidos; - valores proporcionais de auxílio transporte (recebimento atrasado ou despesa anular) calculados indevidamente (não considerar os feriados nacionais e regionais e expedientes administrativos na realização de despesa anular de auxílio transporte); - atuação deficiente das equipes de exame de pagamento, que não identificam erros nos cálculos de pagamento de auxílio transporte e de assistência pré-escolar; - não observância da segregação de funções nas atividades geradoras de pagamento; - implantação indevida de pessoal/direitos/benefícios; - falta de publicação em BI da ordem para implantação de direitos/benefícios; - inclusão de adicional de férias no FAP, sem levar em consideração o plano de férias; - falta da conferência mensal do efetivo pago com o existente por meio dos relatórios disponibilizados pelo CPEx; - etapas de auxílio-alimentação sacadas a maior ou recolhidas do beneficiário; e - não excluir do sistema de pagamento os militares licenciados. 2. Contratações - falta e/ou falha no planejamento anual para contratação de bens/serviços; - não caracterização da emergência por ocasião das contratações realizadas por meio de dispensa de licitação amparada no art. 24, Inciso IV, da Lei nº 8.666/93; - realização de contratações com dispensa de licitação sem a devida justificativa, em desrespeito aos art. 26 e 38, inciso VI, da Lei 8.666/93; - compra direta e/ou realização de certames sem a prévia e ampla pesquisa de preços de mercado; - ausência de orçamento detalhado em planilhas nas contratações de obras e serviços; - pesquisa de preço sem identificação do responsável pela sua realização; - ausência de projeto básico da obra ou serviço a ser executado; 15 Conforme Portaria nº 018-Cmt Ex, de 17 jan 13, que aprovou o Manual de Auditoria (EB10-MT ),1ª Ed, 2013

25 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 25 - alterações nos projetos originais de execução de obras e serviços sem as devidas justificativas, tanto técnicas quanto quantitativas, conforme art. 65, inciso I, da Lei nº 8.666/93 e sem a formalização de termo aditivo; - descumprimento das normas e condições estabelecidas no instrumento convocatório, em particular, recebimento de material diferente do previsto; - não abertura de processo administrativo com a finalidade de apurar e sancionar, sfc, fornecedor que atrasa e/ou não entrega material/serviço; - inobservância do art. 23, 1º, da Lei nº 8.666/93 e Decisão nº 393/1994-Plenário, dentre outras inúmeras recomendações, quanto à obrigatoriedade de licitação por itens quando o objeto for de natureza divisível; - falta de registro de contratos no SICON e o consequente acompanhamento da execução no SIASG/SICON; - termos Aditivos de contratos sem parecer da assessoria jurídica (CJU/AGU); - falta de Termo de Contrato nos casos em que é obrigatório; - falta da nomeação e da atuação do fiscal de contrato; - falta de cláusulas de reajustes nos contratos de exploração econômica de bens; - inversão dos Estágios da Despesa com recebimento do bem/serviço sem empenho e/ou pagamento sem o recebimento do bem ou serviço; - falta de critério ou utilização indevida do SRP; - falta de planejamento conjunto de órgãos/unidades visando a aquisição de bens/serviços comuns; - realização de SRP com quantidades estimadas sem critério; - mistura de itens diversos (ramos de mercados empresariais distintos) em um mesmo pregão sem definir de forma clara no objeto do edital; - itens adjudicados com valores acima do preço de referência e sem a devida justificativa; - adesão à Ata de Registro de Preços de outros órgãos/unidades sem prévia pesquisa de mercado e/ou verificação da vantajosidade da aquisição/contratação; - desvio de finalidade na aplicação de recursos; - realizar aquisições dissociadas do objeto/finalidade do convênio/destaque, inclusive no que diz respeito a recebimentos de bens/serviços após prazo previsto no termo pactuado; e - aquisição de grandes quantidades de materiais com empenho ordinário, sem haver capacidade de estoque na UG. 3. Patrimônio - falta de compatibilização do patrimônio entre o SIAFI e o SISCOFIS; - divergências entre o saldo existente no SISCOFIS e o saldo físico; - divergências nas unidades de medida utilizadas nas entradas de materiais no SISCOFIS (mesma ficha com unidades de medidas distintas); - não comprovação da aplicação dos bens consumidos; - doações recebidas sem o devido registro no patrimônio; - não distinguir contratação de serviço de emprego de material; - não distinguir despesa de capital de despesa corrente; - falta de oportunidade nos lançamentos do SISCOFIS; e - descontrole de combustível e de gêneros alimentícios. 4. Contábil - obra concluída e que ainda permanece com saldo na conta contábil Obras em Andamento; - falta de registro da baixa de depreciação;

26 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 26 OM; - falta de atualização do SISCUSTOS e de preenchimento do RAOM - Relatório de Análise de - não realizar a unificação patrimonial até o final do mês; - CNPJ do favorecido da OB diferente do favorecido da Nota de Empenho (NE); - preenchimento da UG pagadora diferente da UG emitente do documento hábil por ocasião da liquidação; - aquisição de software em Naturezas de Despesas(ND) incorreta; - utilização de ND extintas; - deixar bens e materiais em trânsito por mais de 30 dias; - deixar de regularizar a conta de depósitos de terceiros por mais de 60 dias; - demora na regularização das Contas Contábeis Outros Consignatários, Recursos da GRU, GRU-Valores em Trânsito para Estorno e Ordens Bancárias Canceladas; e - saldos, no final do mês, nas contas Contas Contábeis Outros Consignatários, Recursos da GRU, GRU-Valores em Trânsito para Estorno e Ordens Bancárias Canceladas. 5. FUSEx - falta e/ou auditoria deficiente nas contas medicas (lisura); - negociações diretas com as OCS de valores referente a taxas de comercialização e aplicação de outras tabelas não constantes em contrato; - Guias de Encaminhamento já auditadas e sem detalhamento dos procedimentos que foram executados (diárias, taxas, medicamentos, materiais, OPME, entre outros); e - contratação de OCS não credenciada. 6. Dano ao Erário - Processo de Apuração - deixar de informar no RAAIIA a abertura de Inquérito Técnico, Sindicância, IPM e Processo Administrativo (PA), para apurar possíveis danos ao erário; - deixar de remeter à ICFEx o relatório e a solução dos procedimentos de apuração de dano ao erário após a sua conclusão, nas situações previstas no art 5º, inciso I da Portaria nº 008-SEF, de 23 dez 03, observadas as exceções do único do mesmo dispositivo; - soluções e relatórios com informações incompletas que não permitem análise (Sugere-se que sejam apresentados itens essenciais como: a qualificação dos responsáveis, a quantificação do dano, se foi assinado o Termo de Reconhecimento de Dívida, dentre outros tópicos pertinentes à solução do processo); - deixar de aplicar juros quando ocorre o parcelamento da dívida, na ausência de boa-fé; e - deixar de cobrar saldo residual decorrente de atualização de dívida. 7. Financeiro - falta de apropriação de receitas geradas na UG e/ou qualquer outro recurso; - comprovação inadequada de Suprimento de Fundos; - deixar de responder diligência ou descumprir prazos; e

27 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 27 VII - PESSOAL/PAGAMENTO 1. Orientações Gerais Aproximadamente 83%16 dos recursos repassados à Força são destinados para a atividade de Pagamento de Pessoal. Assim sendo, tal atividade deve ser merecedora de toda a atenção por parte da UG, em particular do Ordenador de Despesa. Neste sentido, serão apresentadas, a seguir, recomendações desta Inspetoria já publicadas em Boletins Informativos anteriores (com alterações para adequação à legislação atual): Oriento os Sr OD que mandem observar, fielmente, a execução das atividades de Exame de Pagamento de Pessoal (EPP), o qual se encontra regulado pela Portaria nº 008-SEF, de 06 Maio 08. O EPP, além de obrigatório, é um instrumento eficaz no controle e na fiscalização de tal atividade. Na oportunidade, recomendo observar o contido no Inc IX, Art 9º, da Portaria reguladora que impõe a obrigatoriedade de, pelo menos uma vez por ano, ser ministrado para os Quadros da UG/OP, instruções sobre o referido exame. Ainda, recomendo mandar observar: a. se o efetivo da OM corresponde ao efetivo pago (o Relatório Nominal PPF280X Relação de Contemplados deve ser confrontando com a Relação Nominal do Efetivo da Unidade). [Consultar letra e do item 6 da NI nº 001-CPEx, de 11 JUN 03]; b. se foi feita a exclusão do sistema de pagamento do efetivo variável no mês subsequente ao licenciamento e dos militares temporários licenciados no mês subsequente ao recebimento da compensação pecuniária; c. se, mensalmente, é realizado pelo Fiscal Administrativo e Cmt SU/Contingentes o EPP dos militares do EV, Oficiais/Praças em Situação Especial e Pessoal Civil contratado Temporariamente, confrontando a relação da fração com o pagamento processado; d. se a concessão do adicional de habilitação de 16%, a nível de especialização, foi concedido a militares, conforme os requisitos/exigências legais (consultar Parecer nº 031/AJ/SEF, de 12 Ago 05 e Parecer nº 054/AJ/SEF, de 27 Set 05, dentre outros); e. militares possuidores de Curso de Mestrado, para percepção do adicional de habilitação de 20%, observar o previsto no DIEx nº 123-Asse1/SSEF/SEF, de 05 Set 13, e Of nº 252 Asse Jur 09/A1/SEF, de 16 Jul 2009, (no tocante a necessidade de se demonstrar a conclusão exitosa do curso, o interesse da Administração, e a aplicabilidade de conhecimentos). f. se há militares recebendo Auxílio-Transporte (AT) indevidamente, ou seja, verificar se o endereço indicado na solicitação do benefício se encontra desatualizado ou não corresponde com a real situação (exemplo: militar efetivamente é laranjeira mas recebe o benefício como se fizesse o trajeto residência-quartel diariamente). Cabe recordar que o AT foi criado para subsidiar o deslocamento, em transporte coletivo, no trajeto residência-local de trabalho-residência, de acordo com a Portaria nº 098DGP, de 31 Out 01 e Portaria nº 269, de 11 Dez 07; g. se estão sendo realizadas as despesas a anular (DA) do AT no mês subsequente, em decorrência dos dias não trabalhados (férias, acampamentos, baixa hospitalar, serviço etc). As SU, mensalmente, devem encaminhar a SPP uma planilha com os motivos e os totais dos dias a serem descontados de cada militar ou servidor civil, para publicação em BI da despesa a anular a ser realizada 16 Palestra do CPEx por ocasião da VOT à 5ª RM, em julho de 2013

28 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 28 h. se as DA estão sendo realizadas conforme preconiza o Manual do Usuário do CPEx; i. só definir os contracheques que serão examinados após a transmissão do FIP/FAP digital para o CITEx, não delegando a escolha (que deve ser do OD) e não utilizando qualquer tipo de escala; j. o OD não deverá delegar a transmissão dos arquivos de pagamento; e l. por fim, se todas as alterações no FIP e FAP foram devidamente publicadas em BI. (adaptação de matéria publicada no B Info 02/2008 e republicada no B Info 06/2008 e atualizada com a legislação mais recente) Oportuno, conforme se depreende no B Info 2/2012 (Msg CPEx, de 28 mar 12), que a UG adote nas atividades de pagamento, um calendário MENSAL e PRÓPRIO dos eventos de pagamento, a fim de planejar/gerenciar de forma segura os procedimentos de implantação/exclusão/alteração e em consonância com o cronograma disponibilizado mensalmente pelo CPEx (INTRANET). Importante que se dê atenção, principalmente, para incorporação, férias e licenciamento, a fim de evitar danos ao erário. Neste cenário, é ideal que todos os lançamentos (FIP/FAP) sejam realizados antes do último dia de encerramento da 1ª corrida, pois no planejamento deve ser considerado os atos preparatórios: publicação em BI, conferência FIP/FAP pela Equipe de Exame de Pagamento, despacho e transmissão do arquivo para o banco de dados CITEx pelo OD com uso da senha pessoal e intransferível (senha master). Recomenda-se que todo o pagamento da UG seja processado na 1ª corrida, ficando, portanto, a 2ª corrida apenas para eventual correção apontada no relatório de crítica disponibilizado após o processamento da 1ª corrida. A 3ª corrida é do CPEx, não havendo ingerência da UG. Ainda, observar as condições/situações e procedimentos sobre requisição de pagamento complementar (RPCMA/RPCMIP/RPCPC), que é uma situação atípica. Por fim, observar data limite (condição e procedimento excepcional) sobre bloqueio e reversão, a fim de evitar dano ao erário. (Msg , de 12 abr 12, Msg , de 25 abr 12, Msg , de 28 mar 12) 2. Exame de Pagamento Atividade de vital importância, o exame de pagamento se constitui em ótimo instrumento de acompanhamento, controle e fiscalização das atividades de pagamento. Destaca-se, a seguir, a publicação realizada por esta Inspetoria no B Info 04/2008 (atualizada com a legislação mais recente), onde são apontadas falhas na fiscalização dessa atividade, em particular, quando do licenciamento de militares: Têm sido observado por esta ICFEx pagamentos indevidos realizados pelas UG decorrentes da NÃO exclusão de militares do Sistema de Pagamento do Exército, quando do licenciamento dos mesmos. Salvo outro entendimento e/ou outra situação muito excepcional, tais IRREGULARIDADES ADMNISTRATIVAS são INADIMISSÍVEIS, pois, para evitá-las, é suficiente o Chefe da Seção/Divisão de Pessoal/Pagamento de Pessoal conferir, MENSALMENTE, o efetivo pago pelo CPEx com o efetivo real da OM, ou seja, a UG além de verificar os efetivos (pago e existente), deve confrontar a relação nominal de militares contemplados pelo CPEx naquele mês com a relação nominal de militares da OM. Ademais, reforçando a ideia da INADIMISSIBILIDADE desta situação, MENSALMENTE a UG realiza o Exame de Pagamento de Pessoal, assim, podemos inferir que o mesmo não tem sido realizado com correção e atenção, bem como os Chefes de Divisão/Seção de Pessoal também não tem cumprido o recomendado pela legislação.

29 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 29 [...] Cabe recordar que os pagamentos indevidos devem ser apurados por sindicância/ipm, e não havendo reposição ao Erário por aqueles que receberam indevidamente, o(s) responsável (eis) pelo pagamento devem ressarcir a União dos prejuízos causados, conforme previsão do 3o, art 149, do RAE, independente das sanções disciplinares e/ou criminais. Observação: O Exame de Pagamento de Pessoal, atualmente, está normatizado pela Portaria nº 002-SEF, de 03 FEV 14 e tem como objetivo controlar e fiscalizar a atividade de pagamento de pessoal, por meio da análise dos documentos disponibilizados pelo CPEx e pela verificação da correção dos dados constantes dos arquivos de pagamento das unidades gestoras (UG)/Órgãos Pagadores (OP), considerando a legislação e os fatos geradores de direitos e de obrigações referentes à remuneração. Entre as novidades trazidas pela Portaria 02-SEF/2014 tem-se que os militares da ativa, inativos, servidores civis na ativa e aposentados e pensionistas terão seus contracheques examinados no ano, com base na Tabela Determinante do Tamanho da Amostragem, prevista no seu 3º, do Art 4º, conforme a seguir: Efetivo total da UG Até 249 Efetivo anual mínimo da UG a ser examinado 100% De 250 a % De 500 a % De 750 a % De a % De a % De a % De a % A partir de % Cabe salientar que o 5º do Art 4º dessa Portaria destaca que os implantados, os reincluídos, os transferidos no mês para a UG/OP, os apresentados pela 1ª vez na SIP, os que mudaram de situação, os pensionistas que receberam o seu primeiro pagamento e os que tiveram alterações de pagamento no mês devem ser examinados além do efetivo da amostragem. 3. Pagamentos Indevidos - Prejuízos ao Erário - Devolução de Valores Sobre pagamentos indevidos que provocam prejuízos ao Erário e que, por muitas das vezes, são decorrentes de falhas administrativas, implicando responsabilidade civil e administrativa de agentes da administração, recomendo consultar o capítulo Prejuízo ao Erário - Apuração Responsabilidades. 4. Inativos e Pensionistas Área em que tem se verificado casos de pagamentos indevidos decorrentes de falhas administrativas, em particular, de fiscalização deficiente em tal atividade, gerando transtornos

30 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 30 administrativos (IPM, Sindicância, Processo Administrativo etc), além de comprometimento patrimonial pessoal de agentes administrativos para saldar os prejuízos a que deram causa. Assim, a fim de evitar tal situação, recomenda-se a observância dos seguintes tópicos: 4.1. Apresentação de Inativos e Pensionistas - exercer o rigoroso controle de apresentação anual de Inativos e Pensionistas. Estes deverão se apresentar, ANUALMENTE e PESSOALMENTE no OP de vinculação, sendo válida a apresentação feita por procurador, curador ou tutor. O Cmt/Ch/Dir deve mandar suspender o pagamento daqueles que não se apresentarem, sob pena de possível responsabilidade em caso de pagamento indevido realizado pela Administração. (consultar art 17 a 23 da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14 - Aprova a Reedição das Instruções Reguladoras para a Administração de Civis, Inativos e Pensionistas do Exército Inativo Inválido - aqueles inválidos, sem possibilidade de locomoção, deverão sofrer a visita técnica pelo OP, conforme 2º e inc II, Art 19 da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14) 4.3. Procurador/Tutor/Curador de Inativos - o OP deverá manter organizado e atualizado, cadastro de vinculados que são representados, assistidos ou tutelados letra a) do Inc XIII, Art 6º, Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14) Pasta de Documentos de Inativos e Pensionistas - observar se constam todos os documentos elencados nos inc I a VII do Art 59 e o Art 62, tudo da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR Auxílio-Invalidez - o inativo, militar ou ex-combatente reformado, que recebe o referido benefício deve, anualmente, entregar uma Declaração que não exerce atividade remunerada, pública ou privada e submeter-se, periodicamente, a critério da administração, a exames médicos para que seja comprovada a situação atual de invalidez. (art 66 da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14 ) Renovação de Auxílio-Invalidez - conforme Portaria nº 086-DGP, de 13 Abr 09, a qual aprovou as Normas Técnicas da DCIP, prevê que a concessão do referido benefício é de competência daquela diretoria, pelo período de 2 (dois) anos, ficando a renovação condicionada a novo processo e a constatação por JIS. Assim sendo, o Cmt/Ch/Dir deve providenciar para que, aqueles inativos que se encontrem nessa situação, passem por JIS para confirmar a necessidade de cuidados permanentes de enfermagem e hospitalização, condição para o pagamento do benefício Pagamento de Servidores Civis e Pensionistas - Cruzamento SIAPE x SISOB - a Msg CPEx, de 03 Fev 09, ratifica determinação constante no Of nº 064/SRH/MP, de 04 Set 02 e Item 22 da NI nº 001/SPC/CPEx, de 02 Mai 07, sobre a necessidade das UORG que realizam pagamento de Servidor Civil e Pensionista que, MENSALMENTE, acessem o site (órgão/consulta/batimento SIAPE/SCO), a fim de verificar se algum servidor ou pensionista vinculado a sua UORG está incluído no batimento, tomando as medidas previstas para conferência e exclusão. Para demais procedimentos, consultar o documento citado. 5. Auxílio Transporte - AT O AT foi criado para subsidiar o deslocamento, em transporte coletivo, no trajeto residêncialocal de trabalho-residência, sendo regulado pelo pelo Decreto nº 2.963, de 24 Fev 1999 e pelas Portarias nº DGP, de 31 Out 01 e nº DGP, de 11 Dez 07. A concessão de tal benefício também tem gerado processos administrativos de apuração de danos ao Erário, face a pagamentos indevidos realizados. Assim, é importante reforçar a necessidade

31 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 31 da frequente fiscalização no pagamento do aludido auxílio. Para tanto, seguem algumas orientações específicas: 5.1. Comprovação de Endereço - a administração deve verificar se o endereço indicado na solicitação do benefício corresponde com a real situação e/ou endereço (exemplo: militar laranjeira mas recebe o benefício como se fizesse o trajeto residência-quartel diariamente. Neste caso, deve haver fiscalização e não é possível pagar o referido auxílio ao militar) Despesa a Anular (DA) - se estão sendo realizadas as despesas a anular (DA) do AT no mês subsequente, em decorrência dos dias não trabalhados (férias, acampamentos, baixa hospitalar, serviço, feriados, meses com menos de 22 dias úteis etc). As SU, mensalmente, devem encaminhar a SPP uma planilha com os motivos e os totais dos dias a serem descontados de cada militar ou servidor civil, para publicação em BI da despesa a anular a ser realizada 5.3. Cálculo da Despesa a Anular - se as DA estão sendo realizadas conforme preconiza o Manual do Usuário do CPEx Deslocamento Superior a 22 dias - conforme publicado no B Info 08/2008, o Parecer nº DGP/Asse Jur, de 21 Nov 02, orienta que nos casos concretos, quando houver necessidade de o militar deslocar-se para o serviço em mais de 22 dias no mês deverá receber o AT correspondente, porém, a limitação do desconto de 6% referente a 22 dias (desconto = soldo / 30 X 22 X 6%) deve ser mantido, mesmo tendo trabalhado por mais dias, por expressa disposição legal Deslocamento somente nos fins de semana - por intermédio do Of nº Asse Jur 09 (A1/SEF), de 19 Jun 09, a SEF é de entendimento que não é possível a concessão de auxíliotransporte a militares que se deslocam para suas residências apenas nos finais de semana, citando expedientes pretéritos sobre o tema (Of nº 332-Asse Jur-08, de 13 Nov 08; Of nº 169-Asse Jur-09, de 28 Abr 09; e Of nº 176-Asse Jur-09, de 08 Maio 09). Ademais, a SEF consolidou o entendimento exposto, por meio do Parecer nº 070/AJ/SEF, de 30 Set 09, publicado no B Info 10/2009, onde ratifica a IMPOSSIBILIDADE de pagamento de AT nesta situação Militares que moram em outros Municípios/Estado e/ou em localidades distantes do local de trabalho - conforme Parecer nº 070/AJ/SEF, de 30 Set 09, publicado no B Info 10/2009, acima citado, a SEF ratifica entendimento que o direito a tal verba indenizatória não se vincula a limite de distância entre a residência e local de trabalho. Também não se deve considerar o conceito de transporte coletivo de maneira restritiva. Assim, a percepção do benefício precisa ser analisada de acordo com o caso concreto. A utilização de meio de transporte seletivo ou especial não invalida o pagamento de tal benefício Militares que se deslocam por meios próprios - também o Parecer nº 070/AJ/SEF, de 30 Set 09, publicado no B Info 10/2009, ratifica posicionamento no sentido de NÃO ser cabível pagamento nesta hipótese, em que pese decisão judicial17 em sentido contrário, já reformada. benefício Militares que se utilizam de meios disponíveis pela OM também não têm direito ao 17 Apelação de Mandado de Segurança nº /PR cujo relator foi o Juiz Federal Roger Raupp Rios, do TRT da 4ª Região. Entretanto, a decisão foi reformada pelo STJ, conforme publicado no Boletim Informativo nº 07/2010.

32 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Ressarcimento de auxílio transporte o Of nº Asse Jur - 09 (A1/SEF), de 01 Dez 09, publicado no B Info 12/2009, informa que o auxílio deve ser pago de forma prévia e não por ressarcimento. No que diz respeito à Orientação Normativa MPOG nº 4, de 8 abr 11, que estabelece orientação quanto ao pagamento de auxílio-transporte aos servidores nos deslocamentos residência/trabalho/residência, cabe destacar que sua aplicabilidade foi SUSPENSA, conforme Of nº 184-Asse Jur/SEF, de 18 out Adicional de Habilitação O referido direito tem sido por demais debatido no âmbito da SEF, em particular, quanto à percepção a nível de especialização (16% - dezesseis por cento). Dentre outros, o Parecer nº 007/AJ/SEF, de 02 Mar 05, traz um histórico do mesmo, afirmando ser um direito há muito consagrado na legislação castrense, a fim de incentivar o aprendizado contínuo e a reciclagem constante. Resumidamente, o entendimento consolidado por aquela Secretaria é de que tal direito é devido quando o militar realizar curso de especialização e, como regra geral18, que comprove concomitantemente: a. ter concluído com êxito curso de especialização na sua área de atuação; b. estar o curso cadastrado; e c. utilizar-se o militar, no âmbito de suas atribuições funcionais, conhecimentos adquiridos nessa especialização. De forma complementar, destacam-se as seguintes situações específicas: 6.1. Curso de formação/especialização - atentar que não é possível pagar o adicional de habilitação (especialização) sem antes haver o curso de formação, mesmo na hipótese de haver apresentação de diploma/certificado de curso de especialização como condição ou não para a fase de formação19. É o caso da formação de Oficial Técnico Temporário, que precisa, inicialmente, cumprir as etapas de formação (Estágio de Serviço Técnico 1ª /2ª fases). O raciocínio para o pagamento do referido adicional de habilitação a nível de especialização (16%) será o mesmo para outras situações que envolvem a formação do militar, seja de oficial ou sargento, bem como, se de carreira ou temporário, bastando verificar o período de formação Nascimento do direito - no momento em que se evidencia documentalmente a conclusão do referido curso. Assim, vale dizer que o direito nasce a partir do momento que é apresentado o respectivo certificado ou diploma. Em outro giro verbal, não é a partir da data da publicação do Boletim Interno do resultado da sindicância que apurou a validade e autenticidade desse documento. A averiguação é um procedimento interno para confirmar o que, em princípio, é verdadeiro, em homenagem ao princípio da boa-fé. Assim, uma vez confirmada a validade e autenticidade da documentação apresentada e publicada em Boletim Interno, o militar fará jus à percepção da referida verba, a contar da data da apresentação do diploma/certificado, independentemente, da conclusão efetiva do curso.20 Ainda, o período compreendido entre a 18 Vide Parecer nº 031/AJ/SEF, de 12 Ago Vide Parecer 019/AJ/SEF, de 14 Fev 07, Parecer 043/AJ/SEF, de 06 Jun 09 etc 20 Neste sentido, vide Parecer nº 019/AJ/SEF, de 14 Fev 07 e Ofício 002 -Asse Jur 11 (A/1-SEF), de 05 de janeiro de 2011, de onde se extrai que: c. Ademais, note-se que, o Parecer no 075/AJ/SEF, de 04 de novembro de 2008, objeto de referência do ofício em estudo, vem corroborar para a inteligência de que o direito ao pagamento do adicional nasce com a notificação. É o que se denota do trecho adiante transcrito: O momento em que o militar deu notícia à Administração de

33 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 33 apresentação do diploma/certificado e a publicação do resultado da sindicância, deverá ser pago sob a forma de atrasado e/ou exercícios anteriores Curso de mestrado - conforme apontado no título acima orientações gerais, a SEF, por meio do DIEx nº 123-Asse1/SSEF/SEF, de 05 Set 13, orienta que os militares possuidores de Curso de Mestrado têm direito à percepção do adicional de habilitação de 20%, observando-se o previsto no Of nº 252 Asse Jur 09 /A1/SEF, de 16 Jul 09, no tocante à necessidade de se demonstrar a conclusão exitosa do curso, o interesse da Administração, e a aplicabilidade de conhecimentos Curso de técnico em enfermagem - sargento - por meio do Of nº Asse Jur - 09 (A1/SEF), de 12 Ago 09, a SEF consubstanciou entendimento de que o adicional de habilitação de técnico de enfermagem é de 12% (doze por cento). Vide também Of nº Asse Jur - 09 (A1/SEF), de 07 Jul 09 e Of nº Asse Jur - 09 (A1/SEF), de 16 Jul Bacharelado-oficial - o oficial que conclui curso de bacharelado não faz jus à percepção do adicional de habilitação (16%), conforme entendimento exposto no Of nº Asse Jur 11(A1/SEF), de 21 jan Soldado engajado/reengajado NÃO qualificado servindo em OM não operacional conforme consulta e respectiva resposta da SEF, o pagamento do adicional de habilitação SOMENTE é devido no caso de preenchimento dos requisitos inerentes ao Curso de Formação de Soldados que, em apertada síntese, significa o cumprimento das exigências referentes a Instrução Individual Básica (IIB) acrescida das concernentes à Instrução Individual de Qualificação (IIQ) ou, se for o caso, do próprio Curso de Formação de Cabos (CFC), por força do conceito de habilitação básica ocorrer com a IIQ, conforme Portaria nº 148-EME, de 17 dez 1998 (Aprova as Normas Reguladoras da Qualificação, Habilitação, Condições de Acesso e Situação das Praças do Exército. 7. Assistência Pré-Escolar Atentar que o benefício é destinado a filhos e/ou dependentes, a partir do nascimento (mediante solicitação), até completar 5 anos, 11 meses e 29 dias. Cabe destacar que o militar só perde o direito ao benefício quando seu dependente completa seis anos de idade, sendo que o término do pagamento se dá no mês subsequente àquele em que se verifica o aniversário, qualquer que seja o dia. Sendo assim, não importa a data de aniversário do dependente: 1º, 2, 5, 10, 29, 30 ou 31, o direito à assistência pré-escolar cessará no mês seguinte à sua data natalícia. (DIEx nº 51-Asse1/SSEF/SEF, de 27 ago 12.) Importante: Recomenda-se a leitura do Manual do Usuário Nº 1 - Militar da Ativa, An. 6 - A.6 ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR - Código A77 ASSIST PRE-ESC : código de saque semi-automático a ser lançado no FAP CODOM UA para o Auxílio Préescolar com PRAZO DETERMINADO; o SIAPPES irá excluir automaticamente o benefício no mês subsequente ao prazo constante do código; que concluiu determinado curso (que, em princípio ensejaria o pagamento do adicional de habilitação em um nível maior do que vinha percebendo até então), por intermédio da apresentação de um documento oriundo do estabelecimento de ensino, criou para o mesmo uma expectativa de direito. Esta seria ou não confirmada por meio dos procedimentos destinados a aferir a validade e a veracidade das informações. Por ter sido confirmada, o direito deverá ser-lhe pago a contar da data daquela notícia. [...] Portanto, faz jus o oficial em tela à percepção do adicional de habilitação a contar da data de protocolização da Parte (...).

34 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 34 a UG deverá lançar para cada filho com direito ao Auxílio Pré-escolar um código A77 com valor e prazo determinado. 8. Segregação de Funções Observar o princípio da segregação de funções nas atividades de pagamento (geração de direitos/publicação em BI; elaboração de FIP/FAP; Transmissão do Pagamento). 9. Compensação Orgânica Para a incorporação do benefício, verificar se os militares atendem às exigências dos seguintes normativos: - Decreto nº 4.307, de 18 jul 02; - Portaria nº 083-Cmt Ex, de 02 Mai 06 (Plano de Provas Atividade Especial de Salto com Paraquedas); - Portaria nº 206-DGP, de 17 Dez 03 (Compensação Orgânica Atividade Sujeita a Radiação Ionizante); - Portaria nº 236-Cmt Ex, de 06 Mai 03 (Plano de Provas de Exercícios para Atividade de Mergulho); - Portaria nº 541-Cmt Ex, de 1 Jul 13 (Plano de Provas para as Atividades Especiais de Voo em Aeronave Militar e de Controle de Tráfego Aéreo EB10-P ); e Portaria nº 950-Cmt Ex, de 14 Nov 12 (Plano de Provas para a Atividade Especial de Observação Aérea). A fim de evitar eventuais processos/prejuízos, foi expedida a seguinte Msg CIRCULAR, publicada no B Info 04/2012: Msg nº 68 - SATT/CIRCULAR, de 9 abr 12 (Msg 2012/ ) ASSUNTO: COMPENSAÇÃO ORGANICA DO CH DA 5ª ICFEX AO SR OD UG VINCULADAS 1. TRATA A PRESENTE SOBRE PAGAMENTO DE COMPENSAÇÃO ORGÂNICA. 2. NAO E INCOMUM CONSTATAR-SE PAGAMENTOS INDEVIDOS NA RUBRICA "ADICIONAL DE COMPENSAÇÃO ORGANICA", QUE E UMA PARCELA REMUNERATORIA DEVIDA AO MILITAR PARA COMPENSACAO DE DESGASTE ORGANICO DO DESEMPENHO CONTINUADO DE ATIVIDADES ESPECIAIS, CONFORME REGULAMENTAÇÃO. 3. A TABELA V DA MEDIDA PROVISORIA Nº , DE 31 AGO 01, PREVEAS SITUACOES E O VALOR PERCENTUAL QUE INCIDE SOBRE O SOLDO O QUAL DEVERA SER OBJETO DE VERIFICACAO DA PERTINENCIA DO SEU PAGAMENTO. 4. ASSIM, COM A FINALIDADE DE EVITAR TAL IRREGULARIDADE ADMINISTRATIVA, QUE GERA CONSEQUENCIAS DELETERIAS PARA TODA A ADMINISTRACAO COM A INVASAO PATRIMONIAL DE AGENTES DA ADMINISTRACAO RESPONSABILIZADOS E/OU CONTRIBUIRAM PARA A OCORRENCIA DO DANO AO ERARIO, ESTA INSPETORIA RECOMENDA A ADOCAO DE ALGUNS ATOS/PROCEDIMENTOS, EM PARTICULAR, REFERENTE AO ADICIONAL DE ATIVIDADES DE SALTO DE PARAQUEDAS: A. INCLUIR NO EXAME DE CONTRACHEQUES, NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE, TODOS OS MILITARES RECEM CHEGADOS A OM, CONFORME JA PREVISTO NA

35 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 35 LEGISLAÇÃO (PORTARIA Nº 008-SEF, DE 06 MAIO 08). B. ESPECIAL ATENCAO DEVE SER DADA AQUELE(S) QUE RECEBE(M) O CITADO ADICIONAL. PARA TANTO, A EQUIPE DE EXAME DE PAGAMENTO (EPP) DEVERA, OBRIGATORIAMENTE, ANALISAR/COMPROVAR SE O PERCENTUAL RECEBIDOS PELO(S) MILITAR(ES) ESTAO DE ACORDO COM O DOCUMENTO HABIL, OU SEJA, SE A COTA-PARTE RECEBIDA E AQUELA REGISTRADA NA "DECLARACAO DE SALTOS", DOCUMENTO OBRIGATORIO EXPEDIDA PELA OM PARAQUEDISTA, CONFORME ART 26 E SEGUINTES DA PORTARIA Nº 083-CMT EX, DE 2 MAR 06; TAMBEM DEVE VERIFICAR SOBRE QUAL POSTO/GRADUACAO HOUVE A INCORPORACAO DA COTA; C. NA OPORTUNDIDADE, PRUDENTE E MUITO CONVENIENTE QUE A OM EXIGA DE TODO MILITAR TRANSFERIDO ORIUNDO DA BRIGADA PRAQUEDISTA, A DECLARACAO RETRO MENCIONADA, A FIM DE QUE JA TENHA CONHECIMENTO PRELIMINAR DA COTA-PARTE QUE O MESMO FAZ JUS; D. NESTE PARTICULAR (MILITAR CONCLUDENTE DO CURSO DE PARQUEDISMO), A OM DEVE ATENTAR PARA A CORRECAO DA COTA-PARTE CORRESPONDENTE, LOGO APOS OS TRES MESES "DE CARENCIA" O QUAL O MILITAR CONCLUDENTE RECEBE A INTEGRALIDADE DA COTA (20/20). ASSIM, JULGAMOS CONVENINETE QUE O SEU CONTRACHEQUE SEJA EXAMINADO POSTERIORMENTE (ENTRE 4 E MAXIMO DE 6 MESES), INDEPENDENTE DAS ACOS DESENVOLVIDAS PELOS AGENTES DA ADMINISTRACAO, EM PARTICULAR, DAQUELES DA SECAO DE PESSOAL/PAGAMENTO; E. NA MESMA LINHA, PROCEDIMENTO SIMILAR PARA AQUELES MOVIMENTADOS DA BRIGADA PARAQUEDISTA, VISTO QUE, NORMALMENTE CUMPREM O PLANO DE PROVAS ANUAL E TAMBEM RECEBEM A INTEGRALIDADE DA COTA (20/20) NOS TRES MESES SEGUINTES; (VIDE ART 18, DA PORTARIA Nº 083-CMT EX, DE 2 MAR 06) F. AINDA, RECOMENDAMOS PROCEDIMENTO SIMILAR, CADA QUAL COM SUA PECULIARIDADE, NAS DEMAIS ATIVIDADES QUE GERAM PAGAMENTO DE COMPENSACAO ORGANICA PREVISTA NO ART 4 DO DECRETO Nº 4.307, DE 18 DE JUL OPORTUNO RECORDAR QUE O CONTROLE INTERNO E UMA ATIVIDADE INERENTE AO COMANDO, SENDO RAZOAVEL QUE A OM ADOTE MEDIDAS PREVENTIVAS/PROATIVAS NO SENTIDO DE EVITAR O COMETIMENTO DE IRREGULARIDADES ADMINISTRATIVAS E/OU DANOS AO ERARIO. 5. NESSA ESTEIRA, JULGAMOS UMA MEDIDA INTERESSANTE QUE A OM FACA, ANULAMENTE, UMA ANALISE NO PAGAMENTO DE TODOS AQUELES QUE PERCEBEM QUALQUER VERBA DE COMPENSACAO ORGANICA, DESIGNANDO UM COMISSAO ESPECIFICA. 6. POR DERRADEIRO, AS MEDIDAS ACIMA SE APLICAM TAMBEM AO UNIVERSO DE INATIVOS E PENSIONISTAS MILITARES. 10. Compensação Pecuniária O assunto é regulado pela Lei nº 7.963, de 21 Dez 89, combinado com o Decreto regulador nº , de 30 Jul 90, prevendo que fará jus à percepção de compensação pecuniária Oficial ou Praça que for licenciado ex officio e por término de prorrogação de tempo de serviço. Também é preciso buscar conceito do art 121 da Lei nº 6.880/80 (Estatuto dos Militares), que trata da demissão ex officio. A SEF tem se manifestado continuadamente sobre esse benefício. Entretanto, face as peculiaridades de cada caso e os desdobramentos quando da aplicação da Lei, julga-se oportuno recomendar que seja consultada sempre a matéria na intranet daquela Secretaria (Assessoria1) diante do pagamento do direito em comento. Sobre o sistema, destaca-se o seguinte documento:

36 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 36 (Transcrição Msg CPEx, de 17 maio 10) DO ORDENADOR DE DESPESAS DO CPEX AO(S) SR(S) ORDENADORES DE DESPESAS MILITAR DA ATIVA ESCLARECIMENTO SOBRE COMPENSACAO PECUNIARIA MENSAGEM SIAFI NR /6-CPEX, DE 17 MAI TRATA O PRESENTE EXPEDIENTE COMPENSACAO PECUNIARIA. DE ESCLARECIMENTO SOBRE 2. INFORMO A TODAS AS UG QUE OS MILITARES EXCLUIDOS DO SERVICO ATIVO POR REFORMA, DEMISSAO, PERDA DO POSTO E DA PATENTE, ANULACAO DE INCORPORACAO, DESINCORPORACAO, DESERCAO, LICENCIADOS A PEDIDO, LICENCIADOS EX-OFFICIO POR CONVENIENCIA DO SERVICO, A BEM DA DISCIPLINA OU POR CONDENACAO TRANSITADA EM JULGADO NAO FAZEM JUS AO PAGAMENTO DA COMPENSACAO PECUNIARIA, POR NAO ESTAREM ENQUADRADOS NA SITUACAO DESCRITA NO ART 1 DA LEI NR 7963, DE 21 DE DEZEMBRO DE Militares temporários (MFDV) - não prestam serviço militar inicial obrigatório os militares temporários (MFDV) já dispensados anteriormente desse mesmo serviço. Assim, possuem o direito à compensação pecuniária por todos os anos completos, inclusive o primeiro, desde que preenchidos os demais requisitos, como o caráter ex officio do licenciamento. Tal entendimento se deve ao que prevê o artigo 1º, da Lei nº 7963/89: Art. 1º O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço, fará jus à compensação pecuniária equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-se como base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou à graduação, na data de pagamento da referida compensação. 1º Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a fração de tempo igual ou superior a cento e oitenta dias será considerada um ano. 2º O benefício desta Lei não se aplica ao período do serviço militar obrigatório. O assunto estava consolidado no Of n Asse Jur 10 (A1/SEF), de 11 jun 10, disponível na intranet da SEF/assessoria 1. No entanto, diante das inovações trazidas pela Lei nº , de 26 out 2010, que modificou a Lei nº 4.375, de 17 ago 1964 (Lei do Serviço Militar LSM) e a Lei nº 5.292, de 8 jun 1967 (Prestação Serviço Militar pelos MFDV), o pagamento da compensação pecuniária aos citados militares temporários, passou a envolver novos pressupostos, a saber: a. Os MFDV do segmento feminino, continuam fazendo jus à compensação pecuniária por todo o período trabalhado, eis que, em tempo de paz, prestam serviço militar voluntário: b. Quanto ao segmento masculino, abrem-se as seguintes possibilidades: (1) Os MFDV que já prestaram serviço militar obrigatório, fazem jus à compensação pecuniária por todo o período em que serviram como profissionais destas áreas, haja vista que já se encontram em dia com o dever cívico de servir à Pátria; (2) Os MFDV que adiaram a incorporação e que, diante da conclusão do curso superior, apresentaram-se para o cumprimento do serviço militar obrigatório, não fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano, vez que ainda pendente o cumprimento do dever de servir à Pátria; (3) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa ratificado, fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano de serviço, já que a dispensa foi confirmada, não havendo que se falar em qualquer pendência quanto ao serviço militar obrigatório; e

37 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 37 (4) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de e dispensa retificado, mediante recolhimento do aludido certificado, não fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano trabalhado, porquanto se encontram em serviço militar obrigatório. Assim, observa-se que poderão ocorrer casos em que a convocação do militar ocorreu sob a égide da Lei antiga (sem as alterações trazidas pela Lei nº , de 26 out 10) gerando discussões sobre qual legislação deverá incidir para fins de pagamento de compensação pecuniária. De fato, pelos ditames dessa nova norma, é imprescindível saber se o Certificado de Dispensa de Incorporação CDI, por ocasião da conclusão do curso de Medicina, Farmácia, Odontologia ou Veterinária, foi revalidado ou recolhido (ratificação ou retificação do ato de dispensa para fins de incorporação), o que em diversos casos não terá ocorrido à época de ingresso às fileiras da Força Terrestre, porque tal exigência ainda não existia. Assim, em homenagem ao princípio da razoabilidade que, basicamente, impõe ao administrador eleger a solução mais razoável para o problema jurídico concreto, a decisão que se impõe é de que, dentro dos standars de aceitabilidade, os militares médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários: (1) convocados antes das alterações promovidas na Lei do Serviço Militar, se portadores do CDI e se preenchidos os demais requisitos, como o caráter ex officio do licenciamento, fazem jus à compensação pecuniária por todos os anos trabalhados, inclusive o primeiro; e (2) convocados após as alterações, desde que já implementadas pelas Regiões Militares as exigências quanto à ratificação da dispensa ou ao recolhimento do CDI, submetem-se aos novos parâmetros legais, discorridos no item (4), de modo que fica revisto o entendimento consolidado pelo Ofício nº 122 Asse Jur 10, de 11 jun 10, no que dispõe em contrário. (Extraído do Of nº 075 Asse Jur 11 (A1/SEF), CIRCULAR, de 19 maio 11) Ainda sobre o tema em comento, pertinente consultar Msg , de 24 mar 10, Msg , de 23 jun 10 e Msg , de 26 jun 12, todas do CPEx, sobre procedimentos de saque. O amparo legal para o licenciamento dos militares temporários é a alínea a do 3º do art. 121 do Estatuto dos Militares, podendo ser combinado com outros regulamentos ou normas (Inc I, 2º, art 32, do RCORE- R68; Inc I e II ou III, art 182, da NT 13 (DSM) Portaria nº 251 DGP, de 11 nov 2009). - Militar aprovado em Concurso Público: Não faz jus à compensação pecuniária o militar licenciado ex officio, antes do término do tempo de serviço a que estava obrigado, em virtude de aprovação em concurso para o provimento de cargo público, conforme documentos21 transcritos no B Info 01/ Militar de Carreira não Estabilizado: O pagamento desta verba remuneratória é devida a sargento de carreira não estabilizado que teve indeferido seu pedido de reengajamento e, em consequência, foi licenciado ex-offício das fileiras do Exército ao término de prorrogação de tempo de serviço, conforme Of nº 053 Asse Jur 10 (A1/SEF, de 23 Mar 10). 11. Ajuda de Custo/Indenização de Transporte/Diárias Sobre o assunto, consideram-se importantes os seguintes documentos: 21 Of nº 021 A2.2.6 Gab Cmt Ex, de 16 jan 12 encaminhado pelo Of nº 022 Asse Jur 12 (A1/SEF), CIRCULAR, de 23 jan 12

38 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 38 (Transcrição Msg DGP, de 05 jan 09) DO: CHEFE DA DIORFA/DGP AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS ASSUNTO: PAGAMENTO DE AJUDA DE CUSTO E IND DE TRANSPORTE A FIM DE FORNECER, COM A UTILIZAÇÃO DE CONSULTAS DO SIAFI GERENCIAL, DADOS NECESSÁRIOS PARA O BANCO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E GERENCIAL DO MD (BIEG), OS PAGAMENTOS DE DESPESAS RELATIVAS À DESLOCAMENTO (DIÁRIAS E PASSAGENS) E MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL (AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE), NÃO PODERÃO SER EFETUADOS POR INTERMÉDIO DE LISTA DE CREDOR. NO ENTANTO, PODERÁ SER UTILIZADA A TRANSAÇÃO "ATULOB" (ATUALIZA LISTA DE OB) DO SIAFI, OU SER EFETUADO O PAGAMENTO ATRAVÉS DE ORDEM BANCÁRIA INDIVIDUAL. (Transcrição Msg DGP, de 13 jan 09) DO: CHEFE DA DIORFA/DGP AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS ASSUNTO: PAGAMENTO DE AJ DE CUSTO, INDZ TRNP, DIÁRIAS E PASSAGENS 1. A FIM DE FORNECER, COM A UTILIZAÇÃO DE CONSULTAS DO SIAFI GERENCIAL, DADOS NECESSÁRIOS PARA O BANCO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E GERENCIAL DO MD (BIEG), OS PAGAMENTOS DE DESPESAS RELATIVAS À DESLOCAMENTO A SERVIÇO (DÍARIAS E PASSAGENS) E MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL (AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE), NÃO PODERÃO SER EFETUADOS POR INTERMÉDIO DE LISTA DE CREDOR. NO ENTANTO, PODERÁ SER UTILIZADA A TRANSAÇÃO "ATULOB" (ATUALIZA LISTA DE OB) DO SIAFI, OU SER EFETUADO O PAGAMENTO ATRAVÉS DE ORDEM BANCÁRIA INDIVIDUAL. 2. OS PAGAMENTOS REFERENTES A AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE PARA UM MESMO FAVORECIDO DEVERÃO SER DISTINTOS, (SEPARADOS), UMA ORDEM BANCÁRIA (OB) PARA CADA DIREITO REMUNERATÓRIO SUPRACITADO, CONFORME DESCRIÇÃO ABAIXO: EX: 1 (UMA) OB PARA AJUDA DE CUSTO; 1 (UMA) OB PARA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE. 3. O CAMPO OBSERVAÇÃO DEVERÁ SER INICIADO COM O TEXTO REFERENTE AO PAGAMENTO A SER EFETUADO CONFORME EXEMPLOS ABAIXO: EX: AJUDA DE CUSTO: PG MAPAS N 176/NC N 184/COTA DCEM; INDZ TRNP: PG MAPAS N 178/NC N 190/COTA DCEM. 4. OUTRAS INFORMAÇÕES COMPLETADAS. JULGADAS PERTINENTES DEVERÃO SER No mesmo sentido a Msg DGP, de 10 Mar 09 e Msg DGP, de 10 Mar 09, ambas publicadas no B Info 03/2009. Também consultar Msg , de 04 Fev 10 e Msg , de 02 Fev 10, ambas do DGP, publicadas no B Info 02/ Procedimentos para Execução de Diárias e Passagens no SIPEO (Transcrição Msg DGP, de 4 jul 11) DO: VICE-CHEFE DO DGP AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS ASSUNTO: PROCEDIMENTOS PARA EXECUÇÃO DE DIÁRIAS E PASSAGENS NO SIPEO 1. A PARTIR DE 1 DE JULHO DO ANO CORRENTE, A INCUMBÊNCIA DA EXECUÇÃO DOS RECURSOS COM DESLOCAMENTO A SERVIÇO (DIÁRIAS E

39 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 39 PASSAGENS) SERÁ DAS UNIDADES GESTORAS, E NÃO MAIS DAS REGIÕES MILITARES. 2. EM DECORRÊNCIA DESTA MUDANÇA DE PROCEDIMENTO, AS UG DEVERÃO ATENTAR PARA OS SEGUINTES ASPECTOS: A. DEVE SER DESIGNADO UM MILITAR/SERVIDOR NO ÂMBITO DE CADA OM, CONFORME PORTARIA N 505, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009, DO MP, E OBSERVAR AS ORIENTAÇÕES POSTADAS NO MENU ORIENTAÇÕES/LEGISLAÇÃO, NO SÍTIO DA DIORFA "WWW2.DGP.EB.MIL.BR; B. O ENCARREGADO PELA EXECUÇÃO NO SIPEO DA UG, DEVERÁ LER OS ADITAMENTOS DA DCEM INTEGRALMENTE,A FIM DE VERIFICAR SE EXISTE ALGUM EVENTO PARA A SUA OM. C. EM SEGUIDA, VERIFICAR NO SIPEO SE EXISTE O PLANEJAMENTO CORRESPONDENTE PARA O(S) MILITAR(ES) DESIGNADO(S) PARA CURSOS E/OU ESTÁGIOS (PLANEJAMENTO - CONSULTA 11 - EVENTO POR CPF); D. LEVANTAR AS NECESSIDADES DE SUBCOTAS DE DIÁRIAS E PASSAGENS PLANEJADAS PARA A UG E ENVIAR, PARA A DCEM, VIA CORREIO ELETRÔNICO DO SIPEO, OS VALORES NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO (MDD), COM OS SEGUINTES DADOS: CPF DO(S) MILITAR(ES); ADT DCEM/DATA; CURSO/ESTÁGIO;VALOR TOTAL DE DIÁRIAS E VALOR DE REQUISIÇÃO DE PASSAGENS; E E. ELABORAR O MAPA DEMONSTRATIVO DA DESPESA (MDD). 3. AS DÚVIDAS QUANTO À ELABORAÇÃO DO MDD PODERÃO SER SANADAS COM AS RM ENQUADRANTES, ASSIM COMO, AS UG DEVERÃO ATENTAR PARA OS PROCEDIMENTOS ATINENTES À LEI 8.666, DE 21 JUN 93 E DECRETO 5.450, DE 31 MAIO 05, NO TOCANTE A AQUISIÇÃO DE PASSAGENS Consulta sobre Ajuda de Custo e Transporte Conforme citado no capítulo de Consultas ao Sistema SEF/ICFEx, as consultas sobre o tema devem ser submetidas às Regiões Militares de acordo com o DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF CIRCULAR, de 1º ago 12, em razão da competência do Departamento-Geral do Pessoal para a análise das controvérsias acerca das verbas em epígrafe (ex vi da Portaria nº 172-DGP, de 04 ago 06). 12. Pagamento de Ajuda de Custo ou de Diárias Sobre o assunto, o Anexo A ao B Info 02/2009, publicou o parecer do Ministério da Defesa, que conclui pela aplicabilidade de uma ou outra verba, assim sintetizado: a) na movimentação com desligamento de Organização Militar (OM) e mudança de sede cabe ao militar o direito à ajuda de custo; b) no afastamento até 15 (quinze) dias é cabível o pagamento de diárias; e c) na movimentação para comissão superior a 15 (quinze) dias, sem desligamento de Organização Militar, cabe, em tese, tanto diárias como ajuda de custo, oportunidade na qual deverá ser aplicado o direito remuneratório de menor valor, conforme solução preconizada no artigo 19, parágrafo único, do Decreto n 4.307/ Gratificação de Representação de Comando A Msg CPEx, de 15 Mar 07, regula procedimentos sobre o pagamento de tal benefício. Importante alertar sobre o ajuste de contas por ocasião da passagem de comando, a fim de evitar pagamentos indevidos. Assim, os OD das OM que receberem militar exonerado da função de comando deverão verificar se o mesmo continua recebendo, em contracheque, a referida gratificação e, se for o caso, mandar alterar, bem como fazer a respectiva despesa a anular.

40 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 40 O Of nº ASSE JUR - 05 (A1/SEF), de 25 Maio 05, estabelece que o Comandante substituído também faz jus a gratificação no dia da passagem de comando. Ainda, pertinente citar o Of nº 305 Asse Jur 10 (A1/SEF), de, 14 dez 10, versando sobre a possibilidade de pagamento da gratificação quando diante da assunção interina de comando Gratificação de Representação a integrantes de OM de Apoio Logístico O Of nº Asse Jur 10 (A1/SEF), CIRCULAR, 14 set 10 trouxe o entendimento de que todo deslocamento realizado por militar da ativa para fora de sua sede, integrando o efetivo de uma OM ou parte dela, quando empregado na execução de ações militares que visem ao cumprimento de missão constitucional, ações subsidiárias e de apoio logístico. Assim, para o pagamento da referida Gratificação passa-se a adotar, antecipadamente, o entendimento de que viagens de apoio logístico devem ser enquadradas na alínea b) emprego operacional -, do inciso VIII, do art. 3º, da MP 2.215/01, até a publicação de nova Portaria regulando o assunto. Importante: No que concerne ao cômputo do numero de dias, o pagamento da Gratificação de Representação 2%, deve considerar o período superior a oito horas como um dia, para missões que tenham duração inferior a 24 horas, bem como, considerar no último dia o período superior a oito horas como um dia, para missões que tenham duração superior a 24 horas (PARECER Nº 88/AJ/SEF, de 19 Out 06). 14. SIAPE x Cadastro de Óbitos - Cruzamento de dados As UORG que realizam pagamento de servidor civil ou pensionista, mensalmente, como rotina, devem acessar o site consulta, batimento siape/sco, e verificar se algum servidor ou pensionista vinculado está excluído pelo batimento, adotando as medidas pertinentes, conforme documento abaixo: (Transcrição da Msg CPEx, de 03 fev 09) DO CHEFE DO CPEX TODAS AS UNIDADES COM ENCARGOS DE PAGAMENTO DE SERVIDORES CIVIS E PENSIONISTAS MSG 004-S3.I/CPEX, DE FEV VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE CRUZAMENTO DADOS BASES SIAPE E CADASTRO DE OBITO. 2. ORIENTO A UG QUANTO A FIEL OBSERVANCIA E CUMPRIMENTO DO PRESCRITO NO OFICIO-CIRCULAR N 64/SRH/MP, DE 04 SET 02, E ITEM 22 DA NOTA INFORMATIVA NR 001/SPC/CPEX, DE 02 MAI 2007, ENCONTRADA NA INTRANET DO CPEX NO LINK PARA A PAGINA DO SERVIDOR CIVIL, COM O SEGUINTE TEOR; - AS UORG QUE REALIZAM PAGAMENTO DE SERVIDORES CIVIL OU PENSIONISTA MENSALMENTE, COMO ROTINA, DEVEM ACESSAR O SITE CONSULTA, BATIMENTO SIAPE/SCO, E VERIFICAR SE ALGUM SERVIDOR OU PENSIONISTA VINCULADO A SUA UORG ESTA EXCLUIDO PELO BATIMENTO CASO EXISTA, TOMAR AS SEGUINTES PROVIDENCIAS; A) SE REALMENTE O SERVIDOR FALECEU, INFORMAR AO CPEX IMEDIATAMENTE DE ACORDO COM O MODELO DE RADIOGRAMA CONSTANTE NA NI, PARA QUE SEJA SUBSTITUIDA A EXCLUSAO PELO SISOB (SISTEMA DE OBITOS), POR EXCLUSAO POR FALECIMENTO;

41 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 41 B) SE A UORG TIVER CERTEZA QUE O SERVIDOR OU PENSIONISTA NAO FALECEU, SOLICITAR IMEDIATAMENTE AO CPEX, VIA RADIOGRAMA URGENTE, A EXCLUSAO DO SISOB E O ACERTO DO PAGAMENTO; C) NAS SITUACOES A E B E OBRIGATORIO A UORG INFORMAR AO CPEX. 15. Fichas Financeiras As Msg SIAFI nº , de 06 Jan 09, nº , de 11 Mar 08 e nº (CIRCULAR), de 28 Abr 05, todas do CPEx, informam que, para maior celeridade, as requisições de Fichas Financeiras realizadas por órgãos do Poder Judiciário e dos órgãos de Defesa da União e, também, as solicitações dos militares da ativa, inativos e pensionistas, foi franqueadas às Assessorias Jurídicas dos Comandos das RM, o acesso ao banco de dados das fichas financeiras de todo o Brasil do pessoal vinculado. Portanto, as solicitações/requisições que não forem atendidas pela própria UG deverão ser dirigidas diretamente às RM. Ainda, referente as Fichas Financeiras e Planilhas de Cálculo o CPEx somente disponibiliza no seu Banco de Dados, as Fichas Financeiras, a partir de janeiro de Assim, diante de pedidos do Poder Judiciário e/ou órgãos de defesa da União, bem como solicitações de militares da ativa, inativos e pensionistas, anteriores ao ano de 1989, a UG de vinculação deverá confeccioná-la utilizando como parâmetros os assentamentos funcionais dos interessados. Consultar a Msg , de 06 jul 10, do CPEx, publicada no B Info 07/ Pensão Alimentícia - Desconto - Incidência do 13º salário na base de cálculo Conforme Of nº Asse Jur (A1/SEF), de 25 Mar 08, à semelhança de posição vigente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a SEF se manifestou no sentido de que o adicional natalino deve integrar a base de cálculo da pensão alimentícia, não importando a forma como foram acordados os alimentos. Entretanto, recomendo aos Sr OD/Cmt/Ch/Dir que mandem observar sempre o teor da sentença judicial que estabeleceu pagamento da pensão. Em caso de dúvida, é prudente consultar o juízo competente, pois, não cabem ilações sobre decisão judicial. 17. Pagamento referente a Exercícios Anteriores Regulado pela Portaria nº Min Ex/1997, atualizada pela Portaria nº 793-Cmt Ex, de 12 dez 03 e Portaria nº 189-Cmt Ex, de 17 mar 11, bem como pela NI nº 005-CPEx, de 23 ago 11. Exercícios anteriores são aquelas despesas que constituem obrigações de pagamento referentes a exercícios já encerrados e que serão atendidas com recursos do Exercício Financeiro corrente. Nenhuma Despesa de Exercícios Anteriores poderá ser ressarcida sem que haja, antes, o reconhecimento do direito por parte da autoridade competente para empenhá-la (Ordenador de Despesas). Neste aspecto, vale alertar que no campo reconhecimento da dívida e parecer o OD deve declarar: reconheço a dívida e a obrigatoriedade do seu pagamento, evitando, portanto, colocar as expressões que constam dos modelos existentes nas Instruções Gerais para a Correspondência do Exército EB10-IG , de 2001, como por exemplo foram observadas as exigências legais para o prosseguimento. Encaminhe-se A seguir são apresentadas algumas situações específicas de Exercícios Anteriores, conforme publicado no B Info nº 9/2011:

42 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Auxílio Natalidade - para fins de cálculo, computar-se-á a data do evento, ou seja, valor do soldo na Data do Nascimento. No caso de adoção, computar para fins de cálculo o valor do soldo na data da adoção e, ainda, no caso de paternidade tardia, a data do reconhecimento da mesma Compensação Pecuniária - consultar título específico sobre direitos à compensação pecuniária paga ao militar temporário, por ocasião de seu licenciamento ex-offício. Oficial ou praça, licenciado por término de prorrogação do tempo de serviço Gratificação de Representação - deve constar o grupo data-hora da partida e da chegada e ainda o número de dias Principais erros nos processos - conforme Msg CPEx, de 02 abr 12, o CPEx tem devolvido processos com erros formais que poderiam ser evitados se fossem seguidas as orientações da NI nº 005/CPEx, de 23 ago 11. Para simplificar transcreve-se, a seguir, os erros mais comuns verificados por aquele órgão pagador: documento; - ausência de assinatura do OD na solicitação de pagamento, no verso e anverso do - ausência de informações de ajuste de contas; - ausência de documentos obrigatórios; - ausência do termo "reconheço a divida" pelo OD; e - ausência da implantação do processo no formulário ON LINE Funcionários Civis da Ativa, Inativos e Pensionistas - observar também recomendações da Msg CPEx, de 17 set Incidência de Imposto de Renda sobre Rendimentos Recebidos - de acordo com a Msg SEF, de 27 jul 11 e, conforme IN RFB n 1.127, de 7 fev 11, alterada pela IN RFB n 1.310, de 28 dez 12, a incidência de imposto de renda sobre o recebimento de valores atrasados, recebidos acumuladamente de exercícios anteriores ou do próprio exercício dar-se-a mês a mês, a contar do início do direito referido, devendo-se levar em consideração as alíquotas e tabelas das épocas próprias a que se referem tais rendimentos. 18. Auxílio Funeral O Of n Asse Jur - 09, de 04 Ago 09, publicado no BInfo nº , esclarece determinados procedimentos/situações sobre o pagamento da verba em comento. Ainda, o Of nº 073 Asse Jur 11 (A1/SEF), de 16 maio 11, publicado B Info 05/2011, contém orientações sobre o pagamento do auxílio concomitantemente com o Seguro Decessos Assistência Funeral. Consultar, também, a NI nº 001-S/4-CPEx. 19. Procedimentos para Elaboração e Execução dos Planejamento referente a Movimentação de Pessoal Consultar a Msg DGP, de 19 jan 09, publicada no B Info 01/ Bloqueio Bancário O pedido de bloqueio bancário de militar ativa (licenciado, falecido, desertor) deverá ser efetuado de acordo com o Cronograma Mensal de Pagamento de Pessoal, disponibilizado no site do CPEx. Se não for possível, por motivos fortuitos, a UG deve cumprir o que prescreve o item 5, letra E da NI nº 001-CPEx, de 15 Abr 08, ou seja, solicitar diretamente à instituição bancária do ex-militar o

43 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 43 bloqueio, antes da data do pagamento e com tempo hábil para as medidas administrativas daquela Instituição. Outras informações consultar Msg CPEx, de 28 Abr 10. Consultar também orientação da Msg CPEx, de 15 jun 12 citada no item 29, deste capítulo - Tramitação de Solicitações ao CPEx. 21. Inclusão de Menores Beneficiários do FUSEx Conforme Of nº FUSEx - CADBEN - CIRCULAR, de 05 Dez 07, os militares que pretendam incluir menores como beneficiários dependentes no FUSEx, inexistindo processo de tutela ou adoção, estão agindo contrariamente à legislação normativa do referido Fundo, ao equiparar o universo de dependentes para fins de Estatuto com o universo de beneficiários dependentes do FUSEx, os quais não se igualam devido a diversidade de critérios de admissão. 22. Militares Temporários e em Licença para Tratar de Interesse Particular - Recolhimento ao FEx em favor do FUSEx O Of nº 014-DGP/DSau.SDir Ap Sau, de 21 Maio 10, publicado no B Info 06/2010, encaminhado a todas as RM, com fundamento nas Port nº 048-DGP, de 28 Fev 08 (IR 30-38), Port nº 049-DGP, de 28 Fev 08 (IR 30-39) e Port nº 256-DGP, de 22 Out 09 (IR 30-41), normatiza procedimentos sobre recolhimentos em favor do FUSEx dos militares que se encontram na situação citada, em particular, quando o militar temporário se encontrar há 60 (sessenta) dias do reengajamento/licenciamento e quando militar se encontrar em LTIP. 23. LTIP Conforme posicionamento da SEF, constante do Parecer 075/AJ/SEF, de 09 de julho de 2013, o período passado em LTIP não é computável para efeitos de auxílio fardamento e deve haver recolhimento para a pensão militar durante o interregno respectivo. 24. Auxílio Alimentação Praça inferior a 3º Sargento Conforme art 69 do Decreto nº 4.307, 18 jul 02, o qual regulamenta a LRM, a praça, de graduação inferior a 3º Sargento, quando em férias regulamentares e não for alimentada pela União, fará jus a uma vez a etapa comum fixada para a localidade, devendo, a UG providenciar o saque quando das férias. 25. Benefícios aos Trabalhadores Contratados (Lei n 8.745/93 Contrato por Tempo determinado) Por meio da Msg SEF, de 12 maio 11, a SEF, referenciando Of Circular n 06/SEAFI/SOF/MP, de 04 abr 11, anexo ao Of n 4180, de 14 abr 11, do Diretor do Departamento de Planejamento, Orçamento e Financas, da Secretaria de Coordenação e Organização Institucional, do Ministério da Defesa DEORF/SEORI/MP, orientou que: a. aos trabalhadores contratados por tempo determinado são devidos apenas o auxílioalimentação, a assistência pré-escolar e o auxílio-transporte; e b. esses trabalhadores não fazem jus a assistência médica e odontológica, entretanto, excepcionalmente poderá ser devida a participação em Plano de Assistência a Saúde Suplementar.

44 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Demissão do Serviço Ativo e Cobrança Administrativa Consultar Portaria nº 109-DGP, 03 JUN 13, que aprovou as Normas Técnicas para Processos de Demissão do Serviço Ativo do Exército e Cobrança Administrativa (EB 30-N ), revogando a Portaria 65-DGP, de 26 Abr Declaração de Bens e Rendas (DBR) Em decorrência da aplicação dos princípios da Administração Pública da moralidade e da transparência e, ainda, de acordo com o contido no art 13 da Lei n 8.429/92, combinado com a Lei nº 8.730/93, existe a obrigatoriedade de determinados agentes/servidores apresentarem a declaração de bens e rendas22. O assunto está regulamentado no Decreto nº 5.483/05, bem como institui a sindicância patrimonial. Já no âmbito interno o assunto foi regulado pela Portaria nº 434, de 24 ago 94. Assim, os agentes da administração23 nominados naquela Portaria estão sujeitos à apresentação da DBR. A Msg SEF, de 29 jul 11, contém orientações sobre o tema, esclarecendo que: a. os agentes públicos retro poderão optar pela apresentação da DBR ou pela autorização de acesso aos dados da DIRPF; b. a DBR deverá ser preenchida em formulário, em papel, reproduzido a partir do modelo que constitui o anexo I da IN - TCU n 67, de 6 jul 11; c. em alternativa ao formulário a que se refere o item anterior, os agentes públicos poderão apresentar ao setor de pessoal da UG, autorização de acesso aos dados da DIRPF entregue à RFB, conforme modelo estabelecido no anexo II da IN citada; e d. os procedimentos para elaboração do relatório de gestão e do relatório de auditoria de gestão que instruem as contas das UG e entidades vinculadas, serão definidos anualmente pelo CCIEx. O CCIEx, por meio da Msg CCIEx, de 14 set 11, tratou da obrigatoriedade da apresentação da DBR ou da autorização de acesso aos dados da DIRPF por todos quanto exerçam cargos ou funções de confiança na administração direta, indireta e fundacional. Tal documento contém, também, orientações específicas visando a cumprir determinações, em especial, a prevista no 22 Legislação aplicável: Leis n 8.429/92 (sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional-lei de Improbidade Administrativa); Lei nº 8.730, de 10 nov 93 (obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário); Portaria nº 434, de 24 ago 94 - Aprovou as Instruções Gerais para a Apresentação de Declaração de Bens e Rendas, por Agente Público, no âmbito do Ministério do Exército - IG 20-16; Decreto n 5.483, de 30 jun 05, regulamenta o art 13 da Lei n 8.429/92; Decreto nº 5.751, de 12 abr 06; Portarias-Cmt Ex nº 236 e 237, ambas de 11 maio 06; Portaria Interministerial MP/CGU n 298, de 6 set 07; DNTCU nº 108, de 24 nov 10; IN - TCU n 65, de 20 abri 11; Portaria-TCU nº 123, de 12 maio 11; Msg SEF, de 29 jul 11; IN-TCU nº 67, de 6 jul 11, alterada pela IN-TCU nº 69, de 13 jun 12 que acrescentou o art 15-A. 23 Ministro do Exército; - Presidente, Vice-presidente, Superintendente e Diretor da FHE/POUPEX; - Presidente, VicePresidente, Superintendente e Diretor da IMBEL; - Chefe da Divisão do Fundo do Exército; Ordenador de Despesa e Agente Diretor; Fiscal Administrativo; Encarregado de Setor Financeiro; Encarregado de Setor de Material; Encarregado de Setor de Aprovisionamento; Encarregado de Setor de Aquisição; Encarregado de Setor de Pessoal; Gestor/Encarregado de Depósito; Chefe de Seção de Inativos e Pensionistas; Chefe de Seção Regional de Transporte Administrativo; Presidente e Membros de Comissão Especial de Licitação, para a licitação do tipo concorrência, e Membros de Comissão Permanente de Licitação; Responsável permanente pela liquidação de despesas, em órgãos setoriais e de apoio setorial; e Servidor civil que exerça cargo, função ou emprego de confiança.

45 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 45 Inc XVII, do art. 2, da Portaria nº 434, de 24 ago 94 e as contidas na DN-TCU nº 108/2010 e na Portaria-TCU nº 123/2011. Por fim, por intermédio do DIEx nº 286-SCCR/CCIEx (CIRCULAR), de 15 jun 12, o CCIEx encaminhou cópia do Of nº 05929/Astec/Ciset-MD, de 5 jun 12, e seu apenso (circular do TCU), pois considerando a previsão contida no art 2º da IN - TCU nº 67, de 6 jul 11, acerca da necessidade de se adotar medidas para resguardar o sigilo e preservar a confidencialidade das informações das Declarações de Bens e Rendas apresentadas pelas autoridades e servidores públicos federais, tendo em vista o disposto no art 325 do Código Penal (Violação de Sigilo Funcional) e no único do art 5º da Lei nº 8.730/ SISCONSIG/Margem Consignável/Reserva de Margem - Termo de Garantia de Aluguel Como visto no capítulo Sistemas, o SICONSIG é um sistema informatizado para gerenciar, em tempo real, as consignações em folha de pagamento dos descontos autorizados dos militares e pensionistas vinculados ao Comando do Exército Margem Consignável - vinculado diretamente ao tema, a Margem consignável (MC) que é um valor sobre a remuneração que pode ser objeto de desconto (obrigatório/autorizados) em folha do servidor. Na aplicação dos descontos, o militar não pode receber quantia inferior a 30% da sua remuneração ou proventos (art. 14, 3º, da MP nº 2215/2001). Desta forma, na implantação de descontos obrigatórios em favor da UG, deve se tentar conciliar o valor a ser inserido com a MC disponível. O cálculo da MC está regulado no art. 8º da Portaria nº 046-SEF, 1º jul 2005, sendo que a partir de 1º fev 2010, o SISCONSIG não considera o Auxílio-Invalidez (B09) para este cálculo (vide Parecer nº 053/AJ/SEF, de 19 ago 2009). O militar que tiver desconto excluído para implantação de Pensão Judicial ou Desconto Obrigatório ficará com a Margem Negativa. Também oportuno reforçar que na eventual hipótese de exclusão de desconto autorizado não fica o militar ou pensionista desobrigado de efetuar o pagamento da dívida. A Margem Consignável é on-line, portanto, a SEF/CPEx não interfere no processo. Logo, diante de uma quitação de empréstimo, a EC é responsável por excluir o desconto, sendo que, automaticamente, o valor da parcela retorna para MC. No caso de fraudes em contracheques (implantação de desconto indevido), as OM deverão seguir o previsto na NI nº 341/CPEx, de 22 set Reserva de Margem- Termo de Garantia de Aluguel - É condição essencial que o termo só pode ser firmado após feita a reserva de margem consignável, concluindo-se que só pode ser concedido para quem tem Margem Consignável Exclusão de Descontos Autorizados - para excluir descontos autorizados é necessário excluir do SISCONSIG & FAP DIGITAL, publicando-se em BI, além de informar as EC, juiz, militar e todos os demais interessados. Deve se respeitar a ordem de exclusão do SISCONSIG, bem como ser amplamente justificada com seus respectivos amparos publicados em Boletim Interno (Vide Msg , de 21 mai 2010). Conforme Msg nº SATT, CIRCULAR, de 23 mar 12, ocorre nos casos de necessidade para implantação de desconto obrigatório, pensão alimentícia e adequação ao recebimento do mínimo de 30% (trinta por cento). A execução deverá ser processada via FAP digital e amplamente justificada, após a publicação da ordem no BI. Como alertado, o acesso ao SISCONSIG é obrigação do OD e da seção de pagamento. Logo, após ampla divulgação, desde 01 nov 11, a UG deve realizar todos os pedidos de exclusão de desconto no SISCONSIG, bem como pelo FAP digital, sendo que o CPEx só atenderá casos de redução de desconto por ordem judicial ou de não exclusão por falha devidamente comprovada no sistema.

46 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Módulo OD do SISCONSIG Confirme informado pelo CPEX, via DIEx no 1134-S6/Gab/CPEx, de 10 NOV 14, foi acrescentado no MÓDULO ORDENADOR DE DESPESAS do SISCONSIG o Submódulo RESERVA E EXCLUSÃO DE GARANTIA DE ALUGUEL. No submódulo RESERVA E EXCLUSÃO DE GARANTIA DE ALUGUEL, disponível exclusivamente ao Ordenador de Despesas, este poderá efetuar reserva de margem consignável para o Termo de Garantia de Aluguel, bem como excluí-la por término do contrato. Conforme consta no Manual do SISCONSIG, a reserva de margem para Termo de Garantia de Aluguel somente pode ser efetuada se o consignante dispor de margem livre que atenda o valor a ser reservado. Não deve ser excluído desconto com a finalidade de reservar margem para Termo de Garantia de Aluguel. Por fim, o CPEx informou que o Manual do SISCONSIG está em fase final de revisão e será disponibilizado no site da intranet do CPEx a versão atualizada com o Submódulo RESERVA E EXCLUSÃO DE GARANTIA DE ALUGUEL Margem Consignável dos Pensionistas Militares Diante da necessidade de adequação aos ditames da Lei nº 1.046/1950, e tendo em vista que as legislações militares regulam a materia sem, entretanto, abranger os pensionistas, a margem consignável dos pensionistas militares ficou definida em 30%, somente para os descontos autorizados, diferenciando-se da margem de 70% dos militares que, na verdade, abrange o somatório de descontos obrigatórios e autorizados. A alteração entrou em vigor a partir de 1º de dezembro de 2011, conforme previsto na Portaria nº 014-SEF/2011, que alterou o art. 8º da Portaria nº 046-SEF/2005, não atingindo, por outro lado, os contratos firmados anteriormente à entrada em vigor da citada alteração, que deverão permanecer consignados em folha de pagamento até suas defenitivas extinções, obdecendo-se às regras administrativas previstas ao tempo de suas respectivas contratações (DIEx nº 1000S/6/Gab/CPEx, de 17 abr 13). 29. Tramitação de Solicitações ao CPEx Conforme Msg CPEx, de 15 jun 12, as solicitações de alteração de pagamento ou relacionadas à consignações deve ocorrer pelos documentos constantes das IG para a correspondência do Exército- EB10-IG , devendo ser assinadas de próprio punho, enquanto não houver certificação digital nos documentos, poderão ser encaminhadas pelos seguintes meios de comunicação: - estafeta da UG; - Carta/SEDEx endereçada ao CPEx; - via EBnet, desde que estejam assinadas e escaneadas; - via fax: (61) ou (61) ou pelo ritex: ou (telefones atuais, em função da mudança do CPEx para o QG no SMU em Brasília-DF). Observar para enviar as solicitações somente por um meio de comunicação e evitar o reenvio delas, eliminando assim, duplicidade de documentos no protocolo daquele Centro. O bloqueio e reversão, pode ser solicitado por meio de mensagem SIAFI, a fim de dar celeridade no atendimento e, principalmente, evitar o dano ao erário. 30. Pensão Civil concedida à filha maior, cujo estado civil seja diferente de solteira O Anexo A do B Info 02/2012 transcreveu o DIEx n /Div Jur/5ª RM-5ª DE CIRCULAR, de 14 fev 12, o qual encaminhou o Of nº 3-DCIPAS CIRCULAR, de 8 fev 12, no sentido de esclarecer que é indevida a existência de pensão CIVIL quando o estado civil declarado pela beneficiária for diferente de solteira. Na oportunidade, vale ressaltar que a Pensão MILITAR obedece outra legislação. 31. Férias não gozadas

47 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 47 No ano de 2012, a SEF manifestou-se sobre a possibilidade de se efetuar o pagamento de férias não gozadas ou a contagem em dobro para fins de inatividade por meio do seguintes documento: DIEx nº 112-Asse1/SSEF/SEF, de 7 NOV No entender da aludida unidade gestora, as férias não gozadas poderiam ser contadas em dobro para a inatividade remunerada, eis que adquiridas antes de 29 DEZ 2000, conforme o art. 36 da MP , de No entanto, manifestou dúvidas se essa contagem em dobro seria obrigatória ou facultativa. 5. Com razão essa ICFEx. Os períodos de férias adquiridas antes de 29 de dezembro de 2000 e não gozadas podem ser contados em dobro para efeitos de passagem à inatividade, conforme preceitua o art. 36 da MP , de 2001: [...] 6. Alternativamente, contudo, o militar pode gozar as férias, eis que ainda se encontra na ativa. Corrobora com esse raciocínio o entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o direito às férias somente prescreve cinco anos depois da passagem do militar para a reserva. Enquanto em atividade, pois, o militar poderá exercer o direito conquistado, gozando as férias adquiridas mesmo em Em face do exposto, esta Secretaria concorda com o entendimento dessa Setorial: o Cap [...], poderá utilizar em dobro o período de férias não gozadas relativo ao ano de 1997 para efeitos de inatividade; ou poderá gozá-las com o saque do respectivo adicional calculado sobre a remuneração atual, mediante, ainda, a inclusão no Plano de Férias da OM a que pertence. Posteriormente, em função da repercussão do assunto entre as UG, aquela Secretaria se manifestou sobre o procedimento mais apropriado para fazer essa verificação. É possível observar que a sindicância é considerada o melhor procedimento, conforme a seguir: DIEx nº 143-Asse1/SSEF/SEF, de 1º OUT [...] cabe então realizar uma esclarecedora análise jurídica do assunto: b. Tratando-se de militar que se encontra na inatividade remunerada, não lhe resta outra saída a não ser receber em pecúnia as férias não gozadas. Quanto à alegação da impossibilidade de gozo de férias por conta da incidência de prescrição, vale ressaltar que esse entendimento não mais subsiste por conta de manifestação proferida no STJ por meio do AgRg no AREsp /BA. Quanto ao marco inicial para a contagem do prazo prescricional, a citada decisão judicial estabelece duas situações distintas, a saber: 1) período de férias não gozados e adquiridos por militares da ativa: não há que se falar em prescrição, já que as férias podem ser usufruídas a qualquer momento; 2) período de férias não gozados e adquiridos por militares da reserva: o direito a indenização de férias não gozadas tem por início com a impossibilidade de não mais usufruí-las, ou seja, com a passagem para a inatividade. d. Seguindo adiante, a Setorial Contábil entendeu que, ao contrário do que prescreve o DIEx nº 112-Asse1/SSEF/SEF, não foi instaurada sindicância com

48 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 48 vistas a apurar eventual direito do militar, e sim uma auditoria, cujo resultado foi transcrito em suas alterações. Por conta disso, não restaria observado exigência necessária à concessão do pedido; e. A exigência de sindicância no caso paradigma se deu diante da ausência de documento que atestasse tal situação. Vislumbra-se, no caso em comento, dois documentos públicos que corroboram a alegação do militar: ficha de controle de proventos elaborado pelo Chefe da Seção de inativos da DCIPAS e folhas de alteração do militar referente ao 2 semestre de 2009, onde consta 'em auditoria realizada nas suas alterações, ficou comprovada a existência de período de férias não gozadas (...) por ocasião da prestação de serviço militar obrigatório (...).' Documentos públicos gozam de presunção de veracidade, não ilidida por prova em contrário; f. Quanto à discussão a respeito do nome dado ao procedimento capaz de atestar a veracidade das informações, se " sindicância" ou " auditoria", entende esta Secretaria que mais importante do que isso é ater-se à maneira como o procedimento se deu: se foi analisado todos os documentos relevantes ao deslinde da questão, se foi ouvido o militar interessado, dentre outras questões que porventura se mostrarem relevantes ao caso. Não restam dúvidas de que a sindicância é o melhor procedimento para solucionar dúvidas, por estar devidamente regulamentada em legislação específica; (grifo nosso) g. Não cabe a esta Secretaria questionar a validade da auditoria, visto que sua solução foi base para a elaboração das já citadas ficha de controle de proventos ( DCIPAS) bem como as folhas de alteração do militar. Importante ressaltar, repita mais uma vez, diante de dúvidas a respeito da veracidade das informações contidas é admissível a elaboração de prova em contrário, já que os documentos públicos gozam de presunção relativa de veracidade. DIEx nº 190-Asse1/SSEF/SEF, 26 NOV [ ] será analisado pormenorizadamente os questionamentos levantados pela PMB: 4) Os casos vislumbrados por esta Secretaria até o presente momento são de militares que deixaram de gozar férias em momento oportuno, não havendo qualquer tipo de registro. Diante disso, opinou-se pela necessidade de instauração de um procedimento, preferencialmente sindicância, capaz de atestar a veracidade das alegações. Não há dúvidas que o comando contido no 4 do art. 63 é de aplicabilidade obrigatória. No entanto, como saber o fundamento que deu amparo para o não gozo de férias se não há nada escrito? Na maioria das vezes, trata-se de situação ocorrida há mais de 30 anos. Ora, diante desse aparente conflito (observância do art. 63, 4, da Lei 6880/80 erro administrativo- ausência de registro) não pode o militar versus interessado restar prejudicado pelo fato da Administração não ter acostado o fato em seus assentamento; (grifo nosso) 5) Portanto, esta Secretaria entende que diante da alegação de não gozo de férias deverá ser instaurado procedimento, preferencialmente sindicância, com vistas a comprovar os fatos alegados. Dessa forma, buscará ter acesso a toda documentação existente (folhas de alteração e ficha financeira, dentre outros).

49 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 49 O militar responsável pela sindicância deverá levar em consideração o comando contido no 4 do art. 63 da Lei 6880/80, quando possível. O citado dispositivo é aplicado a todos os casos de não usufruto das férias em momento oportuno, já que o direito a férias é regra geral. No entanto, não pode o requerente ser prejudicado por patente omissão administrativa, já que o citado dispositivo, na parte final diz claramente "( ) registrando-se os fatos em seus assentamentos. (grifo nosso) 2) Diante da ausência de documentação escrita comprovando o gozo ou não de férias adquiridas, necessário se faz a instauração de um procedimento capaz de atestar a veracidade das alegações. Tal procedimento deverá se utilizar da documentação cabível ao caso: folhas de alteração bem como fichas financeiras. Ao final, sua conclusão deverá ser publicada em BI.

50 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 50 VIII - ROL DOS RESPONSÁVEIS Documento extraído do SIAFI e que integra a Prestação de Contas Anual (PCA) da Unidade, relacionando todos os servidores que exerceram função administrativa e os respectivos períodos. Integram o Rol dos Responsáveis: COD NATUREZA DE RESPONSABILIDADE CARGO OU FUNÇÃO OBSERVAÇÃO Ordenador de Despesas Comandante da Unidade Exceto, Cmdo RM/Cmdo Bda/Cmdo Militar de Área Ordenador de Despesa por Delegação de Competência Oficial Superior com precedência hierárquica aos demais Agt Adm da Unidade Cmdo RM/Cmdo Bda/Cmdo Militar de Área Responsável pela Conformidade de Registro de Gestão Encarregado da Conformidade dos Registros de Gestão Dirigente Máximo da UJ que Apresenta as Contas Oficial General Cmdo RM/Cmdo Bda Responsável pelos Atos de Gestão Financeira Encarregado do Setor Financeiro (Tesoureiro) Responsável pela Gestão do Patrimônio Bens Móveis Fiscal Administrativo Gestor de Pessoal S1 - Encarregado do Setor de Pessoal Gestor de Pessoal Encarregado dos Direitos de Inativos/Pensões Chefe da Seção de Inativos e Pensionistas Quando o responsável pelo pagamento de inativos e pensionistas não for o próprio Enc St Pes O Rol dos Responsáveis sofreu alteração no exercício de A principal mudança foi o lançamento da efetiva gestão (titular e substituto) realizada pela transação ATUEFETGES - Atualiza Efetivo Gestão. Já a transação CONEFETGES - Consulta Efetiva Gestão, permite consultar os períodos de efetiva gestão lançados, além de poder atualizar algum dado já existente ou até mesmo incluir um outro período para determinado agente, lançado anteriormente. Entretanto, em 2009, essas transações foram excluídas do SIAFI. Os procedimentos para lançar os dados dos agentes (titular, substituto e interino) continuam sendo realizados por intermédio das transações ATUAGENTE E CONAGENTE. Sobre o assunto, transcreve-se o documento a seguir, com orientação24 da SFC/CGU: (Transcrição Msg SEF, de 8 DEZ 09) DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS 24 Msg , de 27 nov 09, da GSCON/SFC/CGU ( ) DADA A PROXIMIDADE DO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO DE 2009, ALERTAMOS AS UNIDADES GESTORAS QUE PROVIDENCIEM EM TEMPO HÁBIL A ATUALIZAÇÃO DO CADASTRO DE AGENTES RESPONSÁVEIS NO MÓDULO CONTASROL DO SIAFI. CABE LEMBRAR QUE PARA O EXERCÍCIO DE 2009 A TRANSAÇÃO PARA LANÇAMENTO DA EFETIVA GESTÃO DOS RESPONSÁVEIS FOI SUPRIMIDA. DESSA FORMA, NÃO HAVERÁ LANÇAMENTOS RELATIVOS A PERÍODOS DE AFASTAMENTOS, FÉRIAS, LICENÇAS, VIAGENS E OUTROS. ASSIM, AS UNIDADES DEVERÃO APENAS MANTER ATUALIZADO O CADASTRO COM OS REGISTROS DOS AGENTES TITULAR, SUBSTITUTO E INTERINO, SE HOUVER, DAS NATUREZAS DE RESPONSABILIDADES.

51 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 51 REF: MENSAGEM SIAFI 2009/ GSCON/SFC/CGU, DE 27 DE NOVEMBRO DE INFORMO AOS ORDENADORES DE DESPESAS (OD) QUE DE ACORDO COM O DOCUMENTO DA REFERENCIA, NÃO HÁ NECESSIDADE DE LANCAMENTO NO ROL DE RESPONSAVEIS, DOS PERIODOS DE AFASTAMENTO, FERIAS, LICENCAS, VIAGENS E OUTROS, RELACIONADOS AS ATIVIDADES DOS AGENTES DA ADMINISTRACAO DAS UNIDADES GESTORAS (UG) 2. AINDA, CONFORME ORIENTACAO DA COORDENACAO-GERAL DE CONTAS DO GOVERNO GSCON, AS UG DEVERAO MANTER ATUALIZADO APENAS O CADASTRO COM OS REGISTROS DOS AGENTES TITULARES E SUBSTITUTO COM AS RESPECTIVAS NATUREZAS DE RESPONSABILIDADE E DATAS DE NOMEACAO E DE EXONERACAO. 3. DIANTE DO EXPOSTO, ESTA SECRETARIA INFORMA QUE O BOLETIM INTERNO (BI), PREVISTO NO ARTIGO 173 DO REGULAMENTO INTERNO E DOS SERVICOS GERAIS R-1 (RISG), E O UNICO INSTRUMENTO DE CONTROLE DAS ALTERACOES OCORRIDAS COM O PESSOAL, NO QUE SE REFERE AS SITUACOES DE AFASTAMENTO DESCRITOS NO ITEM 1 DA PRESENTE MENSAGEM. Quanto ao preenchimento, atentar que o endereço informado para cada agente da administração arrolado deve ser o funcional, ou seja, aquele do domicilio da UG, conforme documento a seguir: (Msg SEF, de 01 NOV 06) DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS DAS UNIDADES GESTORAS 1. ESTA SECRETARIA, COM O PROPOSITO DE UNIFORMIZAR PROCEDIMENTOS NO AMBITO DAS UNIDADES GESTORAS, ORIENTA OS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS QUE SOMENTE DEVERA CONSTAR DO ROL DE RESPONSAVEIS, PARA CADA AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO ARROLADO, O ENDERECO FUNCIONAL, OU SEJA, AQUELE DE DOMICILIO DA PROPRIA UNIDADE GESTORA. CONSIDERANDO QUE: A O TCU, POR MEIO DO ACORDAO 2236/2006, PRIMEIRA CAMARA CONHECEU DO RECURSO IMPETRADO POR ORGAO GESTOR PARA, NO MERITO, DAR-LHE PROVIMENTO, TORNANDO INSUBSISTENTE A DETERMINACAO DA INCLUSAO, NO ROL DE RESPONSSAVEIS DOS ENDERECOS RESIDENCIAIS E ELETRONICOS DOS AGENTES ARROLADOS NO PROCESSO DE TOMADA DE CONTAS ANUAL DAQUELE ORGAO; B NO SIAFI NAO HA DISTINCAO ENTRE ENDERECO RESIDENCIAL E ENDERECO ELETRONICO UMA VEZ QUE O CAMPO DISPONIBILIZADO PARA PREENCHIMENTO E IDENTIFICADO SOMENTE COMO ENDERECO. Ainda, quando da Prestação Contas Anual (PCA), observar as orientações específicas sobre a impressão do Rol como relatório e o prazo correspondente para remessa. Com objetivo de melhor exemplificar o Rol de Responsáveis segue a seguir o Mapa Mental elaborado pela Assessoria 2 da SEF:

52 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 52 Fonte:

53 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 53 IX - PATRIMÔNIO 1. Considerações Gerais As Visitas de Auditoria têm comprovado deficiências no controle do patrimônio (material permanente/consumo). A matemática é simples, ou seja, a entrada menos o consumo deve ser igual ao estoque físico existente. Entretanto, parece que isto não é o principal. Importante, além da matemática, é o EFETIVO CONTROLE do material. Por isso, é imperioso que a OM SEMPRE tenha capacidade de responder, prontamente: - quem pediu material? - por quê? qual o motivo/destino/aplicação? - se a quantidade é compatível para atender aquela demanda/solicitação? - quem autorizou? 2. Controle Para tanto, uma simples e elementar ferramenta de controle é o PEDIDO ESCRITURADO e devidamente autorizado pelo Fiscal Administrativo e/ou outros. A SEF há muito tempo vem mostrando a sua preocupação com o assunto, como pode-se ver no teor da Msg SIAFI 2008/ D Cont, de 06 nov 08: DO: DIRETOR DE CONTABILIDADE AO: SRS CHEFES DE ICFEX 1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS UG VINCULADAS A ESSA ICFEX COM RELAÇÃO AO CONTROLE PATRIMONIAL. 2. VISANDO À PADRONIZAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DO CONTROLE PATRIMONIAL EXECUTADO PELAS DIVERSAS UG VINCULADAS A ESSA INSPETORIA, SOLICITO-VOS ORIENTÁ-LAS NO SENTIDO DE REGISTRAREM SUAS MOVIMENTAÇÕES DE ESTOQUE (RMA E RMB) NO SISTEMA DE CONTROLE FÍSICO (SISCOFIS). 3. OS RELATÓRIOS GERADOS PELO SISCOFIS (RMA E RMB) DEVERÃO SER APRECIADOS NA REUNIÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS MENSAL, NOS MOLDES DO QUE PRECONIZA O ART 15, DA PORT 009-SEF, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1999; OCASIÃO EM QUE SERÃO COMPATIBILIZADOS COM OS RESPECTIVOS SALDOS CONTÁBEIS GERADOS PELO SIAFI. 4. OS RELATÓRIOS EM COMENTO, UMA VEZ APROVADOS PELO OD, SERÃO ARQUIVADOS NA FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, OU SEÇÃO EQUIVALENTE (SUPORTE DOCUMENTAL), CONFORME ITEM DO ROTEIRO PARA A EXECUÇÃO DA CONFORMIDADE DE SUPORTE DOCUMENTAL, E CONSTARÃO DE SEU VERSO AS OBSERVAÇÕES QUE SE FIZEREM NECESSÁRIAS. 5. É IMPERIOSO QUE OS OD DE SUAS UG DE VINCULAÇÃO ADOTEM ESTES PROCEDIMENTOS AINDA NO CORRENTE EXERCÍCIO FINANCEIRO. BRASÍLIA, DF, 6 DE NOVEMBRO DE GEN DIV MÁRCIO ROSENDO DE MELO DIRETOR DE CONTABILIDADE Assim, são destacados a seguir os procedimentos obrigatórios que auxiliam no controle patrimonial:

54 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 54 - publicar em BI as entradas e saídas de material, para fins de registro no SISCOFIS; - o Fiscal administrativo deve consolidar as movimentações referentes aos bens patrimoniais e publicá-las, semanalmente, obedecendo o princípio da oportunidade; - a UG deverá proceder, no mínimo uma vez por mês, à conciliação entre os registros das movimentações patrimoniais realizados no SIAFI com os registros realizados no SISCOFIS, o que facilitará a verificação e a correção de possíveis divergências entre os saldos no mês em que elas efetivamente ocorrerem; - além do registro imprescindível de todas as entradas e saídas de material no SISCOFIS, é de extrema importância que a UG realize, pelo menos ao final de cada exercício, por ocasião da Prestação de Contas Anual, o levantamento físico do seu estoque, apurando as divergências deste com os saldos registrados no SISCOFIS e em seguida, comparando com os saldos da contabilidade. Esta é a oportunidade para a UG verificar eventuais falhas no sistema de controle, identificando-as e apurando eventual irregularidades; e - ainda, conforme determina o Art. 142 do RAE, na transmissão de responsabilidade por bens móveis, (material permanente e/ou consumo) deverá ser realizada a conferência da escrituração e o exame quantitativo e qualitativo do material. Para auxiliar o controle do material recomenda-se observar os Fluxogramas de Pedido e Entrada de Material na UG, disponíveis no Anexo C da presente Nota Informativa Especial e, também, na página da 5ª ICFEx, no link 3. Relatórios Os relatórios gerados pelo SISCOFIS (RMA e RMB) devem ser apreciados na Reunião de Prestação de Contas Mensal, nos moldes do que preconiza o n 3, do Anexo, da Port 012-SEF, de 27 dez 12, ocasião em que serão compatibilizados com os respectivos saldos contábeis gerados pelo SIAFI. Caso haja divergências, estas deverão constar no RPCM, com a devida conciliação. Uma vez aprovados pelo OD, os relatórios devem ser enviados para a Seção de Conformidade de Registro de Gestão (SCRG), para o conformador tomar as seguintes providências: a. verificar a compatibilidade dos saldos: 1) caso esteja compatível, registrar a conformidade sem restrição ; restrição ; 2) caso não esteja compatível, mas conciliado no RPCM, registrar a conformidade sem 3) caso não esteja compatível, nem conciliado no RPCM, registrar a conformidade com restrição, código 920-SALDO CONTABIL DO ALMOX. NAO CONFERE C/RMA ou 921SALDO CONTABIL BENS MOVEIS NAO CONFERE C/RMB. b. arquivados os relatórios, conforme inciso VII, do 2, da mesma Port 012-SEF, de 27 dez 12, e constarão de seu verso as observações que se fizerem necessárias. 4. Bens e Materiais em Trânsito

55 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 55 Não deve existir saldo nas contas de Bens Móveis e Materiais em Trânsito por mais de um mês, conforme letra c, do item 4.2.4, do Manual SIAFI Manual de Análise dos Demonstrativos e Auditores Contábeis. Verificar o Capítulo Aspectos Contábeis/Financeiros. 5. Doações Não aceitar doações de material da Receita Federal e/ou outro órgão, caso não seja utilizado, efetivamente pela OM, bem como não alienar (vender, permutar, etc). Importante atentar para o fato de que o recebimento de qualquer material, deve vir acompanhado de Guia, ou Termo de Doação, ou, ainda, no caso de material da Receita Federal, do ADM (Ato de Destinação de Mercadoria) para que o possa ser incluído ou relacionado no patrimônio da UG. Não esquecer que uma via do Termo de Doação deve ser arquivado na SCRG. O B Info 03/2010 transcreveu as Portarias nº Cmt Ex, de 15 Ago 03 (Estabelece as condições para a solicitação e recebimento, por cessão, de bens apreendidos, abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal) e Portaria nº 12 - D Log, de 1º Out 03 (Aprovou as Normas para o Recebimento por Cessão e/ou Doação do Material da Gestão do Departamento Logístico, por Organizações Militares do Exército). Ainda, sobre o tema, recomenda-se consultar o capítulo Diversos, onde é publicado documento regulando procedimentos sobre doações e patrocínios recebidos pela UG. Cabe recordar que a Msg D Aud, de 28 Jun 01, publicada no B Info 06/2001, determina que a UG que receber doações de bens, equipamentos materiais ou qualquer título, deverá providenciar o cadastramento do doador no SIAFI antes da assinatura do Termo de Doação ; a inscrição no SIAFI deverá ser realizada através da transação ATUCREDOR e deverá conter todos os dados da pessoa física ou jurídica que efetuar a doação. 6. Descarga Conforme está previsto no Regulamento de Administração do Exército (RAE), no caso de inservibilidade de material, o mesmo poderá ser descarregado, sem a necessidade da confecção do Termo de Exame e Averiguação de Material (TEAM), quando o material preencher, simultaneamente, as três condições abaixo: a) for de tempo de duração indeterminado ou tiver atingido o tempo mínimo de duração previsto; b) for de valor atual inferior a 5 (cinco) MVR (Maior Valor de Referência); ou outro índice que venha a substituí-lo; e c) não for controlado. É importante ressaltar que por meio do inciso III, do art. 3º, da Lei nº 8.177, de 01 Mar 91, foi extinto o MVR. Em substituição ao supracitado indexador da economia, a Administração Pública passou a utilizar o equivalente a 0,25% (zero, vinte e cinco por cento) do valor previsto no inciso II, do art. 24, da Lei nº 8.666/93, conforme consta no Of. N 062-A/2, de 8 Maio 07, da SEF, ou seja, o MVR passou a valer R$ 200,00 (duzentos reais). Portanto o valor da letra b), acima mencionada pode ser considerado como o de R$ 1.000,00 (um mil reais). 7. Uniforme/Equipamento - Missão no Haiti

56 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 56 O DIEx nº 412-SGLFE/D Abst - CIRCULAR, de 23 jul 12, encaminhado às RM, orienta sobre destinação patrimonial a ser dada a alguns itens fornecidos aos integrantes de Unidade de Força de Paz, quando a Unidade for formada dentro da área de responsabilidade da Região Militar: a. capacete balístico - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para a missão, deve ser providenciada a transferência patrimonial, via SIAFI, para o Cmdo Ba Ap Log Ex (CODUG ). Ao final da missão o militar deixará o capacete no Haiti e o mesmo passará a ser de responsabilidade da Base Ap Log Ex, a quem caberá repatriá-lo e manutení-lo, sendo que eventuais sobras resultantes (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidas ao OP da RM em questão e posteriormente encaminhados ao 1º D Sup; b. uniformes em geral - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para a missão, deve ser descarregado/desrelacionado. Nenhum item de uniforme será recolhido do militar quando do retorno da missão e eventuais sobras (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidas ao OP da RM e contabilizados na próxima IAFEx; c. equipamentos em geral - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para a missão, deve ser providenciada a transferência patrimonial, via SIAFI, para o Cmdo Ba Ap Log Ex (CODUG ). Ao final da missão o militar deixará seus equipamentos no Haiti e os mesmos passarão a ser de responsabilidade da Base Ap Log Ex, a quem caberá repatriá-los e manutení-los, sendo que eventuais sobras resultantes (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidas ao OP da RM em questão e posteriormente mandados ao 1º D Sup; e d. saco de campanha - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para a missão, deve ser descarregado. O item será recolhido do militar quando do retorno da missão, e incluído na carga da Unidade de origem, do militar, como material de 2ª Classe, sendo que eventuais sobras resultantes (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidas ao OP da RM em questão. 8. Inventários Por ocasião da Prestação de Contas Anual a UG deve remeter a Setorial Contábil de Vinculação, devidamente assinado pelo Ordenador de Despesa e pelo Fiscal Administrativo, o inventário extraído do SISCOFIS em 31 de dezembro, das contas contábeis abaixo: a XX.YY - Bens Móveis (material permanente), acompanhado do RMB; e b. 11.3XX.YY.KK - Bens e Valores em Circulação (material de distribuição, material de consumo e para doação), acompanhado do RMA; Na remessa dos inventários deve ser observado o seguinte: a. os valores constantes do inventário deverão estar conciliados com os valores constantes do RMA, RMB e SIAFI; b. as quantidades e os bens constantes do inventário, RMA e RMB, deverão retratar fielmente a realidade patrimonial da UG (estoque físico); c. a UG deverá, junto com o inventário, remeter um documento em separado chamado "NOTA EXPLICATIVA", onde a(s) divergência(s) sfc, deverá(ão) ser devidamente esclarecida(s) ou justificada(s); d. quando não houver divergência(s) nas informações acima mencionadas, as notas explicativas deverão ser remetidas com a observação "sem alteração"; e. após as informações das divergências, ou do termo "sem alteração", constantes do documento "nota explicativa", deverá constar a seguinte expressão "as informações constantes deste documento e do inventário retratam a realidade patrimonial desta UG"; e

57 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 57 f. o inventário e o documento "Nota Explicativa" deverão estar com o nome do Ordenador de Despesas e do Fiscal Administrativo. 9. Uso Duradouro Sobre o assunto, destaca-se o seguinte ofício que deve ser seguido pelas UG: - (Transcrição do Of n 15 Dir/D Cont/SEF, de 01 Ago 07) Do Subsecretário de Economia e Finanças Ao Sr Chefe da 7ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército Assunto: registro contábil de material classe II. Referência: Ofício n 015-S/1-7ª ICFEx, de 09 de julho de Versa o presente expediente sobre procedimento para registro contábil de material classe II Material de Intendência, após ter sido distribuído do almoxarifado para as subunidades e/ou frações das organizações militares. 2. Sobre o assunto, e tomando por base consulta formulada por essa ICFEx, informo-vos que esta Secretaria entende que o registro contábil de materiais Classe II, deve, após ter sido distribuído do almoxarifado para as subunidades e/ou frações, receber o seguinte tratamento. a. Aspectos relevantes a considerar: 1) Portaria n 09 D Log, 27 de junho de 2002 Aprova as Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP) e dispõe no seu Art 8 que, são conceituações genéricas: a) XXXII Material de Consumo é todo item, peça, artigo ou gênero alimentício que se destina à aplicação, transformação, utilização ou emprego imediato e que, quando utilizado, perde suas características individuais e isoladas, quando suas características próprias têm permanência superior a 2 (dois) anos, chama-se material de consumo de duração elevado (grifo nosso); e b) XXXV Material de 2ª classe - é o material já usado, podendo ser reutilizado, após revisado e reparado, se for o caso; (grifo nosso). 2) Portaria n 012-SEF, de 12 de dezembro de 1990 Estabelece, em seu anexo, 7, a Ficha de Bens Móveis em Uso, que controlará o material de consumo de uso duradouro, caso venha a ser utilizada a Conta Contábil ) Norma de Execução n 4 C Cont/STN, de 31 de outubro de Com relação às despesas com material de consumo de uso duradouro, ou seja, aquele que apesar de normalmente considerado como material de consumo, necessita ser controlado com material permanente devido a sua maior durabilidade, quantidade utilizada ou valor monetário relevante, seu registro deverá ser efetuado através de evento especifico (grifo nosso).

58 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 58 4) Portaria n 023-DGS, de 31 de agosto 1999 Aprova as Instruções Reguladoras para a Distribuição de Fardamento (IR 70-04) Art. 5. As peças de fardamento e de roupa de cama e de banho devem ser escrituradas como patrimônio da OM nas Fichas Geral de Movimento de Material de Consumo e nas Fichas de Estoque de Material de Consumo no almoxarifado e, mesmo após distribuído, devem permanecer relacionadas como material de 2ª classe, nas Fichas Geral de Movimento de Material de Consumo na subunidade, como responsabilidade pessoal de seus usuários (grifo nosso). Art. 6. Qualquer peça de fardamento ou de cama e de banho que se tornar inservível, independente do tempo previsto de duração, após ser examinada e constatada a sua inservibilidade, será excluída do patrimônio ou desrelacionada, mediante publicação em Boletim Interno (BI), e deduzida dos respectivos fichários (grifo nosso). b. Orientações a serem seguidas: 1) o material de uso duradouro recebido dos órgãos provedores será registrado, na UG, nas Contas Contábeis Material de Consumo e Bens de Estoque; 2) enquanto o material permanecer no almoxarifado da UG, fica mantido o registro na Conta Contábil ; 3) após a movimentação do material do almoxarifado para a subunidade dependência, deverá ser gerada uma Nota de Lançamento NL com o evento Apropriação da Saída de Material de Almoxarifado ( ), e consequente entrada na conta Material de uso Duradouro ( ), quando da requisição ao almoxarifado; 4) após constatada a inservibilidade do material e o fato administrativo ter sido publicado em BI, emitir nova NL com o evento Transferência de Bens Móveis para o Estoque Interno e registro do Desfazimento de Bens Móveis (outras formas e alienação), obrigatoriamente, passando pela conta contábil Bens Móveis a reparar ou em processo de descarga; e 5) o material adquirido e classificado como de consumo deverá dar saída do OP; caberá à UG providenciar a entrada, recebimento a apropriação do material e sua consequente reclassificação. 3. Em consequência, solicito a essa ICFEx transmitir às suas UG vinculadas as orientações acima, para fins de estrito cumprimento. Gen Div SEBASTIÃO PEÇANHA Subsecretário de Economia e Finanças. Comentário: Onde se lê , leia-se Bens Imóveis 10.1 Escrituração e Acompanhamento de Bens Imóveis

59 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 59 Os Bens Imóveis sob a responsabilidade do Comando do Exército deverão estar registrados no SIAFI e contabilizados na conta XX - Imóveis de Uso Especial, onde "XX" é a classificação que melhor enquadrar o tipo de destinação do imóvel (ver quadro I da Macrofunção do Manual SIAFI). Dessa forma, NÃO deverão ser utilizadas contas diferentes, por exemplo: = Edifícios, ou = Aquartelamentos. Para estes exemplos, as contas corretas são = Edifícios e = Aquartelamentos. Enquanto a obra estiver sendo executada, deve ser classificada como Bens imóveis em andamento, assim definida pela Parte II-PCP, do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP): Bens imóveis em andamento: compreende os valores de bens imóveis em andamento, ainda não concluídos. Exemplos: obras em andamento, estudos e projetos (que englobem limpeza do terreno, serviços topográficos etc), benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros. As contas mais utilizadas que contemplam os Bens imóveis em andamento são as seguintes: Estudos e Projetos; Obras em Andamento; e Almoxarifado de Obras. Estas contas exigem contas-correntes, que correspondam à Inscrição Genérica, cujo objetivo é a individualização de cada obra. Os procedimentos para cadastramento da Inscrição Genérica são os seguintes: 1) através da transação >ATUGENER implantar a Inscrição Genérica IM, da seguinte forma: 2) após a abertura da tela específica, no vídeo do SIAFI, digitar no campo intitulado "TIPO" a sigla IM (Individualização de Imóveis); 3) no campo intitulado "CÓDIGO" transcrever nos dois primeiros dígitos o código numérico correspondente à Região Militar (01 a 12), no caso da 5ª RM, utilizar 05 ; nos dois dígitos seguintes (3º e 4º) transcrever uma das siglas seguintes: OC, OM, RC ou RI; os três dígitos finais estão reservados para o número individualizado do Imóvel em construção ou construído (numeração sequencial); a numeração sequencial pode ser consultada por meio da transação >CONGENER, do SIAFI. 4) no campo intitulado "TÍTULO" especificar de forma reduzida o nome da obra a ser construída; e 5) no campo intitulado "DESCRIÇÃO", informar obrigatoriamente de forma detalhada, as especificações da obra, área etc, ou seja tudo que possa esclarecer questionamentos dos Controles Interno e Externo, inclusive o número do Convênio, quando for o caso. Significado das Siglas: O significado das siglas a serem transcritas no 3º e 4º dígitos do campo "CÓDIGO" são as seguintes: OC = "Obras de Cooperação", onde estarão inseridas todas as obras decorrentes de recursos orçamentários recebidos de outros órgãos, por meio de convênios, quando o concedente dos recursos é integrante do SIAFI (Destaques);

60 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 60 OM = "Obras Militares", onde estarão inseridas todas as obras decorrentes de recursos orçamentários do MEx gerenciados ou não pela DOM; RC = Obras decorrentes de "Recursos de Convênios", onde o concedente não seja integrante do SIAFI (Estados, Municípios, etc), ou seja, quando a SEF descentraliza o crédito e o concedente repassa o numerário; e RI = Obras Executadas com "Recursos Internos" provisionados pelo Fundo do Exército, os quais se subdividem em 03 (três) tipos: a - Recursos financeiros captados pelas UG, necessitando apenas de crédito sem sub-repasse; b - Recursos gerenciados pelo DEC; e c - Recursos autorizados pelo Sr Comandante do Exército. Para essas três situações específicas (dentro da sigla RI) são determinadas as seguintes sequências de numeração na inscrição/conta-corrente IM: - numeração (centena) iniciada com os dígitos 1,3,5, ou 7, para obras autorizados pelo Sr Comandante do Exército. Exemplo: Obras determinadas pelo Sr Comandante em UG sediada na 5ª RM: IM 05RI1XX (ou 3XX; 5XX; 7XX); - numeração (centena) iniciada com os dígitos 2,4,6 ou 8, para obras com recursos financeiros captados pela própria UG (necessidade apenas de crédito sem sub-repasse). Exemplo: Obra com recursos próprios da UG sediada na 5ª Região Militar: IM05RI2XX (ou 4XX; 6XX; 8XX); - numeração (centena) iniciada com o número 9, para obras gerenciadas pelo DEC com recursos da UG Secundária. Exemplo: Obra com essa especificação em UG jurisdicionada a 7ª Região Militar: IM07RI9XX; - numeração (centena) iniciada com o número 0XX (de 001 à 099), dentro da sigla RI, se constituirá como "Reserva" do Fundo do Exército, a qual só será utilizada com autorização da SEF. Obs.1: Para as outras siglas (OC, OM e RC) poderá ser utilizada qualquer numeração no formato centena XXX, sequencial por obra construída ou em construção, consultada a transação >CONGENER, do SIAFI. Obs.2: Não se deve utilizar 999. A liquidação das despesas relativas às obras em andamento devem ser realizadas após a conclusão de cada etapa, conforme contrato, por intermédio do SICON/CRONOGRAMA, ou por meio do CPR, do Novo SIAFI, observando a Inscrição Genérica de cada obra. Após a conclusão da obra referente a bens de uso especial, o saldo deve ser transferido à Região Militar responsável pelos bens imóveis, com o evento abaixo: Evento Inscrição (1) (1) Inscrição Genérica Inscrição 2 Classif. 1 Classif. 2 Valor $$$

61 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 61 Ao emitir a NL anteriormente exemplificada, será baixado o saldo da UG que estava realizando a obra e será contabilizada a conta Bens Imóveis a Classificar na Região Militar. A Região Militar, ao identificar a obra, imediatamente baixa a conta Bens Imóveis a Classificar na Região Militar e realiza o registro no SPIUNet. A fim de realizar as contabilizações supramencionadas, é importante que as UG, SRO/CRO e Regiões Militares realizem as providências previstas nas Normas de Administração de Obras Militares (NAOM), particularmente as previstas no Art. 39: Art. 39. O Termo de Exame, Recebimento e Entrega de Obra (TEREO) é o documento que transfere a benfeitoria da responsabilidade da CRO / SRO para a OM, bem como possibilita a atualização patrimonial do imóvel da União. 1o O TEREO deverá ser elaborado em 4 ( quatro ) vias: 1 ( uma ) para a DOM; 1 (uma) para o Serviço de Patrimônio da Região Militar; 1 ( uma ) para a CRO / SRO; e 1 ( uma ) para a OM usuária. 2o A Comissão entregará o TEREO à CRO / SRO, que providenciará a remessa das vias aos seus destinos. 3o O TEREO deverá ser elaborado até 15 ( quinze ) dias após o Recebimento Provisório, visando a possibilitar a execução das correções, pela empresa executora, dos problemas surgidos devido ao uso, antes do Recebimento Definitivo da obra pelo contratante. Art. 39 O Termo de Exame, Bens imóveis em andamento: compreende os valores de bens imóveis em andamento, ainda não concluídos. Exemplos: obras em andamento, estudos e projetos (que englobem limpeza do terreno, serviços topográficos etc), benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros. (Grifo nosso) É importante ressaltar que as obras realizadas nos bens da unidades por meio das ND , , , ou 4490XX, referem-se à categoria econômica 4-despesa de capital e, portanto causam um acréscimo patrimonial. Este fato faz com queo OD e seus agentes da administração tenham a necessidade de realizar uma criteriosa seleção das Naturezas de Despesas a serem utilizadas, para que não sejam feitas despesas de capital em obras ou serviços de engenharia que não irão ocasionar aumento patrimonial. Caso a obra seja Bens de Uso Comum (estradas, ruas, praças, etc.), não cabe registro de acréscimo patrimonial, devendo ser baixada com o evento

62 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 62 X - ASPECTOS DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRA No capítulo Introdução, foi dito que a administração da UG deve seguir os princípios encartados no texto constitucional, bem como outros correlatos, independente de estarem explícitos na legislação esparsa que envolve a Administração. Neste cenário, torna-se imperioso apresentar algumas recomendações que reforçam a necessidade de conhecer e, principalmente, aplicar os citados princípios: 1.1. Controle da Execução Orçamentária - Aplicação de Recursos Públicos - Finalidade Orientações do Comandante do Exército - recomendação25 na aplicação dos recursos públicos: 2. Informo a V Exa que, no cumprimento das suas atribuições regimentais de controle interno, esta Secretaria tem constatado a ocorrência de possíveis impropriedades ou mesmo despesas que, embora regulares, aparentam estar distantes da finalidade dos recursos recebidos, mormente aquelas relativas a destaques e convênios, ocasionando questionamentos, seja por parte de órgãos externos (TCU e Ministério Público, por exemplo), seja pela mídia. 3. Em consequência, o Sr Comandante do Exército recomendou-me sejam repassadas as seguintes orientações especiais acerca do assunto: a. quando do recebimentos dos recursos, antes de efetuar a licitação (quando for o caso) ou emissão de qualquer empenho, deverão os responsáveis da administração estudar atentamente: - a finalidade do recurso concedido; - a descrição do projeto/atividade; e - as despesas enquadradas nas ND específicas. b. durante todo o processo de execução da despesa, empenho por empenho, primar pelo bom senso, exercendo a análise crítica sobre cada ato administrativo praticado. Diante dessas recomendações, é pertinente diferenciar o significado de Desvio de Objeto e de Finalidade, visto que tal prática não é tão incomum quando da aplicação de recursos, em particular, daqueles transferidos por outros órgãos/entidades para execução descentralizada de ações de Governo. Para tanto, são apresentadas as lições extraídas do TCU26: Há desvio de finalidade quando os recursos transferidos têm aplicação distinta da que fora programada, sendo utilizados para alcance de outros objetivos. Pode ser citado, como exemplo, o caso do gestor que recebe recursos federais para aquisição de gêneros alimentícios do Programa Nacional de Alimentação Escolar (merenda escolar) e os aplica indevidamente na pavimentação de ruas do município. Nesse caso, os recursos foram transferidos para a aquisição de gêneros alimentícios, na execução do programa da merenda escolar no município, buscando atender as necessidades nutricionais dos alunos do ensino infantil e fundamental, matriculados em escolas públicas e filantrópicas, durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o seu crescimento, desenvolvimento, aprendizado e rendimento escolar, além da formação de hábitos alimentares saudáveis. 25 Of nº 009 a Gab Sect - SEF, de 30 jun 08, publicado no B Info 06/2008, destacando cuidados na aplicação dos recursos públicos. 26 Manual de Análise e Instrução de Tomada de Contas Especial - TCE do Tribunal de Contas da União TCU, disponível em

63 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 63 Sua aplicação, no entanto, se deu não apenas em itens distintos em relação ao previsto (serviços de pavimentação em lugar de compra de alimentos), mas com finalidades completamente distintas (melhoria da infraestrutura urbana de tráfego de veículos, em lugar do desenvolvimento de alunos com reflexos na melhoria do aprendizado). Há desvio de objeto quando os recursos transferidos têm aplicação distinta da que fora programada, porém buscando o alcance dos mesmos objetivos iniciais. Pode-se citar, como exemplo, o caso do gestor que recebe recursos federais para ações para minimizar os efeitos da seca, prevendo-se a construção de cisternas e de barragens de terra, para retenção de água das chuvas, e que, sem prévia autorização, acaba por construir menos cisternas que o previsto, aumentando o número de barragens de terra ou realizando outra ação também ligada ao combate à seca. A jurisprudência do TCU mostra que, via de regra, o desvio de finalidade é condenado, sendo motivo suficiente para o julgamento das contas pela irregularidade e condenação do responsável e/ou ente beneficiado à restituição dos valores indevidamente utilizados (vide, por exemplo, o Acórdão n 593/2008 Plenário). O desvio de objeto, por seu turno, é visto muitas vezes como falha de natureza formal, tendo em vista que a finalidade foi atingida, conduzindo ao julgamento pela regularidade com ressalvas das contas, se outras irregularidades graves não existirem, como pode ser observado no Acórdão n 923/2008-TCU - 2ª Câmara. Há, no entanto, alguns julgados que, mesmo descaracterizando o débito (pela aplicação dos recursos na finalidade inicial), consideram ter havido conduta enquadrável no artigo 16, III, alínea b, da Lei n 8.443/92, ou seja ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, julgando-se as contas irregulares e aplicando ao gestor faltoso a multa do artigo 5827, inciso II, da mesma Lei. Vide, como exemplo, o Acórdão n 1.960/2007-1ª Câmara. Assim, reforça-se o cuidado que o administrador deve observar quando da aplicação de recursos, em especial, aqueles decorrentes de convênios e/ou destaques, ou seja, quando determinada UG, por intermédio do MD/Comando do Exército, recebe crédito/recursos para execução de Programas/Finalidades específicas, como por exemplo: construção, reforma, manutenção de rodovias ou ferrovias, apoio a situações emergenciais, calamidades pública, operações de garantia da Lei e da Ordem, entre outras. Nesse sentido, transcreve-se a seguir recomendação do TCU, com destaque nosso: Ementa: determinação ao Ministério da Defesa (MD) para que oriente as Unidades Gestoras (UG s) vinculadas à execução dos 5º Jogos Mundiais Militares a: a) efetuarem, imediatamente após o recebimento dos bens adquiridos, o devido registro de incorporação patrimonial; b) absterem-se de realizar despesas fora da finalidade 27 Portaria/TCU nº 34, de 3 fev 12 fixa em R$ ,52, para o exercício de Revogada a Portaria/TCU nº 41, de 08 fev 11.

64 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 64 delineadas para o Projeto ou Atividade específica, no âmbito dos V Jogos Mundiais Militares; c) especificamente em relação à Comissão do Exército Brasileiro em Washington (UG ), apresentar descrição clara do objeto para conferir maior transparência às notas de empenhos emitidas na importação de produtos destinados aos V Jogos Mundiais Militares (itens a , TC /20105, Acórdão nº 1.443/2011-Plenário). DOU de , S. 1, p Aplicação de Recursos Públicos - Legalidade - Eficiência e Economicidade - já foi alertado neste documento sobre à obediência aos princípios informadores da Administração Pública28. O Comando do Exército, como não poderia ser diferente, demonstra a crescente preocupação e vigilância dos órgãos de Controle Interno e Externo na Gestão dos Recursos Públicos. Assim, não basta aplicar os recursos sob o manto da legalidade em sentido estrito. É preciso obedecer a outros princípios correlatos, como os princípios da razoabilidade, proporcionalidade, eficiência e economicidade. Sobre o assunto, tendo em vista sua relevância, são apresentados a seguir alguns trechos de recomendações da SEF: 1.3. Faturas de Energia Elétrica - Contrato de Fornecimento - Economicidade/Eficiência (Transcrição Msg DGO, de 03 jul 08) 1. ESTA DIRETORIA TEM SOLICITADO, POR AMOSTRAGEM, QUE DETERMINADAS UG REMETAM A COPIA DE SUAS FATURAS DE ENERGIA ELETRICA, COM O OBJETIVO DE ANALISA-LAS. 2. DO TRABALHO JA REALIZADO, FOI OBSERVADO QUE, EM SUA TOTALIDADE, DIVERSOS PROBLEMAS PERSISTEM, O QUE TEM CAUSADO GASTOS DESNECESSARIOS DE RECURSOS PUBLICOS. 3. ENTRE OS PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS ESTAO A CELEBRACAO DE CONTRATO INADEQUADOS AS CARACTERISTICAS DA OM, A NAO OBSERVANCIA DOS HORARIOS DE PONTA, DEMANDA UTILIZADA SUPERIOR A CONTRATADA, ALEM DO PAGAMENTO DE JUROS E MULTA. 4. SOBRE O ASSUNTO, ESTA DIRETORIA, COMO JA TEM FEITO, NOS ULTIMOS ANOS, EM VISITAS DE ORIENTACAO TECNICA, PALESTRAS EM PLANOS DE COOPERACAO DE INSTRUCAO E, PRINCIPALMENTE, ATRAVES DAS ORIENTACOES AOS AGENTES DA ADMINISTRACAO, DETERMINA AOS SRS OD QUE ANALISEM AS FATURAS DE ENERGIA ELETRICA E BUSQUEM A ORIENTACAO DE ENGENHEIROS DA SRO OU CRO, DE SUA REGIAO MILITAR, OU DA PROPRIA COMPANHIA GERADORA DO SERVICO, PARA QUE O CONTRATO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELETRICA SEJA O MAIS ADEQUADO AS CARACTERISTICAS DA OM. 5. POR FIM, LEMBRO AOS SRS OD QUE, ALEM DA LEGALIDADE DAS DESPESAS, TAMBEM DEVERAO SER OBJETIVOS DA GESTAO DOS RECURSOS ORCAMENTARIOS A EFICIENCIA E A ECONOMICIDADE Pagamentos de Juros e Multas (Transcrição Msg DGO, de 30 jul 08) 1. INFORMO AOS SRS OD QUE, DA ANÁLISE DAS FATURAS DE ENERGIA ELÉTRICA E DE TELEFONIA FIXA, CUJAS CÓPIAS VEM SENDO SOLICITADAS, POR AMOSTRAGEM, POR ESTA DIRETORIA, FOI OBSERVADA A COBRANÇA DE MULTAS E JUROS POR ATRASO DE PAGAMENTO, QUE NÃO FORAM CONTABILIZADOS CORRETAMENTE NOS SUBITENS 36-MULTAS INDEDUTÍVEIS E 37-JUROS. 28 Consultar capítulo Introdução

65 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl CONSIDERANDO QUE UM DOS OBJETIVOS DA CONTABILIDADE PÚBLICA É O DE DAR TRANSPARÊNCIA AOS FATOS ADMINISTRATIVOS PARA SUBSIDIAR AS TOMADAS DE DECISÃO, E QUE O PROCEDIMENTO RETROMENCIONADO TORNA INCORRETA A LEITURA DOS GASTOS REALIZADOS COM CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS ESTA DIRETORIA SOLICITA QUE: A. AS DESPESAS REALIZADAS COM MULTAS E JUROS SEJAM CLASSIFICADAS NO SUBITEM CORRETO, E NÃO COMO SERVIÇOS REALIZADOS; B. SEJAM IDENTIFICADAS AS CAUSAS DOS ATRASOS DE PAGAMENTOS, E UMA POSSÍVEL REVISÃO DOS PROCESSOS, QUE PERMITA A SUA LIQUIDAÇÃO COM MAIOR OPORTUNIDADE; 3. OS CITADOS PROCEDIMENTOS PERMITIRÃO QUE, APÓS IDENTIFICADO O VOLUME REAL DE GASTOS COM MULTAS E JUROS, ESTA DIRETORIA REALIZE GESTÕES NO SENTIDO DE REDUZIR OS GASTOS COM DESPESAS QUE NÃO TRAZEM RETORNO DE BENS E SERVIÇOS, BEM COMO MELHOR EVIDENCIAR OS GASTOS COM CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. (Transcrição Msg DGO, de 26 ago 08) 1. COM O OBJETIVO DE REDUZIR O ATRASO NAS LIQUIDACOES DE DESPESAS COM CONCESSIONARIAS DE SERVICOS PUBLICOS, E, CONSEQUENTEMENTE, OS GASTOS COM MULTAS E JUROS, ORIUNDOS DA DEMORA NO RECEBIMENTO DE FATURAS DE CONCESSIONARIAS DE SERVICOS PUBLICOS, ESTA DIRETORIA INFORMA QUE AS APROPRIACOES DESTAS DESPESAS PODERAO SER REALIZADAS COM BASE NAS FATURAS EMITIDAS POR MEIO DO SITIO DAS EMPRESAS, QUE FORNECEM ESSE SERVICO NA INTERNET. 2. POSTERIORMENTE, A NOTA FISCAL ORIGINAL, RECEBIDA POR MEIO DO CORREIO, DEVERA SER ANEXADA AO PROCESSO DE DESPESA REALIZADA. 3. SOLICITO, AINDA, AOS SRS OD, QUE REALIZEM GESTOES JUNTO AS EMPRESAS, PARA O AUMENTO DO PRAZO ENTRE A EMISSAO DA FATURA E O SEU RESPECTIVO VENCIMENTO. 4. POR FIM, LEMBRO AOS SRS OD QUE AS JUSTIFICATIVAS, PARA O PAGAMENTO DE JUROS E MULTAS, DEVERAO CONSTAR DO RELATORIO DE PRESTACAO DE CONTAS MENSAL, BEM COMO AS MEDIDAS ADOTADAS PELA UG PARA QUE SEJAM EVITADOS Suplementação de Crédito de Recursos da Ação 2000 do Programa de Gestão e Manutenção do Ministério da Defesa (PGM/MD) - o Of nº SGS/DGO/SEF - CIRCULAR, de 08 Set 08, do Sr Subsecretário de Economia e Finanças destinado aos Srs Comandantes de Região Militar, em decorrência de assuntos tratados na Reunião de Grandes Comandos Administrativos/2008, assim informa: 1. Versa o presente expediente sobre suplementação de crédito decorrente da deficiência na gestão dos recursos disponibilizados pela Ação 2000 do Programa de Apoio Administrativo [atual Programa de Gestão e Manutenção do Ministério da Defesa]. 2. Em atenção ao tema do número 1. acima tratado na Reunião de Grandes Comandos Administrativos do corrente ano, e atendendo solicitação dos Comandantes de Região Militar (RM) presentes, incumbiu-me o Sr. Secretário de Economia e Finanças de informar a V Exa que esta Secretaria comunicará à RM de vinculação, a Unidade Gestora (UG) que solicitar suplementação de crédito para concessionária de serviços públicos, cujo pleito, após análise da

66 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 66 Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO), seja enquadrado como deficiência na gestão dos recursos recebidos tais como: Vazamentos de água não identificados com tempestividade, utilização indiscriminada de telefonia fixa e celular, contratos de energia elétrica antieconômico, ultrapassagem da demanda contratada ou falta da implantação de medidas de controle de despesas Finalidade do Crédito Recebido (Transcrição Msg DGO, de 16 mar 09) 1. A FINALIDADE DO CREDITO RECEBIDO PELAS UG E DEFINIDA EM PLANEJAMENTO ESTRATEGICO (LEI DO PLANO PLURIANUAL PPA), DIRETRIZES ORCAMENTARIAS (LEI DE DIRETRIZES ORCAMENTARIA) E EXECUCAO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO DISCRIMINADOS NA ORCAMENTARIA ANUAL. UM EM NA LEI 2. NO QUE DIZ RESPEITO A ACAO 2000 DO PAA, ESTA DIRETORIA UTILIZA, AINDA, COMO INSTRUMENTOS DE ESPECIFICACAO DO ORCAMENTO, O PLANO INTERNO E O CAMPO OBSERVAÇÃO DA NOTA DE MOVIMENTACAO DE CREDITO (NC), ALEM DAS ORIENTACOES AOS AGENTES DA ADMINISTRACAO. 3. SOBRE O ASSUNTO ACIMA EXPOSTO, ESTA DIRETORIA DETERMINA AOS SRS ORDENADORES DE DESPESAS, O FIEL CUMPRIMENTO DAS FINALIDADES DOS CREDITOS RECEBIDOS E QUE, EM CASO DE DUVIDAS, RECORRAM AS SUAS ICFEX DE VINCULACAO OU A ESTA DIRETORIA, COM O OBJETIVO DE QUE NAO. SEJAM REALIZADAS DESPESAS PASSIVEIS DE ANULACAO, IMPUGNACAO E/OU RESSARCIMENTO 4. LEMBRO, AINDA, AOS SRS ORDENADORES DE DESPESAS, AO REALIZAREM DESPESAS, DEVERAO SER OBSERVADOS OS PRINCIPIOS DA LEGALIDADE, UTILIDADE, LEGITIMIDADE, ECONOMICIDADE E OPORTUNIDADE Diretrizes do Comandante do Exército / 2014 (Transcrição Msg SEF, de 03 abr 12) 1. EM CUMPRIMENTO ÀS DETERMINAÇÕES DO COMANDANTE DO EXÉRCITO, REALIZADAS POR INTERMÉDIO DA ORDEM FRAGMENTÁRIA Nº A/3.2, DE 27 FEVEREIRO DE 2012, RELACIONADAS À EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012, ESTA SECRETARIA DESTACA AS SEGUINTES DIRETRIZES A SEREM OBSERVADAS PELOS SRS. AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO: (...) 2. ESTA SECRETARIA RESSALTA QUE AS METAS, ACIMA MENCIONADAS, DEVERÃO SER ALCANÇADAS COM O FIEL CUMPRIMENTO DAS ETAPAS E ESTÁGIOS DA DESPESA, DAS NORMAS LEGAIS EM VIGOR, E QUE SEJAM OBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA ECONOMICIDADE, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DISPONIBILIZADOS AO EXÉRCITO BRASILEIRO. Assim, com os exemplos acima, procurou-se além de orientar sobre tema específico, reforçar o já exposto no capítulo Introdução, onde tratou-se da importância e da inafastabilidade da aplicação dos princípios da Administração Pública. Por fim e com a finalidade de ilustrar a responsabilidade do gestor no sentido de valorizar a eficiência na aplicação dos recursos públicos, apresenta-se a seguir trecho de Acórdão do TCU versando sobre responsabilidade civil daquele que causar prejuízo aos cofres públicos:

67 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 67 - Assunto: PAGAMENTO DE JUROS - Responsabilidade de Servidor. DOU de , S. 1, p Ementa: o TCU determinou ao (...) que, quando houvesse pagamento de contas (telefone, energia elétrica, água, etc.) de responsabilidade do órgão em atraso, que viesse a acarretar prejuízo para o erário com encargos (juros de mora e multa), adotasse providências para a identificação do responsável pela falha, a fim de se proceder à cobrança amigável ou ao desconto em folha de pagamento do prejuízo causado pelo servidor, nos termos do art. 46 da Lei nº 8.112/1990 (item 1.2, TC /2006-5, Acórdão nº 20/2008 TCU - 2ª Câmara). O que diz respeito à responsabilidade do servidor com os desdobramentos de apuração de prejuízo ao Erário e a consequente obrigatoriedade da cobrança do(s) responsável(eis) por eventuais prejuízos causados é tratado no capítulo específico Prejuízo ao Erário - Apuração - Responsabilidades. 2. Receitas Arrecadadas Recolhimento A Msg SEF, de 09 jul 09, ratifica a obrigatoriedade do recolhimento das receitas arrecadadas. Observa-se que é uma das principais irregularidades que podem ser cometidas pela UG. 1. POR SOLICITACAO DA DIRETORIA DE AUDITORIA, ESTA SECRETARIA RESOLVE DIFUNDIR AS UNIDADES GESTORAS (UG) DO COMANDO DO EXERCITO A DETERMINACAO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO (TCU), CONTIDA NO ACORDAO 1185/2009-PLENARIO, NA FORMA QUE SEGUE. - SEJAM RECOLHIDAS AOS COFRES DA UNIAO AS RECEITAS ARRECADADAS NAS RESPECTIVAS ORGANIZACOES MILITARES, EM CUMPRIMENTO AO ART. 56 DA LEI 4.320/ NAO OBSTANTE A RECOMENDACAO ACIMA, ESTA SECRETARIA JULGA OPORTUNO RECOMENDAR AOS AGENTES DA ADMINISTRACAO DAS UG, A FIEL OBSERVANCIA DOS PROCEDIMENTOS DESCRITOS NO SUBITEM 4.3 MODULO DE RECEITA, DO MANUAL DE INSTRUCAO DO SISTEMA DE INFORMACOES GERENCIAIS E ACOMPANHAMENTO ORCAMENTARIO-SIGA, ELABORADO PELA DIRETORIA DE GESTAO ORCAMENTARIA-DGO, E DAS NORMAS ESTABELECIDAS NA PORTARIA N 017-SEF, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006, ALTERADA PELA PORTARIA N 022-SEF, DE 07 DE NOVEMBRO DE Notas: 1) Portaria nº 11-SEF, de 28 jul 11, alterada pela Port. 6-SEF, de 02 abr 2012, revogou as Portarias mencionas na mensagem retro; e 2) nova versão do Manual do SIGA alterou a numeração do Módulo Receita para Expectativa de Crédito A Msg SEF, de 28 Nov 08, traz uma breve definição, além de orientar sobre a possibilidade de início de realização de licitação: A. CONFORME DICIONÁRIO DA LINGUA PORTUGUESA (AURELIO 2ª EDIÇÃO), EXPECTATIVA SIGNIFICA ESPERANÇA FUNDADA EM SUPOSTOS DIREITOS, PROBABILIDADE OU PROMESSAS; E B. DO PONTO DE VISTA ADMINISTRATIVO, ESTA SECRETARIA CONSIDERA EXPECTATIVA DE CRÉDITO, PARA FINS DE ADOÇÃO DE PROVIDÊNCIAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE DESPESAS, A PREVISÃO FUNDAMENTADA

68 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 68 EM DOCUMENTOS OFICIAIS TAIS COMO: A ASSINATURA DE CONVÊNIO COM O CRONOGRAMA DE LIBERAÇÃO DE RECURSOS DEFINIDO; E A CORRESPONDÊNCIA DE AUTORIDADE COMPETENTE ANUNCIANDO A LIBERAÇÃO DE RECURSOS, EM DETERMINADA DATA. TRATA-SE DA SUBMISSÃO DA ESTIMATIVA DE DESPESAS AOS LIMITES DOS VALORES APROVADOS PELA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL E RETIFICAÇÕES POSTERIORES (CRÉDITOS ADICIONAIS). 2. ASSIM, OCORRENDO QUALQUER DOS PRESSUPOSTOS SUPRACITADOS, A UG PODERÁ - EM TERMOS DE LICITAÇÃO - EXPEDIR ATOS CONVOCATÓRIOS, RECEBER E ABRIR AS PROPOSTAS, ADJUDICAR O VENCEDOR DO CERTAME, MAS SOMENTE HOMOLOGAR (ATO PRIVATIVO DO OD), CONTRATAR E EMPENHAR A DESPESA QUANDO HOUVER A DISPONIBILIDADE EFETIVA DO CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO, OU SEJA, A EMISSÃO DE NOTA DE MOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITO - NC, PELO ÓRGÃO DE DIREÇÃO SETORIAL. 3. OUTROSSIM, CABE RESSALTAR QUE, PARA O LICITANTE, O OBJETO DA LICITAÇÃO "ADJUDICADO" CRIA SOMENTE A EXPECTATIVA DE DIREITO, CONFIGURANDO-SE DIREITO REAL, COM A HOMOLOGAÇÃO DO CERTAME, A EFETIVA CONTRATACAO COM O EMPENHO DA DESPESA. Ainda sobre o tema, a Msg SEF, de 14 set 09, afirma: DO SECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES GESTORES OS ORGAOS DE DIRECAO SETORIAL (ODS) E ORGAO DE DIRECAO GERAL (ODG) 1. INFORMO A V EXA QUE O PLANO DE APLICACAO DE RECURSOS ELABORADO PELOS ODS/ODG (UGR), COM BASE NA APROVACAO DA LEI ORCAMENTARIA ANUAL, E O INSTRUMENTO DE ORIENTACAO MAIS ADEQUADO PARA A ADMINISTRACAO DAS UG, COM O PROPOSITO DE VIABILIZAR A ADOCAO DE PROVIDENCIAS PREVIAMENTE DESTINADAS A REALIZACAO DAS DESPESAS. 2. DESSA FORMA, O PLANO DE APLICACAO DE RECURSOS PASSA A CARACTERIZAR A SITUACAO DE EXPECTATIVA DE CREDITO, OCASIAO EM QUE CABERA A ADMINISTRACAO DA UG EXPEDIR ATOS CONVOCATORIOS, RECEBER E ABRIR AS PROPOSTAS DE PRECOS, ADJUDICAR O (S) VENCEDOR(ES) DO CERTAME; MAS SOMENTE HOMOLOGAR (ATO PRIVATIVO DO OD), CONTRATAR E EMPENHAR A DESPESA, QUANDO HOUVER A DISPONIBILIDADE EFETIVA DO CREDITO ORCAMENTARIO, OU SEJA, A EMISSAO DE NOTA DE MOVIMENTACAO DE CREDITO NC, PELAS UGR. 3. ESTA SECRETARIA JULGA OPORTUNO CONSIDERAR QUE O USO DO PREGAO PELO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS (SRP), COM VALIDADE DE 01 (UM) ANO, TEM SIDO A OPCAO MAIS VANTAJOSA PARA AS UG, COMO PROCEDIMENTO PARA REALIZACAO D DESPESAS, COM A EXPECTATIVA DE CREDITO. 4. DIANTE DO EXPOSTO, ESTA SECRETARIA ASSEVERA QUE A DIVULGACAO DO PLANO DE APLICACAO DE RECURSOS, COMO FONTE DE INFORMACAO PARA AS UG, SE CONSTITUIRA NA PREVISAO DE DESCENTRALIZACAO DE CREDITO ORCAMENTARIOS, O QUE GARANTIRA O CUMPRIMENTO PREVIO DAS OBRIGACOES ADMINISTRATIVAS PARA A REALIZACAO DAS DESPESAS. 4. Recebimento de Destaques

69 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 69 Considerando que algumas UG têm recebido dotações orçamentárias diretamente de Unidades Orçamentárias (UO) pertencentes a Órgãos estranhos à Força, a Msg SIAFI SEF, de 02 jul 12, parcialmente transcrita, reforça orientações pretéritas29: 1 CONSIDERANDO QUE ALGUMAS UG TEM RECEBIDO DOTAÇOES ORCAMENTARIAS DIRETAMENTE DE UNIDADES ORÇAMENTARIAS PERTENCENTES A ORGAOS ESTRANHOS A FORÇA, ESTA SECRETARIA RECOMENDA O SEGUINTE: - TODO CREDITO QUE INGRESSAR NO COMANDO DO EXERCITO DEVERA OCORRER PELA UG SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇASGESTOR; - AS DESCENTRALIZAÇOES DE CREDITO PARA AS UGE SERAO REALIZADAS PELOS ORGAOS DE DIREÇAO SETORIAL; - AS UGE NAO TEM AUTORIZAÇAO PARA REALIZAR QUALQUER MODIFICACAO NA NATUREZA DA DESPESA, UGR E/OU PLANO INTERNO. 2 - CASO A UGE RECEBA QUALQUER CREDITO DIRETAMENTE DE ORGAO ESTRANHO A FORÇA, O MESMO DEVERA SER INFORMADO PARA QUE ANULE O CREDITO E CONCEDA O DESTAQUE POR INTERMEDIO DO MD (UG ). 3 - CASO A UGE RECEBA O FINANCEIRO REFERENTE AO DESTAQUE RECEBIDO, DEVERÁ DEVOLVÊ-LO, PARA QUE O MESMO SEJA DESCENTRALIZADO TAMBÉM AO MD. 5. Aquisição de Viaturas Administrativas A Msg SIAFI nº DGO, de 06 Out 08, determina que antes de a UG iniciar o processo de aquisição de Vtr Adm com recursos próprios, deve consultar o COLOG e que somente após a autorização deste deve encaminhar a solicitação do crédito à SGFEx/DGO, informando sobre a autorização recebida. Tal procedimento tem por finalidade evitar, dentre outras, aquisições em desacordo com requisitos exigidos pela cadeia logística (padrão de utilização, aquisição de suprimento e garantia do produto), gerando problemas para aquele Comando que, eventualmente, se vê obrigado a redistribuir Vtr adquiridas de modo impróprio, de forma a atender às conveniências do Exército Brasileiro. 6. Pagamento de Seguro Obrigatório de Viaturas e Licenciamento A Msg SIAFI D Cont, de 18 Ago 08, orientou que, em virtude de deliberação do TCU (Acórdão nº 1276/2008), a partir daquela data, as UG deveriam adotar os seguintes procedimentos: a. emitir empenho tendo como favorecido à Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT Ltda CNPJ / , na ND Seguros em Geral; b. solicitar o(s) boleto(s) bancário(s) com código de barras, emitido(s) em favor da própria seguradora, por meio do orgpublico@megadata.com.br, informando os dados da viatura (código RENAVAN, placa, outros); c. efetuar a liquidação no novo CPR, documento hábil "NP", situação DSP001, conta corrente "banco" (OBB) e identificador de transferência o código da UG + DPVA (exemplo: dpva). A liquidação também poderá ser efetuada por OB fatura; d. realizar o pagamento para a seguradora; e 29 Msg , de 08 jul 08, Msg , de 31ago 09, Msg , de 30 jun 10, Msg , de 11 ago 11, todas da SEF.

70 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 70 e. outras informações podem ser obtidas na página oficial do Não é possível emitir ou solicitar o boleto bancário pelo site. DPVAT: A publicação Orientações aos Agentes da Administração DGO, disponível no site daquela Diretoria, contém outras orientações. Quanto ao licenciamento, o procedimento está abaixo descrito: a. emitir empenho para o DETRAN do Estado ou outro órgão determinado pela Secretaria de Estado da Fazenda, utilizando a ND Taxas; e b. efetuar a liquidação no novo CPR, documento hábil "NP", situação DSP001, conta corrente "banco" (OBB) e identificador de transferência o código da UG + DPVA (exemplo: dpva). 7. Crédito para Manutenção de Viatura Todos os escalões de manutenção passaram, desde 2007, para a responsabilidade do COLOG. Os créditos necessários às taxas de licenciamento e seguro obrigatório das Vtr Adm continuam sendo descentralizados pela DGO. 8. Indenizações de Telefonemas A UG deve identificar as ligações particulares porventura realizadas pelos servidores, sendo o valor correspondente às mesmas recolhido por meio de GRU, tendo a UG como favorecida. 9. Pagamento de Gêneros Perecíveis Esta ICFEx, em 2009, consultou a SEF no sentido de ratificar e/ou retificar entendimento de que toda mercadoria deve ser entregue com a respectiva Nota Fiscal, não havendo amparo para utilização de NOTA de REMESSA: (Msg /CIRCULAR, de 01 dez 09, da 5ª ICFEx) 1. TRATA ESTA MENSAGEM SOBRE PAGAMENTO DE GÊNEROS PERECÍVEIS. RECEBIMENTO, LIQUIDAÇÃO E 2. A FIM DE EVITAR A OCORRENCIA, DE RECEBIMENTO, LIQUIDACAO E PAGAMENTO DE GÊNEROS PERECIVEIS (HORTIFRUTIGRANJEIROS, PAO, ETC) CONTRARIANDO O PREVISTO NA MSG , DE 13 JUN 01, DA SEF-GESTOR, PUBLICADA NO BOLETIM INFORMATIVO Nº 06/2001, DESTA INSPETORIA, ORIENTO A V SA MANDAR OBSERVAR O SEGUINTE: - O RECEBIMENTO, DIÁRIO OU SEMANAL, DE GÊNEROS PERECÍVEIS, DEVERÁ SER ACOMPANHADO DE NOTA DE REMESSA, MOMENTO EM QUE SERÁ VERIFICADO SE OS ITENS E VALORES CONSTANTES DA MESMA ESTÃO DE ACORDO COM O EMPENHO; E - QUINZENALMENTE, O FORNECEDOR APRESENTARÁ NOTA FISCAL PARA A COMPROVAÇÃO DA DESPESA, CUJO VALOR TOTAL, DEVERÁ COINCIDIR COM O SOMATÓRIO DAS NOTAS DE REMESSA QUE ACOMPANHARAM A ENTREGA DOS PRODUTOS.

71 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl ORIENTO A V SA, AINDA, MANDAR OBSERVAR O PREVISTO NOS ARTS. 36, 38 E 42 DO DECRETO Nº , DE 23 DEZ 86, QUE TRATAM DA LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DA DESPESA A SEF manteve30 posição no sentido de considerar como aceitável a nota de remessa diária que pode ser emitida pelo próprio padeiro responsável pela entrega, seguida da exigência pela UG da emissão, quinzenalmente, de nota fiscal para comprovação da respectiva despesa, quitação, liquidação e posterior pagamento. Entretanto, ressalva que no entanto, caso o fato motivador da presente consulta seja a exigência do fisco estadual - para este caso especificamente - que seja atendida a determinação do órgão competente do estado do Paraná. Assim sendo, esta ICFEx julga que não há previsão legal para que pão e/ou qualquer outra mercadoria em situação similar de entrega frequente, fruto de operação de compra e venda (pão, hortifrutigranjeiros etc), sejam entregues desacompanhados da respectiva Nota Fiscal, em função do previsto na legislação31. Ainda, não se verifica nenhum óbice e/ou outra dificuldade de a UG receber/liquidar entrega diária de pão acompanhado de Nota Fiscal, bastando que seja definido o responsável pelo seu recebimento e ateste. Nessa esteira, também os procedimentos de apropriação no CPR e consequente pagamento, seja por NF e/ou quantidade de NF por período. 10. Mnt de PNR Funcionais de Cmt, Chefes e Diretores e de OM Proceder conforme Portaria N 5-SEF, de 06 de fevereiro de 2013-Normas para o Emprego de Recursos do Fundo do Exército na Aquisição de Bens Móveis para os Próprios Nacionais Residenciais Funcionais de Comandantes, Chefes e Diretores - 1ª Edição, Classificação Orçamentária - Despesa de Capital e Despesa Corrente Natureza de Despesa Publicação de matéria do B Info 03/2011 e atualizada no B Info 02/2012 (item 6 e acréscimo do item 9): A fim de subsidiar os atos dos Ordenadores de Despesas (OD) na gestão patrimonial e orçamentária e permitir um melhor enquadramento das diversas despesas que a Unidade Gestora (UG) realiza no seu cotidiano, segue abaixo um resumo de perguntas e respostas extraídas do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) Parte VI, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) disponível em Entretanto, é oportuno, preliminarmente, contextualizar os agentes da administração sobre as mudanças que ocorrem na Contabilidade Aplicada ao Setor Publico (CASP). Para tanto, será transcrita parte da introdução do Manual dos SISCUSTOS com o fito de tentar demonstrar como o Exército Brasileiro está alinhado com as mudanças que estão ocorrendo na CASP. 30 Resposta da SEF por meio do DIEx nº 16-Asse2/SSEF/SEF, de 7 de maio 12, onde destaca ser certo que, conforme determinam os regulamentos do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (RICMS) dos estados, toda circulação de mercadorias deve ser acompanhada de nota fiscal, que é o documento hábil que comprova a ocorrência do fato gerador do referido imposto. Entretanto, empresta suporte a possibilidade de uso da Nota de Remessa com a alegação do princípio da razoabilidade no qual a administração pública deve, a cada ato, mostrar a pertinência (correspondência) em relação à previsão abstrata em lei e os fatos em concreto que foram trazidos à sua apreciação. Assim, renova a possibilidade, à luz do princípio da razoabilidade, de atender às peculiaridades inerentes às UG do EB. 31 Ajuste nº 07/01 do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais SINIEF; Lei Complementar nº 87, de 13 SET 1996, que dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (Lei KANDIR); e Regulamento do ICMS do Estado do Paraná, aprovado pelo Decreto nº 1.980, de 21 DEZ 2007.

72 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 72 Enormes são as mudanças em andamento, no Brasil, da Ciência Contábil. Um novo arcabouço legal impõe estudos e dedicação profissional para que o Exército mantenha sua excelência na gestão pública. Os órgãos responsáveis pela contabilidade governamental falam de um Novo Modelo de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, que visa resgatar a Contabilidade como ciência e seu objeto de estudo: o patrimônio público. O setor público brasileiro tem extensa tradição na gestão das contas públicas. Iniciando-se com a Lei 4.320/64, o Decreto /86, a implantação do SIAFI e mais recentemente com a Lei de Responsabilidade Fiscal LRF (LC 101/2000). Várias ações estratégicas estão em curso, visando à implantação de um novo modelo para a Contabilidade Pública, que tem como objetivo a convergências das práticas da contabilidade para os padrões estabelecidos nas Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Nesse sentido, o Conselho Federal de Contabilidade CFC e a Secretaria do Tesouro Nacional STN estão intensificando ações para que a contabilidade aplicada ao setor público, seja também, uma contabilidade que siga os princípios e normas contábeis direcionados à gestão do patrimônio de entidades, oferecendo informações úteis sobre os resultados alcançados e os aspectos orçamentários, financeiros e patrimoniais, em apoio ao processo de decisão. O CFC, órgão regulador das práticas contábeis no Brasil, editou a Resolução 1.111/2007 que trata dos Princípios Fundamentais de Contabilidades sob a perspectiva do setor público. Esse conselho, após vários estudos, estimulando à convergência com as normas internacionais, elaborou as Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público NBCASP para vigorar em Elaborada inicialmente em dez normas (em 2010) e, em fase de publicação, a NBC T SP 16.11, foram assim estruturadas: NBC T SP Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação; NBC T SP Patrimônio e Sistemas Contábeis; NBC T SP Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil; NBC T SP Transações no Setor Público; NBC T SP Registro Contábil; NBC T SP Demonstrações Contábeis; NBC T SP Consolidação das Demonstrações Contábeis; NBC T SP Controle Interno; NBC T SP Depreciação, Amortização e Exaustão; BC T SP Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público; e NBC T SP Normas de Custos. A STN/MF, órgão responsável pela Contabilidade Federal, também demonstrando engajamento nesse processo, publicou a Portaria MF no 184, de 25 de agosto de 2008, estabelecendo as diretrizes para a convergência do setor público brasileiro às normas internacionais e, ainda, desenvolve o Sistema de Informação de Custos do Governo Federal - SICGOV. Diante de todo esse processo, é importante estabelecer o paradigma conceitual de diferenciar Princípios da Contabilidade, de regras de orçamento e de critérios de estatísticas fiscais. A ênfase passa a ser o patrimônio como objeto de estudo da contabilidade enquanto ciência. O orçamento deixa de ser o protagonista da histórica da administração pública para se tornar um coadjuvante importante que trata do f luxo de caixa do Governo com base em autorização legislativa para arrecadar receitas e realizar despesas.

73 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 73 Os Contadores que ainda crêem em ser o orçamento o único input da Contabilidade e que as variações patrimoniais devem refletir o que foi resultante da execução orçamentária precisarão ler muitas vezes os artigos da Lei 4.320/64 a partir do número 83 que trata do processo de evidenciação dos elementos patrimoniais. Prof. Lino Martins Diante do que foi exposto, são apresentados a seguir os quesitos e respectivas respostas do MCASP: 1 Em uma licitação para execução de serviços de reparo de instalações hidrossanitárias com fornecimento de peças, a proposta vencedora apresentou uma planilha com preços para peças e materiais (R$ 2.000,00) e mão-de-obra (R$ 1.000,00). Como proceder à classificação contábil nesse caso? Só em material, em razão de sua predominância ou registrar a despesa em razão da planilha apresentada? Resposta Sempre que for possível, a administração pública deve registrar a despesa no elemento de despesa adequado, para possibilitar a identificação correta do objeto do gasto. No caso em questão, existem dois objetos de gastos distintos: a entidade deverá registrar uma parte da despesa em material de consumo ((R$ 2.000,00) e outra parte como serviço (R$ 1.000,00). Comentário da ICFEx Como se verifica, a finalidade da classificação contábil é registrar a real variação do que ocorre no patrimônio, a fim de definir com precisão o objeto da despesa antes de sua realização. Assim sendo, a UG tem que classificar a despesa conforme a realidade do caso concreto, ou seja, realizar duas Notas de Empenhos nas devidas Naturezas de Despesas. 2 No caso de contrato continuado de serviço de manutenção de aparelhos com o fornecimento de peças incluso no mesmo contrato, sem distinção dos objetos de gasto, o empenho deve ser feito no elemento de despesa , pelo valor total ou devem ser feitos dois empenhos, um na natureza de despesa e outro na , para atender eventuais despesas com o fornecimento de peças? Resposta Conforme definição constante deste manual, o elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins. Portanto, para emissão do empenho deve-se identificar o objeto do gasto que, no caso, é a prestação de serviços com base no contrato de manutenção de aparelhos, já que não é possível no contrato fazer a distinção entre os objetos de gasto. Assim, torna-se desnecessária a emissão de dois empenhos, sendo emitido apenas um na ND , pois o fornecimento de peças está incluso e não altera o valor do contrato. Comentário da ICFEx Nesta situação não é possível levantar previamente o que se vai gastar em material e em serviço. Como o objeto do contrato é prestação de serviço para manutenção de aparelhos, a real variação que ocorrerá no patrimônio será proveniente da prestação de serviço, então a NE será na ND

74 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 74 3 Como proceder para identificar se a Despesa de MATERIAL DE CONSUMO OU SERVIÇOS DE TERCEIROS, deve ser classificada em Despesas CORRENTES ou de CAPITAL? Ex: e (material de expediente). Resposta A estrutura da natureza da despesa é flexível, quanto aos relacionamentos entre elementos e grupos de despesa, podendo ser combinados e estruturados em razão do objeto do gasto a ser registrado. Conforme definições constantes neste manual, são classificadas como despesas correntes aquelas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital e classificam-se como despesas de capital aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Por exemplo, a aquisição de materiais de construção por uma Prefeitura, se for utilizada para a manutenção do seu prédio (bem de capital já existente), será considerada como despesa corrente, pois o gasto não estará formando e nem participando na aquisição de um bem de capital, e sim mantendo um bem de capital já existente. Entretanto, caso este gasto seja utilizado como parte do material empregado na construção de uma nova escola (futuro bem de capital), ele será considerado como despesa de capital. Para tanto, deverá estar inserido no orçamento da obra, desde o seu planejamento até a execução. Assim, a classificação das despesas em material de consumo e em outros serviços de terceiros pessoa física, na categoria corrente ou de capital dependerá se o gasto destina-se ou não para a formação ou aquisição de bem de capital. Portanto, por exemplo, se o ente decide executar uma obra pública (prédio) diretamente, o cimento adquirido (e outros materiais) terá a classificação Material de Consumo, quando a despesa ocasionar ampliação ou constituição do imóvel ou , quando não consistir em ampliação do imóvel. Quanto à classificação da despesa como ou deve ser observado o seguinte, conforme descrição deste manual: "Serão considerados serviços de terceiros as despesas com: - Reparos, consertos, revisões, pinturas, reformas e adaptações de bens imóveis sem que ocorra a ampliação do imóvel; - Reparos em instalações elétricas e hidráulicas; - Reparos, recuperações e adaptações de biombos, carpetes, divisórias e lambris; - Manutenção de elevadores, limpeza de fossa e afins. Quando a despesa ocasionar a ampliação do imóvel, tal despesa deverá ser considerada como obras e instalações, portanto, despesas com investimento." Quando a despesa ocasionar a ampliação relevante do potencial de geração de benefícios econômicos futuros do imóvel, tal despesa deverá ser considerada como obras e instalações, portanto, despesas com investimento. Comentários da ICFEx Os Agentes da Administração devem realizar uma análise do que vai ocorrer no patrimônio da unidade, pois a CASP visa demonstrar a sua correta alteração/variação. Despesas de Capital e Despesas Correntes

75 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 75 A despesa de capital se caracteriza por provocar uma ampliação ou um relevante aumento do valor líquido contábil do patrimônio32, o que não ocorre no caso de despesa corrente. (observar o Plano de Contas da União). Na verdade, a distinção é devida em função da categoria econômica da despesa, ou seja, a natureza de despesa (ND) que começa com o dígito n 4 é classificada como despesa de capital, já no caso de despesa corrente a ND que começa com o dígito nº 3. Exemplos da classificação orçamentária quanto a Natureza de Despesa: a Categoria Econômica 3 Despesas Correntes Grupo da Despesa 3 Outras Despesas Correntes Modalidade de Aplicação 90 Aplicação Direta Elemento da Despesa 30 Material de Consumo Subelemento da Despesa 24 Material para Manutenção de Bens Imóveis e Instalações Expediente b Categoria Econômica 4 Despesas de Capital Grupo da Despesa 4 Investimentos Modalidade de Aplicação 90 Aplicação Direta Elemento da Despesa 30 Material de Consumo Subelemento da Despesa 24 Material de Construção No primeiro exemplo, trata-se de aquisição de material para manutenção de bens imóveis. Portanto, não ocorrerá nem ampliação, nem aumento relevante do potencial econômico do valor do imóvel. Já o outro exemplo se refere à aquisição de material para realizar uma construção, uma ampliação ou alguma obra ou serviço que acarretará um aumento relevante do potencial econômico do valor do imóvel. Em ambos os exemplos é importante observar que a variação ocasionada no patrimônio foi o fator preponderante para a classificação da despesa. 4 Qual a classificação do ativo e da despesa com a aquisição de softwares? Resposta Os softwares devem ser tratados como ativos imobilizados ou intangíveis. Conforme Pronunciamento Técnico CPC-04 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e Resolução CFC nº 1.139/08 do Conselho Federal de Contabilidade. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. Isso se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível. Dessa maneira, considerando que, com a aquisição de softwares ocorre a incorporação de ativo imobilizado ou intangível, a natureza de despesa correta a ser utilizada nesse tipo de aquisição é a Valor líquido contábil é o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

76 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 76 Alerta-se para o fato de que, quando o computador é adquirido com softwares tipo OEM33, inclusos, o computador como um todo deve ser classificado como Comentário da ICFEx A aquisição de softwares é considerada uma despesa de capital. Assim, será utilizada a ND Sobre o assunto, esta Inspetoria consultou a Diretoria de Contabilidade (D Cont), por intermédio das Msg 2011/ e , de 28 mar 2011, obtendo como resposta (Msg 2011/ D Cont, de 04 maio 2011), com destaque para o trecho a seguir : a. em processo de despesa que envolva aquisição de Software, seja com ou sem licitação, utilizar Despesa de Capital na Natureza de Despesa (ND) AQUISIÇÃO DE SOFTWARE; b. ainda, nas contratações, com ou sem licitação, para desenvolvimento de Software, utilizar, também, Despesa de Capital na Natureza de Despesa (ND) DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE; e c. portanto, NÃO está autorizada a aquisição e a contratação de desenvolvimento de Software, utilizando Despesas Correntes, ou seja, nas ND e , respectivamente, como estava ocorrendo em exercícios anteriores. (A íntegra dos documentos citados podem ser consultados no B Info 04/2011) 5 A natureza de despesa destina-se a registrar passagens e despesas com locomoção de servidores em razão de mudança de domicílio no interesse da administração? E passagens que se fizerem necessárias ao deslocamento do servidor em decorrência do serviço administrativo? Resposta Conforme definição constante deste Manual, o elemento de despesa 33 Passagens e Despesas com Locomoção tem como natureza de gasto a aquisição de passagens, podendo ser viagem de servidor público ou outra pessoa indicada em ato oficial. Portanto, é correta a utilização da natureza de despesa para a aquisição de passagens, em decorrência do serviço administrativo, ou devido à mudança de domicílio de servidor ou pessoa, do quadro do órgão ou não. 6 A compra de peças de informática, tais como placas, teclado, entre outros, deve ser registrada como despesa corrente ou de capital? Resposta O Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, FEA/USP (FIPECAFI), define os gastos de manutenção e reparos como os incorridos para manter ou recolocar os ativos em condições normais de uso, sem com isso aumentar sua capacidade de produção ou período de vida útil. Ainda de acordo com esse Manual, uma melhoria ocorre em consequência do aumento de vida útil do bem do Ativo, do incremento em sua capacidade produtiva, ou da diminuição do 33 Original Equipment Manufacturer (Fabricante Original do Equipamento) - Produtos com o selo OEM não são fabricados para a venda direta ao consumidor. Esses itens são produzidos especialmente para montadoras. A lista de empresas que usam softwares e peças OEM inclui marcas como HP, Dell, Positivo, Sony entre outras. Computadores com aplicativos OEM, normalmente, vêm com os softwares devidamente instalados. Entretanto, eles não são idênticos aos que são comprados em uma loja de informática. Os aplicativos OEM não vêm com caixa, manual, cabos e disco de instalação. Contudo, o conteúdo propriamente dito é exatamente o mesmo. Fonte:

77 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 77 custo operacional. Uma melhoria pode envolver uma substituição de partes do bem ou ser resultante de uma reforma significativa. Uma melhoria, como regra, aumenta o valor contábil do bem se o custo das novas peças for maior que o valor líquido contábil das peças substituídas. Caso contrário, o valor contábil não será alterado. Portanto, a despesa orçamentária com a troca da placa de memória de um computador para outra de maior capacidade deve ser classificada na ND : Categoria Econômica 4 Despesas de Capital Grupo da Despesa 4 Investimentos Modalidade de Aplicação 90 Aplicação Direta Elemento da Despesa 30 Material de Consumo. Observe que se a troca ocorrer por outro processador de mesma capacidade, havendo apenas a manutenção regular do seu funcionamento, deve ser classificada na ND Categoria Econômica 3 Despesas Correntes Grupo da Despesa 3 Outras Despesas Correntes Modalidade de Aplicação 90 Aplicação Direta Elemento da Despesa 30 Material de Consumo As adições complementares, por sua vez, não envolvem substituições, mas aumentam o tamanho físico do ativo por meio de expansão, extensão, etc, são agregadas ao valor contábil do bem. A inclusão da leitora de CD na unidade também deve ser classificada na ND : Categoria Econômica 4 Despesas de Capital Grupo da Despesa 4 Investimentos Modalidade de Aplicação 90 Aplicação Direta Elemento da Despesa 30 Material de Consumo. Pois se trata de adição complementar, ou seja, novo componente não registrado no ativo imobilizado. Comentários da ICFEx Neste caso deve-se, também, verificar a variação que ocorrerá no patrimônio. Caso seja adquirida uma peça para reposição, devido a gastos com manutenção, sem com isso aumentar sua capacidade de produção ou período de vida útil, sua classificação será na ND Agora, se a aquisição da peça é para melhoria do bem ou para reposição e, com isso aumentando o valor do bem em relação ao seu valor líquido contábil, ou a sua capacidade de produção, ou, ainda, o período de vida útil, sua classificação será na ND Caso o objetivo seja realizar um upgrade no computador (melhoria) será realizada a aquisição das peças na ND Como proceder para identificar o elemento de despesa com contratação de serviços (36 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física; 37 Locação de mão-de-obra; 39 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica)? Resposta Quando um órgão contrata o serviço de uma pessoa física (autônomo) deve registrar a despesa no elemento 36 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física, mas se a contratação da prestação de serviço for com uma pessoa jurídica, pode ser classificada, via de regra, em um dos elementos abaixo: 37 Locação de Mão-de-obra despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em que o contrato especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado; ou

78 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios, etc.); fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais permanentes; software; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio creche (exclusive a indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e outros congêneres, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso das obrigações de que trata este elemento de despesa. Portanto, se um determinado órgão contratar uma empresa para prestar serviço de limpeza, o elemento a ser utilizado será o 39 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica, mas se esse órgão contratar uma empresa para prestar o serviço de limpeza e no contrato estiver estipulado o quantitativo de dez funcionários na limpeza, por exemplo, o elemento será o 37 Locação de Mão-deobra. 8 Como classificar a despesa com material adquirido por encomenda? Resposta De acordo com a Parte I do MCASP Procedimentos Contábeis Orçamentários, o único critério usado para classificar a despesa de material adquirido por encomenda, do ponto de vista contábil, é o fornecimento ou não da mercadoria. Dessa forma, no caso citado, se não houver fornecimento do material por parte do órgão, a despesa será de material e não de serviços. Quanto à classificação do material, depende do fim a que ele se destina, podendo ser nos seguintes elementos: 30 Material de Consumo 32 Material de Distribuição Gratuita 52 Equipamentos e Material Permanente Comentários da ICFEx No intuito de deixar esse conceito mais didático, são apresentados os seguintes exemplos ilustrativos: a. Se a UG vier a adquirir madeira para realização de um serviço a ser executado em determinada instalação, essa despesa será classificada na ND ; b. Se a UG vier a adquirir madeira para confecção de uma mesa na sua carpintaria, essa despesa será classificada na ND ; c) Se a UG vier a adquirir madeira para confecção de uma mesa e contratou uma carpintaria para a referida confecção, essas despesa serão classificadas na ND e , respectivamente; e d) Se a UG encomendou a uma carpintaria a confecção de uma mesa, sem fornecimento de material, essa despesa será classificada na ND Qual a classificação de despesa com aquisição de material bibliográfico? Resposta Os livros e demais materiais bibliográficos apresentam características de material permanente (durabilidade superior a dois anos, não é quebradiço, não é perecível, não é incorporável a outro bem,

79 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 79 não se destina a transformação). Porém, o art. 18 da Lei nº /2003, considera os livros adquiridos para bibliotecas públicas como material de consumo. Art. 18. Com a finalidade de controlar os bens patrimoniais das bibliotecas públicas, o livro não é considerado material permanente. As demais bibliotecas devem classificar a despesa com aquisição de material bibliográfico como material permanente. Art. 2º Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicação de textos escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e acabamento. Parágrafo único. São equiparados a livro: I fascículos, publicações de qualquer natureza que representem parte de livro; II materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em material similar; III roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didáticas; IV álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar; V atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas; VI textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edição celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte; VII livros em meio digital, magnético e ótico, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual; VIII livros impressos no Sistema Braille. Biblioteca Pública é uma unidade bibliotecária destinada indistintamente a todos os segmentos da comunidade, com acervos de interesse geral, voltados essencialmente à disseminação da leitura e hábitos associados entre um público amplo definido basicamente em termos geográficos, sem confundir com as bibliotecas destinadas a atender um segmento da comunidade com um propósito específico. (Acórdão 111/2006 1ª Câmara Tribunal de Contas da União TCU) Assim, as Bibliotecas Públicas devem efetuar o controle patrimonial dos seus livros, adquiridos como material de consumo, de modo simplificado via relação do material (relação-carga) e/ou verificação periódica da quantidade de itens requisitados, não sendo necessária a identificação do número do registro patrimonial. As Bibliotecas Públicas definirão instruções internas que estabelecerão as regras e procedimentos de controles internos com base na legislação pertinente. As aquisições que não se destinarem às bibliotecas públicas deverão manter os procedimentos de aquisição e classificação na natureza de despesa Material Permanente incorporando ao patrimônio. Portanto, devem ser registradas em conta de Ativo Imobilizado. 12. Pagamento para empresa com situação irregular no SICAF diante de Bens/Serviços efetivamente entregues ou realizados A UG deve seguir as orientações abaixo apontadas: (Transcrição Msg SIASG SLTI/DLSG, de 14 out 10) INFORMAMOS QUE OS BENS OU SERVICOS EFETIVAMENTE ENTREGUES OU REALIZADOS DEVEM SER PAGOS, AINDA QUE CONSTE IRREGULARIDADE DO FORNECEDOR NO SICAF, CONFORME PARECER PGFN/CJU 401, DE 23 DE MARCO DE 2000; A CLAUSULA CONTRATUAL QUE PREVE A SUSPENSAO DOS PAGAMENTOS, QUANDO A CONTRATADA ESTIVER IRREGULAR JUNTO AO SICAF, NAO ENCONTRA AMPARO LEGAL.

80 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl ESTA CLAUSULA DEVERA SER DECLARADA NULA NOS CONTRATOS EM VIGOR; CONSTATADA A SITUACAO DE IRREGULARIDADE DA CONTRATADA JUNTO AO SICAF, DEVE-SE PROVIDENCIAR SUA ADVERTENCIA, POR ESCRITO, NO SENTIDO DE QUE, EM PRAZO EXEQUIVEL (DESDE LOGO DETERMINADO), A CONTRATADA REGULARIZE SUA SITUACAO JUNTO AO SICAF OU, NO MESMO PRAZO, APRESENTE SUA DEFESA, SOB PENA DE RESCISAO DO CONTRATO; ESTE PRAZO PODERA SER PROROGADO A CRITERIO DA ADMINISTRACAO; 18.4 UMA CLAUSULA NESSE SENTIDO DEVERA CONSTAR DOS NOVOS CONTRATOS QUE ACOMPANHAM OS EDITAIS DE LICITACAO EM ANDAMENTO, DEVENDO SER PROMOVIDAS AS SUBSTITUICOES DOS MODELOS JA RETIRADOS PELOS INTERESSADOS (TAIS SUBSTITUICOES NAO ENSEJAM MODIFICACAO DA DATA DA ABERTURA DA LICITACAO POIS A ALTERACAO NAO AFETA, INQUESTIONAVELMENTE, A FORMULACAO DAS PROPOSTAS - 4 DO ART. 2 DA LEI N 8.666, DE 1993). ATENCIOSAMENTE COORDENACAO GERAL DE NORMAS SLTI/DLSG Sobre o assunto, cabe destaque também o Of nº 128 A/2, de 23 out 2008, que respondeu consulta desta ICFEx (Of n 90 - SATT, de 29 set 2008), disponível no endereço Pagamento - Obrigatoriedade Certidão O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que todos os órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União fossem orientados para que exigirem das empresas contratadas, em cada ato de pagamento, a apresentação da devida Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), de modo a dar efetivo cumprimento às disposições constantes dos artigos 27, IV, 29, V, e 55, XIII, da Lei nº 8.666/93, c/c os artigos 1º e 4º da Lei nº , de 7 jul 11, atentando, em especial, para o salutar efeito do cumprimento desta nova regra sobre o novo Enunciado 331 da Súmula de Jurisprudência do TST. (Acórdão nº1054/2012 TCU Plenário). No mesmo sentido a Msg SEF, de 02 jul 12, determinou que: A. FAZER CONSTAR DOS RESPECTIVOS EDITAIS DE LICITAÇÃO A EXIGÊNCIA DA CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS TRABALHISTAS - CNDT, INSTITUÍDA PELA LEI Nº , DE 7 DE JULHO DE 2011, EM VIGOR DESDE 4 DE JANEIRO DE 2012; E B. EXIGIR DA EMPRESA CONTRATADA A APRESENTAÇÃO DE CÓPIA DA CNDT, ANEXADA A CADA TÍTULO DE CRÉDITO COMPROBATÓRIO (NOTA FISCAL/FATURA) EMITIDO, QUANDO DA EFETIVA ENTREGA DOS BENS, PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E REALIZAÇÃO DE OBRAS. 14. Restos a Pagar No encerramento de cada exercício financeiro, as despesas legalmente empenhadas, não pagas e não canceladas até 31 de dezembro deverão ser registradas contabilmente como obrigações a pagar do exercício seguinte ( resíduos passivos ) em conta denominada Restos Pagar. As referidas despesas, entretanto, serão financiadas à conta de recursos arrecadados durante o exercício financeiro em que verificou-se a efetivação do empenho.

81 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 81 A definição de Restos a Pagar vem da Lei nº 4.320, de 17 mar 1964, que estabelece normais gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal, conforme a seguir: Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. Denomina-se como processados aquelas despesas legalmente empenhadas cujo objeto de empenho já foi recebido, ou seja, aquelas cujo 2º estágio da despesa (liquidação) já ocorreu. Já os não processados são aqueles derivados de despesas legalmente empenhadas que não foram liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro do mesmo exercício. Na proximidade do encerramento do exercício financeiro são expedidas orientações complementares sobre o assunto, incluindo o calendário de eventos. De maneira geral, uma despesa é inscrita em Restos a Pagar por dois motivos: a. falta de comprovação documental e/ou física da sua realização; ou b. pela ausência do pagamento, oriunda da falta de dinheiro (numerário) ou de tempo hábil no ano para a sua realização. Trata-se de um procedimento normal dentro dos sistemas da Contabilidade Pública. O que é tecnicamente questionável nesse assunto é a inscrição em Restos a Pagar quando não houve adequação financeira do orçamento, fazendo o ente público atrasar compromissos e incorrer em juros pelo atraso. É justamente neste caso que a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece limitações, como por exemplo o disposto no seu art 42, que determina que o titular do Poder ou do Órgão, nos últimos dois quadrimestres de seu mandato, está proibido de contrair obrigação de despesa que não possam ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este feito. Para os tribunais de contas tal fato é considerado uma desobediência gravíssima à legislação. No caso de descumprimento desse disposto, poderá ser aplicado o previsto no art 359 do Código Penal (revigorado através da Lei n.º /00) - pena de reclusão de um a quatro anos. Sob o ponto de vista técnico, tornou-se fundamental a utilização de recursos contábeis para a previsão do caixa ao final do período. Busca-se, com isso, prevenir que se infrinja a LRF. Sobre o assunto cabe destaque, também, para o que segue: a. devido ao princípio orçamentário da anualidade, os recursos arrecadados no exercício financeiro são destinados à execução das despesas no mesmo exercício, ou seja, como regra geral, as despesas devem ser empenhadas, liquidadas e pagas dentro no mesmo exercício financeiro. Salvo casos concretos previamente estabelecidos, Restos a Pagar são exceções à regra geral; b. todos os gastos/despesas públicas devem se submeter ao prévio planejamento de aquisição/contratação. Daí infere-se que as despesas empenhadas no ano foram planejadas; c. entretanto, não é incomum determinada UG, na proximidade do encerramento do exercício financeiro, receber créditos e, sem o devido planejamento das suas necessidades, realizar empenho(s) desprovido(s) de planejamento com o objetivo primeiro de eliminar o crédito disponível/concedido; d. uma das consequências dessa falta de planejamento é que os empenhos realizados nessas condições (restos a pagar), por vezes, são esquecidos pela administração da própria UG no exercício financeiro seguinte, gerando uma situação atípica, contraditória e inexplicável, visto que os bens/serviços inscritos deixaram de ser exigidos junto ao fornecedor. Trata-se, na verdade, de um desperdício do orçamento anterior

82 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 82 e. paradoxalmente, a UG realiza um novo processo de aquisição com a finalidade de contratar aquele mesmo material/serviço que fora objeto de inscrição em restos a pagar, sem no entanto, ter implementado medidas objetivas para o recebimento do bem/serviço, inclusive com abertura de processo administrativo competente nos casos de atraso na entrega pelo fornecedor; f. nessa linha de raciocínio, não parece absurdo citar que muitas despesas são inscritas em restos a pagar por falta de cumprimento de prazo de entrega pelo fornecedor/contratado. Ora, caracteriza-se uma clara situação de obrigatoriedade da aplicação de sanção ao fornecedor que descumpriu cláusula contratual, pois se trata de interesse público indisponível, conforme será visto no título título Contratações/Sanções; g. neste caso, a UG deve avaliar, antes do encerramento do exercício, a situação concreta, pois poderá inclusive estar diante de casos não somente de atraso de entrega mas sim de inadimplência total da obrigação por parte do fornecedor. Evidente que, nessa hipótese, deve providenciar o cancelamento do empenho emitido e não inscrever tal despesa em restos a pagar; providenciando o competente processo sancionatório; h. destaca-se que tal orientação consta da Ordem Fragmentária nº 1 - A/3.2 da SEF, de 27 fev 2012, a Diretriz Geral do Comandante do Exército, constando determinação aos ODS no sentido de Orientar a adoção de medidas administrativas cabíveis, previstas na legislação em vigor, junto a fornecedores e prestadores de serviços que deixarem de honrar os compromissos assumidos nos contratos firmados. Novamente, cabe recordar que o TCU tem exigido explicações de gestores que deixaram de sancionar fornecedores por atraso na entrega de bens e serviços; e i. no I Seminário de Contabilidade do Exército, realizado em Brasília no ano de 2010, foi observado pelo Ministro do TCU, presente ao evento, que os restos a pagar estavam na linha de mira da Corte, pois havia a constatação de que as UG estavam utilizando esse recurso de maneira indiscriminada e sem o devido planejamento, ocasionado desperdício de recursos. Tal assertiva pode ser confirmar na Ementa abaixo com grifos nossos: Ementa: o TCU deu ciência ao Ministério da Defesa sobre as seguintes ocorrências verificadas em acompanhamento: a) elevada concentração das emissões de empenhos nos últimos dias do encerramento dos exercícios de 2009 e 2010, bem como considerável inscrição de despesas na conta Restos a Pagar, tanto no exercício de 2009 quanto no de 2010, todas relativas ao V Jogos Mundiais Militares, refletindo planejamento tardio da implantação do empreendimento e risco de comprometimento da qualidade dos gastos públicos em razão da exiguidade dos prazos; b) a economicidade do empreendimento, tendo em vista o aumento de 28% nos gastos dos 5º Jogos Mundiais Militares em relação aos custos originalmente planejados; c) ausência de registro de incorporação patrimonial dos bens adquiridos com recursos dos V Jogos Mundiais Militares, verificada durante a realização do Evento-Teste (itens a 9.3.3, TC /2010-5, Acórdão nº 1.443/2011Plenário). DOU de , S. 1, p Despesas com contratação para acesso à INTERNET As UG devem observar os procedimentos previstos na Msg DGO, de 29 ago 11, em particular, no que diz respeito aos pedidos de recursos para a DGO com a finalidade de aquisição de "link" de acesso à Internet, que deve ser acompanhado do parecer do CTA/CT da área. 16. Recursos em Caráter Emergencial Conforme Msg DGO, de 14 set 11, as solicitações de recursos emergenciais deverão ser feitas por intermédio do sistema OPUS, módulo ficha-modelo 18, e deverão ser encaminhadas as

83 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 83 Regiões Militares enquadrantes, conforme diretrizes emanadas pelo Chefe do DEC. (Consultar orientações da Msg Cmdo 5ª RM-5ª DE, CIRCULAR, de 21 set 11, sobre PDOM/Fichas Modelo 18).

84 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 84 XI - LICITAÇÕES 1. Conceitos/Definições Por meio de documento específico 34, abaixo transcrito, a SEF fez breve considerações sobre aspectos orçamentários-financeiros de gestão: 1. A despesa orçamentária é classificada em três etapas: planejamento e contratação; execução; e controle e avaliação. 2. A etapa do "planejamento e contratação" abrange, de modo geral, a fixação da despesa orçamentária; a descentralização/movimentação de créditos orçamentários; a programação orçamentária e financeira; e o processo de licitação. 3. Quando a descentralização envolver UG de um mesmo órgão, tem-se a descentralização interna, também chamada de "provisão". Se, porventura, ocorrer entre UG de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também denominada de "destaque". 4. Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatoriamente e integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitada fielmente a classificação funcional e a estrutura programática. 5. A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação. Se houver frustração de receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com objetivo de atingir os resultados previstos na "LDO" e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro. 6. O processo de licitação compreende um conjunto de procedimentos administrativos que objetivam adquirir materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros, bem como fazer concessões de serviços públicos com as melhores condições para o Estado. 7. A etapa da "execução" corresponde aos estágios da despesa orçamentária pública na forma prevista na Lei nº 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento. 8. Os Empenhos podem ser classificados em: Ordinário, Estimativo e Global. 9. Não obstante a prática já adotada no âmbito da Força Terrestre, o Manual de Despesa Nacional recomenda constar no instrumento contratual o número da NE, visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela NE, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato. 10. A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivo apurar (artigo 63 da Lei nº 4.320/1964): - a origem e o objeto do que se deve pagar; - a importância exata a pagar; e - a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 11. A Lei nº 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada 34 A Msg SIAFI nº SEF, de 17 Nov 08, publicada no B Info 11/2008-5ª ICFEx, alerta sobre conceitos contidos nos Manuais de Receita Nacional e de Despesa Nacional, publicados por meio da Portaria Conjunta nº 3-STN/SOF, de 14 Out 08.

85 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 85 seja paga. No âmbito da Força Terrestre a autoridade competente é o Ordenador de Despesa, que determina que a despesa seja paga, utilizando, na prática, carimbo padronizado aposto no verso da Nota Fiscal/Fatura. 12. A etapa "controle e avaliação" compreende a fiscalização realizada pelos órgãos de controle interno e externo e pela sociedade. Os órgãos de controle interno e externo, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial têm as atribuições de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; e comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Pública. 2. Considerações preliminares Antes de tratar especificamente sobre os assuntos relacionados às aquisições, julga-se oportuno tratar do Orçamento Público, com o intuito de reforçar entendimentos sobre Programa, Ação e Finalidade. Assim, mesmo na hipótese de um crédito ser decorrente de exploração econômica de bens, deve-se entender que o orçamento é único, em atenção ao principio da unidade e universalidade do orçamento35 Observe os trechos das recomendações já expedidas sobre o assunto a seguir: - A FINALIDADE DO CREDITO RECEBIDO PELAS UG E DEFINIDA EM PLANEJAMENTO ESTRATEGICO (LEI DO PLANO PLURIANUAL PPA), DIRETRIZES ORCAMENTARIAS (LEI DE DIRETRIZES ORCAMENTARIA) E EXECUCAO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO DISCRIMINADOS NA ORCAMENTARIA ANUAL. (Msg DGO, de 16 mar 09); UM EM NA LEI - absterem-se de realizar despesas fora da finalidade delineadas para o Projeto ou Atividade específica, no âmbito dos V Jogos Mundiais Militares; (Acórdão nº 1.443/2011-Plenário), determinando ao MD para que oriente as UG s vinculadas à execução dos 5º Jogos Mundiais Militares; - quando do recebimentos dos recursos, antes de efetuar a licitação (quando for o caso) ou emissão de qualquer empenho, deverão os responsáveis da administração estudar atentamente: i) a finalidade do recurso concedido; ii) a descrição do projeto/atividade; e iii) as despesas enquadradas nas ND específicas. Durante todo o processo de execução da despesa, empenho por empenho, primar pelo bom senso, exercendo a análise crítica sobre cada ato administrativo praticado. (recomendação do Cmt Ex, por intermédio da SEF destacando cuidados na aplicação dos recursos públicos, diante da ocorrência de possíveis impropriedades ou mesmo despesas que, embora regulares, aparentam estar distantes da finalidade dos recursos recebidos, mormente aquelas relativas a destaques e convênios, ocasionando questionamentos, seja por parte de órgãos externos (TCU e Ministério Público, por exemplo), seja pela mídia. Sobre o assunto, cabe destaque também para o documento a seguir onde a SEF, por meio da Msg SIAFI SEF, de 5 jul 12, alerta sobre comprovação de despesa efetuadas na "RIO + 20":36 35 Princípio da Unidade Orçamentária, visa à prática da movimentação financeira do Tesouro, em um caixa único, objetivando o cumprimento da fiscalização orçamentária e financeira por parte do Poder Legislativo. O orçamento é uma peça única e indivisível. O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. Este princípio da Universalidade é de fundamental importância, pois possibilita ao Legislativo conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las. 36 Consta no Anexo A à presente Nota Informativa Especial, a transcrição do DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAR sobre observância ao orçamento quando da execução da despesa.

86 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl CONSIDERANDO O PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO EM REALIZAÇÃO NO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, FUNDAMENTADO NA PORTARIA DE FISCALIZAÇÃO TCU Nº 1.464, DE 29 DE MAIO DE 2012, COM O OBJETIVO DE ACOMPANHAR AS AÇÕES DO MINISTÉRIO DA DEFESA RELATIVAS AO PROJETO "EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONFERÊNCIA RIO + 20", ESTA SECRETARIA RECOMENDA QUE A ADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADES GESTORAS (UG) DEVERÁ FICAR EM CONDIÇÕES DE APRESENTAR A EQUIPE DE AUDITORIA DAQUELA EGRÉGIA CORTE DE CONTAS - QUANDO SOLICITADO - OS SEGUINTES DOCUMENTOS: A. PROCESSOS ADMINISTRATIVOS LICITATÓRIOS QUE FUNDAMENTARAM AS AQUISIÇÕES E SERVIÇOS, INCLUSIVE OS RELATIVOS ÀS DISPENSAS E INEXIGIBILIDADES; B. DOCUMENTOS QUE FORMALIZARAM AS REQUISIÇÕES DOS OBJETOS CONTRATADOS; C. JUSTIFICATIVAS DOS PREÇOS DOS OBJETOS CONTRATADOS; D. JUSTIFICATIVAS PARA AS CONTRATAÇÕES DOS SERVIÇOS E/OU PARA AS AQUISIÇÕES DOS OBJETOS DAS DESPESAS NO PROGRAMA "EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONFERÊNCIA RIO + 20" (PROGRAMA 1383/AÇÃO 14M2); E. ATA DO PREGÃO; F. SOLICITAÇÃO DE ADESÃO À ATA DO PREGÃO; G. AUTORIZAÇÃO DE ADESÃO À ATA DO PREGÃO; H. CONTRATOS ASSINADOS; E I. PROCESSOS DE DESPESAS REALIZADAS OU EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DA NÃO LIQUIDAÇÃO DAS DESPESAS. Os grifos servem para destacar informações orçamentárias que devem ser analisadas e estudadas, em especial, por aqueles que, direta ou indiretamente, estejam envolvidos com o processo de aquisição. A compreensão, mesmo que de forma sumária, do processo orçamentário permite realizar contratações/aquisições fundamentadas e em conformidade com os princípios e demais normas. 3. Orçamento Público Em linhas simples é onde são previstas as receitas e fixadas as despesas do Governo, referente aos Poderes da União, seus Fundos, Órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. ( 5º, Inc I, art CF), sendo planejado e realizado por intermédio de leis, propostas pelo Poder Executivo e aprovadas pelo Legislativo. A mudança do orçamento, em síntese, só pode ocorrer após proposta do Executivo e aprovada pelo Legislativo. Então, como é feito o orçamento?

87 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 87 Como visto (art 165-CF), o Executivo, por meio de Projetos, elabora e submete à aprovação do legislativo o Plano Plurianual (PPA)37 de Governo; a Lei de Diretrizes Orçamentária 38 (LDO); e a Lei Orçamentária Anual39 (LOA). Existem princípios básicos40 que devem ser seguidos para elaboração e controle do Orçamento e que estão definidos na CF/88, na Lei nº 4.320, de 17 MAR 64, no PPA e na LDO. Logo, pode se afirmar que na LOA é estabelecido o dispêndio de recursos financeiros para a execução dos PROJETOS e ATIVIDADES previstos no ano anterior. Sabe-se que o Exército está subordinado/vinculado ao Ministério da Defesa (MD) que, dentro do Sistema Administrativo de Planejamento Orçamentário, é um Órgão Orçamentário (OO) constando nominalmente da LOA como responsável pelos recursos financeiros destinados à execução de seus PROJETOS e ATIVIDADES. Normalmente, os OO são os Ministérios da Administração Direta, que designam uma ou mais repartições subordinadas, denominadas de Unidades Orçamentárias (UO) como responsáveis pela administração dos recursos recebidos e pela elaboração de suas propostas orçamentárias. Assim, na prática, o Comando do Exército é uma Unidade Orçamentária (UO) do Órgão Ministério da Defesa, sendo responsável pela administração financeira e elaboração das propostas orçamentárias inerentes aos programas relacionados com a sua atividade, sendo a Secretaria de Economia e Finanças (SEF), responsável pela administração dos recursos recebidos e pela elaboração de suas propostas orçamentárias. Em resumo, tem-se que: - Órgão Central - O Estado-Maior do Exército (EME) - Órgão Complementar - Secretaria de Economia e Finanças (SEF) - Órgãos Setoriais (OS) - COTER, DGP, SEF, DEC, DECEx, COLOG e DCT E como se processa a proposta orçamentária? Com base na diretriz para a Elaboração da Proposta Orçamentária dos Ministérios e nos Programas Plurianuais Setoriais, os Órgãos Setoriais elaboram suas propostas, encaminhando-as ao órgão responsável do respectivo Ministério para análise. Após aprovação, são remetidas à Unidade Orçamentária do respectivo Ministério para processamento, consolidação e encaminhamento à Secretaria de Orçamento Federal41-SOF, com vistas a fixação do teto orçamentário, sendo ajustadas 37 O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal, que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal (APF) para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. (art165, I, CF). O Projeto de Lei do PPA define as prioridades do governo por um período de quatro anos e deve ser enviado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato. (art 35, 2º, Inc I, CF - ADCT) 38 Compreende as metas e prioridades da APF, incluindo as despesas de capital, para o exercício financeiro subsequente, fazendo a ligação do PPA com a LOA (art 165, Inc II, CF/88). A LDO é o instrumento norteador da elaboração da LOA na medida em que dispõe, para cada exercício financeiro, sobre: - prioridades e metas da APF; - estrutura e organização dos orçamentos; - diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações; - dívida pública federal; - despesas da União com pessoal e encargos sociais; - política de aplicação dos recursos das agências de fomento; alterações na legislação tributária da União; e - fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades graves. O projeto da LDO é encaminhado até oito meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. (art 35, 2º, Inc II, CF/88) 39 Estabelece o dispêndio de recursos financeiros para a execução dos projetos e atividades previstos para o ano subsequente à sua aprovação, bem como estima as receitas e fixa as despesas correspondentes. (art 165, 5, CF) O projeto da LOA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (art 35, 2, Inc III, CF - ADCT) 40 Princípios Orçamentários: da Unidade, Universalidade, Anualidade, Exclusividade, Especificação, Publicidade, Equilíbrio. 41 Integrante como órgão específico do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que é o órgão central. O trabalho desenvolvido pela SOF tem sido norteado por um

88 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 88 conforme o limite fixado e observadas as prioridades constantes na Diretriz para a Elaboração do Orçamento Anual/Ministério. As propostas setoriais devidamente ajustadas contemplando os PROJETOS e ATIVIDADES são submetidas à aprovação e, posteriormente, o orçamento é implantado no Sistema Integrado de Orçamento e Planejamento - SIOP, transmitidas à STN e, posteriormente, ao SIAFI, para propiciar o acompanhamento da execução orçamentária e financeira. E como esses dados estão no orçamento? Por meio de um sistema de classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral. Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras. Assim, os programas de trabalho representam uma AÇÃO e/ou conjunto de AÇÕES para combater uma causa de um problema identificado, gerando, com isso, um benefício para a Sociedade. Em síntese, toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual PPA. O programa de trabalho é o instrumento de organização da atuação governamental. Esse programa articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual, visando a solução de um problema ou o atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade. Problema Objetivo + Indicador Causas Ações Sociedade (pessoas/famílias/empresas) E como o OD tem condições de saber como gastar corretamente o recurso recebido? Por meio do PROGRAMA/AÇÃO da programação orçamentária Que são os elementos da programação orçamentária que propiciam ao OD/Gestor condições para definir quais bens/serviços devem ser objeto de aquisição/contratação para atender aquela finalidade/demanda. O PROGRAMA/AÇÃO indica a finalidade a ser atendida, ou seja, para quê foi concedido o crédito e o que a UG deve/precisa contratar para atender aquela AÇÃO. E a Natureza de Despesa? A Natureza de Despesa (ND), conforme se verifica na tabela a seguir, informa a categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. conjunto de competências, descritas no art. 17 do Anexo I do Decreto nº 7.675, de 20 jan 12, e amparado no art. 8º da Lei nº , de 2001.

89 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 89 No SIOP, o código representativo é composto por oito dígitos, assim representados com as devidas anotações e, ainda, destacando-se as mais frequentes utilizadas pelas UG: Exemplo: 1º dígito 2º dígito 3º e 4º dígitos 5 e 6º dígitos 7º e 8º dígitos Classificação Dígitos Comentários Categoria Econômica 1º São as Despesas Correntes ou de Capital, cuja diferença é a contribuição direta para a formação ou aquisição de um bem de capital. No SIOP: "3" Corrente e "4" Capital 2º O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. No SIOP: "1" Pessoal e Encargos Sociais; "2" Juros e Encargos da Dívida; "3" Outras Despesas Correntes; "4" Investimentos; "5" Inversões financeiras e "6" Amortização da Dívida 3º 4º Indica se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão no âmbito do mesmo nível de Governo. Objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. No SIOP: "90" Aplicações Diretas - Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. 5º 6º A finalidade é identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins. No SIOP: "30" Material de Consumo; "39" Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica e "52" Equipamentos e Material Permanente Grupo de Natureza da Despesa (GND) Modalidade de Aplicação Elemento de Despesa Subelemento 7º 8º desdobramento facultativo do elemento de despesa. Assim, no exemplo , temos: 3 Despesa corrente; 3 Outras despesas correntes; 90 Aplicações diretas; 30 Material de Consumo; e 17 Material de processamento de dados Concluí-se que por meio da LEI ORÇAMENTÁRIA, o Congresso Nacional aprova o orçamento da União, que significa dizer que houve uma AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA para a realização de despesa. No início do exercício financeiro, o Poder Executivo a fim de possibilitar que as despesas previstas no orçamento sejam executadas, de acordo com suas finalidades, provisiona CRÉDITO para as suas Unidades Orçamentárias (UO), que por sua vez, provisionam suas Unidades Gestoras Responsáveis e que provisionam as UG, assim podendo ser representado:

90 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 90 Nota de Dotação Nota de Dotação Órgão Central do Orçamento - SOF Cmdo Ex UO Provisão Min Transporte UO Nota de Crédito-NC UGR Provisão Nota de Crédito-NC Unidades Executoras UG Emite a Nota de Empenho Notas 1. UNIDADE GESTORA (UG) - É um conceito genérico de Unidade Orçamentária ou Administrativa que realiza atos de gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial. 2. UNIDADE GESTORA EXECUTORA (UGE) - Unidade que realiza atos de gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial. Poderá ser UG Primária (160XXX), quando realizar atos vinculados à Unidade Orçamentária Comando do Exército (ou Fundação Osório). Será considerada UG Secundária (167XXX), quando realizar atos de gestão vinculados à UO Fundo do Exército. 3. UNIDADE GESTORA RESPONSÁVEL (UGR) - Unidade que responde pela realização da parcela do programa de trabalho contida num crédito. Tem atribuição de gerir os diversos Projetos e Atividades, por isso o nome RESPONSÁVEL (UGR). No Comando do Exército as UGR, são aquelas com as atribuições de Órgãos Setoriais (OS). Exemplo: DGP, COTER, etc. 4. UNIDADE ORÇAMENTÁRIA - Unidade da Administração Direta a quem o Orçamento da União consigna dotações especificas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição Plano Interno - PI O Plano Interno (PI) é adotado no âmbito do Exército Brasileiro como um instrumento de planejamento e de acompanhamento da ação programada com a finalidade de otimizar a Execução Orçamentária e Financeira, bem como permitir o acompanhamento e o controle da realização das despesas. Usado como forma de detalhamento de um projeto/atividade, permite uma interligação entre o que é planejado com o que efetivamente é executado. A estrutura visa também atender à demanda crescente por informações gerenciais que hoje não são passíveis de serem obtidas por intermédio de outras transações existentes no SIAFI. Novos PI podem ser criados de acordo com a necessidade da DGO. Para consultar a descrição do PI, acesse, no SIAFI, a transação >CONPI Exemplo: PI I 3 DA FUN ADOM Identifica o Item (Administração da OM) Identifica o Título do PI (Funcionamento) Identifica o Encargo (Despesas Administrativas) Identifica o Órgão de Apoio (DGO) Identifica o Gestor (SEF)

91 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 91 O crédito descentralizado pela DGO terá sempre, como primeiro e segundo caracteres dos PI os códigos I3. O caracter I corresponde à SEF e o número 3 à DGO. 4. Orientação Normativa Passa-se, a seguir, a analisar situações específicas, procurando estabelecer referências, também, com as decisões do TCU, em função da prerrogativa constante da Súmula a seguir transcrita:: SÚMULA nº 222-TCU As Decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 5. Obrigatoriedade de Licitar A contratação de bens e serviços no âmbito da Administração Pública (Federal, Estadual e Municipal) deve ser realizada por licitação. Esta é a regra geral prevista no art 37 da CF/88, reforçada na Msg SIAFI SEF, de 06 jul 09 a seguir transcrita: (...) F. OBSERVE QUE A REGRA A SER CUMPRIDA PELA ADMINISTRACAO PUBLICA E A LICITACAO, SENDO QUE SUA DISPENSA SO PODE SER EFETUADA EM CASOS EXCEPCIONAIS, DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS, DE MODO QUE A CONTRATACAO DIRETA DEVE SER REALIZADA COM MUITA CAUTELA; Assim, mesmo nos processos de geração de receita, independentemente do valor a ser recolhido, a licitação deve ser realizada sempre que houver condições de competitividade.. (Recomenda-se observar o trecho do Acórdão nº 159-TCU-Plenário, publicado no B Info 3/2012) 6. Planejamento das aquisições O TCU tem exigido dos administradores o devido planejamento orçamentário, incluindo-se aí as aquisições (custeio e investimento). Na verdade, é a obediência ao princípio da anualidade do orçamento. O planejamento, além de permitir gastos eficientes e coerentes, tem a finalidade acessória de definir as modalidades de licitação e evitar o fracionamento da despesa Fracionamento x Parcelamento O art 23 da Lei 8.666/93 dispõe: (...) 1º. As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas PARCELAS quantas se comprovem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao MELHOR APROVEITAMENTO dos recursos disponíveis no mercado e à AMPLIAÇÃO DA COMPETITIVIDADE SEM PERDA DA ECONOMIA DE ESCALA. Como se percebe no dispositivo retro o parcelamento é perfeitamente legal, cujas características são: licitações distintas para cada fase; e utilização da modalidade prevista para execução do objeto global. Qualquer outra forma de procedimento que não a estipulada no parágrafo 1º caracterizará o fracionamento o que é proibido, conforme os s 2º e 5º do mesmo artigo. 42 Consultar também o item específico sobre Sistema de Registro de Preços

92 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 92 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Assim, o fracionamento, da forma acima, é tipificado como crime (art 93), seja pela dispensa de licitação (Art. 24, I e II) e fuga à modalidade licitatória (art 23, 5º). Entretanto, há uma exceção à regra, na qual é permitida a manutenção da modalidade licitatória cabível, para as etapas de uma mesma obra ou serviço (Art 23, 5º, in fine), desde que se refiram a parcelas de natureza específica que possam ser realizadas por pessoas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. Nesse caso, por ocasião de contratações de obras, onde em uma determinada etapa, é possível realizar uma licitação específica, adotando-se outra modalidade de licitação, desde que se refira a parcela de natureza específica e que possa ser realizada por pessoal (licitante) de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. Tem ligação com o aproveitamento de mercado (especialidade de serviço), obtendo-se, em princípio, serviço de melhor qualidade e com preço mais vantajoso. Assim, vai ao encontro da definição de eficiência da administração. Por fim, recomenda-se a leitura de matéria publicada no B Info 2/ Requisição É um documento obrigatório que precede a despesa, devendo ser anexado ao processo de aquisição, independente da modalidade de licitação43. A requisição é expedida pelo interessado (seção requisitante), devendo constar a especificação técnica do bem/serviço pretendido. É na requisição que o OD autoriza a despesa e indica qual a dotação orçamentária a ser utilizada, bem como a modalidade de licitação a ser aplicada ou se é caso de dispensa/inexigibilidade de licitação. Para tanto, é razoável que contemple a pesquisa de preços como anexo, justamente para auxiliar na escolha da modalidade a ser utilizada, bem como verificar se há crédito disponível e suficiente capaz de atender a futura contratação. Por fim, recomenda-se a leitura de matéria publicada no B Info , onde se complementa o assunto e suas consequências. 9. Objeto - Descrição - Indicação de Marca - Orientações A definição do objeto é um procedimento da fase interna da licitação que impacta o bom andamento do certame. Esse assunto já foi alvo do B Info 09/2008, conforme a seguir: 43 IG (Portaria nº 305-Min Ex, de 24 MAIO 1995 IG para a Realização de Licitações e Contratos no Min Ex) art. 13 Toda compra, obra ou serviço será sempre precedida de requisição, que importará na responsabilidade da autoridade requisitante quanto a sua quantidade e quanto à necessidade dos serviços que lhe são afetos. Parágrafo único A requisição deverá conter a especificação das obras e dos serviços a contratar e dos bens a adquirir e será submetida ao OD, que, aprovando-a, determinará a abertura do processo administrativo, iniciando-se o procedimento da licitação.

93 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 93 Não é raro ouvir-se comentários do tipo que licitação é ruim pois não se compra produtos de qualidade etc. Entretanto, observando a descrição de alguns itens nos certames de algumas UG, ficam evidenciadas deficiências na descrição dos mesmos, faltando, inclusive, informações mínimas necessárias que poderiam amenizar eventual dificuldade na aquisição de itens/produtos de qualidade. A situação se agrava quando da contratação de serviços, havendo, em muitos casos, descrições totalmente imprecisas e subjetivas, dificultando, inclusive, a formulação de propostas pelas empresas, além de comprometer seriamente o princípio da igualdade. No livro Licitações e Contratos Orientações Básicas, 3ª edição 44, do TCU, já se observa a preocupação com tal fato, assim constando na pág 91 e seguintes: A experiência em licitações públicas tem demonstrado que os licitantes necessitam, para bem elaborar suas propostas, de especificações claras e precisas, que definam o padrão de qualidade e o desempenho do produto a ser adquirido. Se não for assim, corre-se o risco de o licitante ofertar o que tem de mais barato e não o que pode oferecer de melhor. Alguns exemplos podem ser citados de compras que se fazem rotineiramente pelo menor preço, mas que trazem resultado insatisfatório: - canetas cuja tinta resseca, vaza ou falha ao ser usada; - cola que tem mais água do que componente colante; - lápis de grafite duro, que fura o papel ao escrever; (...) Cabe lembrar que a administração não só tem o direito de comprar bem, como tem o DEVER de comprar bem, afinal, QUEM COMPRA MAL, COMPRA MAIS DE UMA VEZ E, PIOR, COM DINHEIRO PÚBLICO. Portanto, a descrição precisa e qualificada é questão essencial para o sucesso de um certame. Tanto é que o TCU publicou a SÚMULA Nº 177: A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais das condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da licitação para compra, a quantidade demandada uma das especificações mínimas e essenciais à definição do objeto do pregão. Neste cenário, esta ICFEx entende que um objeto bem caracterizado e bem definido, além de permitir aquisições de acordo com as expectativas e necessidades da UG, evita impugnações e questionamentos por parte dos licitantes e, ainda, porque não dizer, de qualquer membro da sociedade, haja vista o direito subjetivo de qualquer cidadão de impugnar edital ( 1º, Art 41, Lei 8.666/93). A UG não pode se resignar com aquisições que não atendam as suas necessidades, ficando a mercê de produtos de qualidade e rendimento indesejáveis e ineficientes. A fim de afastar Entretanto, para adquirir produtos e serviços de qualidade, indispensável que o objeto seja/evitar que estes produtos/serviços sejam oferecidos pelos participantes, indispensável que a administração tenha pleno conhecimento do objeto, portanto, tem que se conhecer o mercado; os bens/serviços similares; as 44 Já está disponível no link a 4ª edição desse livro. Recomenda-se fazer o download e consultar os assuntos, pois são pertinentes e relevantes para bem executar as aquisições da UG

94 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 94 características específicas do objeto; os tipos de embalagens utilizadas no mercado; o tipo de embalagem mais adequada e/ou de melhor rendimento e eficiência para a administração etc. Caso contrário, continuaremos ouvindo reclamações, sendo muitas delas despropositadas. Não há fórmula mágica para definir bem um objeto, sendo que o sucesso para o deslinde da questão é resolver a seguinte equação : - definir bem um objeto, sem no entanto, indicar a marca do mesmo (Inc I, 7º, Art 15, Lei 8.666/93) e, ainda, sem caracterizar o direcionamento da licitação ( 5º, Art 7º, Lei 8.666/93). Mesmo com uma razoável definição do objeto, ainda assim, pela peculiaridade de alguns, não se pode atestar que a UG conseguirá um artigo de qualidade desejada. Necessário, por vezes, fazer outras exigências, desde que não comprometam o princípio da isonomia entre os licitantes e não frustrem o caráter competitivo do certame ou, ainda, não contrariem a legislação. (observar Inc I, 7º, Art 15 e 5º, Art 7º, Lei 8.666/93). Longe da intenção de equacionar a situação e apresentar uma solução padrão, seguem algumas observações que poderão ajudar neste mister: inicialmente, descrever sucintamente o objeto, acrescentando informações complementares, tais como, composição do material, dimensões mínimas e/ou aproximadas, padrão de desempenho, rendimento mínimo desejado, tipo de embalagem, unidade de fornecimento considerando a quantidade por embalagem etc. Ainda, poder-se-á fazer outras exigências como exemplo: número do registro nos órgãos competentes etc. Tudo dependerá do objeto. Expressão do tipo no mínimo auxilia bastante no momento da definição do objeto. Entretanto, cabe ressaltar que por princípio jurídico, os atos da administração devem ser motivados, razoáveis e proporcionais, sendo que exigências descabidas e não fundamentadas, poderão ser questionadas. Neste momento, a UG pode concluir que deve enriquecer o conteúdo das especificações dos artigos licitados, incluindo uma variedade de informações no afã de selecionar artigos usualmente chamados de 1ª qualidade. Talvez, esta não seja a solução da equação já mencionada, até porque o conceito de qualidade é subjetivo. A UG tem que verificar a sua real necessidade, além do que deve mensurar as condições que dispõe para receber e atestar se o objeto está de acordo com as exigências editalícias, portanto, pertinente é se questionar: - há condições técnicas da UG comprovar todas as especificações exigidas? - há pessoal qualificado para comprovar as especificações? - é necessário algum equipamento/laboratório para efetuar a análise? - o equipamento/laboratório é certificado pelos órgãos competentes, bem como atende a legislação específica? [...] Também, bastante utilizado é a indicação de marca como parâmetro de qualidade, que pode ser admitida para facilitar a descrição do objeto a ser licitado, desde que seguida, por exemplo, das expressões ou equivalente, ou similar e ou de melhor qualidade. Nesse caso, o produto deve, de fato e sem restrições, ser aceito pela Administração. Mas, há que se ter cuidado, visto que este recurso é mera referência, não assegurando a qualidade do objeto. O que a Lei de Licitações veda e os Tribunais de Contas condenam, em especial o TCU, é a preferência por determinada marca e sua indicação sem a devida justificativa técnica nos autos, o que não é nenhuma novidade, pois, como sempre

95 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 95 salientamos, os atos da administração devem ser motivados. Com efeito, é o princípio da motivação, da finalidade etc. [...] CONCLUSÃO A descrição bem elaborada do objeto é fundamental para adquirir produtos de qualidade, sendo imperioso a conscientização dos Agentes da Administração envolvidos nesta atividade, visando se adaptarem a esta realidade do processo licitatório, cada vez mais competitivo, em virtude da facilidade de empresas participarem do processo, em especial, do Pregão Eletrônico, além, evidentemente, da multiplicidade de produtos/marcas existentes no mercado. É possível a aceitação de proposta com duas ou mais marcas? A proposta deve ser clara e objetiva. A alternatividade de marcas induziria à subjetividade do julgamento e da própria relação contratual a ser estabelecida. Portanto, a fim de evitar essa ocorrência, deve-se estabelecer em Edital a necessidade de cotação de uma única marca pelos licitantes que deverá atender às especificações do Edital. 10. Pesquisa de Preços Procedimento de extrema relevância na fase interna da aquisição. A contratação deve ser precedida por pesquisa de preço, inclusive nas cessões de uso. Reiteradas são as decisões do TCU exigindo no bojo do processo a pesquisa e/ou forma como os preços foram obtidos, inclusive para as despesas feitas sob a forma de dispensa. Ora, o motivo é verificar, dentre outros, os seguintes aspectos: - se há disponibilidade orçamentária45 para a contratação; e - verificar a modalidade de licitação (Concorrência, Tomada de Preços e Convite) a ser aplicada, em que pese a modalidade pregão poder ser utilizada para qualquer valor. Entretanto, no caso de obras e serviços não comuns, a modalidade pregão, em princípio, não é aplicada. Ainda, a pesquisa de preços, antecedendo qualquer contratação, com ou sem licitação, tem o condão de aferir se o preço contratado está em consonância com o preço praticado no mercado 46, a fim de evitar eventual prejuízo decorrente de superfaturamento. Se tais argumentos ainda não fossem suficientes, vale observar que o registro de aviso da licitação no Portal de Compras Governamentais requer o lançamento47 do preço estimado da contratação. Ratificando a obrigatoriedade da pesquisa de preços, em qualquer processo de aquisição, a Msg SEF, de 06 Jul 09 e Msg SEF, de 14 Dez 09 transcrevem algumas determinações 45 Lei 8.666/93, art 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. Art 55. São cláusulas necessárias em todo o contrato as que estabeleçam...v o crédito pelo qual correrá a despesa, 46 Lei 8.666/93, art 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:...iv verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; 47 Nesse sentido, a Msg SIASG nº 2004/ DLSG/SIASG, de 26 Nov 04, publicada no B Info 11/2004.

96 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 96 do TCU, contidas nos Acórdãos 1195/ Plenário, 2965/2009-2ª Câmara, 3018/2009-2ª Câmara e 6101/2009-2ª Câmara, na forma que segue: Msg SEF, de 06 Jul 09 A. FACA CONSTAR DOS PROCESSOS DE DISPENSA DE LICITACAO, ESPECIALMENTE NAS HIPOTESES DE CONTRATACAO EMERGENCIAL, A JUSTIFICATIVA DE PRECOS A QUE SE REFERE O INCISO III DO ART. 26 DA LEI 8.666/1993, MESMO NAS HIPOTESES EM QUE SOMENTE UM FORNECEDOR POSSA PRESTAR OS SERVICOS NECESSARIOS A ADMINISTRACAO, MEDIANTE A VERIFICACAO DA CONFORMIDADE DO ORCAMENTO COM OS PRECOS CORRENTES NO MERCADO OU FIXADOS POR ORGAO OFICIAL COMPETENTE OU, AINDA, COM OS CONSTANTES DO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS, OS QUAIS DEVEM SER REGISTRADOS NOS AUTOS, CONFORME DECISAO TCU 627/1999 PLENARIO; (...) J. PROMOVA AMPLA PESQUISA DE MERCADO, DE MODO A JUSTIFICAR OS PRECOS ORCADOS PELA ADMINISTRACAO, CONFORME O ART. 3 DO DECRETO 3.931/2001; Msg nº SEF, de 14 Dez 09 REF: OFICIO N 482-SSCR/DAUD, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2009, DO DIRETOR DE AUDITORIA. 1. EM ATENDIMENTO A SOLICITACAO CONTIDA NO DOCUMENTO DA REFERENCIA ESTA SECRETARIA RESOLVEU DIFUNDIR AS UNIDADES GESTORAS (UG) AS RECOMENDACOES CONTIDAS NO ACORDAO N 6101/2009TCU 2ª CAMARA DE 17 DE NOVEMBRO DE 2009, NA FORMA DOS ITENS ABAIXO TRANSCRITOS; 1.5. DETERMINACOES; FACA CONSTAR NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS RELATIVOS A AQUISICAO DE FARDAMENTO PARA O EXERCICIO BRASILEIRO DOCUMENTOS QUE EVIDENCIEM A REALIZACAO DA DEVIDA PESQUISA DE MERCADO; - Mais esclarecedores são os trechos de Acórdãos ora transcritos: Determinação à (.) para que, nos procedimentos licitatórios, proceda a uma detalhada estimativa de preços com base em pesquisa fundamentada em informações de diversas fontes propriamente avaliadas, como, por exemplo, cotações específicas com fornecedores, contratos anteriores do próprio órgão, contratos de outros órgãos e, em especial, os valores registrados no Sistema de Preços Praticados do SIASG e nas atas de registro de preços da Administração Pública Federal, de forma a possibilitar a estimativa mais real possível, em conformidade com os arts. 6º, inc. IX, alínea "f", e 43, inc. IV, da Lei nº 8.666/1993 (item 9.2.1, TC /2009-8, Acórdão nº 47/2011-Plenário). (...) só efetivar contratações diretas após comprovação da compatibilidade dos preços praticados com os do mercado, mediante pesquisa de preços, devendo a documentação pertinente constar do respectivo processo de dispensa. (Acórdão nº 713/2009-Plenário-TCU) (...) faça constar dos processos licitatórios toda a documentação que deu suporte à formação do preço estimado pela Administração, valor esse utilizado como parâmetro nas contratações de bens e serviços. (Acórdão nº 663/2009-Plenário-TCU) abster-se de adjudicar propostas com valores superiores aos preços de referência estimados na fase interna de seus processos licitatórios, com vistas a dar eficácia ao

97 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 97 disposto no art. 48, inciso II, da Lei nº 8.666, de (Acórdão nº 4.852/2010Plenário-TCU) abster-se de efetuar contratação por preços acima da estimativa de mercado realizada previamente, obedecendo a lei do menor preço. (Acórdão nº 655/2011-PlenárioTCU) Uma questão que merece consideração é quando os preços das propostas/lances se encontram acima dos estimados pela administração, independente da modalidade de licitação. No caso de pregão eletrônico, o pregoeiro deverá negociar para que os valores da proposta sejam compatíveis com o anteriormente estimado. A pesquisa se mostra importante, também, para evitar eventual responsabilização por dano ao erário em decorrência de aquisição com preço acima de mercado, conforme se verifica no Acórdão nº 1693/2012-TCU-Plenário, em Processo nº TC / versando sobre responsabilização solidária de agentes por prejuízos causados ao erário, em decorrência de graves deficiências no orçamento prévio dos serviços de locação de mobiliário e a permissão e celebração de contrato nessas condições48. Cabe destacar o que prevê a Lei de Licitações nos seguintes artigos: Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (...) V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública. Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: (...) IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; (grifo nosso) 48 O Acórdão converteu os autos em TCE, a fim de convocar os responsáveis solidários para apresentarem defesa sobre a irregularidade ou recolher aos cofres do Tesouro Nacional a importância de R$ x,xx. As condutas descritas são: 1) Coordenador do Comitê de Planejamento Operacional: ter consentido a elaboração de Termo de Referência ao Pregão Eletrônico (...) com graves deficiências no orçamento prévio dos serviços; por haver permitido a celebração e ordenado a descentralização de crédito orçamentário para custeio do Contrato sem antes certificar se os valores unitários de locação de bens móveis eram os mais economicamente vantajosos ao Erário, fato que ensejou dano aos cofres do Tesouro Nacional; 2) Membro: haver elaborado Termo de Referência ao edital do Pregão Eletrônico (...), o qual contemplou orçamento prévio dos serviços de locação de mobiliário para a (...), com base em pesquisa de preço genérica e deficiente, sem adequada composição dos custos unitários e sem demonstração da razoabilidade dos valores estimados, a influenciar o procedimento licitatório e induzir à celebração de contrato antieconômico, acarretando dano os cofres do Tesouro Nacional; 3) Membro da Comissão Especial de Apoio do Comitê de Planejamento Operacional: haver elaborado orçamento prévio dos serviços de locação de mobiliário para as ( ), com base em pesquisa de preço genérica e deficiente, sem adequada composição dos custos unitários e sem demonstração da razoabilidade dos valores estimados, a influenciar o procedimento licitatório e induzir à celebração de contrato antieconômico, acarretando dano os cofres do Tesouro Nacional; 4) Ordenador de Despesa: por haver aprovado Termo de Referência ao Pregão Eletrônico (...) com graves deficiências no orçamento prévio dos serviços de locação, por ter homologado o resultado da referida licitação, assinado instrumento de contrato, dos quais resultaram pagamentos de despesas contratuais com indícios de sobrepreço, acarretando dano aos cofres do Tesouro Nacional; 5) Empresa (...): por ser beneficiária dos pagamentos pelos serviços de locação de mobiliário para as (...), prestados durante a realização dos V Jogos Mundiais Militares, conforme Contrato, nos quais foram identificados sobrepreços no valor total de R$ x,xx.

98 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 98 Uma pesquisa de mercado bem feita depende de uma especificação precisa do material que será adquirido, bem com do detalhamento das condições de entrega e do quantitativo que será adquirido. Deve-se considerar como risco aquelas pesquisas realizadas com preços promocionais ou com preços obtidos em sites de compras coletivas. Destaca-se que uma disparidade muito grande entre preços na pesquisa pode indicar que o material cotado nas fontes não é necessariamente o mesmo. Assim, tendo em vista a relevância que essa etapa tem na fase interna da licitação e, ao mesmo tempo, o impacto que produz na decisão do pregoeiro (e ou da Comissão de Licitação), julga-se por bem apresentar algumas considerações sobre os possíveis locais onde podem ser realizadas tais pesquisas: A deflagração de procedimentos licitatórios exige estimativa de preços que pode ser realizada a partir de consultas a fontes variadas, como fornecedores, licitações similares, atas de registro de preços, contratações realizadas por entes privados em condições semelhantes, entre outras. No entanto, os valores obtidos por meio dessas consultas que sejam incapazes re refletir a realidade do mercado devem ser desprezados. (Acórdão nº 868/2013-Plenário-TCU). Determinação à [ ] para que, ao estimar o custo de contratação, adote como base, preferencialmente, os preços praticados em contratações similares, bem como aqueles parametrizados em indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes, se for o caso, nos termos do art. 15, inciso XII, b, da IN/SLTI-MP nº 2/2008, valendo-se de consultas de preços diretamente junto a potenciais fornecedores somente quando não for possível utilizarse dos citados expedientes. (Acórdão nº 3.395/2013-2ª Câmara-TCU) Como boa prática, cabe destacar a Portaria expedida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que normatizou, para aquele órgão, diretrizes para a realização de pesquisa de preços de mercado para as licitações, conforme a seguir: Portaria nº 886-GPR/TJDFT, de 24 JUN 13 Da realização da pesquisa de preços Art. 4 Para se obter a estimativa de preços, a unidade solicitante poderá utilizar-se de: I fontes oficiais; II pesquisa de mercado, com detalhamento da proposta pelo fornecedor, em estrita conformidade com o solicitado; III valores constantes de banco de preços externos, desde que previamente contratados pelo TJDFT, para pesquisa relacionada a itens de alta recorrência; IV pesquisas em sítios eletrônicos de empresas conhecidas no mercado nacional; V revistas especializadas; VI demais fontes de pesquisa que a Administração entender necessárias, caso a unidade responsável pela pesquisa de preços tenha dificuldades em obtê-la, desde que devidamente detalhada e justificada; 1 Para os efeitos desta Portaria, são considerados documentos comprobatórios os oriundos das fontes mencionadas nos incisos I ao VI deste artigo. 2 A ordem de pesquisa deve seguir a sequência dos incisos deste artigo, passandose para o próximo inciso sempre que não houver êxito na pesquisa nos moldes do inciso anterior.

99 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 99 3 Consideram-se fontes oficiais as seguintes: I o Sistema de Registro de Preços SISRP; II o Sistema de Preços Praticados SISPP; III as tabelas oficiais de responsabilidade de órgãos ou entidades públicos SINAPI, ORSE, SICRO; IV o resultado das cotações eletrônicas do Comprasnet; (atual Portal de Compras Governamentais) V as atas de registro de preços e contratações ou aquisições realizadas no âmbito da Administração Pública, desde que não sejam em intervalo superior a 6 (seis) meses da data da abertura do processo administrativo que deu origem à ata. 4 Se não houver a possibilidade de a unidade solicitante apresentar os três orçamentos mencionados no 1º do art. 2º desta Portaria, deve ser feita a devida justificativa e submetida à Secretaria-Geral do TJDFT para deliberação. 5 Devem ser desconsiderados, de plano, pelas áreas demandantes os valores de quaisquer das fontes utilizadas para a estimativa de custo que, manifestadamente, não representem a realidade do mercado. Art. 5 A pesquisa de preços pode, dependendo do objeto, abranger qualquer região do País e, em casos específicos, devidamente justificados, mercados externos. Parágrafo único. A pesquisa será realizada com base em informações padronizadas, de tal forma que sejam evitadas distorções no seu resultado, devendo contemplar: I descrição completa e detalhada do objeto; II quantidades estimadas de fornecimento; III prazos máximos, locais e condições de entrega; IV condições de pagamento; V outras informações que possam interferir na formação do preço. Relevante salientar, também, o exposto no 9º Congresso Brasileiro de Pregoeiros 49, como pontos importantes em uma pesquisa de mercado: - Fazer a pesquisa de posse da correta definição do objeto e da quantidade almejada, pois objetos semelhantes, mas de especificação distinta, têm diferença de preço; - Buscar orçamentos na praça em que ocorrerá a contratação, pois o frete e a disponibilidade alteram o valor do produto; - Evitar buscar orçamento em indústria se, pelo quantitativo, sua licitação for atraente apenas para varejistas (e vice-versa); - Tomar cuidado com preços de sítios de comércio eletrônico. É possível que esses preços estejam abaixo da média do mercado varejista. Além disso, neles sempre é o frete o que impacta no preço divulgado; - Informar ao elaborador do orçamento as condições de pagamento, pois isto influencia no preço do produto; e - Na hipótese de utilizar atas de registro de preço para embasar seu orçamento, procure as que são de órgãos que tenham a mesma base geográfica que o órgão licitante e características similares às suas necessidades. 49 Oficina de Formação de Preço conduzida por Túlio Bastos Barbosa, economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas, autor do livro Formação de Preços, Editora Negócios Públicos, 2007

100 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 100 Por fim, recomenda-se a leitura de matéria publicada no B Info , onde se complementa o assunto e suas consequências. Nessa mesma linha, ainda, as recomendações contidas na Msg ª ICFEx, CIRCULAR, de de 26 Ago 10, que trata de justificativas e pesquisa de preço quando da prorrogação de contratos. De mais recente, cabe destacar a Súmula 259-TCU, publicada no Anexo C ao BINFO 11/2013, que trata, entre outros assuntos, da fixação de preços máximos em licitações. 11. Parecer Jurídico Obrigatória a análise jurídica dos Instrumentos Convocatórios (Edital), conforme dispõe o art 38 da Lei nº 8.666/93, exceção da carta convite50 nos casos que dela NÃO resulte contrato. As minutas de contrato devem sempre acompanhar o Edital como um de seus anexos ( único do art 38). No tocante à competência para emissão de Parecer Jurídico, conforme Of nº Asse Jur 09 (A1/SEF), de 15 Out 09, publicado no B Info 10/2009, a SEF ratifica o exposto no Of nº 558 A Gab Cmt Ex, de 17 Set 09, definindo que os processos licitatórios no âmbito do Exército devem ser encaminhados às Consultorias Jurídicas da União da Advocacia Geral da União (CJU/AGU) para emissão dos correspondentes Pareceres Jurídicos. Recentemente a SEF pronunciou-se também pelo seguinte posicionamento nessa área: a. todo e qualquer processo licitatório, inclusive dispensas e inexigibilidades, deve ser analisado sob o aspecto jurídico, por órgão competente, no teor da Nota DECOR/CGU/AGU nº 007/2007SFT51; e b. além dos itens citados na letra a acima, também devem ser alvo de análise pelas CJU as minutas de editais e de quaisquer contratos, convênios, termos aditivos e ajustes de todo o gênero, mesmo os idênticos e repetitivos. No entanto, se a CJU/AGU declinar dessa competência, de forma expressa, a análise competente deverá ser realizada pela assessoria jurídica da grande unidade (Bda, RM, DE ou Gpt E) a que a Unidade Gestora estiver vinculada52. No que diz respeito, especificamente, sobre processos de dispensa e inexigibilidade, no ano de 2013 foram expedidos os seguintes documentos pelas SEF acerca do assunto: DIEx nº 085Asse1/SSEF/SEF, de 12 JUN 13, DIEx nº 131 Asse1/SSEF/SEF, de 12 SET 13 e DIEx nº 174Asse1/SSEF/SEF, de 05 NOV 13, todos publicados no BINFO 11/2013/5ª ICFEx. Sobre esse assunto, ao abordar as dispensas de pequeno valor e as inexigibilidades que também se enquadrem nos valores estabelecidos nos incisos I e II do Art 24, da Lei nº 8.666/93, a AGU expediu a ON nº 46, de 26 FEV 14, a seguir transcrita: O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO [...] resolve expedir a presente orientação normativa, de caráter obrigatório a todos os órgãos jurídicos enumerados nos arts. 2º e 17 da Lei Complementar nº 73, de 1993: SOMENTE É OBRIGATÓRIA A MANIFESTAÇÃO JURÍDICA NAS CONTRATAÇÕES DE PEQUENO VALOR COM FUNDAMENTO NO ART. 24, I OU II, DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUANDO HOUVER MINUTA DE CONTRATO NÃO PADRONIZADA OU HAJA, O ADMINISTRADOR, SUSCITADO DÚVIDA 50 De acordo com orientação da Msg nº SEF, de 31 Out 03, publicado no B Info 10/ De acordo com DIEx nº 085-Asse1/SSEF, de 12 Jun 13, da SEF, publicado no B Info 11/ De acordo com DIEx nº 131-Asse1/SSEF, de 12 Set 13, da SEF, publicado no B Info 11/2013

101 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 101 JURÍDICA SOBRE TAL CONTRATAÇÃO. APLICA-SE O MESMO ENTENDIMENTO ÀS CONTRATAÇÕES FUNDADAS NO ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, DESDE QUE SEUS VALORES SUBSUMAM-SE AOS LIMITES PREVISTOS NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE Pregão Eletrônico - Uso Obrigatório para bens e serviços comuns Modificando a Msg SEF, de 12 JUL 05, a SEF, referenciando Acórdão nº 2584/ TCU - 2ª Câmara, determinou, por intermédio da Msg , de 28 OUT 08, que se utilize obrigatoriamente a modalidade Pregão para adquirir bens e serviços comuns, em observância ao disposto no art 4º do Decreto nº 5.450/2005. Ainda, consoante o citado, determinou que se planeje tempestiva e adequadamente as aquisições de mesma natureza, a fim de evitar a realização de múltiplos certames para compras de objetos semelhantes e, assim, obter economia de escala, em observância ao princípio constitucional da eficiência. Nesse sentido, consultar título SRP. A questão que pode gerar dúvidas, é sobre a definição de que vem a ser bem ou serviços comuns, em que pese a Lei nº trazer no único, art 1º que são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Neste sentido, vale trazer os ensinamentos de Jessé Torres Pereira Junior que entrevêem-se como comuns, para fins de aplicação do pregão, compras e serviços que apresentem três notas básicas: (a) aquisição habitual no dia-a-dia administrativo; (b) refiram-se ao objeto cujas características encontrem no mercado padrões usuais de especificação; (c). os fatores de critérios e julgamento das propostas sejam rigorosamente objetivos, centrados no menor preço. (Comentários à Lei de Licitações e Contratações da Administração Pública, 8ª ed. Rio de Janeiro, Renovar, 2009, p.1057). Com estas características atendidas nada impede que o bem/serviço seja contratado por meio de pregão. Ainda, como regra geral, não é possível a contratação de serviços de engenharia por meio da modalidade pregão, presencial ou eletrônico, salvo se a administração pública conseguir demonstrar que o serviço pretendido, em que pese se tratar de serviço de engenharia, na verdade, enquadra-se na categoria de serviços comuns nos termos do art 1º da Lei nº /02. A subsidiar tal assertiva, a Decisão nº 674/02 TCU Plenário. Na mesma linha o Acórdão nº 1.617/06 e, em particular, a súmula nº 257/10, onde aquela corte de contas define que O uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº /02. Daí extrai-se que bem/serviço comum, nos termos da Lei nº /02, não pode ser sinônimo de bem ou serviço simples, podendo, ser extremamente complexo mas se enquadrar como comum a fim de poder ser aplicada a modalidade pregão. Observe que a discussão é sobre o uso da modalidade pregão na contratação de serviços de engenharia e não a dispensa das formalidades/procedimentos decorrentes do serviço propriamente dito. Ressalte-se a necessidade de obediência à contratação com profissionais ou empresas que atendam às disposições da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966 e, ainda, que satisfaçam às disposições do CONFEA/CREA. Oportuno também recordar que em qualquer caso (obra/serviço) de engenharia é necessário a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e o seu recolhimento junto à entidade competente (CREA), para tanto, sugere-se sempre o assessoramento de órgão técnico. Atualmente, não há autorização legislativa para adoção do pregão para obras de engenharia. (art. 6º, do decreto 5.450/05). No entanto, cabe destacar que a Súmula nº 257-TCU permitiu a utilização do pregão eletrônico para serviços comuns de engenharia.

102 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 102 Por fim, para tentar ilustrar a diferença entre obra e serviço, apresenta-se o quadro a seguir, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Obras Públicas: Fonte: Orientação Técnica 02/2009-IBRAOP, disponível em Pedidos de Esclarecimentos / Impugnação do Edital / Intenção de Recurso / Julgamento do Recurso - Pregão Pedidos de Esclarecimentos decorrente do previsto no Art 19 do Decreto 5.450/05, dispõe que os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital. Situação também prevista no Art 12 do Decreto nº 3.555/00, embora com prazo diferenciado (2 dias úteis). Duas situações merecem destaque neste quesito:

103 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 103 a. o pregoeiro deve analisar e disponibilizar a resposta no ambiente eletrônico (Portal de Compras Governamentais), a fim de que todos os participantes tenham acesso às informações prestadas; e b. conveniente lembrar que qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. (art 20, Decreto nº 5.450/05). Em outras palavras, a administração deve analisar se os esclarecimentos produzem ou não alteração na formulação das propostas, pois havendo modificação, novo prazo deverá ser reaberto Impugnação do Edital possibilidade prevista no art 18 do Decreto nº 5450 e art 12 do Decreto nº 3.555/00 dispondo que Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica, cabendo ao ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a impugnação no prazo de até vinte e quatro horas ( 1º, art 18). Da mesma forma, se acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será definida e publicada nova data para realização do certame. ( 2º, art 18) Intenção de Recurso - a M sg SIA F I SEF, de 17 Set 08, referenciando Acórdão n 1.990/ Plenário - TCU, informou que foi determinado ao MPOG para fosse estabelecido, pelo menos 30 (trinta) minutos, o tempo mínimo para apresentação de intenção de recurso por parte dos licitantes, quando da realização de Pregões Eletrônicos. O tempo de intenção de recurso deve ser avaliado com cautela pelo pregoeiro, a fim de oportunizar ao licitante o direito subjetivo de recorrer de decisão, classificação e/ou habilitação. A licitante deve se manifestar após a fase de habilitação se pretende recorrer de decisão, sendo um prérequisito para poder apresentar o recurso propriamente dito, com prazo de 3 dias úteis. Assim, prazos exíguos e não compatíveis com a complexidade do certame, comprometem a licitante a exercer o seu direito. Caso a licitante não apresente a manifestação da intenção de recurso, ficará impedida de pelo menos, via Portal de Compras Governamentais, encaminhar o recurso propriamente dito Aceitabilidade da intenção de recurso pelo pregoeiro - É possível o pregoeiro não aceitar a intenção de recurso da licitante, mas recomenda-se, pois essa análise deve limitar-se ao juízo de admissibilidade do recurso e não adentrar no mérito das alegações da empresa Intenção de recurso motivação - recurso fatos novos/diferentes a intenção é interposta na própria sessão com a manifestação da licitante do interesse de recorrer no prazo de 3 dias. Nesse caso, pode o licitante apresentar fatos novos em sua peça recursal (razões de recurso) ou ficará vinculado à motivação apresentada na sessão pública? Quando houver fatos novos na peça recursal o pregoeiro poderá analisá-los de acordo com o princípio da autotutela da administração e rever os seus atos administrativos, em conformidade com o disposto no art 49, da Lei nº 8666/93; art 53, da Lei nº 9784/99; e art 29, do Decreto nº 5450/05) Julgamento do Recurso / Processo compete ao pregoeiro por força do previsto no Inc VIII, art 9º do Decreto nº 3.555/00 e Inc VII, art 11 do Decreto nº 5450/05, receber, analisar e decidir recursos. Entretanto, se na hipótese de reconsideração da decisão (juízo de retratação) o recurso deve ser encaminhado a autoridade superior.

104 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Recebimento de Material/Serviço - Especificações - Conferência É obrigação da Administração controlar o recebimento de mercadorias, em conformidade com o PODER/DEVER de fiscalização de seus contratos53. O art 67 do RAE determina que todo material destinado à UA, deverá ser entregue acompanhado de nota fiscal ou documento equivalente, guia de remessa ou fornecimento, cabendo aos encarregados de material ou a comissão nomeada, (se for o caso) proceder à conferência deste material, analisando o estado, qualidade ou qualquer outro aspecto dos mesmos. Independente do responsável pelo recebimento, é fácil concluir que este deve conferir se o material REALMENTE atende às especificações previstas e ou exigidas, principalmente, material entregue em decorrência de aquisições/processo licitatório, onde, as especificações completas se encontram em edital. Fácil perceber que deve haver integração/comunicação para que o responsável pelo recebimento tenha condições e capacidade, além do conhecimento do que deve ser conferido. Qualquer recebimento de material fora das especificações poderá ser objeto de questionamento, tanto do controle interno e/ou externo. Evidente que se houver recebimento fora das especificações, deverá ser MUITO bem justificado, em homenagem ao princípio da motivação dos atos da administração. Na oportunidade, cabe relembrar a decisão publicada no B Info 05/2008: Assunto: PREGÃO ELETRÔNICO. DOU de , S. 1, p Ementa: o TCU determinou à (...), que, por ocasião da realização de licitações na modalidade de pregão eletrônico: a) mantivesse uniformidade na descrição de itens contidos no edital do pregão em relação ao registrado no sistema COMPRASNET [atual Portal de Compras Governamentais]; (...) c) se abstivesse de aceitar propostas de bens com características diferentes das especificadas em edital, em respeito ao princípio de vinculação ao instrumento convocatório, consoante o art. 3º da Lei nº 8.666/1993 (itens 9.3.1, e 2º 9.3.2, TC /2008-6, Acórdão nº 930/2008-TCUPlenário). Fácil concluir, então, que bem/serviço deve ser recebido/prestado de acordo com as condições previamente estipuladas, ou seja, a administração deve respeitar/preservar e, principalmente, cumprir as condições que ela mesmo estipulou quando elaborou o edital, como obediência ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Nada mais justo, pois, se a administração aceitar objeto com características diferentes do licitado será um desrespeito aos demais licitantes que participaram do processo e, que, inclusive poderiam oferecer melhores condições se soubessem que seria aceito outro objeto em substituição ao licitado. Corroboram essa ideia os seguintes documentos da SEF: 5. CONCLUSÃO (Parecer nº 043/AJ/SEF, de 15 MAIO 13) Isso posto, é de se afirmar que: a. Tendo em vista o Princípio de Vinculação ao Edital, a Administração não pode receber objeto em especificação diversa daquela prevista no instrumento convocatório seja de qualidade inferior, seja de qualidade superior, seja de qualidade diversa. 53 item 1.5, TC /20060, Acórdão TCU 208/2008-1ª Câmara

105 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 105 b. Se o edital previu especificamente o fornecimento de HD de 500 GB, não abrindo a possibilidade de entrega de equipamento superior, não será possível à Administração aceitar qualquer outra configuração que não aquela constante do instrumento convocatório. (DIEx nº 135-Asse1/SSEF/SEF, de 19 SET 13) 4. Com razão essa ICFEx. De fato, o entendimento do Tribunal de Contas da União é no sentido de que a entrega de equipamento de marca diversa daquela indicada na proposta vencedora viola o disposto no 1o do art. 54 e o art. 66, ambos da Lei 8.666, de 1993 [...] 6. Isso posto, esta Secretaria concorda com essa Setorial no sentido de que não cabe ao [UG] aceitar elevador eletromecânico da marca TECNIBRAS quando o indicado pelo vencedor havia sido o da marca ENGECASS, eis que tal procedimento viola a orientação vigente no Tribunal de Contas da União. Em regra geral, é VEDADO aceitar objeto diferente do licitado. 15. Atraso na Entrega de Bem/Serviço / Dever de Sancionar Como visto logo acima, a Administração tem o dever de controlar o recebimento de mercadorias, aplicando penalidades às empresas contratadas que atrasarem a entrega de mercadorias, descumprindo as cláusulas acordadas. Vale alertar que o TCU tem exigido explicações dos administradores sobre o motivo da NÃO aplicação de Sanções Administrativas aos licitantes/fornecedores54. A aplicação de sanção não é um ato discricionário e sim, um ato vinculado. Em linhas econômicas pode-se distinguir que o ato é vinculado, quando a lei estabelece que, perante certas condições, a Administração deve agir de tal forma, sem liberdade de escolha. O ato é discricionário, quando a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de modo que a autoridade poderá escolher, segundo critérios de conveniência e oportunidade, qual o melhor caminho para o interesse público. 16. Sanção Administrativa a Licitantes - Obrigatoriedade da Aplicação / Espécies de Sanção e efeitos / Competência / Critérios / Valores de Multa / Procedimentos para Aplicação Inicialmente, vale reproduzir trecho da INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 4-MP/SLTI, de 12 nov 10 (sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática - SISP do Poder Executivo Federal) que orienta de forma clara o critério a ser adotado: Art 15. A Estratégia da Contratação será elaborada a partir da Análise de Viabilidade da Contratação e do Plano de Sustentação, contendo no mínimo: (...) 54 autos de TC /95-8, onde aquele Tribunal condenou ação de determinado órgão que deixou de aplicar a sanção administrativa à contratada, que entregou objeto com atraso.

106 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 106 h) definição clara e detalhada das sanções administrativas, de acordo com os arts. 86, 87 e 88 da Lei nº 8.666, de 1993, juntamente com o art. 7º da Lei nº , de 2002, observando: 1. vinculação aos termos contratuais; 2. proporcionalidade das sanções previstas ao grau do prejuízo causado pelo descumprimento das respectivas obrigações; 3. as situações em que advertências ou multas serão aplicadas, com seus percentuais correspondentes, que obedecerão uma escala gradual para as sanções recorrentes; 4. as situações em que o contrato será rescindido por parte da Administração devido ao não atendimento de termos contratuais, da recorrência de aplicação de multas ou outros motivos; 5. as situações em que a contratada terá suspensa a participação em licitações e impedimento para contratar com a Administração; e 6. as situações em que a contratada será declarada inidônea para licitar ou contratar com a Administração, conforme previsto em Lei; Obrigatoriedade da Aplicação a Lei nº 8.666/93, determina tópicos obrigatórios que devem constar em edital, assim dispondo: Art 40. O edital conterá... III sanções para o caso de inadimplemento. Ainda, nessa mesma linha: Art 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; Art 58. O regime jurídico dos contratos... III fiscalizar-lhes a execução IV aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; Art 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial. Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as consequências contratuais e as previstas em lei ou regulamento. Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato. Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: I - advertência; II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública... Sobre o assunto, ainda cabe abordar a orientação da SEF a seguir transcrita: (Msg SEF, de 14 DEZ 09) DO: SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS

107 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 107 REF: OFICIO N 482-SSCR/DAUD, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2009, DO DIRETOR DE AUDITORIA. 1. EM ATENDIMENTO A SOLICITACAO CONTIDA NO DOCUMENTO DA REFERENCIA ESTA SECRETARIA RESOLVEU DIFUNDIR AS UNIDADES GESTORAS (UG) AS RECOMENDACOES CONTIDAS NO ACORDAO N 6101/2009TCU 2ª CAMARA DE 17 DE NOVEMBRO DE 2009, NA FORMA DOS ITENS ABAIXO TRANSCRITOS; 1.5. DETERMINACOES; SE ABSTENHA DE PROMOVER A RESCISAO AMIGAVEL DE CONTRATOS, FUNDAMENTADA NO ART 79, INCISO II, DA LEI 8.666/1993, QUANDO RESTAR CONFIGURADO O DESCUMPRIMENTO, AINDA QUE PARCIAL, DAS CONDICOES PACTUADAS PELAS EMPRESAS CONTRATADAS, LEMBRANDO QUE ESTAS, EM TAIS CIRCUNSTANCIAS, RESPEITADO O DEVIDO PROCESSO LEGAL, ESTAO SUJEITAS A UMA DAS SANCOES PREVISTAS NO ART 87 DO REFERIDO DIPLOMA LEGAL; OBSERVE, NO CASO DE ATRASO INJUSTIFICADO NA EXECUCAO DE CONTRATO. O PREVISTO NO ART 86 DA LEI 8.666/1993 E APLIQUE AO CONTRATADO MULTA DE MORA, NA FORMA PREVISTA NO INSTRUMENTO CONVOCATORIO OU NO CONTRATO; No ano de 2011, a 5ª ICFEx expediu a Msg S Cont (CIRCULAR), de 7 jun 11 (2011/ ), tratando da obrigatoriedade da sanção quando do atraso e/ou não entrega de mercadorias no âmbito do tema Restos a Pagar. Destaca-se, também a O Frag nº 1 - A/3.2 da SEF, de 27 fev 2012 à Diretriz Geral do Cmt Ex, determinando aos ODS orientar à adoção de medidas administrativas cabíveis, previstas na legislação em vigor, junto a fornecedores e prestadores de serviços que deixarem de honrar os compromissos assumidos nos contratos firmados. É pacífico que o administrador tem o PODER-DEVER de sancionar diante da infração. Ainda nessa condão, torna-se relevante transcrever trecho de matéria publicada no BLC/NDJ55, ainda atual: A ineficácia das sanções administrativas não decorre, propriamente, da ausência de previsão legal ou de sua insuficiência, mas, especialmente, da forma com que a lei é interpretada e aplicada. Os órgãos e entidades da Administração Pública não cumprem a lei com o rigor que deveriam. Em muitos casos, diante da inequívoca infração administrativa, a Administração deixa de aplicar a correspondente sanção, tornando-se, aos olhos do infrator, uma entidade benevolente, que perdoa as infrações cometidas. A não-aplicação da sanção administrativa diante da ocorrência de uma infração, mais do que reforçar o sentimento de impunidade hoje corrente na sociedade, fere, de morte, o princípio da indisponibilidade do interesse público. A não-aplicação das sanções, especialmente, a licitantes e contratados, passa por um problema de fundo cultural, pois, em sua maioria, os ocupantes de cargos públicos ainda não se deram conta de que exercem função pública e, por isso, não devem agir de acordo com suas próprias conveniências, mas unicamente nos termos da lei, perseguindo a finalidade por ela estabelecida Espécies de Sanções e efeitos Sobre esse assunto é importante valer-se de adaptação de matéria publicada no BLC/NDJ acima citado, em que a autora comenta sobre as sanções administrativas nas licitações e contratações públicas. 55 Boletim de Licitações e Contratos-NDJ/outubro de 2008, Angélica Petian, Especialista em Direito Administrativo

108 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 108 A Lei nº 8.666/93, que institui normas gerais de licitação e contratos administrativos, bem como a Lei nº /02, que disciplina a modalidade de licitação denominada pregão, estabelecem sanções administrativas, que como visto acima, devem ser aplicadas a licitantes e contratados que descumprem prescrições legais e contratuais. Em regra geral, a sanção administrativa é uma consequência jurídica aplicada em face do descumprimento de um dever (de fazer ou não fazer algo) imposto pelo direito e com a finalidade de preservar a disciplina da vida em sociedade. Nessa esteira, a sanção tem caráter repressivo, porque objetiva intimidar o infrator para que não reincida na conduta ilícita. Ao mesmo tempo, também tem natureza didática, pois induz as demais pessoas ajustarem seus comportamentos aos padrões definidos pelo direito. Nesse sentido "As multas elevadas têm a finalidade de desestimular a prática da evasão de divisas e, se não fossem elevadas, possivelmente não teriam o caráter preventivo pretendido. Elas têm um escopo didático. Não se afasta, contudo, considerações em torno da razoabilidade das multas e de saber se são necessárias ao atendimento do interesse público (art. 2º, VI, Lei 9.784/99).56 Com as considerações retro, os tipos de sanções estão previstas no art 87: - advertência; - multa; - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração; e - declaração de inidoneidade. Cada uma tem características próprias: a. A advertência é a sanção de menor gravidade, aplicável em decorrência de inexecução parcial do ajuste e que não imponha gravame à Administração. O efeito da advertência é alertar o fornecedor, bem como tornar a fiscalização do contrato mais atenta para possível reincidência ou cometimento de outra infração. A singularidade na sua aplicação é que as fases de aplicação propriamente dita e execução da sanção se confundem, pois uma vez formalizada a advertência, por escrito, a execução já se consumou. b. A multa, prevista no art. 87, II, da Lei nº 8.666/93, é uma penalidade pecuniária que pode ser imposta desde a infrações de menor gravidade até às mais severas, variando, assim, o seu valor. Tem natureza meramente punitiva ou moratória. Geralmente, o valor da multa é definido em percentual sobre o valor do contrato ou da parcela inadimplida. Embora a Lei de Licitações não fixe um limite máximo para as penas pecuniárias, deve-se atentar para a aplicação subsidiária do art. 412 do Código Civil, o qual estabelece que o valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal. c. A pena de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração se destina a hipóteses de maior gravidade, já que impõe ao apenado a impossibilidade de participar de licitações e de celebrar contratos com a Administração por prazo não superior a dois anos, no caso de licitações conduzidas pelas modalidades Convite, 56 Desembargadora Federal Marga Barth Tessler, in O exercício do poder de polícia e o prazo prescritivo para a aplicação da sanção administrativa depois da Lei nº 9.873/99, Revista de doutrina da 4ª Região, TRF/4. (disponível em

109 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 109 Tomada de Preços e Concorrência e de até 5 (cinco) anos no caso de licitações conduzidas pela modalidade pregão57. A primeira peculiaridade desta espécie de sanção é que, além de ser aplicada nas hipóteses de inexecução contratual, pode, também, ser aplicada às empresas ou aos profissionais que, em razão de contratos administrativos, tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; tenham praticado atos ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação; ou demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados, por expressa previsão do art. 88 da Lei nº 8.666/93. A segunda peculiaridade refere-se à abrangência subjetiva desta penalidade. A discussão reside em saber se a restrição de licitar e contratar se limita ao órgão que impôs a pena ou é extensiva aos demais órgãos da mesma Administração, ou, até, de esferas diversas. Muito se discutiu e se discute sobre os efeitos desta sanção. Marçal Justen Filho sustenta que a penalidade não pode ficar restrita a um único órgão, devendo seus efeitos ser estendidos para toda a Administração Pública. Em sentido oposto, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, afirma que, ao utilizar a expressão Administração, o art. 87, Inc III, o fez com o conteúdo exposto no art. 6º, XII, da mesma Lei nº 8.666/93, o qual estabelece que, para os fins desta lei, considera-se Administração o órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente. No ano de 2013, a SEF pronunciou-se a respeito do assunto nos seguintes termos: (DIEx nº 142-Asse1/SSEF/SEF, de 01 OUT 13) 5. Em vista do exposto, esta Secretaria entende que: a. A sanção prevista no inciso III, do art. 87 da Lei 8.666, de 1993, de suspensão temporária de participar em licitação e de impedimento de contratar com a Administração, é restrita ao órgão responsável pela imputação. No âmbito do Exército, pois, isso significa que tal penalidade, desde que imposta por qualquer unidade gestora, produzirá efeitos em relação a todas as demais unidades gestoras desta Força Singular. b. A sanção prevista no art. 7º da Lei , de 2002, produz efeitos em relação a todos os órgãos do ente federativo ao qual pertence o órgão sancionador. Assim, qualquer penalidade com tal fundamento, desde que imposta por órgão da Administração Pública Federal, se estenderá a todas as unidades gestoras do Exército. A suspensão temporária prevista na Lei 8.666/93 produz efeito em todo o Exército, caso tenha sido aplicada por uma UG do Exército. ================================================= O descredenciamento previsto na Lei /02 produz efeito em todo o Exército, caso tenha sido aplicado por UG integrante da Administração Pública Federal 57 Cabe destaque que a Lei /2002 que regula a modalidade pregão não discrimina essa sanção como Suspensão temporária. Especificamente o Art 7º dessa lei cita que a empresa poderá ser descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais. Entende-se que a suspensão temporária e o descredenciamento englobam, em análise ampla, uma forma semelhante de impedimento.

110 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 110 À título de contribuição, reproduz-se o documento a seguir que orienta sobre padronização de publicação de penalidade imposta a fornecedor: (Transcrição Msg SIASG DLSG/SIASG, de 28 ABR 10) SENHORES DIRIGENTES POR SOLICITACAO DA CONTRALODORIA-GERAL DA UNIAO, ORIENTAMOS ORGAOS E ENTIDADES PUBLICAS A UTILIZAREM O MODELO PROPOSTO, QUANDO DA PUBLICACAO, NO DIARIO OFICIAL DA UNIAO, DAS PENALIDADES DE SUSPENSAO TEMPORARIA, DECLARACAO DE INIDONEIDADED E IMPEDIMENTO DE LICITAR E CONTRATAR. O MODELO TAMBEM DEVE SER UTILIZADO, QUANDO DO REGISTRO DA PENALIDADE NO SICAF. AVISO DE PENALIDADE A/O (ORGAO SANCIONADOR) RESOLVE, APLICAR A EMPRESA (RAZAO SOCIAL, OU NOME FANTASIA), CNPJ (XX.XXX.XXX/XXXX-XX), A PENALIDADE DE (SUSPENSAO/DECLARACAO DE INIDONEIDADE/IMPEDIMENTO), COM BASE NO ART. XX DA LEI XXX, QUE SE INICIARA EM (DATA INICIAL) E TERMINARA (DATA FINAL). A PENALIDADE E RESULTADO DA APURACAO DE IRREGULARIDADES OCORRIDAS NA (LICITACAO Nº XXX/PREGAO Nº XXX/COPNTRATO Nº XXX0 ATRAVES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO (NUMERO DO PROCESSO). ATC. COORDENACAO-GERAL DE NORMAS /DLSG/SLTI-MP d. A pena de declaração de inidoneidade também tem cabimento perante infrações graves, pois se trata de severa restrição de direitos que impede a apenada de licitar e contratar com a Administração Pública por prazo indeterminado, até que seja promovida a sua reabilitação. As principais diferenças entre as penalidades previstas no art. 87, III e IV, da Lei de Licitações são: - a competência para aplicação; - o prazo; e - a extensão dos efeitos. Nos termos do art. 87, 3º, da Lei nº 8.666/ 93, a sanção estabelecida no Inc IV deste artigo é de competência exclusiva de Ministro do Estado, secretário estadual ou municipal. O mencionado dispositivo legal somente aponta autoridades do Poder Executivo. A jurisprudência, contudo, assentou o entendimento de que as penalidades nos Tribunais não necessitam da participação do Poder Executivo. Como a penalidade de declaração de inidoneidade é a mais gravosa dentre as previstas pela Lei de Licitações, a competência para aplicá-la deve ficar reservada à autoridade máxima de cada órgão. No caso do EB, o Comandante do Exército e/ou o Ministro da Defesa, conforme previsto no Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, que Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS e das Funções Gratificadas do Comando do Exército do Ministério da Defesa, e dá outras providências, dispondo no Anexo I: DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES Do Comandante do Exército Art. 20. Ao Comandante do Exército, além das atribuições previstas na legislação em vigor e consoante diretrizes do Ministro de Estado da Defesa, incumbe: XV - estabelecer, no âmbito do Comando do Exército, a rescisão contratual, quando do interesse público, e aplicar a pena de declaração de inidoneidade;

111 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 111 O prazo da declaração de inidoneidade é indeterminado, ficando o infrator sujeito a este gravame enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a autoridade que aplicou a penalidade. A reabilitação consiste no desfazimento do ato que ensejou a punição, na reparação dos danos causados ou no ressarcimento à Administração e a terceiros, quando for o caso. Para que a sanção não seja perpétua, o que não se admite em nosso ordenamento jurídico, o ato que declara a inidoneidade deve estabelecer as condições de reabilitação. No tocante aos efeitos, a declaração de inidoneidade é a penalidade mais extensa, porque o impedimento de licitar e contratar abrange todos os órgãos da Administração Pública, isto é, todos os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Esta interpretação é feita com fulcro no art. 87, IV, combinado com o art. 6º, XI, da Lei nº 8.666/93. Outra importante questão a ser destacada é que a declaração de inidoneidade, diversamente da suspensão de licitar e contratar, leva à rescisão de todos os contratos do infrator com a Administração Pública. O declarado inidôneo deve ter seus contratos rescindidos unilateralmente pela Adm Pública. Ainda que a lei não tenha feito esta previsão expressamente, não se pode deixar de defendê-la, sob pena de a Administração manter contratos com empresa sabidamente inidônea. Neste sentido vide trecho do documento infra, publicado no B Info 11/2008: (Transcrição Msg SEF, de 11 nov 08) DO: SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS AOS: SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS REF: ENCAM Nº A/3.3, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2008, DO CHEFE DO GABINETE DO COMANDANTE DO EXÉRCITO. (...) 2. CONFORME O DISPOSTO NO ART. 87, INCISO IV, DA LEI Nº 8.666/93, A DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE ACARRETA A PROIBIÇÃO DE QUE AS CITADAS EMPRESAS LICITEM E CONTRATEM COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E, TAMBÉM, A RESCISÃO DOS CONTRATOS EM CURSO, SALVO NAQUELES CASOS EM QUE O INTERESSE PÚBLICO IMPONHA, SEGUNDO JUSTIFICATIVA DO ADMINISTRADOR, A CONTINUIDADE DA EXECUÇÃO DA AVENÇA FIRMADA (ITEM 2, DO AVISO-CIRCULAR Nº 006/2008/CGU-PR). 3. EM HAVENDO CONVÊNIOS OU CONTRATOS DE REPASSE CELEBRADOS, EM CUJA EXECUÇÃO ESTEJAM ENVOLVIDAS AS REFERIDAS EMPRESAS, AS MESMAS CAUTELAS DEVERÃO SER TOMADAS PELOS GESTORES, RAZÃO PELA QUAL O MINISTRO DE ESTADO DO CONTROLE E DA TRANSPARÊNCIA DIRIGIU SEMELHANTE COMUNICAÇÃO AOS SENHORES GOVERNADORES DE ESTADO (ITEM 3, DO AVISO CIRCULAR Nº 006/2008/CGU/PR): DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE DE EMPRESAS - A/2 SEF. Assim, coerente com os princípios da transparência, publicidade e eficiência, o Governo Federal, conforme informado na Msg nº SEF, de 24 Mar 10, a Portaria nº 516-CGU, de 15 Mar 10, disponibilizou um Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), com a finalidade de consolidar e divulgar a relação de empresas ou profissionais que sofreram sanções que tenham efeito restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com a administração pública, constando o registro das seguintes sanções: i) sanções de suspensão temporária e impedimento de contratar (art 87, Inc III); ii) declaração de inidoneidade (art 87, Inc IV); iii) impedimento de contratar (art 7º Lei );

112 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 112 iv) proibição de contatar com o poder público e receber benefícios e incentivos (art 12, Lei nº 8.429/92); v) proibição de contratar com o poder público (art 81, 3º, Lei nº 9.504/97); declaração de inidoneidade pelo TCU (art 46, Lei nº 8.443/92). Não obstante a instituição do CEIS, a administração das UG, bem como integrantes das comissões de licitações, pregoeiros e suas equipes de apoio, dispõem de instrumentos de consulta no SICAF, que atualmente está disponível no ambiente do Portal de Compras Governamentais, nos módulos a seguir: Módulo Consulta Situação do Fornecedor

113 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 113 Módulo Consulta Registro de Ocorrências O CEIS deve ser consultado na condução dos processos licitatórios A consulta ao banco de dados do CEIS é obrigatória, bem como as consultas do SICAF na condução dos processos licitatórios (consultar também Msg SEF, de 12 abr 12) Competência Antes de tratar do assunto, cabe lembrar que as sanções devem estar previamente definidas no edital, a fim de poderem ser aplicadas àqueles que descumprirem com as condições pactuadas, conforme acórdão publicado B Info 10/2009 e transcrito a seguir: Assuntos: CONTRATOS, LICITAÇÕES e SINAPI. DOU de , S. 1, p Ementa: determinação ao (...) que (...) c) especifique, de forma objetiva, as hipóteses de aplicação de sanção à empresa contratada, nos termos do art. 55, VII, da Lei nº 8.666/1993; (itens a 9.1.4, TC /2009-0, Acórdão nº 2.466/2009-Plenário). Quando a lei não estipula a dimensão da sanção, como é o caso da Lei de Licitações, ou o faz entre parâmetros mínimos e máximos, cabe ao aplicador a tarefa de dimensioná-la de acordo com a extensão e a intensidade da infração cometida. Embora não escrito, a aplicação da sanção deverá obedecer ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade. Assim, antes de abordarmos especificamente a pena de multa, cabe abordar a competência para as demais sanções: a. advertência: OD/Cmt; b. suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração: OD/Cmt; c. declaração de inidoneidade: Comandante do Exército; e d. multa: OD/Cmt 16.4 CADIN

114 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 114 O Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (CADIN) é um banco de dados que contém os nomes58: - de pessoas físicas e jurídicas com obrigações pecuniárias vencidas e não pagas para com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta; - de pessoas físicas que estejam com a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) cancelada e de pessoas jurídicas que sejam declaradas inaptas perante o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). O art. 6º, inciso III, da Lei n.º /2002, exige que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, realizem a consulta ao CADIN por ocasião da celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, de recursos públicos, e respectivos aditamentos. No entanto, apenas o registro no CADIN não impede a contratação com empresas inscritas naquele cadastro, como pode ser observado no Acórdão a seguir: Além disso, não vislumbra o caráter determinante quanto ao destino da contratação no art. 6º, inciso III da Lei n.º /2002, pois o texto legal exige a consulta, mas não estabelece o impedimento de contratação com empresas inscritas naquele cadastro. Verifica que se trata de norma restritiva e que, por esta razão, não pode ser interpretada de forma ampliativa.. Em seu voto, o relator destacou que o art. 6º, III, da Lei n.º /2002, não veta, de modo absoluto, a celebração de contratos com empresa inscrita no Cadin, vez que o citado artigo de lei prescreve apenas quanto à consulta prévia ao Cadin. O relator fez menção, ainda, ao seguinte trecho do voto condutor do Acórdão n.º 390/2004-Plenário: A Medida Provisória nº 1.490, de 07/06/1996, assim estabelecia: Art. 6º É obrigatória a consulta prévia ao CADIN, pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, para: [...] III - celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, de recursos públicos, e respectivos aditamentos. [...] Art. 7º A existência de registro no CADIN há mais de trinta dias constitui fator impeditivo para a celebração de qualquer dos atos previstos no artigo anterior. Assim, pelo disposto no seu art. 7º, seria vedada a contratação de empresas inscritas no Cadin. O STF, em julgamento de 19/06/1996, concedeu medida liminar suspendendo os efeitos desse art. 7º. Tal ação ainda não foi julgada no mérito. O próprio Poder Executivo, entretanto, quando da edição da MP nº , de 26/08/1999, norma que tratava do Cadin, excluiu o referido art. 7º. E a própria Lei nº /02, oriunda da conversão da medida provisória, também não trouxe esse dispositivo. Dessa forma, não há vedação legal para a contratação de empresas inscritas no Cadin. Permanece em vigor a obrigatoriedade de consulta prévia ao cadastro, pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, para a celebração de contratos que envolvam o desembolso de recursos públicos. Trata-se de medida de pouca efetividade prática, uma vez que a inscrição ou não no Cadin não trará qualquer conseqüência em relação às contratações a serem realizadas.. Acolhendo o voto do relator, deliberou o Colegiado no sentido de dar provimento parcial ao recurso para tornar insubsistente o subitem do Acórdão nº 5502/2008-2ª Câmara Acórdão nº 6246/2010-2ª Câmara-TCU (grifo nosso) Critérios Em que pese a aplicação das sanções serem de competência das autoridades acima citadas, impende considerar que, embora guarde uma relação de discricionariedade na sua mensuração, as mesmas devem se submeter aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 58 Fonte: Banco Central, disponível no endereço

115 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 115 No âmbito jurídico, o conceito de razoabilidade encontra-se intimamente ligado ao de proporcionalidade, sendo, muitas vezes, usado até como sinônimos, embora tal fato constitua erro técnico. A razoabilidade, ou uso da razão, do ponderável, do sensato, varia de tempos em tempos, de região para região, não encontrando parâmetros fixos para sua aferição. O princípio da razoabilidade encontra-se intimamente ligado aos valores sociais, éticos, culturais, históricos e humanitários de determinada nação ou sociedade; os quais variam de acordo com o tempo e o lugar de aplicação.59 Assim, o conceito de razoabilidade passa por três aspectos: a. adequação - sugere que é necessário verificar se determinada medida representa o meio certo para levar ao atingimento de determinado fim, baseado no interesse público; b. necessidade - também denominada princípio da exigibilidade ou máxima dos meios mais suaves, exige que a medida restritiva seja indispensável para a conservação de um direito, e que esta não possa ser substituída por outra menos gravosa; e c. proporcionalidade - também conhecida por máxima do sopesamento, impõe a comparação entre a importância da realização do fim e a intensidade da restrição aos direitos fundamentais. Quanto maior for a ofensa ao interesse público mais extensa e gravosa deve ser a sanção, sob pena de a sanção tornar-se inócua e revelar-se um estímulo ao cometimento de infrações. Se, por um lado, o princípio da proporcionalidade impõe a aplicação de severa sanção quando a infração for grave, por outro, limita a discricionariedade do aplicador, obrigando-o a manter uma relação de justeza entre a infração e a sanção, evitando, com isso, a prática de excessos que são combatidas pelos tribunais. Resta destacar, ainda, que a Lei nº 8.666/93 não exige a prévia aplicação de penalidade de menor gravidade para, depois, passar à mais gravosa. Assim, não é necessária a aplicação da pena de advertência previamente à pena de multa, tampouco desta, para chegar à suspensão do direito de licitar e contratar. No entanto, as sanções previstas nos incs. I, III e IV podem ser aplicadas conjuntamente com a pena de multa, mas não são cumulativas entre si. E, mais, a aplicação dessas penalidades não impede a rescisão do contrato, de acordo com a previsão do art. 77 da Lei de Licitações Valores de multa É uma penalidade pecuniária imposta por motivo de infrações de menor gravidade até às mais severas, variando, assim, o seu valor. Tem natureza punitiva ou moratória. A multa moratória é, normalmente, utilizada nas hipóteses de atraso de entrega de bem/serviço (art 86). Já nos casos de inexecução total ou parcial da obrigação (art 87), é aplicada com caráter punitivo e compensatório pelas perdas e danos provocados. Também se aplica nos casos de descumprimento de cláusulas contratuais (obrigações acessórias legais ou extra-legais) relacionadas no instrumento contratual, independente das demais cominações legais cumulativas. A sua finalidade é reprimir condutas lesivas à administração e desestimular a inexecução contratual. 59 SILVA NETO, Ulysses Gonçalves da. Da razoabilidade à proporcionalidade na Administração Pública. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 13 dez Disponível em: <

116 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 116 No texto da Lei Federal nº 8.666/93, não consta qualquer parâmetro para a fixação das aludidas multas. Dessa forma, um referencial que se mostrou pertinente para a aplicação da multa de mora foi o constante do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90, alterada pela nº 9.298/96), o qual prevê expressamente: Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviço. 1º. As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação no termo não poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação. Contudo, a situação contemplada no preceito supra não se aplica, diretamente, às licitações e contratações administrativas, sendo mero referencial, podendo a Administração fixar, em instrumento convocatório e ou no contrato, outro percentual. Tendo em vista que a multa moratória possui natureza sancionatória aplicável aos casos em que há demora no cumprimento da obrigação, entende-se necessário que sua fixação seja em percentual diário sobre o valor do ajuste. A praxe administrativa é fixar o mencionado percentual entre 0,2% (zero vírgula dois por cento) a 0,4% (zero vírgula quatro por cento) ao dia de atraso no adimplemento da obrigação. Quanto ao percentual da multa compensatória, o Código Civil Brasileiro, em seu art. 920, estabelece que o valor da cláusula penal não poderá ser superior ao da obrigação principal. Não poderia ser diferente. Entretanto, como o objetivo da multa compensatória é o de indenizar os prejuízos advindos do não-cumprimento da obrigação, entende-se que o percentual a ser fixado para a referida pena não deve ser excessivo. Saliente-se, ainda, que o percentual de 20% (vinte por cento) é o usualmente utilizado pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública, mas diante das peculiaridades do objeto, a Administração poderá adotar outro, que melhor atenda às suas necessidades. Para isso, são lançados os seguintes questionamentos: - se a licitante atrasar um dia a entrega ou atrasar 20 dias, a multa deve ser a mesma? - até quando se considera atraso? - a partir de que momento se caracteriza o inadimplemento da obrigação? - se a licitante atrasar a entrega de um lote de cadeiras para substituir as existentes no auditório será multada em um valor/percentual, mas se a licitante atrasar a entrega de um lote de kit de hemodiálise será aplicada a multa no mesmo valor/percentual? - caso a licitante contratada para a execução do serviço de buffet na reunião anual dos presidentes dos países do MERCOSUL não comparecer no dia do evento, qual será o valor/percentual da multa por inexecução total da obrigação? Será o mesmo valor caso uma licitante deixasse de entregar 100 resmas de papel A4? Portanto, a previsão das aludidas multas em instrumento convocatório deve atuar como fator inibidor, de modo que o licitante ou o contratado abstenha-se de praticar ato que possa vir a gerar sua aplicação. Ao determinar um percentual ínfimo, cujo montante seja inexpressivo, teremos que as multas não cumprirão a sua finalidade, uma vez que, em determinadas ocasiões, será mais vantajoso ou mais fácil ao licitante, ou ao contratado, descumprir a obrigação (parcial ou total) do que cumpri-la. Tem-se, assim, que o instrumento convocatório da licitação, bem como o contrato, deverá disciplinar o assunto, documentos que pertencem à seara da discricionariedade administrativa.

117 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 117 Em que pese a supremacia do interesse público sobre o interesse particular, é certo que as penalidades (incluindo-se a multa) não devem ser aplicadas de modo aleatório e desproporcional, devendo atender a finalidade da norma, evitar o prejuízo descabido dos licitantes e, muito menos, captar proveitos econômicos ao Poder Público. Os valores e percentuais devem ser ponderados, conforme os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Assim, a administração deve sempre considerar o gravame provocado pelo atraso e o gravame provocado pela inexecução, bem como a natureza do objeto, relacionando-o com o prejuízo (material e moral) causado pela conduta lesiva. Por fim, alguns órgãos da administração, com fundamento no art. 115 da Lei nº 8.666/93, tem estabelecido regras na aplicação das multas pelos administradores, onde, basicamente se extrai as seguintes referências: a. inexecução total: entre 20 a 25% do valor total da obrigação; b. inexecução parcial: 20 % do valor da parcela inadimplida; c. atraso: - até 5 dias, multa de 0,1% a 0,2%, por dia de atraso; - de 6 a 15 dias, multa de 0,2% a 0,4%, por dia de atraso; - de 16 a 30 dias, multa de 0,4% a 0,5%, por dia de atraso; d. ainda, quando o atraso for superior a 15 até 30 dias, caracteriza o inadimplemento da obrigação, provocando a rescisão e a cobrança pela inexecução total ou parcial, conforme o caso, sem prejuízo da multa moratória. Em todo caso, é recomendável consultar a assessoria jurídica sobre o assunto Procedimentos para Aplicação de Sanção no edital. Independente da sanção a ser aplicada, ela deve estar prevista, de forma clara e precisa, Para que se possa cumprir a obrigação de sancionar o fornecedor, em conformidade com o previsto em edital, incluindo as multas (moratória/compensatória), deverá ser oportunizado, conforme preceito constitucional, a ampla defesa e o contraditório, também referidos no 2º, Art 87, Lei nº 8.666/93, de forma que qualquer registro de ocorrência com fornecedor somente será formalizado à vista da correspondente documentação comprobatória. Portanto, após o devido processo administrativo60, a UG deve registrar as ocorrências no SICAF É obrigatório o registro das ocorrências, incluindo multas/sanções no SICAF. Na hipótese de não pagamento de multa e após os procedimentos acima, o processo deve ser encaminhado, por intermédio do Comando da Região Militar, para a inscrição na Dívida Ativa e/ou cobrança judicial pela Advocacia Geral da União (AGU), conforme a legislação em vigor. 60 Processo administrativo na sua definição mais ampla, ou seja, formalizar todos os atos que comprovem a notificação do fornecedor para, em querendo, apresentar razões de defesa, em prazo não inferior a 5 (cinco) dias úteis. Neste processo deve constar todos os demais atos correlatos, justificativas apresentadas e documentos comprobatórios, que no final, resultarão na decisão da autoridade competente (OD), que deve ser publicada em BI. No caso de declaração de inidoneidade, como já visto, o processo deve ser encaminhado ao Comandante do Exército.

118 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Atraso Imotivado de Obra/Serviço É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou dos serviços, ou de suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, exceto nos casos de insuficiência financeira ou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridade competente. 18. Preços Excessivos Se comprovado prejuízo, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública, o fornecedor ou prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. 19. Exigências de Garantia A Msg SIASG DLSG/SIASG, de 23 Set 08, recomenda que só deve ocorrer quando considerada imprescindível para a proteção do Patrimônio Público, face a dificuldade de participação das Micro Empresas (ME) e Empresas Pequeno Porte, restringindo a competitividade e encarecendo as contratações. Para tanto e casp julgue necessário, a UG deverá estabelecer em edital o percentual (até 5%, conforme Art 56 da Lei nº 8.666/93) e faculta ao licitante vencedor optar entre uma das seguintes modalidades61: I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública; II - seguro-garantia; ou III - fiança bancária. 20. Contratação Direta É uma exceção da regra geral de licitação. Entretanto, convém destacar alguns aspectos importantes Considerações gerais - O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou o livro Orientações Básicas de Licitações & Contratos, 4ª edição, ano 2010, cuja leitura pelos Agentes da Administração é altamente recomendável, em particular, por aqueles envolvidos diretamente nas atividades de aquisição de bens e serviços. A citada publicação contém informações sintéticas, objetivas e práticas sobre o tema Licitações e Contratos, inclusive com transcrições de Decisões/Acórdãos daquela Corte de Contas a cada assunto analisado. Assim sendo, julga-se oportuno publicar um breve resumo sobre a contratação direta de bens e serviços, contido na página 575 e seguintes: A licitação é a regra para a Adm Pública quando contrata bens/serviços. No entanto, a lei apresenta exceções. São os casos em que a licitação é legalmente dispensada, dispensável ou inexigível, prevista no comando de licitações. No caso de dispensa, a licitação é possível, por haver possibilidade de competição, mas não é obrigatória, enquanto na inexigibilidade não é possível a concorrência. A contratação por meio de dispensa de licitação se faz por: 61 De acordo com o 1º do Art 56 da Lei 8.666/93 a UG não pode impor ao contratado qual será a modalidade de garantia. A UG estabelece o valor dentro do limite de 5% e o contratado opta por uma das 3 modalidades.

119 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl licitação dispensada (art. 17); e - licitação dispensável (art. 24). O administrador deve ser cauteloso ao decidir-se pela contratação direta, pois a Lei de Licitações considera ilícito penal dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses descritas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes. Confirme-se: Msg SEF, de 06 jul 09 (...) F. OBSERVE QUE A REGRA A SER CUMPRIDA PELA ADMINISTRACAO PUBLICA E A LICITACAO, SENDO QUE SUA DISPENSA SO PODE SER EFETUADA EM CASOS EXCEPCIONAIS, DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS, DE MODO QUE A CONTRATACAO DIRETA DEVE SER REALIZADA COM MUITA CAUTELA. No tocante à formalidade, a contratação por dispensa ou inexigibilidade deve seguir ritual semelhante a contratação mediante licitação. Inúmeras são as decisões da corte de contas no sentido de constar no processo a justificativa formal da escolha do fornecedor, justificativa de preços e condições contratuais, de modo a verificar a economicidade da escolha da(s) contratada(s) em comparação aos preços e condições oferecidos por outras igualmente qualificadas, além da verificação da regularidade fiscal. Vale lembrar, o contido no 2º, art 4º do Decreto nº 5.450, de Mai 05 e, regulamentado pela Portaria nº 306-MPOG, de 13 dez 01: Nas compras diretas de bens, utilizar, preferencialmente, o Sistema de Cotação Eletrônica. As dispensas, exceto por valor, as situações de inexigibilidade previstas na Lei de Licitações, deverão ser comunicados dentro de três dias à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, como condição para eficácia dos atos, necessariamente justificados. Outras informações consultar o capítulo Publicação de Matéria no DOU/Imprensa Nacional Dispensa por Emergência - hipótese prevista no Inc IV, art 24, da Lei nº 8.666/93 e, que só deve ser empregada, após apurada análise pelo OD, pois carece de justificativas/pressupostos a fim de que seja realizada de forma lícita. É preciso verificar/constatar: - a urgência concreta e efetiva de atendimento; - a plena demonstração da potencialidade do dano; - a eficácia da contratação para elidir tal risco; - a imprevisibilidade do evento62; - que não seja decorrente da falta de planejamento (Decisões 300/95-2ª Câmara, 25/99Plenário, 260/02-Plenário e 771/05-2ª Câmara e 694/06); e - que não houve má gestão de recursos, desídia ou inércia do administrador A previsibilidade da situação de risco afasta a legalidade da contratação por emergência, a exemplo do estoque de medicamentos. (Mensagem CONED/STN , de 13 set. 93, in TCE-RJ PROCESSO nº /07 ) 63 Orientação Normativa da AGU, conforme Msg SEF, de 22 abr 09: 1) A CONTRATACAO DIRETA COM FUNDAMENTO NO INC. IV DO ART. 24 DA LEI N 8.666, DE 1993, EXIGE QUE, CONCOMITANTEMENTE, SEJA APURADO SE A SITUAÇÃO EMERGENCIAL FOI GERADA POR FALTA DE PLANEJAMENTO, DESIDIA OU MÁ GESTÃO, HIPÓTESE QUE, QUEM LHE DEU CAUSA SERA RESPONSABILIZADO NA FORMA DA LEI;

120 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 120 É o entendimento do TCU: [...] para a regularidade da contratação por emergência é necessário que o fato não decorra da falta de planejamento, deve existir urgência concreta e efetiva de atendimento, exista risco concreto e provável e a contratação seja o meio adequado de afastar o risco. (Processo n /93-8. Decisão n 374/1994 Plenário). Logo, conclui-se que a Administração deve comprovar tecnicamente a justificativa para a contratação por emergência, citando dados e fatos que, no conjunto, permitam embasar com a devida segurança e certeza a decisão de dispensar a licitação. Para tanto, a comprovação pode se dar por meio de laudos, fotos e outros necessários, dependendo de cada caso. Aqui é cabível alertar que a Administração deverá promover os processos licitatórios com a antecedência necessária para que a sua conclusão seja realizada antes do término do contrato vigente, evitando-se a descontinuidade da prestação dos serviços e, consequentemente, evitando a dispensa de licitação por emergência, a fim de suprir a vacância. Confirme-se: [...] a falta de planejamento adequado pelo administrador, principalmente quanto aos cronogramas dos procedimentos licitatórios, não justifica a contratação direta por emergência. (Vide Acórdão 25/99, das Decisões n 530/96, n 811/96, n 172/96 e n 347/94, todos do Plenário TCU) Outro ponto que merece atenção é que a urgência deve se encontrar na execução do objeto e não só no ajuste contratual. Não basta urgência para contratar mas também para executar o objeto. Com efeito veja o dispositivo legal, com grifos nosso: art 24. É dispensável a licitação: IV- nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; Dispensa com fundamento nos Inc V e VII do art 24 - não se dispensa licitação caso a licitação fracassada ou deserta tenha sido realizada na modalidade convite, conforme Msg SEF, de 22 Abr 09; Inexigibilidade - a contratação nessa situação, ocorre em consequência da impossibilidade ou inviabilidade de competição. Deve seguir o ritual previsto no art 26, Lei 8.666/93, portanto, valendo as recomendações nas considerações gerais retro. Nesse sentido, vejamos a decisão abaixo: INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. DOU de , S. 1, p. 69. Ementa: o TCU determinou à (...) que atentasse para que o processo de inexigibilidade fosse instruído com os elementos estabelecidos no parágrafo único, art. 26 da Lei nº Em sentido similar: TCU. Processo n /95-8. Decisão n 811/1996 Plenário. Oportuno citar que o TCU também já firmou jurisprudência (exemplo nos acórdãos nº 348/2003 e nº 1705/2003), orientando no sentido da realização de licitação com a antecedência necessária, de modo a evitar situações em que o atraso do início dos certames licitatórios seja a causa para as contratações com fulcro no Art. 24, inciso IV da Lei nº 8.666/93.

121 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl /1993 e item 2.5 do Decreto nº 2.745/98, quanto à razão da escolha do fornecedor ou executante e à justificativa de preço, de forma a coibir acontecimentos como a escolha de uma empresa de eventos, sem justificativa e sem comparativo de preços de outras empresas pesquisadas (item 2.8, TC /2003-1, Acórdão nº 1.897/2007-TCU-2ª Câmara). Vale observar recomendação da AGU, conforme disposto na Msg SEF, de 22 abr 09 no sentido de que: a contratação com fulcro no Inc I, art 25, não pode abranger serviços Preço - Cautela Toda e qualquer contratação deve ser precedida de ampla pesquisa de mercado por razões diversas já apontadas64. Portanto, mesmo nas hipóteses de dispensa de licitação, incluindo a por emergência, o procedimento é o mesmo. Válido também para os casos de Inexigibilidade. Confirmese: Acórdão 267/01-1ª Câmara - TCU - É necessário consultar o maior número possível de interessados em contratações de caráter emergencial, em atenção aos princípios da impessoalidade e da moralidade, que devem reger todas as atividades do administrador público. Na mesma esteira de cautela neste tipo de contratação, vale reproduzir trecho da Msg SEF, de 06 jul 09: (...) 1. POR SOLICITACAO DA DIRETORIA DE AUDITORIA, ESTA SECRETARIA RESOLVE DIFUNDIR AS UNIDADES GESTORAS (UG) DO COMANDO DO EXERCITO AS DETERMINACOES DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO (TCU), CONTIDAS NOS ACORDAOS 1195/ PLENARIO, 2965/2009-2ª CAMARA E 3018/2009-2ª CAMARA, NA FORMA QUE SEGUE. A. FACA CONSTAR DOS PROCESSOS DE DISPENSA DE LICITACAO, ESPECIALMENTE NAS HIPOTESES DE CONTRATACAO EMERGENCIAL, A JUSTIFICATIVA DE PRECOS A QUE SE REFERE O INCISO III DO ART. 26 DA LEI 8.666/1993, MESMO NAS HIPOTESES EM QUE SOMENTE UM FORNECEDOR POSSA PRESTAR OS SERVICOS NECESSARIOS A ADMINISTRACAO, MEDIANTE A VERIFICACAO DA CONFORMIDADE DO ORCAMENTO COM OS PRECOS CORRENTES NO MERCADO OU FIXADOS POR ORGAO OFICIAL COMPETENTE OU, AINDA, COM OS CONSTANTES DO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS, OS QUAIS DEVEM SER REGISTRADOS NOS AUTOS, CONFORME DECISAO TCU 627/1999 PLENARIO; Em toda contratação, mesmo nas dispensas/inexigibilidades, é preciso justificar os preços Contratação de Energia Elétrica e de Serviços de Fornecimento de Água e Esgoto contratação comum mas que frequentemente apresenta encontramos falhas e/ou procedimentos equivocados. Assim, pelo princípio da anualidade do orçamento, a despesa a ser considerada deve ser anual. O amparo para a contratação de fornecimento de energia elétrica é o Inc XXII, art 24, já para o fornecimento de água e esgoto, deve ser realizada por Inexigibilidade, conforme art 25, ambos da Lei 8.66/93. Para melhor explicar esta situação, atentar para o teor do documento a seguir: 64 Consultar título Pesquisa de Preços neste capítulo

122 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 122 (Msg ª ICFEx, de 09 NOV 09) ASSUNTO: MSG NR S CONT (CIRCULAR) REF: OF NR A/2 SEF - CIRCULAR, DE 18 JUN 2002 AO SR CH EM/CMT/CH/DIR 1. TRATA ESTA MENSAGEM SOBRE CONTRATACAO DE ENERGIA ELETRICA E DE SERVICOS DE FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO. 2. A FIM DE DIRIMIR DUVIDAS SOBRE O ASSUNTO E MELHOR ORIENTAR AS UG VINCULADAS, JULGAMOS OPORTUNO REVER ALGUNS PROCEDIMENTOS: A. EM ENTENDIMENTO PRETÉRITO, A CONTRATAÇÃO DE ENERGIA ELETRICA E DE SERVICOS DE FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO, COM DESPESA ESTIMADA INFERIOR AO VALOR MENSAL DE R$ 8.000,00 (OITO MIL REAIS), GOZANDO DE PERMISSIVO DA SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANCAS (SEF), PODERIA SER AMPARADA NO INC II DO ART 24 DA LEI Nº 8.666/93. ENTRETANTO, A SEF, RECENTEMENTE ASSIM SE PRONUNCIOU: (...) "NAO DEVE CONSIDERAR "DESPESAS MENSAIS ESTIMADAS SUPERIORES A R$ 8.000,00" E "DESPESAS MENSAIS ESTIMADAS INFERIORES A R$ 8.000,00", UMA VEZ QUE HÁ NECESSIDADE DE PLANEJAMENTO DE UTILIZACAO DE RECURSOS, RESPEITANDO O PRINCIPIO DA "ANUALIDADE ORCAMENTARIA", OU SEJA, TODO O EXERCICIO FINANCEIRO." B. SIGNIFICA DIZER QUE A UG, CASO TENHA DESPESAS ESTIMADAS "ANUAIS" COM CONTRATACAO DE CONCESSIONARIA DO SERVICO PUBLICO (LUZ E AGUA) SUPERIORES AO LIMITE DE DISPENSA DE LICITAÇÃO (INC II, ART 24, LEI Nº 8.666/93), OU SEJA, R$ 8.000,00, DEVERÁ: 1) PARA CONTRATACAO DE ENERGIA ELETRICA, REALIZAR PROCESSO DE DISPENSA DE LICITACAO, AMPARADA NO INC XXII, ART 24, LEI NR 8.666/93, O QUAL DEVERÁ SER REALIZADO SOB OS DITAMES DO ART 26, LEI NR 8.666/93, PORTANTO, TAL ATO ADMINISTRATIVO DEVE SER RATIFICADO PELA AUTORIDADE SUPERIOR (ART 5, IG 12-02, PORT MINISTERIAL NR 305, 24 MAI 1995) PARA, EM SEGUIDA, A REFERIDA DISPENSA SER DEVIDAMENTE PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU), ATRAVÉS DO SISTEMA SIASG / SIDEC / DISPINEXIG / IALDISPINEX; E 2) PARA CONTRATACAO DE SERVICOS DE FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO, REALIZAR PROCESSO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO, AMPARADA NO CAPUT, ART 25, LEI NR 8.666/93 E SEGUIR OS DEMAIS RITOS LEGAIS PARA A INEXIGIBILIDADE A SEMELHANÇA DOS PROCEDIMENTOS CITADOS NO ITEM ANTERIOR. C. A FIM DE NAO ACARRETAR ATRASOS NOS PROCESSOS RETROMENCIONADOS E OBTER A EFICACIA DO ATO ADMINISTRATIVO, COM A PUBLICACAO DA MATERIA NO DOU, É RECOMENDÁVEL QUE OS MESMOS SEJAM ENCAMINHADOS PARA A RATIFICACAO PELA AUTORIDADE SUPERIOR COM ANTECEDÊNCIA MINIMA, DE TAL MANEIRA QUE SUA PUBLICAÇÃO NO DOU SEJA REALIZADA ANTES DO INICIO DO PERÍODO DE VIGÊNCIA DA DISPENSA DE LICITAÇÃO E/OU INEXIGIBILIDADE QUE, NOS CASOS EM QUESTÃO, NORMALMENTE, SE INICIA EM 01 DE JANEIRO E TERMINA EM 31 DEZEMBRO DO MESMO ANO. D. CABE REMEMORAR, COM INTUITO DE EVITAR EQUÍVOCOS OBSERVADOS, QUE O PROCESSO DE DISPENSA E/OU INEXIGIBILIDADE PARA ESTES CASOS ESPECÍFICOS DEVEM SER REALIZADOS ANUALMENTE E QUE O VALOR A SER REGISTRADO NO SIASG/SIDEC É AQUELE ESTIMADO POR CONCESSIONARIA PARA O ANO INTEIRO. 3. DIANTE DO EXPOSTO, SOLICITO A V SA MANDAR ESTIMAR O GASTO ANUAL COM ENERGIA ELÉCTRICA E FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO

123 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 123 PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE, CUMPRINDO OS PROCEDIMENTOS RETRO CITADOS E PROVIDENCIANDO, SE FOR O CASO, AS DEVIDAS CORREÇÕES. Cabe salientar que, em 2013, a SEF emitiu o DIEx nº 140-Asse1/SSEF, de 30 Set 13, abordando a Orientação Normativa nº 36-AGU, conforme a seguir: 3. De acordo com essa Setorial, seria possível, em vista do entendimento acima, orientar as UG no sentido de que a publicação da dispensa ou da inexigibilidade e do respectivo contrato, seria necessária apenas uma vez. Com isso, a cada ano, seria preciso indicar apenas a estimativa de consumo e a previsão de recursos orçamentários. 4. De fato, a limitação de 60 meses, prevista no art. 57 da Lei 8.666, de 1993, no que tange à vigência dos contratos, não se aplica aos ajustes em que a Administração figure como usuária de serviço público. É o que se extrai do inciso II do 3º do art. 62 do citado diploma legal: [...] 5. Em vista do exposto, tem-se como pertinente a conclusão apresentada por essa Setorial: no que se refere à contratação de serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto, pelas UG, é possível adotar-se a Orientação Normativa no 36, da AGU. Com isso, a publicação da dispensa ou da inexigibilidade e do respectivo instrumento de ajuste, será necessária apenas uma vez. Como consequência, a cada ano, serão indicadas a estimativa de consumo e a previsão de recursos orçamentários pertinentes Planejamento das Contratações - com o intuito de auxiliar as UG no processo de contratação de bens e serviços, a Secretaria de Economia e Finanças, por meio do DIEx nº 132-Asse2/SSEF/SEF CIRCULAR, de 30 SET 14, expediu a Orientação TécnicoNormativa nº 01 Planejamento das Contratações (Anexo D da presente Nota Informativa Especial) Pesquisa de preços para a aquisição de bens e contratação de serviços em geral - a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no uso das atribuições, expediu a Instrução Normativa Nº 05, DE 27 DE JUNHO DE 2014, que versa sobre os procedimentos administrativos básicos para a realização de pesquisa de preços para a aquisição de bens e contratação de serviços em geral, disponível no link: No mesmo sentido, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão disponibilizou o Guia de Orientação sobre a Instrução Normativa nº 05/2014 SLTI/MP, visando esclarecer os procedimentos administrativos básicos na realização de pesquisa de preços para aquisição de bens e contratação de serviços em geral disciplinados pela Instrução Normativa no 5, de 27 de junho de 2014, através do link: Outras situações/recomendações Aquisição de Bebidas alcoólicas - por meio do Of n 207-A/2 - CIRCULAR, de 10 Dez 07, a SEF atualiza procedimentos para aquisição de bebidas alcoólicas. Assim, transcreve-se trecho do referido documento: a. As aquisições desse tipo de artigo devem pautar-se pela extrema parcimônia em suas quantidades, ser esporádicas, restringindo-se ao mínimo necessário à utilização

124 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 124 em festividades e eventos comemorativos que guardem correlação com os objetivos institucionais da Organização Militar, tais como: aniversário da UG, festa do patrono da Arma ou Serviço, formatura de diplomações, término de cursos e outros similares. b. As aquisições para utilização em Hotéis de Trânsito podem ser realizadas, desde que em quantidades adequadas para o funcionamento do serviço de frigobar. Nesse caso, quando da elaboração da nota de empenho, a qual deverá ser feita na gestão 00001, órgão Fundo do Exército, a UG deverá utilizar a Rubrica Hospedagem e descrever, obrigatoriamente, no campo descrição do empenho, a citação: Bens destinados ao Hotel de Trânsito. c. A UG deve, a critério do Ordenador de Despesas, realizar um planejamento das necessidades e publicar antecipadamente em Boletim Interno, a data de previsão da realização do evento institucional (item 2.a.) cuja comemoração ensejará a aquisição de bebidas alcoólicas, realizando o processo licitatório ou a dispensa para a aquisição dos produtos empenhando na gestão 00001, órgão Fundo do Exército, na natureza de despesa (ND) Festividades e Homenagens (Contratação de Serviços ou Buffet) ou na ND Material para Festividades e Homenagens (Aquisição de Bens, inclusive bebidas diversas). d. É importante destacar que tais despesas devem ser efetuadas na rubrica adequada e que, em nenhuma hipótese, poderão ser utilizados os recursos destinados à Ação 2000 do PAA (Programa de Apoio Administrativo), e nem os direcionados à atividade de rancho (exceto no tocante à aquisição de refrigerantes, que pode ser absorvida pela própria OM, se a comemoração for exclusivamente em âmbito interno, observadas as Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP- aprovadas pela Portaria n 09 D Log, de 27 de junho de 2002). 3. Consubstanciada no acima exposto, esta Secretaria retifica o entendimento mantido no Ofício n 085-A2/SEF (CIRCULAR), de 16 Out 97, e destaca que tais dispêndios devem obedecer a mais rígida contenção e ser alvo do mais absoluto controle pelo OD, seja dos preços resultantes dos processos de aquisição, seja das quantidades a serem adquiridas, sempre as menores possíveis, restringindo-se ao mínimo necessário. De todo modo, deve ser evitada a aquisição de bebidas destiladas (Whisky, por exemplo), devido ao seu elevado preço, mesmo se observados todos os passos prescritos no item 2. Nota: na oportunidade, é obrigatória a consulta à Portaria nº MD, de 30 nov 2011, que dispõe sobre as Diretrizes para a aplicação de recursos públicos em solenidades, cerimoniais, homenagens, eventos comemorativos, recepções, troca de brindes e quaisquer outros do gênero por órgãos e unidades da administração central do Ministério da Defesa, Comandos das Forças Singulares e entidades vinculadas, complementada pela Portaria nº 125-Cmt Ex, de 24 fev Contratação de Serviços de Tecnologia da Informação - mesmo se tratando de orientação específica, vale para qualquer contratação naquilo que for cabível. (Transcrição Msg SEF, de 22 jun 09) DO; SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS; SENHORES CHEFES DE ICFEX REF: A IN N 04-SLTI/MPOG, DE 19 DE AMIO DE B. ACORDAO TCU-PLENARIO, DE 07 DE NOVEMBRO DE C. PORTARIA N 11 -SLTI/MPOG, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2008 D. OFICIO N 270 A2.11-CIRCULAR/DCT, DE 18 DE MAIO DE E. OFICIO N 296-A2.11-CIRCULAR/DCT, DE 02 DE JUNHO DE 2009; E

125 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 125 F. MSG SIAFI 2009/ EME, DE 17 DE FEVEREIRO DE TENDO EM VISTA A RELAVANCIA DO ASSUNTO, ESTA SECRETARIA JULGA OPORTUNO ESCLARECER O SEGUINTE: A. O DE REFERENCIA A TRATA DE CONTRATACAO DE SERVICOS DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO NO AMBITO DA ADMINISTRACAO PUBLICA FEDERAL, EM VIGOR A PARTIR DE 02 DE JANEIRO DE 2009, COM IMPLEMENTACAO DE FORMA GRADUAL ATE O FINAL DO EXERCICIO DE 2009; B. A CONTRATACAO DE SERVICOS DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO DEVE TER POR BASE O PLANO DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO (PDTI); C. O PDTI E UM INSTRUMENTO DE DIAGNOSTICO, PLANEJAMENTO E GESTAO DOS RECURSOS E PROCESSOS DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO QUE VISA ATENDER AS NECESSIDADES DE INFORMACAO DE UM ORGAO OU ENTIDADE PARA UM DETERMINADO PERIODO; D. O PRAZO PARA A ELABORACAO DO PDTI, REFERENTE AO PERIODO DE 2010 A 2013 E ATE 31 DE DEZEMBRO DE 2009; E. A NECESSIDADE DE RECURSOS HUMANOS BEM COMO A PREVISAO DE AQUISICAO DE MATERIAL DEVEM CONSTAR DO PDTI, MAS NAO SAO REGIDOS PELA IN 04 SLTI/2008; E F. A AQUISICAO DE EQUIPAMENTOS DEVERA SER REALIZADA, A PRINCIPIO, POR MEIO DE PREGAO ELETRONICO. 2. NO CASO DE CONTRATACOES A SEREM REALIZADAS ANTES DA PLENA IMPLEMENTACAO DA IN 04-SLTI/2008 E DA VIGENCIA DO PDTI, ESTA SECRETARIA RECOMENDA QUE, SEMPRE QUE POSSIVEL, SEJAM ATENDIDAS AS DETERMINACOES CONTIDAS NOS DOCUMENTOS DA REFERENCIA DESTA MENSAGEM, DEVENDO SER DISPENSADA ESPECIAL ATENCAO QUANTO AOS ASPECTOS QUE SE SEGUEM. A. DEFINICAO DO OBJETO. B. FUNDAMENTACAO DO OBJETIVO DA CONTRATACAO. C. REQUISITOS DE CONTRATACAO INDISPENSAVEIS A EXECUCAO DO OBJETO PRETENDENTE. D. GESTAO DO CONTRATO. E. FISCALIZACAO DO SERVICO. F. LEVANTAMENTO E ANALISE DE PRECOS DE MERCADO. G. PROCESSO DE SELECAO DE FORNECEDOR. H. ALOCACAO ORCAMENTARIA. I. FASE INTERNA DA LICITACAO EXECUTADA FORA DO SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO. J. ELABORACAO DO EDITAL. K. MONITORACAO TECNICA. L. AJUSTE NOS CONTRATOS. M. VERIFICACOES NECESSARIAS ANTES DO PAGAMENTO. Ainda, sobre contratação de serviços de tecnologia da informação, consultar a Msg e SEF, de 19 Ago 09, publicadas no B Info Vale verificar o contido no Acórdão TCU - Plenário, citado no capítulo sobre SRP Implantação da Sessão Publica para convite, concorrência e TP SIASGNET/Sessão Publica

126 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 126 (Transcrição Msg SEF, de 14 set 09) DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES CHEFES DE ICFEX 1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE IMPLANTACAO DA SESSAO PUBLICA PARA LICITACAO NAS MODALIDADES DE CONVITE, CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS. 2. INFORMO AOS CHEFES DE ICFEX QUE O DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS, UASG , ENVIOU AOS USUARIOS DO SIASG A MENSAGEM N 05254, DE 09 DE SETEMBRO DE 2009, ABAIXO TRANSCRITA: O MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAO MP, NO AMBITO DE SUA ATUACAO, POR INTERMEDIO DA SECRETARIA DE LOGISTICA E TECNOLOGIA DA INFORMACAO SLTI, E DO DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS DLSG, ESTA IMPLANTANDO NO SITIO WW.COMWPRASNET.GOV.BR [atual A PARTIR DE 03/09/2009, UM NOVO SISTEMA DENOMINADO SIASGNET/SESSAO PUBLICA, FUNCIONALIDADE PARA REALIZACAO DOS CERTAMES LICITATORIOS ATRAVES DO COMPRASNET [Atual Portal de Compras Governamentais] DOS OUTROS TIPOS DE LICITACAO COMO CONVITE, CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS, DE FORMA PRESENCIAL. OS PROCEDIMENTOS ESTAO DISPONIVEIS NO MANUAL NO ACESSO LIVRE/PUBLICACOES/MANUAIS/SESSAO PUBLICA SIASGNET. PARA OPERACIONALIZACAO DA LICITACAO NO SITIO COMPRASNET [atual Portal de Compras Governamentais] E NECESSARIO SOLICITAR PERFIL DE PRESIDENTE PARA O USUARIO QUE EXERCA A FUNCAO DE PRESIDENTE DE COMISSAO AO CADASTRADOR PARCIAL DO SEU ORGAO NO SIASG, JUNTAMENTE COM A COPIA DO DOCUMENTO QUE O NOMEOU PARA O CARGO. ATENCIOSAMENTE; DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS 3. EM CONSEQUENCIA DA MENSAGEM ACIMA TRANSCRITA, OS USUARIOS DAS UG VINCULADAS, DESIGNADOS COMO PRESIDENTES DE COMISSAO DE LICITACAO, DEVERAO SER HABILITADOS NO PERFIL PRESIDENTE PELO CADASTRADOR PARCIAL DO SISTEMA SENHA REDE (SIASG) DESSA SETORIAL CONTABIL Obrigatoriedade de apresentação da Declaração de Elaboração Independente de Proposta - a Instrução Normativa nº 02 SLTI/MPOG, de 17 Set 09, estabelece a obrigatoriedade de apresentação da declaração de elaboração independente de proposta, em procedimentos licitatórios, no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais SISG Produtos de confecções, calçados e artefatos - Margem de Preferência - O Decreto nº 7.601, de 07 nov 2011 estabelece aplicação de margem de preferência nas licitações realizadas no âmbito da administração pública federal para aquisição de produtos de confecções, calçados e artefatos, para fins do disposto no art. 3º da Lei nº 8666/93. (Msg SIASG DLSG/SIASG) Inexequibilidade de Propostas - conforme Msg , de 27 Out 09, a SEF, referenciando Acórdão nº 5540/ TCU - 1ª Câmara, recomenda: A. FUNDAMENTE A INEXEQUIBILIDADE DAS PROPOSTAS DE PRECOS PELAS QUAIS VENHAM A SER DESCLASSIFICADAS COM BASE EM PARAMETROS OBJETIVOS DE JULGAMENTO, NOS TERMOS DOS ARTS. 44 E 48, INCISO II, DA LEI N 8.666/1993, E NO ART. 4, INCISOS X E XI, DA LEI /2002;

127 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 127 B. AO DEFINIR CRITERIOS DE INEXEQUIBILIDADE, ABSTENHA-SE DE FIXAR PRECOS MINIMOS, CRITERIOS ESTATISTICOS OU FAIXAS DE VARIACAO EM RELACAO A PRECOS DE REFERENCIAS, UMA VEZ QUE ESSA FIXACAO E VEDADA PELO ART. 40 INCISO X, DA LEI N 8.666/1993, ALEM DE IMPEDIR A OBTENCAO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA PARA A ADMINISTRACAO; Ainda, sobre o tema é importante observar o documento abaixo: (Transcrição Msg SEF, de 24 maio 10) DO SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS 1. INFORMO AOS ORDENADORES DE DESPESAS (OD) QUE O INC. II, DO CAPUT DO ART. 48, DA LEI 8.666/93, COM REDAÇÃO DADA PELA LEI 8.883/ 94, A RESPEITO DE PROPOSTAS INEXEQUÍVEIS, APONTA NO SENTIDO DE QUE É NECESSÁRIA A VERIFICAÇÃO, POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO, "QUANTO À SUA VIABILIDADE OU NÃO ATRAVÉS DE DOCUMENTAÇÃO QUE COMPROVE QUE OS CUSTOS DOS INSUMOS SÃO COERENTES COM OS DE MERCADO E QUE OS COEFICIENTES DE PRODUTIVIDADE SÃO COMPATÍVEIS COM A EXECUÇÃO DO OBJETO DO CONTRATO, CONDIÇÕES ESTAS NECESSARIAMENTE ESPECIFICADAS NO ATO CONVOCATÓRIO DA LICITAÇÃO". 2. INFORMO, AINDA, QUE A APURAÇÃO DA INEXEQUIBILIDADE DA PROPOSTA NO ÂMBITO DO PREGÃO TEM DE SER FEITA CASO A CASO, SEM A POSSIBILIDADE DE ELEIÇÃO DE UMA REGRA OBJETIVA PADRONIZADA E IMUTÁVEL. ISSO SIGNIFICA QUE A ADMINISTRAÇÃO DA UG TEM DE CONHECER O MERCADO, A COMPOSIÇÃO DE CUSTOS E AS CARACTERÍSTICAS PERTINENTES AO OBJETO LICITADO, DE MODO A AVALIAR GENERICAMENTE O LIMITE DA INEXEQUIBILIDADE, O QUAL TERÁ DE SER TESTADO NO CASO CONCRETO. EM RESPALDO A ESSE POSICIONAMENTO O TCU SE MANIFESTOU SOBRE O TEMA, CONFORME JURISPRUDÊNCIAS, DENTRE OUTRAS, A SEGUIR TRANSCRITAS. A."NOS TERMOS DA JURISPRUDÊNCIA DO TCU, NÃO CABE AO PREGOEIRO OU À COMISSÃO DE LICITAÇÃO DECLARAR A INEXEQUIBILIDADE DA PROPOSTA DA LICITANTE, MAS FACULTAR AOS PARTICIPANTES DO CERTAME A POSSIBILIDADE DE COMPROVAREM A EXEQUIBILIDADE DAS SUAS PROPOSTAS." (TCU, ACÓRDÃO Nº 559/2009, 1ª CÂMARA, RELATOR MINISTRO AUGUSTO NARDES). B."A DESCLASSIFICAÇÃO INDEVIDA DA PROPOSTA DE MENOR PREÇO, CONSIDERADA INEXEQUÍVEL EM DECORRÊNCIA DA APLICAÇÃO EQUIVOCADA DAS REGRAS INSCULPIDAS NO ART. 48, DA LEI 8.666/93, JUSTIFICA A ANULAÇÃO DO ATO IRREGULAR PRATICADO BEM COMO DOS DEMAIS ATOS QUE DELE TENHAM DECORRIDO." (TCU, ACÓRDÃO Nº 294/2008, PLENÁRIO, RELATOR MINISTRO RAIMUNDO CARREIRO). C."NO QUE SE REFERE À INEXEQUIBILIDADE, ENTENDO QUE A COMPRE ENSÃO DEVE SER SEMPRE NO SENTIDO DE QUE A BUSCA É PELA SATISFAÇÃO DO INTERESSE PÚBLICO EM CONDIÇÕES QUE, ALÉM DE VANTAJOSAS PARA A ADMINISTRAÇÃO, CONTENTAM PREÇOS QUE POSSAM SER SUPORTADOS PELO CONTRATADO SEM O COMPROMETIMENTO DA REGULAR PRESTAÇÃO CONTRATADA. NÃO É O OBJETIVO DO ESTADO ESPOLIAR O PARTICULAR, TÃO POUCO IMISCUIR-SE EM DECISÕES DE ORDEM ESTRATÉGICA OU ECONÔMICA DAS EMPRESAS. POR OUTRO LADO, CABE AO PRÓPRIO INTERESSADO A DECISÃO ACERCA DO PREÇO MÍNIMO QUE ELE PODE SUPORTAR. ASSIM, O PROCEDIMENTO PARA A AFERIÇÃO DE INEXEQUIBILIDADE DE PREÇO DEFINIDO NO ART. 48, II, 1º, ALÍNEAS "A" E "B", DA LEI 8.666/93, CONDUZ A UMA PRESUNÇÃO RELATIVA DE INEXEQUIBILIDADE DE PREÇOS. ISSO PORQUE, ALÉM DE O PROCEDIMENTO ENCERRAR FRAGILIDADES, DADO

128 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 128 QUE ESTABELECE DEPENDÊNCIA EM RELAÇÃO A PREÇOS DEFINIDOS PELOS PARTICIPANTES, SEMPRE HAVERÁ POSSIBILIDADE DE O LICITANTE COMPROVAR SUA CAPACIDADE DE BEM EXECUTAR OS PREÇOS PROPOSTOS, ATENDENDO SATISFATORIAMENTE O INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO." (TCU, EXCERTO DO ACÓRDÃO Nº 287 / 2008PLENÁRIO, RELATOR MINISTRO UBIRATAN AGUIAR). D."SEIS EMPRESAS APRESENTARAM PROPOSTAS DE PREÇOS PARA O PREGÃO ELETRÔNICO Nº 72/2007, PROMOVIDO PELA. PARA AQUISIÇÃO DE SOFTWARE DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DAS ÁREAS DE COMPRAS, ALMOXARIFADO E CONTROLE DE PATRIMÔNIO. TRÊS FORAM DESCLASSIFICADAS ANTES DA FASE DE LANCES POR TEREM SUAS PROPOSTAS DE PREÇOS, RESPECTIVAMENTE DE R$ ,00, R$ ,00 E R$ ,00, SIDO JULGADAS INEXEQUÍVEIS. (...) O PRIMEIRO FATO QUE CAUSA ESPÉCIE NESTE CERTAME É A DESQUALIFICAÇÃO SUMÁRIA DAS PROPOSTAS MAIS BAIXAS. ACREDITO QUE O JUÍZO DE INEXEQUIBILIDADE SEJA UMA DAS FACULDADES POSTAS À DISPOSIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO CUJO O EXERCÍCIO DEMANDA A MÁXIMA CAUTELA E COMEDIMENTO. AFINAL, É PRECISO UM CONHECIMENTO MUITO PROFUNDO DO OBJETO CONTRATADO, SEUS CUSTOS E MÉTODOS DE PRODUÇÃO PARA QUE SE POSSA AFIRMAR, COM RAZOÁVEL GRAU DE CERTEZA, QUE CERTO PRODUTO OU SERVIÇO NÃO PODE SER FORNECIDO POR AQUELE PREÇO. A QUESTÃO SE TORNA MAIS DELICADA QUANDO VERIFICAMOS QUE O VALOR COM QUE UMA EMPRESA CONSEGUE OFERECER UM BEM NO MERCADO DEPENDE, MUITAS VEZES, DE PARTICULARIDADES INERENTES ÀQUELE NEGÓCIO, COMO POR EXEMPLO, A EXISTÊNCIA DE ESTOQUES ANTIGOS, A DISPONIBILIDADE IMEDIATA DO PRODUTO, A ECONOMIA DE ESCALA, ETC. NESTES CASOS PODE EXISTIR UM DESLOCAMENTO DOS PREÇOS PRATICADOS POR DETERMINADO FORNECEDOR EM RELAÇÃO AOS DOS DEMAIS CONCORRENTES, SEM QUE ISSO IMPLIQUE SUA INEXEQUIBILIDADE. (...) JULGO QUE AS QUESTÕES DISCUTIDAS ACIMA SÃO SUFICIENTES PARA CONSUBSTANCIAR A EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES QUE, SE CONFIRMADAS, PODERÃO IMPLICAR A ANTIECONOMICIDADE DA CONTRATAÇÃO, COM DANO À ENTIDADE. A SITUAÇÃO TAMBÉM RECLAMA A ATUAÇÃO IMEDIATA DESTE TRIBUNAL, SOB PENA DE SEREM EFETIVADOS OS PAGAMENTOS À CONTRATADA, CONSOLIDANDO-SE EVENTUAL PREJUÍZO." (TCU, EXCERTO DO ACORDÃO Nº 284/2008, PLENÁRIO, RELATOR MINISTRO MARCOS VILAÇA). 3. APÓS TAIS JURISPRUDÊNCIAS, ESTA SECRETARIA ORIENTA A ADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADES GESTORAS QUE A SISTEMÁTICA VOLTADA AO EXAME DE PROPOSTAS QUANTO AO PREÇO, APRESENTA-SE TAMBÉM COMO UMA CONDIÇÃO PARA ACEITAÇÃO DE COTAÇÕES EM LICITAÇÕES REALIZADAS NA MODALIDADE DE PREGÃO, SENDO DEVER DO PREGOEIRO PROCLAMAR A INACEITABILIDADE QUANDO CONSTATAR QUE O PREÇO ÚLTIMO OFERTADO NÃO SE ACHA COMPATIBILIZADO À REALIDADE PREVIAMENTE VERIFICADA E INSCRITA NO TERMO DE REFERÊNCIA. NÃO CONSTITUI MERA FACULDADE, PORTANTO, AVALIAR E COMPARAR PREÇOS. É DEVER LEGAL ADMITIR A PERMANÊNCIA DE LICITANTES QUE SE APRESENTEM EM CONDIÇÕES DE EXECUTAR O CONTRATO A SER OPORTUNAMENTE CELEBRADO, CONTRATO ESTE QUE DEVE RESPEITAR AS CARACTERÍSTICAS DE ONEROSIDADE E COMUTATIVIDADE TÍPICA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Projeto Fractal projeto disponível no endereço ( desenvolvido por profissionais servidores publico das áreas jurídicas, administrativa e de controle Interno do Ministério da Previdência Social, com o apoio da DATAPREV. Um dos objetivos do projeto é facilitar a aprendizagem organizacional e

129 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 129 fortalecer os Controles Internos Administrativos, mediante o uso de mapas conceituais, com ênfase, num primeiro momento, para as licitações públicas e os contratos administrativos regidos pela Lei n 8.666/1993. Neste sentido, a SEF, por meio da Msg , de 15/04/09 determina a difusão aos OD, fato este já publicado nos B Info 03 e 05/2008. Vale a pena conferir! Alienação/Arrendamento de Imóveis Competência do Comando do Exército conforme Of nº 072 Asse Jur 11 (A1/SEF), CIRCULAR, de 16 maio 11, informou sobre aprovação pelo Ministro Advogado-Geral da União de despacho onde define a competência do Comandante do Exército para autorizar a alienação de imóveis administrados pela Força Terrestre. Outras informações consultar o documento publicado no B Info 05/ Leilão Sobre o assunto cabe destacar que a SEF, por meio do DIEx n 73Asse2/SSEF/SEF CIRCULAR de 07 Maio 2013, publicado no B Info 05/2013 orientou sobre a necessidade de realizar licitação para a contratação de leiloeiro oficial Compras Sustentáveis O Ministério do Planejamento orçamento e Gestão disponibiliza um site de Compras Sustentáveis no link onde são disponibilizadas iniciativas sustentáveis de outros órgãos públicos, artigos e a legislação correspondente Licitação por lote ou grupo - Sobre o assunto cabe abordar o que prevê o TCU: Licitação em lotes ou grupos, como se itens fossem, deve ser vista com cautela pelo agente público, porque pode afastar licitantes que não possam habilitar-se a fornecer a totalidade dos itens especificados nos lotes ou grupos, com prejuízo para a Administração. Em principio, essa divisão só se justifica quando o lote ou grupo for constituído de vários itens para um só local ou ambiente. Por exemplo: compra de móveis, em que todos os itens constantes do lote ou grupo, destinados a um determinado ambiente, devem ser adquiridos de uma só empresa, de forma a manter idêntico estilo, modelo, design etc. (Licitações e Contratos TCU 4ª edição, 2010, pag 239) Assim, por mais que seja prático realizar um licitação agrupando diversos itens em lote, os agentes da administração devem ser zelosos com essa conduta, pois em MUITAS situações haverá prejuízo à competição e à economicidade. Observe: A Administração deve, também, promover a divisão em lotes do objeto licitado, quando disso resultar aumento da competitividade entre interessados e for ela economicamente e tecnicamente viável. - Acórdão 607/2008 Plenário TCU. (grifo nosso) Desta forma, torna-se de vital importância haver uma justificativa contundente para o agrupamento em lotes, conforme pode ser observado no trecho do Acórdão 1167/2012-Plenário TCU a seguir transcrito: Ainda que tal agregação tenha juntado, em um mesmo lote, itens que não guardariam total correlação em seu processo produtivo, prosseguiu o relator em seu voto, teria trazido a vantagem de unir todos os itens imprescindíveis para a perfeita utilização laboratorial. Assim, sopesando as inegáveis

130 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 130 vantagens operacionais e pedagógicas advindas desse agrupamento em cotejo com a competitividade necessária ao certame, entendeu não haver máculas ao procedimento examinado. Votou, então, pela revogação da cautelar anteriormente concedida, bem como pelo arquivamento do processo, no que foi acompanhado pelo Plenário. Outros acórdãos do TCU que tratam da situação do lote são o 2977/2012 e 2695/2013, todos do Plenário e comentados no Anexo C ao BINFO 11/2013-5ª ICFEx. Cabe ressaltar que, por ocasião do preço final do lote, devem ser analisados os preços unitário e global, com o intuito de comprovar o respeito aos preços estabelecidos como referência, como pode ser observado a seguir: Exemplo: Aquisição em lote de 50 calça camufladas e 50 gandolas para compor o fardamento 4º A1. Neste caso existe uma justificativa técnica para o agrupamento padronização. Preço de referência da calça: R$ 50,00 Preço de referência da gandola: R$ 50,00 Preço de referência do conjunto calça e gandola: R$ 100,00 Neste caso, hipoteticamente, é possível obter um licitante vencedor com preço final, após a fase de lances, no valor de R$ 90,00 (abaixo do preço de referência do grupo), no entanto em duas situações distintas: Situação 1 Item Lote 1 Material Situação 2 Preço (R$) Calça 60,00 Gandola 30,00 Total 90,00 Proposta que não pode ser aceita Item Material Lote 1 Preço (R$) Calça 45,00 Gandola 45,00 Total 90,00 Proposta que pode ser aceita Note que na Situação 1 a proposta não poderá ser aceita em virtude do item Calça estar acima do preço de referência, em que pese o preço do lote ter ficado em valor inferior ao estabelecido. No caso da Situação 2 tem-se uma proposta que pode ser aceita, em função do preço do lote ter ficado abaixo da referência, bem como o dos itens que o compõem. Outra ressalva importante ao se fazer sobre lote diz respeito às suas aquisições parciais. Entende-se que o agrupamento do lote teve uma razão/motivação, logo, após licitado em lote, não há, em tese, motivo para fazer a aquisição de itens separados. Para essa situação, recomenda-se a leitura do Acórdão Plenário TCU Grandes eventos Tendo em vista o Comando do Exército ter recebido e vir a receber recursos destinados aos grandes eventos Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, julga-se relevante transcrever recomendação do CCIEx sobre o assunto, originada de lições colhidas do Acórdão do TCU que tratou do evento Rio+20: DO: SUBCHEFE DO CCIEX AO: SR CHEFE DE ICFEX

131 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl TRATA O PRESENTE EXPEDIENTE DE INFORMAR A ESSA UNIDADE DE CONTROLE INTERNO SOBRE ENSINAMENTOS COLHIDOS NO ACÓRDÃO Nº 549/2014-TCU-PLENÁRIO, QUE TRATA DE RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO REALIZADO POR AQUELA EGRÉGIA CORTE DE CONTAS COM FOCO NOS GASTOS ATINENTES AO EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20). 2. REFORÇANDO ORIENTAÇÕES ANTERIORES, ESPECIFICAMENTE QUANTO AO ITEM Nº 6 DA MSG SIAFI Nº 2013/ , DE 10 JUN 13, DESTE CENTRO, DESTACO O TEOR DO ACÓRDÃO SUPRA QUE, DENTRE OUTRAS, DETERMINA O SEGUINTE: "9.1. RECOMENDAR AO MINISTÉRIO DA DEFESA QUE, OUVIDOS OS COMANDOS MILITARES, DELIMITE MAIS PRECISAMENTE O ESCOPO DAS AÇÕES A ELES ATRIBUÍDAS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DOS GRANDES EVENTOS, DE MODO QUE O EMPREGO DE RECURSOS ALOCADOS SE DÊ EM AÇÕES DIRETAMENTE ASSOCIADAS A ESSE FIM, EVITANDO A PREVISÃO DE AÇÕES MAIS GENÉRICAS, CAPAZES DE ABARCAR INICIATIVAS QUE, EMBORA EVENTUALMENTE ÚTEIS À MISSÃO DOS ATORES, NÃO ESTEJAM PRECISAMENTE RELACIONADAS COM O OBJETO DE GASTO." 3. DO EXPOSTO, SOLICITO A ESSA INSPETORIA QUE ORIENTE AS SUAS UNIDADES GESTORAS (UG) VINCULADAS PARA QUE UTILIZEM OS RECURSOS RECEBIDOS, EFETIVAMENTE, COM RIGOROSA OBSERVÂNCIA DOS ASPECTOS DESTACADOS NO ACÓRDÃO EM COMENTO. POR ORDEM DO CHEFE DO CENTRO DE CONTROLE INTERNO DO EXÉRCITO. BRASÍLIA-DF, 9 DE ABRIL DE 2014 DANILO CEZAR AGUIAR AGUIAR DE SOUZA - CEL SUBCHEFE DO CENTRO DE CONTROLE INTERNO DO EXÉRCITO Participação de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte em licitações Os art. 42 a 49 da Lei Complementar nº 123/2006 estabelecem o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado que deve ser concedido às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ME/EPP). Esse tratamento foi regulamentado pelo Decreto nº 6.204/2007. A seguir serão apresentados os documentos mais recentes que tratam do assunto: Participação exclusiva de ME/EPP em licitações de valor inferior a R$ 80 mil: Tendo em vista dúvida apresentada por uma UG vinculada, a 5ª ICFEx elaborou consulta à SEF sobre o entendimento do inc I, do Art 48, da Lei Comp 123/2006. Se deveria se entender que o valor de R$ 80 mil era para o total da licitação, ou por item. Obteve como resposta o seguinte documento, publicado no B Info 03/2014: DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 12 MAR Trata-se de consulta acerca da exclusividade destinada às microempresas, empresas de pequeno porte e cooperativas nos pregões eletrônicos conduzidos pela Administração Militar. 2. Segundo documentos disponibilizados por essa Setorial Contábil, a dúvida cinge-se nos termos seguintes: o limite de R$ ,00, definido no artigo 48,

132 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 132 inciso I, da Lei Complementar nº 123, de 2006, recai sobre cada um dos itens da licitação ou sobre o valor resultante da soma destes? 3. Para tanto, esclareceu essa consulente que uma UG a ela vinculada enfrenta dificuldade na condução de seus pregões, tendo em vista que, se de um lado, a Consultoria Jurídica da União no Estado de Santa Catarina (CJU/SC) recomendou que o valor de R$ ,00 deva ser considerado para cada item da licitação; de outro, o portal Comprasnet (Portal de Compras Governamentais), instrumento utilizado para cadastramento dos processos licitatórios em tal modalidade, não admite que a soma dos valores ultrapasse dada quantia. 4. Destarte, passou a traçar considerações capazes de solucionar o impasse, sustentando que a exclusividade destinada a entidades de menor porte nos PRA VC TAMBÉMpregões eletrônicos não possui caráter obrigatório, mas se trata de faculdade da Administração, especialmente em homenagem ao princípio da ampla competição. 5. Nessa senda, cumpre asseverar que os argumentos apresentados não possuem razão de prosperar, haja vista que a exclusividade destinada às microempresas, empresas de pequeno porte e cooperativas nos pregões eletrônicos, cujas contratações sejam até R$ ,00, restou referendada pelo Decreto nº 6.204, de 2007, in verbis: Art. 6 Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ ,00 (oitenta mil reais). (destaques acrescidos) 6. Mais ainda, o Tribunal de Contas da União (TCU) já se manifestou favorável acerca da obrigatoriedade da exclusividade, como se observa implicitamente do Acórdão 3.771/2011 Primeira Câmara -que, indo além, assentou que tal exigência recai de forma autônoma sobre cada um dos itens da licitação. É o que se verifica a seguir: Apesar de o valor global exceder o limite de R$ ,00 previstos no art. 48, I, da LC nº 123/2006 e no art. 6º do Decreto nº 6.204/2007 para a realização de processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte, o certame estava dividido em 52 itens de concorrência autônomos entre si, sendo, assim, cada item disputado de maneira independente dos demais. (destaques acrescidos) 7. E foi, exatamente com fundamento na decisão da Corte de Contas que a Controladoria-Geral da União (CGU) exarou o Parecer nº 01/2013/GT/Portaria nº 11, de 10 de agosto de 2012, documento este no qual se baseou a Consultoria Jurídica da União no Estado de Santa Catarina (CJU/SC), para fins de recomendação à UG deflagradora da consulta a esta Secretaria. 8. Nesse diapasão, urge destacar alguns trechos do aludido Parecer, a fim de corroborar para a elucidação do assunto:

133 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 133 "10. Em licitações divididas em itens, lotes ou grupos, cada item (lote ou grupo) representa uma licitação separada das demais, com julgamentos e adjudicações independentes. 11. A divisão de licitação em itens atende à regra de parcelamento inscrita no art. 23, 1º, da Lei nº 8.666/93, a que alude a Súmula nº 247, do Tribunal de Contas da União, além de ensejar economia de tempo e de recursos financeiros, uma vez que é realizada uma única licitação para objetos específicos. 13. Se fossem realizadas licitações apartadas, ou seja, fossem publicados vários instrumentos convocatórios independentes, e em cada um deles houvesse um único objeto (item), com valor estimado igual ou inferior a R$ ,00, não haveria dúvida acerca da exclusiva participação de entidades de menor porte. 14. Existindo itens (ou lotes/grupos) num mesmo instrumento convocatório, com valores iguais ou inferiores a R$ ,00, para cada um deles o edital poderá regulamentar a exclusiva participação de entidades de menor porte, conforme preceitua o art. 48, I, da Lei Complementar nº 123/06. Para os demais itens, com valores individuais superiores a R$ ,00, o mesmo instrumento convocatório estenderá a participação às demais categorias empresariais do ramo do objeto em licitação (grande e médio porte), concedendo tratamento privilegiado às entidades de menor porte na hipótese de ocorrer o 'empate ficto'." (art. 44 da Lei Complementar nº 123/06) (destaques acrescidos) 9. Logo, afastada a plausibilidade de se tratar de mera faculdade do administrador a destinação exclusiva em apreço, resta abordar a questão da dificuldade aparentemente apresentada pelo portal Comprasnet [atual Portal de Compras Governamentais] e enfrentada pela UG. 10. A respeito, esta Secretaria acabou por simular um fictício pregão junto ao referido portal, o qual segue anexo, a fim de averiguar o porquê da recusa do portal no prosseguimento do processo e concluiu que há probabilidade de ter ocorrido o seguinte: 10.1 É possível que, ao lançar as informações no Comprasnet [atual Portal de Compras Governamentais], a UG tenha marcado o campo "Licitação com todos os itens com participação exclusiva de ME/EPP/Cooperativas.". (Figura 1) 10.2 Nesse passo, ainda que possa corresponder à verdade dos fatos (quando todos os itens são realmente destinados a tais entidades de menor porte), o portal acaba por lançar de maneira automática as informações no campo "Tipo de benefício" (Figura 2), o que acaba por ocasionar o erro apontado pela UG consistente na mensagem "Para licitações com participação exclusiva de ME/EPP/Cooperativas, a soma dos valores estimados dos itens (quantidade * valor unitário) deve ser menor ou igual a R$ ,00." (Figura 3) 10.3 Todavia, se a UG deixar de marcar o campo "Licitação com todos os itens com participação exclusiva de ME/EPP/Cooperativas." (Figura 4), observando que o campo "Tipo de benefício" (Figura 5) permanecerá sem informações e clicar em "Alterar" (Figura 5), lançando a informação "Tipo de Benefício" e

134 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 134 escolhendo o "Tipo 1" manualmente (Figura 6), a informação será inserida no correspondente campo (Figura 7) Dessa forma, o sistema passa a reconhecer como correto o lançamento da informação consistente à destinação de exclusividade às microempresas, empresas de pequeno porte e cooperativas nos pregões divididos em diversos itens (Figura 8), tal qual preceituado pelo citado Parecer nº 01/2013/GT/Portaria nº 11, de 10 de agosto de Note-se que o procedimento deverá ser repetido item por item, de forma a garantir que as informações sejam lançadas uma a uma, caso contrário poderá ocorrer outro erro como o apontado na consulta. 11. Ao final, pois, apenas a título elucidativo, cumpre frisar que a condução do processo pela UG não demonstra um erro propriamente, mas acaba por gerar um bug,restando, como alternativa, a adoção da sistemática descrita para se alcançar êxito no pregão pretendido. 12. Do mesmo modo, cabe ressaltar que a sugestão ora explicitada, sem deixar de reconhecer a conveniência de se informar tal problema à autoridade competente junto ao portal, apenas pretende resolver a problemática dentro de critérios de razoabilidade. 13. Nesses termos, encaminho-vos o presente expediente para fins de esclarecimento da UG vinculada Gen Div GERSON FORINI Subsecretário de Economia e Finanças Anexo do DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 12 MAR 14.

135 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 135..

136 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Verificação do faturamento da ME/EPP Possibilidade de inabilitação Com o advento do tratamento diferenciado e favorecido concedido às ME/EPP tornou-se cada vez mais necessário uma análise acurada, por parte do pregoeiro e de sua equipe de apoio, no sentido de certificar que uma empresa que venceu uma licitação em função desses tratamentos de fato enquadrava-se como ME/EPP. Para tanto é fundamental conhecer o critério para se saber se uma empresa é ME/EPP: - Microempresa65 - a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art 966 da Lei nº , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) 66, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ ,00 (trezentos e sessenta mil reais); e - Empresa de Pequeno Porte67 - a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art 966 da Lei nº , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que aufira, em cada anocalendário, receita bruta superior a R$ ,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ ,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Fato é que algumas empresas vem participando de licitações, mesmo tendo auferido receita bruta superior a R$ ,00, principalmente em função de seu enquadramento ser atualizado perante a Receita Federal após a atualização do seu balanço social. Diante desse contexto o pregoeiro e sua equipe devem se valer de ferramentas e documentos hábeis que possam comprovar se uma empresa realmente é ME/EPP, no intuito de se evitar a fraude e possíveis condutas lesivas durante um certame licitatório. Destaca-se, em especial, que a ME/EPP DECLARA no Portal de Compras Governamentais, sob as penas da Lei, que cumpre os requisitos estabelecidos no Art. 3º da Lei Complementar nº 123. Logo, se a empresa participa de um certame licitatório e vence algum item por ter se usufruído dos benefícios da Lei Comp 123, sem de fato possuir tal direito, essa empresa, NO MÍNIMO, está emitindo uma declaração falsa e deve ser severamente sancionada, conforme pode ser observado nos seguintes Acórdãos do TCU: ACÓRDÃO Nº 206/2013 TCU Plenário 10. No caso presente, apurou-se que a empresa [...] habilitou-se indevidamente como empresa de pequeno porte em três pregões conduzidos por unidades governamentais, a saber: [ ] 11. Os três certames foram dirigidos exclusivamente para microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), nos termos da Lei Complementar 123/2006, que garante, sob certas condições, tratamento diferenciado e favorável às empresas assim classificadas, de acordo com seus respectivos faturamentos brutos anuais. Nos casos analisados, o limite para a classificação como EPP categoria autodeclarada pela 65 Definição de acordo com o Inc I, art 3º, da Lei Comp 123, de 14 DEZ Art Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 67 Definição de acordo com o Inc II, art 3º, da Lei Comp 123, de 14 DEZ 06.

137 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 137 Dental SP Ltda. era, à época, de até R$ ,00/ano, nos termos do caput c/c o 9º do art. 3º da LC 123/2006 (limite posteriormente majorado pela LC 139/2011, após os pregões em tela). 12. Conforme verificado no Relatório, a empresa [...], devidamente instada a defender-se no processo, apresentou alegações que não lograram descaracterizar a irregularidade de sua conduta. Nesse passo, transcrevo, com pequenos ajustes de forma, algumas passagens relevantes da instrução final da Secex que bem denotam a reprovabilidade da conduta da referida pessoa jurídica, verbis: 22. A [...] obteve faturamento bruto superior a R$ ,00 em 2009 e 2010, anos anteriores aos certames e nem seria plausível uma eventual tentativa de negar esse fato, visto que, conforme se verifica em consulta ao Siafi (peças 40 e 41), considerando apenas os recebimentos da administração pública federal, o faturamento bruto da empresa já ultrapassaria em muito esse limite [R$ ,41, em 2009, peça 40; e R$ ,36, em 2010, peça 41]. 23. (...) para participar de cada uma das licitações, a [...] confirmou sua condição de empresa de pequeno porte (EPP) emitindo declarações específicas, que constam às peças 18, 26 e 34, nos seguintes termos: Declaro, sob as penas da Lei, que cumpro os requisitos estabelecidos no Art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº , de 15 de junho de 2007, em seu Art. 34, que essa Empresa/Cooperativa está apta a usufruir do tratamento favorecido estabelecido nos artigos 42 ao 49 da referida Lei Complementar. 25. (...) era obrigação da empresa informar a esses terceiros [Receita Federal do Brasil, Comitê Gestor do Simples Nacional e pregoeiro] se atendia ou não os requisitos da LC 123/2006, e não o contrário (...) a empresa somente pôde participar dos três pregões em exame porque declarou, em cada uma dessas licitações, sob as penas da lei, que cumpria os requisitos estabelecidos no art. 3º da LC 123/2006, exigência prevista nos respectivos editais (peças 8, 22 e 30) e no art. 11 do Decreto nº 6.204/ (...) contrariamente ao alegado pela empresa, é sua obrigação comunicar à Receita Federal do Brasil a extrapolação do limite máximo da receita bruta para fins de exclusão do Simples Nacional, nos termos do art. 30 da LC 123/ (...) era obrigação da empresa solicitar o seu desenquadramento da situação especial de EPP ao Presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), nos termos do art. 1º da Instrução Normativa nº 103/200768, do Departamento Nacional de Registro do Comércio, mas a empresa deixou de fazê-lo, conforme se verifica na ficha cadastral emitida pela Jucesp em 1/10/2012 (peça 47, p. 2-5). 26. (...) os três pregões em exame eram exclusivos para microempresas, empresas de pequeno porte ou cooperativas enquadradas no art. 34 da Lei nº /2007, conforme os respectivos editais (peças 8, 22 e 30). Portanto, em nada contribui para a defesa da empresa a afirmação de que não utilizou o direito de preferência previsto no art. 44 da LC 123/2006, visto que, em uma licitação exclusiva, como é o caso dos pregões em exame, o usufruto do tratamento diferenciado e favorável concedido a empresas qualificadas como ME ou EPP se materializa com a simples participação da empresa no certame (art. 48, inciso I, da LC 123/2006). 68 Art. 1º O enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte pelas Juntas Comerciais será efetuado, conforme o caso, mediante arquivamento de declaração procedida pelo empresário ou sociedade em instrumento específico para essa finalidade. (IN 103/2007 DNRC)

138 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl (...) aplica-se, ao presente caso, o entendimento constante no relatório que fundamenta o Acórdão nº 1.782/2012-TCU-Plenário (proferido no processo de representação TC / quando da apreciação de pedido de reexame interposto contra o Acórdão nº 3.074/2011-TCU-Plenário), no sentido de que a apresentação de declarações divergentes da realidade e a participação deliberada e vitória em certames exclusivos para microempresas e empresas de pequeno porte demonstram conduta passível de apenação com a impossibilidade de licitar e contratar com a Administração por curto período. (grifei) ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do Plenário, diante das razões expostas pelo Relator, em: 9.2 nos termos do art. 46 da Lei nº 8.443/92, declarar a empresa [...]. (CNPJ...) inidônea para participar de licitação na Administração Pública Federal por período de 6 (seis) meses; ACÓRDÃO Nº 1604/2013 TCU Plenário 4. Efetuadas as análises pertinentes, restou demonstrado que diversas empresas se utilizaram do tratamento diferenciado nas contratações públicas concedido exclusivamente a ME e EPP, mesmo tendo faturamento superior a R$ ,00 (limite de faturamento no caso de EPP) no ano anterior aos dos certames, contrariando, assim, o disposto no art. 3 c/c art. 48, II, ambos da Lei Complementar nº 123/ Em vista dos resultados obtidos pela Secretaria Adjunta aliada à preocupação manifestada por esta Corte de Contas no sentido de que os objetivos da LC nº 123/2006 poderiam estar sendo maculados por possíveis fraudes, a unidade técnica propôs fiscalizar a ocorrência de utilização indevida do tratamento diferenciado dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte em licitações realizadas pela União. 12. Cabe ressaltar que o enquadramento como ME ou EPP depende de solicitação da própria empresa, junto ao presidente da respectiva junta comercial do estado da federação onde se localiza, requerendo o arquivamento da "Declaração de Enquadramento de ME ou EPP", conforme o disposto nas alíneas "a", inciso I, e "a", inciso II, do parágrafo único do art. 1º da Instrução Normativa do Departamento Nacional do Registro do Comércio (IN-DNRC) 103/2007. Do mesmo modo, cabe à empresa solicitar o reenquadramento ou o desenquadramento da situação de ME ou EPP, de acordo com as alíneas "b" e "c", do inciso I, e "b" e "c", do inciso II, todos do parágrafo único do art. 1º do citado ato normativo. (grifo nosso) 13. É importante também o fato de que, no requerimento apresentado na Junta Comercial, o empresário ou todos os sócios devem declarar expressamente, sob as penas da lei, que a empresa se enquadra na situação de microempresa ou empresa de pequeno porte, conforme o previsto na LC 123/2006. Nesse sentido, a declaração de que preenche os requisitos, quando isso não corresponde à verdade, ou a omissão no dever de declarar que deixou de preencher os requisitos legais, quando é sua obrigação fazê-lo, é conduta passível de enquadramento em falsidade da declaração, nos termos do artigo 7º da Lei , de 17 de julho de 2002 (de instituição da modalidade de licitação pregão). (grifo nosso) 14. Ademais, para habilitar-se como licitante em certames com tratamento diferenciado a ME e EPP, a empresa deve declarar, em cada certame, que, sob as

139 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 139 penas da lei, cumpre os requisitos estabelecidos no art. 3º da LC 123/2006 e está apta a usufruir do tratamento favorecido estabelecido nos arts. 42 a 49 da referida LC. 16. O descumprimento de qualquer norma licitatória, utilizando-se de meio ardiloso, com certa dose de má fé, configura fraude à licitação. E tal conduta é passível de sanção pelo Tribunal, no uso da competência prevista no art. 46 da Lei 8.443/1992. A comprovação de tal elemento subjetivo por meio documental é praticamente impossível, de sorte que a comprovação da conduta se dá por meio de provas indiciárias, no sentido de que "indícios vários e coincidentes são prova", conforme manifestação do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº MG, que foi utilizado por este Tribunal em diversas ocasiões, tais como os Acórdãos 113/1995, 220/1999, 331/2002 e 2.126/2010, todos do Plenário do TCU. (grifo nosso) 17. Nesse contexto, na fiscalização empreendida comprovou-se que a empresa [...] - EPP, CNPJ..., cometeu fraude à licitação por ter participado indevidamente de licitações com tratamento diferenciado sem possuir os pressupostos para estar enquadrada como ME ou EPP, conforme as disposições da LC 123/2006. (grifo nosso) 21. Consulta ao Siafi (peças 48 e 49) evidenciou a emissão de ordens bancárias em favor da empresa [...]-EPP, em 2008 e em 2009, anos anteriores à abertura da licitação 32/SDAB/2009 e 26/EsPCEx/2010, com valor total que ultrapassa o limite de faturamento bruto por ano estabelecido pelo art. 3º da LC 123/2006 para o enquadramento e a consequente utilização do tratamento diferenciado concedido a microempresas e empresas de pequeno porte (R$ ,00). Importante destacar que o valor indicado na tabela a seguir refere-se apenas ao faturamento anual da empresa em decorrência do fornecimento de bens/serviços à administração pública federal, nos exercícios anteriores aos das licitações. Assim, não foram considerados eventuais faturamentos decorrentes de fornecimentos a órgãos e entidades públicas estaduais e municipais, nem a pessoas físicas e jurídicas privadas: (grifo nosso) 28. Dessa forma, a empresa [ ], utilizou meios ardilosos - omitiu-se da obrigação de solicitar o seu desenquadramento da situação especial de EPP e apresentou falsa declaração de que atendia aos requisitos da LC 123/2006 na licitação em exame - para participar de licitações destinadas a microempresas e empresas de pequeno porte. Dessa sorte, tinha a intenção de se beneficiar, indevidamente, dos privilégios concedidos pela LC 123/2006 às microempresas e empresas de pequeno porte em licitações públicas. Portanto, a empresa cometeu fraude à licitação. (grifo nosso) ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, diante das razões expostas pelo Relator, em: 9.2. rejeitar as justificativas contidas na manifestação encaminhada pela empresa [...]; 9.3. declarar, com fundamento no art. 46 da Lei nº 8.443/92, a empresa [...] inidônea para participar de licitação na Administração Pública Federal por período de 6 (seis) meses; Outros Acórdãos que tratam sobre o assunto são os seguintes: Acórdão 298/2011 Plenário A utilização de prerrogativas expressamente reservadas a licitantes microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), por sociedade que não se enquadre na definição legal dessas categorias, configura fraude ao certame.

140 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 140 A responsabilidade pela exatidão, atualização e veracidade das declarações é exclusivamente das firmas licitantes que as forneceram à Administração. Acórdão 3217/2010 Plenário (Sumário) A participação em licitação reservada a microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) por sociedade que não se enquadra na definição legal reservada a essas categorias configura fraude ao certame. A responsabilidade pela manutenção, atualização e veracidade das declarações de pertença a essas categorias compete às firmas licitantes. Acórdão 1137/2011 Plenário (Voto do Ministro Relator) Ao não declarar a mudança de enquadramento legal, a entidade descumpriu o art. 3º, 9º, da Lei Complementar nº 123/2006, o art. 11 do Decreto nº 6.204/2007 e o art. 1º da Instrução Normativa do Departamento Nacional de Registro do Comércio nº 103/2007. Essa omissão possibilita à empresa benefícios indevidos específicos de ME ou EPP. Enquanto a empresa não firmar a "Declaração de Desenquadramento", a Junta Comercial expedirá, sempre que solicitada, a "Certidão Simplificada", a qual viabilizará sua participação em licitações públicas exclusivas para ME ou EPP. Em relação à sanção de declaração de inidoneidade da empresa para participar de licitação na Administração Pública Federal, considero adequado fixá-la em um ano, ante as circunstâncias do caso concreto. Acórdão 4025/2010 Primeira Câmara (Relação) O TCU alerta sobre a relevância de empresa licitante manter-se atualizada na Junta Comercial competente, abstendo-se de participar de licitações destinadas exclusivamente à participação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, sempre que o faturamento bruto no ano anterior ao dos certames seja superior ao limite previsto no art. 3º da Lei Complementar 123/2006. Assim, tendo em vista a relevância do assunto, recomenda-se que os pregoeiros e as equipes de apoio busquem o máximo de informações para certificar que uma empresa beneficiada com os tratamentos previstos na Lei Comp 123/2006 realmente esteja enquadrada como ME/EPP. Para tanto, se faz necessária a consulta nos sites da Receita Federal e do Portal da Transparência, além da utilização do SIAFI, no intuito de identificar faturamento superior ao estabelecido pela Lei Comp 123/2006 a essas empresas Links úteis A área de aquisições está sempre sendo atualizada e, para que os agentes da administração mantenham-se em condições de desempenhar suas atividades, obedecendo as normas em vigor, é importante que se busque informações no seguintes sites recomendados por esta Inspetoria: Portal de Compras Governamentais: Link de Perguntas e Respostas Frequentes ; Link de Capacitação ; Ementário da Gestão Pública Tribunal de Contas da União Link Normas e Orientações Link Publicações Institucionais Escola Nacional de Administração Pública

141 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Link Cursos Escola de Administração Fazendária Link Capacitação

142 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 142 XII - SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP 1. Considerações Gerais O Sistema de Registro de Preços - SRP 69 é um conjunto de procedimentos de contratação de bens e serviços para aquisições futuras, por meio de licitação na modalidade concorrência ou pregão, em que as empresas assumem o compromisso de fornecer bens e serviços a preços e prazos registrados em uma ata específica70 e a contratação é realizada quando melhor convier às entidades que integram esta Ata. O SRP advém do contido no art 15 da Lei nº 8.666/93, que dispõe que, sempre que possível, as compras deverão ser realizadas por este Sistema. Mais recentemente, o Decreto nº 7.892, de 23 JAN 13, regulamentou esse Sistema no âmbito da Administração Federal. O Exército autorizou o seu uso, inicialmente, por meio da Portaria nº 006-SEF, de 15 Out 03, que foi editada na vigência do então Decreto 3.931/2001. Atualmente, no âmbito do Comando do Exército, o SRP é regulado pela Portaria nº 01-SEF, de 27 JAN 14. É possível afirmar que o SRP é uma ferramenta ágil de contratação, com as seguintes vantagens: - a contratação ocorre quando do surgimento da necessidade, criando uma espécie de almoxarifado virtual, com a utilização de estoques de bens e serviços, sem os encargos de armazenagem; - redução no tempo da contratação; - economia de recursos, com a redução do número de processos; - possibilidade de ser usado por outros órgãos da administração federal; - necessidade de disponibilização de orçamento apenas quando da efetiva contratação; - preços unificados; e - padronização de material. Tal a relevância desse assunto que foi incluído na Diretriz Geral do Comandante do Exército para ano de 2011/2014, que assim se manifestou: "adotar definitivamente, a partir de 01 JAN 2012, nas contratações frequentes para o fornecimento de bens e serviços, a utilização do Sistema de Registro de Preços (SRP) no Exército; para as OM sediadas no Quartel-General do Exercito, por proposta da SEF, e pelos Comandos de Região Militar, conforme previsto na Portaria nº 006-SEF, de 15 de outubro de 2003." (grifo nosso) Assim, diante de tão importante ferramenta, é importante alertar 71 que a sua utilização deve ocorrer nas seguintes hipóteses previstas no Decreto nº 7.892/2013: Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipóteses: 69 Definição de acordo com o Inc I, art 2º, Dec nº 7.892, de 23 Jan De acordo com o Inc II, art 2º, Dec nº 7.892, de 23 Jan 13, Ata de Registro de Preços Documento vinculativo, obrigacional, com características de compromisso para futura contratação, onde se registram preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, conforme disposições contidas no edital e nas propostas apresentadas. 71 Em AGO 11, com a participação de representantes das UG e Brigadas, foi realizada palestra no Comando Regional, em conjunto com a CJU/AGU/PR, onde foi abordado diversos tópicos sob o tema, conforme se comprova no Of nº 148 SATT, de 18 AGO 2011, endereçado aquele G Cmdo. Ainda, por intermédio do DIEx nº SATT/5ª ICFEx 10 abr 2012, esta Inspetoria ratificou a necessidade daquele Comando Regional coordenar a implantação no âmbito de sua jurisdição. Em sentido similar, a Msg nº SATT/CIRCULAR, DE 03 ABR 2012 (MSG 2012/ )

143 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 143 I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes; II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa; III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração72. (grifo nosso) Sobre o assunto, cabe destaque para os seguintes tópicos: 2. Aquisições frequentes/parceladas Não se deve usar o SRP para aquisições pontuais que podem ser realizadas por processos específicos, conforme a modalidade mais adequada. Utilize o SRP para aquisição de bens e serviços de uso frequente e/ou com entrega parcelada. Com efeito, é o disposto no art 3º do Decreto nº 7892/2013, onde são previstas as hipóteses que o SRP pode ser adotado. Entende-se que o rol ali expresso é taxativo e, portanto, limita a sua aplicação para esses casos. Nesse cenário, é recomendável à UG sempre revisar o edital de SRP, para que não contenha um número excessivo de itens a serem registrados. Tudo depende do caso concreto, mas é prudente alertar a fim de se verificar a real necessidade de ser realizado um SRP com quantidade excessiva de itens, pois poderá haver equívoco no seu uso ou aplicação. 3. Objeto de mesma natureza Preferencialmente, colocar em um mesmo processo, itens de mesma natureza ou de natureza similar, evitando aproveitar o mesmo certame para inserir objetos de natureza distinta do objeto principal. Exemplos: Mais adequado: SRP de material de expediente ou material de expediente e processamento de dados; Menos adequado: SRP contendo material de expediente e limpeza. Se houver itens de natureza diferentes em um mesmo processo, a UG deve atentar para a descrição sucinta do objeto, de tal forma que aqueles que tomarem conhecimento do certame pela simples leitura da descrição possam identificar, mesmo que de forma genérica, quais os itens que estão sendo licitados. Para melhor explicar, voltemos ao exemplo do item acima. Se houver processo para aquisição de material de expediente e limpeza, a UG deve descrever na definição do objeto aquisição de material de expediente e limpeza, sob pena, de se assim não o fizer, violar o princípio da transparência e da publicidade. 4. Quantidades estimadas/planejamento Quando da fase interna da licitação (planejamento), verificar minuciosamente as necessidades/quantidades de cada item constante do SRP, considerando também o consumo para o 72No âmbito do Exército, as hipóteses de utilização estão previstas no Art 5º, da Portaria nº 01-SEF/2014

144 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 144 período de vigência do SRP (Vigência da Ata de Registro de Preços), como respeito aos licitantes participantes, a fim de evitar falsas expectativas de consumo para o licitante registrado. As quantidades e unidades a registradas devem ser planejadas em função do consumo e provável utilização, obtidas mediante adequada técnica de estimação É o previsto explicitamente no Inc II, art 9º do Decreto normativo, além do 7º, Inc III, art 15, da Lei nº 8.666/93. Em outras palavras, devem ser evitadas as situações em que a UG estimou que vai adquirir, no período de 12 meses 500 resmas de papel A4 e, ao final da vigência da Ata, se constata que a UG adquiriu apenas 50 resmas. A UG tem o dever de planejar suas aquisições. Salvo fato devidamente justificado e em que pese a não obrigatoriedade da aquisição quando da realização de um SRP, a situação acima descrita não poderá ocorrer. Uma vez que a administração realiza o processo por SRP, evidentemente que pretende utilizálo, se não, está realizando gastos desnecessários. 5. Situações de Emergência - Planejamento - Uso do SRP Correlato com o assunto retro apresentado, o SRP é uma ferramenta apropriada para evitar contratações sob a infundada alegação de emergência. Assim, conforme documento já citado 73, atentar para a mensagem abaixo: Msg SEF, de 06 jul 09: (...) E. PARA FUTURAS AQUISICOES DE DETERMINADOS MATERIAIS, TAL COMO NUTRICAO PARENTERAL NPT, UTILIZE-SE DO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS SRP, DE MODO A EVITAR AQUISICOES DE MATERIAIS OU SERVICOS FUNDAMENTADOS NO ART. 24, INCISO IV, DA LEI N 8.666/93, UMA VEZ QUE A FALTA DE PLANEJAMENTO NAO CONSTITUI MOTIVO PARA CARACTERIZACAO DE EMERGENCIA; 6. Quantidades mínimas Outro aspecto que deve ser observado, em particular, quando da elaboração do edital, é a UG definir as quantidades mínimas a serem propostas pelos licitantes, conforme art 9º (...), Inc IV- a quantidade mínima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens. A UG deve definir a quantidade mínima de bem a ser requisitada/entregue, a fim de permitir o planejamento do licitante, bem como a viabilidade da participação deste no certame. Exemplificando: a UG deve definir qual a quantidade mínima que deve requisitar de papel A4 para ser entregue no prazo estabelecido em edital. Torna-se inviável, por exemplo, a UG requisitar uma primeira entrega de 5 resmas, duas semanas depois requisitar mais 10 resmas e depois de mais uma semana requisitar mais 15, e assim sucessivamente. Trata-se de questão gerencial. É preciso observar a viabilidade e o custo dessas entregas ínfimas pelo licitante. 7. Publicidade Atenção para o disposto no 6º, do art 17 do Decreto nº 5.450, de 31 Maio 05, sobre divulgação de pregão realizado por SRP: É obrigatória a publicação de aviso no jornal de circulação nacional/regional, independente do valor estimado nos casos de SRP. 73 Item obrigatoriedade de licitar e item pesquisa de preços, tudo do Capítulo Licitações

145 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 145 Recomenda-se que a contratação do jornal de circulação local, regional ou nacional ocorra por intermédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por inexigibilidade, tendo em vista ser um órgão de divulgação de atos oficiais. Não se recomenda que a contratação ocorra diretamente com as empresas que administram os jornais. 8. Pesquisa de Preço Incontáveis as referências ao assunto, em particular, sobre a necessidade de uma ampla pesquisa de preço, independente da modalidade de licitação, antecedendo a aquisição/contratação. Destaca-se que a pesquisa de preços atende, dentre outras, as seguintes finalidades: - estimativa da despesa e, por consequência, se há disponibilidade de recursos orçamentários para atender aquela aquisição; - escolha da modalidade de licitação adequada; - dar cumprimento ao previsto no Inc III, do art 15, no sentido de verificar se os preços ofertados são compatíveis com os praticados no mercado; e - registrar o preço estimado no Portal de Compras Governamentais quando do cadastramento/divulgação de uma licitação. O tema precisa ser analisado em face do que prescreve o art 12 do Decreto 7.892/2013, que dispõe sobre a possibilidade de o preço registrado ser revisto. Neste sentido, salienta-se que o preço pode ser revisto tanto para a maior como também para menor, fato este nem sempre observado pela administração. Daí, a necessidade frequente da administração verificar se os preços registrados estão compatíveis com a realidade de mercado. Como exemplo, pode-se trazer fato real e recente, quando por questões de políticas econômicas o Governo suprimiu a incidência do Imposto de Produção Industrial (IPI) em alguns itens de consumo. Assim, é evidente que o preço final para o consumidor caiu e na hipótese de haver algum item nesta situação e registrado em processo pela administração, esta, deveria revê-lo, cumprindo o previsto no artigo citado. Importa dizer que se o fornecedor se recusar a reduzir o seu preço, isso implica no cancelamento do seu registro, conforme a seguir: Art. 20. O registro do fornecedor será cancelado quando: III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese deste se tornar superior àqueles praticados no mercado; Ainda sobre pesquisa de preços, consultar o capítulo Licitações e matéria publicada no B Info , onde se complementa o assunto e suas consequências. Nessa mesma linha, ver também as recomendações contidas na Msg nº ª ICFEx, CIRCULAR, de 26 Ago 10, que trata de justificativas e a pesquisa de preço quando da prorrogação de contratos. 9. UG Gerenciadora/Participantes - Redução de processos/custos - Economia de escala Já observado que uma das vantagens do SRP é a economia processual, o que permite agilidade nas contratações, bem como a redução do número de processos e via de regra, também a redução de gastos com o processo propriamente dito (pessoal, material e publicações).

146 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 146 Com o advento do novo Decreto (Decreto 7.892/2013), espera-se que órgãos da administração, seja UG da Força ou até mesmo outros órgãos estranhos à Força, participem de pregões por SRP, cada vez menos, na condição de carona. Na vigência do Decreto anterior não era raro deparar com UG localizadas na mesma guarnição realizando processos licitatórios distintos, visando à aquisição do mesmo objeto/serviço. Em que pese não haver irregularidade, torna-se difícil justificar aquisição do mesmo objeto por preços diferentes e, aparentemente, sob condições bem similares (prazo e local de entrega, por exemplo). Assim, salvo motivo plenamente justificado, as aquisições de itens comuns, sob esta forma de aquisição, deve ser feita em conjunto pelas UG por SRP. Tomando como exemplo 3 (três) UG localizadas em uma mesma cidade, conclui-se facilmente que as aquisições de itens comuns àquelas devem ser realizadas em conjunto, independente do bem/serviço (material de expediente, limpeza, suprimentos de informática, manutenção de bens imóveis, GLP, pão, entre outros). Quais serão as vantagens? Principalmente, obter preços mais vantajosos advindos com a demanda conjunta. Cabe destaque que, para ampliar o nº de participantes e diminuir a quantidade de caronas, desde agosto de 2008 está disponível, no Portal de Compras Governamentais a Intenção de Registro de Preços (IRP) que, agora, está regulada no art 4º do Decreto 7.892/ Por meio da IRP, cinco dias úteis antes da divulgação do edital, a UG gerenciadora cadastra os itens que pretende licitar, disponibilizando para que qualquer órgão da administração pública federal informe sua intenção de participar, com os respectivos quantitativos. As adesões migram automaticamente para o Portal de Compras Governamentais e a UG gerenciadora terá o trabalho, apenas, de informar no edital quais são as UG participantes, o endereço correspondente e as quantidades de itens. Tal funcionalidade está disponível no perfil pregoeiro no SIASG e permite acessar o seguinte ambiente: 74 A IRP também está previsto na Portaria nº 01-SEF/2014 em seu inc II, Art 7º.

147 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 147 Da mesma forma, se a UG pretende participar da licitação por SRP, poderá utilizar a mesma funcionalidade, só que na opção Manifestar Interesse : 10. UG Gerenciadora/Participante A fim de cumprir o previsto no item anterior, necessário que haja a definição prévia da UG gerenciadora e participantes. Neste sentido, a regra geral é que os G Cmdo/GU exerçam a coordenação dessa atividade, podendo a execução ser delegada às UG. Neste sentido, do B Info constou a consulta realizada à SEF, por intermédio do Of nº 02-SATT, de 13 JAN 09, em que foi obtida a seguinte resposta: Msg SEF, de 16 jan 09 REF: OFICIO Nº 02-SATT/5ª ICFEX, DE 13 DE JANEIRO DE VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE GERENCIAMENTO DE LICITAÇÕES COM UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP). 2. APÓS ESTUDAR O ASSUNTO SOB O ASPECTO TÉCNICO-NORMATIVO, ESTA SECRETARIA RATIFICA O ENTENDIMENTO DESSA INSPETORIA QUANTO À POSSIBILIDADE DE UMA UG COM ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ADEQUADA SER AUTORIZADA PELO COMANDO DE GUARNIÇÃO OU COMANDO DE REGIÃO MILITAR, PARA EXERCER A FUNÇÃO DE GERENCIADORA EM LICITAÇÃO COM UTILIZAÇAO DO SRP, DE ACORDO COM A PORTARIA Nº 006SEF, DE 15 DE OUTUBRO DE Diante do exposto, recomenda-se aos G Cmdo/GU que exerçam o controle dessa atividade e que incentivem, quando da realização de SRP, a participação das UG, em especial, as localizadas na mesma guarnição, a fim de aproveitar os benefícios da economia de escala, bem como evitar a contratação de mesmo objeto por preços diferenciados sem aparente justificativa. Novidade trazida pela Portaria nº 01-SEF/2014 é o seu Art 12:

148 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 148 Art. 12. O SRP, no âmbito do Exército, obedecerá ao planejamento dos órgãos setoriais e seus órgãos técnicos normativos quanto aos procedimentos para aquisição dos bens e serviços peculiares aos sistemas sob sua responsabilidade, o qual regulará se as licitações e respectivas compras serão realizadas centralizadamente pelo próprio órgão, ou por alguma UG vocacionada em âmbito regional ou diretamente pelas UG interessadas. 1º As aquisições de bens e serviços comuns a diversas OM deverão ser realizadas no âmbito das guarnições sob a coordenação do seu respectivo comandante da guarnição. (grifo nosso) 11. Ata de Registro de Preços e Contrato Primeiramente, não se pode confundir Ata de Registro de Preços (ARP) com a Ata da Sessão Pública, pois são documentos distintos e independentes. A primeira, conforme já citado no início, é um documento anexo ao edital e feito pela administração, já a segunda é um documento feito automaticamente pelo sistema quando do término da fase de habilitação, onde são registrados os acontecimentos do certame. Assim, pergunta-se: há a necessidade de formalizar contrato nas aquisições feitas por SRP ou a ARP é suficiente? Observando o Art 13 do Decreto atual pode-se concluir que o contrato poderá ser dispensado, ou seja, a regra para adoção de termos de contratos obedecerá o previsto na Lei das Licitações. No entanto, a UG pode analisar caso a caso e optar pela adoção do termo de contrato concomitante à ARP. 12. Publicação da Ata/Contratos e Vigência Tanto o extrato do termo de contrato como o extrato do resultado da licitação precisam ser publicados, conforme visto no Capítulo Publicação de matérias no DOU. Entretanto, pertinente complementar que os contratos decorrentes de um SRP só poderão ser celebrados durante a vigência da Ata, quando, então, submeter-se-ão às regras da Lei nº 8.666/93 (regra geral de vigência dos créditos orçamentários e possibilidade de prorrogação de até 60 meses, nos casos de contrato de execução continuada, desde que expressamente previsto no edital e ainda, que se mantenha vantajoso para a administração - 2º, art 12, do Decreto nº 7.892/13, combinado com 4º, art 57, Lei n 8.666/93). Vejamos: Decreto 7.892/13 Art. 12. (...) 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de Regra geral - Lei 8.666/93 Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

149 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 149 Exceções - Lei 8.666/93 Art. 57. (...) I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que deverão ter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a duração a sessenta meses; IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. Cabe reforçar que a validade da Ata é de no máximo um ano. O Acórdão nº 991/2009 reforça a afirmativa. Nesta mesma linha, a Orientação Normativa nº 19 - AGU esclarece que o prazo de validade da ata de registro de preços é de no máximo um ano, nos termos do art. 15, 3º, Inc. III, da Lei nº 8.666, de 1993, razão porque eventual prorrogação da sua vigência, com fundamento no 2º do art. 4º do Decreto nº 3.931, de 2001, somente será admitida até o referido limite, e desde que devidamente justificada, mediante autorização da autoridade superior e que a proposta continue se mostrando mais vantajosa. (grifo nosso) 13. Unidade Gestora NÃO Participante ( carona ) Até a vigência do Decreto nº 3931/01, o limite para os caronas aderirem a atas era bastante permissivo, podendo cada um deles realizar aquisições de 100% do total dos bens/serviços registrados. Na verdade, a adesão era ilimitada, situação veementemente combatida pelo TCU75 Nenhuma novidade que a figura do carona (em particular, a possibilidade de aderência ilimitada), NUNCA foi bem aceita, seja na doutrina e até mesmo pelo nosso órgão máximo de controle. Tal prática seria alvo de mudanças e a criação do Aviso de Intenção de Registro de Preço sinalizava para eventual e futura impossibilidade desta prática. Na edição anterior desta Nota 75 Acórdão nº 1.487/07 Plenário: (...) 6. Diferente é a situação da adesão ilimitada a atas por parte de outros órgãos. Quanto a essa possibilidade não regulamentada pelo Decreto nº 3.931/2001, comungo o entendimento ( ) que essa fragilidade do sistema afronta os princípios da competição e da igualdade de condições entre os licitantes. 7. Refiro-me à regra inserta no art. 8º, 3º, do Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, que permite a cada órgão que aderir à Ata, individualmente, contratar até 100% dos quantitativos ali registrados. No caso em concreto sob exame, a 4ª SECEx faz um exercício de raciocínio em que demonstra a possibilidade real de a empresa vencedora do citado Pregão 16/2005 ter firmado contratos com os 62 órgãos que aderiram à ata, na ordem de aproximadamente 2 bilhões de reais, sendo que, inicialmente, sagrou-se vencedora de um único certame licitatório para prestação de serviços no valor de R$ 32 milhões. Está claro que essa situação é incompatível com a orientação constitucional que preconiza a competitividade e a observância da isonomia na realização das licitações públicas. 8. ( ) por si só já reclamaria a adoção de providências corretivas, também não pode deixar de ser considerada que, num cenário desses, a Administração perde na economia de escala, na medida em que, se a licitação fosse destinada inicialmente à contratação de serviços em montante bem superior ao demandado pelo órgão inicial, certamente os licitantes teriam condições de oferecer maiores vantagens de preço em suas propostas. (...) 9.2. determinar ao MPOG que: adote providências com vistas à reavaliação das regras atualmente estabelecidas para o registro de preços no Decreto n.º 3.931/2001, de forma a estabelecer limites para a adesão a registros de preços realizados por outros órgãos e entidades, visando preservar os princípios da competição, da igualdade de condições entre os licitantes e da busca da maior vantagem para a Administração Pública, tendo em vista que as regras atuais permitem a indesejável situação de adesão ilimitada a atas em vigor, desvirtuando as finalidades buscadas por essa sistemática, tal como a hipótese mencionada no Relatório e Voto que fundamentam este Acórdão; dê ciência a este Tribunal, no prazo de 60 (sessenta) dias, das medidas adotadas para cumprimento das determinações de que tratam os itens anteriores; ( )

150 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 150 Informativa, inclusive, foi referenciada a recomendação do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina76 para os jurisdicionados daquele Tribunal não aderirem à Ata de outros órgãos, além de outras citações como o Acórdão 1233/2012-Plenário-TCU e a Msg SIAFI Circular 137-SATT/2012 que já previam uma mudança de entendimento. Assim, com o advento do novo Decreto, a participação extraordinária ( carona ) ficou bastante limitada, conforme a seguir: Art. 22. Desde que devidamente justificada a vantagem, a ata de registro de preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da administração pública federal que não tenha participado do certame licitatório, mediante anuência do órgão gerenciador. 3º As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos dos itens do instrumento convocatório e registrados na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes. Como pode ser visto no caput do Art 22, com grifo nosso, o carona obrigatoriamente terá que realizar pesquisa de mercado que comprove que aquela adesão é vantajosa. Do Decreto anterior, permanece a necessidade de o fornecedor optar por aceitar fornecer itens ao carona, desde que devidamente autorizado pela UG gerenciadora, com as seguintes novidades impostas pelo novo Decreto: - deve haver previsão em edital da gerenciadora para essa participação extraordinária; - aquisição das caronas está limitada ao quíntuplo do que foi registrado e a, no máximo, 100% por UG; - para a aquisição do carona, deve ter havido ao menos uma aquisição do item por algum participante da ata; e - a aquisição do carona tem que ocorrer até 90 dias após a solicitação à Gerenciadora e dentro do prazo de validade da ata, conforme pode ser visto observado seguir: DA UTILIZAÇÃO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS POR ÓRGÃO OU ENTIDADES NÃO PARTICIPANTES Art. 22. [...] 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de registro de preços, observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento decorrente de adesão, desde que não prejudique as obrigações presentes e futuras decorrentes da ata, assumidas com o órgão gerenciador e órgãos participantes. 4º O instrumento convocatório deverá prever que o quantitativo decorrente das adesões à ata de registro de preços não poderá exceder, na totalidade, ao quíntuplo do quantitativo de cada item registrado na ata de 76 TC/SC - Prejulgado nº 1.895: 1. O Sistema de Registro de Preços, previsto no art. 15 da Lei (federal) nº 8.666/93, é uma ferramenta gerencial que permite ao Administrador Público adquirir de acordo com as necessidades do órgão ou da entidade licitante, mas os decretos e as resoluções regulamentadoras não podem dispor além da Lei das Licitações ou contrariar os princípios constitucionais. 2. Por se considerar que o sistema de "carona", instituído no art. 8º do Decreto (federal) n /2001, fere o princípio da legalidade, não devem os jurisdicionados deste Tribunal utilizar as atas de registro de preços de órgãos ou entidades da esfera municipal, estadual ou federal para contratar com particulares, ou permitir a utilização de suas atas por outros órgãos ou entidades de qualquer esfera, excetuada a situação contemplada na Lei (federal) n /2001.

151 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 151 registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes, independente do número de órgãos não participantes que aderirem. 5o O órgão gerenciador somente poderá autorizar adesão à ata após a primeira aquisição ou contratação por órgão integrante da ata, exceto quando, justificadamente, não houver previsão no edital para aquisição ou contratação pelo órgão gerenciador. 6º Após a autorização do órgão gerenciador, o órgão não participante deverá efetivar a aquisição ou contratação solicitada em até noventa dias, observado o prazo de vigência da ata Adesão somente na mesma esfera, para órgãos federais Dispõe a orientação normativa nº 21 - AGU, de 1º Abr 09, conforme informado pela Msg SIASG DLSG, de 16 abr 09, publicada no B Info 04/2009: É VEDADA AOS ÓRGÃOS PÚBLICOS FEDERAIS A ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE PREÇOS, QUANDO A LICITAÇÃO TIVER SIDO REALIZADA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL, MUNICIPAL OU DO DISTRITO FEDERAL. O Decreto 7.892/2013 traz o seguinte entendimento quanto a essa questão: Art. 22. [...] 8º É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal a adesão a ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidade municipal, distrital ou estadual. 9º É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduais a adesão a ata de registro de preços da Administração Pública Federal Pressupostos para Adesão Processo/Vantajosidade/Solicitação-Autorização a Atas de outros Órgãos - É evidente que o fornecedor deverá ser contactado, a fim de se manifestar sobre a possibilidade de tal fornecimento, visto não se obrigar a atender àqueles que não participaram inicialmente do certame (Gerenciador e Participantes). Para tanto, é necessário que a administração antes de utilizar um registro de preços como carona que realize, preliminarmente, um processo administrativo da aquisição pretendida, ou seja, um processo similar a qualquer outro feito para aquisição. Em outras palavras, a administração deverá verificar a conveniência e oportunidade da aquisição, bem como a devida definição do objeto/serviço e, ainda, a pesquisa de preço. Somente após estes procedimentos que a administração poderá consultar/pesquisar atas vigentes e, para tanto, formalizar o processo caso determinada Ata atenda ao especificado e se mostre vantajosa para a administração naquele caso concreto. Não é demais lembrar que uma vez decidido pela aderência a uma Ata de Registro de Preços como carona, a administração deve realizar prévia consulta e anuência do órgão gerenciador, além de obter formalmente a aceitação, pelo fornecedor, da contratação pretendida, condicionada esta à ausência de prejuízo aos compromissos assumidos na Ata de Registro de Preços. Importante: para as UG carona deverão ser mantidas as mesmas condições do registro, ressalvadas apenas as renegociações promovidas pelo órgão gerenciador que se fizerem necessárias.

152 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Outras considerações sobre "CARONA" Por derradeiro, sobre adesão a Atas de outros órgãos, foi expedida a CIRCULAR (Msg nº SATT/CIRCULAR, de 02 abr 2012 (2012/ ) cujo trecho a seguir permanece atual (B Info 04/2012): 5. A FIM DE EVITAR IMPROPRIEDADES E IRREGULARIDADES NOS PROCESSOS DE AQUISICAO DE BENS/SERVICOS NESTA CONDICAO (ADESAO A ATAS DE SRP COMO ORGAO NAO INTEGRANTE - CARONA), BEM COMO RESGUARDAR INTERESSE PUBLICO DE AQUISICOES VANTAJOSAS E ECONOMICAS, ETC, RECOMENDO QUE, ANTES DE QUALQUER ADESAO OBSERVAR O QUE SE SEGUE: A. TODA AQUISICAO E PRECEDIDA DE UMA "REQUISICAO" A QUAL CONTEM A DESCRICAO DO BEM/SERVIÇO, BEM COMO A AUTORIZACAO DO ORDENADOR DE DESPESA E DEMAIS REQUISITOS (INDICACAO DA FONTE DE RECURSOS, MODALIDADE LICITATORIA, ETC); B. TAMBEM COMO REQUISITO A QUALQUER PROCESSO DE AQUISICAO, E NECESSARIO A REALIZACAO DA PESQUISA DE PRECO QUE, DENTRE OUTRAS FINALIDADES, PERMITE VERIFICAR SE HA CREDITO SUFICIENTE PARA AQUISICAO, ESCOLHA DA MODALIDADE LICITATORIA A SER ADOTADA E, AINDA, PERMITIR O JULGAMENTO DA PROPOSTA NO SENTIDO DE VERIFICAR SE A MESMA E COMPATVEL COM O PRECO OFERTADO/ALCANCADO/OBTIDO COM O PRATICADO NO MERCADO; C. COMO DE CONHECIMENTO, UMA DAS POSSIVEIS FORMA DE AQUISICAO E A UTILIZACAO DE LICITACAO - SRP REALIZADO POR OUTRA UG E/OU OUTRO ORGAO DA ADMINISTRACAO. ENTRETANTO, COMO JA SALIENTADO O USO DEVE SER CRITERIOSO E PONDERADO NO SENTIDO DE CELEBRAR AQUISICOES VANTAJOSAS E ECONOMICAS PARA A ADMINISTRACAO; D. ASSIM SENDO, E IMPERIOSO QUE A UG REALIZE AS ETAPAS CITADAS ACIMA (A E B). SOMENTE APOS CUMPRIDAS AS MESMAS QUE A UG PODERIA INICIAR UM PROCESSO VISANDO A AQUISICAO PRETENDIDA, UTILIZANDOSE DE LICITACAO REALIZADA POR OUTRA UG/ORGAO; e E. PARA TANTO DEVE OBTER AUTORIZACAO FORMAL DO ORGAO GERENCIADOR PARA UTILIZAR A ATA, BEM COMO DO COMPROMISSO DO VENCEDOR/FORNECEDOR NO SENTIDO DE ACEITAR O FORNECIMENTO DAQUELE(S) ITEM(ENS) NO PRECO REGISTRADO E NO PRAZO AVENCADO, UMA VEZ QUE O QUE O MESMO NÃO TER OBRIGATORIEDADE DE ATENDER AQUELES QUE NÃO PARTICIPARAM INICIALMENTE DO CERTAME (GERENCIADOR/PARTICIPANTES). VALE RESSALTAR QUE TODAS AS CONDICOES DEVEM SER PREVIAMENTE VERIFICADAS (DESCRICAO DO OBJETO, CONDICOES E LOCAL DE ENTREGA, ETC); 6. CONCLUI-SE QUE A UG DEVE REALIZAR UM PROCESSO COMUM A TODA E QUALQUER AQUISICAO (ESPECIFICACAO DO BEM/SERVIÇO, REQUISICAO, AUTORIZACAO, PESQUISA DE PREÇO, ETC). SOMENTE APOS ESTAS ETAPAS QUE A UG PODERA UTILIZAR ATA DE OUTRO ORGAO, SENDO ESSENCIAL/FUNDAMENTAL QUE HAJA A COMPROVACAO QUE A ADESAO FOI MAIS VANTAJOSA PARA A ADMINISTRACAO. 7. ASSIM, RECOMENDO A UG ANEXAR JUNTO COM A NOTA DE EMPENHO: A. REQUISICAO DO BEM/SERVICO COM RESPECTIVO DESPACHO DO OD; B. PESQUISA DE PRECO; C. DECLARACAO EXPRESSA E/OU DESPACHO DO OD PARA UTILIZAR ATA DE OUTRA UG/ORGAO, INCLUSIVE COM DOCUMENTO FORMAL (FAX/OFICIO/ ) QUE SOLICITA/AUTORIZA A UTILIZACAO DA ATA; D. DOCUMENTO COMPROVANDO "ACEITE" DO FORNECEDOR;

153 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 153 E. CONSULTA IMPRESSA DA SITUAÇÃO DO FORNECEDOR NO SICAF; PREVIAMENTE A EMISSÃO DA NOTA DE EMPENHO - MSG SIAFI NR 2010/ E , DE 30 NOV 10); 8. OS DOCUMENTOS DEVERAO SER ARQUIVADOS CONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTAO. NA SECAO DE (...) 14. Outras Questões específicas É necessário Parecer Jurídico nos processos de carona? Julga-se conveniente nos casos que envolva contrato. Em caso de dúvida e/ou esclarecimentos, é prudente solicitar o devido parecer Penalização do fornecedor - quem penaliza? A participante ou o Órgão Gerenciador da Ata? Com a edição do novo Decreto, tanto o órgão gerenciador como os participantes podem aplicar penalidades aos fornecedores. No caso especifíco de órgão participante, esse deverá conduzir todo o processo administrativo, registrar a ocorrência no SICAF e, ao final, informar ao órgão gerenciador sobre a penalidade aplicada Pode ser realizado registro de somente uma unidade de determinado bem? Em princípio não, pois não atende aos requisitos para o uso do SRP elencados no art 3º do Decreto nº 7.892/2013, conforme já comentado Outras recomendações - O Of nº 080 A/2-CIRCULAR, de 23 SET 10 elenca algumas recomendações e restrições quanto ao uso do SRP, cujos assuntos aqui já foram abordados; Atendendo ao determinado no Acórdão nº 3.124/2011-TCU, a Msg SIASG DLSG/SIASG, de 30 DEZ 11 orienta sobre utilização do SRP, cujo critério para a escolha da proposta vencedora foi o de menor somatório de preços unitários de uma lista de serviços. Cabe especial destaque para a Msg SIAFI 2013/ , expedida pela SEF logo após a edição do Decreto nº 7.892/2013, conforme a seguir: (Mensagem SIAFI: 2013/ de 26/02/13, da SEF) DO SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS REF: MSG SIAFI 2013/ , DE 25 DE JANEIRO DE INFORMO AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS QUE O DECRETO N 7892, DE 23 DE JANEIRO DE 2013 ENTROU EM VIGOR A PARTIR DE 24 DE FEVEREIRO DE TENDO EM VISTA A IMPORTÂNCIA DO ASSUNTO, RETRANSMITIDO A MSG SIASG N , DE 25/02/2013, DA DLSG/SIASG/DF, ABAIXO

154 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 154 TRANSCRITA: "ASSUNTO: VIGÊNCIA DO DECRETO No 7.892, DE 2013 SRP INFORMAMOS A TODOS OS ÓRGÃOS E ENTIDADES LICITANTES E CONTRATANTES VINCULADOS AO SISTEMA DE SERVIÇOS GERAIS - SISG QUE, A PARTIR DE HOJE, 25/2/2013, O PROCESSO DE COMPRAS PELO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS DEVERÁ OBSERVAR O DISPOSTO NO DECRETO N 7.892, DE 23/1/2013. PARA TANTO CUMPRE TECER AS SEGUINTES ORIENTAÇÕES: 1) É OBRIGATÓRIA A PREVISÃO NO EDITAL PARA REGISTRO DE PREÇOS DO QUANTITATIVO RESERVADO PARA AQUISIÇÃO TANTO PELO ÓRGÃO GERENCIADOR E ÓRGÃOS PARTICIPANTES QUANTO PELOS ÓRGÃOS NÃO PARTICIPANTES (ART. 9, INCISOS II E III). 2) OS ÓRGÃOS NÃO PARTICIPANTES OU "CARONAS" SOMENTE PODERÃO EFETUAR ADESÕES ÀS ATAS SE O ÓRGÃO GERENCIADOR EXPRESSAMENTE ADMITIR NO EDITAL (ART. 9, INC. III). 3) AS ADESÕES ÀS ATAS, CASO PERMITIDAS, SOMENTE PODERÃO SER EFETUADAS COM AUTORIZAÇÃO DO ÓRGÃO GERENCIADOR, E APÓS A PRIMEIRA AQUISIÇÃO OU CONTRATAÇÃO POR ÓRGÃO INTEGRANTE DA ATA. APÓS A AUTORIZAÇÃO DO ÓRGÃO GERENCIADOR, O "CARONA" DEVERÁ EFETIVAR A AQUISIÇÃO OU CONTRATAÇÃO SOLICITADA EM ATÉ 90 (NOVENTA) DIAS, OBSERVANDO O PRAZO DE VIGÊNCIA DA ATA (ART. 22, 5º E 6º). 4) NÃO EXISTINDO PREVISÃO EDITALÍCIA SOBRE A ESTIMATIVA DE QUANTIDADES A SEREM ADQUIRIDAS PELOS ÓRGÃOS NÃO PARTICIPANTES OU "CARONAS" FICA PROIBIDA QUALQUER ADESÃO. 5) O ORGÃO GERENCIADOR PODERÁ ADMITIR, ATRAVÉS DO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO, ADESÕES ATÉ 5 (CINCO) VEZES A QUANTIDADE DE ITENS REGISTRADOS PARA O ÓRGÃO GERENCIADOR E ÓRGÃOS PARTICIPANTES QUE ADERIREM (ART ). 6) CADA ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE OU "CARONA" NÃO PODERÁ EXCEDER A CEM POR CENTO DOS QUANTITATIVOS DOS ITENS (ART ). BRASÍLIA-DF, 26 DE FEVEREIRO DE 2013 GEN DIV GERSON FORINI SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS 15. Novidades trazidas pela Portaria nº 01-SEF/2014: - SRP obedecerá ao planejamento dos órgaõs setoriais (Art. 12); - Criação do Grupo de Coordenação e Acompanhamento das Licitações e Contratos (GCALC), no âmbito das guarnições, composto pelos Fiscais Administrativos das UG (Art. 13); - Aquisições de bens e serviços comuns a diversas OM deverão ser realizadas no âmbito das guarnições, sob a coordenação de seus respectivos Cmt ( 1º, Art. 12); - A UG Gerenciadora deverá remeter Msg SIAFI à ICFEx informando sobre a abertura de IRP ( 5º, do Art 15); e - Durante a fase de planejamento da licitação a UG Gerenciadora irá elaborar um documento chamado demonstrativo de necessidades para registro de preços. Posteriormente, por ocasião da aquisição, será confeccionada a requisição (Art. 15, 6º e 8º).

155 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Composição dos processos A Port nº 01-SEF/2014 inovou ao relacionar os itens que devem compor os processos de licitação das UG Gerenciadora (UGG), Participantes (UGP) e Não Participantes (UGNP). No entanto, deve-se alertar que não basta observar os artigos correspondentes dessa Portaria. Também deve-se levar em conta os documentos exigidos no Anexo 13 da Portaria nº 18-SEF, de 20 DEZ 13 Normas para Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas UG do Exército, conforme cada caso: Composição dos processos UGG - Documentos relacionados no Art 38 da Lei 8.666/1993 (caso se trate de Concorrência); Art 21 do Dec 3.555/2000 (caso se trate de Pregão Presencial) ou Art 30 do Decreto 5.450/2005 (caso se trate de Pregão Eletrônico); - Impressão da relação de preços praticados para o bem pretendido, extraída do módulo gerencial do Portal de Compras Governamentais e pesquisa de mercado ( 4º, Art 15, Port 01-SEF/14); e - Documentos relacionados nos incisos I a VII do Art 19, da Port 01-SEF/14, que inclui a comunicação à UGNP sobre autorização ou não à adesão Composição dos processos UGP - Capa; - Índice; - Documento da Unidade à UGG manifestando interesse em participar do registro de preços e respectiva estimativa de consumo (inciso II, art. 5º, do Decreto no 7892/2013); - Requisição da Unidade, com despacho do OD vinculado ao processo licitatório originário do órgão gerenciador; - Extrato da Ata do SRP do órgão gerenciador com o resultado do certame (não é necessário a impressão do histórico); - Notas de Empenhos ou documentos equivalentes (art. 62 da Lei 8.666/1993); e - Documentos relacionados nos incisos I a XIV do Art 17, da Port 01-SEF/ Composição dos processos UGNP - Capa; - Índice; - Requisição da Unidade, com despacho do OD vinculando-se o processo de aquisição ao processo licitatório originário da UGG; - Documento de pesquisa de preços de mercado que comprove a vantagem quanto à utilização do processo (SIASG/SISPP) visando atender o art. 22, do Dec 7892/2013;

156 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Documento da Unidade interessada ao órgão gerenciador do SRP formalizando a consulta para participar do processo (utilização da Ata de Registro de Preços); - Documento do órgão gerenciador com a respectiva concordância; - Documento da UGNP ao fornecedor exteriorizando interesse de adquirir itens constantes da Ata do Órgão Gerenciador; - Documentos com a manifestação dos licitantes vencedores em fornecer ou não os itens de interesse da UGNP; - Extrato da Ata do SRP do órgão gerenciador, extraído do sistema, com o resultado do certame (não é necessário a impressão do histórico ); - Nota de Empenho ou documentos equivalentes (art. 62 da Lei 8.666/1993); e - Documentos relacionados nos incisos I a XVII do Art 18, da Port 01-SEF/14.

157 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 157 XIII - CONTRATOS 1. Introdução Uma das principais falhas observadas na gestão de contratos, além da falta de publicação do seu extrato na imprensa oficial, conforme os ditames do único do art 61 da Lei nº 8.666/93, diz respeito às falhas de fiscalização, ou até mesmo, a sua ausência. Dependendo do caso concreto, situações indevidamente fiscalizadas poderão trazer transtornos administrativos e/ou demandas judiciais contra a Força. Se não bastasse o previsto na legislação e nas inúmeras orientações dos órgão técnicos, seja de controle interno e/ou externo, o Comando Militar do Sul, por meio da 5ª Região Militar, expediu o Parecer n Asse Jur, de 27 Maio 09, abordando as atribuições do Fiscal de Contrato, que foi publicado no B Info 08/2009. segue: Ao lado das recomendações constantes do citado anexo, julga-se oportuno recordar o que 2. Considerações Gerais O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada77. Em poucas palavras, o contrato é acordo feito com base na vontade das partes e na autorização jurídica, capaz de criar, regular, modificar ou extinguir relações jurídicas de conteúdo patrimonial. Já o termo de contrato é o instrumento onde são regulados as condições e responsabilidades advinda da vontade das partes, ou seja, documento formalizado. Assim sendo, contrato não requer, obrigatoriamente, o instrumento termo de contrato. A Nota de Empenho, por exemplo, é um contrato, embora sem aquela conhecida formalização.78 Cabe lembrar que os contratos administrativos são regidos pela Lei nº 8.666/93 (art 54 e seguintes), regulando-se pelos preceitos de direito público, aplicando-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e das disposições do direito privado. As observações foram separadas por tipo de contrato. CONTRATOS DE DESPESA 3. Obrigatoriedade do termo de contrato Como regra geral, é obrigatório nos casos citados no art 62 da Lei de Licitações. 4. Obrigatoriedade de publicação Após a assinatura, a UG deve providenciar a publicação do extrato do contrato no Diário Oficial da União (DOU). A publicação no DOU ocorre via SIASG/SICON, onde, além do registro do 77 $ único, Art 2º, da Lei nº 8.666/ O capítulo Licitações cita que o Manual de Despesa Nacional recomenda constar no instrumento contratual o número da NE, visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela NE, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato.(manual de Despesa Nacional conforme Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, 2008, 1ª edição. p. 61).

158 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 158 extrato do contrato são realizados demais procedimentos correlatos (cronograma, aferição, liquidação, inclusão de fiscal). Diversas recomendações neste sentido já foram expedidas pela DGO79. Vale reforçar a obrigatoriedade da inclusão prevista na Lei do Orçamento Prazo para publicação Até o 5º dia útil subsequente ao da assinatura, assim dispondo a Lei nº 8.666/93: art 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais. único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. 6. Nota de Empenho (NE) O número da NE deve constar no corpo do contrato (vide Considerações Gerais), a fim de definir por onde correrão as despesas referente ao mesmo. Quando realizado o lançamento do extrato do contrato no DOU/SIASG/SICON, o número da NE é requisitada. Oportuno rememorar: - empenho ordinário - nos casos em que o valor total é determinado e conhecido; - empenho estimativo - nos casos em que o valor total não é determinado; e - empenho global - nos casos em que o valor total é conhecido, mas sujeito a parcelamento. 7. Prazo de vigência Observar o art 57, Lei nº 8.666/93, limitados a vigência dos créditos orçamentários. Os contratos continuados, se assim previsto e houver vantagem para a administração, poderão ser prorrogados até o limite de 60 (sessenta) meses. 8. Análise Jurídica É obrigatório parecer jurídico para a aprovação do texto do contrato. Quando resultante de processo licitatório, a MINUTA deve ser anexada ao Edital. Sobre parecer jurídico, consultar também o capítulo Licitações onde consta a competência e os casos em que deve ser emitido parecer jurídico. 9. Reequilíbrio Econômico-Financeiro O art 65 da Lei 8.666/93 trata da possibilidade do restabelecimento do equilíbrio econômicofinanceiro do contrato. É importante, no entanto, diferenciar de reajuste e repactuação de preços. 79 A Msg , de 27 dez 10, onde a DGO orienta que a descentralização de recursos para atender a despesas com contratos administrativos, somente ocorrerá após cadastro do mesmo no SIASG/SICON, dentre outras exigências. Na mesma linha o contido na Msg , de 05 maio Lei nº , de 24 Dez 13 - Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2014 e dá outras providências. Art. 17. Os órgãos e as entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento deverão disponibilizar no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG e no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, no que couber, informações referentes aos contratos e aos convênios ou instrumentos congêneres firmados, com a identificação das respectivas categorias de programação e fontes de recursos quando se tratar de convênios ou instrumentos congêneres, observadas as normas estabelecidas pelo Poder Executivo.

159 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 159 Como regra geral, o reequilíbrio decorre da teoria geral dos contratos, ou seja, quando uma das partes, diferentemente do inicialmente pactuado, sofre um ônus excessivo, provocando o desajuste e ferindo outro princípio que veda o enriquecimento ilícito. O reequilíbrio pode ser solicitado a qualquer tempo, por ambas as partes. 10. Reajuste de Preços É uma solução desenvolvida pela convivência com processos inflacionários, isto é, é impossível manter o preço nominal dos contratos quando existem taxas de inflação crescentes e sistemáticas. A prática do reajuste de preços foi durante muito anos entendida como necessária para a realidade brasileira. Desde a adoção do Plano Real, cujo principal pressuposto era a não indexação de preços, não mais se recomenda ter reajuste de preços, mas sim repactuação de preços. 11. Repactuação Tem como objetivo encontrar um novo preço para os serviços (ou obras) que estão sendo prestados, com base na elevação (ou diminuição) efetiva de custos dos insumos utilizados. A repactuação é permitida, desde que observado o interregno mínimo de um ano, a contar da data limite para a apresentação da proposta, ou da data do orçamento a que a proposta se referir, ou da data da última repactuação. A repactuação deve ser precedida de cálculo e demonstração analítica do aumento ou da redução dos custos, de acordo com a vigente Planilha de Composição de Custos e Formação de Preços, devendo ser observada a adequação aos novos preços de mercado. Os efeitos financeiros da repactuação são devidos a contar da data da solicitação, desde que devidamente acompanhada dos documentos comprobatórios, cabendo à parte interessada a iniciativa e o encargo dos cálculos e da demonstração analítica do aumento ou da redução dos custos. Referências: Acórdão 1.563/2004 Plenário Item 9.1.3/4/5 do acórdão e itens 18 e 20 do voto; Acórdãos do Plenário de n s /2004 e 474/2005; 1, art. 3 da Lei n /2001 (reajuste de contratos); Acórdão n 2.219/ TCU - 1ª Câmara, item 1.1. Resumidamente temos o seguinte81: Alterações Contratuais Período Formalização Acordo Necessidade de previsão em edital Reajuste A cada 12 meses Apostilamento Unilateral Sim Revisão Não previsível Termo Aditivo Bilateral Não Repactuação A cada 12 meses Termo Aditivo Bilateral Sim Importante: O DIEx nº 32--Asse2/SSEF/SEF CIRCULAR, de 17 MAR 14, publicado no B Info 03/2014, trata do Acórdão nº 2859/2013-Plenário-TCU, sobre revisão dos contratos de serviços no âmbito da Administração Pública Federal em consequência da redução de custos obtida por fornecedores como resultado da desoneração da folha de pagamento concedida pelo Plano Brasil Maior (art. 7º, da Lei nº /2011 e art. 2º, do Decreto nº 7.828/2012). 81 Fonte: 9º Congresso Brasileiro de Pregoeiros/2014

160 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 160 Como decurso do disposto no citado Acórdão, o TCU determinou que os órgãos públicos, com base no art. 65, 5º, da Lei nº 8.666/93, adotassem as medidas necessárias à revisão de seus contratos, mediante alteração nas planilhas de custos, atentando para os efeitos retroativos às datas de início da desoneração. Determinou ainda que as UG buscassem obter administrativamente o ressarcimento dos valores pagos a maior (elisão do dano) em relação aos contratos já encerrados, firmados comempresas beneficiadas pela referida desoneração e, ainda, que fossem enviadas àquela Corte as informações sobre as medidas adotadas, incluindo o detalhamento sobre a quantidade decontratos revisados ou em revisão, valores originais e a economia obtida. 12. Responsabilidades A responsabilidade do contratado é subjetiva, ou seja, precisa-se comprovar sua culpa no dano causado a terceiros, enquanto que a Administração responde objetivamente por estes danos, independentemente de culpa, conforme regra do 6º, art 37 da Constituição Federal82. Em decorrência da responsabilidade, deve o contratado obedecer o previsto no art 69 da Lei 8666/ Responsabilidade Previdenciária/Trabalhista Quesito, que por si só, é capaz de sustentar a obrigatoriedade da fiscalização de qualquer contrato. Devido as implicações e relevância, transcrevemos o dispositivo da Lei nº 8.666/93: Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) Observe que a regra geral é a não transferência dos encargos para a administração. Entretanto, a própria legislação faz ressalva quanto aos encargos previdenciários: 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 82 Art º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 83 Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. 84 Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva NF ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no 5o do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº /09).

161 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 161 Por outro lado, embora controverso85, nos contratos de prestação de serviço, a Administração é responsável SUBSIDIARIAMENTE pelos encargos trabalhistas (Enunciado 331TST) Daí, nada mais fácil que concluir sobre a importância da fiscalização dos contratos, seja ela de entrega de material/bem ou prestação de serviços. 13. Fiscalização de Contratos O acompanhamento e fiscalização do contrato é instrumento poderoso que o gestor dispõe para defesa do interesse público. É dever da administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos86. Por força do previsto na Lei 8666/93 87 e como já visto, qualquer contrato, formalizado por termo ou não, deve ser fiscalizado. Neste mesmo sentido tem-se a IN nº 02-MPOG, de 30 abr 08, que dispõe sobre regras e diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não. Entretanto, é prudente assinalar que, salvo outro entendimento, a legislação não é suficientemente clara em distinguir o instituto da fiscalização com o da gestão contratual. Considera-se muito importante, para o fiscal de contrato, a leitura do Anexo C das Orientações aos Agentes da Administração-2013, editado pela DGO e disponível no site daquela Diretoria e, também, da 5ª ICFEx Fiscalização/Gestão Diferenças A gestão do contrato significa administrar todo o contrato, desde sua formalização até o seu encerramento, sendo uma atividade de gerenciamento. É um serviço administrativo que pode ser exercido por uma pessoa ou por um setor. Diferentemente da atividade fiscalizatória que é aquela exercida por um representante, por meio de ato delegatório/designatório, a quem compete cuidar pontualmente de alguns aspectos daquele contrato, ou seja, tem a função de administrar/fiscalizar uma parte específica do ajuste. O fiscal, via de regra, ficará fisicamente no local da prestação do serviço, da realização da obra ou da entrega do material, observando, portanto, a execução deste contrato, confrontando a execução com as condições anteriormente avençadas, como por exemplo, especificação do objeto, forma de execução dos serviços e prazos. 85 O TST defende que a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas do empregador também deve recair sobre o tomador de serviço, mesmo que este seja a Administração Pública. A doutrina não é pacífica sobre a legalidade deste enunciado, entendendo muitos que esta disposição afronta os limites de competência constitucionalmente atribuídos àquela Corte, violando cabalmente a Lei 8.666/93. Aplicando-se tal Enunciado, viola-se o art 55, Inc XII, Lei nº 8.666/93 que trata das cláusulas obrigatórias de um contrato onde é obrigação do contratado manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. Por via de consequência, não se autoriza ao contratado criar, durante a execução contratual, obrigação trabalhista para o contratante; e tão pouco descumprir itens como capacidade financeira, conforme lição de Carlos Pinto Coelho Mota, in Eficácia nas Licitações e Contratos: estrutura da contratação, concessões e permissões, responsabilidade fiscal, pregão, parcerias público-privadas. 10ª ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p.509. Para os defensores, não se aplicando a Súmula 331 sobre a Lei nº 8.666/93, revelaria incontestável antinomia com os preceitos constitucionais da valorização social do trabalho e da responsabilidade do Estado, sendo, portanto, valorizado os interesses do trabalhador em detrimento dos interesses do Estado, independentemente do disposto na Lei nº 8.666/ Msg SIAFI 2007/ , de 29 Ago 07, da SEF. 87 Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial. Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado.

162 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 162 A diferença apontada permite afirmar que a fiscalização é uma das atividades de gestão do contrato. Em outras palavras, gestão engloba fiscalização. Gestão é macro, já a fiscalização é micro, conforme diagrama a seguir: Fiscalização Gestão Evidente que, até por falta dessa diferenciação legal, existirão pontos de dificuldade para distinguir se determinado ato é de gestão ou de fiscalização. É recomendado às UG, dentro de sua competência e como atividade obrigatória de controle interno, que definam as atribuições de gestão e as de fiscalização, sustentando que o fiscal não é competente, por exemplo, para impor penalidades ou determinar rescisão contratual. Caberia ao fiscal, sim, anotar em registro próprio, as ocorrências observadas durante a execução, apontando falhas, atrasos, inadimplementos ou descumprimento, informando a autoridade as atitudes já tomadas, para que esta, dentro de suas competências funcionais, possa decidir, motivadamente, sobre os procedimentos a serem adotados88. Dissipando as dúvidas sobre competências de gestor e fiscal, a SEF, por meio do documento retro definiu obrigações das competências citadas: (Transcrição da Msg SEF, de 6 out 11) DO SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES CHEFES DE ICFEX REF: - LEI 4.320/1964; LEI 8.666/1993; DECRETO /1990 (RAE); DECRETO 2.271/1997; 88 A própria lei prevê a necessidade de apoio para os detentores dessas responsabilidades. (gestores de contratos), que não são nominados de forma própria pela lei. Ao verificar o que diz o art. 67 vê-se: A execução do contrato deverá ser acompanhada [gestor] e fiscalizada [fiscal] por um representante da Administração especialmente designado (...) (grifo e comentário nosso). Assim, os gestores e fiscais podem ser assistidos por terceiros (internos ou externos). Cabe destacar que, não é possível adotar o termo acompanhar como sinônimo de fiscalizar. Acompanhar, pela interpretação da lei, significa aquele que toma decisões sobre gestão do negócio, como, por exemplo, avaliar prorrogações contratuais, indicação de aplicação de penalidades, reajustes ou repactuações do preço. Deste modo, o fiscal de contrato tem a função de gerar informações para o gestor, como, por exemplo, a realização de medições dos serviços, verificação do correto cálculo e recolhimento das parcelas trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Note-se que a fiscalização pode e dever ter caráter de especialização. Não proceder dessa forma é desrespeitar os princípios da eficiência e o da especialização. Devese lembrar, ainda, que a Constituição Federal impõe aos agentes públicos a observação do princípio da eficiência. Isto é, buscar permanentemente a melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a garantir a maior rentabilidade social e evitar desperdícios ao erário público. Assim, tais profissionais deverão administrar contratos habitualmente de forma legal, moral, profissional, impessoal, eficaz, imparcial e neutra na busca da obtenção da qualidade dos serviços contratados. Esses profissionais suportarão com suas carreiras, patrimônio pessoal e liberdade os ônus decorrentes da inadequada gestão contratual, conforme preveem os artigos 82 e 84 da Lei de Licitações. LEIRA, Jerônimo Souto. A responsabilidade dos gestores e fiscais de contratos de órgãos da administração, direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Disponível em

163 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 163 PORTARIA MINISTERIAL Nº 305/1995 (IG 12-02); MSG SIAFI Nº 2007/ , DA SEF; MSG SIAFI Nº 2006/ , DA SEF; IN Nº 02-SLTI/MPOG/2008; IN Nº 04-SLTI/MPOG/2010; E ACÓRDÃO TCU Nº 1534/2009-1ª CÂMARA 1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS. 2. CONSIDERANDO A RELEVÂNCIA DO ASSUNTO E A VASTA LEGISLAÇÃO PRODUZIDA POR DIFERENTES ÓRGÃOS COM ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DIFERENCIADA DO COMANDO DO EXÉRCITO, E CONSIDERANDO, TAMBÉM, QUE A ADOCAO DE MANUAIS E CARTILHAS DE OUTROS ÓRGÃOS OU ENTIDADES (IN Nº 02-SLTI/MPOG/2008, POR EXEMPLO), NA SUA ÍNTEGRA, PODE LEVAR A DESVIOS DE FUNÇÃO DE PESSOAL OU DISFUNÇÕES, ESTA SECRETARIA ESCLARECE E ORIENTA O QUE SEGUE: A. OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS DEVERÃO SER ACOMPANHADOS E FISCALIZADOS. B. A LEI Nº 8.666/93, AO TRATAR DA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS CELEBRADOS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, PRECONIZA EM SEU ART. 67 QUE A "EXECUÇÃO" DO CONTRATO DEVE SER ACOMPANHADA E FISCALIZADA POR REPRESENTANTE DA ADMINISTRAÇÃO (AGENTE "67") QUE, NO EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, DEVERÁ ANOTAR, EM REGISTRO PRÓPRIO, TODAS AS OCORRÊNCIAS PERTINENTES, MANTENDO SEUS SUPERIORES HIERÁRQUICOS, DEVIDAMENTE INFORMADOS (TAL AGENTE É O FISCAL DO CONTRATO). C. O REGISTRO É O ELEMENTO ESSENCIAL QUE AUTORIZA AS AÇÕES SUBSEQUENTES COM VISTA A SUBSIDIAR OS PROCEDIMENTOS DE LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DOS SERVIÇOS (ART. 63, 2º, INCISO III, LEI 4.320). D. A INEXISTÊNCIA DE ATOS FORMAIS DE DESIGNAÇÃO DE FISCAIS PARA OS CONTRATOS NAO SIGNIFICA QUE NAO HA RESPONSAVEIS PELO MESMO, POIS O CONTRATO EM SI E DE NATUREZA FORMAL, QUE É SUPRIDA PELO MENOS PARCIALMENTE, PELA DISCRIMINAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DAS DIVERSAS UNIDADES (OU SEÇÕES) CONFORME ACÓRDÃO 1534/2009. E. INDEPENDENTEMENTE DE DESIGNAÇÃO FORMAL, A ADMINISTRAÇÃO TEM O DEVER DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR A EXECUÇÃO DO CONTRATO, O QUE CONSTITUI-SE EM UM INSTRUMENTO DE CONTROLE FUNDAMENTAL SOBRE O CONTRATADO, POSSIBILITANDO A VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO CRONOGRAMA DAS OBRAS OU DOS SERVIÇOS, BEM COMO A VERIFICAÇÃO DA EXATA QUANTIDADE E DA QUALIDADE MÍNIMA ACEITÁVEL DOS SERVIÇOS CONTRATADOS. F. A DESIGNAÇÃO DO FISCAL DO CONTRATO NÃO EXIME O ORDENADOR DE DESPESA DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR A EXECUÇÃO DO CONTRATO, PORQUE ELE É O RESPONSÁVEL PELA AUTORIZAÇÃO DO PAGAMENTO. G. A PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO REQUER O DEVIDO DOCUMENTO FISCAL PARA QUE SEJAM REGISTRADOS E RECOLHIDOS OS TRIBUTOS ENVOLVIDOS, ALÉM DE SERVIR DE AMPARO LEGAL PARA A LIQUIDAÇÃO DA DESPESA. ASSIM, QUANDO O CONTRATANTE NÃO TOMA A DEVIDA CAUTELA PARA NÃO INCORRER EM ERRO NO ATESTO DE DOCUMENTO QUE NÃO ESPELHA A REALIDADE DOS FATOS OU QUANDO DISPENSA A APRESENTAÇÃO DESSE DOCUMENTO, ESTÁ DIRETAMENTE CONTRIBUINDO PARA A NÃO OBSERVÂNCIA DAS EXIGÊNCIAS FISCAIS. É NESTE MOMENTO QUE O FISCAL DO CONTRATO DEVE ATUAR, CABENDO-LHE ANOTAR EM REGISTRO PRÓPRIO TODAS AS OCORRÊNCIAS RELACIONADAS COM A EXECUÇÃO DO

164 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 164 CONTRATO, DETERMINANDO OU COMUNICANDO A NECESSIDADE DE PROVIDÊNCIAS PARA A REGULARIZAÇÃO DAS FALTAS OU DE DEFEITOS OBSERVADOS. AO FISCAL DO CONTRATO CABE, PORTANTO, A RESPONSABILIDADE PELO ATESTO DOS SERVIÇOS E PELA FISCALIZAÇÃO EFICICIENTE DA EXECUÇÃO DO CONTRATO. H. O FISCAL DO CONTRATO DEVE SER DESIGNADO, PREFERENCIALMENTE, ENTRE OS INTEGRANTES DA FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, EM VIRTUDE DAS ATRIBUIÇÕES DESTA SEÇÃO E POR QUESTÕES DE RACIONALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, OBSERVANDO-SE O PRINCÍPIO DA SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES, PODENDO, CASO NECESSÁRIO, SER DESIGNADO AGENTE DE OUTRA SEÇÃO, MILITAR OU CIVIL, QUE POSSUA CONHECIMENTOS TÉCNICOS NECESSÁRIOS PARA A FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CONTRATO. 3. DENTRE AS DESTACAM-SE: PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DO CONTRATO, A. REGISTRAR AS OCORRÊNCIAS RELACIONADAS COM A "EXECUÇÃO" DO CONTRATO PELO QUAL FOR RESPONSÁVEL; B. DETERMINAR AS MEDIDAS NECESSÁRIAS AO FIEL CUMPRIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO, BEM COMO A REGULARIZAÇÃO DAS FALTAS, DEFEITOS OU INFORMAÇÕES OBSERVADAS, EM CASO DE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA, CIENTIFICANDO NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE A ADMINISTRAÇÃO. C. COMUNICAR A ADMINISTRACAO AS OCORRENCIAS, FALTAS OU DEFEITOS OBSERVADOS, SUGERINDO AS MEDIDAS NECESSARIAS PARA O FIEL CUMPRIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO; D. ATESTAR AS FATURAS/NOTAS FISCAIS CORRESPONDENTES ÀS ETAPAS EXECUTADAS APÓS A VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS SERVIÇOS/ OBRAS, PARA EFEITO DE PAGAMENTO (OBSERVADA A COMISSÃO DE RECEBIMENTO, NO CASO DAS COMPRAS PREVISTAS NO 8º, ART. 17, DA LEI Nº 8.666/93 E NOS 1º A 4º, DO ART. 66, DO REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO (RAE), APROVADO PELO DECRETO Nº , DE 12 DE JANEIRO DE 1990); E. CERTIFICAR SE O NÚMERO DE EMPREGADOS ALOCADOS AO SERVIÇO, PELA EMPRESA CONTRATADA, ESTÁ DE ACORDO COM O CONTRATO FIRMADO, PARA CADA FUNÇÃO EM PARTICULAR. F. FISCALIZAR A QUANTIDADE E A QUALIDADE DOS PRODUTOS UTILIZADOS, QUANDO FOR O CASO; E G. INCLUIR E EXCLUIR MEDIÇÕES E CONFERENCIAS NO SIASG/SICON. 4. COMPETE À ADMINISTRACAO DA UG (POR MEIO DA FISCALIZACAO ADMINISTRATIVA OU SUBSECAO EQUIVALENTE) ENTRE OUTRAS ATRIBUICOES, QUANTO A FISCALIZACAO DOS CONTRATOS: A. FORNECIMENTO E ABERTURA DE LIVRO PARA O FISCAL DO CONTRATO REGISTRAR AS OCORRENCIAS; B. VERIFICAR SE O CONTRATADO RESPEITA AS NORMAS DE SEGURANCA DO TRABALHO, QUANDO FOR O CASO; C. VERIFICAR SE O CONTRATADO MANTEM DURANTE A EXECUCAO CONTRATUAL AS CONDICOES EXIGIDAS PARA A HABILITACAO; D. VERIFICAR, ANTES DO TERMINO DA VIGENCIA, SE HA NECESSIDADE DE ABERTURA DE NOVO PROCESSO LICITATORIO; E. COMUNICAR AO CONTRATADO, ANTES DO TERMINO DA VIGENCIA DO CONTRATO, SE HA, OU NAO, INTENCAO DE PRORROGACAO DE CONTRATO;

165 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 165 F. NO CASO DE CESSAO DE MAO DE OBRA EXCLUSIVA, VERIFICAR SE O CONTRATADO RECOLHE OS ENCARGOS TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIOS E TRIBUTARIOS RELACIONADOS AO CONTRATO; G. CONFIRMAR A IDENTIDADE DOS EMPREGADOS DO CONTRATADO QUE PRESTAM SERVICOS NA OM; H. REALIZAR TODOS OS PROCEDIMENTOS DA REPACTUACAO DE PRECOS DOS CONTRATOS; I. OFICIAR FORMALMENTE O CONTRATADO, POR MEIO DE DOCUMENTO DEVIDAMENTE ASSINADO PELO ORDENADOR DE DESPESAS, DETERMINANDO A REGULARIZACAO DAS FALTAS OU DEFEITOS OBSERVADOS; J. ELABORAR PLANILHA-RESUMO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS;E K. EXIGIR DO CONTRATADO OS COMPROVANTES DE PAGAMENTO DOS SALARIOS, VALES-TRANSPORTE E AUXILIO ALIMENTACAO DOS EMPREGADOS. 5. OS CHEFES DE ICFEX DEVERAO DIVULGAR O TEOR DA PRESENTE MENSAGEM AS SUAS UNIDADES GESTORAS VINCULADAS POR MEIO DE PUBLICACAO NO BOLETIM INFORMATIVO DO MES DE OUTUBRO DE BRASILIA-DF, 06 DE OUTUBRO DE 2011 GEN DIV CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS Nota: consultar também a Msg SEF, de 29 ago 07 sobre a valorização do Encargo de Fiscal de Contrato e Parecer nº 033/09 Asse Jur/CMS, de 27 maio 09, encaminhado por intermédio do Of. n 926-Div Jur/5.10/Cmdo 5ª RM-5ªDE CIRCULAR, de 7 ago 09, publicado B Info 8/2009, sobre atribuições de fiscal de contrato e procedimentos no caso de questionamentos do Ministério Público Federal Importância de documentar atos de gestão e fiscalização Nos termos do art 67 da Lei nº 8.666/93, o fiscal deve anotar em registro próprio todas as ocorrências relacionadas aquele determinado contrato evitando ou se precavendo de eventual inadimplemento ou descumprimento, inclusive servindo para aplicação de penalidades/multa e até mesmo a rescisão. Em função disso, é imprescindível que todos os atos do fiscal e gestor sejam registrados formalmente em processo ou livro específico, para que, em caso de necessidade de verificação e ou apuração de responsabilidades, existam dados aptos a justificar e fundamentar as atitudes adotadas, inclusive perante ao Controle Externo Gestor do Contrato Outras Considerações Acompanhar e fiscalizar são atividades distintas, portanto, compete ao gestor acompanhar e gerenciar o contrato. Quem desempenha a tarefa de gestor? Depende da estrutura da UG e do seu controle, podendo ser designado um agente ou um determinado setor. Imperioso é que tal tarefa seja desempenhada por aqueles que possuam uma visão geral de todo o processo de contratação e da legislação que a regula, bem como das demais correlatas. É conveniente que tenha conhecimento mínimo da Lei que regula o Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, da Lei Orçamentária Anual, Lei de Responsabilidade Fiscal, da Lei que regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal e, evidentemente,

166 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 166 da Lei de Licitações e Contratos, dentre tantas outras mais específicas, como por exemplo a IN nº 02, de 30 ABR 08 já citada e a IN nº 2, de 11 OUT 10 com alterações da IN nº 01-SLTI/MP, de 10 FEV 12 e da IN nº 04, de 15 OUT 13 (ambas relacionadas ao SICAF). Em resumo, sugere-se que o gestor tenha: - domínio da organização; - conhecimento do mercado daquele objeto do contrato; e - noções de direito. Tais exigências se devem pelo fato que o gestor pode ser responsabilizado89 nas esferas administrativas, penal e civil por irregularidades advindas do contrato. Significa que poderá ser objeto de sanção, inclusive patrimonial, com aplicação de multa pelo órgão de controle externo, além de eventual indenização/reparação por danos ao Erário cujo assunto é tratado no capítulo Apuração de Irregularidades e Danos ao Erário. Essa diferenciação de atividades vem se tornando tão evidente que a IN 02/2008-MPOG traz em seu Art 31 o seguinte: O acompanhamento e a fiscalização da execução do contrato consistem na verificação da conformidade da prestação dos serviços e da alocação dos recursos necessários, de forma a assegurar o perfeito cumprimento do contrato, devendo ser exercido pelo gestor do contrato, que poderá ser auxiliado pelo fiscal técnico e fiscal administrativo do contrato. (grifo nosso) Mais adiante, no mesmo art, são conceituadas essas funções: 2º Para efeito desta Instrução Normativa, considera-se: I - gestor do contrato: servidor designado para coordenar e comandar o processo da fiscalização da execução contratual; II - fiscal técnico do contrato: servidor designado para auxiliar o gestor do contrato quanto à fiscalização do objeto do contrato; e III - fiscal administrativo do contrato: servidor designado para auxiliar o gestor do contrato quanto à fiscalização dos aspectos administrativos do contrato. Pela interpretação dessa IN, verifica-se que quanto mais complexo for o contrato, mais necessário se torna separar as atribuições do fiscal técnico e do fiscal administrativo do contrato e desses com o do gestor Fiscal de Contrato Outras Considerações Conforme explicado e previsto no art 67, Lei 8.666/ 93, para cada contrato em vigor, deve haver um Fiscal designado como o responsável pelo ateste da entrega/prestação do bem/serviço. Para exemplificar essa função, são apresentados acórdãos do CTU sobre o assunto: Assunto: CONTRATOS. D.O.U. de , S. 1, p. 79. Ementa: o TCU recomendou à (...) que observasse o disposto no art. 67 da Lei no 8.666/1993, procedendo à indicação de servidor para acompanhar e fiscalizar contratos 89 Lei nº 8.666/93. Art.82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar. Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo, emprego, função ou mandato eletivo. Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.

167 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 167 sob sua responsabilidade, salientando, ainda, que a fiscalização, de preferência, deve ser feita por técnico da área da qual está sendo executado o serviço, tendo em vista que o atesto por alguém sem o devido conhecimento poderá gerar prejuízo à Administração Pública (item 2, TC /2004-7, Acórdão nº 4/2006-1ª Câmara). Nomeie servidor para atuar na condição de fiscal de contrato, em atendimento ao disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/1993. (Acórdão 100/ Plenário) ( ) em atenção aos arts. 67 da Lei nº 8.666/1993 e 6º do Decreto nº 2.271/1997, mantenha fiscal formalmente designado durante toda a vigência dos contratos celebrados pela entidade. Acórdão 670/2008 Plenário Encargos/Atribuições do Fiscal Como um dos encargos do fiscal de contrato tem-se a de realizar atividades pontuais na sua execução, registrando a operação de aferição no sistema SIASG/SICON, ou seja, declarar no referido sistema, que determinada parcela de bem/serviço foi entregue/executado em consonância com o pactuado na nota fiscal. Esta operação declaratória e fiscalizatória é denominada medição. Evidente que o fiscal deve certificar se o serviço e/ou bem foi executado/entregue de acordo com o previsto no contrato/edital. Entretanto, a fiscalização deve ser ampla, não se limitando ao aspecto quantitativo ou qualitativo do bem/serviço. A administração deve exigir uma série de procedimentos/documentos do contratado, a fim de ver cumprida a lei e resguardar eventual responsabilidade já citada, em particular, as referentes aos encargos trabalhistas e previdenciários Contratos para a Execução de Serviços Ainda sobre o tema, pertinente transcrever recomendações/observações/comentários, contidas na Instrução Normativa (IN) nº 02, de 30 abr 08 (dispõe sobre regras e diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não): Art. 34. A execução dos contratos deverá ser acompanhada e fiscalizada por meio de instrumentos de controle, que compreendam a mensuração dos seguintes aspectos, quando for o caso: I - os resultados alcançados em relação ao contratado, com a verificação dos prazos de execução e da qualidade demandada; II - os recursos humanos empregados, em função da quantidade e da formação profissional exigidas; III - a qualidade e quantidade dos recursos materiais utilizados; IV - a adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida; V - o cumprimento das demais obrigações decorrentes do contrato; e VI - a satisfação do público usuário. 1º O fiscal ou gestor do contrato ao verificar que houve sub-dimensionamento da produtividade pactuada, sem perda da qualidade na execução do serviço, deverá comunicar à autoridade responsável para que esta promova a adequação contratual à produtividade efetivamente realizada, respeitando-se os limites de alteração dos valores contratuais previstos no 1º do artigo 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

168 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 168 2º A conformidade do material a ser utilizado na execução dos serviços deverá ser verificada juntamente com o documento da contratada que contenha a relação detalhada dos mesmos, de acordo com o estabelecido no contrato, informando as respectivas quantidades e especificações técnicas, tais como: marca, qualidade e forma de uso. 3º O representante da Administração deverá promover o registro das ocorrências verificadas, adotando as providências necessárias ao fiel cumprimento das cláusulas contratuais, conforme o disposto nos 1º e 2º do art. 67 da Lei nº 8.666, de º O descumprimento total ou parcial das responsabilidades assumidas pela contratada, sobretudo quanto às obrigações e encargos sociais e trabalhistas, ensejará a aplicação de sanções administrativas, previstas no instrumento convocatório e na legislação vigente, podendo culminar em rescisão contratual, conforme disposto nos artigos 77 e 87 da Lei nº 8.666, de º Na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais nas contratações continuadas com dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada, exigir-se-á, dentre outras, as seguintes comprovações: I - no caso de empresas regidas pela Consolidação das Leis Trabalhistas: a) a prova de regularidade para com a Seguridade Social, conforme dispõe o art. 195, 3º da Constituição federal sob pena de rescisão contratual; (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) b) recolhimento do FGTS, referente ao mês anterior, caso a Administração não esteja realizando os depósitos diretamente, conforme estabelecido no instrumento convocatório; (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) c) pagamento de salários no prazo previsto em Lei, referente ao mês anterior; d) fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível; e) pagamento do 13º salário; f) concessão de férias e correspondente pagamento do adicional de férias, na forma da Lei; g) realização de exames admissionais e demissionais e periódicos, quando for o caso; h) eventuais cursos de treinamento e reciclagem que forem exigidos por lei; (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) i) comprovação do encaminhamento ao Ministério do Trabalho e Emprego das informações trabalhistas exigidas pela legislação, tais como: a RAIS e a CAGED; (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) j) cumprimento das obrigações contidas em convenção coletiva, acordo coletivo ou sentença normativa em dissídio coletivo de trabalho; e k) cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao contrato. II - No caso de cooperativas: a) recolhimento da contribuição previdenciária do INSS em relação à parcela de responsabilidade do cooperado; b) recolhimento da contribuição previdenciária em relação à parcela de responsabilidade da Cooperativa; c) comprovante de distribuição de sobras e produção;

169 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 169 d) comprovante da aplicação do FATES - Fundo Assistência Técnica Educacional e Social; e) comprovante da aplicação em Fundo de reserva; f) comprovação de criação do fundo para pagamento do 13º salário e férias; e g) eventuais obrigações decorrentes da legislação que rege as sociedades cooperativas. III - No caso de sociedades diversas, tais como as Organizações Sociais Civis de Interesse Público - OSCIP s e as Organizações Sociais, será exigida a comprovação de atendimento a eventuais obrigações decorrentes da legislação que rege as respectivas organizações. Art. 34-A O descumprimento das obrigações trabalhistas ou a não manutenção das condições de habilitação pelo contratado poderá dar ensejo à rescisão contratual, sem prejuízo das demais sanções. (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 6, DE 23/12/2013) Parágrafo único. A Administração poderá conceder um prazo para que a contratada regularize suas obrigações trabalhistas ou suas condições de habilitação, sob pena de rescisão contratual, quando não identificar má-fé ou a incapacidade da empresa de corrigir a situação (Incluído pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 3, DE 15/11/2009). Art. 35. Quando da rescisão contratual, o fiscal deve verificar o pagamento pela contratada das verbas rescisórias ou a comprovação de que os empregados serão realocados em outra atividade de prestação de serviços, sem que ocorra a interrupção do contrato de trabalho. (Alterado pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 3, DE 15/11/2009) Parágrafo único. Até que a contratada comprove o disposto no caput, o órgão ou entidade contratante deverá reter a garantia prestada e os valores das faturas correspondentes a 1 (um) mês de serviços, podendo utilizá-los para o pagamento direto aos trabalhadores no caso de a empresa não efetuar os pagamentos em até 2 (dois) meses do encerramento da vigência contratual, conforme previsto no instrumento convocatório e nos incisos IV e V do art. 19-A desta Instrução Normativa. (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 6, DE 23/12/2013) DO PAGAMENTO Art. 36. O pagamento deverá ser efetuado mediante a apresentação de Nota Fiscal ou da Fatura pela contratada, que deverá conter o detalhamento dos serviços executados, conforme disposto no art. 73 da Lei nº 8.666, de 1993, observado o disposto no art. 35 desta Instrução Normativa e os seguintes procedimentos: (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 3, DE 15/11/2009) 1º A Nota Fiscal ou Fatura deverá ser obrigatoriamente acompanhada das seguintes comprovações: I - do pagamento da remuneração e das contribuições sociais (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Previdência Social), correspondentes ao mês da última nota fiscal ou fatura vencida, compatível com os empregados vinculados à execução contratual, nominalmente identificados, na forma do 4º do Art. 31 da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, quando se tratar de mão-de-obra diretamente envolvida na execução dos serviços na contratação de serviços continuados; II - da regularidade fiscal, constatada através de consulta "on-line" ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF, ou na impossibilidade de acesso ao referido Sistema, mediante consulta aos sítios eletrônicos oficiais ou à documentação mencionada no art. 29 da Lei nº 8.666/93; e

170 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 170 III - do cumprimento das obrigações trabalhistas, correspondentes à última nota fiscal ou fatura que tenha sido paga pela Administração. 2º O descumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e as relativas ao FGTS ensejará o pagamento em juízo dos valores em débito, sem prejuízo das sanções cabíveis. 3º O prazo para pagamento da Nota Fiscal/Fatura, devidamente atestada pela Administração, não deverá ser superior a 5 (cinco) dias úteis, contados da data de sua apresentação, na inexistência de outra regra contratual. [...] 5º Na hipótese de pagamento de juros de mora e demais encargos por atraso, os autos devem ser instruídos com as justificativas e motivos, e ser submetidos à apreciação da autoridade superior competente, que adotará as providências para verificar se é ou não caso de apuração de responsabilidade, identificação dos envolvidos e imputação de ônus a quem deu causa à mora. (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 6, DE 23/12/2013) 6º A retenção ou glosa no pagamento, sem prejuízo das sanções cabíveis, só deverá ocorrer quando o contratado: (Incluído pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) I - não produzir os resultados, deixar de executar, ou não executar com a qualidade mínima exigida as atividades contratadas; ou (Incluído pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) II - deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para a execução do serviço, ou utilizá-los com qualidade ou quantidade inferior à demandada. (Incluído pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MP Nº 3, DE 15/11/2009) 7º O pagamento pela Administração das verbas destinadas ao pagamento das férias e 13º (décimo terceiro) dos trabalhadores da contratada deverá ser feito em conta vinculada, conforme previsto no art. 19-A desta Instrução Normativa. (Nova redação pela INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 6, DE 23/12/2013) Importante: Cabe especial destaque a necessária consulta aos seguintes documentos: - Anexo IV da IN nº 02-MPOG, de 30 abr 08, que traz o Guia de Fiscalização dos Contratos de Terceirização; e - Art 93 a 99 da Portaria nº 305-Min Ex, de 24 MAIO 95 (IG 12-02), que tratam da execução, recebimento, acompanhamento e fiscalização dos contratos Preposto da empresa/objeto da contratação O contratado deve manter preposto, aceito pela administração, especificamente para obras e serviços, de acordo com art 68 da Lei nº 8.666/93. É por meio do preposto que a administração fará as exigências legais, recomendações e outras condições pactuadas no contrato. Sua presença é vital, pois, caso contrário, a relação de subordinação/vinculação entre os empregados/empregador poderá se descaracterizar e, em consequência, estará aberto o caminho para eventual demanda judicial contra o Exército no sentido de ser reconhecido vínculo empregatício 90, em que pese as controvérsias sobre o 90 Exemplo ilustrado é o caso do barbeiro em OM do CMS que teve reconhecido o vínculo empregatício com a União. Embora decorrente de contrato de receita, o ensinamento é o mesmo, ou seja, evitar a relação direta de subordinação. Na ação trabalhista ajuizada na 1ª Vara do Trabalho do Rio Grande do Sul, o reclamante pretendeu o reconhecimento da relação de emprego com a União. Para tanto, afirmou que trabalhou pessoalmente na função de barbeiro desde o início de 1968, sob as ordens verbais e escritas do Ente Público e de seus representantes. Em sua defesa, a União afirmou que a Organização Militar e todas as unidades das Forças Armadas Nacionais têm permissão para ceder, de forma onerosa, o

171 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 171 assunto. O objetivo é afastar a pessoalidade e subordinação direta na relação entre a administração e o empregado da contratada. Depreende-se que a empresa contratada dirigirá a prestação dos serviços dos seus respectivos empregados na administração, o que significa que o trabalho pode ser realizado por diferentes trabalhadores. Caso contrário, ou seja, se houver vinculação pessoal do empregado ao trabalho a ser realizado (pessoalidade) e ficar este sujeito às ordens da tomadora dos serviços (administração) ficará evidenciado vínculo de subordinação direta. Ora, não é sem razão a vedação inserta na IN regulatória. Confirme-se: Art. 10. É vedado à Administração ou aos seus servidores praticar atos de ingerência na administração da contratada, tais como: I - exercer o poder de mando sobre os empregados da contratada, devendo reportar-se somente aos prepostos ou responsáveis por ela indicados, exceto quando o objeto da contratação prever o atendimento direto, tais como nos serviços de recepção e apoio ao usuário; Para simplificar, o que se contrata é o serviço e não a pessoa. Em contrato de prestação de serviço de limpeza, por exemplo, o objeto é a limpeza e não a contratação de faxineira(o) Livro Registro de Ocorrência Como se verifica na Msg SEF, de 29 abr 07 (item 2, letra C e item 3, letra A) é obrigatório que a administração disponha de documento onde conste o registro das ocorrências do contrato, conforme consta no 1º, art 67 da Lei nº 8.666/93. É uma forma de comunicação entre o contratante e contratado, a fim de tornar pública as ocorrências/alterações daquela contratação, além de servir de histórico para eventual rescisão contratual: Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: [...] VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do 1o do art. 67 desta Lei; (grifo nosso) 14. Telefonia em Grupo As Msg SIAFI SEF, de 10 JAN 07 e DGO, de 18 MAR 08, alertam sobre a proibição de realização de contratos coletivos (plano empresa) com empresas de telefonia, utilizando o CNPJ da UG, que inclua, além das linhas da UG, linhas exclusivas de PNR e de militares e/ou civis da OM Pagamento de telefonia com atraso uso de fração das suas instalações para que sejam exploradas em atividades lícitas e em apoio ao pessoal militar e, por isso, a relação entre as partes era de natureza administrativa. Acrescentou que o trabalho era feito de forma autônoma e sem pagamento de salários. Todavia, ao apreciar as provas dos autos, a Juíza sentenciante considerou presentes os elementos que configuram a relação de emprego, quais sejam, pessoalidade, onerosidade, habitualidade e subordinação (art. 3º da CLT). Destacou, ainda, a comprovação do início da relação entre as partes em 1º/02/1968. Nesse sentido considerou desnecessária a prévia aprovação do barbeiro em concurso público em razão de a atual Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, reconhecer validade das contratações feitas pela Administração Pública anteriores à sua vigência. A decisão foi ratificada pelo Tribunal da 4ª Região (RS), provocando o recurso pela União, cujo trancamento deu origem ao agravo de instrumento apreciado na Primeira Turma. Na sessão de julgamento, os ministros ratificaram a decisão gaúcha. AIRR

172 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 172 A Msg SIAFI DGO, de 26 AGO 08 trata da necessidade de extrair no site da concessionária a cópia da fatura, a fim de evitar atrasos na liquidação por atraso no envio do documento ou por extravio, que geram multas e juros. Na hipótese de ocorrência de multa e juros, tal fato deverá ser justificado no Relatório de Prestação de Contas Mensal Telefonia e internet Cabe destacar que, na hipótese de uma mesma empresa vencer a licitação para o contrato de telefonia e internet, as faturas deverão ser separadas DGO 15. Mandamentos do apoio administrativo em contratos administrativos sob gestão da Somente solicitar autorização à DGO para realização de contrato se o objeto estiver elencado nas orientações aos agentes da administração e seu valor for resultado de uma pesquisa de preços; - dar andamento ao processo licitatório somente após a autorização da DGO; - somente homologar a licitação se o seu valor for igual ou inferior ao autorizado pela DGO; - enviar a mensagem sobre a conclusão da escolha da empresa contratada e assinatura do contrato para que a DGO descentralize a primeira parcela; - informar à DGO sobre o registro do contrato no SIASG/SICON, tão logo o contrato seja cadastrado; - designar em BI o fiscal de contrato para o seu acompanhamento e fiscalização; - verificar o andamento das liquidações e pagamentos dos contratos nas reuniões de prestações de contas; - providenciar a renovação ou substituição do contrato, com a devida antecedência, por ocasião do término de sua vigência, como forma de evitar que a empresa contratada continue a prestar o serviço sem que tenha sido renovado o seu contrato; - realizar a liquidação da despesa, com oportunidade, para evitar o pagamento de juros e multas; e - avaliar, no final do exercício, a necessidade de inscrição em restos a pagar da parcela de dezembro. (Fonte: Orientações aos Agentes da Administração 2013-Manual DGO) - CONTRATOS DE RECEITA/CESSÃO DE USO 16. Recomendações Gerais Respeitando as devidas particularidades, os contratos de receita devem ser fiscalizados à semelhança dos contratos de despesa. O B Info 05/2008, publicou a matéria abaixo, que transcrevemos na íntegra: Os cessionários que exploram atividades econômicas no interior da OM (cantina, alfaiataria, barbearia, etc) deverão cumprir com suas obrigações tributárias, trabalhistas, sociais, fiscais, etc, ou seja, devem obedecer a legislação vigente da atividade comercial exercida. Assim, oportuno rememorar o disposto na Portaria n 011-DEC, de 04 Out 05, a qual aprova as Instruções Reguladoras de Utilização do Patrimônio Imobiliário da União Jurisdicionado ao Comando do Exército (IR 50-13), a seguir transcrito: Art. 27. O cessionário obriga-se a: (...)

173 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 173 II - arcar com o pagamento de taxas e ônus fiscais eventualmente aplicáveis ao imóvel cedido; III - cumprir com as obrigações legais relativas a encargos fiscais, trabalhistas, sociais, previdenciários, civis e comerciais que onerem a atividade a que se propõe, eximindo o Comando do Exército de quaisquer dessas responsabilidades; IV - apresentar registro de todos os órgãos a que estiver obrigado por força de sua atividade; V - submeter-se à fiscalização do cedente, das autoridades fiscais, sanitárias, tributárias e previdenciárias; VI - não usar o nome do Comando do Exército para aquisição de mercadorias ou bens, assim como para contratar serviços; e Diante do exposto, recomendo aos Sr Ordenadores de Despesa que mandem, através de sua Divisão/Seção de Fiscalização verificar as obrigações legais abaixo resumidas, independentemente de outras exigências legais e/ou outras averiguações anteriormente realizadas pela UG: a) se a empresa está legalmente constituída (Cartão do CNPJ/MF, Contrato Social, Registro Junta Comercial, etc); b) se o alvará de funcionamento está afixado em local visível e, ainda, se o mesmo está dentro do prazo de validade pois, salvo outro juízo, é imperioso para a empresa exercer atividade econômica (cantina, alfaiataria, etc) no interior da OM possuir o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. Cabível ressaltar que o referido alvará se refere a funcionamento no interior da OM, portanto, no documento deve constar o endereço onde a empresa exercerá as atividades, ou seja, o endereço da OM. Ademais, é o que está previsto no próprio modelo de Contrato de Cessão de Uso para Exercício de Atividade de Apoio constante na já citada portaria, dispondo que o cessionário deve obediência às normas relacionadas com o funcionamento da atividade; c) se os funcionários/empregados estão contratados regularmente, inclusive, verificando se há menor de idade trabalhando no local. Embora a responsabilidade seja da empresa, é conveniente, a fim de evitar uma eventual demanda judicial, a UG exigir o cumprimento da legislação, no caso específico, do ordenamento trabalhista. Para tanto, pode-se exigir o CAGED (*), bem como os comprovantes de recolhimento das contribuições trabalhistas-sociais (INSS-FGTS). Ademais, salvo prova em contrário, a empresa é obrigada a afixar cópia da Guia da Previdência Social, referente ao mês de competência anterior, durante o período de um mês, no quadro de horário da empresa o qual está previsto no art 74 da CLT; d) na mesma vertente, se os Círculos Militares ou Clubes de St/Sgt, Associação de Pais e Mestres de Estabelecimento de Ensino, Grêmios, etc que ocupam instalação na OM estão contratando funcionários de forma regular, a fim evitar uma possível demanda judicial contra o Exército; e) se o cessionário for pessoa jurídica inscrita no SIMPLES, deverá manter no estabelecimento, em local visível ao público, placa indicativa que esclareça tratar-se de microempresa ou empresa de pequeno porte inscrita no Simples; f) se o cessionário está comercializando produtos compatíveis com a atividade licitada, fazendo diligências no caso de indícios/suspeitas de venda/comércio de mercadorias/produtos de procedência duvidosa; g) se houve alguma espécie de cessão de direitos após a ocupação da instalação, ou seja, se o cessionário contratado é realmente aquele que exerce a atividade na OM; h) conforme art 28 da Portaria retro mencionada, verificar se existe controle individualizado por cessionário sobre o consumo de energia elétrica, de água, de esgoto, de telefone, de lixo ou limpeza pública, etc. Se na impossibilidade técnica de separar tais despesas ou qualquer delas, se há cobrança da UG, a fim de que o(s) cessionário(s) participe(em), proporcionalmente, do rateio da(s) mesma(s), devendo, para tanto, haver algum cálculo/índice que possa mensurar o gasto estimado daquele(s) cessionário(s);

174 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 174 i) se está sendo aplicado o índice de correção/reajuste previsto no Termo de Contrato, quando da prorrogação do mesmo; j) se está sendo aplicada as sanções previstas quando do inadimplemento total e/ou parcial do contrato, incluindo a cobrança da multa e juros previsto no referido contrato, em caso de mora no pagamento do valor da cessão; e k) ainda, havendo violação de cláusulas contratuais, isto é, não cumprimento de obrigação pela contratada, a UG, de acordo com o caso concreto e com o previsto em contrato, deve aplicar as sanções previstas, inclusive promovendo a competente rescisão contratual, respeitando-se o contraditório e ampla-defesa. Nota: (*) O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho CLT. Este Cadastro Geral serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais. É utilizado, ainda, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. 17. Notificação de Cessionários - Sanções Administrativas - Aplicação No caso de atraso no pagamento de valores devidos, bem como outras infrações, a UG deve notificar o cessionário e, após a defesa do mesmo, aplicar as sanções e penalidades previstas em contrato (multa, juros etc). Eventual não pagamento de multa e juros deverá ser DEVIDAMENTE justificada no RPCM. 18. Remessa de Termo de Contrato para a ICFEx - Desobrigação Em resposta a consulta formulada por esta ICFEx (Of nº 05 - SATT, de 06 Mar 08), a SEF, por intermédio do Of nº A/2, de 18 Mar 08, ratificou que os contratos de exploração de receita devem ser arquivados na Seção de Conformidade dos Registros de Gestão, ficando à disposição dos controles externo e interno e NÃO devem ser remetidos à ICFEx. Importante: cabe salientar a obrigatoriedade de cadastrar esses contratos no SIGA. 19. Parecer Jurídico A minuta do termo de contrato deve ser analisado nos mesmos moldes de um contrato de despesa pela CJU/AGU Parecer Jurídico nos Termos de Contratos oriundos de Dispensa de Licitação amparados nos incisos I e II do Art 24 da Lei 8.666/93 e/ou Processos de Inexigibilidade de valor igual ou inferior aos mesmos limites Acerca do assunto, a AGU se manifestou da seguinte forma: ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014 SOMENTE É OBRIGATÓRIA A MANIFESTAÇÃO JURÍDICA NAS CONTRATAÇÕES DE PEQUENO VALOR COM FUNDAMENTO NO ART. 24, I OU II, DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUANDO HOUVER MINUTA DE CONTRATO NÃO PADRONIZADA OU HAJA, O ADMINISTRADOR, SUSCITADO DÚVIDA JURÍDICA SOBRE TAL

175 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 175 CONTRATAÇÃO. APLICA-SE O MESMO ENTENDIMENTO ÀS CONTRATAÇÕES FUNDADAS NO ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, DESDE QUE SEUS VALORES SUBSUMAM-SE AOS LIMITES PREVISTOS NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE CONTRATOS COM OCS/PSA 20. Considerações gerais Contratação permeada de peculiaridades em razão do objeto singular (serviços médicos). Em que pesem as exceções, inafastável a obediência aos princípios que norteiam qualquer contratação (legalidade, eficiência, transparência, publicidade, razoabilidade, proporcionalidade etc). O B Info 04/2008, publicou o Of no 22-SATT - CIRCULAR - 5ª ICFEx, de 28 ABR 08, com diversas informações/orientações sobre o assunto. Naquele documento foi alertado sobre o montante dos valores empenhados nessa atividade. Assim, imperioso é o rigor no controle destes gastos. Pela importância da matéria, julga-se por bem, republicar o citado documento, o qual se encontra no Capítulo XIX. Sobre liquidação de despesa com PSA, consultar a Msg ª ICFEx, de 02 AGO 11. O B Info 11/2008, publicou a resposta da SEF à consulta formulada pela 7ª ICFEx, sobre a realização de Processo de Inexigibilidade. Tal assunto mostrou-se de tamanha relevância que foi motivo da inserção do Capítulo XIX nesta edição da presente Nota Informativa Especial, que trata especificamente das peculiaridades do FUSEx e das despesas com OCS/PSA. BOAS PRÁTICAS EM CONTRATOS 21. Acordo de Nível de Serviço (ANS) O Acordo de Nível de Serviço (ANS) é uma ferramenta que permite ao gestor mensurar a qualidade do serviço executado pelo contratado. Sua utilização deve ser adotada, pois permite que a Administração melhore a qualidade dos serviços prestados, possibilitando, inclusive, o pagamento parcial do serviço caso tenha sido executado com pouca ou má qualidade. Para poder utilizar o ANS, deve haver previsão em edital, conforme se extrai da IN 02MPOG/2008: Art. 11. A contratação de serviços continuados deverá adotar unidade de medida que permita a mensuração dos resultados para o pagamento da contratada, e que elimine a possibilidade de remunerar as empresas com base na quantidade de horas de serviço ou por postos de trabalho. 3º Os critérios de aferição de resultados deverão ser preferencialmente dispostos na forma de Acordos de Nível de Serviços (...) 4º Para a adoção do Acordo de Nível de Serviço é preciso que exista critério objetivo de mensuração de resultados, preferencialmente pela utilização de ferramenta informatizada, que possibilite à Administração verificar se os resultados

176 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 176 contratados foram realizados nas quantidades e qualidades exigidas, e adequar o pagamento aos resultados efetivamente obtidos. [...] Art. 15 O Projeto Básico ou Termo de Referência deverá conter: [...] XVII - o Acordo de Níveis de Serviços, sempre que possível, conforme modelo previsto no anexo II, deverá conter: a) os procedimentos de fiscalização e de gestão da qualidade do serviço, especificando-se os indicadores e instrumentos de medição que serão adotados pelo órgão ou entidade contratante; b) os registros, controles e informações que deverão ser prestados pela contratada; e c) as respectivas adequações de pagamento pelo não atendimento das metas estabelecidas. Para deixar mais claro, apresenta-se a seguir o modelo de ANS que consta da IN 02MPOG/2008. Cabe destaque para os indicadores que permitem faixas de ajuste de pagamento em função de um desempenho inferior ao previsto no edital e, também, os critérios para aplicação de multas: Fonte: Anexo II, da IN 02-MPOG/2008 Assim, considera-se plenamente recomendável a adoção da ANS nas UG, mesmo que de forma experimental, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas empresas. Por fim, caso alguma UG resolva utilizar o ANS em alguma contratação, informar a esta Inspetoria o resultado obtido, a fim de que a boa prática possa ser difundida.

177 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 177 XIV- ASPECTOS CONTÁBEIS-FINANCEIROS 1. Contas Contábeis Visando manter a consistência das informações contábeis, orienta-se a proceder, de forma tempestiva, à análise e a regularização das contas da UG, a fim de se evitar registro de ocorrências (antiga restrição ) na Conformidade Contábil, registrada pela ICFEx. 2. Análises e verificações diárias no SIAFI 2.1. ">CONCONTIR", com o seguinte preenchimento: - Unidade Gestora: 160XXX/167XXX; e - Mês para consulta: XXX. "PF9". O prazo de permanência de saldo nas contas contábeis pode ser consultado por meio da tecla Analisar as equações descritas, identificando e regularizando as impropriedades, de acordo com os manuais SIAFI Manual de Análise dos Demonstrativos e Auditores Contábeis e Manual de Regularizações Contábeis, disponíveis em ">CONINCONS", com o seguinte preenchimento: - Unidade Gestora: 160XXX/167XXX, - Mês para consulta: XXX - Não poderá haver inconsistências. 3. Inconsistências que geram ocorrência contábil A GEANC/CCONT/STN91 informa quais as inconsistências que são cobradas para o registro da Conformidade Contábil do Balanço Geral da União (BGU). Assim, em consonância com os órgãos da contabilidade, as inconsistências que são consideradas para a Conformidade Contábil de UG, registrada por esta Setorial, e que devem ser monitoradas sistematicamente, são as seguintes: 3.1. Conta "OUTROS" Verificado pela transação ">CONINCONS", do SIAFI. O limite pode ser verificado por meio da transação "CONPARINC". As ocorrências mais comuns desta inconsistências são as seguintes: - saldo na conta Outros Consignatários; e - liquidação de despesas no subitem "99" Saldo invertido em contas do balancete Com exceção das contas Pagamentos Efetuados e Disponibilidades Financeiras, para verificar saldo invertido, acessar a transação "BALANCETE" e preencher os campos conforme abaixo: - UNIDADE GESTORA: 160XXX ou 167XXX; - GESTAO: Conforme Msg e , de 8 maio e 12 maio 12, respectivamente, ambas da GEANC/CCONT/STN.

178 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl TOTAIS POR CLASSE: N - MES: (informar mês a ser analisado) - CONTA CONTABIL: NIVEL DE DESDOBRAMENTO: 7 - ESCRITURACAO: S - CONTA CORRENTE: (não preencher) - AMPLITUDE: 4 - DEMONSTRACAO: ( 2 ) 1.POR CONTA CONTABIL 2. POR CONTA CORRENTE ( 1 ) 1.ATE O MES 2. NO MES ( 2 ) 1.SALDO E MOVIMENTO 2. SOMENTE SALDOS - MOSTRAR SALDOS ( 2 ) 1.DIFERENTE DE ZERO 2. SOMENTE OS INVERTIDOS 3.TODOS Obs.: teclando "enter" aparecerão todas as contas com saldos invertidos As equações da transação ">CONCONTIR" que apresentarem código na coluna "REST" O registro da conformidade contábil será, obrigatoriamente, com ocorrência, do tipo ressalva. As demais equações, que não apresentam código na coluna "REST", deverão ser analisadas conforme o prazo de permanência de saldo na conta Depreciação de bens móveis Serão considerados: - os valores mensais registrados no SIAFI, compatíveis com o Relatório Sintético de Depreciação; - a evolução da depreciação ao longo do exercício, isto é, os valores devem ser constantes, exceto se houver inclusão de material em carga no mês anterior ou baixa/transferência de bens no mês corrente; - a correta contabilização da baixa da depreciação; e - a compatibilização entre os valores da coluna Depr. Acum., do Relatório Sintético de Depreciação de Bens e o saldo da respectiva conta-corrente da conta contábil Depreciações, amortizações e exaustões do SIAFI Regularização da conta corrente "99", da conta contábil XX Bens Móveis em Almoxarifado ICFEx. Proceder conforme orientado pela Msg (Msg nº 040-S Cont), de 12 JAN 12, desta 3.6. Unificação patrimonial Proceder conforme orientado pela Msg SIAFI 462-S Cont/5ª ICFEx, de 29 ABR 13 (Comunica 2013/ e 2013/ ), disponível no site desta Inspetoria. A unificação patrimonial deve ser realizada até o último dia do mês. Aconselha-se que se faça concomitante com a liquidação.

179 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Pagamento de despesa cujo beneficiário da Ordem Bancária seja diferente do favorecido da Nota de Empenho Sobre o assunto, o item , do Manual do SIAFI ROTINA PARA EMISSÃO DE NOTA DE EMPENHO apresenta o seguinte texto: O SIAFI permite fazer o pagamento para credor da OB diferente do credor favorecido da NE. No momento da confirmação do documento de liquidação é apresentada a mensagem de alerta para o gestor continuar ou não com a geração do documento. Portanto, existindo saldo nas contas contábeis envolvidas nos roteiros dos eventos indicados na situação de liquidação o documento será gerado. O sistema não pode obrigar que os credores da NE e OB seja os mesmos devido a várias rotinas da Administração Pública, que por suas peculiaridades precisam deste tipo de tratamento. O documento de liquidação emitido fica com uma indicação em relação à divergência do credor. Isso pode ser identificado no relatório de conformidade de registro de gestão. Por se tratar de ato discricionário, o gestor deve justificar o porquê do credor na nota de empenho ser diferente da ordem bancária. Quando houver pagamento de despesa com OB diferente do favorecido do empenho, o motivo deve ser detalhado no campo OBSERVAÇÃO da OB. Caso não haja justificativa, as contas da UG estão sujeitas ao registro da conformidade contábil com ocorrência Inconsistência/divergência dos dados lançados no SISCUSTOS, bem como ausência de informação mensal no Relatório de Análise de OM 3.9. Realização de empenho em elementos de despesas extintos A relação consta na Msg , de 06 JAN 12, da Coordenação de Contabilidade (CCONT) órgão da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda Ausência de Conformidade dos Registro de Gestão ou registro "com restrição" Demais equações da CONCONTIR, que também deverão ser objeto de análise e regularização, observando os prazos fixados para cada equação Demais desequilíbrios, não se limitando apenas aos mencionados acima SIAFI Compatibilização entre o RMA e RMB do SISCOFIS com as respectivas contas do As UG que porventura não atenderem às solicitações e orientações da ICFEx, D Cont ou CCONT estarão sujeitas as seguintes restrições contábeis: - Restrição 316: - Título: Falta/Atraso Cumprimento de Diligências;

180 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Grupo: 199 Alerta Outros; e - Descrição: pendência indica a existência de pendências apontadas em relatórios de auditoria e do TCU, ainda não atendidas, bem como pendências de respostas à diligências da Setorial de Contabilidade. - Restrição 318: - Título: Não Atend. Orientação Órgão Cont Set/Central - Grupo: 199 Alerta Outros; e - Descrição: pendência as restrições registradas neste código referem-se ao não atendimento de mensagens enviadas pela CCONT/STN, pela setorial/seccional de contabilidade, as quais constavam orientações/procedimentos específicos p/regularização, bem como ao não atendimento de ofícios, documentos e solicitações similares. 4. Regularização das contas contábeis Procedimentos de regularização, incluindo eventos e prazo, a fim de evitar restrições na conformidade contábil da UG e do BGU podem ser verificados nas MACROFUNÇÕES contidas no Manual SIAFI, disponível no site " Destacam-se os seguintes tópicos: Macrofunção Conformidade Contábil; Macrofunção Manual de Regularizações Contábeis; Macrofunção Manual de Análise dos Demonstrativos e Auditores Contábeis; e Macrofunção Conformidade de Registro de Gestão. 5. Procedimentos Contábeis para o fechamento do mês: Com a finalidade de orientar as UG vinculadas a esta Inspetoria, foram elaboradas as seguintes recomendações quanto às análises contábeis a serem realizadas pelas UG, em especial para o encerramento contábil do mês: SIAFI; a. consultar o calendário de fechamento do mês, por meio da transação >CONFECMES, do b. analisar as contas contábeis e providenciar as regularizações no máximo até o último dia útil do mês. Embora os procedimentos no final do mês sejam rotineiros, verifica-se que algumas UG não vêm atentando para as regularizações pertinentes, mesmo sendo mensalmente alertadas por meio de mensagem circular, principalmente nos seguintes aspectos: 1) falta de unificação patrimonial; 2) não regularização da conta contábil Outros Consignatários; 3) contabilização da conta contábil Recursos da GRU sem a devida emissão da GRU no mesmo mês; a regra geral é proceder à regularização do registro dentro do mês; os documentos lançados no mês subsequente, mas registrados a partir do dia 25 do mês aberto, poderão ser regularizados dentro do próximo mês; esta regra só não vale para o mês de dezembro; 4) não regularização da conta contábil OB Canceladas; 5) falta de contabilização da depreciação no SIAFI;

181 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 181 6) emissão da "NL" de depreciação no mês subsequente ao da referência, com data de emissão e de valorização diferente do último dia útil do mês de referência; 7) não contabilização da baixa de depreciação; e 8) não preenchimento do Relatório de Análise de OM (RAOM), do SISCUSTOS. Com a finalidade de contribuir para uma melhor gestão administrativa/contábil das UG vinculadas, evitando com isso inconsistências contábeis nos demostrativos financeiros da UG, o que ocasiona registro da conformidade contábil "com ocorrência" (restrição contábil nas contas da UG), sugere-se que as UG observem o seguinte: 1) o Encarregado do Setor Financeiro deve providenciar para que, quando for executado o registro contábil da liquidação, seja realizado concomitantemente o registro contábil da unificação patrimonial, estando atento para que as unificações referentes ao mês sejam contabilizadas com a data do ultimo dia útil do mês; 2) o Encarregado do Setor de Pessoal deve enviar imediatamente para o Setor Financeiro da UG o relatório PPP 760X (descontos em favor da UA), assim que o CPEx disponibilizar o referido relatório, atentando para que este envio ocorra antes do último dia útil do mês; 3) o Encarregado do Setor Financeiro, de posse do relatório acima citado, deve imediatamente realizar a regularização da conta contábil Outros Consignatários, atentando para que esta regularização seja contabilizada com a data do último dia útil do mês; 4) caso o relatório PPP 760X não seja enviado ao setor financeiro até o último dia útil, deverá ser providenciada a transferência do saldo da conta contábil Outros Consignatários, com data de contabilização até o último dia útil do mês, para conta contábil Depósitos de Terceiros; 5) caso ocorra o acima citado, deverão ser apurados os motivos de não ter sido enviado o relatório PPP 760X ao setor financeiro, antes do último dia útil do mês; 6) diariamente o Encarregado do Setor Financeiro deverá consultar a conta contábil Recursos da GRU. Caso tenha saldo, emitir imediatamente a GRU para a devida regularização do saldo da conta em questão, lembrando que essa conta contábil não pode ter saldo no final do mês, bem como não é possível emitir GRU com data retroativa; 7) diariamente o Encarregado do Setor Financeiro deverá consultar a conta contábil OB Canceladas. Caso tenha saldo, regularizar imediatamente, lembrando que essa conta contábil também não pode ter saldo no final do mês; 8) o Fiscal Administrativo deve providenciar para que seja gerado no SISCOFIS o relatório sintético de depreciação (RSD), no último dia útil do mês. Baseado neste relatório, realizar o registro contábil da depreciação daquele mês, assim como as baixas de depreciação que constarem do RSD, com data de contabilização do último dia útil do mês; 9) o Fiscal Administrativo, que é o gerente do SISCUSTOS da OM, deve providenciar que os dados desse Sistema sejam atualizados mensalmente; e 10) o Fiscal Administrativo deve consultar o RAOM entre os dia 15 e 18 de cada mês e providenciar para que sejam regularizadas todas as considerações feitas no campo "Observações feitas pela ICFEx", informando os procedimentos adotados no campo "Providências Tomadas pela OM", até o dia 28 de cada mês. Caso não haja alteração, preencher este campo com a expressão "Sem alteração".

182 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 182 Por fim, relembra-se mais uma vez que o não cumprimento das orientações gera, para a UG, registro da conformidade contábil "com ocorrência", código "318-Não Atend. Orientação Órgão Cont Set/Central". 6. Pagamentos a Empresas com Situação Fiscal Irregular Consultar o Of n SATT, de 29 Set 08, em particular os itens 29 e 30 do citado documento, que foi publicado no Anexo B do B Info 10/2008. Cabe também observar o previsto na IN nº 04-MPOG, de 15 OUT Receitas Creditadas na Fonte 33 As receitas oriundas da Fonte 33 (ressarcimento de despesas) das UG devem ser transferidas, imediatamente e em sua totalidade (100%), para a UG , por meio de PF, situação TRF005. Exemplos de receita da fonte 33: indenização de telefonemas particulares. 8. Receitas Provenientes de PNR Todas as receitas provenientes de PNR, subtraídos os percentuais a serem repassados as associações condominiais, deverão ser recolhidas ao Fundo do Exército, ou seja, os recursos financeiros da fonte de recursos só poderão ser empregados para pagamento de empenhos liquidados e devolução indenizatória com financeiros recebidos como sub-repasses concedidos pelo Fundo do Exército. Os procedimentos acima aplicam-se para todas as receitas arrecadadas e que, também, os subrepasses recebidos e não empregados, no período de cinco dias, deverão ser devolvidos ao Fundo do Exército, por meio de PF devolução, situação TRF Detalhamento de Crédito A UG deve solicitar ao Fundo do Exército (UG ), por meio de Msg SIAFI, qualquer transposição e/ou modificação de NC recebida, sendo incumbência da ICFEx conferir as ND emitidas pelas UG e diligenciar, se for o caso. 10. Transparência de Lançamentos Contábeis A Contabilidade é a ciência que tem como objetivo observar, registrar e informar os fatos econômico-financeiros acontecidos dentro de um patrimônio pertencente a uma entidade; mediante a aplicação do seu conjunto de princípios, normas, técnicas e procedimentos próprios. O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades, que está em constante alteração. A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio das entidades apurando o resultado, além de fornecer informações aos diversos usuários. No caso específico da administração pública, fornecer informações aos gestores, aos órgãos de controle interno e externo e, principalmente, à sociedade.

183 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 183 Diante dessas considerações, corroboradas pelos princípios92 da contabilidade, conjugado com os princípios da administração pública já referenciados em capítulos anteriores, em especial, aos da transparência e publicidade, verifica-se que os lançamentos contábeis devem ser claros, concisos e precisos, a fim de retratar a realidade dos fatos e permitir o entendimento das operações/demonstrações realizadas, conforme pode ser observado a seguir: Ementa: determinação à ( ) para que preencha os campos previstos dos documentos do SIAFI com descrição completa dos fatos originários da despesa (contrato, objeto, licitação), utilizando-se, quando necessário, do campo observações, em obediência ao princípio da transparência e a fim de aprimorar os controles internos da Unidade (item 9.7.3, TC /2005-5, Acórdão 6.286/2010-1ª Câmara - DOU de , S 1, p. 137.) O documento a seguir confirma essa necessidade das informações públicas contábeis, fiscaise e orçamentárias-financeiras serem confiáveis, retratarem a realidade dos fatos tempestivamente e, principalmente, serem objetivas e esclarecedoras dos atos e fatos administrativos: (Transcrição da Msg SEF, de 01 JUN 10) DO: SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS AOS: SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS REF: A. MSG SIAFI 2010/ SFC/CGU, DE 20 DE MAIO DE 2010; B. PORTARIA Nº 009-SEF, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1999 (APROVA AS NORMAS PARA A PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS RECURSOS UTILIZADOS PELAS UNIDADES GESTORAS DO EXÉRCITO BRASILEIRO); C. MANUAL DO USUÁRIO/SIASG, EMPENHO - MINUTA DE EMPENHO, MANUAL SISME; D. MACROFUNÇÃO ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, DO MANUAL SIAFI, ITEM ESTÁGIOS DA EXECUÇÃO DA DESPESA; E. MACROFUNÇÃO PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO FINANCEIRA, DO MANUAL SIAFI, ITENS ORDENS BANCÁRIAS E 3.4 CANCELAMENTO DE ORDEM BANCÁRIA; F. MACROFUNÇÃO CONTAS A PAGAR E A RECEBER - CPR, DO MANUAL SIAFI; E G. PORTARIA Nº 017-SEF, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 (APROVA AS NORMAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DAS RECEITAS GERADAS PELAS UNIDADES GESTORAS), ALTERADA PELA PORTARIA Nº 022-SEF, DE 07 DE NOVEMBRO DE INFORMO AOS ORDENADORES DE DESPESAS QUE COM A FINALIDADE DE ASSEGURAR A TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL DOS ENTES DA FEDERAÇÃO, FOI PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, DE 27 DE MAIO DE 2010, EDIÇÃO EXTRA, O DECRETO Nº 7.185, DE 27 DE MAIO DE 2010, QUE DISPÕE SOBRE O PADRÃO MÍNIMO DE QUALIDADE DO SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE, NO ÂMBITO DE CADA ENTE DA FEDERAÇÃO, NOS TERMOS DO ARTIGO 48, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO III, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE 2000, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS." 2. COM FULCRO NAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO CITADO DECRETO -QUE ENTROU EM VIGOR NA DATA DA SUA PUBLICAÇÃO - ESTA SECRETARIA RESOLVEU DESTACAR O QUE SE SEGUE. 92 São princípios da contabilidade: ENTIDADE; CONTINUIDADE; OPORTUNIDADE; REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; COMPETÊNCIA e PRUDÊNCIA, conforme Resolução CFC 1.282/2010.

184 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 184 A. O SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE UTILIZADO NO ÂMBITO DE CADA ENTE DA FEDERAÇÃO, DORAVANTE DENOMINADO "SISTEMA", DEVERÁ PERMITIR A LIBERAÇÃO EM TEMPO REAL DAS INFORMAÇÕES PORMENORIZADAS SOBRE A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DAS UNIDADES GESTORAS, REFERENTES À RECEITA E À DESPESA, BEM COMO O REGISTRO CONTÁBIL TEMPESTIVO DOS ATOS E FATOS QUE AFETAM OU POSSAM AFETAR O PATRIMÔNIO DA ENTIDADE. B. INTEGRARÃO O "SISTEMA" TODAS AS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AS AUTARQUIAS, AS FUNDAÇÕES, OS FUNDOS E AS EMPRESAS ESTATAIS DEPENDENTES, SEM PREJUÍZO DA AUTONOMIA DO ORDENADOR DE DESPESA PARA A GESTÃO DOS CRÉDITOS E RECURSOS AUTORIZADOS NA FORMA DA LEGISLAÇÃO VIGENTE E EM CONFORMIDADE COM OS LIMITES DE EMPENHO E O CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO ESTABELECIDO. C. FICA ENTENDIDO COMO "LIBERAÇÃO EM TEMPO REAL", A DISPONIBILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES, EM MEIO ELETRÔNICO QUE POSSIBILITE AMPLO ACESSO PÚBLICO, ATÉ O PRIMEIRO DIA ÚTIL SUBSEQUENTE À DATA DO REGISTRO CONTÁBIL NO RESPECTIVO "SISTEMA", SEM PREJUÍZO DO DESEMPENHO E DA PRESERVAÇÃO DAS ROTINAS DE SEGURANÇA OPERACIONAL NECESSÁRIOS AO SEU PLENO FUNCIONAMENTO. D. SEM PREJUÍZO DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS CONSTITUCIONALMENTE ESTABELECIDOS, O "SISTEMA" DEVERÁ GERAR, PARA DISPONIBILIZAÇÃO EM MEIO ELETRÔNICO QUE POSSIBILITE AMPLO ACESSO PÚBLICO, PELO MENOS, AS SEGUINTES INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS ATOS PRATICADOS PELAS UNIDADES GESTORAS NO DECORRER DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA: 1) QUANTO À DESPESA: (A) O VALOR DO EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO; (B) O NÚMERO DO CORRESPONDENTE PROCESSO DA EXECUÇÃO, QUANDO FOR O CASO; (C) A CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, ESPECIFICANDO A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA, FUNÇÃO, SUBFUNÇÃO, NATUREZA DA DESPESA E A FONTE DOS RECURSOS QUE FINANCIARAM O GASTO; (D) A PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA BENEFICIÁRIA DO PAGAMENTO, INCLUSIVE NOS DESEMBOLSOS DE OPERAÇÕES INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, EXCETO NO CASO DE FOLHA DE PAGAMENTO DE PESSOAL E DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS; (E) O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO REALIZADO, BEM COMO À SUA DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE, QUANDO FOR O CASO, COM O NÚMERO DO CORRESPONDENTE PROCESSO; E (F) O BEM FORNECIDO OU SERVIÇO PRESTADO, QUANDO FOR O CASO. 2) QUANTO À RECEITA, OS VALORES DE TODAS AS RECEITAS DA UNIDADE GESTORA, COMPREENDENDO NO MÍNIMO SUA NATUREZA, RELATIVAS À: (A) PREVISÃO; (B) LANÇAMENTO, QUANDO FOR O CASO; E (C) ARRECADAÇÃO, INCLUSIVE REFERENTE A RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. E. NO PRAZO DE CENTO E OITENTA DIAS A CONTAR DE 27 DE MAIO DE 2010, OUVIDAS REPRESENTAÇÕES DOS ENTES DA FEDERAÇÃO, ATO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA ESTABELECERÁ REQUISITOS TECNOLÓGICOS ADICIONAIS, INCLUSIVE RELATIVOS À SEGURANÇA DO "SISTEMA", E REQUISITOS CONTÁBEIS, CONSIDERANDO OS PRAZOS DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP), APROVADOS PELA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL.

185 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl DIANTE DO EXPOSTO ACIMA, ESTA SECRETARIA - NO CUMPRIMENTO DAS SUAS ATRIBUIÇÕES REGIMENTAIS - RECOMENDA AOS ORDENADORES DE DESPESAS E AOS DEMAIS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADES GESTORAS, O FIEL CUMPRIMENTO DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS EM VIGOR, BEM COMO A FIEL OBSERVÂNCIA DAS ORIENTAÇÕES CONTIDAS NOS DOCUMENTOS DA REFERÊNCIA; E JULGA IMPRESCINDÍVEL DESTACAR O QUE SE SEGUE. A. QUANTO AO PREENCHIMENTO DA NOTA DE EMPENHO - NE: 1) O CAMPO "FAVORECIDO" TEM DE SER O VENCEDOR DO PROCESSO LICITATÓRIO REALIZADO; 2) O CAMPO "OBSERVAÇÃO" DEVERÁ CONTER TODAS AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUE HAJA A CONFERÊNCIA DA CORRETA CONTABILIZAÇÃO, OU SEJA: (A) Nº E DATA DA NC E ÓRGÃO GESTOR EMITENTE; (B) Nº DO PROCESSO LICITATÓRIO REALIZADO; (C) CONCESSÃO DE DIÁRIAS: BOLETIM INTERNO E DATA DA PUBLICAÇÃO, PERÍODO, Nº DE DIÁRIAS CONCEDIDAS, VALOR CONSIDERADO, TRECHO DA VIAGEM E ADICIONAL DE EMBARQUE E DESEMBARQUE, QUANDO HOUVER; (D) SUPRIMENTO DE FUNDOS: AUTORIZAÇÃO/PROPOSTA DE CONCESSÃO, FINALIDADE, DATA DE CONCESSÃO, PERÍODO DE APLICAÇÃO E DATA LIMITE PARA COMPROVAÇÃO; (E) CONTRATAÇÕES DIVERSAS: Nº DO CONTRATO E DOS SEUS TERMOS ADITIVOS, NÚMERO DO CONVÊNIO E SEUS TERMOS ADITIVOS; E (F) DESCRIÇÃO SUCINTA DO MATERIAL/SERVIÇO /OBRA (A DESCRIÇÃO DETALHADA DEVERÁ SER FEITA NOS CAMPOS ESPECÍFICOS, CONFORME ITEM 3) A SEGUIR. 3) NO CAMPO "DESCRIÇÃO" AS UG DEVEM CARACTERIZAR ADEQUADAMENTE/DETALHADAMENTE O BEM E/OU O SERVIÇO QUE ESTÁ SENDO ADQUIRIDO, DE FORMA CLARA E COMPLETA, INDICANDO OS ITENS SEQUENCIALMENTE, O SUBITEM DA DESPESA, QUANTIDADE, VALOR UNITÁRIO, VALOR TOTAL, OBJETO, MARCA; EVITANDO DESCRIÇÕES GENÉRICAS COMO: COMPRA DE MATERIAL DE CONSUMO, ASSINATURA DE PERIÓDICOS POR UM ANO, ETC; E 4) NOS DADOS RELATIVOS AO CAMPO "CRONOGRAMA" É IMPORTANTE QUE A UG INDIQUE A DATA PROVÁVEL DO PAGAMENTO OU DISCRIMINE, MENSALMENTE, QUANDO FOR O CASO, AS PARCELAS A SEREM PAGAS, INDICANDO-SE PARA CADA CASO AS DATAS DOS PROVÁVEIS PAGAMENTOS. EVENTUAIS DIVERGÊNCIAS NÃO SIGNIFICAM NECESSARIAMENTE INCORREÇÕES, UMA VEZ QUE ESTAS INFORMAÇÕES DESTINAM-SE A ALIMENTAR O FLUXO DE CAIXA DA UG, QUE É UMA FERRAMENTA DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA (CONFLUXO). É IMPORTANTE INDICAR TAMBÉM NO CRONOGRAMA AS PARCELAS QUE SERÃO PAGAS NO "EXERCÍCIO SEGUINTE" MEDIANTE RESTOS A PAGAR. B. QUANTO AO PREENCHIMENTO DE NOTA DE LANÇAMENTO (NL) E DE NOTA DE LANÇAMENTO DE SISTEMA (NS): 1) O SISTEMA PERMITE O REGISTRO DA NL E DA NS COM DATA DE CONTABILIZAÇÃO DIVERSA DO DIA DO LANÇAMENTO; NO ENTANTO, A DATA DE EMISSÃO DEVE SER COMPATÍVEL COM A EFETIVA OCORRÊNCIA DOS FATOS QUE GERARAM SUA EMISSÃO. EIS ALGUNS CASOS ESPECIAIS: (A) DOCUMENTO DE LIQUIDAÇÃO DA DESPESA DEVE TER DATA POSTERIOR OU IGUAL A EMISSÃO DA FATURA/NOTA FISCAL;

186 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 186 (B) DOCUMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE BENS DEVE TER DATA DE EMISSÃO COMPATÍVEL COM A EFETIVA TRANSFERÊNCIA DOS BENS OU O RECEBIMENTO; (C) RECLASSIFICAÇÃO/BAIXA DE RESPONSABILIDADE DE SUPRIMENTO DE FUNDOS DEVE TER DATA DE EMISSÃO COMPATÍVEL COM O PERÍODO DE COMPROVAÇÃO; O PRAZO DE COMPROVAÇÃO DO SUPRIMENTO DE FUNDOS QUE DEVE SER CUMPRIDO PELO SUPRIDO, NÃO SE CONFUNDE COM O PRAZO A SER DADO AO RESPONSÁVEL PELO LANÇAMENTO NO SIAFI; (D) NOS CASOS DE CONCESSÕES DE DIÁRIAS, SUPRIMENTO DE FUNDOS, E REGISTRO DE CONTRATOS, O CAMPO "OBSERVAÇÃO" DEVERÁ CONTER AS INFORMAÇÕES DESCRITAS NAS LETRAS "C", "D" E "E" DO ITEM 3.A. 2) ACIMA; (E) NOS CASOS DE LIQUIDAÇÃO DE DESPESAS PARA PAGAMENTOS DIVERSOS DEVERÁ CONSTAR DO CAMPO "OBSERVAÇÃO": Nº DA NF/RECIBO/FATURA, MÊS DE COMPETÊNCIA, SÍNTESE DO PRODUTO/SERVIÇO, REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO DE TRIBUTOS (FUNDAMENTOS), REGULARIDADE SOCIAL, REGULARIDADE FISCAL MUNICIPAL/ESTADUAL/FEDERAL, OPÇÃO PELO SIMPLES; (F) O CAMPO "CLASSIFICAÇÃO 1" DEVERÁ SER PREENCHIDO COM AS CONTAS DE CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA, EM NÍVEL DE ESCRITURAÇÃO, ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE CONTABILIZAÇÃO. PARA MAIORES DETALHES SOBRE A EXATIDÃO DAS CONTAS DE CLASSIFICAÇÃO, DEVERÁ SER UTILIZADA A TRANSAÇÃO ">CONCONTA" DO SIAFI; E (G) AS NS GERADAS POR OCASIÃO DA LIQUIDAÇÃO DA DESPESA, CUJO PAGAMENTO SE DÁ POR BOLETO BANCÁRIO, COM CÓDIGO DE BARRAS, EFETIVADOS POR ORDEM BANCÁRIA DE FATURA - OBD, NECESSARIAMENTE SAIRÃO EM NOME DO BANCO DO BRASIL, ENTIDADE RESPONSÁVEL PARA EMISSÃO DO BOLETO E PELA TRANSFERÊNCIA DO RECURSO AO CREDOR. C. QUANTO AO PREENCHIMENTO DA ORDEM BANCÁRIA (OB): 1) CONSIDERANDO QUE AS UG DO COMANDO DO EXÉRCITO UTILIZAM O SUBSISTEMA "CONTAS A PAGAR E A RECEBER - CPR", NA MODALIDADE TOTAL, O PAGAMENTO OCORRERÁ PELA REALIZAÇÃO NA "CONFLUXO" (HABILITAÇÃO DO USUÁRIO) DO COMPROMISSO PENDENTE, GERADO NO MOMENTO DA INCLUSÃO DO DOCUMENTO DE ORIGEM (NOTA FISCAL/FATURA, RECIBO DE PAGAMENTO A AUTÔNOMO, FOLHA DE PAGAMENTO E OUTRAS), POR MEIO DA TRANSAÇÃO >ATUCPR; CONSEQUENTEMENTE, AS INFORMAÇÕES USADAS NA GERAÇÃO DA OB SÃO AS MESMAS UTILIZADAS NA EMISSÃO DA NOTA DE LANÇAMENTO DE SISTEMA - NS. 2) O CPR VINCULA OS DOCUMENTOS CITADOS NO ITEM 1) ANTERIOR, LOGO, UMA VEZ TENDO SIDO REALIZADA A CONFERÊNCIA DA NS, AS INFORMAÇÕES DA CONTABILIZAÇÃO DA OB TAMBÉM ESTARÃO CONFERIDAS. NESTE CASO, ESTA SECRETARIA RECOMENDA ATENÇÃO ESPECIAL QUANDO O FAVORECIDO DA OB FOR DIFERENTE DO FAVORECIDO DA NE, CONFORME ORIENTAÇÕES CONTIDAS NA MENSAGEM SIAFI 2010/ CCONT/STN, DE 24 DE MARÇO DE ESTA SECRETARIA ASSEVERA QUE AS RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES CONTIDAS NA PRESENTE MENSAGEM INTENSIFICAM O ZELO QUANTO AO CORRETO PREENCHIMENTO DOS DOCUMENTOS, ESTES, TORNADOS DISPONÍVEIS NO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, COM AMPLO ACESSO PÚBLICO. BRASÍLIA - DF, 01 DE JUNHO DE 2010 GEN DIV GERSON FORINI RESP P/SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

187 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 187 Nota: a Portaria nº 017-SEF, de 25 OUT 06 e a Portaria nº 022-SEF, de 07 NOV 08 foram revogadas pela Portaria n 011-SEF, de 28 JUL 11. É importante ressaltar que os documentos emitidos no SIAFI estão disponíveis no Portal da Transparência na internet (desde maio de 2010), explicitando todas as fases da realização da despesa (empenho, liquidação e pagamento), inclusive seus campos descritivos, que passaram a ser de domínio público, permitindo ao cidadão conhecer em detalhes como o Governo Federal executa o seu orçamento. Assim, recomenda-se a todos os operadores dos sistemas corporativos (SIAFI/SIASG etc) que intensifiquem o zelo quanto ao correto preenchimento dos documentos, principalmente nos campos descritivos (observações), para que sejam evitados erros nas informações ali descritas. Nesse sentido, recomenda-se que sejam observados os seguintes tópicos: Descrição do Bem/Serviço em NE Além do publicado no título LICITAÇÕES sobre a importância da descrição de bem/serviço, em particular, no processo licitatório, alerta-se para o publicado no B Info 09/2007, que orienta sobre a necessidade de se especificar com clareza e precisão os bens e/ou serviços contratados, não deixando as NE com descrição incompleta e/ou imprecisa do bem/serviço. Ainda, observar que, no campo observação da NE, deve constar, além das informações já registradas, a expressão documentação comprobatória de regularidade verificada nos casos de situação de não cadastramento do fornecedor no SICAF ou fornecedor com o seu cadastramento vencido. 5. Orientações BINFO 09/2007 5ª ICFEx 3ª PARTE Orientação Técnica b. Nota de Empenho Descrição do Objeto Recomendações 2. ( ) esta ICFEx tem verificado grande incidência de emissão de Notas de Empenho (NE) no SIAFI com descrição incompleta do bem/serviço contratado, não constando informações julgadas essenciais, comprometendo a transparência dos fatos administrativos registrados no citado Sistema. ( ) 4. Nessa senda, e a fim de salvaguardar a Administração de uma eventual interpelação sobre o objeto contratado, esta ICFEx considera: a. a descrição do bem/serviço constante na NE não pode ser vacilante, suscitando dúvidas, quanto ao objeto contratado; e b. a descrição de material é mais pacífica e menos suscetível a equívocos, haja vista que a descrição do mesmo é trazida do previamente do catalogado no SIASG. Entretanto, as descrições do serviço devem ser objeto de uma descrição mais cuidadosa, no sentido de não faltar informações do tipo, quantidade de unidades/itens que foram objeto do serviço; em que material/local foi prestado o serviço; etc. 5. A fim de melhor ilustrar o ora aqui narrado, vejamos os exemplos abaixo, os quais correspondem a descrições de serviços extraídas do SIAFI e com a correspondente sugestão (exemplo) de uma melhor descrição: 1) 1º Exemplo

188 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 188 Descrição do SIAFI: Serviço de manutenção de impressoras Descrição Sugestionada: Sv de Mnt de duas impressoras à jato de tinta, marca HP, modelo 820 Cxi, consistindo em revisão geral e troca do dispositivo tal... ; 2) 2º Exemplo Descrição do SIAFI: Serviço de manutenção de veículos Descrição Sugestionada: Sv de Troca de pastilha e fluído de freio do veículo Fiat Uno Mille 1.0, ano 2000, placa XXX 9999 ; Observação: em caso da UG ter outra(s) OM sem autonomia, mas vinculada(s) administrativamente, conveniente citar em qual OM foi aplicado o serviço e/ou onde se encontra o material/instalação. Portanto, o caso acima, ficaria mais preciso se a descrição fosse Troca de pastilha e fluído de freio do veículo Fiat Uno Mille 1.0, ano 2000, placa XXX 9999, pertencente a OM/SU tal; 3) 3º Exemplo Descrição do SIAFI: Serviço de dedetização Descrição Sugestionada: Sv de Dedetização, consistindo de (definir sucintamente processo/método e material e/ou outras informações), na área do Sv Aprov da OM tal, perfazendo uma área total, aproximada, de X M2 ; 4) 4º Exemplo Descrição do SIAFI : Locação de ônibus Descrição Sugestionada: Sv de Locação de dois ônibus, tipo leito ou executivo ou convencional, capac XX lugares, no período de DD a DD de MM/AAAA, a fim de transportar Efetivo XX, entre as cidades de / ( ida/volta), cfe OSv nº xx, etc, etc, etc ; 5) 5º Exemplo Descrição do SIAFI: Serviço de lixamento e sintecagem de piso Descrição Sugestionada: Lixamento e Aplicação de Sinteco, tipo poliuretano, 2 demãos, em, aproximadamente, X M2 correspondente a sala e quartos do PNR Y, situado na rua X. 6. Os exemplos acima, são meramente ilustrativos. A UG deverá analisar a situação fática, a fim de inserir outras informações julgadas pertinentes, visando definir com precisão o objeto ( ). Para tanto, a UG poderá/deverá utilizar o campo observação constante do corpo da NE, apondo informações complementares, tais como a finalidade da aquisição. 7. Nos casos de serviços de manutenção de bens imóveis, é imperioso constar na NE, onde os serviços/materiais foram executados/aplicados, em virtude destes tipos de contratações serem objetos de frequente análise, verificação e/ou auditoria dos órgãos de controle interno e externo. 8. As NE cujas descrições do bem/serviço suscitarem dúvidas, poderão ser objeto de diligência, visando a(s) retificação(ões) da(s) mesma(s) Nota de Lançamento

189 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 189 A Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T 16.5, aprovada pela Resolução CFC n 1.132, de 21 Nov 08 trata sobre Registro Contábil e determina: 2. Para efeito desta Norma, entende-se por: Documento de suporte: qualquer documento hábil, físico ou eletrônico que comprove a transação na entidade do setor público, utilizado para sustentação ou comprovação do registro contábil. (...) 13. São elementos essenciais do registro contábil: (a) a data da ocorrência da transação; (b) a conta debitada; (c) a conta creditada; (d) o histórico da transação de forma descritiva ou por meio do uso de código de histórico padronizado, quando se tratar de escrituração eletrônica, baseado em tabela auxiliar inclusa em plano de contas; (e) o valor da transação; (f) o número de controle para identificar os registros eletrônicos que integram um mesmo lançamento contábil. 14. O registro dos bens, direitos e obrigações deve possibilitar a indicação dos elementos necessários à sua perfeita caracterização e identificação. (grifo nosso) O documento Nota de Lançamento (NL) é utilizado no SIAFI para realizar um registro contábil. O Manual SIAFI regula a utilização da NL por intermédio da MACROFUNÇÃO TRANSAÇÃO NL - NOTA DE LANÇAMENTO POR EVENTO e orienta como preencher os diversos campos daquele documento Destaca-se: TRANSAÇÃO NL - NOTA DE LANÇAMENTO POR EVENTO 1 - FINALIDADE Permitir registrar apropriações de despesas e receitas, e outras situações não vinculadas a documentos específicos. 3 - MODELO E INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO ( ) (11) OBSERVAÇÃO informar o motivo pelo qual a NL está sendo emitida; campo alfanumérico, de até 234 posições. Como se percebe, o campo Observação da NL tem que ser utilizado para colocar o histórico do registro contábil, ou seja, utilizá-lo para cumprir o previsto na NBC T anteriormente citada. Para tanto esse campo deve conter o(s) documento(s) hábil(eis) que deu(ram) suporte ao registro e todos os fatos que permitam identificar os motivos daquele registro contábil, a fim de possibilitar a transparência aos atos praticados. Exemplos: - Anulação parcial da 2012NL000252, de 2 ago 12, por a mesma ter sido emitida com o valor incorreto, de acordo com Bol Adm n 123, de 30 jul Descarga de uma mesa, ficha 0023, por ter sido considerada inservível, de acordo com o publicado no BI n 038, de 13 abr Inclusão em carga de três Barracas com característica XXXX, produzida nesta UG em xx/xx/xxxx, conforme publicado no Bol Adm n 10, de 04 ago Acerto Contábil do saldo da Conta XXXXXX, referente a XXXXX, a fim de regularizar a equação XXXX, conforme o documento XXXX

190 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 190 As recomendações/observações apontadas servem para qualquer lançamento contábil, como é o caso das liquidações de despesas de concessionárias de serviços públicos, em que se recomenda constar no campo observação das NS, as informações constantes das faturas - mês de referencia e data de emissão e vencimento Receitas Arrecadadas - Recolhimento Observar que sejam recolhidas aos cofres da União as receitas arrecadadas nas OM, em cumprimento ao art. 56 da Lei nº 4.320/ Retenção na fonte da contribuição ao INSS - Execução de Serviço Não é incomum haver questionamento das UG sobre retenção (INSS) diante de Nota Fiscal de Serviços. Assim, pertinente transcrever trecho do documento95 da SEF sobre o assunto: 2.5. APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO Em regra, a base de cálculo da retenção é o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviço emitido pela empresa contratada. Todavia, quando a empresa prestadora de serviços fornecer materiais e/ou equipamentos para a execução do serviço, esta base de cálculo poderá ser reduzida, conforme os itens a seguir: VALORES DE MATERIAIS OU DE EQUIPAMENTOS DISCRIMINADOS NO CONTRATO E EM NOTA FISCAL Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados. O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção. Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos ao material ou equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa VALORES DE MATERIAIS OU DE EQUIPAMENTOS PREVISTOS EM CONTRATO E COM DISCRIMINAÇÃO EM NOTA FISCAL Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a: a) 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços; b) 30% (trinta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os serviços de transporte passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada; 93 Conforme Msg DGO, de 15 ago Consultar Msg SEF, de 09 jul Encontra-se em anexo no B Info , Estudo Técnico Normativo nº 001, de agosto de 2009, com o título RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: UM ESTUDO SOBRE A RETENÇÃO TRIBUTÁRIA NA FONTE POR UNIDADES GESTORAS (UG)

191 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 191 c) 65% (sessenta e cinco por cento) quando se referir à limpeza hospitalar e oitenta por cento quando se referir aos demais tipos de limpezas, do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO INERENTE À EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS COM DISCRIMINAÇÃO EM NOTA FISCAL Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja a discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, e além disso, não haja discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão contratual do fornecimento de equipamento, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, para a prestação de serviços em geral, a 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. No caso da prestação de serviços na área da construção civil, a base de cálculo da retenção corresponderá aos percentuais abaixo relacionados: a) 10% (dez por cento) para pavimentação asfáltica; b) 15% (quinze por cento) para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem; c) 45% (quarenta e cinco por cento) para obras de arte (pontes ou viadutos); d) 50% (cinquenta por cento) para drenagem; e e) 35% (trinta e cinco por cento) para os demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto os manuais. Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução de mais de um dos serviços cujos valores não constem individualmente discriminados na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valor de cada serviço. O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção UTILIZAÇÃO DE MATERIAL OU EQUIPAMENTO NÃO INERENTE À EXECUÇÃO DO SERVIÇO Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou utilização de equipamento e o uso deste equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do serviço de transporte de passageiros, para o qual a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, à prevista no inciso II do art. 150 da IN MPS/SRP no 03/2005. Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratual para o fornecimento de material ou utilização de equipamento, com ou sem discriminação de valores em contrato. 13. Retenção de tributos e contribuições relativos aos pagamentos pelo fornecimento de bens, prestação de serviços e obras, nas contratações de pessoas físicas, jurídicas, e microempresas ou empresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES Nacional Consultar o B Info , onde está publicado o Estudo Técnico Normativo nº 001 Responsabilidade Tributária: um estudo sobre a retenção tributária na fonte por unidades gestoras (UG).

192 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Liquidação/Pagamento: Matriz x Filial Carta de Preposição - Conforme orientado no Você Sabia publicado no B Info , quando a NE é emitida em favor da matriz e a entrega do bem é feita pela filial, a UG deverá proceder a liquidação, mas antes de efetuar o pagamento deverá exigir da matriz uma carta de preposição, em que nomeará a filial como sua preposta na citada operação. - Cabe ressalvar que o pagamento deverá ser efetuado conforme a NE, ou seja, deverá efetuar o pagamento para a matriz, portanto, recebendo apenas o material da filial devidamente documentado (carta de preposição)96. O pagamento deverá ser feito de acordo com a NE, independente de ser matriz ou filial. 15. Imprensa Nacional Pagamento Em virtude de atrasos em pagamentos de faturas da IN e diante da falta de amparo legal da cobrança de encargos moratórios, aquela entidade buscando otimizar o seu fluxo de caixa, implantou nova sistemática de cobrança: ao invés de efetuar o bloqueio por UG/CNPJ, a sistemática adotada optou em impedir publicação a nível de Comando de área enquadrante, por se revelar, no entendimento daquela instituição, mais eficiente. Assim, conforme orientação da SEF, recomenda-se que as UG envidem esforços no sentido de quitar as faturas disponibilizadas para pagamento, no máximo dentro do mês subsequente a publicação da matéria no DOU para evitar o bloqueio de publicação de matérias da própria UG e das demais UG da área. (Consultar Msg SEF, de 19 jul 10) O crédito para custear publicações relacionadas a processos licitatórios/contratos é de responsabilidade do órgão que provisionou a OM. Exemplos: 1) a despesa com a Imprensa Nacional relativa a obra deverá ser paga pelo Programa Finalístico a que ela estiver relacionada. 2) a despesa com a publicação de um edital de licitação para a aquisição de gêneros do QS e/ou QR (Classe I) deve ser paga com os recursos da Diretoria de Abastecimento/COLOG, órgão que provisionou a OM. (Orientações aos Agentes da Administração DGO ) 16. Entesouramento de Recursos Caracteriza-se o entesouramento quando a UG excede o prazo limite estabelecido para permanência de saldo na conta LIMITE DE SAQUE COM VINCULACAO DE PAGAMENTO. Sobre o assunto, a D Cont pronunciou-se por intermédio da mensagem 2012/ , de 8 OUT 12, abaixo transcrita: DO: DIRETOR DE CONTABILIDADE AO SR ORDENADOR DE DESPESAS 1. TRATA O PRESENTE DE RECOLHIMENTO DE SALDOS NA CONTA LIMITE DE SAQUE COM VINCULAÇÃO DE PAGAMENTO. 2. ESTA DIRETORIA TEM OBSERVADO QUE ALGUMAS UG PERMANECEM COM SALDO NA CONTA LIMITE DE SAQUE SUPERIOR A 2 DIAS ÚTEIS, PRÁTICA QUE REDUZ O REPASSE DO MINISTÉRIO DA DEFESA AO COMANDO DO EXÉRCITO. 96 Esse assunto foi esclarecido pela SEF por meio da Msg SIAFI 1999/ (BINFO 03/2003-5ª ICFEx), disponível também no site da Assessoria 2-SEF (

193 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl COM O INTUITO DE PADRONIZAR OS PROCEDIMENTOS DE RECOLHIMENTO DE SALDOS, ESTA DIRETORIA ORIENTA O SEGUINTE: A) SALDO NÃO UTILIZADO NO PRAZO DE 2 DIAS ÚTEIS: - A UG DEVERÁ INFORMAR À ICFEX DE VINCULAÇÃO O NOVO PRAZO NECESSÁRIO PARA A LIQUIDAÇÃO DO PAGAMENTO DA OBRIGAÇÃO. - SE NÃO FOR UTILIZAR O RECURSO, A UG DEVERÁ SOLICITAR AUTORIZAÇÃO PARA RECOLHIMENTO DE SALDO À DCONT VIA MSG SIAFI. - A ICFEX DEVERÁ DILIGENCIAR AS UG A FIM DE VERIFICAR O CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES ACIMA. B) SALDO QUE SERÁ UTILIZADO NO PAGAMENTO DE OUTRA DESPESA NO MESMO PLANO INTERNO A SER LIQUIDADO NO PRAZO DE 3 DIAS ÚTEIS. - CASO O VALOR TOTAL A LIQUIDAR SEJA MAIOR DO QUE O SALDO EXISTENTE, A UG DEVERÁ AGUARDAR A PRÓXIMA LIBERAÇÃO DE FINANCEIRO, CONTENDO A DIFERENÇA PARA EFETUAR O PAGAMENTO. - A UG DEVERÁ INFORMAR À ICFEX A RESPEITO DAS LIQUIDAÇÕES QUE SERÃO PAGAS COM O SALDO REMANESCENTE. C) SALDO EXISTENTE NO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO: - CASO O SALDO SEJA ORIUNDO DE SUB-REPASSE DA DCONT E NÃO HAJA COMPROMISSO PENDENTES, A UG DEVERÁ SOLICITAR AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA QUE O MESMO SEJA RECOLHIDO ATÉ O ÚLTIMO DIA ÚTIL DO MÊS DE DEZEMBRO. D) SALDO NAS FONTES E , VINCULAÇÃO 987, 988 E 990, OU FONTE/VINCULAÇÃO /500 ORIUNDO DE DESPESAS NÃO OCORRIDAS (DEVOLUÇÃO DE DIÁRIAS DE SUPRIMENTO DE FUNDOS, OBRIGAÇÃO COM O FORNECEDOR, DE PAGAMENTO PESSOAL EFETUADO A MAIOR), ORDENS BANCÁRIAS CANCELADAS: - SE O SALDO FOR PROVENIENTE DA DEVOLUÇÃO DE DESPESAS RELATIVAS AOS RECURSOS DA GESTÃO DCONT, A UG DEVERÁ RECLASSIFICÁ-LO NA MESMA FONTE/ VINCULAÇÃO DA PF QUE ORIGINOU O RECURSO, ANTES DE SOLICITAR AUTORIZAÇÃO PARA RECOLHIMENTO DO MESMO. - APÓS A RECLASSIFICAÇÃO E A CONSEQUENTE AUTORIZAÇÃO PARA DEVOLUÇÃO DE SALDO, O RECOLHIMENTO DEVERÁ OCORRER NO PRAZO DE 2 DIAS ÚTEIS. - A ICFEX DEVERÁ DILIGENCIAR AS UG A FIM DE VERIFICAR O CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES ACIMA. 4. QUANTO A NECESSIDADE DE RECOLHIMENTO DE SALDOS, ADOTAR OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS: A) A UG DEVERÁ SOLICITAR AUTORIZAÇÃO, VIA MSG SIAFI, COM AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: O NR DO DOCUMENTO CONTÁBIL QUE CANCELOU A LIQUIDAÇÃO DA DESPESA, A JUSTIFICATIVA DO CANCELAMENTO (DEVOLUÇÃO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS, ANULAÇÃO DE OBRIGAÇÕES COM FORNECEDOR, DEVOLUÇÃO DE DIÁRIAS OU TRANSFÊRENCIA DE MILITAR, ETC), O VALOR A SER RECOLHIDO E, PRINCINPALMENTE, O NR DA PF DA DCONT QUE ORIGINOU O RECURSO. B) APÓS O ENVIO DA MSG, A UG DEVERÁ AGUARDAR A RESPOSTA DA DCONT PARA, SE FOR O CASO, REALIZAR A DEVOLUÇÃO. 5. OS SALDOS RECOLHIDOS PELAS UG, SEM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO, SERÃO DEVOLVIDOS POR ESTA DIRETORIA PARA QUE SEJAM EFETUADOS DE ACORDO COM AS ROTINAS CONTIDAS NESTA MSG.

194 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl EM CONSEQUÊNCIA, TORNO SEM EFEITO AS MSG SIAFI 2009/ , DE 08JUN09, E 2012/ , DE 09MAI12, AMBAS DESTA DIRETORIA. BRASÍLIA, DF 08 OUTUBRO DE GEN BDA OSCAR HENRIQUE GRAULT VIANNA DE LIMA DIRETOR DE CONTABILIDADE. 17. Depreciação de Bens A contabilização da depreciação de bens foi implantada no Comando do Exército em novembro de Os procedimentos para realizar a depreciação constam da Cartilha de Depreciação, disponível no endereço (intranet) e no site link Contabilidade. A depreciação deve ser realizada no SIAFI no último dia útil do mês, podendo ser realizada até o segundo dia útil do mês subsequente. Neste caso, deve ser informada no campo DATA EMISSÃO e VALORIZAÇÃO da NL o último dia útil do mês anterior. Embora a cartilha apresente com detalhes os passos a serem seguidos para realizar a depreciação, algumas instruções complementares se fazem necessárias para a correta contabilização: Obrigatoriedade do Registro Depreciação, Amortização e Exaustão (Transcrição Msg CCont/STN, de 17 mar 10) PREZADOS SENHORES, COM REFERENCIA A OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO DA DEPRECIACAO, AMORTIZACAO E EXAUSTAO ESCLARECEMOS O SEGUINTE; 1. A NBCASP 16.9 APROVADA PELA RESOLUCAO 1.136/2008 ESTABELECEU CRITERIOS E PROCEDIMENTOS PARA O REGISTRO CONTABIL DA DEPRECIACAO, DA AMORTIZACAO E DA EXAUSTAO. 2. O REGISTRO DESSES FATOS BUSCA O RESGATE DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL, FORNECENDO QUALIDADE, RELAVANCIA E CREDIBILIDADE A INFORMACAO CONTABIL. 3. FAVORECE A IMPLANTACAO DO SISTEMA DE CUSTOS, QUE PERMITIRA A AVALIACAO E O ACOMPANHAMENTO DA GESTAO ORCAMENTARIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL, contabilização da depreciação foi implantada no Comando do Exército em novembro de Os procedimentos para realizar a depreciação constam da Cartilha de Depreciação, disponível no endereço (intranet) e no site link Contabilidade. EM CONFORMIDADE AO ART. 50, DA LRF 101/2000. ESCLARECEMOS AINDA QUE O REGISTRO DA CONFORMIDADE CONTABIL COM RESTRICAO NAO EH UM INSTRUMENTO PUNITIVO, O QUE SE BUSCA E EVIDENCIAR SE A INFORMACAO CONTABIL ESTA OBSERVANDO PARCIAL OU INTEGRALMENTE OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E A LEGISLACAO VIGENTE. ENTENDEMOS TAMBEM QUE A FALTA DO REGISTRO DA DEPRECIACAO, AMORTIZACAO E EXAUSTAO EVIDENCIARIA A NECESSIDADE DE IMPLANTACAO DE MECANISMOS PARA A COMPLETA OPERACIONALIZACAO DO REFERIDO PROCEDIMENTO. POR FIM, RESSALTAMOS QUE SE TRATA DE UMA DEMANDA EXIGIDA PELA LEGISLACAO VIGENTE E PELAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PUBLICO, DEVENDO SEM NORMATIZADA E IMPLEMENTADA.

195 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 195 DIANTE DO EXPOSTO, COLOCANDO-NOS A DISPOSICAO PARA AUXILIAR NO QUE FOR CABIVEL. ATENCIOSAMENTE CCONT/STN Depreciação e Movimentação de Material Permanente - Procedimentos (Transcrição da Msg D Cont, de 13 jan 11) DO: DIRETOR DE CONTABILIDADE AOS: SRS CHEFES DE ICFEX REF.: MSG 2010/ , DE 23/12/2010, DA 11ª ICFEX 1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE ESCLARECIMENTOS ACERCA DE DESCARGA, TRANSFERENCIA E INCLUSAO DE MATERIAL PERMANENTE, CUJA DEPRE-CIACAO TENHA SIDO IMPLEMENTADA. 2. SOBRE O ASSUNTO ESTA DIRETORIA RECOMENDA, NO MOMENTO, OS PROCEDIMENTOS ABAIXO DESCRITOS: A) DA INCLUSAO DE MATERIAL PERMANENTE TRANSFERIDO DE OUTRA UG: - O VALOR A SER APROPRIADO NO SIAFI E REGISTRADO NO APLICATIVO SISCOFIS OM DEVERA SER O VALOR LIQUIDO CONTABIL DO RESPECTIVO PATRIMONIO. - NO QUE SE REFERE A EXECUCAO DA DEPRECIACAO DO MATERIAL TRANSFERIDO DE OUTRA UG, ESTA DIRETORIA ORIENTA, NO MOMENTO, POR LIMITACOES DO SISTEMA DE CONTROLE FISICO - SISCOFIS, QUE SE REINICIE A DEPRECIACAO DO BEM PELO SEU PERIODO DE VIDA UTIL PADRONIZADO, DESCONSIDERANDO O PERIODO DE VIDA UTIL JA DEPRECIADO NA UG DE ORIGEM. B) DA DESCARGA DE MATERIAL PERMANENTE: - NO SIAFI, PARA FINS DE CONFECCAO DA NL, DEVERA SER UTILIZADO O VALOR LIQUIDO CONTABIL, COM OS EVENTOS OU , DE ACORDO COM O CASO, E PROCEDER-SE A BAIXA DA DEPRECIACAO ACUMULADA(DIFERENCA ENTRE O VALOR DE AQUISICAO DO BEM E O SEU ATUAL VALOR LIQUIDO CONTABIL) DO RESPECTIVO PATRIMONIO,UTILIZANDO O EVENTO NO APLICATIVO SISCOFIS OM SERA REGISTRADA A BAIXA DO BEM PELO SEU VALOR DE AQUISICAO. - PARA ADEQUACAO AO PRECONIZADO NO R-3 (LETRA B, NR 1 E LETRA B, NR 2, AMBOS DO 1º, ART 88) SERA CONSIDERADO "VALOR ATUAL" O VALOR LIQUIDO CONTABIL DO MATERIAL, QUANDO ESTIVER DISCRIMINADO NO APLICATIVO SISCOFIS OM. - A FIM DE ATENDER O DESCRITO NO NR 2 DO ART. 91 DO R-3, ESPECIFICAMENTE COM RELACAO A EXPRESSAO: "VALOR DO MATERIAL A DESCARREGAR" DEVERAO SER TRANSCRITOS O VALOR DE AQUISICAO DO MATERIAL E O VALOR LIQUIDO CONTABIL. RECOMENDA-SE QUE A PARTE DE DESCARGA CONTENHA QUANDO FOR O CASO, O VALOR DE AQUISICAO DO MATERIAL, O PERIODO PREVISTO DE DEPRECIACAO, O PERIODO EFETIVAMENTE DEPRECIADO(QUANTIDADE DE MESES DEPRECIADOS NA UG) E O SEU VALOR LIQUIDO CONTABIL. C) DA TRANFERENCIA DE MATERIAL PERMANENTE A OUTRA UG:

196 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl COMO JA DESCRITO ANTERIORMENTE DEVERA SER UTILIZADO O VALOR LIQUIDO CONTABIL NA NL DE TRANSFERENCIA DO MATERIAL. - EM COMPLEMENTO AS INFORMACOES JA PREVISTAS EM OUTRAS LEGISLACOES DEVER-SE-A PUBLICAR EM BOLETIM INTERNO, E EM OUTROS DOCUMENTOS QUE SE FIZEREM PERTINENTES AO PROCESSO DE TRANSFERENCIA, QUANDO FOR O CASO: O VALOR DE AQUISICAO DO MATERIAL, O PERIODO PREVISTO DE DEPRECIACAO, O PERIODO EFETIVAMENTE DEPRECIADO (QUANTIDADE DE MESES DEPRECIADOS NA UG) E O SEU VALOR LIQUIDO CONTABIL. 3. EM FACE DO ACIMA EXPOSTO, SOLICITO A ESSA INSPETORIA QUE ORIENTE SUAS UG VINCULADAS. BRASÍLIA, DF, 13 DE JANEIRO DE 2011 GEN BDA PAULO CESAR SOUZA DE MIRANDA DIRETOR DE CONTABILIDADE" Como algumas UG permaneceram com dúvidas sobre os procedimentos a serem realizados no SIAFI, segue abaixo a transcrição da Msg 2011/ , em resposta a questionamento do 63 BI: REF: MSG NR 2011/ , DE 02 FEV 11, DESSA UG; E 1. TRATA ESTA MENSAGEM DE DEPRECIACAO E MOVIMENTACAO DE MATERIAL PERMANENTE. 2. EM ATENCAO A MENSAGEM DA REFERENCIA, INFORMO A V SA O QUE SE SEGUE: A. O VALOR LIQUIDO CONTABIL E A DIFERENCA ENTRE O VALOR DE AQUISICAO DO BEM E O VALOR DEPRECIADO; B. OS MATERIAIS SERAO TRANSFERIDOS POR OUTRA UG COM O VALOR LIQUIDO, POIS A DEPRECIACAO JA FOI REALIZADA PELA UG REMETENTE. NESSA SITUACAO, A UG DEVE REINICIAR A DEPRECIACAO DO BEM PELO SEU PERIODO DE VIDA UTIL PADRONIZADO; E C. A DESCARGA DE MATERIAL PERMANENTE DEVE SER FEITA PELO VALOR LIQUIDO, LOGO EM SEGUIDA, PROCEDER A BAIXA DA DEPRECIACAO, UTILIZANDO OS EVENTOS CONSTANTES NA MENSAGEM DESTA INSPETORIA, CITADA NA REFERENCIA. 3. PARA MELHOR ELUCIDAR O ASSUNTO, SEGUE EXEMPLO DE DESCARGA DE MATERIAL PERMANENTE, CUJA DEPRECIACAO TENHA SIDO IMPLEMENTADA: A. VALORES CONTABEIS: VALOR DE AQUISICAO DO MATERIAL: R$ 1.000,00 VALOR DEPRECIADO: (R$ 300,00) VALOR LIQUIDO CONTABIL: R$ 700,00 B. SALDO DAS CONTAS: XX.YY (CONTA QUE O BEM ESTA REGISTRADO)- R$ 1.000,00 D (DEPRECIACAO) R$ 300,00 C C. "NL" PARA CONTABILIZAR A DESCARGA DO MATERIAL, PELO VALOR LIQUIDO CONTABIL: EVENTO INSCRICAO 1 INSCRICAO 2 CLASSIF.1 CLASSIF.2 VALOR XXYY 700, WW 700,00 D. APOS A EMISSAO DA "NL" AS CONTAS APRESENTARAO OS SEGUINTES SALDOS:

197 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl XX.YY (CONTA QUE O BEM ESTA REGISTRADO) R$ 300,00 D (DEPRECIACAO) R$ 300,00 C E. ATO CONTINUO, EMITIR "NL" PARA REALIZAR A BAIXA DA DEPRECIACAO: EVENTO INSCRICAO 1 INSCRICAO 2 CLASSIF CLASSIF.2 VALOR 14212XXYY R$ 300,00 F. SALDO DAS CONTAS APOS A BAIXA DA DEPRECIACAO: XX.YY (CONTA QUE O BEM ESTA REGISTRADO) (DEPRECIACAO) R$ 0,00 R$ 0,00 OBS.: O EVENTO DA BAIXA DA DEPRECIACAO PODE SER UTILIZADO NA MESMA "NL" DA DESCARGA DO MATERIAL. NO EXEMPLO FOI APRESENTADO EM "NL" DISTINTA PARA MELHOR ENTENDIMENTO. CURITIBA, 2 DE FEVEREIRO DE RICARDO ARAUJO LOPES - TEN CEL CHEFE DA 5ª ICFEX Obs: o evento foi substituído pelo evento Depreciação e adequação de procedimentos no SISCOFIS (Transcrição da Msg 2011/ , de 8 abr11, da D Cont DO: SUBDIRETOR DE CONTABILIDADE AOS: SRS CHEFES DE ICFEX 1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE ADEQUACAO DE PROCEDIMENTOS DE DEPRECIACAO A SEREM OBSERVADOS NO APLICATIVO SISCOFIS OM. 2. FOI OBSERVADO POR ESTA DIRETORIA A EXISTENCIA DE MATERIAIS QUE, EMBORA ESTEJAM REGISTRADOS NO SISCOFIS, NAO ESTAO SOFRENDO DEPRECIACAO. 3. EM FACE DO ACIMA EXPOSTO, INCUMBIU-ME O SR DIRETOR DE CONTABILIDADE DE INFORMAR A ESSA INSPETORIA SOBRE A ROTINA A SER ADOTADA PELO OPERADOR DO SISCOFIS POR OCASIAO DA INCLUSAO EM CARGA DE BEM MOVEL PERMAMENTE QUE DEMANDE ABERTURA DE NOVA FICHA NO SISTEMA DE CONTROLE FISICO CONFORME ABAIXO ESPECIFICADO; A) REALIZAR A ABERTURA DE NOVA FICHA; B) REALIZAR A CLASSIFICACAO NA CONTA CONTABIL A QUE O BEM PERTENCERA; C) REALIZAR A PARAMETRIZACAO NIVEL FICHA DA FICHA EM QUESTAO COMO SE SEGUE; MATERIAL PERMANENTE>DEPRECIACAO DE BENS MOVEIS>PARAMETRIZACAO NIVEL FICHA>SELECIONAR A CONTA DESEJADA:>FILTRAR>SELECIONAR A FICHA DESEJADA>PARAMETRIZAR CONFORME TABELA DA DCONT>EXECUTAR 4. E IMPERATIVO QUE O PROCEDIMENTO DE PARAMETRIZACAO DESCRITA ACIMA CORRA ANTES DA GERACAO DA DEPRECIACAO E DA EXTRACAO DO RELATORIO SINTETICO DE DEPRECIACAO, QUE SUBSIDIARA A EMISSAO DA NL DE APROPRIACAO DA DEPRECIACAO MENSAL NO SIAFI. 5. A TITULO DE SUGESTAO, ESTA DIRETORIA, ORIENTA QUE, A FIM DE SEREM EVITADAS EVENTUAIS FALHAS, OS OPERADORES DO SISCOFIS EXECUTEM O DESCRITO NA LETRA D), DO ITEM 3, SEMPRE ANTES DA EXTRACAO DO RELATORIO SINTETICO DE DEPRECIACAO PARA A EMISSAO DA NL DE APROPRIACAO DA DEPRECIACAO MENSAL.

198 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl SOBRE O ASSUNTO EM EPIGRAFE, DESTACAMOS QUE OS PROCEDIMENTOS DESCRITOS DEVERAO, IMPRETERIVELMENTE, SER ADOTADOS, APENAS NOS CASOS DE ABERTURA DE NOVA FICHA NO SISCOFIS. 7. ESTA DIRETORIA SOLICITA QUE A PRESENTE ORIENTACAO SEJA DIVULGADA AS UG VINCULADAS A ESSA ICFEX ATENTOS A POSSIBILIDADE DE SURGIMENTOS DE EVENTUAIS SALDOS CONTABEIS A DEPRECIAR NOS MESES ANTERIORES EM DECORRENCIA DESTA NOVA ROTINA, OS AJUSTES DOS REFERIDOS SALDOS DEVERAO SER EFETUADOS ATE 31 MAI SISCUSTOS - Recomendações/Observações a. os militares transferidos da OM devem ser imediatamente desvinculados dos Centros de Custos (CC); b. os militares transferidos para a OM devem ser imediatamente vinculados ao CC em que forem desenvolver suas atividades; c. cabe ao Gerente de Custos o cadastramento dos operadores de custo. O cadastramento é feito no SIGA, módulo segurança, com os perfis operador de custos e usuário comum ; d. as diárias e passagens, quando liquidadas no SIAFI, devem ser alocadas à OM e ao CC beneficiados, independente da UG que realiza o pagamento; e. por intermédio do FlexVision é possível emitir relatórios do SISCUSTOS. Orienta-se utilizar a opção Relatórios Gerenciais Padrão para emissão dos relatórios Liquidações dos Serviços no SIAFI SISCUSTOS No momento das liquidações dos serviços no SIAFI (própria UG e OM vinculadas) deverão ser utilizados somente os centros de custos - CC que foram selecionados no SISCUSTOS pelo Gerente de Custos da OM e, ainda, os CC de rateio ( energia, água, telefone, contratos de limpeza, outros serviços rateáveis da OM, outros serviços rateáveis própria OM e beneficiada e Ajuda de Custo) - Msg D Cont, de 29 ago 11) 19. Pagamento de Pessoal com Inscrição Genérica A seguir é transcrita a Msg do CPEx que atualiza as orientações da Msg SEF, de 28 OUT 03: (Transcrição Msg CPEx, de 02 ABR 12) DO: OD DO CPEX AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS ASSUNTO: PAGAMENTO DE PESSOAL (SITUAÇÕES DIVERSAS). 1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE ORIENTAÇÕES ACERCA DE PROCEDIMENTOS RELATIVOS AOS RECURSOS PARA PAGAMENTO DE PESSOAL. 2. SOLICITO AOS SENHORES OD QUE DETERMINEM AOS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO ENCARREGADOS QUE ATENTEM PARA OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS: A. NA IDENTIFICAÇÃO DE RECURSOS DE PAGAMENTO DE PESSOAL, CONTA (DEPÓSITOS DE TERCEIROS), TENDO POR FINALIDADE DEVOLUÇÃO PARA ESTE CENTRO ATRAVÉS DE PF, ADOTAR, SEMPRE, AS INSCRIÇÕES GENÉRICAS (IG) A SEGUIR, CONFORME EXIJA A SITUAÇÃO: * TDTDEVREV - EFETIVO VARIÁVEL * TDTDMILAT - MILITAR ATIVA

199 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 199 * TDCNAB240 - INCONSISTÊNCIA BANCÁRIA RELACIONADA * TDINC INCONSISTÊNCIA BANCÁRIA RELACIONADA * TDREVCIVA - CIVIL ATIVA * TDTDCIVIN - CIVIL INATIVO * TDTDCIVPE - CIVIL PENSIONISTA * TDPENDCIV - PENDÊNCIAS DE CONSIGNAÇÃO PESSOAL CIVIL * TDTDMILIN - MILITAR INATIVO * TDTDMILPE - PENSIONISTA DE PENSÃO MILITAR * TDPGTOEVT - PAGAMENTO EVENTUAL * TDEXAMILA - MILITAR ATIVA EXERCÍCIOS ANTERIORES * TDEXAMILI - MILITAR INATIVO EXERCÍCIOS ANTERIORES * TDEXAMILP - MILITAR PENSIONISTA EXERCÍCIOS ANTERIORES * TDEXACIVA - CIVIL ATIVA EXERCÍCIOS ANTERIORES * TDEXACIVI - CIVIL INATIVO EXERCÍCIOS ANTERIORES * TDEXACIVP - CIVIL PENSIONISTA EXERCÍCIOS ANTERIORES B. NO CAMPO "OBSERVAÇÃO" DA PF A UG DEVERÁ PRESTAR AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: - NR E DATA DA PF/RA QUE A UG RECEBEU O RECURSO; - NOME DO MILITAR OU CIVIL QUE ESTÁ RESTITUINDO O VALOR; - PREC/CP OU MATRÍCULA; - CPF; - MOTIVO DA REVERSÃO; E - DATA DO ÓBITO, LICENCIAMENTO, SITUAÇÃO OUTRA (CONFORME O CASO). C. O RECURSO DEVERÁ SER RESTITUIDO AO CPEX, SEM NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO, ATRAVÉS DE "PF" ESPÉCIE 8 (REMESSA) E/OU 9 (DEVOLUÇÃO), TIPO 12, INSCRIÇÃO 1 (UMA DAS INSCRIÇÕES GENÉRICAS DO NR 1), FONTE DE RECURSO, VINCULAÇÃO DE PAGAMENTO E VALOR. D. CONSIDERANDO QUE O RECURSO ESTEJA CLASSIFICADO NA CONTA CONTÁBIL (DEPÓSITO DE TERCEIROS), CONTUDO, EM CONTA CORRENTE DIFERENTE DA QUE SERÁ UTILIZADA NA PF, A UG DEVERÁ FAZER A NL, CONFORME EXEMPLO ABAIXO: EVENTO INSCRIÇÃO 1 VALOR C/C ONDE SE ENCONTRA O RECURSO (EX: CPF) R$ IG A SER UTILIZADA NA PF (EX: TDTDMILAT) R$ 3. O SALDO DE RECURSOS QUE NÃO SERÃO UTILIZADOS PELA UG DEVERÃO SER DEVOLVIDOS IMEDIATAMENTE AO CPEX. 4. A PERMANÊNCIA DE SALDO NA CONTA (DEPÓSITO DE TERCEIROS) GERA RESTRIÇÃO NA TRANSAÇÃO "CONCONTIR" DO SIAFI (EQUAÇÃO DEPÓSITOS PARA QUEM DE DIREITO), SENDO A UG PASSÍVEL DE RESTRIÇÃO CONTÁBIL POR PARTE DA ICFEX DE VINCULAÇÃO, LOGO, ATENTAR PARA O PRAZO TOLERÁVEL QUE É DE 60 DIAS. 5. RESSALTA-SE, QUE AO RECEBER RECURSOS DO CPEX, A UG NÃO PODERÁ CRIAR, ALTERAR E/OU RECLASSIFICAR ESSES RECURSOS EM OUTRA INSCRIÇÃO, OBJETIVANDO DEVOLUÇÃO PARA ESTE CENTRO, EXCEÇÃO

200 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 200 PARA EMISSÃO DE OB E/OU DOCUMENTO DE RETENÇÃO (DARF, GRU...) PARA QUEM DE DIREITO. 6. POR FIM, DESTACA-SE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E LEITURA DAS NOTAS INFORMATIVAS/CPEX NR 321, DE 24 DE SETEMBRO DE 2001 E 337, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008, DISPONÍVEIS EM LEGISLAÇÃO/NOTA INFORMATIVA). BRASÍLIA-DF, 02 DE ABRIL DE CESAR ALEX BARROS TORRES - CEL INT ORDENADOR DE DESPESAS DO CPEx 20. Vinculação na Fonte 412 (modalidade de saque) Recursos de destaque - Suprimento de Fundos Consultar o Capítulo Suprimento de Fundos e CPGF. 21. Despesas com alimentação - Restaurante/Lanchonete - Classificação da Despesa Após consulta97 do 63º BI, no sentido de esclarecer se nos deslocamentos, as despesas com alimentação em restaurantes e lanchonetes são enquadradas como serviço ou como aquisição de material de de consumo, esta ICFEx entendeu que: (...) 3. APOS ANALISE DO CONTIDO NA MENSAGEM DE REFERENCIA E IMPORTANTE TRAZER A LUME A LEGISLACAO QUE TRATA DO ASSUNTO: A. O PLANO DE CONTAS DA UNIAO CLASSIFICA NA CONTA ABAIXO ESPECIFICADA AS DESPESAS COM AQUISICAO DE REFEICOES PREPARADAS: - CONTA CONTABIL: TITULO: FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO - FUNCAO: REGISTRA O VALOR DAS DESPESAS COM AQUISICAO DE REFEICOES PREPARADAS, INCLUSIVE LANCHES E SIMILARES. B. O MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PUBLICO PARTE 1, PAGINAS 108 E 109, TRATA O ASSUNTO DA SEGUINTE FORMA: "ALGUMAS VEZES OCORREM DUVIDAS, EM VIRTUDE DE DIVERGENCIAS ENTRE A ADEQUADA CLASSIFICACAO DA DESPESA ORCAMENTARIA E O TIPO DO DOCUMENTO FISCAL EMITIDO PELA CONTRATADA (EX: NOTA FISCAL DE SERVICO, NOTA FISCAL DE VENDA AO CONSUMIDOR. ETC.). NESSES CASOS, A CONTABILIDADE DEVE PROCURAR BEM INFORMAR, SEGUINDO, SE FOR NECESSARIO PARA TANTO, A ESSENCIA AO INVES DA FORMA E BUSCAR A CONSECUCAO DE SEUS OBJETIVOS: DEMONSTRAR O PATRIMONIO E CONTROLAR O ORCAMENTO. OBS: PORTANTO, A DESPESA ORCAMENTARIA DEVERA SER CLASSIFICADA INDEPENDENTEMENTE DO TIPO DE DOCUMENTO FISCAL EMITIDO PELA CONTRATADA" C. A LEI COMPLEMENTAR NR 116, DE 31 JUL 03, QUE DISPOE SOBRE SERVICOS DE QUALQUER NATUREZA, DE COMPETENCIA DOS MUNICIPIOS E DISTRI TO FEDERAL, NAO PREVE TRIBUTACAO DE ISS PARA SERVICO DE FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO, INCLUSIVE NO NR DA LISTA ANEXA A LEI, DESTACA QUE SERA CONSIDERADO SERVICO COM INCIDENCIA DE ISS O SEGUINTE: "17.11 ORGANIZACAO DE FESTAS E RECEPCOES; BUFE (EXCETO O FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO E BEBIDAS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS)" 97 Msg , de 29 ago 11, da OM e correspondente resposta desta ICFEx (Msg e , de 9 set 11)

201 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 201 OBS: PORTANTO VERIFICA-SE QUE FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO, FICA SUJEITO A INCIDENCIA DE ICMS, OU SEJA O ESTABELECIMENTO TERA QUE EMITIR NOTA FISCAL DE CONSUMO. 4. PARA MELHOR ENTENDIMENTO DESSA UG E IMPORTANTE EXPLICAR O RACIOCINIO UTILIZADO: A. O PLANO DE CONTAS DA UNIAO PREVE QUE A AQUISICAO DE ALIMENTACAO PREPARADA DEVE SER CLASSIFICADA NA CONTA CONTABIL: ; B. A STN DETERMINA A CLASIFICACAO CONTABIL DAS AQUISICOES DE BENS/SERVICOS, OBEDECAM O PREVISTO NO PLANO DE CONTAS, PARA MELHOR RETRATAR A VARIACAO PATRIMONIAL, INDEPENDENTE DA LEGISLACAO FISCAL; C. A LEI COMPLEMENTAR NR 116/03, NAO PREVE A INCIDENCIA DE ISS PARA FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO, INCLUSIVE DESTACA QUE TERA INCIDENCIA DE ICMS. D. AS AQUISICOES DE BENS SAO REALIZADAS NA CONTA CONTABIL XX, E SAO COMPROVADAS POR INTERMEDIO DE NOTA FISCAL DE CONSUMO, QUE, INVARIALVELMENTE, SOFREM INCIDENCIA DE ICMS; E. AS CONTRATACOES DE SERVICOS REALIZADAS NA CONTA CONTABIL XX, SAO COMPROVADAS, NORMALMENTE, POR INTERMEDIO DE NOTA FISCAL DE PRESTACAO DE SERVICO, QUE INVARIALVELMENTE, SOFREM INCIDENCIA DE ISS; E F. EXCETUA-SE A REGRA A AQUISICAO DE REFEICOES PREPARADAS QUE E UMA DESPESA CONTABILMENTE CLASSIFICADA NA CONTA , INDEPENDENTE DO TIPO DE NOTA FISCAL EMITIDA PELO FORNECEDOR. 5. DIANTE DO EXPOSTO, ORIENTO A V SA MANDAR PROCEDER CONFORME SE SEGUE: A. CLASSIFICAR A DESPESA NA CONTA CONTABIL CONTA CONTABIL: FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO; B. REALIZAR A COMPROVACAO COM A NOTA FISCAL EMITIDA PELO FORNECEDOR; E C. CASO A NOTA FISCAL EMITIDA SEJA DE MATERIAL, MOTIVAR O AMPARO PARA TER UMA DESPESA NA CONTA CONTABIL: , COMPROVADA COM NOTA FISCAL DE CONSUMO, E ANEXAR NO PROCESSO. 6. INFORMO A V SA QUE: A. O PRESENTE PARECER REFERE-SE AO CASO CONCRETO, OBJETO DA CONSULTA REALIZADA POR ESSA UG, EM FUTURAS CONTRATACOES COM OBJETO DIFERENTE DESTA CONSULTA, POREM COM O MESMO PROBLEMA, ESSA UG DEVERA SOLICITAR NOVAS ORIENTACOES A ESTA INSPETORIA; E B. DEVIDO A URGENCIA DO ASUNTO E A COMPLEXIDAE DOS QUESTIONAMENTOS REALIZADOS, AS RESPOSTAS SERAO ENVIADAS PARA CADA QUESITO A MEDIDA QUE OS MESMOS FOREM SOLUCIONADOS POR ESTA INSPETORIA. Considerou-se, assim, o efeito contábil e não o fiscal: Despesa com alimentação em deslocamento deve ser classificada como prestação de serviço na conta-contábil FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO

202 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 202 XV - PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA NA IMPRENSA OFICIAL 1. Introdução A regra geral é que os atos da administração sejam públicos, a fim de cumprir o princípio da transparência e publicidade. Ao agir assim, concede-se o direito ao cidadão de fiscalizar os atos de gestão, como premissa do estado democrático de direito. Assim, com as exceções previstas na legislação e atendendo a publicidade, alguns atos necessariamente devem ser publicados na Imprensa Oficial (DOU) e/ou outros meios de comunicação (Internet/Jornal etc). Procurou-se, nos próximos tópicos, fazer uma separação didática para resumir o assunto. 2. Diário Oficial da União Devem ser objetos de publicação todos os atos administrativos relativos à contratação pública, sendo remetidos ao DOU, automaticamente, conforme procedimento registrado no SIASG: a. Avisos de Licitação nas modalidades de Pregão, Concorrência, Tomada de Preços (TP), Concurso e Leilão, independentemente dos valores estimados da contratação, conforme disposto no art 21 da Lei nº 8.666/93, combinado com Inc I, art 4º, da Lei nº /02. Obs: A publicação do aviso da modalidade convite é opcional, sendo necessária somente a sua divulgação. A critério do OD, poderá ser publicado, opção disponível no momento do lançamento no Portal de Compras Governamentais. Observar a real necessidade, a fim de evitar gasto desnecessário. b. resultados de julgamento de habilitação, bem como resultado de julgamento das propostas (nos casos de Concorrência e TP), conforme 1º, art 109 da Lei nº 8.666/9398; c. para o resultado de licitação na modalidade Pregão (com/sem SRP), observar o modelo determinado na Msg , de 05 Mar 09, publicada no B Info 03/2009, combinado com o previsto na letra b), Inc XII, art 30, do Decreto n 5.450, de 31 Maio 05. Frise-se a retificação produzida pela Msg SEF, de 17 Jun 09 (Binfo ), no sentido de informar que a autoridade responsável pela publicação é o Ordenador de Despesas, portanto, deve ser registrado o NOME e POSTO do ORDENADOR DE DESPESAS da UG. Ademais, saliente-se que o responsável pelas publicações na área de contratação é o OD. Assim, torna-se um equívoco administrativo divulgação feita em nome de Pregoeiro, ou de Presidente de Comissão de Licitação. d. atos de anulação e revogação de licitação, conforme se depreende na leitura do 1º, art 109 da Lei nº 8.666/93; e. as Inexigibilidades de Licitação, independente dos valores da aquisição, conforme disposto no art 26 da Lei nº 8.666/9399; f. os extratos de contratos de despesa, como condição de eficácia, de acordo com os dados solicitados no Subsistema SICON do SIASG, conforme previsão do único do art 61 da Lei nº 8.666/93 e letra b), Inc XII, art 30, do Decreto n 5.450, de 31 Maio Ficará dispensada a publicação nas hipóteses em que estiverem presentes todos os prepostos dos licitantes no ato que foi adotada a decisão, podendo, então, ser feita a comunicação direta aos interessados e registradas em ATA. 99 Consultar situação específica de contratação de concessionárias de serviço público (água/gás e/ou telefonia), bem como OCS/PSA.

203 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 203 Obs: Importa destacar que a Orientação Normativa/AGU nº 33, de 13 dez 2011 dispõe que "O ato administrativo que autoriza a contratação direta (art. 17, 2º e 4º, art. 24, inc. III e seguintes, e art. 25 da Lei nº 8.666, de 1993) deve ser publicado na imprensa oficial, sendo desnecessária a publicação do extrato contratual. g. as rescisões de contrato, conforme art 109, da Lei nº 8.666/93; e h. as dispensas de licitação (art 24), com exceção das hipóteses previstas nos Inc I e II. 3. Internet A publicação de atos de contratação na internet 100 está referenciada tanto no Decreto nº 5.450/05 como no Decreto nº 3.555/00. No entanto, a UG também poderá disponibilizar informações relativas à avisos de licitações na sua página na internet. 4. SIASGNet Com o documento abaixo, também a sessão pública para Convite, Concorrência e Tomada de Preços ficará também disponível na internet. Confirme-se: (Transcrição Msg SEF, de 14 set 09) DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS AOS SENHORES CHEFES DE ICFEX 1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE IMPLANTACAO DA SESSAO PUBLICA PARA LICITACAO NAS MODALIDADES DE CONVITE, CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS. 2. INFORMO AOS CHEFES DE ICFEX QUE O DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS, UASG , ENVIOU AOS USUARIOS DO SIASG A MENSAGEM N 05254, DE 09 DE SETEMBRO DE 2009, ABAIXO TRANSCRITA: O MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAO MP, NO AMBITO DE SUA ATUACAO, POR INTERMEDIO DA SECRETARIA DE LOGISTICA E TECNOLOGIA DA INFORMACAO SLTI, E DO DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS DLSG, ESTA IMPLANTANDO NO SITIO [atual A PARTIR DE 03/09/2009, UM NOVO SISTEMA DENOMINADO SIASGNET/SESSAO PUBLICA, FUNCIONALIDADE PARA REALIZACAO DOS CERTAMES LICITATORIOS ATRAVES DO COMPRASNET (Atual Portal de Compras Governamentais) DOS OUTROS TIPOS DE LICITACAO COMO CONVITE, CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS, DE FORMA PRESENCIAL. OS PROCEDIMENTOS ESTAO DISPONIVEIS NO MANUAL NO ACESSO LIVRE/PUBLICACOES/MANUAIS/SESSAO PUBLICA SIASGNET. PARA OPERACIONALIZACAO DA LICITACAO NO SITIO COMPRASNET E NECESSARIO SOLICITAR PERFIL DE PRESIDENTE PARA O USUARIO QUE EXERCA A FUNCAO DE PRESIDENTE DE COMISSAO AO CADASTRADOR PARCIAL DO SEU ORGAO NO SIASG, JUNTAMENTE COM A COPIA DO DOCUMENTO QUE O NOMEOU PARA O CARGO. ATENCIOSAMENTE; DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS 3. EM CONSEQUENCIA DA MENSAGEM ACIMA TRANSCRITA, OS USUARIOS DAS UG VINCULADAS, DESIGNADOS COMO PRESIDENTES DE COMISSAO DE LICITACAO, DEVERAO SER HABILITADOS NO PERFIL PRESIDENTE PELO 100 Portal de Compras Governamentais (

204 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 204 CADASTRADOR PARCIAL DO SISTEMA SENHA REDE (SIASG) DESSA SETORIAL CONTABIL. 5. Jornal Alguns atos da administração necessitam, além da publicação na Imprensa Oficial, ser publicados, também, na imprensa não oficial. Neste quesito, cabe destaque para as denominações citadas na legislação que trata das licitações de maneira geral (Lei nº 8.666/93) e no regramento específico da modalidade Pregão. Como pode se observar, há referências a expressões Jornal Diário de Circulação Estadual e/ou Municipal, caso do art 21 da Lei nº 8.666/93. Já na Lei nº /02, especificamente, Inc I, art 4º, encontramos jornal de circulação local e jornal de grande circulação. O Decreto nº 3.555/00 no seu art 11, repete a expressão jornal de grande circulação local mas inova quando se refere a jornal de grande circulação regional ou nacional, termos repetidos no Decreto nº 5.450/05 (art 17). De forma sintética, são apresentadas considerações sobre o assunto: 5.1. Jornal de grande circulação local - os Avisos de Licitação nas modalidades Concorrência, Tomada de Preços, Concurso e Leilão, conforme Inc II, art 21 da Lei nº 8.666/93. Também os avisos de Licitação na modalidade Pregão, quando os valores estimados da contratação for superior a R$ ,00 e inferior a R$ ,00, conforme inc II, do art 17 do Decreto nº 5.450/ Jornal de grande circulação regional ou nacional - os Avisos de Licitação na modalidade Pregão para as contratações estimadas em valor superior a R$ ,00 e para as licitações realizadas por SRP, independente do valor estimado, conforme inc III, do art 17 combinado com o 6º, tudo do Art 17, do Decreto 5.450/05. Observação: 1) é opcional a publicação em jornal de circulação local/estadual, para divulgar Avisos de licitação na modalidade Pregão para valores estimados de contratação até R$ ,00. Cabe lembrar que a publicação na Imprensa Oficial não está dispensada. 2) no caso de pregão do tipo SRP, independente de valores, deverá ser dada a maior publicidade possível, ou seja, publicar o aviso em jornal de circulação estadual/regional/nacional. 3) Não há necessidade de realizar processos de contratação do serviço de publicação em jornais. Essa contratação poderá ocorrer por intermédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que providenciará a cotação com os jornais disponíveis na região de publicação.

205 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Resumo Modalidade Valor Estimado da Contratação DOU Internet [1] Jornal Estadual/Reg/ Nacional Jornal Local Amparo Convite Aviso de Licitação Até R$ ,00 (para compras e serviços) ou até R$ ,00 (para obras e serviços de engenharia) [2] x - - Por exclusão, art 21, Lei nº 8.666/93 TP Aviso de Licitação Entre R$ ,00 e R$ ,00 (para compras e serviços) ou entre R$ ,00 e R$ ,00 (para obras e serviços de engenharia) x x x - Art 21, Lei n 8.666/93 Concorrência Aviso de Licitação Valores maiores que R$ ,00 (para compras e serviços) ou maiores que R$ ,00 (para obras e serviços de engenharia) x x x - Art 21, Lei n 8.666/93 Concorrência e TP Resultado de Habilitação [3] Independente do Valor Licitado x x - - 1º, art 109, Lei nº 8.666/93 Concorrência e TP Resultado de Julgamento de Propostas [3] Independente do Valor Licitado x x - - 1º, art 109, Lei nº 8.666/93 Anulação/Revogação de Licitação Independente do Valor Licitado x x - - 1º, art 109, Lei nº 8.666/93 Dispensa com amparo no Inc I e II, art 24 Até R$ 8.000,00 (para compras e serviços) ou até R$ ,00 (para obras e serviços de engenharia) Dispensa com amparo nos demais Inc do art 24 [5] Independente de valor x art 26, Lei nº 8.666/93 Inexigibilidade de Licitação [6] Qualquer valor x art 26, Lei nº 8.666/93 Extratos de Contratos [7] Qualquer valor x único do art 61, Lei nº 8.666/93 Rescisão Contratual Qualquer valor x º, art 109, Lei nº 8.666/93 Pregão Eletrônico Aviso de Licitação Até R$ ,00 x x - - Inc I, art 17, Dec 5.450/05 Pregão Eletrônico Aviso de Licitação > R$ ,00 até R$ ,00 x x - x Inc II, art 17, Dec 5.450/05 Pregão Eletrônico Aviso de Licitação > R$ ,00 x x x - Inc III, art 17, Dec 5.450/05 Pregão c/ SRP Aviso de Licitação [8] Qualquer valor x x x - 6º, art 17, Dec nº 5.450/05 Pregão Resultado [9] Qualquer valor x x - - letra b), inc XII, art 30, Dec 5.450/ 05 Aviso de Credenciamento de OCS/PSA [10] Qualquer valor x Legenda: Art 26, Lei n 8.666/93 Não se publica[4]

206 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 206 [1] Fica automaticamente disponível na internet, no Portal de Compras Governamentais, depois do lançamento no Sistema de Divulgação de Compras. [2] Dispensável. [3] Conforme 1º, art 109, Lei 8.666/93, é dispensável a publicação se presentes todos os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata. [4] Mesmo não sendo obrigatória a publicação, a UG poderá utilizar o sistema de Cotação Eletrônica disponível no Portal de Compras Governamentais para obter maior competição nesses casos de dispensa. [5] Exceção é a contratação de concessionária do serviço público. No caso de contratação Energia Elétrica e Gás Natural que, gozando de permissivo da SEF, deve ser enquadrada no Inc II, art 24 nas situações em que a despesa estimada for inferior ao valor ANUAL de R$ 8.000,00 (oito mil reais). Neste caso, NÃO carece de publicação. Já se a despesa ANUAL ultrapassar R$ 8.000,00, deve ser amparada no Inc XXII, art 24, Lei nº 8.666/93, portanto, levada a publicação obrigatória no DOU. Neste caso, recomenda-se realizar o registro com valor total estimado previsto no exercício financeiro, a fim de realizar apenas uma única publicação. Consultar o capítulo contratações/licitações. [6] No caso de contratação de serviço de concessionária de água e telefone (se houver inviabilidade de competição) e desde que a despesa estimada seja inferior ao valor de R$ 8.000,00 ANUAL, poderá ser enquadrada no Inc II, art 24, com a finalidade de economia de recursos. É um permissivo da SEF. Consultar o capítulo contratações/licitações. [7] Conforme exposto no título acima "DOU" e de acordo com Orientação Normativa/AGU nº 33, de 13 dez 2011, é desnecessária a publicação do extrato contratual quando este foi decorrente de ato administrativo de contratação direta (art. 17, 2º e 4º, art. 24, inc. III e seguintes, e art. 25 da Lei nº 8.666, de 1993) previamente publicado na imprensa oficial. [8] Observar o Art 6º, inc VII, da Port 01-SEF, de 27 JAN 14, alterada pela Port 11-SEF, de 03 ABR 14. [9] Observar o modelo determinado na Msg , de 05 Mar 09, publicada no B Info 03/2009. [10] Anualmente, realizado pelas OMS/UG FUSEx. Importante: 1) As contratações de OCS/PSA (dispensas, inexigibilidades e contratos) são permeadas de exceções. Além da Msg SIAFI a seguir transcrita, sugere-se consultar as recomendações constantes do Capítulo XIX da presente Nota Informativa Especial: (Transcrição Msg SEF, de 06 jul 09) (...) B. QUANDO DAS PUBLICACOES DOS TERMOS DE INEXIGIBILIDADE DE LICITACAO COM AS OCS E PSA NO DOU, QUE A UNIDADE OBSERVE O PRINCIPIO BASICO DA PUBLICIDADE, VISANDO A LEGALIDADE DOS ATOS PREVISTOS NO ART. 26 DA LEI N 8.666/93 E SUAS ALTERACOES, BEM COMO ATENTE PARA OS PROCEDIMENTOS DE ELABORACAO DOS AVISOS E RESUMOS A SEREM PUBLICADOS, QUE DEVEM GARANTIR QUE AS INFORMACOES DIVULGADAS SEJAM CONFIAVEIS, EXATAS E COMPLETAS; 2) No tocante à publicação, especificamente de inexigibilidade de OCS/PSA, a UG deve observar o aspecto econômico do princípio da eficiência no sentido de realizar, sempre que possível,

207 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 207 única publicação no DOU, relacionando os eventuais credenciados. Observar o contido na letra c e d do item 3 do Of nº 22-SATT-5ª ICFEx/2008, constante no Capítulo XX. 3) As dispensas e inexigibilidades a que se referem o art 26 da Lei 8.666/93 devem ser publicadas, conforme citado acima. Entretanto, conforme Msg 2009/ SEF, de 06 Jul 09 e em observância ao princípio da economicidade, se os valores estiverem dentro dos limites fixados pelos Inc I e II do art, 24 da Lei n 8.666/93, não será necessária a publicação. 4) As dispensas, exceto por valor e as situações de inexigibilidade previstos na Lei de Licitações, deverão ser comunicadas, dentro de três dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, como condição para eficácia dos atos, necessariamente justificados, conforme art 26, Lei nº 8.666/93. 5) Horário de envio de matéria para o DOU: a Msg SIASG DLSG/SIASG, de 04/01/08, informou que a inclusão de matéria para publicação no dia seguinte, por intermédio do SIASG, deve ser realizada ate às 16:00h. 6) LEMBRETES Quando da publicação de Inexigibilidade de OCS/PSA, no campo justificativa registrar por se tratar de profissionais credenciados pela associação da classe e serem remunerados pela tabela da Associação Médica Brasileira (AMB) Não publicar/realizar uma Inexigibilidade para cada OCS ou PSA. Em respeito ao aspecto econômico do princípio da eficiência, realizar única publicação, sempre que possível, onde constarão as empresas/profissionais credenciados e os respectivos valores estimados para o período considerado. Nas Dispensas referentes a concessionária do serviço público (Energia Elétrica/Gás Natural), quando o valor ANUAL estimado da despesa for superior ao montante de R$ 8.000,00 (oito mil reais), realizar o registro no SIASG/SIDEC com o valor total estimado previsto no exercício financeiro a fim de realizar apenas uma única publicação. Nos casos de Inexigibilidade de Licitação (Água/Esgoto), independente do valor, realizar o registro no Portal de Compras Governamentais com o valor total estimado para o exercício financeiro. Não realizar a divulgação do aviso de licitação, bem como demais atos correlatos (resultados de julgamento de habilitação, de julgamento de proposta, revogação/anulação de licitação, de extrato de Ata de SRP) em nome do Pregoeiro, Presidente de Comissão de Licitação, etc. A autoridade responsável pela publicação é o Ordenador de Despesa. Da mesma forma, o Ordenador de Despesa é o responsável pela Declaração de Dispensa ou Inexigibilidade (casos do art 24, exceto Inc I e II e art 25), sendo a autoridade competente para ratificar o ato o Comandante da Região Militar na maioria dos casos. Na dúvida, consultar o Art 5º das IG Na publicação de extratos de contratos, atentar para registrar no campo Fundamento Legal o dispositivo de amparo, ou seja, parágrafo único do art 61 da Lei nº 8.666/93. Nas publicações de resultado de licitação na modalidade Pregão, em particular, do tipo SRP, observar o modelo determinado na Msg SEF, de 05 MAR 09 (B Info 03/2009) com a retificação produzida pela Msg SEF, de 17 JUN 09 (B Info 06/2009).

208 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 208 XVI - CONFORMIDADES A UG deverá atentar para efetuar, tempestivamente, as conformidades exigidas pela legislação vigente, observando que, para contagem de prazo, feriado nacional não é considerado dia útil. No entanto, feriados militares, municipais e pontos facultativos são considerados dias úteis e, portanto, devem ser incluídos no cômputo dos prazos. CONFORMIDADE CONTÁBIL Procedimento realizado pela ICFEx, após verificar diversas contas contábeis da UG e de acordo com o calendário de fechamento do mês, que pode ser consultado por meio da transação >CONFECMES, do SIAFI. Maiores detalhes podem ser obtidos no Capítulo Aspectos Contábeis/Financeiros. CONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTÃO 1. Considerações iniciais Função que foi implementada, inicialmente, pela Portaria no 09-SEF, de 13 DEZ 99, posteriormente alterada pela Portaria nº 12-SEF, de 27 DEZ 12 e, atualmente, regulada pela Portaria nº 18-SEF, de 20 DEZ 13 - Normas para a Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas Unidades Gestoras do Exército Brasileiro. Atualmente a função de Encarregado pela Conformidade dos Registro de Gestão deve ser exercida por Oficial (titular e substituto), publicada em BI, ou, na impossibilidade destes e devidamente justificado pelo OD, poderá ser designado um S Ten/Sgt ou Servidor Civil, ocasião em que a UG deve informar à ICFEx de vinculação, para conhecimento Arquivamento de Documentos de Prestação de Contas Conforme documento infra, o prazo de arquivamento de prestação de contas foi alterado da seguinte forma: (Instrução Normativa - TCU nº 63, de 01 set 10 - Estabelece normas de organização e de apresentação dos relatórios de gestão e das peças complementares que constituirão os processos de contas da Administração Pública Federal, para julgamento do TCU, nos termos do art. 7º da Lei nº 8.443/92) Art. 14. As unidades jurisdicionadas e os órgãos de controle interno devem manter a guarda dos documentos comprobatórios de cada exercício, incluídos os de natureza sigilosa, de acordo com os seguintes prazos: I. dez anos, contados a partir da apresentação do relatório de gestão ao Tribunal, para as unidades jurisdicionadas não relacionadas para constituição de processo de contas no exercício; II. cinco anos, contados a partir da data do julgamento das contas dos responsáveis pelo Tribunal, para as unidades jurisdicionadas relacionadas para constituição de processo de contas no exercício. Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput deste artigo poderá sujeitar o responsável à sanção prevista no inciso II do art. 58 da Lei nº 8.443, 101 Conforme Msg , de 30 JAN 13

209 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 209 de 1992, sem prejuízo da instauração de tomada de contas especial para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano ao Erário, se for o caso Arquivamento de Documentos Contas de Convênios - Prazo de 20 (vinte) anos (Transcrição Msg SIASG DLSG/SIASG, de 09 abr 10) SENHORES DIRIGENTES INFORMAMOS QUE FOI PROLATADA A SEGUINTE SENTENCA NOS AUTOS DA ACAO CIVIL PUBLICA Nº , DA 17ª VARA DA JUSTICA FEDERAL DO DISTRITO FEDERAL; (...) JULGO PROCEDENTES OS PEDIDOS PARA DETERMINAR QUE A UNIAO SE ABSTENHA DE DESTRUIR OS DOCUMENTOS RELATIVOS A PRESTACAO DE CONTAS DE CONVENIOS E CONTRATOS FIRMADOS PELOS ORGAOS FEDERAIS PELO PRAZO MINIMO DE 20 (VINTE) ANOS, A CONTAR DO TERMINO DA VIGENCIA DO CONTRATO OU CONVENIO, PODENDO MANTE-LOS EM ARQUIVOS DIGITAIS, SE PREFERIR. PORTANTO, TODOS OS ORGAOS E ENTIDADES COINCIDENTES DEVEM ADEQUAR OS TERMOS DE CONVENIO, OBSERVANDO QUE A GUARDA DOS DOCUMENTOS SEJA EFETUADA POR 20 ANOS, SUSPENDENDO-SE DE IMEDIATO O PRAZO FIXADO NO 3 DA PORTARIA INTERMINISTERIAL N 127, DE 29 DE MAIO DE 2008, ATE O TRANSITO FINAL DA SENTENCA. Sobre o mesmo assunto, consultar Of nº 002 A/2 (CIRCULAR), de 11 jan 10, publicado no B Info nº 01/2010. Ainda, neste sentido, o Of nº 019-Div Jur/5.8 Circular, de 12 jan 2011encaminhou em anexo o Of nº 073/2010 Circular NAJ/CGU/AGUSC, de 26 nov 10 e outros anexos (Mem Circular nº 103/2010/CGU/AGU, de 16 nov 10; Nota nº 199/2010/DECOR/CGU/AGU; Despacho/CGCAL/CONJUR/MTE/Nº 016/2010, de 1º mar 10) Arquivamento de Documentos - Outras áreas (Transcrição Art 14, da IN 06-STN, de 31 OUT 07) Os demonstrativos mensais da movimentação de almoxarifado, de bens móveis, imóveis e intangíveis, de selos de controle, de mercadorias apreendidas, da conciliação bancária e demais demonstrativos de controle patrimonial, deverão ser arquivados pela Unidade Gestora Executora. Parágrafo único. Os demonstrativos referidos no caput deste artigo deverão ser arquivados por ordem cronológica de competência e sua ausência ensejará restrição na Conformidade dos Registros de Gestão do último dia útil do mês a que se refere. Conforme artigo a seguir, toda documentação e processo da UG, deverá estar organizado em ordem cronológica, de tal forma que permita o acesso adequado e ágil das informações e dos dados que ali constam. (Transcrição Art 15, da IN 06-STN, de 31 OUT 07) Os processos e documentos relativos a licitações, dispensa, inexigibilidade, contratos, suprimento de fundos convênios e/ou similares serão arquivados em ordem cronológica nas respectivas Unidades Gestoras Executoras, separadamente, por modalidade de licitação, conforme registro contábil. 1º Os processos e documentos resultantes de aditamentos a instrumentos formalizados, quer sejam contratos, convênios e/ou similares, deverão ser apensados aos processos originais e mantidos em arquivos, nas respectivas unidades gestoras executoras, na mesma ordem cronológica. 2º Os processos resultantes das liberações de recurso s e das prestações de contas de convênios e/ou similares e de suprimento de fundos deverão ser anexados aos

210 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 210 processos originais e mantidos em arquivo na mesma ordem cronológica por unidade gestora. Importante: a Portaria nº 018-SEF/2013 trouxe como novidade que a documentação correspondente a comprovantes de recolhimento de encargos sociais (INSS, FGTS etc.) não poderá ser destruída, devendo ser arquivada em pastas próprias, com vistas a garantir a necessária comprovação dos recolhimentos efetuados e resguardar os interesses dos respectivos contribuintes e do Comando do Exército (inc IV, Art 18) Outras novidades trazidas pela Portaria nº 018-SEF/2013 são os seguintes: - Anexo 13 - Composição dos Processos Licitatórios de Sistema de Registro de Preços (SRP). - Anexo 14 - Composição dos Processos de Dispensa e Inexigibilidade de Licitação Realizada de Forma Centralizada nas Regiões Militares; e - Anexo 15 - Arquivamento de Documentação Pertinente às Despesas do FUSEx 3. Execução Consiste na certificação dos registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operações efetuadas. Realizada por usuário com o perfil CONFDOC no SIAFI, que não deve exercer atividades nas áreas orçamentária, financeira e patrimonial da UG, em função do princípio da segregação de função. O responsável titular deve ser incluído no Rol de Responsáveis, sendo que o seu substituto devera constar no rol somente no período da efetiva substituição. O responsável pela Conformidade (Titular/Substituto) deverá ser oficial designado pelo OD em BI. Na impossibilidade de o responsável titular e o seu substituto serem oficiais, o OD poderá designar para a função subtenentes, sargentos ou servidores civis, informando o ato à Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx) de vinculação, por meio de expediente emitido pelo próprio OD. A conformidade de registro de gestão deverá ser registrada em até 03 (três) dias úteis a contar da data do registro dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial no SIAFI, podendo ser atualizada até a data fixada, pela STN, para o fechamento do mês. Verificar Msg D Cont, de 14 jan 10. A UG deverá proceder diariamente à análise do relatório "conformidade dos registros de gestão", obtido por meio da transação IMPCONFREG (imprime conformidade registro de gestão) no SIAFI, no qual constam todos os registros do dia. Após a análise do relatório IMPCONFREG, o servidor responsável deverá registrar a conformidade de registro de gestão por meio da transação ATUCONFREG (atualiza conformidade de registro de gestão), indicando, em caso de restrição, um dos códigos existentes na transação CONRESTREG (consulta restrição registro de gestão). Após o registro, a conformidade poderá ser consultada com utilização da transação CONCONFREG (consulta conformidade dos registros de gestão).

211 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 211 A conformidade deverá ser efetuada nas UG primária e secundária, podendo ser registrada com uma das seguintes situações: sem restrição: quando a documentação comprovar de forma fidedigna os atos e fatos de gestão realizados; ou com restrição: - quando a documentação não comprovar, de forma fidedigna, os atos e fatos de gestão realizados; - quando da inexistência da documentação que dê suporte aos registros efetuados; - quando o registro não espelhar os atos e fatos de gestão realizados, e não for corrigida pelo responsável; e - quando ocorrerem registros não autorizados pelos responsáveis por atos e fatos de gestão. A ausência ou o registro com restrição da Conformidade dos Registros de Gestão implicará no registro de Conformidade Contábil com ocorrência. A Msg SEF, de 08/01/08, recomenda sobre a necessidade de que a conformidade seja executada com tempestividade, com o propósito de evitar diligencias da STN, tendo em vista o disposto no item 3.9, da MACFROFUNÇÃO Conformidade dos Registro de Gestão, transcrito, in verbis: 3.8 a ausência de registro da conformidade de registro de gestão em qualquer dia da semana anterior, desde que tenha havido movimento contábil, implica no encaminhamento de mensagem gerada automaticamente pelo sistema, a ser disponibilizada no segundo dia útil, da semana seguinte. O Encarregado da Conformidade de Registro de Gestão, conforme Msg CCont/STN, de 08/06/09, poderá também registrar com o código 951-DOCUMENTAÇÃO NÃO ANALISADA. Esse código foi uma criação da STN com o intuito de viabilizar o adequado registro, conforme instituído no artigo 10 da IN n 06, de 31 Out 07, devendo ser utilizado quando o responsável pelo registro não conseguir, por qualquer motivo, analisar, dentro do prazo legalmente instituído de 03 (três) dias úteis, a documentação comprobatória dos registro de gestão. Trata-se de um código de restrição que, se não for alterado ate o fechamento do mês (verificar esse prazo via transação >CONFECMES) implicará restrição na conformidade contábil. Dessa forma, esse código de restrição (951) deverá ser utilizado de forma provisória e substituído pelo registro adequado, com ou sem restrição, até o fechamento do mês. Há o caso da documentação não ser encaminhada tempestivamente para que o Encarregado da Conformidade de Registro de Gestão as analise. Neste caso, deverá ser utilizado o código de restrição 900-FALTA DE TEMPESTIVIDADE NA REMESSA DE DOCUMENTOS. Da mesma forma, esse código de restrição (900) deverá ser utilizado de forma provisória e substituído pelo registro adequado, com ou sem restrição, até o fechamento do mês. Os responsáveis pela conformidade dos registros de gestão, titular e substituto, devem ter seus respectivos CPF atualizados na tabela de UG (ATUUG) no campo "conformidade dos registros de gestão". Por se confundir com a denominação anterior de Conformidade Documental, a SEF, por meio da Msg SIAFI , de 15/08/07, alerta sobre a importância dessa função, destacando que uma eventual falta de preparo dos agentes que a exercem é, em geral, atribuída a grande rotatividade no preenchimento dessa função. Define, ainda, como uma função-chave na Administração, pois se trata do verdadeiro assessor de controle interno da UG, recordando ser Agente da Administração que faz

212 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 212 parte do Rol dos Responsáveis e cuja a presença é obrigatória na Reunião de Prestação de Conta Mensal. Por fim, na mensagem supracitada foi recomendada, também, a possibilidade de que os OD: a. mantenham na função de Encarregado do Suporte Documental [Entenda-se Encarregado pela Conformidade dos Registros de Gestão] o mesmo Agente da Administração por um prazo de 2 a 3 anos; e b. estimulem e verifiquem continuamente o preparo desse agente. Do exposto, verifica-se que o Chefe da Seção de Conformidade dos Registro de Gestão é responsável pela verificação da documentação hábil que empresta suporte aos registros contábeis, financeiros, patrimoniais dos atos administrativos efetuados pelos agentes da administração da UG e também é o corresponsável pelas irregularidades e impropriedades cometidas, em particular, quando atesta, via sistema, que determinado ato administrativo encontra-se em conformidade com a legislação e não há documentação hábil de amparo. Razão pela qual o mesmo se encontra no Rol dos Responsáveis. Ainda, sobre deficiências na conformidade, publico trecho do documento 102 abaixo, elaborado pela 11ª ICFEx: Importante comentar a incidência de deficiências apresentadas por algumas UG, seja pela ausência ou pela falta de tempestividade, alegando diversos problemas. Em princípio não são motivos de justificativa para a falta de conformidade: a. férias ou dispensas do titular ou do substituto; b. dias sem expediente administrativo ou meio expediente; c. serviços de escala, inspeções e visitas, exercício no terreno e missões externas; d. feriados militares, municipais e estaduais (somente os feriados nacionais são computados como dias não úteis); e. senha dos responsáveis bloqueada (utilização da senha errada ou indevida por mais de duas vezes ou não utilização por mais de 30 dias o que leva ao bloqueio da senha/cpf); e f. a ocorrência de problemas técnicos com os equipamentos ou problemas operacionais, pois cabe a UG providenciar acesso ao sistema através de outros equipamentos existentes nas proximidades (UG vizinha,outros órgãos da administração pública, acesso via internet, entre outros). Ainda, falta de registro da conformidade de gestão, de acordo com determinação do escalão superior, deve ser objeto de "restrição contábil" no mês de competência, quando do registro da conformidade contábil mensal pela ICFEx, o que será mencionado na tomada de contas anual da UG. Se por algum motivo a UG não efetuar a conformidade de gestão, deverá informar a ICFEx, via Msg SIAFI: a. motivo(s) pelo qual não foi realizado o registro; b. se a documentação foi ou não analisada; c. se a documentação está com ou sem alteração; e d. se a documentação está ou não arquivada na UG. 102 Observações extraídas da Msg /11ª ICFEx, de 21 jan 10

213 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 213 CONFORMIDADE DE OPERADORES NO SISTEMA SIGA De acordo com a Msg DGO, de 14/01/08 e Msg SIAFI nº 455-SATT-CIRCULAR, de 31 Out 08 (2008/ ), a partir de Fev 08, é obrigatória a conformidade de usuário no sistema, devendo ser feita por aquele usuário com perfil Administrador de OM e até o 10º dia de cada mês. Para tanto, cada OM deve possuir pelo menos 2 usuários com este perfil e tal funcionalidade só precisará ser executada uma única vez a cada mês. Caso a funcionalidade não seja executada dentro do período, o sistema bloqueará e retirará todos os perfis de todos os usuários da OM. No inicio de cada mês o sistema exibirá um compromisso pendente, avisando que a conformidade devera ser feita. Ocorrendo tal situação, a UG deverá solicitar novamente a esta ICFEx, por mensagem SIAFI, o cadastramento de todos usuários da OM, discriminando o nome completo do usuário, CPF, os perfis que devem ser atribuídos e a conta de de cada usuário. CONFORMIDADE DE OPERADORES NOS SISTEMAS DA REDE SERPRO (SIAFI/SIASG) SIASG - o responsável pela conformidade de operadores (titular e substituto) da UG com o perfil SIASG/RESP-UASG deverá, MENSALMENTE, preferencialmente no 1º dia útil de cada mês, registrar a conformidade de seus usuários, no referido Sistema. Procedimento: entrar no menu do sistema e seguir o seguinte caminho: PRODUÇÃO CONFORM...CONFORMIDADE DE USUÁRIO REGCONFUSU...REGISTRA CONFORMIDADE USUARIO (Procedimento abreviado: digitar na linha de comando > REGCONFUSU) Neste ponto o Sistema mostrará, ao Servidor responsável pela UASG, a lista de usuários que estão até o momento habilitados a utilizar as funcionalidades do SIASG. Deverá marcar aqueles que não mais poderão utilizar o SIASG. Após o ENTER o sistema terá alterado a lista segundo as indicações do Servidor. SIAFI o responsável pela conformidade de operadores (titular e substituto) da UG com o perfil CONFOP deverá, MENSALMENTE, preferencialmente no 1º dia útil de cada mês, registrar a conformidade de seus usuários, no referido Sistema, sob pena de todos usuários ficarem na situação de SUSPENSO. Procedimento: entrar no menu do sistema e seguir o seguinte caminho: ADMINISTRA...ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA USUARIO...ADMINISTRAÇÃO USUÁRIOS REGCONFOP...REGISTRA CONFORMIDADE USUARIO (Procedimento abreviado: digitar na linha de comando > REGCONFOP) Neste ponto o Sistema mostrará, ao Servidor (responsável pela UG), a lista de usuários que estão, até o momento, habilitados a utilizarem as funcionalidades do SIAFI. Deverá marcar aqueles que não mais poderão utilizar o SIAFI. Após o ENTER o sistema terá alterado a lista segundo as indicações do Servidor.

214 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 214 Observações: - a UG deverá manter 2 (dois) operadores habilitados no perfil RESP-UASG (conformidade de operadores no SIASG) e CONFOP (conformidade de operadores no SIAFI). Recomenda-se que um deles seja o Encarregado do Setor Financeiro; - a conformidade deverá ser efetuada somente na UG primária; - a falta do Registro da Conformidade de operadores implica na SUSPENSÃO AUTOMÁTICA do SIAFI, no mês subsequente, de todos os operadores da UG. Para corrigir tal situação a UG deve providenciar a REINCLUSÃO de todos os operadores, remetendo os formulários de cadastramento para a ICFEx; - o CONFOP da Unidade poderá consultar os usuários da UG no SIAFI digitando na linha de comando ">LISTAUSUG"; - o RESP-UASG da Unidade poderá consultar os usuários da UG no SIASG, digitando na linha de comando ">CONUSUASG"; - o usuário, querendo identificar todas as transações possíveis de sua habilitação no ambiente SIAFI, deve na linha de comando digitar ">TRANSACAO"; - a cartilha SENHA, elaborada por esta Inspetoria, disponível no endereço eletrônico desta ICFEx contém outras informações; - dentre outras, as Msg nº SATT/CIRCULAR, de 1º MAR 2012 (2012/ ) e Msg 084-SATT/CIRCULAR, de 4 maio 12 (2012/ ), alertam sobre a necessidade da conformidade e que os OD fiscalizem tal procedimento; e - aqueles usuários que solicitarem mais de 3 reativações de senha no ano deverão encaminhar, junto com o novo pedido, uma justificativa assinada pelo OD.

215 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 215 XVII - PREJUÍZOS AO ERÁRIO APURAÇÃO RESPONSABILIDADES 1. Considerações Gerais Na ocorrência de fatos de qualquer natureza que contenham indícios de prejuízo à Fazenda Nacional, os procedimentos para a apurar a responsabilidade serão desenvolvidos mediante instauração de Sindicância, de IPM, de Processo Administrativo (PA) ou de Tomada de Contas Especial (TCE), de acordo com o caso concreto e a legislação respectiva, observado, em todo caso, o constante da Portaria nº 008-SEF, de 23 DEZ 03. A expressão apurar a responsabilidade deve ser entendida em sentido amplo, envolvendo: apuração dos fatos que provocaram o dano ao Erário; identificação dos agentes causadores do dano ao Erário; e quantificação do dano ao Erário. Com a finalidade de subsidiar tanto a decisão da autoridade instauradora quanto o parecer do Sindicante, orienta-se observar o constante do Parecer nº 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09 que trata de apuração de danos ao erário e do Ofício nº 359-Asse Jur-09 (A1/SEF), de 20 OUT 09, que trata de comprovação de má fé. O encarregado da Sindicância deve envidar todos os esforços no sentido de quantificar o prejuízo e qualificar o(s) responsável(eis), e o encarregado do IPM, em alguns casos, tem o dever de quantificar o dano, por força do artigo 13, alínea g do CPPM103. No caso de indícios de dano ao erário serem detectados por meio de IPM, a instauração de Processo Administrativo será obrigatória para apuração e ressarcimento do dano, tendo por finalidade proporcionar ao possível responsabilizado o exercício do contraditório e da ampla defesa, que a natureza inquisitiva do IPM impede (art. 11, I, da Portaria nº 008-SEF, de 23 DEZ 03). Se da apuração dos fatos resultar como responsabilizado servidor público regido pela Lei nº 8.112, de 11 de novembro de 1990, deverão ser observados os preceitos desta Lei, mais precisamente seus artigos 46 e Atualização de valores Qual o índice/procedimento a ser utilizado na correção do débito? A resposta para este questionamento é a que segue, conforme DIEx nº 15-Asse1/SSEF/SEFCIRCULAR, de 19 FEV 13104: a. Havendo boa fé por parte do administrado, a dívida será atualizada monetariamente, com base na variação do IPCA, não havendo o que se falar em incidência de juros, seja qual for a natureza do débito. b. Não havendo boa fé, a dívida será calculada da seguinte forma: 103O valor do dano também influenciará na dosagem da pena a ser aplicada pelo Juiz, que pode transformar reclusão em detenção, até considerá-la infração disciplinar (artigos 240, 1º, 250 e 253 do CPM). 104Disponível em:

216 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 216 1) débitos anteriores a 31 de julho de 2011 devem ser atualizados monetariamente, até essa data, pelo IPCA, acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês. 2) débitos posteriores a essa data, ou seja, a partir de 1º de agosto de 2011, devem ser atualizados somente com base na taxa SELIC. Em qualquer caso, os cálculos acima poderão ser realizados por meio do Sistema Débito do TCU Parcelamento da dívida e Competência do Ordenador de Despesas (OD) A dívida poderá ser parcelada em até 60 (sessenta) parcelas 106. Sendo que somente em casos extraordinários, este limite poderá ser ultrapassado, com a finalidade de se resguardar a margem consignável do devedor107, respeitado o valor mínimo de R$ 100,00 (cem reais), de cada parcela108. Importante destacar que existem casos em que a dívida deve ser quitada integralmente em parcela única por expressa previsão normativa109, como é o caso da restituição de valores recebidos a título de indenização de transporte e ajuda de custo, quando o militar deixar de seguir destino por interesse próprio. As indenizações à Fazenda Nacional constituem-se descontos obrigatórios 110, logo, têm precedência sobre os descontos autorizados111, cabendo ao OD, em caso de a margem consignável do responsável não suportar, fazer a exclusão dos descontos autorizados com o fim de possibilitar a inclusão do desconto relativo à dívida com a Fazenda 112. As indenizações a imputar ou imputadas aos militares deverão ser dimensionadas, sempre que possível, de modo a permitir que os descontos sejam concluídos antes do respectivo licenciamento ou exclusão do serviço ativo Termo de Reconhecimento de Dívida O Of nº 01 SATT CIRCULAR, de 29 JAN 08, cumprindo o determinado no Of nº 007SPE/DAud CIRCULAR, de 17 JAN 08, encaminhou o modelo de Termo de Reconhecimento de Dívida, transcrito no B Info nº 01/ Danos Causados a Terceiros por Viatura Conforme ratificado na Msg nº SEF, de 28 MAIO 08, os recursos para indenização de danos causados a terceiros por viatura pertencente ao Exército deverão ser solicitados, por intermédio da RM, empregando, inclusive o Sistema SIGA 114. Somente após o ressarcimento do(s) 105Disponível em: 106Conforme Parecer nº 058/AJ/SEF, de 20 de junho de Consoante o previsto no art.14, 3º da Medida Provisória nº , de 31 de agosto de Conforme Portaria nº 15-PGFN/RFB, de 15 de dezembro de Ver artigos 39, III, 40, 58 e 59, 2º todos do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de Conforme art. 15, V da Medida Provisória nº / Conforme art. 9º da Portaria nº 046-SEF, de 1º de julho de Consoante orientação do CPEx, constante no DIEx nº 1000-S/6/Gab/CPEx, de 17 abr Consoante art. 150 do Regulamento de Administração do Exército (RAE).

217 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 217 terceiro(s) é que se poderá cobrar o débito do(s) responsável(eis). Os procedimentos a serem adotados constam da Msg nº DGO, de 18 MAIO Responsáveis Ausentes, em lugar incerto ou não sabido A SEF, por meio do Of nº 095-A/2-CIRCULAR, de 14 AGO 08, publicado no B INFO 08/2008, formalizou entendimento dispondo sobre uniformização de procedimento para notificação de responsável(eis) por dano ao Erário nas situações em que o(s) mesmo(s) se encontrar(em) ausente(s) ou em local ignorado. 7. Atualização de Processos no RAAIIA Conforme DIEx n 053-Aud/SAF/5ª ICFEx-CIRCULAR, de 08 MAR 13, o acompanhamento dos processos de Danos ao Erário deverá ser feito por meio do documento RAAIIA, mensalmente, até que ocorra qualquer uma das situações que ensejam o encerramento do processo, quais sejam*: a. quitação total da dívida (o que inclui a correção monetária e o juros, este último quando for o caso); b. imputação do dano à União; c. informação do número de protocolo da inscrição do devedor na Dívida Ativa da União (que pode ser obtido junto ao Cmdo da 5ª RM-5ªDE); e d. conclusão, findo o processo, de que o fato apurado não resultou em dano ao Erário. *Obs: o processo somente deixará de constar no próximo RAAIIA quando no anterior tiver sido informada qualquer das situações supracitadas. 8. Calendário de Obrigações - Informações Obrigatórias Conforme Portaria nº 018-SEF, de 20 DEZ 13, que aprovou as Normas para Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas Unidades Gestoras do EB, fica estabelecido: a. remessa à ICFEx: uma via original (em papel), mensalmente, sendo um anexo ao RPCM (item 7), conforme modelo; b. modelo: disponibilizado no site da ICFEx no campo Novidades; e c. seção da ICFEx responsável: SAF, carteira de Danos ao Erário. Em relação aos processos a serem remetidos para apreciação pela ICFEx, na execução do controle concomitante, deverão ser analisadas pela UG as condições previstas no Art 5 da Port n SEF, de 23 DEZ 03. Em se tratando de controle posterior, qualquer processo poderá ser solicitado pela ICFEx, inclusive os casos de exceção do parágrafo único do Art 5 da Port N 008 SEF, de 23 DEZ 03. As soluções devem conter as seguintes informações básicas que permitem apreciação do processo pela ICFEx: a. OBJETO: descrição sucinta do objeto do procedimento instaurado; b. FATO APURADO: descrição sucinta da solução exarada e se foi garantida a ampla defesa e o contraditório; 114Conforme item do Manual do Sistema de Informações Gerenciais e Acompanhamento Orçamentário da Diretoria de Gestão Orçamentária (SIGA/DGO).

218 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 218 c. DATA DA OCORRÊNCIA DO DANO: se o dano for contínuo, informar o período em que ocorreu, por exemplo, de 1º JAN 80 a 30 MAR 10; d. QUANTIFICAÇÃO DO PREJUÍZO: valor original do dano, apurado em reais; e. QUALIFICAÇÃO DO(S) RESPONSÁVEL(EIS): nome completo e CPF/CNPJ ou se foi imputado à União; f. TERMO DE RECONHECIMENTO DE DÍVIDA: data da assinatura ou se não foi assinado; e g. FORMA DE RESSARCIMENTO: se houve autorização para desconto em contracheque, se houve compromisso em pagar via GRU, como a unidade implantou/implantará o desconto e se houve termo de recebimento para aceite do material reposto. 9. Contabilização dos Danos/Prejuízos A separata ao B Info nº 8/2011, Cartilha de Contabilização de Danos ao Erário, elaborada por esta Inspetoria, contém orientações no sentido de facilitar os registros contábeis quando houver dano ao erário (extravio/falta de material permanente, consumo, pagamento indevido, entre outros). 10. Principais Impropriedades nos Processos de Apuração de Danos ao Erário Recebimento Indevido de Recursos da União Impropriedade Recomendação Deixar de comprovar no Processo Observar o Ofício nº 359/AJ/SEF, de 20 OUT Administrativo que o recurso foi recebido de 09. boa ou má-fé. Aplicar, indevidamente, a Súmula no 249/TCU, Observar o Parecer Jurídico no 048/AJ/SEF, de de 11 MAIO AGO 09, que cita os casos em que a Súmula deve ser aplicada. Deixar de oferecer ao beneficiado pelo erro Observar o Parecer Jurídico no 048/AJ/SEF, de administrativo a oportunidade de, 13 AGO voluntariamente, ter o índice reduzido e de restituir valores recebidos indevidamente. Deixar de abrir IPM quando ocorrer saques Observar o Ofício no 132/Gab Cmt Ex, de 13 indevidos na conta de pensionista falecida, que DEZ 06. configurem crime. Deixar de observar os procedimentos corretos Observar o fluxograma contido no Parecer para apuração de irregularidades. Jurídico no 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09. Acidente com Viaturas Impropriedade Recomendação Deixar de instaurar Sindicância quando o Observar o Cap II, do Título I, da Portaria no acidente for sem vítimas ou não houver indícios 039/Gab Cmt Ex, de 28 JAN 10. de crime militar. A UG deverá anexar o Termo de Encerrar a Sindicância quando os envolvidos Reconhecimento da Dívida e prosseguir com o Processo (Sindicância, Perícia e Parecer assumirem a responsabilidade pelos débitos. Técnico) de acordo com o 1o, do art 14, da

219 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 219 Portaria no 039/Gab Cmt Ex, de 28 JAN 10. Ressarcimento de Débito com a União Impropriedade Recomendação Deixar de efetuar o desconto Observar o Parecer no 058/AJ/SEF, de 20 Jun 07; Of no em folha quando o militar não 090/AJ/SEF, de 20 Jun 07 e DIEx nº 1000-S/6/Gab/CPEx, de 17 possui margem consignável. ABR 13 Deixar de atualizar o débito. DIEx nº 15-Asse1/SSEF/SEF-CIRCULAR, de 19 FEV 13 Deixar de envidar esforços para notificar o responsável pelo débito, quando este não pertencer à Força. A UG poderá designar um militar para localizar e notificar o responsável; se o responsável se recusar a assinar a notificação, poderá ser feita com testemunhas. Não sendo localizado o responsável a UG poderá publicar a notificação no DOU. A UG na qual o militar causou o dano ao erário é a responsável por acompanhar o débito, tomando as seguintes medidas: 1. Encaminhar cópia do processo à UG de destino para, caso seja Deixar de acompanhar o débito necessário, implantar o desconto em contracheque do quando o militar é transferido responsável; para outra OM. 2. Manter a ICFEx informada por meio do RAAIIA (anexo ao RPCM); e 3. Dar quitação aos responsáveis, constando no processo tal informação, desde que recolhidos todos os encargos da dívida. Deixar de acompanhar inscrição na Dívida Ativa da União, quando o causador do dano se recusar a ressarcir ao erário. Solicitar a inscrição na Dívida Ativa da União via Região Militar e manter a ICFEx informada até o deslinde do caso (informar a ICFEx o número de protocolo da inscrição na Dívida Ativa da União). 1. Tratando-se de militar, observar o prescrito no art 149 do RAE, que estabelece que a recomposição do dano ao erário deverá ser realizada em parcela única. Na sua impossibilidade legal, o desconto deve ser realizado em parcelas mensais dos vencimentos em valor que cubra o montante da dívida e os Deixar de envidar esforços para encargos legais, observando os limites estabelecidos no Parecer que o erário seja recomposto no o n 058/AJ/SEF, de 20 JUN 07 e Ofício n o 090/AJ/SEF, de 16 menor tempo possível. ABR Tratando-se de pessoa não vinculada à Administração, deverá ser proposta a recomposição do dano ao erário em parcela única. Na sua impossibilidade, o parcelamento deverá ser em valor que cubra o montante principal da dívida e os encargos legais. Impropriedades Comuns Impropriedade Recomendação Deixar de abrir Processo Administrativo para Observar o Inc I, art 11, da Portaria no 008/SEF, conceder o direito de ampla defesa, em caso de de 23 DEZ 03. dano comprovado em IPM.

220 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 220 Impropriedades Comuns Impropriedade Recomendação Deixar de abrir Processo Administrativo para Observar o Cap VI do RAE e Ofício no recompor o erário quando na conclusão do IPM 090/AJ/SEF, de 20 JUN 07. não houver indício de Crime ou Transgressão. Deixar de informar à ICFEx quando da abertura Observar o art 3o, 2o da Portaria no 008/SEF, de IPM ou Sindicância com dano ao erário. de 23 DEZ 03. Designar como Sindicante militar sem Observar o art 20 da Portaria no 107-Gab Cmt precedência hierárquica sobre o Sindicado. Ex, de 13 FEV 12. Os processos de ressarcimento somente podem deixar de constar no RAAIIA mensal, no mês subsequente ao que for informada qualquer das situações abaixo: a. quitação total da dívida; Deixar de informar no RAAIIA o deslinde dos b. imputação do dano à União; c. informação do número de protocolo da processos de ressarcimento ao erário. inscrição do devedor na Dívida Ativa da União (que pode ser obtido junto ao Cmdo da 5ª RM5ªDE); ou d. conclusão, findo o processo, de que o fato apurado não resultou em dano ao Erário. 11. Legislação/Documentos de referência/ Consulta Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988; Lei nº 6.880, de 9 DEZ 80 Dispõe sobre o Estatuto dos Militares; Lei nº 8.112, de 11 DEZ 90 Dispõe sobre o Estatuto do Servidor Público Civil da União; Lei nº 9.784, de 29 JAN 99 Regula o Processo Administrativo no Âmbito da Administração Pública Federal; Lei nº , de 10 JAN 02 Institui o Código Civil Brasileiro; Medida Provisória nº , de 31 AGO 01 Dispõe sobre a Remuneração dos Militares; Decreto nº 4.307, de 18 JUL 02 Regulamenta a MP nº /2001; Decreto nº , de 6 JAN 32 Regula a Prescrição Quinquenal; Decreto nº , de 12 JAN 90 Aprova o Regulamento de Administração do Exército (RAE); Portaria nº 039-Cmt Ex, de 28 JAN 10 IG para apuração de acidentes envolvendo Vtr pertencentes ao Exército e indenizações de danos causados à União e a terceiros; Portaria nº 049-MF, de 1º ABR 04 Estabelece limites de valor para a inscrição de débitos fiscais na Dívida Ativa da União; Portaria nº 107-Cmt Ex, de 13 FEV 12 IG para Elaboração de Sindicância no âmbito do EB; Portaria nº 004-SEF, de 30 AGO 00 Normas para Realização das Atividades de Auditoria das ICFEx; Portaria nº 018-SEF, de 20 DEZ 03 Normas para Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas UG do EB; Portaria nº 815-SEF, de 28 SET 12 Aprova as Normas para a Realização de Tomada de Contas Especial (TCE);

221 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 221 Portaria nº 008-SEF, de 23 DEZ 03 Aprova as Normas para Apuração de Irregularidades Administrativas; Portaria nº 046-SEF, de 1º JUL 05 Aprova as Normas Complementares para Consignação de Descontos em Folha de Pagamento; Portaria nº 15-PGFN/RFB, de 15 DEZ 09 Dispõe sobre parcelamento de débitos para com a Fazenda Nacional (valor mínimo de cada parcela); Of nº 158-Asse Jur-04 (A1-SEF), de 16 DEZ 04 Implantação de desconto sem a anuência do responsabilizado; necessidade de Processo Administrativo/Sindicância, mesmo que o responsável reconheça a dívida; Necessidade de processo administrativo/sindicância mesmo quando o valor do dano for inferior a R$ 1.000,00 e o responsável que não pertença à Administração assine termo de reconhecimento de dívida; Of nº 015-A/2-SEF, de 03 MAR 05 Orientações quanto a procedimentos relativos a apuração e ressarcimento do dano ao Erário; Of nº 006-A2/SEF, de 26 JAN 06 Possibilidade de se imputar o dano à União, quando este for igual/inferior a R$ 1.000,00 e não for possível descontar em contracheque; Of nº 172-A1/SEF, de 04 SET 06 Define responsabilidade Objetiva do Exército em caso de Dano a Terceiro Direito de regresso; Of nº 090-A1/SEF, de 16 ABR 07 Possibilidade de parcelamento da dívida em mais de 60 parcelas; independência entre as instâncias (judicial, administrativa e cível); Of nº 163-A1/SEF, de 18 JUL 07 Ratifica a necessidade de Processo Administrativo mesmo para dívidas de valor inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais); Of nº 236-A1/SEF, de 03 JUL 09 Implantação do desconto em contracheque mesmo sem a anuência do responsável; responsabilização do agente da Administração somente quando não for possível o alcance do beneficiado administrativa ou judicialmente; Of nº 391-A1/SEF, CIRCULAR, de 10 NOV 09 Restituição de valores recebidos por força de decisão judicial posteriormente reformada; Of nº 359-A1/SEF, CIRCULAR, de 20 OUT 09 Comprovação de má-fé; Of nº 042-A1/SEF, de 01 MAR 10 Necessidade de comprovação da má-fé através de documentos; Of nº 047-A1/SEF, de 11 MAR 10 Princípio da segurança jurídica e aplicação retroativa de nova interpretação; restituição de valores recebidos por força de decisão judicial posteriormente revogada; Parecer nº 058/AJ/SEF, de 20 JUN 07 Limites de parcelamento do débito relativo a danos ao Erário; Parecer nº 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09 Apuração de danos ao erário; responsabilidade subsidiária do agente da Administração; aplicação das Súmulas 249-TCU e 34-AGU; Parecer nº 332/CONJUR-MD, de 21 AGO 09 Restituição de valores recebidos indevidamente Aplicação das Súmulas 249-TCU e 34-AGU Devolução de valores recebidos por força de decisão judicial precária (antecipação de tutela/medidas liminares). DIEx nº 111-Asse2/SSEF/SEF, de 17 JUL 13 - Inscrição de pessoa física ou jurídica no CADIN de Órgãos e Entidades Federais.

222 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 222 XVIII - SUPRIMENTO DE FUNDOS E CPGF 1. Suprimento de Fundos e CPGF no âmbito do EB No âmbito do Exército Brasileiro, a Portaria nº 012-SEF, de 16 JUN 08 dispõe sobre a utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) e da Conta Corrente tipo B. De acordo com a Portaria supracitada, o CPGF é o instrumento que deve ser usado para pagamento de suprimentos de fundos, sendo que somente na impossibilidade (devidamente justificada) da utilização do referido cartão poderá ser utilizado a conta tipo "B". Destaca-se, do Art 4º da Port 12-SEF/2008, a condição de que o agente suprido não pode ser o próprio Ordenador de Despesas, tendo em vista se tratar da autoridade que concede o suprimento de fundos. Cabe salientar, ainda, a necessidade de, antes de conceder o Suprimento de Fundos, observar os seguintes documentos complementares: - Macrofunção do Manual SIAFI ; - Portaria nº 018-SEF/2013 em especial: Anexo 7 - Proposta de Concessão de Suprimento de Fundos PCSF; Anexo 8 - Quadro Demonstrativo da Realização da Despesa por Meio da Concessão de Suprimento de Fundos; e Anexo 9 - Relação de Despesas sem Comprovantes. 2. Entendimentos Normativos O B Info 08/2008 publicou resumo do Acórdão 1276/2008-Plenário do TCU, tratando de Suprimento de Fundos e da utilização do CPGF, firmando os seguintes entendimentos, resumidamente transcritos a seguir: 9.2. firmar os seguintes entendimentos, em caráter normativo: as hipóteses previstas nos incisos I a III do art. 45 do Decreto nº /1986 exaurem o rol dos casos em que é possível a concessão de suprimento de fundos, devendo ser submetidas ao processo normal de aplicação as despesas cujos valores excedam ao fixado pela Portaria MF nº 95/2002, ou que não sejam eventuais e não exijam pronto pagamento ou as que não tenham caráter sigiloso (...); o suprimento de fundos aplica-se apenas às despesas realizadas em caráter excepcional, e, por isso, aquelas que se apresentem passíveis de planejamento devem ser submetidas ao procedimento licitatório ou de dispensa de licitação, dependendo da estimativa de valor dos bens ou serviços a serem adquiridos (...); os limites estabelecidos pelo art. 1º da Portaria nº 95/2002, do Ministério da Fazenda, referem-se a todo e qualquer tipo de suprimento de fundos e não apenas aos destinados a atender às despesas de pequeno vulto, ressalvados os casos expressamente autorizados por Ministro de Estado ou autoridade de nível hierárquico equivalente, desde que caracterizada a necessidade em despacho fundamentado, consoante o disposto no 3º do art. 1º daquele normativo (Portaria MF nº 95/2002) (...); a utilização de suprimento de fundos para aquisição, por uma mesma unidade gestora, de bens ou serviços mediante diversas compras em um único 115 disponível em

223 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 223 exercício e para idêntico subelemento de despesa, cujo valor total supere os limites dos incisos I ou II do art. 24 da Lei nº 8.666/1993, constitui fracionamento de despesa, situação vedada pelos referidos dispositivos legais (...); a realização de dispêndios mediante suprimento de fundos com direcionamento a determinados fornecedores constitui afronta ao princípio da impessoalidade, consagrado no art. 37 da Constituição Federal (...); [...] a concessão de suprimento de fundos, sempre precedida de motivação que evidencie a necessidade e excepcionalidade da utilização do referido instrumento, somente é admissível após formalização da demanda a ser atendida, discriminados, sempre que possível, os objetos a serem adquiridos, especialmente em relação às despesas de pequeno vulto, em observância ao disposto no art. 45 do Decreto nº /1986, bem como da Macrofunção SIAFI (...); até a eventual implantação do sistema informatizado a que alude o item deste acórdão, o ato de concessão de suprimento de fundos deve ser amplamente divulgado em boletim interno e em meio eletrônico de acesso público, em atendimento ao princípio da publicidade (...); na prestação de contas da utilização de suprimento de fundos, o suprido deve, quando for o caso, apresentar justificativa inequívoca da situação excepcional que o levou a fazer uso do cartão de pagamento na modalidade "saques em espécie", em atendimento ao estabelecido no art. 45 do Decreto nº /1986, com a redação dada pelo Decreto nº 6.370/2008, bem assim no art. 4º, 2º, da Portaria MPOG nº 41/2005, e na Macrofunção SIAFI (...); as faturas encaminhadas pela instituição operadora do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) devem ser juntadas aos processos de prestação de contas correspondentes, para fins de confronto com os demais documentos que dão suporte às despesas efetuadas no período (...); o atesto do recebimento de material ou da prestação de serviço deve ser efetuado por servidor distinto da pessoa do suprido, em obediência à Macrofunção SIAFI (...); [...] 9.6. determinar à Secretaria do Tesouro Nacional que, na qualidade de gestora do SIAFI, oriente imediatamente todos os órgãos/entidades federais quanto à necessidade de ser preenchido corretamente o campo "modalidade de licitação", na oportunidade da emissão da Nota de Empenho, de modo a evitar que seja apontado como "não-aplicável" aquilo que deveria ser registrado como "suprimento de fundos", favorecendo a que o sistema reflita adequadamente o montante da despesa realizada por esse instrumento (cf. item 6.2 do relatório de auditoria); 9.7. determinar ao (...) que: [...]

224 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl passe a inserir, nos processos de prestação de contas de suprimentos de fundos, os extratos das contas tipo "B", em cumprimento ao disposto na Macrofunção SIAFI , item (cf. item do relatório de auditoria); observe o que dispõem a Lei nº 4.320/1964, art. 65, o Decreto nº /1986, art 45, e o art. 1º da Portaria GDG nº 02/1995, passando a realizar a contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva ou pequenos reparos mediante licitação ou dispensa, dependendo da estimativa do valor dos serviços (cf. item do relatório de auditoria); 9.9. determinar ao (...) que: atente para o previsto na Macrofunção SIAFI , itens 5, 6 e 7, e nos itens I a III do art. 18 e, ainda, no art. 22 da OI/INSS/DIROFL nº 10/2007, fazendo constar do ato de concessão do suprimento de fundos informações pertinentes ao prazo máximo para aplicação dos recursos, ao prazo para a apresentação da prestação de contas e, quando da concessão mediante Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), informações quanto à sistemática de pagamento e ao valor limite para modalidade saque e fatura, de forma que não seja ultrapassado o montante constante da respectiva Nota de Empenho, em face do disposto no art. 5º da Portaria MPOG nº 41/2005 e na Macrofunção SIAFI (...); cumpra as disposições da Macrofunção SIAFI , item 9, e do art. 36 da OI/INSS/DIROFL nº 10/2007, deixando de conceder suprimento de fundos para a aquisição de material permanente (...); oriente seus servidores no sentido de que a concessão de suprimento de fundos passe a ocorrer somente a critério do ordenador de despesas e sob sua inteira responsabilidade, vedada a concessão na qual a pessoa do suprido se confunda com a pessoa do ordenador, em face do disposto no art. 65 da Lei nº 4.320/1964, no art. 45 do Decreto nº /1986 e na Macrofunção SIAFI , item 2 (...); na hipótese de prestação de contas aprovada com ressalva, tome as providências necessárias à sua regularização, instaurando, se for o caso, tomada de contas especial (...); verifique se os documentos juntados à prestação de contas apresentam data de emissão igual ou posterior à da entrega do numerário, bem assim se foram emitidos dentro do período fixado para a aplicação dos recursos, em obediência ao disposto na Macrofunção SIAFI , item 11.6 (...); oriente seus supridos para que juntem às prestações de contas de suprimentos de fundos os documentos originais devidamente atestados, emitidos em nome da autarquia, comprovando as despesas realizadas, em cumprimento ao contido no item da Macrofunção SIAFI ); determinar ao (...) que: oriente seus supridos no sentido de que as despesas realizadas mediante suprimento de fundos devem ser comprovadas por documento fiscal específico, emitido pelo fornecedor do material ou prestador do serviço, com a declaração de recebimento da importância paga, conforme estabelecido na Macrofunção SIAFI , item 11.5(...);

225 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl cuide para que os processos de que se trata tenham suas folhas devidamente numeradas e rubricadas (...); determinar à (...) que: adote procedimentos com o objetivo de controlar o montante dos gastos executados com suprimento de fundos, de forma a evitar a ocorrência de fracionamento de despesas, em atenção ao disposto na Lei nº 8.666/1993, art. 24, II, e na Portaria MF nº 95/2002, arts. 1º e 2º (...); 2. Créditos de destaque (modalidade de saque) As UG que receberem recursos de destaque e necessitarem conceder suprimentos de fundos, poderão adotar os seguintes procedimentos: a. utilizar somente o CPGF na modalidade fatura; b. não utilizar o CPGF na modalidade saque; e c. caso necessitem que o agente suprido tenha que estar com o numerário, conceda o suprimentos de fundos por intermédio da conta tipo "B", justificando o motivo da necessidade. 3. Concessão de Suprimento de Fundos em Caráter Excepcional - Procedimentos O B Info 08/2008, Anexo B, publicou o Of n Dir/D Cont/SEF, de 27 AGO 08, constando os procedimentos no caso de concessão de Suprimento de Fundos em caráter excepcional. 4. Manual de Suprimento de Fundos e CPGF A CGU elaborou manual denominado Suprimento de Fundos e Cartão de Pagamento, que busca orientar os gestores federais quanto à utilização dos recursos por Suprimento de Fundos e movimentados por meio do CPGF. Inicialmente, o manual traz 40 (quarenta) perguntas e respostas que, em linguagem clara e com muitos exemplos, são esclarecidas dúvidas sobre despesas passíveis de realização com o suprimento de fundos, pagamento de despesas em viagens e com alimentação em serviço, dentre outras. O citado manual traz, ainda, todas as normas sobre a administração dos suprimentos de fundos editadas entre 1964 e O conteúdo do manual esta disponível no sitio eletrônico da CGU: 5. Recomendações relevantes 5.1) Msg 2009/ DCont, de 12 Fev 09 - retransmissão da Msg 2009/ CCont-STN, informando que emissão do documento hábil SF no subsistema CPR deve ser utilizado como credor o CPF do Agente Suprido, exceto para as despesas classificadas em lei como sigilosas e para as quais seja imprescindível a manutenção do sigilo do agente público responsável pelo gasto. 5.2) Msg 2009/ CCont, de 13 Maio 09 - as notas de empenho relativas a suprimento de fundos devem ser emitidas na modalidade de licitação 09-suprimento de fundos, no sentido de que o sistema reflita adequadamente o montante da despesa realizada por esse instrumento. 5.3) Msg 2009/ CCont/STN, de 01 Set 09, as UG abstenham-se de emitir documentos hábeis 'SF em nome da própria UG para os casos em que a despesa não seja classificada como sigilosa. Quando a despesa for classificada como sigilosa, deve-se utilizar uma das situações de

226 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 226 suprimento de fundos específicas, as quais encontram-se relacionadas na Macrofunção SIAFI , item ) Msg 2010/ D Cont, de 04 Mar 10 - retransmitiu a Msg 2010/ , de 03, Mar 10, da CCont/STN, alterando a rotina de recolhimento de tributos em suprimento de fundos. 5.5) A Secretaria do Tesouro Nacional disponibiliza em sua página na internet o arquivo Procedimentos Contábeis Rotina Completa do Suprimento de Fundos na biblioteca SIAFI disponível em < 5.6) Observar os pareceres e orientações relacionados ao presente assunto constantes no sítio da SEF:< 5.7) A Portaria Normativa no 2039/MD, de 14 de agosto de que dispõe sobre a concessão, a aplicação e a comprovação de suprimento de fundos no âmbito do Ministério da Defesa, estabelece que não deve ser concedido suprimento de fundos por meio de contas tipo "B". 5.8) A Secretaria de Economia e Finanças, por meio da Msg 2014/ , estabeleceu que para a autorização, em caráter excepcional, de suprimento de fundos em conta tipo B, faz-se necessária a existência de 2 (duas) premissas: - a impossibilidade de utilização do Cartão de Pagamentos do Governo Federal (CPGF), devidamente justificada; e - possuir o parecer favorável da ICFEx de vinculação.

227 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 227 XIX FUSEx DESPESAS COM OCS/PSA 1. Considerações Iniciais Com o objetivo de contribuir para a melhoria dos controles internos administrativos116 da UG e evitar que os gestores pratiquem atos em desacordo com a legislação vigente, relativa à aplicação de recursos do FUSEx com OCS/PSA, são apresentados a seguir alguns fatos/situações que exemplificam práticas não adequadas, em que algumas UG têm incorrido, com recomendações para evitar possíveis impropriedades e/ou irregularidades administrativas: Impropriedades/Irregularidades Recomendações Edital/Contrato Divergência entre o que consta no edital de credenciamento e o contrato firmado com a Organização Civil de Saúde (OCS) ou Profissional de Saúde Autônomo (PSA), especialmente nas condições de pagamento. - Observar para que as condições de pagamento previstas no edital de credenciamento sejam as mesmas presentes no Termo de Contrato/Credenciamento firmado entre a UG e a OCS/PSA. - Certificar para que o Termo Aditivo seja firmado com base no objeto e nas condições previstas no Termo de Contrato/Credenciamento Inicial. Divergência entre o Termo Aditivo e o - Elaborar e divulgar novo Edital de Credenciamento, na Termo de Contrato/Credenciamento hipótese de necessidade de alteração do objeto e/ou inicial firmado com a OCS/PSA. condições previstas no Termo de Contrato/Credenciamento inicial firmado entre a UG e a OCS/PSA. Serviço(s) e material(ais) sem previsão no referencial de custos constante do Termo de Contrato/Credenciamento e/ou Termo Aditivo firmado com a OCS/PSA (Ex: Ar comprimido, oxigênio, taxa de comercialização de OPME, taxas de sala, diárias, dentre outros). - Realizar um levantamento detalhado de todos os serviços e materiais a serem utilizados com cada OCS/PSA. - Incluir no edital de credenciamento, e por conseguinte no Termo de Contrato/Credenciamento, o referencial de custos com os valores e/ou tabelas (Brasíndice, SIMPRO, AMB, CBHPM etc) dos procedimentos médicos, medicamentos, materiais hospitalares, diárias e taxas de comercialização (OPME, ar comprimido, oxigênio etc) necessários, apresentando de forma detalhada as condições de pagamento. Termo de Contrato/Credenciamento e/ou Termo Aditivo sem previsão de margem de comercialização, a ser acrescida ao Preço de Fábrica (PF), nos casos de medicamentos de uso restrito hospitalar, soluções parenterais/nutrições enterais e materiais descartáveis. - Prever em contrato a margem de comercialização (%) a ser acrescida no PF para os casos de medicamentos de uso restrito hospitalar, soluções parenterais/nutrições enterais e materiais descartáveis. O percentual a ser aplicado deve ser aquele devidamente autorizado pelo escalão superior responsável. 116 Os controles internos administrativos devem ser entendidos como quaisquer ações, métodos ou procedimentos adotados pelas unidades organizacionais, relacionados com a eficiência operacional e obediência às diretrizes estratégicas para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas sejam atingidos (item 5.1 Capítulo V do Manual de Auditoria - EB10-MT , 1ª Edição, publicado na Portaria nº Cmt Ex, de 17 JAN 13).

228 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 228 Impropriedades/Irregularidades Recomendações A UG não possui assinaturas relativas ao Guia Brasíndice e à Revista SIMPRO, utilizadas como referenciais para cobrança de materiais e medicamentos ou, quando dispõe, as mesmas estão desatualizadas. Tal situação prejudicada a realização da lisura das despesas médicas. - Providenciar a assinatura do guia e/ou da revista a serem utilizados como referenciais de cobrança de materiais e medicamentos e na realização da lisura. - Observar que os mesmos devem estar atualizados e que a renovação das assinaturas seja realizada tempestivamente para permitir continuidade da realização das lisuras. Lembrar que o guia/revista a ser utilizado na lisura é aquele correspondente à data da realização do procedimento. - Definir no edital de credenciamento e, por conseguinte, no Termo de Contrato/Credenciamento, de maneira clara e detalhada, a forma que será realizada a cobrança das OPME, ou seja, prever, entre outros: (1) a taxa de comercialização (%) a ser aplicada sobre o Falta definição da forma de cobrança de preço da Nota Fiscal; OPME (Órteses, Próteses e Materiais (2) a apresentação de pesquisa de preços realizada pela Especiais). OCS; (3) a necessidade da OCS solicitar autorização prévia, nos procedimentos eletivos, para a aquisição das OPME; (4) a necessidade de envio da Nota Fiscal do material adquirido; e (5) os casos excepcionais (urgência). Execução do Contrato Divergência entre os valores dos procedimentos médicos, medicamentos, materiais descartáveis, soluções parenterais/nutrições enterais com aqueles constantes do referencial previsto em Termo de Contrato/Credenciamento (Ex.: Brasíndice, SIMPRO, CMED, AMB e/ou CBHPM). - Apurar, por meio da Comissão de Lisura, se os valores faturados estão em conformidade com as condições e valores estabelecidos no Termo de Contrato/Credenciamento vigente. - Abster-se de autorizar qualquer pagamento às OCS/PSA cujos serviços/materiais e valores não estejam em estrita conformidade com o previsto no Termo de Contrato/Credenciamento, ou em seus Termos Aditivos legalmente estabelecidos. Procedimentos médicos, medicamentos, materiais e/ou soluções não constantes no referencial e tabelas previstos em contrato (Ex.: Brasíndice, SIMPRO, CMED, AMB e/ou CBHPM). - Implementar rotina para avaliar de forma criteriosa e rigorosa o Termo de Contrato/Credenciamento, antes da sua publicação, atentando, em especial, no que diz respeito as condições de pagamento dos serviços a serem prestados pelas OCS/PSA, descrevendo-as de forma clara e completa, abrangendo todos os serviços que serão prestados e/ou materiais que serão utilizados, com as respectivas tabelas ou parâmetros em que serão pagas à OCS/PSA. Prever no edital de credenciamento como serão pagos os casos excepcionais que porventura não foram incluídos no referencial de custos. - Verificar a cobrança das diárias e confrontar com a data Divergência entre as quantidades de da entrada e da alta do paciente. Em caso de divergência, a Diárias e o período de internação. UG deverá glosar os valores cobrados a maior.

229 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 229 Impropriedades/Irregularidades Recomendações Nos casos de OPME, falta no processo a solicitação pelo médico assistente dos materiais a serem utilizados no procedimento, a pesquisa de preços realizada pela OCS e a cópia da Nota Fiscal. - Observar para que nas aquisições de OPME constem no processo: - solicitação do médico assistente em lista discriminada dos materiais para aquisição; - pesquisa de preços contendo no mínimo três cotações; e - cópia da Nota Fiscal devidamente preenchida. Pagamento da Guia de Encaminhamento - Atentar para que os valores constantes da Guia de divergente da fatura emitida pela Encaminhamento sejam os mesmos faturados pela OCS/PSA. OCS/PSA, descontadas as glosas. - Atentar para o correto preenchimento da Guia de Encaminhamento do serviço(s) e/ou procedimento(s), em especial quanto à descrição correta do que foi realizado A descrição dos procedimentos na Guia pela OCS/PSA. Assim, os itens da guia devem ser de Encaminhamento não condiz com detalhados tanto quanto possível (separar valores de o(s) serviço(s) e/ou procedimento(s) diárias, medicamentos, materiais etc) para que, após a prestado(s). auditagem, reflitam realmente os itens da fatura da OCS, possibilitando assim que os dados constantes no sistema do DGP sejam os mais precisos possíveis. - Incluir nos procedimentos de auditoria das contas A Guia de Encaminhamento não consta médicas a verificação se consta(m) no processo a(s) no processo. guia(s) de encaminhamento referente(s) ao beneficiário. - Atentar para que todas as guias emitidas para o Falta assinatura do beneficiário na Guia beneficiário estejam assinadas pelo mesmo, salvo exceções de Encaminhamento. justificadas. Falta assinatura do Cmt/Ch ou Diretor da OM/OMS/UG FUSEx nas Guias de Encaminhamento com valores acima de R$ ,00 (dez mil reais), auditadas ou não. - Observar para que todas as guias de encaminhamento com valores acima de R$ ,00 (dez mil reais) estejam assinadas pelo Cmt/Ch ou Diretor (Of. n 011 DGP Sau, 16 abr 10). - Verificar se o campo Valor Devido corresponde aos O desconto (do beneficiário) de 20% 20% referentes à participação do beneficiário e se este sobre total da fatura não foi realizado. valor foi implantado na Ficha Financeira do titular. - Realizar um rigoroso controle dos beneficiários internados nas OCS, atentando para a necessidade de um Falta Planilha de Controle de Internações permanente acompanhamento dessas internações nas OCS credenciadas. (auditoria concorrente) - Of n 483, DSau.SDir Ap Sau, de 1º JUN 10. Lisura/Glosa - Realizar a lisura de todas as contas médicas, adotando os Falta lisura nas faturas para verificar se procedimentos necessários à correta liquidação das as despesas estão previstas e/ou de despesas, verificando se os valores constantes da fatura acordo com o Termo de (serviços, medicamentos, materiais descartáveis, diárias, Contrato/Credenciamento. taxas etc) estão em estrita consonância com o estabelecido no Termo de Contrato/Credenciamento.

230 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 230 Impropriedades/Irregularidades Recomendações - Realizar a lisura de todas as contas médicas, adotando os procedimentos necessários a correta liquidação das Falta lisura nos procedimentos médicos despesas, verificando se os serviços constantes da fatura da para verificar se os procedimentos OCS/PSA estão coerentes com o encaminhamento competem com a situação clínica do realizado e se os procedimentos, medicamentos e beneficiário. materiais estão coerentes com o serviço prestado (tipo de medicamento/material e quantidades utilizadas). Falta da auditoria concorrente (aquela em que o médico auditor da UG FUSEx realiza a chamada visita hospitalar ), a fim de verificar a composição das despesas, bem como a assistência prestada aos beneficiários internados. - Cumprir as determinações constantes na Msg SIAFI nº 2010/ , de 07 MAIO 10, da Diretoria de Saúde, publicada no Boletim Informativo nº 05/2010, desta Inspetoria, transcritas do Of nº 011-DGP.D Sau.S Dir AP Sau, de 16 ABR 10, que tratam de melhorias no processo de gestão dos recursos de saúde, dentre estas, a necessidade da auditoria concorrente. - Atentar para que o médico/enfermeiro auditor Falta formalização, por meio de glosa, responsável apresente por escrito à OCS/PSA as das divergências encontradas na lisura. divergências encontradas na lisura. Falta de publicação em Boletim Interno - Deverá ser designado por intermédio de BI o(s) (BI) da designação do(s) médico(s) médico(s) responsável(is) pelas visitas às OCS (Of n 011responsável(is) pelas visitas hospitalares. DGP Sau, 16 ABR 10). A equipe responsável pela lisura de - Observar a necessidade da segregação de função entre a contas médicas também é responsável Comissão de Lisura e a Seção FUSEx (Art 23 Port n 759 pelo atendimento da Seção FUSEx. Gab Cmt Ex, de 20 DEZ 02). 2. Boas Práticas Outro objetivo desta publicação é apresentar boas práticas realizadas por algumas das UG vinculadas a esta Inspetoria, oferecendo assim oportunidade de melhoria na gestão dos controles internos administrativos referente a despesas do FUSEx (contratação de OCS/PSA): Boas Práticas - Área FUSEx 1) Desmembramento do edital de credenciamento, colocando como anexo o referencial de custos dos serviços e procedimentos a serem prestados. Isso permite que no edital seja apresentado o arcabouço jurídico e no referencial de custos (anexo ao edital) todos os procedimentos e serviços que serão prestados, contendo de maneira detalhada a forma que os mesmo serão prestados, bem como a forma de cobrança e seus valores (modelo utilizado pelo HGeC). 2) Edital de credenciamento com recebimento de propostas por período prolongado (6 meses). Permite o recebimento e a inclusão de propostas de novas OCS/PSA por um período de tempo maior (caso utilizado pelo H Gu Fl). 3) Procedimentos médicos: classificação por tipo de procedimento, com a tabela de cobrança e edição, aplicando Custo Operacional e, no caso dos honorários médicos, a tabela específica com banda de redução (se for o caso), podendo também utilizar valores diferentes para cada porte hospitalar (previstos em edital).

231 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 231 Boas Práticas - Área FUSEx 4) Exames Complementares: detalhamento dos exames laboratoriais, exames e serviços de diagnóstico e terapia, com tabela de cobrança e Coeficiente de Honorários CH, no caso da AMB, ou Custo Operacional, no caso da CBHPM, para os honorários, informando ainda o percentual de redução. 5) Medicamentos de alto custo e materiais especiais discriminados em tabela específica (anexo) com os procedimentos a serem adotados para sua aquisição. 6) Filme radiológico: tamanho do filme com base em tabela (AMB, CBHPM) e valores a serem cobrados (Ex.: Colégio Brasileiro de Radiologia). 7) Diárias discriminadas por tipo de diária (hospitalar, hospital-dia, acompanhante), composição das diárias (normal e especial) e tipo de acomodação (quarto privativo, semi-privativo, enfermaria, berçário, UTI), além do padrão das acomodações por militar e sua graduação e dos cargos ou funções de servidores civis. 8) Taxas de Salas: compreende as salas tais como cirúrgica, de recuperação, obstétrica e ambulatoriais (quimioterapia, pronto-socorro, radiologia, pequenas cirurgias, endoscopia etc). Para cada sala é demonstrado o que está ou não previsto na mesma. 9) Gasoterapia: quantifica conforme a vazão e remuneração por hora ou sessão (modelo de tabela do HGeC). Aspiração R$ x,xx Ar comprimido (cada hora) R$ x,xx Oxigênio (2 Litros/min) cada hora R$ x,xx Oxigênio (3 Litros/min) cada hora R$ x,xx Oxigênio (6 Litros/min) cada hora R$ x,xx Oxigênio (10 Litros/min) cada hora R$ x,xx Oxigênio (15 Litros/min) cada hora R$ x,xx Inalação (os materiais, medicamentos e soluções estão inclusos na taxa) R$ x,xx Protóxido de Azoto (cada hora) R$ x,xx Óxido Nítrico R$ x,xx Gás Carbônico (cada hora) R$ x,xx Para cada procedimento é apresentada uma explicação de como a vazão será remunerada. 10) Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutricionista e Psicologia: valores apresentados em tabela, detalhando a forma de cobrança para cada procedimento. 11) Pacotes: pacotes específicos para os procedimentos de dermatologia, cardiologia, oftalmologia, endoscopia, ginecologia e obstetrícia, dentre outros. Ressalta-se que as boas práticas apresentadas servem de modelo, que devem ser adaptadas às necessidades de cada UG FUSEx. É importante que o maior número de procedimentos e serviços sejam contemplados no Contrato/Credenciamento a ser firmado com a(s) OCS/PSA contratada(s). 3. Of nº 22-SATT/5ª ICFEx, de 28 ABR 08 Transcreve-se, a seguir, orientação circular expedida pela 5ª ICFEx sobre a contratação de OCS/PSA por parte das OMS e UG-FUSEx:

232 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Trata o presente sobre contratação de Organização Civil de Saúde (OCS) e Profissionais de Saúde Autônomos (PSA). 2. Como é de conhecimento de V Sa, a contratação das entidades e profissionais de saúde obedece a ritual peculiar e permeado de exceções e permissivos autorizados pela Secretaria de Economia e Finanças (SEF). 3. A fim de dirimir duvidas e melhor orientar as UG vinculadas, especificamente, as Organizações Militares de Saúde (OMS), Postos Médicos de Guarnição (PMGu) e as UG com encargo de atendimento do FUSEx, Unidade de Atendimento (UAt), que realizam este tipo de contratação/despesa, julgamos oportuno rever alguns procedimentos: a. em entendimento pretérito, a contratação de determinada OCS/PSA, com despesa estimada inferior ao valor mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais), poderia ser amparada no Inc II, art 24, Lei nº 8.666/93. Entretanto, a SEF, recentemente assim se pronunciou: (...) "as dotações orçamentárias para atender despesas com OCS/PSA estão vinculadas a programas de trabalho convenientemente definidos, com o propósito de permitir avaliações do desempenho gerencial em termos de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade, respeitados os princípios da anualidade orçamentária e da competência da despesa. Consequentemente, o valor anual para fins de contratação de OCS/PSA, com fulcro no Inc II, do art 24, da Lei 8.666/93, na modalidade "dispensa de licitação", é de R$ 8.000,00." b. significa dizer, caso a UG tenha despesas estimadas "anuais" com determinada OCS/PSA superiores ao limite de dispensa de licitação (Inc II, art 24, Lei nº 8.666/93), ou seja, R$ 8.000,00, deverá realizar processo de Inexigibilidade de licitação, o qual deverá ser realizado sob os ditames do art 26, Lei nº 8.666/93, portanto, tal ato administrativo deve ser ratificado pela autoridade superior (Comandante da Região Militar) para, em seguida, a referida Inexigibilidade ser devidamente publicada no Diário Oficial da União (DOU), através do Sistema SIASG/ SIDEC/DISPINEXIG/IALDISPINEX; c. a fim de reduzir gastos com publicações, recomendamos realizar uma única publicação desta natureza, para tanto, a UG deverá, no mesmo processo de Inexigibilidade, relacionar todas as OCS/PSA com gastos estimados anuais superiores a R$ 8.000,00 (oito mil reais); d. considerando valores estimados, caso haja previsão de gastos anuais próximos a R$ 8.000,00 (oito mil reais), com determinada OCS/PSA, recomendamos a UG já incluir estas no mesmo processo, pois assim, evitar-se-á uma eventual nova publicação, caso a despesa ultrapasse este valor no decorrer do ano; e. cabe rememorar, com intuito de evitar equívocos comumente observados, que o valor a ser registrado no SIASG/SIDEC é aquele estimado por OCS/PSA para o ano inteiro, e não outros valores, como por exemplo, o valor inicial da primeira despesa efetuada e/ou total do crédito disponível no momento do lançamento da referida Inexigibilidade no sistema; f. ainda, as OCS/PSA deverão ser submetidas a prévio cadastramento/ credenciamento pela UG, com o fito de verificar se atendem as condições para uma eventual e futura contratação. Assim sendo, a UG deve elaborar, preliminarmente, "edital de

233 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 233 credenciamento", onde constará o regramento e as condições de habilitação destas entidades e profissionais; g. consoante com os princípios da Igualdade, Publicidade, Transparência, etc, a UG deverá publicar, anualmente, aviso em jornal de circulação local, manifestando o desejo de contratar/credenciar OCS/PSA nas especialidades (conforme necessidades da UG), mesmo que as demais OCS/PSA estejam atendendo as necessidades da UG, isto é, permitir que outros interessados possam se habilitar; h. no tocante a contrato, como regra geral, todo o serviço parcelado e/ou continuado deve ser formalizado por "termo de contrato", sendo seu extrato publicado no DOU, por intermédio do SIASG, módulo "SICON", bem como demais procedimentos correlatos (cronograma, fiscal do contrato, aferição/apropriação, etc). Entretanto, como a matéria segue regramento especifico, como já citado anteriormente, vejamos orientações específicas sobre o tema: 1) contratação estimada até R$ ,00 (oitenta mil reais), anual, por OCS/PSA, não há obrigatoriedade da publicação do extrato do contrato no DOU e, por conseguinte, o registro do mesmo no SIASG/SICON. A critério do OD, o mesmo poderá ser publicado; e 2) já a contratação com valor estimado superior a R$ ,00 (oitenta mil reais), anual, por OCS/PSA, deverá ter o extrato do contrato publicado no DOU, vale dizer, registrado no SIASG/SICON. i. no quesito nota de empenho (NE), a mesma deve ser realizada no SIASG/SISME, sob a modalidade "inexigível", atentando para preencher o campo "inciso" constante na NE com os dígitos "00", a fim de que o sistema reconheça como "caput" do art 25, da Lei nº 8.666/93; j. quanto à apropriação para a liquidação das despesas, a UG deverá adotar os seguintes procedimentos: 1) liquidação de despesas "com" contrato registrado no SIASG/SICON, ou seja, valor estimado da contratação anual superior a R$ ,00 (oitenta mil reais): a) realizar a inclusão do contrato no SIASG/SICON/CRONOGRAMA, visando o acompanhamento e a medição do mesmo. Após inicializar o cronograma, registrar o valor total estimado do contrato no SIASG/SICON/ CRONOGRAMA/APROPRIACT/REGIVACONT. Este procedimento gera saldo, por meio de nota de lançamento (NL) na conta contábil contrato de serviços; e b) proceder a liquidação da despesa no SIASG/SICON/CRONOGRAMA/ APROPRIANF/INCNOTAFIS, utilizando o documento hábil "NO" e a situação "p02". Já para a inclusão das deduções referentes às despesas, acessar o documento (2008NOxxxxxx), transação ATUCPR do SIAFI, informando na 1ª tela a opção "a"alteração. 2) para liquidação de despesas "sem" contrato, ou seja, valor estimado da contratação anual inferior a R$ ,00 (oitenta mil reais): a) realizar a inclusão da Inexigibilidade no SIASG/SICON/ CRONOGRAMA, visando o acompanhamento e a medição do serviço prestado. Após inicializar o

234 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 234 cronograma, registrar o valor do mesmo no SIASG/SICON/CRONOGRAMA/APROPRIACT/ENCROSCONT. Este procedimento "não" gera saldo na conta contábil contrato de serviços; e b) proceder a liquidação da despesa no SIASG/SICON/CRONOGRAMA/APROPRIANF/INCNOTAFIS, utilizando o documento hábil "NP" e a situação "p01". Já para a inclusão das deduções referentes as despesas, a UG deverá acessar o documento (2008NOxxxxxx) na transação ATUCPR do SIAFI, informando na 1ª tela a opção "a"- alteração. 3) para liquidação de despesas realizadas na modalidade dispensa de licitação, ou seja, valor estimado da contratação inferior a R$ 8.000,00 (oito mil reais) anual: - proceder a liquidação da despesa no SIAFI, "ATUCPR", o documento hábil "NP" e a situação "p01". utilizando a transação 4. Ainda, como procedimento de despesa e de acordo com os princípios norteadores da administração, a UG deverá cumprir o previsto nos art 14 e 15 da Portaria nº 048-DGP, de 28 Fev 08, a qual aprova as Instruções Reguladoras para Assistência MédicoHospitalar aos Beneficiários do FUSEx (IR 30-38). Com efeito, o beneficiário quando encaminhado, poderá escolher a OCS/PSA que melhor lhe convier dentre os previamente contratados na especialidade indicada para o seu atendimento, para tanto, as UG deverão manter uma relação atualizada de OCS/PSA contratados ou conveniados, que deverá ser divulgada aos beneficiários vinculados. 5. A título de informação, no âmbito da 5ª Região Militar, as OMS, PMGu e UAt, no exercício passado (2007), empenharam e liquidaram valores superiores a vinte e nove milhões de reais nesta atividade. 6. Portanto, recomendo a V Sa mandar observar a legislação vigente e demais orientações sobre o assunto, a fim de que este tipo de despesa seja contratada sob os rigores da lei. 7. Corroborando com números retro citados, é cediço que estas despesas, muitas vezes, são por demais peculiares e singulares, vale dizer incisivamente, precisam de fiscalização específica, especializada e eficaz, a fim de evitar pagamentos indevidos e equivocados, causando prejuízos para a Administração Pública. 8. Ademais, parece ser esta preocupação também dos órgãos superiores. Confirme-se: a. Portaria nº 759-Cmt Ex, de 20 Dez 02, a prova as Normas para Implantação e Funcionamento das Comissões de Ética Médica, de Revisão de Prontuário Médico, de Lisura de Contas Médicas e de Controle de Infecção Hospitalar em Organizações Militares de Saúde do Exército DA COMISSÃO DE LISURA DE CONTAS MÉDICAS Art. 20. A Comissão de Lisura de Contas Médicas destina-se a efetuar revisão técnica, ética e contábil das contas hospitalares e ambulatoriais, procedentes de prestadores contratados/credenciados pelo Sistema de Saúde do Exército, para evitar possíveis distorções, controlar a qualidade dos serviços e, sobretudo, zelar pelo criterioso emprego dos recursos financeiros.

235 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 235 Art. 22. Nas OMS em que o volume de contas a serem revisadas for expressivo, os oficiais integrantes da Comissão de Lisura deverão, em princípio, a critério do diretor, dedicarem-se exclusivamente às atividades próprias da revisão. Art. 23. A Comissão de Lisura de Contas Médicas manterá estreita ligação com a seção Fundo de Saúde do Exército (FUSEx) sem vinculação ou subordinação, com livre acesso aos contratos e credenciamentos dos prestadores de serviço. Art. 24. A Comissão tem as seguintes atribuições e competências: (...) II - verificar a existência da documentação de encaminhamento ou de caracterização de emergência/urgência; III - conferir, de acordo com tabelas apropriadas, medicamentos e materiais cobrados, com os que foram prescritos nas "papeletas" e nas fichas de gastos do centro cirúrgico e/ou de enfermagem; IV - verificar se os honorários médicos estão de acordo com o estabelecido nos contratos ou, em casos específicos, se são compatíveis com a prática médica; V - no emprego de material de alto custo, verificar se o preço é compatível com o mercado, caso não seja necessário efetuar licitação; VIII - carimbar, datar e assinar o verso do espelho da fatura, para fim de comprovação da conformidade efetuada; X - elaborar, mensalmente, o relatório estatístico das conformidades efetuadas, constando o somatório dos valores originalmente apresentados, após a revisão, e das respectivas diferenças; e XI - corrigir a carmim as distorções detectadas. b. o Sr Diretor de Saúde, por intermédio da Msg DGP, de 30 Jun 06, determina que a Comissão de Lisura Médica elabore um processo contábil da despesa realizada, referente a cada paciente encaminhado para internação; c. a SEF, por meio do Of nº 044-A/2-CIRCULAR, de 13 Jun 05, se reportando ao Of nº 157-DGP-DAP-FUSEx, de 07 Jun 05, enfatiza que a lisura é pré-requisito para a liquidação e deve ser atestada no verso das Notas Fiscais e Recibos de Pagamento de Autônomos (RPA); e d. a Portaria 173-DGP, de 28 Nov 06, a qual aprova as Instruções Reguladoras de Postos Médicos de Guarnição IR 30-86, dispõe no art 10 que compete às chefias dos PMGu observar a Portaria nº 759-Cmt Ex, acima citada. 9. Solicito a V Sa, além dos documentos citados, mandar consultar, no mínimo, o que se segue, sem prejuízo de outras publicações sobre o assunto: - Msg SIASG nº DLSG, de 31 Jul 01; - Msg SEF, de 24 Jul 03; - Of nº 049-A2/SEF-Circular, de 22 Mai 01; - Of nº 065-A2/SEF-Circular, de 18 Jun 02; - Of nº 184-A2/SEF, de 20 Nov 07 (intranet.sef.eb.mil.br/assessoria2/index.htm); e - Parecer nº 033-AJ/SEF, de 11 Mai 06 ( 10. Diante do exposto, solicito a V Sa mandar verificar se essa UG cumpre os procedimentos retro citados, providenciando, se for o caso, desde já, as devidas correções. AUGUSTO CEZAR AZEVEDO CARDOSO - Cel Chefe da 5ª ICFEx

236 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Portaria nº 018-SEF/2013 A supracitada Portaria, que trata das Normas para a Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas UG do EB, traz, em seu Anexo 15, um roteiro para controle e arquivamento de documentação pertinente às despesas do FUSEx, destacando os documentos que devem estar pre sentes na Seção de Conformidade dos Registros de Gestão, no Setor Financeiro e no Setor FUSEx das UG. 5. Advocacia-Geral da União (AGU) A AGU disponibiliza modelos de minutas de editais de credenciamento, termos de contrato e listas referenciais relacionadas às áreas do FUSEx, SAMMED e PASS em seu site: Fonte: ( XX CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS 1. Conceito

237 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 237 A Portaria nº 018-Cmt Ex, de 17 JAN 13 (EB10-MT , 1ª Edição, 2013) aprovou o Manual de Auditoria. Trata-se de uma publicação que surgiu com a finalidade de consolidar, em um só documento, a vasta e complexa legislação que embasa a atividade de auditoria no âmbito do Exército Brasileiro. De acordo com a supracitada Portaria, o conceito de Controles Internos Administrativos é o seguinte: Conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos das unidades sejam alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, tendo por objetivo geral evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades e, por objetivos específicos, os que seguem: a) observar as normas legais e regulamentares; b) assegurar, nas informações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade; c) evitar o cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes; d) salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto à sua boa e regular utilização, bem como assegurar a legitimidade do passivo; e e) assegurar a aderência das atividades às diretrizes, planos, normas e procedimentos da unidade. (grifo nosso) Complementando esse conceito, o Manual de Auditoria, em seu Capítulo V, afirma: Os controles internos administrativos devem ser entendidos como quaisquer ações, métodos ou procedimentos adotados pelas unidades organizacionais, relacionados com a eficiência operacional e obediência às diretrizes estratégicas para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas sejam atingidos Os controles internos administrativos podem ser dos seguintes tipos: PREVENTIVOS - buscam evitar que fatos indesejáveis ocorram; DETECTORES - para detectar e corrigir fatos indesejáveis já ocorridos; DIRETIVOS - para provocar ou encorajar a ocorrência de um fato desejável Em linhas gerais, são objetivos dos controles internos administrativos: a) salvaguardar os ativos de prejuízos decorrentes de fraudes ou de erros não intencionais; b) antecipar-se, preventivamente, ao cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes; c) assegurar a validade e integridade dos dados financeiros e contábeis que serão utilizados para a tomada de decisões; d) incrementar a eficiência operacional e promover a obediência às normas internas;

238 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 238 e) assegurar aderência às diretrizes estratégicas, planos, normas e procedimentos da unidade organizacional; f) propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter administrativo/operacional, sobre os resultados e efeitos atingidos; e g) permitir a implementação de programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando obter economicidade, eficiência, efetividade e equidade. (grifo nosso) Os controles internos administrativos implementados no Comando do Exército têm caráter prioritariamente preventivo, e servem como instrumentos auxiliares de gestão relativamente a todos os níveis hierárquicoorganizacionais Um necessário ambiente de controle no Comando do Exército, fomentado pelas atitudes e ações dos gestores, inclui: a) valores éticos compartilhados; b) estrutura organizacional; c) delegação de competência; d) política e prática da gestão de pessoas; e) competência técnica dos profissionais; e f) canais de comunicação capazes de dar à gestão informações adequadas e fidedignas. 2. Avaliação dos Controles Tão importante quanto a implantação de controles internos administrativos, no âmbito das UG, é a avaliação desses controles para que possa ser possível mensurar se os objetivos estão sendo alcançados. Com relação aos aspectos de avaliação desses controles, o Manual de Auditoria traz o seguinte: Relação custo/benefício que consiste na avaliação do custo de um controle em relação aos benefícios que ele possa proporcionar Qualificação adequada, treinamento e rodízios de servidores, uma vez que a eficácia dos controles internos administrativos está diretamente relacionada com a competência, formação profissional e integridade do pessoal. É imprescindível haver uma política de pessoal que contemple: a) a seleção e o treinamento de forma criteriosa e sistematizada, buscando melhor rendimento e menores custos; b) o rodízio de funções, com vistas a reduzir/eliminar possibilidades de fraudes; c) a necessidade de os servidores civis e militares gozarem férias regularmente, como forma inclusive de evitar a dissimulação de irregularidades; e d) a delegação de poderes e definição de responsabilidades, conforme previsto em lei, será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com vistas a assegurar maior rapidez e objetividade às decisões. O ato de delegação deverá indicar, com precisão, a autoridade

239 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 239 diligente, a autoridade delegada e o objeto da delegação, além de observar o seguinte: 1. existência de regimento interno e organograma adequados, em que a definição de autoridade e consequentes responsabilidades sejam claras e satisfaçam plenamente as necessidades da organização; 2. existência de manuais de procedimentos e rotinas, claramente determinados, que considerem as funções de todos os setores da organização; 3. segregação de funções, devendo a estrutura das unidades organizacionais prever a separação entre quem autoriza ou aprova a execução, o controle e a contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo com este princípio; 4. instruções devidamente formalizadas para se atingir um grau de segurança adequado, sendo indispensável, para tanto, que as ações, procedimentos e instruções sejam claros e objetivos e emitidos por autoridade competente; 5. controles sobre as transações que se materializam pelo acompanhamento dos fatos contábeis, financeiros e operacionais e autorizados por autoridade competente; e 6. aderência às diretrizes e normas legais para assegurar que o controle interno administrativo observe as diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos; e que os atos e fatos de gestão sejam realizados com legitimidade e legalidade e relacionados com a finalidade das UG, das entidades vinculadas e do FEx. (grifo nosso) É sabido que existem limitações inerentes aos controles internos administrativos, tendo em vista a possibilidade de ocorrência de falhas humanas, como interpretação errônea de instruções, negligência, conluio, entre outras. Assim, a Portaria nº 018-Cmt Ex/2013 inova ao trazer o Questionário de Avaliação dos Controles Internos (QACI), em seu Anexo A, que permite realizar uma avaliação preliminar. É útil ressaltar que tal questionário faz parte do Relatório de Gestão (item 3 - Estruturas de Governança e de Autocontrole da Gestão), elaborado pela UG por ocasião da Prestação de Contas Anual (PCA). Desta forma, após a aplicação do QACI, quanto maior for o grau de adequação dos controles internos administrativos aferidos pelas respostas aos questionamentos, menor será a vulnerabilidade, podendo-se, em consequência, dispensar os testes adicionais de auditoria ou, ainda, determinar uma menor extensão e profundidade dos próprios testes. A seguir, é apresentado o QACI, que também está disponível no site da 5ª ICFEx:

240 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 240

241 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 241

242 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 242 XXI - DIVERSOS 1. Doações e Patrocínios O recebimento de patrocínio/doação é legal. Por intermédio do documento abaixo transcrito, a SEF orienta sobre procedimentos a serem adotados, quando do recebimento de patrocínio ou da cessão de instalação a título oneroso ou não: (Transcrição do Of n 011- SPE/D Aud/SEF-Circular, 10 Dez 07 - Publicado B Info 12/2007) (...) a. patrocínio 1) quando a UG receber diretamente do patrocinador, qualquer valor em dinheiro ou cheque, esse será depositado na conta única do tesouro, por meio da guia de Recolhimento Único (GRU) e contabilizado na unidade orçamentário Fundo do Exército (F. Ex). A partir desse momento, esse recurso transmuda-se para público e a despesa respectiva seguirá o rito normal, ou seja: a)solicitar o crédito ao F Ex; b)antes de empenhar, verificar a necessidade de licitar-se ou não; e c)incluir no patrimônio o material adquirido ou o resultado da prestação de serviço que provoque sua alteração. 2) quando a UG receber o material e/ou a prestação de serviço, que altere o seu patrimônio, e não valores em dinheiro ou cheque, esses serão incluídos em carga, seguindo a legislação em vigor. 3) quando o valor, o material ou o serviço prestado for administrado exclusivamente pelo patrocinador ou por outra organização que não seja a própria UG, somente será incluído no patrimônio tudo que alterá-lo. Os valores não serão contabilizados, pois não são geridos pela UG. È necessário celebrar um contrato que especifique todas as atividades envolvidas no patrocínio. b. cessão de instalações - a cessão de instalações da UG ou de suas vinculadas para terceiros, a título oneroso ou não, para a realização de atividades diversas, tais como: um dia no quartel, exposições, shows e outras congêneres, deverá ser consubstanciada em um contrato, que especificará todas as atividades, direitos e deveres. Não esquecer as despesas com as concessionárias de serviços públicos. 3. Assim sendo, informo-vos que o recebimento de patrocínio é legal. As UG devem ser orientadas a não o solicitarem compulsivamente, como também evitarem recebê-lo, constantemente, dos seus próprios fornecedores, a fim de resguardar a ética e a transparência no trato dos atos e fatos da gestão pública. 4. Caso a UG deseja criar uma sociedade para receber os patrocínios, deverá cumprir o seguinte: a esta sociedade será civil, apolítica, apartidária e sem fins lucrativos; b. o embasamento legal está no art 5 da Constituição Federal, em seus incisos XVII, XVIII e XIV; c. não possuir o seu endereço ou de suas vinculadas; d. não ser gerida por seus militares ou civis ou de suas vinculadas; e e. compor a sua diretoria com militares da reserva e/ou civis. 5. informo-vos, também, que na mídia anexa está a palestra que foi proferida pelo Sr Secretário de Economia e Finanças na reunião citada no item 1 acima. Ainda, sobre o assunto, reforçando o cuidado na geração/aplicação de recursos dessa natureza, cabe destaque o seguinte Acórdão do TCU:

243 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl Assunto: LANCHES E REFEIÇÕES. DOU de , S. 1, p Ementa: determinação ao (...) para que: a) abstenha-se de realizar despesas com encontros em churrascarias, pizzarias, bares, restaurantes ou estabelecimentos assemelhados, ainda que destinados à divulgação institucional junto a jornalistas ou à captação de recursos junto a patrocinadores, tendo em vista os princípios da eficiência e da moralidade administrativa previstos no art. 37 da Constituição Federal; b) abstenha-se de realizar despesas com serviços de buffet, lanches, jantares, festividades e outros eventos congêneres, em razão de inexistir norma legal que as autorize, consoante reiteradas decisões da Corte de Contas em casos análogos (itens e , TC /2007-8, Acórdão nº 4.070/2009-2ª Câmara). Em linha similar (Acórdão nº 5.488/2011-1ª Câmara e Acórdão nº 6.259/2011-2ª Câmara, Acórdão nº 281/ Plenário, Acórdão nº 354/2012-1ª Câmara), o TCU alerta que não se pode realizar despesas com atividades que não estejam vinculadas às suas finalidades institucionais, tais como confraternizações, festividades, eventos comemorativos e outros congêneres. 2. Divulgação do Boletim Informativo (BINFO) Conforme Msg SEF, de 10 Set 08, o B Info também deve ser divulgado às OM SEM autonomia administrativa, por se tratar de um valioso instrumento de padronização de conceitos e procedimentos de controle interno, para atender a todos os agentes da administração, em todos os níveis de conhecimento, inclusive aqueles servidores que tenham sob sua responsabilidade a guarda do material existente na OM. Cabe alertar sobre a obrigatoriedade da leitura e divulgação a todos os agentes da administração (Agt Adm), além dos motivos já citados, também pelo fato de inúmeras determinações, procedimentos, prazos serem ali publicados. 3. Sistemas Corporativos para Consulta Para verificar se uma empresa está habilitada para prestação de serviços ou fornecimento de determinado bem, poderá ser consultado o SIASG/SICAF, bem como o sítio da Receita Federal ( Já para a consulta dos Códigos de Atividades Econômicas pode ser utilizado o sítio do IBGE ( 4. Uso do Subsistema COMUNICA do SIAFI (Mensagem SIAFI) - Recomendações A Msg SEF, de 29 Abr 08, que reitera a Msg , de 16 Jul 07, recomenda que as UG se abstenham de utilizar o SIAFI para transmitir mensagens com assuntos fora de sua finalidade, tais como oferecimento de vagas em OM a serem preenchidas por militares interessados (movimentação de pessoal, por exemplo), pois as mesmas congestionam o Subsistema "COMUNICA", prejudicando o trâmite de assuntos que lhe são realmente correlatos (itens 1 e 4.6, do código , do manual SIAFI). 5. Msg SIAFI/SIASG - Visto OD Todas as Mensagens do Sistema COMUNICA (SIASG/SIAFI), expedidas e recebidas, deverão ser visadas pelo OD. 6. Substituição de OD

244 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 244 Nos períodos de afastamento do OD por prazo superior a 30 dias deve ser elaborado o Relatório de Passagem de Função de Ordenador de Despesas, conforme prevê a Portaria 18SEF/2013, que possui, inclusive, o modelo desse documento em seu Anexo Certificação Digital - OD e Pregoeiro Os OD e os pregoeiros das UG deverão obter a certificação digital junto ao SERPRO, a fim de receberem o dispositivo ( token ) que permitirá homologar e operar o pregão, respectivamente. Em caso de dúvida, consultar a Msg SIASG DLSG, de 28/04/ Atendimento a Diligências da ICFEx / Prazo Se outro prazo diferente não for estabelecido, as diligências enviadas por esta ICFEx deverão ser respondidas pela UG no prazo máximo de 15 (quinze) dias, conforme Of nº A/2 - SEF, de 22 MAR Não Atendimento a Diligências Recebidas Ocorrência Contábil A falta ou atraso, bem como pendências de respostas a diligências desta ICFEx, poderá implicar em Ocorrência Contábil (antiga Restrição Contábil) da UG sob o código Falta/Atraso no cumprimento de diligência. Outras situações também poderão ser objeto de Ocorrência Contábil. Consultar os códigos e motivos no SIAFI na transação >CONRESTCON. 10. Licenciamento Ambiental das Obras Militares - Sequência de Ações O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. Nesse cenário, recomenda-se observar o contido no Noticiário do Exército (NE) nº , de 25 fevereiro de 2010, bem como seu Encarte, que publica orientações da Diretoria de Patrimônio sobre Licenciamento Ambiental, informando sobre instauração do processo, ações preliminares, licenciamento prévio, licenciamento especial, licenciamento de instalação, licenciamento de operação, bem como um tópico específico sobre licenciamento de obras militares. 11. Denúncias anônimas Conforme publicado no B Info 07/2010, por meio do Of n 656-Div Jur CIRCULAR, de 12 jul 10, o Cmdo 5ª RM-5ª DE encaminhou as suas OM subordinadas e ou vinculadas, cópia do Of n 391-A2.6 (Circular), de 1 jun 10, do Ch Gab Cmt EB, versando sobre o tratamento a ser dado às denúncias anônimas recebidas por OM do Exército. Assim, para simplificar, transcrevemos trecho contendo orientações sobre o tratamento da matéria:... eventual denúncia anônima recebida por qualquer Organização Militar deverá, nos termos da conclusão do Parecer n 192/2010/CONJUR/MD, de 13 de abril de 2010, ter o seguinte tratamento: a) Nenhuma denúncia ou escrito anônimo pode justificar, desde que isoladamente, a imediata apuração por parte da autoridade pública em processo ou procedimento formal;

245 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 245 b) Denúncias apócrifas não podem ser incorporadas formalmente ao processo. Só os escritos produzidos pelo próprio acusado ou a ele imputados, ou que sejam eles próprios o corpo de delito, podem ser juntados ao processo; c) O poder público provocado por denúncia anônima disque denuncia por exemplo pode adotar medidas sumárias de verificação, com prudência e discrição sem formação de processo ou procedimentos, destinadas a conferir a plausibilidade dos fatos nela denunciados. Acaso encontrados elementos de verossimilhança poderá o Poder Público formalizar a abertura do processo ou procedimento cabível, desde que mantendo completa desvinculação desse procedimento estatal em relação à peça apócrifa, ou seja, desde que baseada nos elementos verificados pela ação preliminar do próprio estado: d) Cumpre ignorar de imediato aquelas denúncias anônimas que desejam apenas atacar por ressentimento ou má-fé os desafetos colegas ou superiores bem como aquelas notoriamente de caráter calunioso, difamatório e injurioso: e) Em conclusão, nenhum processo ou procedimento formal do Poder Público pode ser instaurado tendo como fundamento causal documentos ou escritos anônimos, sendo vedada sua juntada aos autos. 3. Incumbiu-me, ainda, de informar que maiores detalhes sobre o assunto podem ser encontrados no Portal Jurídico do Exército Brasileiro, no sitio sob o título Denúncias recebidas anonimamente. seguir: Tal assunto também foi objeto da edição da Portaria nº 13-Cmt Ex, de 14 JAN13, conforme a Portaria nº 013-Cmt Ex, de 14 jan 13- Regula, no âmbito do Exército Brasileiro, a execução de medidas sumárias para verificação de fatos apontados por meio de denúncias anônimas. O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da competência que lhe confere o art. 4º da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, e art. 20, incisos I e XIV, do Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006 e considerando: a. as orientações contidas no Parecer nº AGU/GV-01/2007, de 26 de novembro de 2007, e no Parecer nº 192/2010/CONJUR/MD, de 13 de abril de 2010; b. o previsto no art. 2º, 3º, das Instruções Gerais para Elaboração de Sindicância no Âmbito do Exército (EB10-IG ), aprovadas pela Portaria nº 107, de 13 de fevereiro de 2012; e c. a necessidade de regular o procedimento para a realização de medidas sumárias para verificação da eventual procedência de denúncias anônimas, com o objetivo de coletar elementos para análise sobre o cabimento de instauração de sindicância ou inquérito policial militar IPM. RESOLVE Art. 1º As medidas sumárias para verificação de denúncias anônimas dirigidas a Organizações Militares do Exército devem ser realizadas de acordo com as normas de caráter geral previstas nesta Portaria. Parágrafo único. O Órgão de Direção Geral e os Órgãos de Direção Setorial poderão expedir normas específicas para situações especiais nas suas áreas de atribuição e para atender às peculiaridades de emprego em operações militares.

246 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 246 Art 2º Denúncia anônima, para fins desta portaria, são todas as delações que não contenham ou não permitam a correta identificação do autor, formuladas por qualquer do povo no intuito de relatar algum tipo de irregularidade, realizadas mediante expediente apócrifo (telefonema, , carta, etc). Art. 3º A denúncia anônima deverá ser objeto de verificação sumária, realizada com prudência e discrição, em caráter sigiloso, sem formação de processo ou procedimento, destinada a verificar a plausibilidade e/ou a verossimilhança dos fatos nela relatados e coletar elementos que permitam verificar o cabimento da instauração de sindicância, IPM, ou processo administrativo, desde que contenha a indicação da prática de irregularidade ou ilegalidade em narrativa clara e objetiva, com circunstâncias e referências que permitam a individualização do militar ou do servidor envolvido ou, ao menos, do fato apontado. Parágrafo único. Mediante despacho fundamentado, poderão ser arquivadas de imediato aquelas denúncias anônimas que desejam apenas atacar, por ressentimento ou má-fé, os desafetos, pares ou superiores, bem como aquelas notoriamente de caráter calunioso, difamatório e injurioso ou que não contenham os requisitos elencados no caput do artigo, salvo se as circunstâncias sugerirem a apuração de ofício. Art. 4º As medidas sumárias de verificação serão determinadas, por meio de ordem de serviço simplificada, pelo comandante, chefe ou diretor da organização militar (OM) a qual tenha sido dirigida a denúncia, devendo ser concluídas no prazo de 30 dias, assegurado o sigilo das medidas apuratórias. Parágrafo único. Caso a autoridade entenda que o fato apontado situa-se fora do âmbito de suas atribuições deverá encaminhar a denúncia ao escalão competente, mantido o sigilo necessário. Art. 5º A designação para realização das medidas sumárias de verificação deve recair em pessoal habilitado e indicado para apurar a atividade objeto da denúncia. Os militares ou servidores designados para a realização das medidas sumárias de verificação deverão assinar termo de compromisso da manutenção do sigilo. Parágrafo único. Caso não possua pessoal habilitado para a realização das medidas sumárias de verificação, a OM deverá solicitar apoio ao escalão superior. Art. 6º O militar ou a equipe designada realizará a verificação buscando identificar elementos que indiquem verossimilhança nas informações contidas na denúncia anônima e que possibilitem a abertura de sindicância, IPM ou processo administrativo. 1º O militar ou equipe designada, por intermédio do comandante, chefe ou diretor da OM, poderá solicitar informações e documentos da administração, a fim de coletar os dados necessários à análise dos fatos. 2º Não deverão ser procedidas inquirições, pedidos de prisões ou de buscas e apreensões, nesta fase de verificação sumária.

247 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 247 Art. 7º O militar designado apresentará relatório ao comandante, chefe ou diretor da OM, indicando e anexando os elementos coletados que sirvam de subsídio à decisão desta autoridade. 1º Entendendo haver elementos de verossimilhança, o comandante, chefe ou diretor determinará a instauração de sindicância, IPM ou outro procedimento administrativo, conforme o caso. Nesta hipótese, os elementos de verossimilhança coletados por intermédio das medidas sumárias de verificação farão parte dos autos, desvinculados da denúncia apócrifa, a qual não será juntada ao procedimento administrativo instaurado. 2º A decisão do comandante, chefe ou diretor que entender pela improcedência das medidas sumárias de verificação deverá ser fundamentada, devendo a documentação relacionada ser arquivada na 2a Seção da OM. Art. 8º O procedimento previsto nesta portaria não se aplica aos casos em que, a partir de denúncia anônima, o Ministério Público Militar tenha formalizado requisição para instauração de IPM, a qual deverá ser atendida consoante o disposto no art. 10, alínea c, do Código de Processo Penal Militar. Art. 9º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação. O anexo dessa Portaria apresenta um modelo de relatório para a realização dessa apuração sumária. 12. CNPJ Alteração de Responsável Conforme Msg DGO, de 08 jul 11 e , de 20 set 11, as UG que possuem CNPJ próprio (matriz e filial) devem, sempre que ocorrer a troca de comando, proceder à alteração do registro de responsável pelo CNPJ perante a Receita Federal, utilizando o código 202 (alteração da pessoa física perante o CNPJ), conforme Orientação aos Agentes da Administração da DGO, disponível na página daquela Diretoria. Em consequência, é recomendável que a UG proceda, na semana da passagem de comando, à troca do responsável pelo CNPJ da UG, passando do Cmt substituído para o Cmt substituto. Cabe salientar que, diante da troca de comando, será necessária, também, a aquisição de novos certificados digitais a serem regravados nos tokens existentes. (Consultar Msg DGO, de 28 SET 11). 13. Simpósio de Administração no âmbito da UG O OD deve realizar, anualmente, Simpósio de Administração117 visando a qualificação/aperfeiçoamento dos quadros da UG. Há na página da SEF instruções sobre o assunto, assim como modelo de palestras já prontas. Sugere-se que os OD aproveitem o Simpósio para padronizar procedimentos entre as diversas seções para, assim, permitir um melhor controle interno administrativo. 14. Ações Judiciais Contra o Comando do Exército Orientações Foi publicado no B Info 09/2008 o documento a seguir que trata de Parecer Jurídico da 12ª RM, datado de 20 SET A SEF expede orientações sobre o tema no início de cada exercício.

248 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 248 Tal documento está sendo republicado com a finalidade de analisar eventuais equívocos administrativos que a UG possa vir a cometer. Como pode ser visto, em que pese o tempo da publicação do documento, é possível afirmar que o Parecer a seguir continua atual. Transcrição do Parecer Jurídico nº / 12ª RM - Ações Judiciais Contra o Ministério do Exército 1. Trata sobre ações judiciais interpostas contra a União Federal/Ministério do Exército, por vezes, arguindo vínculo empregatício e o consequente pagamento de direito trabalhista, ou, por vezes, pleiteando indenização por dano pessoal ou material sofrido em área militar. 2. As ações judiciais decorrem de civis ou militares (pessoa física ou jurídica) que por uma razão ou outra, executam de forma contínua, dentro da área militar, serviços ou atividades que geram direitos e obrigações, sem que para isso exista contrato escrito, regulado as relações jurídicas entre as partes envolvidas. 3. O Exército tem perdido ações dessa natureza, pois, em juízo fica caracterizada a falha da Administração Militar pela não observância de normas legais. 4. Constata-se que a irregularidade perdurou por vários anos, era pública e notória, porém não foi tomada, com oportunidade, a efetiva decisão para sanar o problema. 5. Na maioria das vezes, as irregularidades exsurgem travestidas em "vício de tolerância ou pseudoassistencialismo" externadas por ações ou omissões tais que se seguem: exploração de serviços de cantina, barbearia, alfaiataria, lavanderia, livraria, tipografia, xerocópia, fotografia, filmagem, videoteca, engraxate e etc, sem o devido termo de permissão de uso; termo de permissão de uso com prazo de vigência expirado, porém, tolera-se a ocupação do imóvel e a exploração da atividade; empregado de permissionário, trabalhando dentro da área do quartel, porém, sem contrato de trabalho e sem recolher as contribuições para o INSS e FGTS; permissionário que não recolhe os impostos a que está obrigado por lei em decorrência da atividade explorada; utilização indevida de empregado de permissionário, ou, do próprio permissionário, em serviços de repartições ou subunidades da OM; empregado de firma contratada (empreiteiras, construtoras, fornecedores, prestadores de serviço) cedido à OM para prestar serviço diferente daquele constante do objeto do contrato; empregado de firma contratada pelo Exército com a situação contratual trabalhista e previdenciária irregular; menor que presta serviço a permissionário ou firma contratada, com a situação trabalhista e previdenciária irregular e sem autorização expressa do Cmdo e dos pais para transitar em área militar; exploração de atividade comercial de extração de madeira, frutas, capim, pedras, areia, aterro, etc, sem o devido termo de contrato; menor que presta serviço de engraxate a militares da OM, em situação contratual trabalhista e previdenciária irregular e sem autorização expressa do Cmdo e dos pais para transitar em área militar; ginásios, campos, quadras, pistas, auditórios, salões que são alugados em termo de contrato, sem registro contábil e controle financeiro; capela militar, jardim, campo de futebol ou área de instrução que são zeladas por particular sem termo de contrato; Conforme publicado no título Orientações, por meio do Of n 656-Div Jur CIRCULAR, de 12 jul 10, o Cmdo 5ª RM-5ª DE encaminhou as suas OM subordinadas e ou vinculadas, cópia do Of n 391-A2.6 (Circular), de 1 jun 10, do Ch Gab Cmt EB, versando sobre o tratamento a ser dado às denúncias anônimas recebidas por OM do Exército.

249 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 249 militar licenciado ou transferido para a reserva ou servidor civil aposentado, considerado "gente nossa", que desvinculados permanecem prestando serviço ou exercendo atividades sem termo de contrato; cultivo de plantações ou criação de animais, em área militar, por militar ou civil, com objetivo de exploração econômica sem contrato escrito, sem registro contábil e controle financeiro; exploração de serviços de lavagem de automóvel particular em instalações de OM, sem registros e controles; exploração de serviços de transportes pela OM, com fornecimento a particular, sem registro e controle; cessão de instalação precária construída em campo de instrução ou terreno do Exército para militar ou servidor civil residir, sem definir através de termo escrito, se a ocupação é como locação ou é para fins de guarda e vigilância do imóvel; ocupação de instalação precária, mediante descontos de indenização de moradia, em folha de pagamento, sem que a instalação atenda aos requisitos para ser considerado PNR na forma das Normas Internas do Exército; exploração e venda de fotografias e filmagens, por militar da ativa, da própria OM e dentro de área militar, sem termo escrito, com interferência no desempenho, face a sobreposição de atividades; arrecadação indevida de dinheiro de soldados, mediante desconto compulsório em folha de pagamento para conservação ou manutenção de bens ou para adquirir meios de instrução; intermediação indevida, pela Administração Militar, mediante o recolhimento de dinheiro de soldados, por ocasião do pagamento, com a finalidade de repassá-lo a permissionários ou a grêmios recreativos; coleta e comercialização de resíduos de rancho e de lixo reciclável, sem observância das Normas Internas do Exército; contratação de civis para prestar serviços em Hotel de Trânsito, porém, com a situação trabalhista irregular; geração de receita própria por Hotel de Trânsito, sem registro contábil e controle financeiro; pessoas jurídicas de direito privado, tais como: Círculos Militares, Clubes de Sargentos, Clubes de Cabos e Soldados, Associações de Pais e Mestres de Estabelecimento de Ensino, Grêmios Recreativos de Cabos e Soldados de OM, que contratam empregados ou assumem obrigações de forma irregular, resultando em ação judicial contra o Exército, face a localização da entidade em área militar ou pela vinculação ao nome do Exército; presença de estagiário de curso superior, em OM do Exército, sem o devido termo de convênio ou similar; contratação de pessoal considerado como "mão-de-obra temporária" sem observar as normas específicas que tratam do assunto. 6. O descumprimento das normas específicas que regem as situações alinhadas, quando não causa prejuízo à Nação, denigre a imagem da Força, depõe contra a Administração Militar e o Comando da OM. 7. A inexistência de contrato expresso regendo as relações jurídicas, a ausência de publicação dos atos em BI da OM e em DOU, a falta de registro contábil e controle financeiro, mesmo que sem dolo ou má fé, pode colocar em dúvida a Ação de Comando e atentar contra os Princípios Constitucionais de Legalidade e Publicidade que regem a Administração Pública (Art. 37 da CF/88). 8. É bom frisar que todo ajuste que a Administração Pública faz com o particular exige um termo escrito para lhe dar suporte jurídico e que na Administração Militar do Exército não existe contrato verbal. É recomendável, pois, a efetiva ação e fiscalização dos Agentes Executores e dos Ordenadores de Despesas, na área do Cmdo da 12ª RM, no sentido do fiel cumprimento das normas específicas referentes aos assuntos abordados, a fim de evitar irregularidade administrativa, financeira, contábil e ações judiciais contra o Exército. Manaus (AM), 20 Set 98.

250 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 250 Assina: MIGUEL ANTONIO CORDEIRO - Cap QCO Dir - Chefe da Asse Jur da 12ª RM. DESPACHO: Em 20 Set Aprovo. 02. Publique-se na íntegra em BIR. 03. Remeta-se cópia aos OD da área da 12ª RM. Assina: Gen Bda ADALBERTO BUENO DA CRUZ. Comandante da 12ª Região Militar". 15. Visita de Orientação Técnica da Secretaria de Economia e Finanças (VOT/SEF) Tem como objetivo atualizar os conhecimentos dos agentes da administração (Agt Adm) nos aspectos mais importantes de interesse para o Sistema de Economia e Finanças. A atividade se desenvolve com palestras da SEF, de suas Organizações Militares Diretamente Subordinadas (OMDS) e do Centro de Controle Interno do Exército. Também são realizadas oficinas de licitações e contratos, pagamento de pessoal (no ano de 2014 tal oficina abordará o novo Sistema de Pagamento de Pessoal - SIPPES), conformidade dos registros de gestão e gestão da contabilidade. Durante a VOT é aplicada a Verificação do Nível de Conhecimentos (VNC) aos seguintes Agt Adm: - Ordenador de Despesas; - Fiscal Administrativo; - Encarregado da Conformidade dos Registros de Gestão; - Encarregado de Licitações e Contratos; - Encarregado do Setor Financeiro; - Encarregado do Setor de Pessoal; e - Chefe da Seção de Pagamento de Pessoal. Em razão da importância do evento, recomenda-se a participação efetiva de todos os Agt Adm da UG na VOT/SEF.

251 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 251 Anexo A - DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAR, DE 11 JUL 12 Transcrição do documento referenciado no Capítulo Licitações DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAR EB: / Curitiba, PR, 11 de julho de 2012 Do Chefe da 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército Ao Sr CHEM/Cmt/Ch/Dir Assunto: Despesa/Execução/Justificativas/Comprovação Referência: Msg 2012/ SEF, de 5 jul Trata o presente sobre aplicação de recursos (gestão orçamentária-financeira). 2. A SEF encaminhou aos OD o documento referenciado, informando que o TCU instaurou Portaria Específica de Fiscalização (Port nº 1.464, de 29 maio 12) com o objetivo de acompanhar as AÇÕES do MD relativas ao PROJETO "EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CONFERÊNCIA RIO + 20", devendo as UG envolvidas ficarem ECD de apresentar, dentre outros, os seguintes documentos: a. processos administrativos licitatórios que fundamentaram as aquisições e serviços, inclusive os relativos às dispensas e inexigibilidades; b. documentos que formalizaram as requisições dos objetos contratados; c. justificativas dos preços dos objetos contratados; d. justificativas para as contratações dos serviços e/ou para as aquisições dos objetos das despesas no programa "EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONFERÊNCIA RIO + 20" (PROGRAMA 1383/AÇÃO 14M2); e. ata do pregão; f. solicitação de adesão à ata do pregão; g. autorização de adesão à ata do pregão; h. contratos assinados; e despesas. i. processos de despesas realizadas ou exposição de motivos da não liquidação das 3. Na oportunidade, a fim de contribuir e despertar para a relevância do assunto (justificativas e comprovação de despesa), informo a V Sa o que se segue: a. ora, a UG deve sempre ficar ECD de comprovar/justificar toda e qualquer aquisição/contração de bens/serviços e, não somente dos processos de despesa decorrente dos recursos "RIO + 20". Com efeito e sem alongar: é obrigação do gestor público prestar contas;

252 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 252 b. observe que foi destacado as expressões PROGRAMA e AÇÕES, que são componentes do Programa de Trabalho118 definido na LOA119, aprovada no ano anterior; c. o PROGRAMA é uma meta do Governo orientada para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA 120, sendo a AÇÃO um detalhamento deste já visando a sua execução, expressada por um PROJETO 121 ou ATIVIDADE122, que na programação orçamentária é representada por uma sequência de 8 (oito) dígitos; d. o porque das considerações retro? Ora, é justamente para destacar que um dos pressupostos de qualquer aquisição/contratação pública é o PLANEJAMENTO. Então, ao administrador/gestor cabe atender fielmente ao previsto na LOA, ou seja, ao PROGRAMA e AÇÃO cujo aquele determinado crédito foi concedido. Não é sem razão citado na letra "d" do nº 2., prevendo justificativas para as contratações dos serviços e/ou para as aquisições dos objetos das despesas no programa; e. no caso concreto, se trata de um PROJETO (1º dígito ímpar do sequencial de oito, cujo código completo é 14M20000), portanto, a ação é limitada 123 no tempo, motivo pelo qual as justificativas no caso da não liquidação da despesa, conforme citado na letra "i", do nº 2.. Ora, portanto, é fácil perceber que todo o processo de aquisição/contratação para atender este PROGRAMA deve ser licitado/empenhado/liquidado antes e/ou no máximo durante a atividade, pois, se não acontecer isso, há fortes indícios de irregularidades, má-gestão e/ou planejamento deficiente, podendo o gestor ser devidamente responsabilizado124; f. observe também que os documentos citados são da fase interna ou externa 125 da aquisição/licitação e que representam atos obrigatórios/essenciais/fundamentais com a finalidade de emprestar suporte fático aos princípios da Administração Pública previstos na Constituição Federal, 118 São as programações orçamentárias previstas na estrutura atual do orçamento público, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras. O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. (Manual Técnico de Orçamento - SOF/2013) 119 Lei especial que contém a discriminação da receita e da despesa pública, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. É também conhecida como Lei de Meios, porque possibilita os meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e entidades que integram a administração pública. 120 Instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal, que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 121 Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo 122 Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. 123 Vide item 3 (nota) 124 Lei nº 8.429/92. art. 5 Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Lei 8.443/92. Art. 58. O Tribunal poderá aplicar multa de... aos responsáveis por: I - contas julgadas irregulares de que não resulte débito, nos termos do único do art. 19 desta Lei; II ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; III - ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao Erário; 125 Fases que didaticamente é dividida a aquisição/licitação, considerando a fase interna os procedimentos do planejamento (requisição, definição do objeto, quantidades, escolha da modalidade licitatória, etc) até a divulgação/publicação aviso/edital, quando se tem início a fase externa, ou seja, início do processo de execução da despesa.

253 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 253 Lei nº 8.666/93, dentre outros diplomas legais (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência, Motivação, etc); g. da sequência de dígitos do Programa de Trabalho, conhecido como classificação por Natureza da Despesa (ND), representa a categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Em resumo, dentre tantos exemplos, , , , descrevem/representam uma parte quantitativa126 do programa de trabalho. É importante mas é ACESSÓRIA, que evidentemente deve ser obedecida. Entretanto, esta classificação contábil do material e/ou serviço deve estar plenamente ajustada com a finalidade do PROGRAMA e da AÇÃO. Isso, vale a ressalva, serve para toda e qualquer aquisição/contratação; h. nesse cenário, se verifica forte tendência do controle externo de acompanhar/fiscalizar os PROGRAMAS específicos/eventuais e/ou destaques127 e/ou convênios dos diversos ministérios, como por exemplo no MD/Exército, os créditos concedidos para atender a PROGRAMAS de preparo/emprego do BRABAT, Segurança do RIO + 20, Realização Jogos Mundiais Militares, Programa Força no Esporte - Destaque do Ministério do Esporte, etc; 4. Diante das linhas econômicas ora citadas, recomendo a ampla divulgação do documento referenciado, bem como este, esperando sensibilizar todos os agentes da administração no sentido que: a. na fase de planejamento da aquisição/contratação, seja atentamente observado/analisado/estudado qual a finalidade do crédito concedido, analisando criteriosamente o PROGRAMA e a AÇÃO; b. especialmente, diante de um PROJETO, o planejamento da contratação/aquisição (definição objeto, quantidades, licitação, empenho e liquidação, etc) seja realizado antes e/ou no máximo durante a execução da atividade, pois, salvo alguma situação específica, podemos asseverar que empenho e/ou liquidação tardia, após o término do PROGRAMA, são atos contrários a regularidade das contas; c. atividades de recuperação/reforma/ampliação/construção, etc de instalações físicas devem ser muito bem analisadas/ponderadas, cabendo, o gestor/administrador demonstrar o nexo de causalidade, ou seja, a execução do serviços/contratação com o cumprimento do PROGRAMA e AÇÃO. Também, a UG deve analisar eventual necessidade de aquisição de material permanente (despesa de capital) para o cumprimento do PROGRAMA, conjugando com possibilidade de já existir o bem no estoque ou em outra UG. O que queremos reforçar com tal afirmativa? Ora, é para espancar qualquer pensamento do gestor no sentido de aproveitar o PROGRAMA para suprir eventual necessidade anterior da UG deste material/serviço e/ou raciocinar com a possibilidade/oportunidade de melhoria, como se depreende, de instalação e/ou equipamento; e d. por fim, também, como toda e qualquer contratação, o administrador/gestor tem o dever de sancionar e aplicar multa ao fornecedor/vencedor, respeitando o devido processo legal, no caso de atraso na entrega e/ou inexecução total da obrigação. Redobrar atenção em casos de PROJETOS específicos/especiais e, mais ainda, aqueles de curta duração, onde o atraso e/ou inexecução, total ou parcial, possa comprometer ou prejudicar o cumprimento do PROGRAMA. Em princípio, a liquidação tardia é reprovável. RICARDO ARAÚJO LOPES Cel Chefe da 5ª ICFEx 126 Vide definição de Programa de Trabalho 127 Operação descentralizadora de crédito orçamentário entre UG de órgãos ou entidades de estrutura diferente, sendo uma uma descentralização externa, também denominada de "destaque". Quando envolver UG de um mesmo órgão, ocorre a descentralização interna, também chamada de "provisão".

254 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 254 Anexo B - QUADRO-CONTROLE DO OD (PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DA UG) O quadro a seguir traz os principais documentos e prazos que devem ser observados no âmbito das UG. Tem como finalidade apresentar de forma resumida e didática as principais informações das áreas orçamentária, financeira e patrimonial. Documento/Informação/ Atividade Referência Providência da UG / Prazos Responsável Obs direto Relatório de Gestão da UG (PCA) IN TCU e Orientações para elaboração da PCA CCIEx Calendário anual do CCIEx OD (1) Rol de Responsáveis do SIAFI (PCA) IN TCU e Orientações para elaboração da PCA CCIEx Calendário anual do CCIEx OD (1) Transmissão da DIRF Site da RFB e Msg da SEF Calendário anual da RFB OD (2) Transmissão da GFIP Site da RFB: GFIP1FGTS.htm Mensalmente OD (3) SISCONSIG Site do CPEx Cadastrar o novo OD no SISCONSIG OD (4) OD (4) Certificação digital / (token) Alterar o CPF do novo Orientação aos Agt Adm Dirigente Máximo da UG no DGO CNPJ junto à RFB Certificação digital / (token) Orientação aos Agt Adm DGO Providenciar a certificação digital do novo Dirigente Máximo OD (4) Certificação digital / (token) entais.gov.br Emitir o certificado digital para homologação de licitações OD (4) RAIS Calendário anual do Ministério do Trabalho e Emprego OD (5) Notas de Auditoria Esclarecimentos da UG Portaria Nr 018-Cmt Ex, de 17 JAN 13 Remeter à ICFEx conforme prazo estipulado OD Relatório de Auditoria Manifestação da UG Portaria Nr 018-Cmt Ex, de 17 JAN 13 Remeter à ICFEx em até 30 dias úteis após a data de recebimento do Relatório pela UG OD VOT / SEF Diretriz da SEF Participar com a presença de todos os Agt Adm OD Simpósio de Administração da UG Diretriz e orientações no site da SEF e em Msg SIAFI da SEF Ministrar instruções para os Agt Adm e demais oficiais e informar à ICFEx sobre a sua realização OD B Info - 5ª ICFEx Msg da ICFEx informando a disponibilização do B Realizar a leitura, atentar para as orientações e OD

255 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 255 Documento/Informação/ Atividade Responsável Obs direto Referência Providência da UG / Prazos Info informar à ICFEx até o dia 15 de cada mês Portaria Nr 008-SEF, 23 DEZ 03 Informar imediatamente à ICFEx OD Portaria Nr 008-SEF, de 23 DEZ 03 Remeter à ICFEx até o 15 dia útil do mês subsequente, como anexo ao RPCM OD Relatório de Prestação de Contas Mensal (RPCM) Portaria Nr 018-SEF, de 20 DEZ 13 Remeter à ICFEx até o 15 dia útil do mês subsequente Enc St Fin Relatório do Exame de Pagamento de Pessoal (REPP) Portaria Nr 002-SEF, de 03 FEV 14 Remeter à ICFEx até o 15 dia útil do mês subsequente Enc Pg Pes Decisão judicial desfavorável à União em processo de dano ao Erário para interromper descontos Relatório de Acompanhamento de Apuração de Indícios de Irregularidade Administrativa (RAAIIA) SIAFI - Conformidade dos Registros de Gestão Registrar em até 3 dias úteis a contar do registro da Manual SIAFI - Conf Reg operação no SIAFI, podendo Ch Seç Conf Gestão (Macrofunção ser atualizada até a data Reg Gestão ) fixada para o fechamento do mês. SIAFI - Conformidade de operadores Manual do SIAFI Registrar no 1 dia útil do mês Enc St Fin SIAFI - Unificação Patrimonial Manual SIAFI e Nota Informativa Especial 5ª ICFEx Realizar até o último dia útil do mês Enc St Fin SIAFI - Entesouramento Msg 2012/ SEF, de 8 OUT 12 Verificação a ocorrência diariamente Enc St Fin Registrar no SIAFI até o Cartilha de Depreciação da fechamento do mês, com D Cont e Manual SIAFI data de emissão e (Macrofunção ) valorização da NL do último dia útil do mês Fisc Adm SIAFI - CONCONTIR Manual SIAFI de Regularizações Contábeis (Macrofunção ) Verificar diariamente Enc St Fin SIAFI - CONINCONS Manual SIAFI de Regularizações Contábeis (Macrofunção ) Verificar diariamente Enc St Fin SIAFI - Conta Contábil Outros Consignatários Manual SIAFI e Nota Informativa Especial 5ª ICFEx Regularizar até o último dia útil do mês Enc St Fin SIAFI-Conta Contábil Recursos de GRU Manual SIAFI e Nota Informativa Especial 5ª ICFEx Regularizar até o último dia útil do mês Enc St Fin SIAFI - Depreciação (6) (6)

256 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 256 Documento/Informação/ Atividade Referência Providência da UG / Prazos Responsável Obs direto SIAFI - Conta Contábil OB canceladas Manual SIAFI e Nota Informativa Especial 5ª ICFEx Consultar até último o dia útil do mês Enc St Fin SIAFI - Saldos Invertidos no Balancete Manual SIAFI e Nota Informativa Especial 5ª ICFEx Assim que identificado, deve ser regularizado até último dia útil do mês Enc St Fin Inventário de Bens com Nota Explicativa (PCA) IN TCU e Msg SIAFI da SEF Calendário anual do CCIEx Fisc Adm (1) SIAFI x SISCOFIS Realizar a compatibilização entre o RMA e RMB do Nota Informativa Especial SISCOFIS com as 5ª ICFEx respectivas contas do SIAFI até o fechamento contábil do mês Fisc Adm (6) SISCOFIS - Estoque SIMATEx Remeter semanalmente para ( o COLOG l.br/) Fisc Adm Msg SIAFI Nr 2012/ , de 25MAIO12 5ª ICFEx Remeter à ICFEx no 1 dia útil do mês subsequente Fisc Adm SISCUSTOS Manual do SISCUSTOS Manter atualizado conforme Manual do SISCUSTOS da D Cont Fisc Adm SISCUSTOS-RAOM Manual do SISCUSTOS Verificar mensalmente Fisc Adm SIGA - Conformidade de operadores Manual do SIGA Registrar até o dia 10 de cada mês Enc St Fin Diretriz da D Cont Atender às solicitações e observar prazo de resposta/regularização constante na Msg/DIEx da ICFEx Enc St Fin SISCOFIS - Relatório Sintético de Depreciação Diligências (Resposta da UG) (7) Legenda: (1) - Normalmente em janeiro (2) - Normalmente em fevereiro (3) - Até o dia 7 do mês seguinte ao pagamento ocorrido, para as UG que tiverem informações a prestar sobre a Previdência Social / FGTS de autônomo contratado (4) - Por ocasião da Psg Cmdo/Ch/Dir da OM (5) - Normalmente entre janeiro e fevereiro (6) - Para consultar a data do fechamento do mês, acessar no SIAFI a transação >CONFECMES, coluna UG (7) - Inclusive OM sem autonomia, em razão do SISCUSTOS

257 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 257 Anexo C - FLUXOGRAMAS DE CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS Os fluxogramas a seguir foram elaborados pela 5ª ICFEx, com a finalidade de servir como ferramenta de apoio para as UG vinculadas, no contexto dos controles internos administrativos. Podem ser adaptadas às peculiaridades de cada UG, conforme cada caso. Fluxograma nº 01 Fluxograma nº 02

258 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 258 Fluxograma nº 03

259 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 259 Fluxograma nº 04

260 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 04/ fl 260

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