Aluísio Azevedo ( )

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2 Aluísio Azevedo ( ) Quando naturalista, escritor modular; Primeiro escritor profissional do Brasil; Escreveu: folhetins romanescos, contos, teatro, crônicas e romances naturalistas; Obra heterogênea (mistura de gêneros), foi do Romantismo ao Naturalismo; vertente Social e Urbana do Naturalismo;

3 Principais Romances Naturalistas O Mulato 1881 Romance de personagem Casa de Pensão 1884 Romance de transição O Cortiço 1890 Romance coletivo

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5 "Desistindo de montar um enredo em função de pessoas, Aluísio atinou com a fórmula que se ajustava ao seu talento: ateve-se à seqüência de descrições muito precisas, onde cenas coletivas e tipos psicologicamente primários fazem, no conjunto, do cortiço a personagem mais convincente do nosso romance naturalista." (Prof. Alfredo Bosi) Todas as existências se entrelaçam e repercutem umas nas outras. O Cortiço é o núcleo gerador de tudo e foi feito à imagem de seu proprietário, cresce, se desenvolve e se transforma.

6 a) Foco Narrativo: O Cortiço Narrador onisciente - Terceira pessoa; - Permite observar as cenas diretamente ou por meio dos protagonistas; - Afinado com o distanciamento dos fatos; - Privilegia o detalhismo e a minúcia descritiva; - age como se tivesse à mão uma câmera cinematográfica dotada de lente grande angular e de microfone ultra-sensível (Dácio Antônio de Castro)

7 b) Tempo: Segunda metade do século XIX; Embora não forneça data precisa, o contexto histórico aponta (industrialização, Guerra do Paraguai, Lei do Ventre Livre 1871); Ação entre 1872 e 1880; c) Enredo: Enredo Linear Acompanha a trajetória de João Romão; Uso de digressões e progressões variadas na construção das personagens;

8 d) Espaço: O Cortiço O cortiço (Bairro de Botafogo, próximo de um morro onde existe uma pedreira) MEIO PROTAGONISTA DA OBRA "E naquela terra encharcada o fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a fervilhar, a crescer um mundo, uma coisa viva, uma geração que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro e multiplicar-se como larvas no esterco. Sobrado do comerciante Miranda

9 Como uma narrativa centrada em modelos conscientes e interessados ideologicamente em defender uma tese determinada, O Cortiço reduplica, numa série de quadros, seus modelos principais. Por exemplo, o modelo da evolução e da entropia (=desordem dum sistema) exemplifica-se agora no confronto entre os dois cortiços: São Romã o e Cabeça de Gato. Carapicus (peixe) Cabeça de Gato (gato) Assinalada a rivalidade nos símbolos totêmicos, ela se confirma nas cores da bandeira: Carapicus (vermelha) Cabeça de Gato (amarela)

10 a estrutura de O Cortiço: (Affonso Romano de Sant ana) 1. Localizam-se aí dois grandes conjuntos: o conjunto 1 (O cortiço São Romão) e o conjunto 2 (a casa do Miranda), que definindo-se como conjunto simples e conjunto complexo, respectivamente, mantêm entre si um restrito e controlado regime de trocas. 2. Ambos os conjuntos estão sujeitos a um sistema de transformações. Essas transformações ocorrem num sentido ascendente e descendente, conforme os elementos se identifiquem com as leis da evolução e de entropia de seu universo. 3. Todo esse sistema de transformações é exemplificado por personagens protótipos, que são reduplicados em uma série de outros personagens secundários. Como uma célula que se multiplica por meios e a narrativa vai se reduplicando simetricamente na realização de modelos inspirados na série científica.

11 O conjunto 1 cortiço de São Romão define-se por sua composição elementar. Seus elementos têm uma constituição primária e estão ao nível da natureza e do instinto. O conjunto 2 casa do Miranda mostra a vigência de certas regras mais definidas culturalmente. Existe entre seus elementos uma coexistência baseada num maleável regime de trocas, que indica a predominância de outros interesses que não o puramente instintivo. Portanto, ainda que correndo o risco de simplificar a questão se poderia dizer que o conjunto 1 está do lado da Natureza e o conjunto 2 está do lado da Cultura.

12 Conjunto 1 simples instinto animal horizontal VIOLÊNCIA a) Relação Bruno/Leocádia: quando Bruno descobre que Leocádia encontra-se com Henriquinho, a solução que encontra é a destruição de sua casa e a expulsão da mulher sob ameaça de morte. b) Relação Jerônimo/Firmo: a rivalidade por causa da mulata Rita configura-se por uma briga de porrete versus navalha, e num outro ponto da narrativa pelo assassinato de Firmo. c) Relação Romão/Bertoleza: ao se ver traída por Romão, Bertoleza cometa violência contra si mesma e rasga a barriga derramando vísceras no chão da cozinha. d) Relação Rita/Piedade: reduplicando o conflito Firmo/Jerônimo, brasileiro/português, branco/mulato xingando-se as personagens com os mais diferentes nomes de animais, reafirmando o primitivismo de seu conjunto.

13 Conjunto 2 complexo racional cultural vertical TROCA Já o outro conjunto o complexo, soluciona os conflitos efetivando trocas de objetos e dons. Na verdade, mais objetos do que dons, uma vez que o romance se esforça por cumprir os preceitos naturalistas ressaltando sempre o aspecto físico/objetivo das relações. a) Relação Estela/Miranda: Apontada desde o princípio da narrativa como uma associação de interesses onde a mulher entrava com o capital e o homem com a sua gerência, destaca-se a função do dote, na formação dessa sociedade econômico-sentimental. Os outros relacionamentos repetem a mesma permissividade. Botelho sabe das relações Henriquinho/Estela, mas não fala porque precisa agradar ao marido e à mulher para permanecer na casa. Miranda tolera essa e outras infidelidades por questão de dinheiro e para manter as aparências.

14 e) Personagens: João Romão "E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da pedreira para a venda, da venda para as hortas até o capinzal, sempre em mangas de camisa, tamancos, sem meras, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas". ".. possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estepe cheio de palha".

15 Bertoleza A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar. Miranda Estela Zulmira Jerônimo Piedade Rita Baiana "Rita Baiana... uma cadela no cio Firmo Leanda, a Machona 'Leandra... a Machona, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo

16 Pombinha Isabel Léonie Bruno Leocádia Paula, a Bruxa Feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalhada, formando ponta, como dentes de cão. Libório Albino "Fechava a fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito afeminado, fraco, cor de aspargo cozido e com um cabelinho castanho, deslavado e pobre, que lhe caía, numa só linha, até o pescocinho mole e fino. "

17 Henriquinho Botelho "Era um pobre-diabo caminhando para os setenta anos, antipático, cabelo branco, curto e duro como escova, barba e bigode do mesmo teor, muito macilento, com uns óculos redondos que lhe aumentavam o tamanho de pupila e davam-lhe à cara uma expressão de abutre, perfeitamente de acordo com o seu nariz adunco e com a sua boca sem lábios: viam-lhe ainda todos os dentes, mas, tão gastos, que pareciam limados até ao meio... foi lhe escapando tudo por entre as suas garras de ave de rapina ". Domingos

18 Aluísio Azevedo ( ) Características: Influência de Eça de Queirós e de Émile Zola; Aproximação com o falar português; arcaísmos e lusitanismos com diálogos rápidos e precisos; Vocabulário patológico e apego ao pormenor; Cromatismo; Cuidado descritivo com valorização sensorial; Técnica do pintor e caricaturista; Sinestesias, metáforas, aliterações, assonâncias e onomatopéias;

19 Aluísio Azevedo ( ) Retratos de tipos sociais e descrições sugestivas; Preferência por retratos de habitações coletivas descrição dinâmica; Personagens psicologicamente superficiais dada a influência determinista (os personagens são vistos de fora e orientados pelas leis naturais ) MEIO-RAÇA-MOMENTO; A devoração do homem pelo próprio homem (espécie de seleção natural ); Zoomorfização agressiva; Homossexualismo, adultério, violência urbana etc.

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