Síndrome de Asperger. Mara Cristiane R. Aguila Psicóloga/ Neuropsicóloga Doutoranda em Educação pela Universidad Nacional de Rosário - Argentina

Transcrição

1 Síndrome de Asperger Mara Cristiane R. Aguila Psicóloga/ Neuropsicóloga Doutoranda em Educação pela Universidad Nacional de Rosário - Argentina

2 Síndrome de Asperger Comprometimento grave e persistente da interação social e desenvolvimento de padrões restritivos de interesses. Sem atraso na linguagem ou no desenvolvimento cognitivo. Vocabulário rico ou adulto. Geralmente não há retardo mental Mais freqüentemente em meninos

3 Insistência em semelhanças Resistência a mudanças (rotinas) Atraídos por rituais e manias (confundido com TOC muitas vezes) Ansiosos Stress/fadiga/sobrecarga emocional

4 O que fazer Fornecer ambiente previsível Rotinas diárias consistentes Evitar surpresas Transições, quando necessárias, gradativas

5 Dificuldades em Interações sociais Inabilidade em compreender regras de interação social Ingênuas (literais) Egocêntricas Não gostam de contato físico Falam junto e não para o outro Não entendem brincadeiras, metáforas e ironias Tom de voz robotizado Normalmente deseja ser parte de um contexto social

6 Dificuldades em Interações sociais Alexitimia = conjunto de características de personalidade que envolvem características como: Dificuldade para identificar e descrever sentimentos Dificuldade de distinguir entre sentimentos relativos a sensações corporais e à ativação emocional Escassa atividade fantasiosa e imaginativa

7 O que fazer? Proteger a criança de bullying Educar os colegas sobre a síndrome Enfatizar habilidades acadêmicas Criar situações cooperativas colegas verem como vantagens o que a criança é boa aumento da aceitação Ensinar habilidades sociais como agir pois na sua maioria, eles desejam contato social

8 O que fazer? Aprender a forma correta de reagir instinto social e intuição falhos Estudantes mais velhos sistema amigo Incentivo ao contato limitar o tempo em atividades isoladas

9 Gama restrita de interesses Preocupações excêntricas/ fixações intensas Dificuldade para dar continuidade às ideias Não se importam com a demanda externa Recusam-se a aprender for a de seu interesse

10 O que fazer? Determinar o horário que pode falar sobre o seu tema Uso de reforço positivo quando comportamento desejado Exigência quanto ao cumprimento do conteúdo e negociação Adaptar conteúdo escolar relacionando ao tema de interesse e gradualmente introduzir outros Tarefa de relacionar seus interesses com o conteúdo (meios de transporte existentes na idade média)

11 Labilidade de atenção Desligados/ distraídos por estímulos internos Desorganizados Não sustentam o foco em estímulos externos Dificuldade para aprender em situações em grupo

12 O que fazer? Dividir conteúdos em pequenas quantidades/ feedback frequente e redirecionamento Tempo de trabalho definido Tutoria Solicitar respostas frequentes da criança para que desperte o foco atencional Sinalização não verbal código entre a criança e o professor ou cuidador

13 O que fazer? Encorajar a deixar suas fantasias e se focar no mundo real

14 Psicomotricidade alterada Desajeitadas e rudes Andar duro Dificuldade em habilidades motoras Déficit de motricidade fina

15 O que fazer? Estimular, mas não empurrar a criança para jogos em grupo Programa individualizado Iniciar com coordenação global e evoluir até a fina Para pequenos linhas-guia para equilíbrio e deambulação adequada Observar o tempo da criança para a realização das atividades

16 Dificuldades acadêmicas Dificuldade em abstração Estilo de falar Vocabulário Repetição memória/ mecânica Dificuldade em solução de problemas

17 O que fazer? Adaptação de avaliação e conteúdo Compreender o processo mental e não se deixar enganar Simplificar, contextualizar conceitos Vocabulário repetitivo e restrito Reconhecimento da leitura com interpretação fraca Expectativas claras sobre a sua aprendizagem para que se comprometa

18 Vulnerabilidade emocional Dificuldade quando em situações de exigência externa (escola) Stress pela inflexibilidade Autocríticos e inábeis na tolerância de erros Adolescentes depressão Reações de raiva resposta a stress ou frustração Esforço permanente para manter sua autoexigência (rigidez)

19 O que fazer? Preparar para mudanças Treino de controle de stress/ sobrecarga passos em cartões Entender o processo, ser compreensivo e tolerante Observar contantemente indicativos que pode colocar em risco

20 Bibliografia e referências VALDEZ, D. Ayudas para aprender. Ciudad Autonoma de Buenos Aires: Paidós, SENNYEY, Alex Livia e cols. Neuropsicologia e inclusão. Tecnologias em (re) habilitação cognitiva São Paulo, SP: editora Artes Médicas, COSENZA, Ramon M. Neurociência e educação: como o cérebro aprende Porto alegre, RS: Artmed, DE SALLES, Jerusa F; Haase, V.G.; Malloy-Diniz, L; Org. Neuropsicologia do desenvolvimento: infância e adolescência Porto Alegre, RS: Artmed, ROTTA, N. T; Filho, C.A.B.; Bridi, F.R.S. Neurologia da aprendizagem: abordagem multidisciplinar Porto Alegre: Artmed, GRANDIN, T; PANEK, R; trad. Cavalcanti, C. O cérebro autista: pensando através do espectro Rio de Janeiro, RJ: editora Record, WHITMAN, T.L.; O desenvolvimento do autismo: social, cognitivo, linguístico, sensório-motor e perspectivas biológicas São Paulo, SP: M. Brooks do Brasil Editora Ltda, Bertrand, Y. Teorias contemporâneas da Educação 2 ed. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget, 2001.