8º Encontro da ABCP 01 a 04/08/2012, Gramado, RS. Área Temática: Representação Política

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "8º Encontro da ABCP 01 a 04/08/2012, Gramado, RS. Área Temática: Representação Política"

Transcrição

1 8º Encontro da ABCP 01 a 04/08/2012, Gramado, RS Área Temática: Representação Política Capital familiar e carreira política no Brasil - o caso da Câmara dos Deputados Danusa Marques (Prof. Assistente Ipol/UnB; Doutoranda DCP/UFMG) Carlos Augusto Mello Machado (Prof. Assistente Ipol/UnB; Doutorando DCP/UFMG) Luis Felipe Miguel (Prof. Titular Ipol/UnB)

2 Resumo: A literatura sobre gênero e carreira política aponta que o capital familiar é o principal recurso na trajetória tradicional de ingresso das mulheres na vida política. Contudo, ainda não foi verificado como o capital familiar singulariza as trajetórias de mulheres, já que ele se encontra também entre políticos homens. O paper analisa a presença do capital familiar de deputadas e deputados federais eleitos no Brasil nas últimas três eleições, entre 2002 e Além da variável gênero, serão consideradas a ocupação anterior de cargos públicos eletivos ou não, a presença de outras formas de capital político (sindical, econômico, midiático), a filiação partidária, a idade e a região geográfica. A hipótese de pesquisa é que, ainda que em diferentes medidas, o capital familiar é um recurso mobilizado por parlamentares de todos os perfis, inclusive homens. 2

3 Introdução O foco da discussão sobre carreiras políticas na ciência política brasileira se direciona principalmente aos partidos políticos e sua relação com o sistema eleitoral. Destacam-se pesquisas sobre os princípios da representação majoritária ou proporcional, dos tipos de lista, da magnitude dos distritos, do monopólio partidário das candidaturas, o índice de fragmentação do sistema partidário e o poder nas mãos das lideranças partidárias. Há também pesquisas que buscam mapear o momento pré-eleitoral de recrutamento dos/as candidatas pelos partidos, mas não se dedicam à discussão mais específica sobre o ambiente sociocultural no qual estas instituições políticas estão inseridas. De modo geral, portanto, é possível afirmar que as principais pesquisas sobre carreira política no âmbito da ciência política brasileira se dedicam a discussões muito focadas nos partidos políticos ou no sistema de partidos e sua interação com os limites institucionais de suas ações 1. A construção da carreira política de mulheres no Brasil é um tema que recebe menos atenção da área, acompanhando a tendência geral da ciência política na discussão das questões de gênero. Há poucos estudos que se dedicam à questão das desigualdades de gênero na construção de carreiras políticas 2 no contexto brasileiro, apesar de alguns trabalhos que discutem o tema das carreiras políticas apresentarem a variável sexo na análise dos perfis de origem social dos/as parlamentares 3. A tendência geral dos estudos sobre as desigualdades de gênero na política é de discutir questões ligadas principalmente ao desenho institucional e o seu efeito para a construção de carreiras por mulheres e seu estabelecimento no âmbito da política formal. Isso é claramente importante, visto que diversos 1 Temas específicos mais recorrentes que podem ser apontados são questões sobre lealdade partidária (SANTOS, 2001), reeleição (PEREIRA e RENNÓ, 2001; LEONI, PEREIRA e RENNÓ, 2003), estratégia e tipos de ambição política (LEONI, PEREIRA e RENNÓ, 2003) e ideologia partidária (SANTOS e SERNA, 2007). Destaca-se como pesquisa que discute questões de trajetória extra-institucionais o artigo de Miguel (2003), que aborda a origem do capital político, com foco na influência da mídia (MIGUEL, 2003). 2 Destacam-se o artigo de Miguel (2003) e a dissertação de mestrado de Pinheiro (2007). 3 Como as pesquisas realizadas por Perissinoto, Costa e Tribess (2009) e Perissinotto e Miríade (2009). 3

4 fatores de engenharia institucional influenciam diretamente no número de mulheres eleitas e a estrutura de oportunidades para as candidaturas femininas. Fatores como a magnitude dos distritos, os incentivos institucionais à ocupação de cargos internos dos partidos por mulheres, reserva de parte do fundo partidário para órgãos internos que promovam a igualdade de gênero nos partidos, reserva de parte do fundo partidário para gasto exclusivo com campanhas de mulheres candidatas, a existência de cotas para mulheres nas listas partidárias, especialmente se estas forem fechadas, mandato de posição em listas fechadas etc. têm forte peso determinante neste processo. Pensando em como podem afetar a construção de carreiras políticas femininas de sucesso, todos esses fatores podem influenciar a ambição feminina em se candidatar, mas há outros fatores que também devem ser analisados quando se trata de estabelecer e considerar os padrões de construção das carreiras políticas balizados por gênero. É importante também verificar quais seriam os caminhos percorridos por mulheres e homens que conseguiram se eleger, se manter com visibilidade dentro dos partidos, fazer planos para a sua carreira e torná-los viáveis 4. Tais caminhos são marcados pelo desenho do sistema eleitoral, mas também pelo desenho institucional dos partidos, pela estrutura de socialização partidária, pela diferentes formas de origem social que influenciam no recrutamento partidário, por uma diversidade de fatores de socialização que abrem e fecham portas para o desenvolvimento das carreiras políticas, além, é claro, da estrutura de desigualdades sociais que marca o cenário políticoeleitoral brasileiro. Este paper pretende aprofundar a discussão da importância do capital familiar para a construção da carreira política, analisando dados de trajetória e de capital político de parlamentares eleitos/as em 2002, 2006 e A literatura especializada sobre gênero e política costuma apontar a importância das relações familiares com políticos/as para a construção das carreiras das (poucas) mulheres que conseguem chegar à Câmara dos Deputados. Como esses estudos abarcam apenas o universo de mulheres, não se aprofundando 4 Seria importante também analisar a trajetória daquelas/es que não conseguiram construir suas carreiras com sucesso, o que não é objetivo desta pesquisa, por conta de limitação de recursos. 4

5 na análise dos deputados, esta pesquisa apresenta como hipótese central que, ainda que em diferentes medidas, o capital familiar é um recurso mobilizado por políticos/as de todos os perfis, inclusive homens. O conceito de capital político no estudo de carreiras políticas Nos estudos sobre carreiras políticas a utilização do conceito de capital político de Pierre Bourdieu é bastante recorrente. A base da pesquisa Carreira Política e Gênero no Brasil foi construída como continuidade a uma série de investigações realizadas desde a década passada (MIGUEL, 2002; 2003) que também trabalham com este conceito. Para Bourdieu, o conceito de capital está diretamente relacionado a outros dois: campo e habitus. Os campos são estruturas sociais que possuem regras e hierarquias específicas e submetem seus agentes à sua lógica. Todas as ações tomadas dentro de um campo são realizadas em função do seu habitus (formas de agir, pensar e sentir o mundo, coletivas, mas incorporadas ao sujeito). O habitus, assim, realiza a intermediação da posição (objetiva) e a tomada de posição (subjetiva) do agente, através de critérios de classificação e hierarquização do mundo que, embora pareçam, não são naturais. Estruturado pelo campo, o habitus atua como uma espécie de filtro para o ingresso do agente no campo. Para ser capaz de gerar efeitos no campo, o agente deve possuir um determinado capital simbólico, que acaba por se constituir uma forma de valor fundada no reconhecimento existente dentro daquele campo. Além disso, é preciso observar que os campos são autônomos e tendem a se fechar sobre si mesmos, ou seja, a influência dos agentes que não são membros do campo tende a ser muito limitada e o acúmulo de capital simbólico pelos membros é importante para que as ações venham a ser consideradas no campo. No entanto, essa autonomia é sempre relativa, sendo que diferentes campos exercem influência mútua e as ações realizadas em um campo podem se refletir fora dele, em outros campos. Assim, o campo é mais autônomo (e menos suscetível a influências externas) quanto mais fechado o mesmo se apresenta. No entanto, existem outros campos que, por sua natureza, se abrem episodicamente para os profanos, agentes que não pertencem a eles, 5

6 como o campo político (que se abre aos profanos o eleitorado em cada momento eleitoral). Embora não tenha realizado uma classificação completa do capital político, pode-se dizer que Bourdieu dividiu o capital político na seguinte classificação: o capital delegado (capital controlado pela instituição e delegado a seus membros o partido político acumula capital simbólico e o deposita limitada e provisoriamente em seus militantes); o capital convertido (transformação de capital de outros campos para a política, o que supõe uma taxa de conversão ); e o capital heróico (subespécie do capital convertido, é acumulado lentamente e corresponderia ao carisma weberiano). Baseado nos conceitos de Bourdieu, Miguel (2003) faz uma simplificação de sua classificação e trabalha com dois tipos ideais de capital político: capital delegado e capital convertido. Por capital delegado entende-se que o político iniciaria sua carreira por cargos mais baixos e, aos poucos, acumularia capital do próprio campo político, pela ocupação de cargos políticos ou partidários. Para começar sua carreira, no entanto, seria necessária uma pequena conversão de capital externo ao campo político. O capital convertido, por sua vez, corresponderia à conversão de uma grande quantidade de capital não-político, pressupondo-se a existência de uma taxa de conversão ou seja, a conversão de capital não-político em capital político não acontece automaticamente e nem se dá na mesma quantidade do capital original, implicando em perdas na conversão. O que se ressalta, com esta classificação, é que as carreiras costumam se apresentar como uma mistura entre os dois meios de se conseguir capital político. A ideia geral, portanto, é de que os/as aspirantes ao ingresso no campo político precisa acumular capital político para construírem suas carreiras, ou seja, para serem admitidos como membros deste campo. Essa construção passa não apenas pelo momento eleitoral, mas por toda a trajetória do sujeito, que busca ocupar uma posição mais central (e aqui a descrição espacial centro/periferia se encaixa adequadamente) no campo, admitindo-se a hipótese geral dos estudos sobre carreira de que políticos/as costumam ter ambição política ascendente, ou seja, seus movimentos têm a intenção de aproximar-se cada vez mais do centro do campo político, na terminologia bourdiana. 6

7 De modo geral, as pesquisas que trabalham com trajetórias de mulheres na política trabalham com os conceitos de campo e capital político de Bourdieu. Assim como Miguel (2003), Pinheiro (2007) utiliza o arcabouço conceitual da teoria dos campos bourdiana. A autora trabalha com quatro subdivisões de capital político: capital familiar (delegado), capital delegado pela participação em movimentos sociais, capital delegado da ocupação de cargos públicos e políticos, e capital convertido de outros campos. Neste paper, trabalha-se com as categorias de capital político familiar, econômico, midiático, sindical e político do próprio campo. O capital familiar No principal estudo sobre perfis e trajetórias políticas de mulheres no Brasil, Pinheiro (2007) afirma que a trajetória das relações familiares se apresenta como uma das principais rotas de acesso à carreira política entre as mulheres, que converteriam um prestígio de seus familiares à sua própria carreira, aproveitando não somente a experiência de socialização com políticos profissionais, mas também suas redes de compromissos e lealdades. A autora afirma que esta rota não é exclusiva de mulheres, sendo importante para homens, mas muito mais relevante para as candidaturas femininas. Em um estudo comparativo entre legisladoras brasileiras e argentinas, Marx, Borner e Caminotti (2007), por sua vez, afirmam que a maior parte das deputadas que relatam a importância deste tipo de rota para sua carreira disse, em entrevista, que chegou à candidatura para o cargo de deputada federal por decisão do familiar, em especial, do cônjuge. De acordo com a análise de Pinheiro (2007), muitas vezes as deputadas chegam a tal cargo para dar continuidade à ação política de seus familiares e, em especial, de seus esposos. É recorrente na literatura sobre gênero e política a afirmação de que o capital familiar é o principal recurso no ingresso das mulheres na vida política. No entanto, não é exclusividade feminina a presença de capital familiar - entre os políticos homens ele também é presente, ainda que sua importância ainda não tenha sido verificada, assim como uma comparação entre as trajetórias de homens e mulheres em relação a este capital específico não foi realizada. É 7

8 objetivo deste paper iniciar esta verificação, buscando compreender qual é a magnitude do impacto do capital familiar para a construção de carreiras de mulheres e homens, considerando outros tipos de capital que marcam a trajetória dos/as candidatas/os que tiveram sucesso em se eleger para a Câmara dos Deputados. Coleta dos dados Os dados apresentados se referem às informações coletadas na pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil 5, para a qual foram levantadas informações biográficas sobre a carreira política dos candidatos ao cargo de deputado federal vitoriosos nas eleições ocorridas entre 1990 e As principais fontes de informação foram o Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, editado pelo CPDOC/FGV 6 e as informações disponibilizadas pelo site da Câmara dos Deputados, bem como notícias de jornal, buscadas através de pesquisa no Google. Neste paper somente são analisados os dados referentes às eleições de 2002, 2006 e 2010, devido à dificuldade de verificação da adequação dos dados referentes às três eleições anteriores (1998, 1994 e 1990), cuja distância da atualidade torna mais impreciso o rastreamento dos dados de trajetórias das/os então deputados/as. Análise dos dados A tabela 1 apresenta a proporção de deputados/as federais eleitos/as que haviam exercido cargo público eletivos 7 ou não-eletivos 8 antes de suas 5 Coordenada por Luis Felipe Miguel e realizada no âmbito do grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades Demodê (Ipol/UnB), com auxílio do CNPq. 6 Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas. 7 Cargos públicos eletivos: vereador/a, dep. estadual, dep. federal, senador/a, prefeito/a, viceprefeito/a, governador/a, vice-governador/a, presidente/a, vice-presidente/a. 8 Cargos públicos não-eletivos: secretário/a municipal, secretário/a estadual ou distrital, ministro/a de Estado. 8

9 eleições 9, discriminados/as por presença ou não de capital familiar. De acordo com a tabela, o capital familiar não influi no exercício de cargos anteriores. Tabela 1: Proporção de deputados/as eleitos/as que ocuparam cargos públicos eletivos ou não-eletivos antes de sua eleição, por capital familiar com sem com sem cargo cargo nãoeletivo capital capital n capital capital eletivo familiar familiar familiar familiar n sim 87,4% 87,3% 1344 sim 41,0% 39,9% 621 não 12,6% 12,7% 195 não 59,0% 60,1% 918 TOTAL 100% 100% 1539 TOTAL 100% 100% 1539 Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil Entretanto, a vinculação com familiares na vida política marca um padrão diferenciado de presença de outros tipos de capital. Entre os/as deputados/as com capital familiar há maior concentração daqueles que possuem, também, capital econômico 10, bem como capital midiático 11, em comparação àqueles que não possuem laços de parentesco com políticos/as, de acordo com os dados da tabela 2: 9 Optou-se, no tratamento dos dados, em trabalhar com os dados de três eleições conjuntamente, exceto em alguns casos específicos. Deste modo, quando os dados forem trabalhados separadamente, por eleição, a informação do ano da eleição estará indicada. Em todos os outros casos trabalha-se com os dados agregados, no total de 1539 casos, ou seja, 513 casos por eleição. Consideraram-se, para a coleta dos dados, as pessoas eleitas e não suplentes que porventura ocuparam cargos após afastamento de eleitos/as. Em casos de reeleição, é possível que uma mesma pessoa apresente mais de uma entrada na base de dados, considerando-se que as situações individuais mudam de acordo com cada eleição. 10 Capital econômico: indicação de que o/a deputado/a é proprietário/a de empresa ou membro de alta diretoria de empresas de grande porte. 11 Capital midiático: indicação de que o/a deputado/a é proprietário/a de empresa de mídia, profissional de rádio ou TV ou apresenta outro tipo de popularidade da mídia (ator/atriz, cantor/a, esportista, etc). 9

10 Tabela 2: Distribuição de deputados/as federais eleitos/as por capital familiar e outras formas de capital capital familiar sim não TOTAL Capital econômico Capital midiático Sindicato de Trabalhadores Sindicato Patronal 12 sim não TOTAL sim não TOTAL sim não TOTAL Sim não TOTAL 68,3% (427) 31,7% (198) 100% (625) 23,5% (147) 76,5% (478) 100% (625) 48,9% 51,1% 100% 16,5% 83,5% 100% (447) (467) (914) (151) (763) (914) 56,8% 43,2% 100% 19,4% 80,6% 100% (874) (665) (1539) (298) (1241) (1539) Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil 9,6% (60) 90,4% ( 565) 100% (625) 9,0% (56) 91,0% (569) 100% (625) 25,7% 74,3% ( 100% 10,0% 90,0% 100% (235) 679) (914) (91) (823) (914) 19,2% 80,8% 100% 9,6% 90,4% 100% (295) (1244) (1539) (147) (1392) (1539) Ao mesmo tempo em que as relações entre a presença de capital familiar e de capital econômico e midiático são positivas (detentores de capital familiar apresentam 19 pontos percentuais a mais em presença de capital econômico e 7 pontos percentuais a mais em presença de capital midiático), verifica-se uma relação inversa entre capital político derivado de liderança sindical 13 e capital familiar: entre os detentores de capital familiar apenas 9% possuem militância sindical prévia, enquanto 25% daqueles que não possuem capital familiar participaram de instâncias decisórias sindicais. Ao contrário do que ocorre em relação à presença de capital econômico ou midiático, há uma diferença negativa de 16 pontos percentuais na participação em liderança sindical entre detentores e não-detentores de capital familiar. Em relação à liderança de sindicatos patronais, os dados não indicam diferenças significativas entre detentores e não-detentores de capital familiar. Os dados apresentados indicam que o vínculo familiar com políticos/as possui relação com outras formas de capital que podem ser convertidos em capital político, como indica a literatura, através da mobilização de redes e/ou recursos provenientes destes diversos campos para a socialização política. 12 Capital Sindical Patronal: indicação de que a/o deputada/o foi presidente/a ou fez parte da diretoria de sindicatos patronais. 13 Capital Sindical: Indicação de que a/o deputada/o foi presidente/a ou fez parte da diretoria de sindicatos de trabalhadores. 10

11 Deve-se notar, entretanto, que a existência de capital familiar entre os/as vitoriosos/as nas eleições à Câmara baixa brasileira não está distribuída homogeneamente entre as eleições. Entre 2002 e 2010 verifica-se um acréscimo do número de deputados/as federais que possuem familiares participando da vida política em cargos eletivos, saindo de 32,6% em 2002 para alcançar 46,6% em Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil Retornando à avaliação do capital familiar enquanto elemento central para a construção de carreiras políticas, cabe ressaltar o vínculo, recorrentemente trazido pela literatura especializada, entre sexo do/a candidata/o e a mobilização de recursos políticos. A literatura sobre recrutamento político costuma apresentar este processo como uma corrida com barreiras aqueles/as que têm sucesso em ultrapassá-las são os/as felizes vencedores/as desta competição e conseguem ser eleitos/as, ou seja, conseguem ingressar no campo político. Neste contexto, homens são privilegiados estruturalmente na mobilização de recursos que viabilizam a construção de uma carreira política de sucesso, então tendem a apresentar maior ambição política, ou seja, interesse em ingressar no campo 11

12 político. Nesse primeiro passo do recrutamento político, ou seja, de seleção de aspirantes à ocupação de cargos eletivos, há mais homens do que mulheres, porque o ambiente de recrutamento normalmente é mais favorável para os homens ou seja, a desigualdade na participação já se vê presente no primeiro passo do recrutamento de possíveis políticos/as. Em praticamente todas as culturas homens são socializados para ver a política como uma área de atuação legítima, ao contrário das mulheres, o que os leva a desenvolver mais interesse pela área do que as mulheres (e, consequentemente, a ter mais ambição política). Além disso, eles costumam ter mais acesso a recursos materiais, novamente por sua posição de partida privilegiada (Matland, 2005). Dado o conjunto de aspirantes, o segundo passo é a seleção de candidaturas, um dos papéis mais importantes de um partido político. A seleção de quem será lançada/o candidata/o pode variar muito: pode ser das mais abertas às mais fechadas, como candidatura de todos os membros, a realização de primárias abertas ou fechadas, a indicação pelos líderes partidários, a indicação das candidaturas por blocos dentro do partido, indicação da direção do partido, etc. Outra dimensão da seleção de candidaturas se refere ao grau de burocratização deste processo: altamente burocratizado (com regras explícitas, teoricamente mais favoráveis às aspirantes mulheres) ou baseado em liderança tradicional ou carismática (com viés mandonista, de regras nada claras e mal seguidas, que tendem a ser muito negativas para mulheres em um contexto de desigualdade de gênero). Uma regra geral seguida pelos partidos, de acordo com Matland (2005), é que eles sempre buscarão candidatos/as que maximizarão os votos, em um cálculo de utilidade simples. Pessoas consideradas menos atraentes eleitoralmente não serão selecionadas pelos partidos (ou, mais especificamente, por aqueles que exercem a função de controle gatekeepers dos partidos). Segundo a literatura especializada, os pontos avaliados mais centrais são o passado do/a candidata/o no partido e os mandatos eletivos já cumpridos. Novos/as candidatos/as podem ser avaliados/as pelo seu passado de militância no partido. A visibilidade na comunidade, posições de liderança em organizações sociais e a ocupação de cargos públicos também são fatores observados para se estimar a quantidade de votos. Como essas posições são 12

13 ocupadas desproporcionalmente por homens, mulheres têm mais desvantagem nesse ponto. A terceira barreira, da eleição propriamente dita, não apresenta consensos na ciência política. Apesar de haver evidências da desigualdade social e da deslegitimação histórica das mulheres, não há pesquisa que possa afirmar, empiricamente, o preconceito do eleitorado para com as candidatas mulheres. Mesmo assim, por mais que o eleitorado possa não se importar com características dos/as candidatos/as, a ideia de que certas características são mais atraentes será considerada pelos partidos ao selecionar seus/suas candidatos/as novamente, retorna-se à questão de quais candidatos/as são mais competitivos/as e trarão maior número de votos para o partido. 14 Um ponto central no recrutamento de candidaturas, portanto, é a consideração, por parte do partido político, de que determinada pessoa é eleitoralmente atraente para ser escolhida como candidata o que significa que o partido reconhece a candidatura como um investimento de recursos cujo bom resultado será sua eleição. O capital político que esse/a possível candidato/a dispõe é um ponto central na definição da candidatura por parte do partido e, como mulheres são desprivilegiadas estruturalmente, a literatura especializada indica que a seleção de candidaturas pelos partidos é um problema central na transposição das barreiras rumo à eleição. Nesse ponto, a presença de capital familiar é um diferencial positivo na definição da candidatura em um contexto social de desprivilegiamento feminino em relação à presença no campo político (ou seja, da ocupação prévia de cargos) ou de outros tipos de capital (como o econômico, por exemplo), o capital político transferido de familiares que pertencem ao campo político é um diferencial importante que pode alavancar candidaturas de mulheres. Deste modo, das poucas mulheres que conseguiram se eleger, muitas apontam seu parentesco com políticos/as como fator relevante para sua eleição, desde a 14 O modelo apresentado por Matland (2005) se refere principalmente aos argumentos institucionalistas de recrutamento. Modelo semelhante, com degraus de presença política na indicando as barreiras foi apresentado por Biroli e Miguel (2011), em discussão do caso brasileiro e a questão da ambição política na construção de carreiras. Pippa Norris (2004) afirma que outros fatores, associados ao modelo de modernização cultural de cada sociedade, devem ser considerados. 13

14 definição de seu interesse em se candidatar (ou seja, na potencialização de sua ambição política) até a mobilização de redes comuns e de recursos importantes no processo, passando pelo convencimento dos partidos de que comporão candidaturas atraentes. O capital familiar, assim, se mostraria central às candidaturas femininas. Ao mesmo tempo, pode-se imaginar que essa transferência de recursos, redes, aprendizados e lealdades também se aplica a candidaturas de homens. No entanto, ainda não se verificou, no caso brasileiro, se o capital familiar é tão importante para homens quanto é para as mulheres. Analisando-se os dados referentes aos/às deputados/as federais eleitos em 2002, 2006 e 2010, ao se considerar as diferenças de capital político entre homens e mulheres há a confirmação de que as mulheres possuem mais recorrentemente vínculo familiar entre os componentes de sua trajetória política, como se observa na tabela 3, a seguir: Tabela 3: Distribuição do capital familiar, por sexo do/a deputado/a federal eleito/a capital familiar feminino masculino TOTAL sim 53,4% (70) 39,4% (555) 40,6% (625) não 46,6% (61) 60,6% (853) 59,4% (914) TOTAL 100% (131) 100% (1408) 100% (1539) Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil Apesar da diferença entre homens e mulheres, o capital familiar não é um elemento desprezível na carreira de homens, pois 39% dos deputados federais eleitos entre 2002 e 2010 possuem vínculo de parentesco com algum/a político/a. A variação temporal deste indicador permite observar uma tendência de crescimento deste valor entre os homens, aliada à manutenção da mesma taxa entre as mulheres, conforme a tabela 4, abaixo: 14

15 Tabela 4: Capital familiar e sexo dos/as deputados/as federais eleitos/as, por ano de eleição. capital 2002* 2006** 2010*** familiar feminino masculino feminino masculino feminino masculino sim 51,2% 30,9% 55,6% 41,5% 53,3% 45,9% não 48,8% 69,1% 44,4% 58,5% 46,7% 54,1% TOTAL 100% 100% 100% 100% 100% 100% n Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil Considerar a variação longitudinal permite observar que o aumento de homens com presença de capital familiar, ou seja, que tem vínculo familiar com políticos/as, aumenta a ponto de tornar a diferença percentual entre deputadas e deputados pequena para o ano de 2010, como se vê na tabela acima. No espaço de duas eleições o número de parlamentares homens com capital familiar subiu 15 pontos percentuais, apontando uma mudança de padrão deste tipo de capital entre os deputados. Observa-se, portanto, que a mudança de padrão, indicando um aumento da presença de capital familiar entre o corpo de parlamentares, ocorre apenas entre os deputados, porque esse capital está estabilizado entre as deputadas o que indica que esse tipo de capital está crescendo em importância no campo político brasileiro no geral, porque os deputados correspondem a mais de 90% da Câmara dos Deputados. A tabela 5, abaixo, apresenta os dados de capital familiar por região do país. A análise da distribuição da presença de capital familiar por região aponta o Nordeste como a principal região na presença desse tipo de capital, seguida do Centro-Oeste (que apresenta o segundo percentual, mas um número absoluto de parlamentares menor do que todas as demais regiões, deve-se ressaltar). 15

16 Tabela 5: Variação, entre as regiões do país, da porcentagem de deputadas/os federais eleitas/os que possuem capital familiar, por ano da eleição Região capital capital capital familiar TOTAL familiar TOTAL familiar TOTAL Sul 27,3% (21) 100% (77) 29,9% (23) 100% (77) 36,4% (28) 100% (77) Sudeste 25,7% (46) 100% (179) 39,1% (70) 100% (179) 39,7% (71) 100% (179) Centro- Oeste 34,1% (14) 100% (41) 39,0% (16) 100% (41) 48,8% (20) 100% (41) Nordeste 45,7% (69) 100% (151) 53,6% (81) 100% (151) 60,3% (91) 100% (151) Norte 26,2% (17) 100% (65) 44,6% (29) 100% (65) 44,6% (29) 100% (65) TOTAL 32,6% (167) 100% (513) 42,7% (219) 100% (513) 46,6% (239) 100% (513) Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil A tendência de crescimento da presença do capital familiar entre os/as deputados/as eleitas/os entre 2002 e 2010 já foi apresentada no gráfico 1, mas a distribuição regional mostra que essa tendência é acompanhada mais lentamente na região sul do país, que apresenta uma diferença de apenas 9 pontos percentuais entre essas eleições, ao contrário das demais regiões (14 p.p. no Sudeste, 13 p.p. no Centro-Oeste, 15 p.p. no Nordeste e 18 p.p. no Norte). Tabela 6: Variação da porcentagem de deputadas/os eleitas/os, por Região, sexo e ano de eleição Região Feminino masculino feminino masculino feminino masculino Sul 33,3% (2) 26,8% (19) 50,0% (2) 28,8% (21) 20,0% (1) 37,5% (27) TOTAL 100% (6) 100% (71) 100% (4) 100% (73) 100% (5) 100% (72) Sudeste 46,7% (7) 23,8% (39) 43,8% (7) 38,7% (63) 46,2% (6) 39,2% (65) TOTAL 100% (15) 100% (164) 100% (16) 100% (163) 100% (13) 100% (166) 16

17 Centro-Oeste 40,0% (2) 33,3% (12) 66,7% (2) 36,8% (14) 60,0% (3) 47,2% (17) TOTAL 100% (5) 100% (36) 100% (3) 100% (38) 100% (5) 100% (36) Nordeste 57,1% (4) 45,1% (65) 55,6% (5) 53,5% (76) 50,0% (6) 61,2% (85) TOTAL 100% (7) 100% (144) 100% (9) 100% (142) 100% (12) 100% (139) Norte 75,0% (6) 19,3% (11) 69,2% (9) 38,5% (20) 80,0% (8) 38,2% (21) TOTAL 100% (8) 100% (57) 100% (13) 100% (52) 100% (10) 100% (55) Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil A observação separada por sexo da/o deputada/o, por região, permite perceber que a região Norte é a única que apresenta um padrão diferenciado. De modo geral, em todas as regiões cerca de metade das deputadas apresenta capital familiar, exceto no Norte: ali, cerca de três quartos das deputadas apresentam capital familiar, de modo estável. É importante ressaltar que a tendência de crescimento da importância do capital familiar, verificada no gráfico 1, em todas as regiões se manifesta principalmente entre os homens especialmente se considerado o elevado número absoluto de deputados. Finalmente, a distribuição da presença de capital familiar por partido político é apresentada na tabela 7, a seguir: Tabela 7: Variação, entre os partidos, da porcentagem de deputadas/os eleitas/os com capital familiar eleitas/os, por ano de eleição Partido capital capital capital TOTAL TOTAL TOTAL familiar familiar familiar PT 13,2% (12) 100% (91) 20,7% (17) 100% (82) 20,9% (18) 100% (86) PMDB 46,1% (35) 100% (76) 56,7% (51) 100% (90) 65,4% (51) 100% (78) PSDB 28,6% (20) 100% (70) 50,0% (33) 100% (66) 53,7% (29) 100% (54) PFL/DEM 45,2% (8) 100% (84) 49,2% (31) 100% (63) 67,4% (29) 100% (43) PDS/PP/PPB/PPR 38,8% (19) 100% (49) 48,8% (20) 100% (41) 59,1% (26) 100% (44) PL/PR 19,2% (5) 100% (26) 37,5% (9) 100% (24) 40,0% (16) 100% (40) PSB 36,4% (8) 100% (22) 55,6% (15) 100% (27) 48,6% (17) 100% (35) 17

18 PDT 33,3% (7) 100% (21) 40,0% (10) 100% (25) 38,5% (10) 100% (26) PTB 36,0% (9) 100% (25) 40,9% (9) 100% (22) 43,5% (10) 100% (23) PPS/PCB 60,0% (9) 100% (15) 45,5% (10) 100% (22) 66,7% (8) 100% (12) PC do B 25,0% (3) 100% (12) 38,5% (5) 100% (13) 20,0% (3) 100% (15) PV 0,0% (0) 100% (5) 23,1% (3) 100% (13) 35,7% (5) 100% (14) pequenos de direita 6,3% (1) 100% (16) 11,8% (2) 100% (17) 40,0% (14) 100% (35) pequenos de esquerda 100% (1) 100% (1) 50,0% (4) 100% (8) 37,5% (3) 100% (8) TOTAL 32,6% (167) 100% (513) 42,7% (219) 100% (513) 46,6% (239) 100% (513) Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política A análise da tabela acima permite observar algumas diferenças importantes no padrão de apresentação de capital familiar entre os parlamentares de partidos distintos. O padrão de crescimento geral da presença e capital familiar já foi apresentado no gráfico 1 e, se não houvesse diferenças nessa distribuição entre os partidos, a distribuição deveria apresentar percentuais semelhantes entre eles. De fato, isso ocorre em relação à maior parte dos partidos políticos, com a exceção do PT Partido dos Trabalhadores e, de modo geral, os demais partidos de esquerda (exceto o PPS/PCB), ainda que esses contem com um número de parlamentares muito inferior. O PT teve aumento na presença de capital familiar, como a tendência geral indicava, mas em um percentual bastante inferior aos demais partidos considerados os demais quatro maiores partidos, cerca de 40 pontos percentuais de diferença, em Ainda entre os maiores partidos, destaca-se o PSDB em 2002, que tinha 28,6% de seus parlamentares com capital familiar. O quadro do partido se modifica nos anos seguintes, passando a 53,7% de sua bancada com presença de capital familiar em

19 Na tabela 8 pode-se verificar a diferença de capital familiar, por sexo, entre partidos selecionados (os dois maiores, de acordo com a vertente ideológica): Tabela 8: Variação, entre os partidos, da porcentagem de deputadas/os eleitas/os com capital familiar, por sexo e ano de eleição (partidos selecionados*) Partido feminino masculino feminino masculino feminino masculino PT 30,8% (4) 10,3% (8) 28,6% (2) 20,0% (15) 12,5% (1) 21,8% (17) TOTAL 100% (13) 100% (78) 100% (7) 100% (75) 100% (8) 100% (78) PMDB 100% (4) 43,1% (31) 66,7% (6) 55,6% (45) 85,7% (6) 63,4% (45) TOTAL 100% (4) 100% (72) 100% (9) 100% (81) 100% (7) 100% (71) PSDB 16,7% (1) 29,7% (19) 66,7% (2) 49,2% (31) 50,0% (1) 53,8% (28) TOTAL 100% (6) 100% (64) 100% (3) 100% (63) 100% (2) 100% (52) PFL/DEM 66,7% (4) 43,6% (34) 60,0% (3) 48,3% (28) 100% (2) 65,9% (27) TOTAL 100% (6) 100% (78) 100% (5) 100% (58) 100% (2) 100% (41) PP 100% (1) 37,5% (18) 100% (3) 44,7% (17) 100% (4) 55,0% (22) TOTAL 100% (1) 100% (48) 100% (3) 100% (38) 100% (4) 100% (40) PSB 50,0% (1) 35,0% (7) 50,0% (3) 57,1% (12) 60,0% (3) 46,7% (14) TOTAL 100% (2) 100% (20) 100% (6) 100% (21) 100% (5) 100% (30) Fonte: Pesquisa Gênero e Carreira Política no Brasil *Partidos selecionados: dois maiores partidos, por tendência ideológica (PT e PSB: esquerda; PMDB e PSDB: centro; PFL/DEM e PP: direita) Na tabela acima observa-se que o PT, que já apresentava um padrão diferenciado na tabela 7, tem uma situação distinta dos demais partidos em relação às deputadas: ainda que seja um número absoluto reduzido, verifica-se que há uma tendência de queda da presença do capital familiar entre as parlamentares mulheres, chegando a apenas uma deputada, entre oito, em 2010, cenário inverso aos demais cinco partidos selecionados. Ainda em relação à tabela 8, observa-se que, considerando a magnitude da bancada do PMDB e o número de deputadas que apresenta, o capital familiar é um fator muito importante entre suas parlamentares, fato que se mantém nos três anos. Ressalta-se o caso do PP que, embora tenha um número reduzido de deputadas, nos três anos analisados todas as suas deputadas tinham capital familiar. 19

20 Conclusão Através da análise dos dados coletados a hipótese de pesquisa que orienta esse paper não se confirma para 2002 e 2006, mas em 2010 a diferença entre homens e mulheres é muito reduzida. Nas eleições passadas o capital familiar era mais presente entre as (poucas) deputadas, enquanto em 2010 ele se apresenta muito mais frequentemente no universo de deputados, o que mostra uma mudança no padrão de capital familiar entre deputados federais e, vale ressaltar, eles são 91,1% da Casa. Deste modo, pode-se afirmar que há um padrão de mudança no sentido da hipótese deste trabalho: enquanto antigamente a distância entre a presença desse tipo de capital era considerável entre homens e mulheres que se elegeram para a Câmara dos Deputados, na última eleição não há diferenças marcantes. Se considerarmos a justificativa teórica de que o capital familiar é importante, no caso das mulheres, porque diminui o risco de investimento por parte do partido político para o lançamento de sua incerta candidatura, o crescimento da importância desse tipo de capital entre os deputados homens, que são maioria no ambiente analisado, aponta que esse capital pode estar sendo mais considerado na decisão de lançamento de candidaturas masculinas. Em uma visão mais utilitarista, isso indica um cenário competitivo dentro dos partidos, que podem buscar mais garantias para avalizar candidaturas em um contexto de novos atores tentando disputar um cargo, ou, em uma hipótese mais conservadora, aponta o enraizamento de algumas famílias no cenário de um sistema político ainda jovem que tem pouco mais de 25 anos, se considerarmos o retorno do poder político aos civis em 1985 que está se estabelecendo. Isso indica duas novas hipóteses: novos atores que possuem relações familiares com políticos/as poderiam estar ingressando na Câmara (e ali se mantendo, via reeleição), ou os deputados que se reelegem estariam conseguindo emplacar seus familiares na construção de novas carreiras, provavelmente ainda no nível local. No entanto, devido à natureza exploratória deste trabalho, são hipóteses que não poderão ser verificadas neste paper, mas que ficam para aprofundamento em trabalhos futuros. 20

21 Bibliografia BIROLI, Flávia e Luis Felipe Miguel. (2011), Caleidoscópio convexo mulheres, política e mídia. São Paulo: Ed. Unesp. LEONI, Eduardo, Carlos Pereira e Lúcio Rennó. (2003), Estratégias para sobreviver politicamente: escolhas de carreiras na Câmara de Deputados do Brasil, Opinião Pública, Vol. IX, nº 1, pp MARX, Jutta, Jutta Borner y Mariana Caminotti. (2007), Las legisladoras: cupos de género y política en Argentina y Brasil. Buenos Aires: Siglo XXI. MATLAND, Richard E. (2005), Enhancing Women s Political: Legislative Recruitment and Electoral Systems. IN: Women in Parliament: Beyond Numbers. International IDEA s Handbook. Stockholm, International IDEA. MIGUEL, Luis Felipe. (2002) Mídia e carreira política: alguma teoria e o caso do Brasil. XI Encontro Anual da COMPÓS - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.. (2003), Capital político e carreira eleitoral: algumas variáveis na eleição para o Congresso brasileiro. Revista de. Sociologia Política, 20. pp PEREIRA, Carlos e Lúcio Rennó. (2001), O que é que o reeleito tem? Dinâmicas político-institucionais locais e nacionais nas eleições de 1998 para a Câmara dos Deputados. Dados, vol. 44, nº2. PERISSINOTO, Renato, Luiz Domingos Costa e Camila Tribess. (2009), Origem social dos parlamentares paranaenses ( ): alguns achados e algumas questões de pesquisa. Sociologias, ano 11, nº 22, pp PERISSINOTO, Renato e Angel Miríade. (1009), Caminhos para o Parlamento: Candidatos e Eleitos nas Eleições para Deputado Federal em Dados, vol. 52, nº 2, pp

22 PINHEIRO, Luana Simões. (2007), Vozes femininas na política: uma análise sobre mulheres parlamentares no pós-constituinte. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. SANTOS, André Marenco dos. (2001), Sedimentação de lealdades partidárias no Brasil: tendências e descompassos. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 16, nº 45. SANTOS, André Marenco dos e Miguel Serna. (2007), Por que carreiras políticas na esquerda e na direita não são iguais? Recrutamento legislativo em Brasil, Chile e Uruguai, Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 22, nº 64. NORRIS, Pippa. (2004), Electoral Engineering - Voting Rules and Political Behavior. Cambridge: Cambridge University Press. 22

Gênero e carreira política: o que diferencia deputadas e deputados federais.

Gênero e carreira política: o que diferencia deputadas e deputados federais. V Congreso Latinoamericano de Ciencia Política. Asociación Latinoamericana de Ciencia Política, Buenos Aires, 2010. Gênero e carreira política: o que diferencia deputadas e deputados federais. Marques

Leia mais

A presença das mulheres no parlamento brasileiro

A presença das mulheres no parlamento brasileiro A Transparência Brasil é uma organização brasileira, independente e autônoma. e-mail: tbrasil@transparencia.org.br www.transparencia.org.br A presença das mulheres no parlamento brasileiro Renato Abramowicz

Leia mais

O VOTO DAS MULHERES PESA PARA CRESCIMENTO DE DILMA E QUEDA DE SERRA

O VOTO DAS MULHERES PESA PARA CRESCIMENTO DE DILMA E QUEDA DE SERRA O VOTO DAS MULHERES PESA PARA CRESCIMENTO DE DILMA E QUEDA DE SERRA Fátima Pacheco Jordão Dados processados pelo Datafolha com exclusividade para o Instituto Patrícia Galvão, e analisados por Fátima Pacheco

Leia mais

Relator: Deputado Ronaldo Caiado

Relator: Deputado Ronaldo Caiado Sugestão de Projeto de Lei sobre a proibição de coligações partidárias nas eleições proporcionais, federações partidárias, listas preordenadas pelos partidos nas eleições proporcionais e financiamento

Leia mais

Dados - Revista de Ciências Sociais ISSN: Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Brasil

Dados - Revista de Ciências Sociais ISSN: Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Brasil Dados - Revista de Ciências Sociais ISSN: 0011-5258 dados@iesp.uerj.br Universidade do Estado do Rio de Janeiro Brasil Miguel, Luis Felipe; Marques, Danusa; Machado, Carlos Capital Familiar e Carreira

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO GIOVANA CRISTINA COTRIN LORO. A Popularidade dos Governadores Brasileiros

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO GIOVANA CRISTINA COTRIN LORO. A Popularidade dos Governadores Brasileiros UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO GIOVANA CRISTINA COTRIN LORO A Popularidade dos Governadores Brasileiros São Paulo 2016 1 GIOVANA CRISTINA COTRIN LORO A Popularidade dos Governadores Brasileiros Trabalho preparado

Leia mais

Opinião dos Vereadores sobre a Reforma Política

Opinião dos Vereadores sobre a Reforma Política Opinião dos Vereadores sobre a Reforma Política Resultado da pesquisa sobre Reforma Política com Vereadores presentes na 1ª Mobilização Nacional de Vereadores realizada, em Brasília, nos dias 06 e 07 de

Leia mais

SELEÇÃO E PERFIL DE CANDIDATOS A VEREADOR EM PELOTAS (RS) NAS ELEIÇÕES DE 2008: ESBOÇO DE UMA ANÁLISE

SELEÇÃO E PERFIL DE CANDIDATOS A VEREADOR EM PELOTAS (RS) NAS ELEIÇÕES DE 2008: ESBOÇO DE UMA ANÁLISE SELEÇÃO E PERFIL DE CANDIDATOS A VEREADOR EM PELOTAS (RS) NAS ELEIÇÕES DE 2008: ESBOÇO DE UMA ANÁLISE ALTMANN, Cristina 1 ; BARRETO, Álvaro Augusto de Borba 2. 1 Bacharel em Ciências Sociais pela UFPel

Leia mais

REGRAS ELEITORAIS, COMPETIÇÃO POLÍTICA E POLÍTICA FISCAL: EVIDÊNCIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS

REGRAS ELEITORAIS, COMPETIÇÃO POLÍTICA E POLÍTICA FISCAL: EVIDÊNCIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS REGRAS ELEITORAIS, COMPETIÇÃO POLÍTICA E POLÍTICA FISCAL: EVIDÊNCIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS Aluno: André Rodrigues Pereira Orientador: João Manoel Pinho de Mello Introdução O objetivo deste projeto

Leia mais

Cooperativismo e Eleições 2014 Resultados do 2º turno

Cooperativismo e Eleições 2014 Resultados do 2º turno Cooperativismo e Eleições 2014 Resultados do 2º turno Apresentação Dando continuidade ao estudo realizado após o fim do 1º turno, o Sistema OCB apresenta esta análise com a intenção de subsidiar as lideranças

Leia mais

ANEXO 2. As eleições municipais no Rio Grande do Sul

ANEXO 2. As eleições municipais no Rio Grande do Sul ANEXO 2 As eleições municipais no Rio Grande do Sul Total de candidatos eleitos por partido político O Rio Grande do Sul elegeu em primeiro turno um total de 493 prefeitos. O Partido Progressista (PP)

Leia mais

CURSO FORMAÇÃO CIDADÃ DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. Victor Barau

CURSO FORMAÇÃO CIDADÃ DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. Victor Barau CURSO FORMAÇÃO CIDADÃ DEMOCRACIA REPRESENTATIVA Victor Barau 1- O Conceito da palavra Democracia Democracia demos = povo, e kratos = autoridade Origem Conceito Moderno: Revoluções Francesa e Americana.

Leia mais

Indicadores. da situação da mulher no Brasil

Indicadores. da situação da mulher no Brasil Indicadores da situação da mulher no Brasil A Seção INDICADORES do Observatório da Justiça traz, neste mês, de forma simples e didática, números que ajudam a entender a situação de desigualdade da mulher

Leia mais

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER ÀS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO RELACIONADAS À REFORMA POLÍTICA (PEC 182, DE 2007, E APENSADAS)

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER ÀS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO RELACIONADAS À REFORMA POLÍTICA (PEC 182, DE 2007, E APENSADAS) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER ÀS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO RELACIONADAS À REFORMA POLÍTICA (PEC 182, DE 2007, E APENSADAS) SUBSTITUTIVO À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o 14,

Leia mais

Eleições Municipais Resultados das Eleições no 1º Turno

Eleições Municipais Resultados das Eleições no 1º Turno Eleições Municipais Resultados das Eleições no 1º Turno A Confederação Nacional de Municípios (CNM) dando seguimento a seus Estudos sobre as eleições municipais de 2016, apresenta os números dos candidatos

Leia mais

AVALIAÇÃO DO CENÁRIO ELEITORAL SANTA CATARINA ABRIL 2010

AVALIAÇÃO DO CENÁRIO ELEITORAL SANTA CATARINA ABRIL 2010 PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA - SUMÁRIO GERENCIAL DE RESULTADOS - AVALIAÇÃO DO CENÁRIO ELEITORAL SANTA CATARINA ABRIL 2010 Elaborada com exclusividade para: Rua Monsenhor Manfredo Leite, 129 Centro Florianópolis

Leia mais

Reunião do Diretório Nacional do PT Brasília, 29 de outubro de 2015 RESOLUÇÃO SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2016

Reunião do Diretório Nacional do PT Brasília, 29 de outubro de 2015 RESOLUÇÃO SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2016 Reunião do Diretório Nacional do PT Brasília, 29 de outubro de 2015 RESOLUÇÃO SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2016 O Diretório Nacional do PT abre formalmente o debate sobre as eleições municipais de 2016 convicto

Leia mais

Melhoria no mercado de trabalho não garantiu igualdade de condições às mulheres

Melhoria no mercado de trabalho não garantiu igualdade de condições às mulheres A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE MARÇO 2013 Melhoria no mercado de trabalho não garantiu igualdade de condições às mulheres De maneira geral, as mulheres

Leia mais

Intenção de voto para presidente da Republica PO e 08/04/2016

Intenção de voto para presidente da Republica PO e 08/04/2016 Intenção de voto para presidente da Republica PO813859 07 e 08/04/2016 INTENÇÃO DE VOTO PRESIDENTE ABRIL DE 2016 LULA (PT) E MARINA SILVA (REDE) LIDERAM INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA Petista

Leia mais

Governo eletrônico e os executivos municipais: o caso de Minas Gerais

Governo eletrônico e os executivos municipais: o caso de Minas Gerais 1 Governo eletrônico e os executivos municipais: o caso de Minas Gerais Marcus Abílio Gomes Pereira Ernesto Friedrich de Lima Amaral Marcela Menezes Costa Departamento de Ciência Política Universidade

Leia mais

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS NOVEMBRO DE 2012 A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS A sociedade brasileira comemora, no próximo dia 20 de novembro, o Dia da

Leia mais

ATUALIDADES POLÍTICA : PROCESSO ELEITORAL NORTE-AMERICANO

ATUALIDADES POLÍTICA : PROCESSO ELEITORAL NORTE-AMERICANO ATUALIDADES POLÍTICA : PROCESSO ELEITORAL NORTE-AMERICANO As eleições presidenciais nos Estados Unidos são realizadas de modo indireto por meio de delegados escolhidos via convenções partidárias. Sistema

Leia mais

SEGUNDA PARTE: CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO PRESENTE NO FSM 2006

SEGUNDA PARTE: CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO PRESENTE NO FSM 2006 SEGUNDA PARTE: CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO PRESENTE NO FSM 2006 Como nos Fóruns anteriores, o público participante do FSM 2006 é bastante jovem (tabela 4). Na e em, mais de 56% de participantes tinham até

Leia mais

cesop OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, Vol. 12, nº 2, Novembro, 2006, Encarte Tendências. p

cesop OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, Vol. 12, nº 2, Novembro, 2006, Encarte Tendências. p cesop OPINIÃO PÚBLICA, Campinas, Vol., nº, Novembro, 00, Encarte Tendências. p. - Este Encarte Tendências tem como tema principal a imagem atual dos partidos para o eleitorado brasileiro. Especificamente,

Leia mais

Quem reforma o sistema eleitoral?

Quem reforma o sistema eleitoral? Quem reforma o sistema eleitoral? O nó que amarra a reforma política no Brasil nunca foi desatado. O motivo é simples. Não há interesse. Historicamente, parlamentares só mudam as regras em benefício próprio.

Leia mais

PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR

PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 2011 06 2011 PANORAMA GERAL Os microempreendedores

Leia mais

Metodologia. de Análise. da Realidade. Parte 01 Apresentação. ILAESE Instituto Latino-americano de Estudos Sócio-econômicos

Metodologia. de Análise. da Realidade. Parte 01 Apresentação. ILAESE Instituto Latino-americano de Estudos Sócio-econômicos Metodologia Parte 01 Apresentação de Análise Instituto Latino-americano de Estudos Sócio-econômicos da Realidade Objetivo principal Metodologia de como fazer análise de conjuntura Conteúdo Princípios,

Leia mais

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO Estabelecimentos, emprego formal e rendimentos: NOTA CONJUNTURAL NOVEMBRO DE 2013 Nº26 OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO NOTA CONJUNTURAL NOVEMBRO DE 2013 Nº26 PANORAMA GERAL Esta nota analisa o perfil

Leia mais

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS JULHO DE 2014 JOB0462-1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA OBJETIVO O projeto tem por objetivo geral levantar um conjunto de informações

Leia mais

OS RESULTADOS DO FENÔMENO DA REELEIÇÃO EM 2008 E UMA COMPARAÇÃO COM OS DOIS ÚLTIMOS PLEITOS MUNICIPAIS

OS RESULTADOS DO FENÔMENO DA REELEIÇÃO EM 2008 E UMA COMPARAÇÃO COM OS DOIS ÚLTIMOS PLEITOS MUNICIPAIS 11 OS RESULTADOS DO FENÔMENO DA REELEIÇÃO EM 2008 E UMA COMPARAÇÃO COM OS DOIS ÚLTIMOS PLEITOS MUNICIPAIS As análises das reeleições em 2008 nesta primeira parte do estudo foram feitas com base nos dados

Leia mais

SEMINÁRIO Reforma Política: Sistema Eleitoral em Debate. LOCAL: Auditório Prof. Oswaldo Fadigas Fontes - USP DATA: 30 de maio de 2011 RELATÓRIO

SEMINÁRIO Reforma Política: Sistema Eleitoral em Debate. LOCAL: Auditório Prof. Oswaldo Fadigas Fontes - USP DATA: 30 de maio de 2011 RELATÓRIO SEMINÁRIO Reforma Política: Sistema Eleitoral em Debate LOCAL: Auditório Prof. Oswaldo Fadigas Fontes - USP DATA: 30 de maio de 2011 RELATÓRIO O seminário teve a duração de um dia e contou com a participação

Leia mais

Módulo 9 O Mercado de Trabalho e as Atividades de Recrutamento

Módulo 9 O Mercado de Trabalho e as Atividades de Recrutamento Módulo 9 O Mercado de Trabalho e as Atividades de Recrutamento Novas expectativas e tendências no âmbito social e da educação; novas tendências tecnológicas, políticas e internacionais, são algumas razões

Leia mais

REGRAS ELEITORAIS, COMPETIÇÃO POLÍTICA E POLÍTICA FISCAL: EVIDÊNCIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS

REGRAS ELEITORAIS, COMPETIÇÃO POLÍTICA E POLÍTICA FISCAL: EVIDÊNCIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS REGRAS ELEITORAIS, COMPETIÇÃO POLÍTICA E POLÍTICA FISCAL: EVIDÊNCIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS Aluno: Rafael Tavares Guimarães Orientador: João Manoel Pinho de Mello Introdução No Brasil, em cidades com

Leia mais

Intenção de Compras para o período de volta às aulas 2015

Intenção de Compras para o período de volta às aulas 2015 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Intenção de Compras para o período de volta às aulas 2015 O perfil do consumidor e resultado de intenção

Leia mais

HOMENS E MULHERES TÊM VISÕES DIFERENTES DO PROCESSO ELEITORAL

HOMENS E MULHERES TÊM VISÕES DIFERENTES DO PROCESSO ELEITORAL HOMENS E MULHERES TÊM VISÕES DIFERENTES DO PROCESSO ELEITORAL Análise realizada a partir de reprocessamento inédito da pesquisa Datafolha de julho de 2010. A produção de tabulações especiais foi realizada

Leia mais

O impacto econômico das marcas e patentes no desempenho econômico das firmas industriais

O impacto econômico das marcas e patentes no desempenho econômico das firmas industriais O impacto econômico das marcas e patentes no desempenho econômico das firmas industriais Francisco Luna * Adriano Baessa ** Gustavo Costa *** Fernando Freitas **** A qualidade da regulamentação governamental

Leia mais

MINISTROS DA ÁREA ECONÔMICA NO BRASIL ( ):

MINISTROS DA ÁREA ECONÔMICA NO BRASIL ( ): V III C o n g re sso d a Associa çã o Po rtu g u e sa d e Ciê n cia Po lítica. Lisboa, 10-1 2 ma rço d e 2016 MINISTROS DA ÁREA ECONÔMICA NO BRASIL (1964-2015): por que saem e para onde vão? Dantas, Codato

Leia mais

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE PREFERÊNCIA PARTIDÁRIA

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE PREFERÊNCIA PARTIDÁRIA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE PREFERÊNCIA PARTIDÁRIA OUTUBRO DE 2012 JOB2313 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA OBJETIVO LOCAL O principal objetivo desse projeto é analisar a preferência partidária

Leia mais

O poder dos partidos políticos nas eleições municipais

O poder dos partidos políticos nas eleições municipais O poder dos partidos políticos nas eleições municipais A Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem demonstrar neste estudo o poder dos maiores partidos políticos brasileiros nas últimas três eleições

Leia mais

Políticas Públicas I. Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda. Julho/2011

Políticas Públicas I. Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda. Julho/2011 Políticas Públicas I Modelos de Análise de Políticas Públicas Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011 Temas Modelos de análise: Institucional e sistêmico; Elitista e pluralista; Da teoria da escolha

Leia mais

Principais alterações promovidas pela Lei aprovada no Congresso Nacional e que espera a sanção da Presidencia da República.

Principais alterações promovidas pela Lei aprovada no Congresso Nacional e que espera a sanção da Presidencia da República. Principais alterações promovidas pela Lei aprovada no Congresso Nacional e que espera a sanção da Presidencia da República. Observação: como podemos perceber as mudanças propostas são justamente pra não

Leia mais

O PERFIL SOCIECONÔMICO DOS SENADORES DA REPUBLICA EM RELAÇÃO AO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

O PERFIL SOCIECONÔMICO DOS SENADORES DA REPUBLICA EM RELAÇÃO AO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA O PERFIL SOCIECONÔMICO DOS SENADORES DA REPUBLICA EM RELAÇÃO AO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA Autores : SANTOS, Edvanderson Ramalho dos¹; ALMIRON, Adriana de²; PIPINO, Wictoria Gabriely de Souza²; OLIVEIRA,

Leia mais

JORNAL IMPRESSO E POLÍTICA: A COBERTURA DAS ELEIÇÕES 2010 E 2012 NAS CAPAS DOS JORNAIS FOLHA DE LONDRINA E GAZETA DO POVO

JORNAL IMPRESSO E POLÍTICA: A COBERTURA DAS ELEIÇÕES 2010 E 2012 NAS CAPAS DOS JORNAIS FOLHA DE LONDRINA E GAZETA DO POVO JORNAL IMPRESSO E POLÍTICA: A COBERTURA DAS ELEIÇÕES 2010 E 2012 NAS CAPAS DOS JORNAIS FOLHA DE LONDRINA E GAZETA DO POVO Leonardo Migues de Léon, Centro Universitário Internacional Uninter leomiguesleon@gmail.com

Leia mais

TERCEIRO MANDATO. Terceiro mandato de Lula é aprovado por 54% no estado

TERCEIRO MANDATO. Terceiro mandato de Lula é aprovado por 54% no estado TERCEIRO MANDATO Terceiro mandato de Lula é aprovado por 54% no estado Junho de 2009 TERCEIRO MANDATO Luciana Ghidetti de Oliveira e Raquel Rocha Gomes Está tramitando na Câmara Federal a Proposta de

Leia mais

O SETOR DE SERVIÇOS NAS REGIÕES METROPOLITANAS PAULISTAS: EVOLUÇÃO DO EMPREGO ENTRE

O SETOR DE SERVIÇOS NAS REGIÕES METROPOLITANAS PAULISTAS: EVOLUÇÃO DO EMPREGO ENTRE O SETOR DE SERVIÇOS NAS REGIÕES METROPOLITANAS PAULISTAS: EVOLUÇÃO DO EMPREGO ENTRE 2-2 Giulia Bianchi Faculdade de Ciências Econômicas Centro de Economia e Administração giulia.b@puccamp.edu.br Profª.

Leia mais

A população negra ainda convive com patamares de desemprego mais elevado

A população negra ainda convive com patamares de desemprego mais elevado OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS NOVEMBRO DE 2011 OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS A população negra ainda convive com patamares de desemprego mais elevado A população

Leia mais

PARLAMENTO DOS JOVENS E N S I N O B Á S I C O E S E C U N D Á R I O

PARLAMENTO DOS JOVENS E N S I N O B Á S I C O E S E C U N D Á R I O PARLAMENTO DOS JOVENS E N S I N O B Á S I C O E S E C U N D Á R I O O QUE É? O programa Parlamento dos Jovens é uma iniciativa da Assembleia da República (AR) dirigida aos jovens do 2.º e do 3.º ciclos

Leia mais

O MERCADO DE TRABALHO EM 2011

O MERCADO DE TRABALHO EM 2011 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2012 O MERCADO DE TRABALHO EM 2011 Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego podem

Leia mais

O PERFIL SOCIECONÔMICO DOS SENADORES DA REPUBLICA EM RELAÇÃO AO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

O PERFIL SOCIECONÔMICO DOS SENADORES DA REPUBLICA EM RELAÇÃO AO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA O PERFIL SOCIECONÔMICO DOS SENADORES DA REPUBLICA EM RELAÇÃO AO PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA WICTORIA GABRIELY DE SOUZA PIPINO 1*, FILIPE DA SILVA OLIVEIRA 2, ADRIANA DE ALMIRON 1, EDVANDERSON RAMALHO

Leia mais

SUBSTITUTIVO ADOTADO

SUBSTITUTIVO ADOTADO Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 282-A, de 2016, do Senado Federal, que "altera a Constituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais,

Leia mais

Pesquisa de Opinião com os Prefeitos sobre a Reforma Política

Pesquisa de Opinião com os Prefeitos sobre a Reforma Política Pesquisa de Opinião com os Prefeitos sobre a Reforma Política Objetivos: Fazer um levantamento da opinião dos prefeitos brasileiros sobre a Reforma Política que está tramitando na Câmara dos Deputados.

Leia mais

TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS

TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS Ailton Paulo de Oliveira Júnior UFTM Tayrinne Helena Vaz - UFTM Resumo: Com a intenção de obter indicadores

Leia mais

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE PREFERÊNCIA PARTIDÁRIA

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE PREFERÊNCIA PARTIDÁRIA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE PREFERÊNCIA PARTIDÁRIA FEVEREIRO DE 2016 JOB0112 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA OBJETIVO LOCAL O principal objetivo desse projeto é identificar a preferência partidária

Leia mais

Revista Estudos Feministas ISSN: X Universidade Federal de Santa Catarina Brasil

Revista Estudos Feministas ISSN: X Universidade Federal de Santa Catarina Brasil Revista Estudos Feministas ISSN: 0104-026X ref@cfh.ufsc.br Universidade Federal de Santa Catarina Brasil Htun, Mala A política de cotas na América Latina Revista Estudos Feministas, vol. 9, núm. 1, segundo

Leia mais

Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO QUESTÕES CESPE COMENTADAS... 17

Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO QUESTÕES CESPE COMENTADAS... 17 Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO QUESTÕES CESPE COMENTADAS... 17 Guia de leitura... 19 Direcionamento do estudo: O que é necessário priorizar no estudo das provas do CESPE... 25 Raio-x da incidência das

Leia mais

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ASSUNTOS POLÍTICOS/ ADMINISTRATIVOS OUTUBRO DE 2016 JOB0556-5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA OBJETIVO O projeto tem por objetivo geral levantar as intenções de voto

Leia mais

ENGAJAMENTO ASSOCIATIVO COMO RECURSO MOBILIZADO POR CANDIDATOS PARANAENSES AO CARGO DE DEPUTADO FEDERAL NO PERÍODO DE 2010.

ENGAJAMENTO ASSOCIATIVO COMO RECURSO MOBILIZADO POR CANDIDATOS PARANAENSES AO CARGO DE DEPUTADO FEDERAL NO PERÍODO DE 2010. ENGAJAMENTO ASSOCIATIVO COMO RECURSO MOBILIZADO POR CANDIDATOS PARANAENSES AO CARGO DE DEPUTADO FEDERAL NO PERÍODO DE 010. Autor (a) Dhyeisa Lumena Rossi, UFPR Fundação Araucária dlrunica@hotmail.com ENGAJAMENTO

Leia mais

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE IMPEACHMENT

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE IMPEACHMENT PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE IMPEACHMENT AGOSTO DE 2015 JOB1057 OBJETIVO LOCAL ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA O principal objetivo desse projeto é monitorar o conhecimento e a opinião da população

Leia mais

PESQUISA CNT/MDA RELATÓRIO SÍNTESE

PESQUISA CNT/MDA RELATÓRIO SÍNTESE PESQUISA CNT/MDA RELATÓRIO SÍNTESE Rodada 114 07 a 10 de julho de 2013 ÍNDICE 1 DADOS TÉCNICOS 03 2 ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 04 3 AVALIAÇÃO DO GOVERNO 13 4 EXPECTATIVA 21 5 CONJUNTURAIS 24 5.1 MANIFESTAÇÕES

Leia mais

As Mulheres nos Mercados de Trabalho Metropolitanos

As Mulheres nos Mercados de Trabalho Metropolitanos As Mulheres nos Mercados de Trabalho Metropolitanos Taxa de participação feminina tem comportamento diverso nas regiões E ntre 2014 e 2015, a proporção de mulheres com dez anos ou mais inseridas no mercado

Leia mais

Secretaria de Transparência Coordenação de Controle Social Serviço de pesquisa DataSenado Apoio: Ouvidoria. Reforma Política 2015

Secretaria de Transparência Coordenação de Controle Social Serviço de pesquisa DataSenado Apoio: Ouvidoria. Reforma Política 2015 Secretaria de Transparência Coordenação de Controle Social Serviço de pesquisa DataSenado Apoio: Ouvidoria Reforma Política 2015 Reforma Política: maioria da população acompanha o debate O DataSenado realizou

Leia mais

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA:

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA: Curitiba, 09 de dezembro de 2016. Apresentamos a seguir os resultados da pesquisa de opinião pública realizada no Brasil, com o objetivo de consultar à população sobre avaliação situação política eleitoral.

Leia mais

Políticos profissionais como candidatos: estudo preliminar das eleições gerais de Luiz Domingos Costa (ufpr/nusp)

Políticos profissionais como candidatos: estudo preliminar das eleições gerais de Luiz Domingos Costa (ufpr/nusp) Políticos profissionais como candidatos: estudo preliminar das eleições gerais de 2014 Luiz Domingos Costa (ufpr/nusp) newsletter número 2 outubro, 2014 Políticos profissionais como candidatos: estudo

Leia mais

Quem reforma o sistema eleitoral?

Quem reforma o sistema eleitoral? Quem reforma o sistema eleitoral? O nó que amarra a reforma política no Brasil nunca foi desatado. O motivo é simples. Não há interesse. Historicamente, parlamentares só mudam as regras em benefício próprio.

Leia mais

Rondônia nas Eleições. Eleições 2010

Rondônia nas Eleições. Eleições 2010 Rondônia nas Eleições Eleições 2010 Peculiaridades: Nas eleições de 2010, dos seis candidatos à reeleição para a Câmara dos Deputados, quatro obtiveram êxito, ou seja, houve uma renovação de 50% em relação

Leia mais

Acre nas Eleições. Eleições 2010

Acre nas Eleições. Eleições 2010 Acre nas Eleições Eleições 2010 Peculiaridades: Nas eleições de 2010, a representação acreana na Câmara dos Deputados teve uma renovação de 50%, sendo que apenas um deputado, Márcio Bittar (PSDB), atingiu

Leia mais

PESQUISA DE AVALIAÇÃO CENÁRIO POLÍTICO MUNICIPAL GRAVATAÍ/RS

PESQUISA DE AVALIAÇÃO CENÁRIO POLÍTICO MUNICIPAL GRAVATAÍ/RS 1 PESQUISA DE AVALIAÇÃO CENÁRIO POLÍTICO MUNICIPAL GRAVATAÍ/RS 17 e 18 de setembro de 2016 2 Especificações técnicas da pesquisa: Tamanho da amostra, período da coleta de dados e área física de realização

Leia mais

DataPoder360 pesquisa nacional de opinião pública

DataPoder360 pesquisa nacional de opinião pública DataPoder360 pesquisa nacional de opinião pública julho 2017 ficha técnica pesquisa telefônica IVR período de campo 9 e 10 de julho de 2017 universo amostra brasileiros e brasileiras com 16 anos de idade

Leia mais

Sergipe nas Eleições. Eleições Eleições 2014

Sergipe nas Eleições. Eleições Eleições 2014 Sergipe nas Eleições Eleições 2010 Peculiaridades: Nas eleições de 2010, dos três candidatos à reeleição para a Câmara dos Deputados, apenas dois obtiveram êxito, ou seja, houve uma renovação de 75% em

Leia mais

O perfil do eleitorado de Caruaru. Dados do TSE

O perfil do eleitorado de Caruaru. Dados do TSE O perfil do eleitorado de Caruaru Dados do TSE 1 Diretora-Presidente Ivania Porto Diretor Financeiro Vanuccio Pimentel Diretor Administrativo Osório Chalegre Membros Associados Fernando César Lima Fabiana

Leia mais

ESTRUTURA E DINÂMICA DO SETOR PROVEDOR DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS EMPREGOS E SALÁRIOS NA DÉCADA DE 1990

ESTRUTURA E DINÂMICA DO SETOR PROVEDOR DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS EMPREGOS E SALÁRIOS NA DÉCADA DE 1990 Isabel Caldas Borges Mestranda do Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Marconi Gomes da Silva Professor Doutor do Departamento de Economia da Universidade

Leia mais

Regimento para eleição dos autodefensores estaduais Rio Grande do Sul

Regimento para eleição dos autodefensores estaduais Rio Grande do Sul Fundada em 19/03/1993 Registro Estadual Assistência Social STCAS/RS nº. 311930 Utilidade Pública Municipal: Lei 8678 de 19/12/2000 Utilidade Pública Estadual n 002295 de 29/01/2003 Utilidade Pública Federal

Leia mais

ÍNDICE DE FELICIDADE NA 3ª IDADE

ÍNDICE DE FELICIDADE NA 3ª IDADE ÍNDICE DE FELICIDADE NA 3ª IDADE Novembro 2014 INTRODUÇÃO CONSUMIDORES DA TERCEIRA IDADE NO BRASIL AFIRMAM SER SAUDÁVEIS E FELIZES O perfil dos consumidores da terceira idade residentes nas capitais brasileiras

Leia mais

Personalismo e partidarismo nas eleições brasileiras. Bruno Wilhelm Speck (USP)

Personalismo e partidarismo nas eleições brasileiras. Bruno Wilhelm Speck (USP) Personalismo e partidarismo nas eleições brasileiras Bruno Wilhelm Speck (USP) A) Partidarismo 1) O que é partidarismo (para a ciência política)? Um padrão de comportamento do cidadão comum frente à política

Leia mais

Definição como se transformam votos em poder

Definição como se transformam votos em poder Definição. Sistema eleitoral é o conjunto de regras que define como, em uma determinada eleição, o eleitor pode fazer suas escolhas e como os votos são contabilizados para serem transformados em mandatos.

Leia mais

Sondagem Industrial do RN: Indústrias Extrativas e de Transformação

Sondagem Industrial do RN: Indústrias Extrativas e de Transformação Atividade industrial potiguar volta a crescer em maio RESUMO E COMENTÁRIOS A Sondagem das indústrias Extrativas e de do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, mostra que, em maio, o nível de produção

Leia mais

Cotas para mulheres?

Cotas para mulheres? Cotas para mulheres? Direito: PEC propõe alterar a Constituição Federal para que, nas eleições para Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas dos Estados, Câmara Legislativa do Distrito Federal e

Leia mais

Direito Constitucional -Poder Legislativo- Profº. Cleiton Coutinho

Direito Constitucional -Poder Legislativo- Profº. Cleiton Coutinho Direito Constitucional -Poder Legislativo- Profº. Cleiton Coutinho 01. Quanto ao Congresso Nacional, considere: I. O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,

Leia mais

3 Metodologia da Pesquisa

3 Metodologia da Pesquisa 50 3 Metodologia da Pesquisa 3.1 Tipo da Pesquisa O Tipo de pesquisa utilizada foi a pesquisa qualitativa. Segundo Wolcott (2001 apud CRESWELL, 2007) a pesquisa qualitativa é interpretativa, ou seja, o

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br As origens da infidelidade partidária no Brasil Daniel Gouveia de Mello Martins Segundo Jairo Nicolau, sistema eleitoral é o procedimento utilizado em uma eleição para transformar

Leia mais

10 Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio

10 Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio A introdução da Sociologia no ensino médio é de fundamental importância para a formação da juventude, que vive momento histórico de intensas transformações sociais, crescente incerteza quanto ao futuro

Leia mais

DAS ELEIÇÕES. SISTEMA ELEITORAL (arts. 82 a 86; 105 a 113 do CE)

DAS ELEIÇÕES. SISTEMA ELEITORAL (arts. 82 a 86; 105 a 113 do CE) SISTEMA ELEITORAL (arts. 82 a 86; 105 a 113 do CE) - Conjunto de normas que rege e organiza as eleições. - Processo eleitoral: do alistamento até a diplomação. Eleições: I. Princípio Majoritário Para os

Leia mais

PEQUENOS NEGÓCIOS E A BUSCA POR TRABALHO

PEQUENOS NEGÓCIOS E A BUSCA POR TRABALHO PEQUENOS NEGÓCIOS NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2014 Nº30 E A BUSCA POR NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2014 Nº30 PANORAMA GERAL As razões para que um indivíduo abra um pequeno negócio são diversas. Não obstante,

Leia mais

Conjuntura Política e Sucessão Presidencial. Murillo de Aragão e Cristiano Noronha

Conjuntura Política e Sucessão Presidencial. Murillo de Aragão e Cristiano Noronha Conjuntura Política e Sucessão Presidencial Murillo de Aragão e Cristiano Noronha Novembro de 2009 Ambiente político Governo bem avaliado Recuperação econômica Lula tem uma agenda legislativa Consolidar

Leia mais

TÉCNICA DE PESQUISA EM ECONOMIA

TÉCNICA DE PESQUISA EM ECONOMIA TÉCNICA DE PESQUISA EM ECONOMIA Professores Helder Queiroz Pinto Jr Marcelo Matos INSTITUTO DE ECONOMIA UFRJ 2016 Problema de Pesquisa e Hipótese Bibliografia: ANTONIO CARLOS GIL - Como Elaborar Projetos

Leia mais

CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do segmento econômico da Arquitetura e Engenharia Consultiva

CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do segmento econômico da Arquitetura e Engenharia Consultiva CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do segmento econômico da Arquitetura e Engenharia Consultiva São Paulo 2009 CONTEÚDO 1.MOVIMENTAÇÃO DO EMPREGO DO SEGMENTO DA ARQUITETURA E ENGENHARIA

Leia mais

Eleição Presidencial 2014: Um olhar sobre a força do voto de mulheres e negros. Análise: Fátima Pacheco Jordão

Eleição Presidencial 2014: Um olhar sobre a força do voto de mulheres e negros. Análise: Fátima Pacheco Jordão Eleição Presidencial 14: Um olhar sobre a força do voto de mulheres e negros Análise: Fátima Pacheco Jordão Realização Parceria Objetivo O Instituto Patrícia Galvão disponibiliza a partir de agora análises

Leia mais

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ELEIÇÕES 2016

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ELEIÇÕES 2016 PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ELEIÇÕES 2016 DEZEMBRO DE 2015 JOB1629 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA OBJETIVO O principal objetivo desse projeto é levantar opiniões sobre as eleições municipais

Leia mais

Estudo sobre a dependência espacial da dengue em Salvador no ano de 2002: Uma aplicação do Índice de Moran

Estudo sobre a dependência espacial da dengue em Salvador no ano de 2002: Uma aplicação do Índice de Moran Estudo sobre a dependência espacial da dengue em Salvador no ano de 2002: Uma aplicação do Índice de Moran Camila Gomes de Souza Andrade 1 Denise Nunes Viola 2 Alexandro Teles de Oliveira 2 Florisneide

Leia mais

Por que as mulheres ainda concorrem pouco no Brasil?

Por que as mulheres ainda concorrem pouco no Brasil? Por que as mulheres ainda concorrem pouco no Brasil? Autoria Clara UERJ Araújo Mês/Ano outubro/2006 A divulgação, dos dados de candidaturas para as eleições de 2006 pelo Tribunal Superior Eleitoral nos

Leia mais

Relatório sobre Reforma Política

Relatório sobre Reforma Política Relatório sobre Reforma Política Veja como ficariam as bancadas, por estado, por partido e região, nas hipóteses do fim das coligações nas eleições proporcionais e da adoção do voto Distritão Relatório

Leia mais

Estudante brasileiro é o mais otimista em relação ao futuro, revela pesquisa internacional

Estudante brasileiro é o mais otimista em relação ao futuro, revela pesquisa internacional Estudante brasileiro é o mais otimista em relação ao futuro, revela pesquisa internacional Enviado por DA REDAÇÃO 28-Mai-2014 PQN - O Portal da Comunicação Otimista, cada vez mais preparado e em busca

Leia mais

A inserção do negro no mercado de trabalho no Distrito Federal

A inserção do negro no mercado de trabalho no Distrito Federal PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL A inserção do negro no mercado de trabalho no Novembro de 2011 A discussão sobre trabalho decente, capitaneada pela Organização Internacional do Trabalho

Leia mais

Título da Pesquisa: INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE XVII - CEDEC II

Título da Pesquisa: INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE XVII - CEDEC II Número da pesquisa: DAT/BR89.DEZ-00210 Título da Pesquisa: INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE XVII - CEDEC II Data: 15/12/89 Tamanho da amostra: 5802 Universo: Eleitores do Brasil var label sexo "Sexo".

Leia mais

Situação do jovem no mercado de trabalho no Brasil: um balanço dos últimos 10 anos 1

Situação do jovem no mercado de trabalho no Brasil: um balanço dos últimos 10 anos 1 Situação do jovem no mercado de trabalho no Brasil: um balanço dos últimos 1 anos 1 Marcio Pochmann 2 São Paulo fevereiro de 2.7. 1 Texto preliminar, sujeito a modificações. Situação do jovem no mercado

Leia mais

GUIA DAS CONVENÇÕES DAS ELEIÇÕES 2016

GUIA DAS CONVENÇÕES DAS ELEIÇÕES 2016 GUIA DAS CONVENÇÕES DAS ELEIÇÕES 2016 Modelos de EDITAL DE CONVOCAÇÃO CÉDULA DE VOTAÇÃO ATA DA CONVENÇÃO PALAVRA DO PRESIDENTE Prezados filiados do PSD Pará, O PSD está cada vez mais forte e unido em todo

Leia mais

A presença feminina no mercado de trabalho do Distrito Federal 2016

A presença feminina no mercado de trabalho do Distrito Federal 2016 A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL MARÇO 20 MARÇO - 2017 A presença feminina no mercado de trabalho do Distrito Federal 2016 Entre 2015 e 2016, o nível de ocupação no Distrito

Leia mais

Introdução controle manual pelo coordenador da disciplina: abordagem conceitual: jogos lúdicos:

Introdução controle manual pelo coordenador da disciplina: abordagem conceitual: jogos lúdicos: 1 Introdução Desde a última década, uma nova forma de ensino na área administrativa tem chamado a atenção por seu espírito inovador, pela forma dinâmica de seu aprendizado e pela criatividade estimulada

Leia mais

19/09/2016. Recrutamento & Seleção

19/09/2016. Recrutamento & Seleção Recrutamento & Seleção Recrutamento & Seleção 1 Atividades da área de recrutamento & seleção Definir estratégia de recrutamento & seleção. Identificar e estabelecer parcerias com consultorias externas.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17)

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17) DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTS 14 AO 17) Atualizado em 02/12/2015 DIREITOS POLÍTICOS E SISTEMAS ELEITORAIS (ARTIGOS 14 a 17) GENERALIDADES Os direitos políticos estão

Leia mais