O Cortiço, de Aluísio Azevedo. Por Carlos Daniel S. Vieira

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1 O Cortiço, de Aluísio Azevedo Por Carlos Daniel S. Vieira

2 O Cortiço, de Aluísio Azevedo: 1. Panorama histórico-cultural 2. Características temáticas e estilísticas 3. Contraste: Realismo x Naturalismo 4. O autor 5. O livro

3 1. Panorama Histórico-Cultural O Cortiço (1890) Pela concomitância, fala-se em Realismo- Naturalismo Apogeu da Revolução Industrial: capital industrial triunfa sobre o capital de comércio Desenvolvimento do Capitalismo Burguesia ganha dinheiro e poder

4 Movimento pendular das estéticas: ROMANTISMO: Ímpeto Revolucionário Ênfase nas emoções REALISMO: Preservação da ordem Racionalização

5 Guardem essas três palavras sobre a época: Ciência Progresso Razão

6 TEORIAS: a) Positivismo / Cientificismo Origem em Augusto Comte; a Ciência ganha valor absoluto de verdade dentro da Filosofia b) Materialismo Limita-se ao palpável. Automaticamente, opõe-se à Metafísica e à Religião.

7 TEORIAS: c) Evolucionismo Homem é produto da evolução natural, assim como todos os outros animais. Dentro da Literatura, isso resulta na zoomorfização. d) Determinismo Diz que o comportamento humano é determinado por 3 forças: biológicas, sociológicas/ambientais e históricas.

8 2. Características temáticas e a) Objetivismo estilísticas Preocupação em passar uma verdade exata (não só verossímil) Observação e Análise Impressões sensoriais Descrição

9 2. Características temáticas e estilísticas b) Impassibilidade O narrador busca uma posição neutra Personagens são fotografadas por dentro (Machado de Assis) ou por fora (Aluísio de Azevedo). Todas as ações das personagens são motivadas; nada é gratuito.

10 2. Características temáticas e estilísticas c) Personagens esféricas Em oposição ao Romantismo (personagens planas) Personagens esféricas possuem profundidade psicológica Fogem à dicotomia Bem X Mal

11 2. Características temáticas e estilísticas d) Temas contemporâneos Autor escreve sobre a época que está vivendo Análise psicológica Crítica social

12 2. Características temáticas e estilísticas e) Exaltação sensorial 5 Sentidos Sexualização do amor Banalização do sexo

13 e) Trecho de O Cortiço : O zunzum chegava ao seu apogeu. A fábrica de massas italianas, ali mesmo da vizinhança, começou a trabalhar, engrossando o barulho com o seu arfar monótono de máquina a vapor. As corridas até a venda reproduziam-se, transformando-se num verminar constante de formigueiro assanhado. Agora, no lugar das bicas apinhavam-se latas de todos os feitios, sobressaindo as de querosene com um braço de madeira em cima; sentia-se o trapejar da água caindo na folha. Algumas lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a roupa que ficara de molho. Principiava o trabalho. Rompiam das gargantas os fados portugueses e as modinhas brasileiras. Um carroção de lixo entrou com grande barulho de rodas na pedra, seguido de uma algazarra medonha algaraviada pelo carroceiro contra o burro.

14 e) Trecho de O Cortiço : O zunzum chegava ao seu apogeu. A fábrica de massas italianas, ali mesmo da vizinhança, começou a trabalhar, engrossando o barulho com o seu arfar monótono de máquina a vapor. As corridas até a venda reproduziam-se, transformando-se num verminar constante de formigueiro assanhado. Agora, no lugar das bicas apinhavam-se latas de todos os feitios, sobressaindo as de querosene com um braço de madeira em cima; sentia-se o trapejar da água caindo na folha. Algumas lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a roupa que ficara de molho. Principiava o trabalho. Rompiam das gargantas os fados portugueses e as modinhas brasileiras. Um carroção de lixo entrou com grande barulho de rodas na pedra, seguido de uma algazarra medonha algaraviada pelo carroceiro contra o burro.

15 Na escrita... Narrativa rápida, focada na ação Narrativa lenta, focada na descrição de personagens e lugares Linguagem conotativa (metáforas) Linguagem denotativa (objetiva) Linguagem despreocupada Preocupação formal (clareza, gramática, etc)

16 3. Contraste: REALISMO Romance documental Arte desinteressada, impassibilidade Busca o belo Reproduz o exterior (ambiente) e o interior (psicológico) Retrata e critica as classes mais altas, a alta burguesia urbana Deixa o leitor tirar suas conclusões NATURALISMO Romance experimental Arte engajada, de denúncia (preocupações sociais e políticas) Detém-se nos aspectos mais torpes e degradantes Foca no exterior (ambiente) Retrata as camadas inferiores Tira as conclusões e as apresenta

17 4. O autor: Aluísio de Azevedo Mais importante dos naturalistas brasileiros Inaugurou o movimento no Brasil Contato forte com portugueses Pintor e caricaturista

18 4. O livro: O Cortiço

19 Os personagens João Romão: português ambicioso que funda o cortiço, a princípio ilegalmente, e junta muito dinheiro Bertoleza: escrava portuguesa com quem João Romão se casa Senhor Miranda e Estela: portugueses de classe elevada, não gostam do cortiço e nem se dão bem com João Romão. Sua relação representa a visão do autor sobre o sexo. Zulmira: filha de Miranda. Botelho: velho comparado com um urubu, e que mora de favor na casa de Miranda.

20 Os personagens moradores do cortiço: Pombinha: moça franzina que vira prostitua por causa de más influências Rita Baiana e Firmo: mulata faceira e malandro valentão Albino: rapaz afeminado que vive com as lavadeiras Jerônimo: português imigrante que vive com a mulher Machona: lavadeira gritalhona, cujos filhos não se parecem uns com os outros

21 Senta que lá vem história... João Romão, comerciante local, se amasia com Bertoleza. Ela trabalha pra ele que nem burro de carga. Ele forja uma carta de alforia falsa, e diz pros antigos donos que ela fugiu. Através do trabalho de Bertoleza e de pequenos furtos, eles expandem a propriedade e constroem um cortiço. Outro português, Miranda, vem morar com a esposa e a filha ao lado do cortiço. Eles não gostam da pobralhada que está se ajuntando.

22 João Romão consegue também uma pedreira, junto ao cortiço, que lhe dá muito dinheiro. Dentre as inúmeras festas lá dentro, a sensualidade da dança de Rita Baiana faz Jerônimo perder a cabeça. Firmo, enciumado e hábil na capoeira, abre a barriga de Jerônimo com uma navalha e foge. Outro cortiço se forma na mesma rua. Os moradores do primeiro cortiço, de sacanagem, os chamam de Cabeça-de-Gato ; eles, por revide, são chamados de Carapicus.

23 Firmo vai morar junto com os Cabeças-de- Gato Jerônimo sai do hospital e arma uma emboscada para Firmo. A emboscada funciona, e Jerônimo mata Firmo a Pauladas. Depois disso, Jerônimo larga a mulher e foge com Rita Baiana. Começa uma briga pessoal entre os moradores dos dois cortiços Há um incêndio que põe abaixo o cortiço de João Romão.

24 João Romão, endinheirado, reconstrói o cortiço Mas agora ele quer realizar um sonho: casarse com uma mulher de fina educação Com um suborninho ao Botelho, João Romão se aproxima de Miranda. Os dois, por interesse, combinam seu casamento com Zulmira, a filha do Miranda.

25 Mas... e a Bertoleza???

26 João Romão arma um plano: ele manda um aviso aos antigos proprietários de Bertoleza, denunciando seu paradeiro. A polícia aparece na casa deles, para buscar a escrava Ela, compreendendo seu destino, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca que estava usando pra cortar um peixe pra refeição de João Romão.

27 A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar. Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto, e entes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lodo. E depois emborcou para a frente, rungindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue. João Romão fugira até o canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos. Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito."

28 Características dessa cena: Exagero Escatologia Ironia Ela rugia e esfocinhava zoomorfização

29 Características do livro O Cortiço (1890) Romance de Espaço Romance Social Crítica do capitalismo selvagem Zoomorfização ou Animalização do homem

30 Características do livro O Cortiço (1890) Determinismo (raça, meio, momento) Supervalorização do sexo Uso de tipos humanos (João Romão, Albino, Botelho)

31 Situação da mulher no romance Ela é reduzida a três situações: a) Objeto: usada pelos homens (Bertoleza) b) Objeto e sujeito: é usada, mas também seduz e manipula (Rita Baiana) c) Sujeito: as que se independem dos homens e viram prostitutas (Pombinha e Leonie)

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