O Controle Interno no Âmbito do Poder Executivo
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- Giulia Avelar Carreira
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2 O Controle Interno no Âmbito do Poder Executivo
3 Contextualização Sumário - O Controle na Administração Pública - O Controle Externo - O Controle Interno O Controle Interno do Poder Executivo do Estado - Marco Legal Constitucional - A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado - CGE - Marco Legal;
4 Atuação da CGE - Controle Interno Preventivo Sumário - Gestão por Processos ( Controle Burocrático x Fiscalização) - Auditoria - Auditorias Especializadas - Auditoria de Contas de Gestão - Controle Social - Transparência - Ética na Gestão Pública - Ouvidoria
5 Contextualização O Controle na Administração Pública O controle na administração Pública é um dos corolários dos princípios constitucionais expressos no art. 37, em especial do princípio da legalidade, do qual é uma das decorrências. É usual se dizer que a administração pública está adstrita aos ditames da lei, ao contrário dos particulares, a quem é permitido tudo que a lei não veda.
6 Contextualização O Controle na Administração Pública Art. 37 da Const. Federal: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da união, dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eficiência.
7 Contextualização O Controle na Administração Pública Além destes, Silva (2005, p. 666, 676) elenca outros princípios, extraídos dos incisos e parágrafos do citado artigo, norteadores da atuação da administração pública, tais como o da finalidade, o da probidade administrativa, o da licitação pública, o da prescritibilidade dos ilícitos administrativos, o da responsabilidade civil da administração, o da participação e o da autonomia gerencial.
8 Contextualização O Controle na Administração Pública Furtado (2007, p ) cita mais alguns princípios, que denomina de princípios implícitos, plasmados pela Constituição e em outras normas, tais como o da razoabilidade, o da proporcionalidade, o da motivação, o da segurança jurídica, o da continuidade do serviço público, o da autotutela e o do controle judicial
9 O Controle Externo Contextualização O Controle do Parlamento e dos Tribunais de Contas O controle externo da administração pública compreende primeiramente o controle parlamentar direto, o controle pelos tribunais de contas e por fim o controle jurisdicional. São órgãos externos que fiscalizam as ações da administração pública e o seu funcionamento.
10 O Controle Externo Contextualização O Controle Jurisdicional Por outro lado o controle jurisdicional se demonstra através da possibilidade de existirem medidas judiciais a disposição de todos os cidadãos brasileiros, como o Habeas Corpus, o Mandado de Segurança, o Habeas Data, o Mandado de Injunção, a Ação Popular, a Ação Civil Pública e a Ação direta de Inconstitucionalidade.
11 Contextualização O Controle Externo O Ministério Público (MP) é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127, CF/88) O Ministério Público de Contas, tem dentre outras atribuições requerer perante o Tribunal de Contas do Estado, as medidas de interesse da Justiça, da Administração e do Erário (artigo 88, da Lei nº , Lei Orgânica do TCE).
12 Contextualização O Controle Interno O objetivo principal do controle interno é o de possuir ação preventiva antes que ações ilícitas, incorretas ou impróprias possam atentar contra os princípios da Constituição da República Federativa do Brasil, principalmente o art. 37, seus incisos e parágrafos. O controle interno se funda em razões de ordem administrativa, jurídica e mesmo política. Sem controle não há nem poderia haver, em termos realistas, responsabilidade pública. A responsabilidade pública depende de uma fiscalização eficaz dos atos do Estado
13 Contextualização O Controle Interno Art. 70: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta, indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno da cada poder. Art. 74: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno.
14 Contextualização O Controle Interno Outro fundamento do controle interno na Administração Pública está no art. 76 da Lei nº 4.320/64, o qual estabelece que o Poder Executivo exercerá os três tipos de controle da execução orçamentária: 1) legalidade dos atos que resultem arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 2) a fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; 3) o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços
15 Contextualização O Controle Interno No âmbito federal, o Controle Interno do Poder Executivo foi organizado e disciplinado pela Lei Federal nº de 2001 que abrange também os sistemas de planejamento, orçamento, administração financeira e contabilidade visando à avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, apoiando o controle externo no exercício de sua missão institucional (BRASIL, 2001). O órgão central desse sistema é a Controladoria Geral da União (CGU), que tem como unidade operacional a Secretaria Federal de Controle Interno (SFC).
16 O Controle Interno do Poder Executivo no Estado do Ceará Base legal Constitucional Art. 67 e 68 da Constituição do Estado do Ceará de 1989;
17 O Controle Interno do Poder Executivo no Estado Art. 67 da Constituição do Estado do Ceará de 1989 Art. 67. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Estado; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e deveres do Estado; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Parágrafo único. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
18 O Controle Interno do Poder Executivo no Estado Art. 68 da Constituição do Estado do Ceará de 1989 Art. 68. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assembléia Legislativa, mediante o controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos, ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
19 A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado - CGE Marco Legal Lei nº de 07/02/2007, Cria a Secretaria da Controladoria e Ouvidoria Geral - CGE; Lei nº de 02/03/2009, Altera dispositivos da Lei nº /2007, a CGE passa a fazer parte da estrutura da Governadoria; Decreto nº de 07/05/2009, Dispõe sobre a Competência, a Estrutura organizacional e a Denominação de Cargos de Assessoramento Superior da CGE.
20 Atuação da CGE - Controle Interno Preventivo - Gestão por Processos (Controle Burocrático x Fiscalização) - Auditoria - Auditorias Especializadas - Auditoria de Contas de Gestão - Controle Social - Transparência - Ética na Gestão Pública - Ouvidoria
21 Controle Interno Preventivo Gestão por Processos (Controle Burocrático x Fiscalização)
22 Controle Interno Preventivo Conceito: Consiste numa moderna metodologia de controle baseada no gerenciamento dos riscos identificados nos processos organizacionais, com vistas à eficiência e regularidade da gestão. Metodologia: O controle interno preventivo utilizará de técnicas de mapeamento, racionalização, implantação e monitoramento de processos, com foco em risco.
23 Controle Interno Preventivo Objetivo: - Proporcionar maior segurança administrativa na tomada de decisão pelos gestores estaduais, assegurando a eficiência no uso de recursos, a eficácia na disponibilização de bens e serviços e a conformidade legal dos atos administrativos. - Possibilitar a identificação e a disseminação de boas práticas de gestão observadas. - Alcançar níveis satisfatórios de aderência aos pontos de controle preventivos implantados, assegurando o alcance de objetivos e metas governamentais; e - Mitigar os riscos que afetam negativamente o processo de gestão e potencializar as oportunidades decorrentes de boas práticas observadas.
24 Controle Interno Preventivo O projeto de Controle Interno Preventivo encontra-se em fase de implementação, tendo como primeira atuação as atividades de Análise e Modelagem do processo de gestão de. contratos, convênios e instrumentos congêneres, realizados juntamente com SEPLAG e SEFAZ, cujo produto será a proposta do novo fluxo para o processo, inclusive com a indicação de ferramenta de TIC.
25 Controle Interno Preventivo
26 Controle Interno Preventivo
27 Controle Interno Preventivo
28 Controle Interno Preventivo
29 Controle Interno Preventivo
30 Controle Interno Preventivo
31 Controle Interno Preventivo
32 Auditorias Especializadas
33 Auditorias Especializadas Conceito: São atividades de auditoria focadas na avaliação dos controles internos e na análise de processos específicos, programas de governo e áreas especializadas, agregando valor às abordagens tradicionais de auditoria interna.
34 Auditorias Especializadas Metodologia Modelar, avaliar, validar e implantar a atividade de auditoria com foco em processos e gestão de riscos; Avaliar e validar o modelo já proposto e implantar a auditoria especial de obras públicas; Modelar, avaliar, validar e implantar auditoria especializada em tecnologia da informação e comunicação.
35 Auditorias Especializadas Objetivo: Para assegurar, aos gestores dos órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual, a eficiência no uso de recursos, a eficácia na disponibilização de bens e serviços e a conformidade legal dos atos administrativos, permitindo a tomada de decisão ainda no transcorrer dos processos, de forma a agir tempestivamente na correção de possíveis desvios.
36 Auditorias de Contas de Gestão
37 Auditoria de Contas de Gestão Elaboração do Plano Anual de Auditoria Auditoria nas prestações de contas anual apresentadas pelos gestores dos órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta; Auditorias Ampliada ou Simplificada Utilização do Sistema de Suporte à Execução de Auditorias S2EPA
38 Controle Social - Transparência - Ética na Gestão Pública - Ouvidoria
39 Transparência
40 Lei n.º /2007 Modelo de Gestão do Poder Executivo Art. 42. Fica criado o Portal da Transparência, sob a responsabilidade da Secretaria da Controladoria e Ouvidoria Geral, constituindo um canal disponível na internet, para que o cidadão possa acompanhar a execução financeira dos programas executados pelo Estado do Ceará. Parágrafo único. Serão disponibilizadas informações sobre recursos públicos federais transferidos pela União, transferências de recursos públicos estaduais aos municípios e gastos realizados com pessoal, compras, contratações de obras e serviços.
41 Lei n.º /2007, Alterada pela Lei nº , de 02/03/2009. Modelo de Gestão do Poder Executivo Art.15-B. 2º Serão disponibilizados, na íntegra, no Portal da Transparência os editais dos processos licitatórios, os contratos, convênios, acordos celebrados e respectivos aditivos pelos órgãos e pelas entidades da Administração Estadual
42 Lei Complementar nº 131, de 27 de Maio de 2009 Art. 1o O art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: Art Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: II liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;
43 Lei Complementar nº 131, de 27 de Maio de 2009 Art. 2o A Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 48-A, 73-A, 73-B e 73-C: Art. 48-A. I quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; II quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
44 Portal da Transparência
45 Como está:
46 Como será:
47 Ética na Gestão Pública
48 Ética na Gestão Pública Compete à CGE planejar, coordenar e supervisionar a implantação de Sistema de Ética e Transparência no serviço público estadual. - DECRETO Nº , de 31 de Agosto de 2009, Instituiu o Sistema de Ética e Transparência do Poder Executivo Estadual, com a previsão de criação da Comissão de Ética Pública e das Comissões Setoriais de Ética Pública; - Foi elaborada minuta do decreto que estabelecerá o Código de Conduta da Administração Estadual.
49 Ouvidoria Instrumento de Gestão Democrática e Participativa
50 Conceito Participação da sociedade no planejamento, acompanhamento e controle das políticas e ações de governo.
51 Metodologia Regulamentação da Rede de Ouvidorias Estadual. Implementação do novo Sistema Informatizado de Ouvidoria - SOU Implantação de instrumentos de educação social. Ampliação do atendimento em ouvidoria com a utilização das redes sociais. Atendimento telefônico de ouvidoria em tempo integral. Divulgação do Novo Sistema de Ouvidoria e do Novo Portal da Transparência
52 Objetivos: Intervir na reformulação de produtos e serviços, procedimentos e rotinas processuais. Aperfeiçoar e instrumentalizar a rede de controle social. Elevar o nível de educação social com a finalidade de contribuir para a melhoria do exercício da cidadania.
53 Objetivo: Assegurar que os bens e serviços produzidos pelo governo reflitam a demanda da sociedade. Cidadão atendido com mais qualidade, menor tempo e menor custo. Participação efetiva da sociedade no exercício do controle social.
54 Controle Social Transparência Ouvidoria Ligue 155 ou acesse:
nas técnicas de trabalho desenvolvidas no âmbito do Controle Interno do Poder Executivo, denominadas de auditoria e fiscalização.
Finalidades e Atividades do Sistema de Controle 1. O Controle visa à avaliação da ação governamental, da gestão dos administradores e da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado,
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