Ata de Reunião DATA E HORÁRIO 02/09/2009 ÀS 09:00 HORAS
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- Bernadete Gusmão Bentes
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1 Ata de Reunião DATA E HORÁRIO 02/09/2009 ÀS 09:00 HORAS LOCAL REUNIÃO CONDUZIDA POR TIPO DE REUNIÃO SECRETÁRIO(A) PARTICIPANTES Tópicos da reunião Colégio de Procuradores, Ala A, 2 andar do edifício sede do Rosane Eterna de Oliveira Del Rei Reis 1ª Encontro Nacional de Controle Interno dos Ministérios Públicos Luís Henrique Assis Nunes e Mário Márcio Barros da Silva 1. Ana Luiza Pereira Lima MP-RJ 2. Anilde Maria Bezerra Façanha Virino MP-AP 3. Flávio José Soares MP-PR 4. Jair Alcides dos Santos MP-SC 5. James Rodrigues Cerqueira de Farias MP-MA 6. José Costa de Andrade MP-RO 7. José da Cruz Lira MPT 8. José Gomes Dutra MT 9. Luzia Augusta de Oliveira MP-PI 10. Marcial Medeiros de Morais MP-RN 11. Marcos André Abensur MP-AM 12. Maria Rita Simões MP-SE 13. Maurício Cezar Santos MP-PE 14. Paula Emília Brusaferro MP-RS 15. Rosane Eterna de Oliveira Del Rei Reis 16. Uiliton da Silva Borges MP-TO 17. Valdemilson Massayoshi Thaada MP-MS 18. Wander Sana Duarte Morais MP-MG DISCUSSÃO Após execução do Hino Nacional, a Chefe da Controladoria Interna do Ministério Público do Estado de Goiás saudou os presentes, ressaltando que somente os que trabalham no Controle interno é que conhecem as dificuldades enfrentadas. Em seguida, com a palavra, o Dr. Eduardo Abdon Moura ressalta a sedimentação da democracia e a formação da cidadania em nossos dias, estando o inserido nesse contexto, haja vista a preocupação recente com o aperfeiçoamento do sistema de controle interno. Afirmou que a história do Ministério Público no Brasil é uma das mais bonitas de que se tem registro e que há, hoje, mais impacto do MP na sociedade através da busca de efetividade da atuação, defendendo os interesses públicos, conforme suas atribuições constitucionais, para obter maior impacto social. Ressaltou a importância da controladoria dentro do MP pois o MP é um órgão fiscalizador de todos os outros da sociedade, sendo necessário ser exemplo para os demais. Em seguida, informou que providências já estão sendo tomadas junto ao BID e Ministério do Planejamento, visando a obtenção de recursos para financiar a implementação do Pró-MP, causa abraçada pelo CNMP. Destaca as vantagens para os Ministérios Públicos, do Pró-MP, em virtude de prever, além de financiar, prestar consultoria para auxiliar em seu planejamento estratégico. Encerrando a fala, frisou que está procurando fortalecer a atuação e organização do Ministério Público
2 através de ferramentas de gestão. Ressalta que a sociedade está se tornando cada vez mais exigente e as instituições públicas têm que andar sintonizadas com o seu tempo. Portanto buscamos a integração dos MPs e de estabelecer um sistema de gestão para os ministérios públicos. Justiça social é sinônima de ministério público, e é isso que buscamos. - A Drª Maria Celeste, Auditora de Minas Gerais e diretora do CONACI versa sobre Estrutura, papel e importância do Controle Interno nos órgãos de Fiscalização. Parabenizou a iniciativa da chefe da CIMP em organizar o evento e o apoio do Procurador Geral de Justiça de Goiás à Controladoria Interna e à implantação do controle. Apresentando a história das primeiras iniciativas, informou que de 2004 a 2007, a reunião dos controles internos era informal, surgindo o CONACI. Enfatizou que a integração dos controles internos do país é perfeitamente possível e viável. Após compartilhar um pouco de sua experiência quando convidada a assumir o controle interno em Minas Gerais, tendo experiência somente em Controle Externo, contou com apoio do Governador local e hoje conta com boa estrutura de trabalho. O controle é previsto na lei 4.320/64, a qual está em revisão, porém tem sido eficaz desde sua publicação. Outro marco importante foi o Decreto-Lei 200/67, atualizado posteriormente. A CF88, no art. 74 deu formato definitivo ao controle interno. O que nos falta ainda são meios de implantação e efetivação desse controle. O que é controle externo? É exercido por órgão fora do corpo da administração (como os Tribunais de Contas, tribunais de justiça, assembléias legislativas e os MPs) e está estabelecido no art. 70 da CF 88. Para que mais um controle? O Poder Judiciário e Legislativo não possuem controle interno instituído e há resistências para sua implantação nessas instituições. O controle interno já está estabelecido legalmente, mas precisa diferenciar sua prática da do controle externo. O controle externo já controla a legalidade, então o CI não pode usar o mesmo instrumento do CE. O CE é a posteriori, sobre atos já praticados. A terceira característica é a ação sancionatória. A ação do controle interno estão bem definidas no art. 74 da CF, que é controle de gestão. O Controle Interno está dentro da administração, portanto é totalmente distinto do CE, se tratando de autotutela, com o intuito de melhorar a gestão. É preciso, primeiramente o controle de gestão (auditoria operacional, conforme o TCU), cujo foco é o princípio da eficiência. O CI deve ser preventivo. O Controle preventivo é focado na correção antes da análise do controle externo. Deve ser concomitante e não pode ser sancionatório, porque não terá apoio dos outros setores da instituição, pois os gestores lutam com diversas dificuldades e, por isso, deve estabelecer parceria com o gestor para ajudá-lo a vencê-las. O controle interno deve estar subordinado ao topo da estrutura, para fins de maior autonomia dentro do órgão. O primeiro a tomar conhecimento dos relatório do controle interno deve ser o gestor, apontando os pontos falhos na sua gestão para que sejam corrigidos a tempo, antes do CE agir. Apesar de tudo o que é relatado pelo CI ao gestor, é atribuição dele próprio decidir o que fazer é sua responsabilidade. O TCU está promovendo uma rede de integração
3 de controles (externo e interno) em todos os estados da federação, recomendando que não haja sobreposição de atribuições, mas sim, complementariedade. Para que o CI seja, preventivo e concomitante, deve ter uma unidade descentralizada de controle interno. Em Minas Gerais, cada órgão possui uma auditoria própria (descentralizado, preventivo e permanente). O controle de efetividade é feito com a verificação da execução das providências estabelecidas em documento, com a orientação do controle interno. É necessário haver uma ouvidoria dentro do controle interno, encaminhando as denúncias ao CI para a devida apuração e correção. Aceitam-se denúncias anônimas, principalmente para proteger servidores que, em vias normais, não poderiam fazê-las, as quais sofrem prévia apuração. O CI tem o objetivo de controladoria, auditoria e corregedoria (Minas Gerais). É importante que o controle interno faça verificações in loco das despesas, principalmente das obras públicas. A Auditoria Geral de MG coloca à disposição em seu sítio eletrônico, a Cartilha de Transparência, a qual é distribuída aos gestores com informações para prevenção contra a corrupção. As inspeções in loco são realizadas com a participação de técnicos em obras públicas, disponibilizados por meio de convênio com as universidades. Havendo irregularidades em que o gestor municipal se recusa a corrigir, o município é incluso num cadastro de inadimplentes, sendo impedido de contratar serviços com o Estado. Isso exposto a palestrante encerrou sua fala, desejando sucesso aos demais participantes. - O Dr. Sinomil Soares da Rocha, Superintendente de Controle Interno da SEFAZ-GO, palestra sobre a Atuação do Controle Interno do Poder Executivo Goiano. Inicia fazendo os agradecimentos e cumprimentos de praxe. Após, salienta o conceito de controle interno, sistema que foi contemplado, pela primeira vez, na Lei 4.320/64. A CF 1988 previu o CI para todos os poderes e o Ministério Público, porque, até então, havia previsão constitucional apenas para o Poder Executivo. Hoje, a atuação do CI deve ter por base o art. 74 da Constituição da República de Nesse sentido, passou a esclarecer as disposições deste artigo, alertando para a responsabilidade solidária dos responsáveis pelo sistema de controle interno. Em seguida, após exaurir o art. 74 da CF, passou a esclarecer a estrutura da Superintendência de CI da SEFAZ-GO, que é composta por 08 gerências especializadas. A estrutura pode ser exposta de maneira sintética em: auditoria, fiscalização, prevenção, apoio ao controle externo e transparência. As auditorias são executadas pelas Gerências de Auditoria Governamental e de Folha de Pagamento, que emitem relatórios conclusivos acerca da legalidade e legitimidade dos gastos. A área de fiscalização é executada por meio das inspetorias postadas junto aos órgãos, no momento do empenho e do pagamento da despesa, asseverando que o CI não ter poderes para sustar a despesa, porque somente orienta e faz ressalvas. Os resultados são avaliados conforme a economicidade, eficácia e eficiência. A fiscalização também é feita in loco, de maneira aleatória. Os editais de licitação só são publicados após análise prévia do CI, ocasião na qual são
4 feitas recomendações para eventuais correções. As atividades de prevenção são centralizadas, compreendendo ações de capacitação e orientação dos gestores, por meio de recomendações, elaboração de atos normativos. O apoio ao controle externo é desenvolvido pelas Gerências de Avaliação do Desempenho da Gestão e de Tomada e Prestação de Contas Anual, por meio da avaliação, certificação e apontamento de irregularidades das prestações de contas. Também é feita vistoria física para apurar se as ações foram, de fato, implementadas. Se houverem irregularidades, o CI faz as ressalvas necessárias e dá ciência ao TCE e ao MPE, para adotarem as medidas pertinentes. A transparência, que possibilita a efetivação do controle social, foi regulamentada pelo Decreto nº 6.965/09, que dispõe sobre a divulgação de dados e informações relacionadas com a arrecadação, despesas, operações de crédito, etc.. O CI, quadrimestralmente, faz audiências públicas para divulgação dos dados relacionados com a transparência. Por último, destacou a importância da divulgação das atividades do CI, para possibilitar a efetivação do controle social. - Rosane encerra a manhã de debates. CONCLUSÕES ITENS DE AÇÃO 1. PESSOA RESPONSÁVEL PRAZO - Nada mais havendo, nós, Luís Henrique Assis Nunes e Mário Márcio Barros da Silva lavramos a presente ata, que, lida e achada conforme, segue assinada por nós e pelos demais participantes. Ana Luiza Pereira Lima MP-RJ Anilde Maria Bezerra Façanha Virino MP-AP Flávio José Soares MP-PR Jair Alcides dos Santos MP-SC James Rodrigues Cerqueira de Farias MP-MA Marcos André Abensur MP-AM José Costa de Andrade MP-RO José da Cruz Lira MPT José Gomes Dutra MP-MT Luzia Augusta de Oliveira MP-PI
5 Marcial Medeiros de Morais MP-RN Maria Rita Simões MP-SE Maurício Cezar Santos MP-PE Paula Emília Brusaferro MP-RS Rosane Eterna de Oliveira Del Rei Reis Uiliton da Silva Borges MP-TO Valdemison Massayoshi Thaada MP-MS Wander Sana Duarte Morais MP-MG Mário Márcio Barros da Silva Luís Henrique Assis Nunes
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