PODER JUDICIáRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI

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1 APELAÇÃO CRIMINAL Nº SE ( ) APTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL APTE : FRANCISCO ANTONIO ALVES DE ARAÚJO ADV/PROC : AFONSO FERREIRA MENDONÇA APDO : OS MESMOS APDO : ADERSON ADÃO DE ARAÚJO APDO : CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA ADV/PROC : GEOVARDES LEITE DE AZEVEDO JÚNIOR ORIGEM : 6ª VARA FEDERAL DE SERGIPE (COMPETENTE P/ EXECUçõES PENAIS) - SE RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL FLÁVIO LIMA (CONVOCADO) - Primeira Turma RELATÓRIO convocado): O DESEMBARGADOR FEDERAL FLÁVIO LIMA (Relator Cuida-se de apelações criminais interpostas pelo MINISTéRIO PúBLICO FEDERAL MPF e pelo réu FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO em face de sentença de fls. 490/525 que julgou a denúncia parcialmente procedente para: a) absolver os acusados CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO, com base no art. 386, IV, do Código de Processo Penal CPP; b) condenar o acusado FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO pela prática do delito tipificado no art. 207, 1º, do Código Penal CP, na forma do art. 70 do CP (concurso formal por 29 vezes), com a agravante do art. 61, II, b, do CP, em concurso material com o crime previsto no art. 149, caput e 1º, I, do CP, na forma do art. 70 do CP (concurso formal por 29 vezes). As penas foram definitivamente fixadas em 4 anos e 6 meses de reclusão, 3 anos de detenção, inicialmente em regime semiaberto, mais o pagamento de 293 dias-multa, cada um no valor de um salário mínimo vigente ao tempo do fato. Nas razões do recurso (fls. 549/567), FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO defende que as condutas que foram lhe atribuídas não constituem qualquer espécie de crime. Alega que não há na sentença fundamentação fático jurídica que confirmem a ocorrência das condutas típicas de obrigação de trabalhos forçados; imposição de jornada exaustiva de trabalho; restrição, por qualquer meio, a locomoção em razão de dívida contraída com o empregado e preposto e manter vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apoderar de documentos pessoais ou objetos de trabalho, com o fim de reter o trabalhador no local de trabalho. Argumenta que embora difíceis as condições de trabalho, não se pode falar que eram degradantes, posto que o local do alojamento era 1

2 um galpão amplo, com espaço de sobra para os trabalhadores que lá permaneceram, além de possuir cozinha, banheiro e água corrente. Ressalta que as supostas vítimas abandonaram o serviço antes mesmo de completar um mês de trabalho, obviamente, sem receber seus vencimentos. Diz que é inverídica a afirmação de que os trabalhadores só receberiam salário no final de 90 dias do contrato temporário. Assevera que não houve por parte do recorrente qualquer ato que impusesse, moral ou fisicamente, as supostas vítimas ao seu poder de decisão e de arbítrio. No que se refere ao delito do art. 207 do CP, destaca desconhecimento acerca da ilegalidade na conduta de transportar trabalhadores de Sobradinho-BA para Itabaiana-SE, bem como sustenta que não houve qualquer tipo de imposição ou malícia na contratação, devendo ser afastado o dolo da conduta. Em caso de manutenção das condenações, pede a redução da pena-base para o mínimo legal, além da redução do aumento decorrente da agravante do art. 61, II, b, do CP. O MPF, por seu turno, defende que CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO eram representantes e prepostos da empresa MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., e foram eles quem aliciaram os trabalhadores para virem laborar em condições análogas às de escravo no município de Itabaiana/SE, de forma que não foram vítimas, mas coautores dos delitos perpetrados. Pede que os dois denunciados também sejam condenados nas sanções previstas nos arts. 149 e 207 do CP, em concurso formal (por 29 vezes) (fls. 570v/578v). Contrarrazões pelo não provimento do recurso da parte adversa (fls. 579/587 e 591/601). Em parecer, a Procuradoria Regional da República da 5ª Região opinou nos seguintes termos (fls. 611/617): PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÕES CRIMINAIS. CRIMES DE ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM LOCAL PARA OUTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL E REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO. ARTS. 207 E 149, DO CP, RESPECTIVAMENTE. CONCURSO MATERIAL. ATIPICIDADE DAS CONDUTAS. IMPROVIMENTO DO RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E PELO PROVIMENTO DO APELO DO RÉU. É o relatório. Ao eminente revisor. DESEMBARGADOR FEDERAL FLÁVIO LIMA Relator Convocado 2

3 APELAÇÃO CRIMINAL Nº SE ( ) APTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL APTE : FRANCISCO ANTONIO ALVES DE ARAÚJO ADV/PROC : AFONSO FERREIRA MENDONÇA APDO : OS MESMOS APDO : ADERSON ADÃO DE ARAÚJO APDO : CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA ADV/PROC : GEOVARDES LEITE DE AZEVEDO JÚNIOR ORIGEM : 6ª VARA FEDERAL DE SERGIPE (COMPETENTE P/ EXECUçõES PENAIS) - SE RELATOR : JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI - Primeira Turma EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. ALICIAMENTO DE TRABALHADORES MEDIANTE FRAUDE (ART. 207, 1º, DO CP). REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA Á DE ESCRAVO (ART. 149 DO CP). EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, PELA PRESCRIÇÃO RETROATIVA. CONDIÇÕES DEGRADANTES DE TRABALHO. OFENSA À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. INOCORRÊNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO DO DELITO DO ART. 149 DO CP. PARTICIPAÇÃO DE DOIS DENUNCIADOS NO DELITO DO ART. 207 DO CP. NÃO DEMONSTRAÇÃO. 1. Apelações criminais interpostas pelo MPF e pelo réu F.A.A.A. em face de sentença que julgou a denúncia parcialmente procedente para: a) absolver os acusados C.R.S.C. e A.A.A., com base no art. 386, IV, do CPP; b) condenar o acusado F.A.A.A. pela prática do delito tipificado no art. 207, 1º, do CP (aliciamento de trabalhadores), em concurso material com o crime previsto no art. 149, caput e 1º, I, do CP (redução a condição análoga à de escravo), ambos na forma do art. 70 do CP (concurso formal por 29 vezes), com penas definitivamente fixadas em 4 anos e 6 meses de reclusão, 3 anos de detenção, inicialmente em regime semiaberto, mais o pagamento de 293 dias-multa, cada um no valor de um salário mínimo vigente ao tempo do fato. 2. A pena privativa de liberdade imposta a F.A.A.A. pela prática do delito do art. 207 do CP, excluindo-se o aumento decorrente do concurso formal, foi de 2 anos de detenção, mais multa, e não houve recurso do MPF neste tocante. Os fatos tidos por delituosos teriam ocorrido em abril/2005, e a denúncia foi recebida apenas em 10/05/2011, pelo que, verifica-se que transcorreu lapso temporal superior aos 4 anos previstos no art. 109, V, do CP. Reconhecimento, de ofício, da extinção da punibilidade do réu F.A.A.A. 3. Para configuração do delito do art. 149 do CP, exige-se que a vítima seja colocada numa situação de absoluta submissão aos desejos do agente, sem possibilidade de se autodeterminar. É a submissão total de alguém ao domínio do sujeito passivo, reduzindo-o à condição de coisa. Ressalte-se que o descumprimento de normas de proteção ao trabalho não é conducente a se concluir pela configuração do trabalho escravo, pressuposto primordial deste é, sim, o cerceio à liberdade e a submissão a condições degradantes. 3

4 4. No caso concreto, a CHESF firmou contrato com a MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., representada e administrada por F.AA.A., para supressão de vegetação na manutenção da faixa de linha de transmissão, em Itabaiana/SE. A sociedade, por sua vez, contratou, em Salgadinho/BA, trinta e um trabalhadores para a execução do serviço. 5. Os trinta e um trabalhadores se sujeitaram a condições degradantes de trabalho, especialmente pelas condições precárias do alojamento e pelo árduo trabalho executado, sem plenas condições de saúde e segurança. Todavia, para a configuração do delito do art. 149 do CP, não basta a verificação de tais condições, mas, sim, que, a partir de tal submissão a condições degradantes, o agente seja reduzido a condição análoga à de escravo, o que não ocorreu na hipótese. Em que pese terem sido constatadas inúmeras irregularidades nas relações laborativas, não se pode concluir que houve aviltamento à dignidade da pessoa humana, porquanto não se verificou total sujeição das vítimas ao poder do dominador, tampouco a impossibilidade de se autodeterminar. 6. As condutas perpetradas por F.A.A.A., na qualidade de representante da MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., merecem sanções nas esferas trabalhistas e/ou administrativas, mas não a intervenção do Direito Penal. 7. C.R.S.C. e A.A.A., a mando de F.A.A.A., recrutaram vinte e nove trabalhadores no Município de Sobradinho/BA para prestação de serviços em Itabaiana/SE. Todavia, não há nos autos provas de que C.R.S.C. e A.A.A. se utilizaram de fraude para ludibriar os recrutados quanto ao serviço prestado. Não há provas de que eles sabiam que as condições de trabalho anunciadas aos vinte e nove trabalhadores no instante do recrutamento não se confirmariam na prática. Em verdade, os dois, junto com os outros vinte e nove trabalhadores, foram submetidos, todos, às mesmas condições de trabalho, ainda que os apelados tivessem uma posição de coordenação das atividades. Manutenção da absolvição, com fulcro no art. 386, V, do CPP. 8. Declaração, de ofício, da extinção da punibilidade de F.A.A.A. em relação ao delito do art. 207, 1º, do CP, pela prescrição retroativa. Apelação de F.A.A.A. parcialmente prejudicada, e, na parte remanescente, provida, para absolver o acusado pela prática do delito do art. 149 do CP, com base no art. 386, II, do CPP. Apelação do MPF improvida. VOTO O JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI (Relator): Como ensaiado no relatório, cuida-se de apelações criminais interpostas pelo MPF e pelo réu FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO em face de sentença de fls. 490/525 que julgou a denúncia parcialmente procedente para: a) absolver os acusados CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO, com base no art. 386, IV, do CPP; 4

5 b) condenar o acusado FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO pela prática do delito tipificado no art. 207, 1º, do CP, na forma do art. 70 do CP (concurso formal por 29 vezes), com a agravante do art. 61, II, b, do CP, em concurso material com o crime previsto no art. 149, caput e 1º, I, do CP, na forma do art. 70 do CP (concurso formal por 29 vezes), com penas definitivamente fixadas em 4 anos e 6 meses de reclusão, 3 anos de detenção, inicialmente em regime semiaberto, mais o pagamento de 293 diasmulta, cada um no valor de um salário mínimo vigente ao tempo do fato. Conheço dos recursos, porque estão presentes seus pressupostos de admissibilidade intrínsecos (cabimento, legitimidade, interesse e ausência de fato extintivo e impeditivo do direito de recorrer) e extrínsecos (tempestividade e regularidade formal). I DA PRESCRIÇÃO DO DELITO DO ART. 207, 1º, DO CP Pela prática do delito do art. 207, 1º, do CP (aliciamento de trabalhadores), FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO foi condenado a 3 anos de detenção, mais o pagamento de 193 dias-multa. Embora o apelante não tenha arguido a ocorrência de prescrição retroativa do crime do art. 207 do CP, é devido o seu reconhecimento, vez que se trata de matéria de ordem pública, que pode ser conhecida pelo magistrado inclusive de ofício, como dispõe o art. 61 do CPP. Consoante o art. 117, I, do CP, a prescrição interrompe-se pelo recebimento da denúncia. Demais disso, após o trânsito em julgado para a acusação, segundo o art. 110, 1º, do CP, com redação vigente à época dos fatos narrados na denúncia, a prescrição regula-se pela pena concretamente aplicada e de acordo com os prazos fixados no art. 109 do CP. Ademais, a teor do art. 114, II, do CP, aplica-se à pena de multa os mesmos prazos prescricionais da sanção privativa de liberdade. Destaco, ainda, que em qualquer das modalidades de concurso de crimes, material, formal ou continuado [...] a prescrição incidirá sobre a pena de cada um deles. Por isso, no concurso formal e no crime continuado, a majoração deles decorrente não será considerada para efeito de prescrição 1. In casu, a pena privativa de liberdade imposta a FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, excluindo-se o aumento decorrente do concurso formal (art. 70 do CP), foi de 2 anos de detenção, mais multa, e não houve recurso do MPF neste tocante (vide fls. 570v/578v). A prescrição, portanto, na hipótese dos autos, consuma-se em 4 anos (art. 109, V, do CP). 1 BITENCOURT, Cesar Roberto. Código Penal Comentado. 7. ed. São Paulo: Saraiva, p

6 Os fatos tidos por delituosos teriam ocorrido em abril/2005. Como a denúncia foi recebida apenas em 10/05/2011 (fl. 18), verifica-se que transcorreu lapso temporal superior aos 4 anos previstos no art. 109, V, do CP. Desta forma, com arrimo nos dispositivos legais acima citados e no art. 107, IV, do CP, declaro, de ofício, a extinção da punibilidade de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO em relação ao delito do art. 207 do CP, pela prescrição retroativa. Apelação do réu prejudicada neste ponto. II DA APELAÇÃO DE FRANCISCO ANTÔNIO ALVES DE ARAÚJO Ressalto que, considerando o reconhecimento da extinção da punibilidade de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO em relação ao delito do art. 207, 1º, do CP (aliciamento de trabalhadores), prossigo com a análise dos argumentos trazidos pelo recorrente apenas no que se refere ao delito do art. 149 do CP (redução a condição análoga à de escravo). Vejamos. Dispõe o art. 149 do CP: Redução a condição análoga à de escravo Art Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 1 o Nas mesmas penas incorre quem: I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. [...] Trata-se de tipo penal que busca proteger a liberdade sob o aspecto éticosocial, da própria dignidade do indivíduo. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo fere, sobretudo, o fundamento do Estado Democrático de Direito da dignidade de pessoa humana (art. 1º, III, da Constituição Federal). Para configuração do delito, exige-se que a vítima seja colocada numa situação de absoluta submissão aos desejos do agente, sem possibilidade de se autodeterminar. É a submissão total de alguém ao domínio do sujeito passivo, reduzindo-o à condição de coisa. Ressalte-se que o descumprimento de normas de 6

7 proteção ao trabalho não é conducente a se concluir pela configuração do trabalho escravo, pressuposto primordial deste é, sim, o cerceio à liberdade e a submissão a condições degradantes. É irrelevante que a vítima tenha ou disponha de relativa liberdade, pois esta não lhe será suficiente para libertar-se do jugo do sujeito ativo. Ademais, a liberdade protegida pelo art. 149 não se limita à autolocomoção, mas principalmente procura impedir o estado de sujeição ao pleno domínio de alguém 2 A redução a condição análoga à de escravo consiste na submissão total do sujeito passivo ao poder de outrem, suprimindo seu status libertatis 3 Para se ver caracterizado este delito, necessário se faz a segura verificação de total sujeição, de supressão do estado de liberdade, sujeitando o paciente, moral e fisicamente, ao poder do dominador. Não é qualquer constrangimento gerado por irregularidades nas relações laborativas, suficiente para determinar a incidência do art. 149 do CP 4 O crime do art. 149 do CP somente pode ocorrer quando presente uma relação de trabalho entre o agente e a vítima, e a sua consumação dá-se no exato momento em que o primeiro suprime, de fato, o status libertatis do segundo, sujeitando-o ao seu completo e discricionário poder (CUNHA, Rogério Sanches. Código penal para concursos. 4 ed. Salvador: JusPodivm, 2011, pág. 277), não somente com a privação da liberdade de ir e vir, mas, também, pela supressão do poder de decisão espontânea sobre a aceitação ou permanência no trabalho e sobre as próprias condições em que o trabalho é prestado 5. A Lei nº /2002, ao alterar a redação do art. 149 do CP, elencou os modos de execução pelos quais a redução a condição análoga à de escravo pode se dar. É como se o trabalho em condições análogas à de escravo fosse o gênero, enquanto as hipóteses de consumação apresentadas pelo dispositivo legal fossem espécies. São eles: a) submissão a trabalhos forçados; b) submissão a jornadas exaustivas; c) sujeição a condições degradantes de trabalho; d) restrição da liberdade de locomoção, em razão de dívida contraída com o empregador; e) cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; f) manutenção de vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. No caso concreto, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco CHESF firmou contrato com a MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., representada e 2 BITENCOURT, Cesar Roberto. Código Penal Comentado. 7. ed. São Paulo: Saraiva, p CAPEZ, Fernando. Código Penal Comentado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p GRECO, Rogério. Código Penal Comentado. 2. ed. Niterói: Impetus, p TRF5 Pleno, PIMP 66, Relator Desembargador Federal Rogério Fialho Moreira, DJE 17/09/2012 7

8 administrada por FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, para supressão de vegetação na manutenção da faixa de linha de transmissão, em Itabaiana/SE. A sociedade, por sua vez, contratou, em Salgadinho/BA, trinta e um trabalhadores para a execução do serviço. Nestes autos, apurou-se: a) trinta e um trabalhadores, recrutados no Município de Sobradinho/BA para trabalho temporário de 90 dias no Município de Itabaiana/SE (700km de distância), foram levados ao local de trabalho em caminhões pau-de-arara, apesar de terem sido informados que seriam transportados em ônibus; durante o trajeto, o tal caminhão paude-arara precisou utilizar vias alternativas para fugir da fiscalização rodoviária; b) os trabalhadores relataram que foram contratados para roçar mato baixo (vegetação arbustiva) abaixo de linha de transmissão de energia em Itabaiana/SE, mas, quando chegaram ao local, viram que se tratava de mata, sem material apropriado para o corte (motosserra) ou equipamento de proteção individual (apenas par de botas e farda); tinham que caminhar dois quilômetros para chegar até o local de execução do serviço; trabalhavam cerca de 10h por dia, das 7 às 17h, com café da manhã na chegada e intervalo de 15 minutos para almoço; as refeições eram fornecidas pelo empregador; c) alguns trabalhadores receberam, a título de adiantamento, R$ 120,00 em produtos alimentícios que foram entregues às suas famílias, a ser descontado posteriormente do salário; d) houve promessa de recebimento de um salário mínimo mensal (entre R$260,00 e 300,00), registrado na CTPS, mais produtividade, podendo chegar a R$800,00, e não houve desconto de moradia ou alimentação; quando decidiram interromper o contrato de trabalho, não receberam nada pelo período trabalhado cerca de vinte dias, o que só veio a acontecer após intervenção do Ministério Público do Trabalho; e) o alojamento dos trabalhadores possuía condições degradantes de trabalho; tratava-se de um galpão, com piso em cerâmica, (20mx30m), sem cama (alguns tinham levado rede ou colchão, outros dormiam em papelões), com apenas um banheiro, perto da cozinha; a cozinha era pequena e sem ventilação; os pertences ficavam no chão e não tinha geladeira; havia água potável; havia apenas uma mangueira no galpão, que era utilizada para lavar as mãos e também os pratos utilizados nas refeições; o galpão localiza-se no centro de Itabaiana/SE; f) alguns trabalhadores foram encontrados pela fiscalização do Ministério Público do Trabalho com gripe ou febre no alojamento, em decorrência do frio e da falta de agasalho; não existia qualquer tipo de assistência médica; g) que a orientação da empresa contratante era que os trabalhadores deveriam permanecer em Itabaiana/SE por 90 dias; se quisessem retornar para sua cidade antes 8

9 desse período, deveria arcar com suas despesas de transporte, pois a empresa não se responsabilizaria pelos desistentes ; h) após reunião informal com o Ministério Público do Trabalho, FRANCISCO prometeu transportar os trabalhadores de volta para Sobradinho/BA, mas levou apenas alguns deles, deixando-os em Capim Grosso/BA, sem dinheiro e com fome. Nota-se, portanto, que o trabalho era árduo, sem cumprimento das normas de higiene ou de segurança, e havia constantemente trabalho em jornada extraordinária (em torno de 2 horas por dia), mas não há relato nos autos de existência de submissão a trabalhos forçados ou jornadas exaustivas. Também não há relatos de restrição de liberdade de locomoção em razão de dívida contraída com o empregador, cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho, manutenção de vigilância ostensiva ou apoderamento de documentos ou objetos pessoais do trabalhador. É verdade que, segundo depoimentos dos trabalhadores, após cerca de três semanas de trabalho, não receberam qualquer remuneração, e que o empregador afirmou que só efetuaria o pagamento integral, no final dos noventa dias de contrato. Todavia, não se pode falar que houve restrição à liberdade individual dos trabalhadores. Tanto é assim que um grupo de trabalhadores, ao perceberam que estavam se sujeitando a condições precárias de trabalho, logo trataram de denunciar o fato no órgão competente, tendo a Delegacia Regional do Trabalho em Itabaiana/SE encaminhado-os até o Ministério Público do Trabalho no município. Aos constatar as irregularidades, foi firmado, inclusive, um Termo de compromisso de ajuste de conduta (TAC) com a MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda. (fls. 57/65 do IPL). O que existiam, é verdade, eram condições degradantes de trabalho. Disso não tenho dúvidas, especialmente pelas condições precárias do alojamento dos trabalhadores, bem como pelo árduo trabalho executado, sem plenas condições de saúde e segurança. Todavia, penso, como a doutrina dominante, que para a configuração do delito do art. 149 do CP, não basta a verificação de tais condições, mas, sim, que, a partir de tal submissão a condições degradantes, o agente seja reduzido a condição análoga à de escravo. É que, como já expliquei alhures, reduzir alguém a condição análoga à de escravo pressupõe uma modificação no estado de liberdade de ser humano livre, uma ausência de possibilidade de se autodeterminar, o que não ocorreu no caso concreto. Os trabalhadores, apesar de não terem recebido o salário mensal proporcional às três semanas de trabalho, podiam sair do local de trabalho, e assim o fizeram. 9

10 Em que pese terem sido constatadas inúmeras irregularidades nas relações laborativas, não se pode concluir que houve aviltamento à dignidade da pessoa humana, porquanto não se verificou total sujeição das vítimas ao poder do dominador, tampouco a impossibilidade de se autodeterminar. Desta forma, no meu sentir, não restou configurado o crime de redução a condição análoga à de escravo (art. 149 do CP). As condutas perpetradas por FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, na qualidade de representante da MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., merecem sanções nas esferas trabalhistas e/ou administrativas, mas não a intervenção do Direito Penal. Demais disso, vale ressaltar que também cabia a CHESF, responsável solidária junto com a MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., controlar e fiscalizar os serviços prestados pelos trabalhadores em faixa de servidão por onde passava linha de transmissão. É bastante comum nos dias atuais contratações de empresas terceirizadas, com valores abaixo do mercado, sujeitando o trabalhador a condições precárias, tentando eximir-se da responsabilidade trabalhista, o que não se mostra legal. Isto posto, dou provimento ao apelo de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, para absolvê-lo da acusação pela prática do delito do art. 149 do CP, com base no art. 386, II, do CPP. III DA APELAÇÃO DO MPF No seu recurso, o MPF diz que CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO aliciaram os trabalhadores para trabalhar em condições análogas às de escravo em Itabaiana/SE, e que tais denunciados não foram vítimas, mas coautores dos delitos dos arts. 149 e 207 do CP, em concurso formal (por 29 vezes). Não concordo. Quanto ao crime de redução a condição análoga à de escravo, conforme detalhei no item II deste voto, verifica-se que não houve a configuração do delito, pelo que, impõe-se a absolvição de todos os denunciados, inclusive CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO, com fulcro no art. 386, II, do CPP. Prossigo com a análise do delito de aliciamento de trabalhadores (art. 207, 1º, do CP): Dispõe art. 207 do CP: Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional 10

11 Art Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional: Pena - detenção de um a três anos, e multa. 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem. 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. Da análise dos autos, extrai-se que CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO, a mando de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, recrutaram vinte e nove trabalhadores no Município de Sobradinho/BA para prestação de serviços em Itabaiana/SE. Todavia, não há nos autos provas de que CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO se utilizaram de fraude para ludibriar os recrutados quanto ao serviço prestado. Não há provas de que eles sabiam que as condições de trabalho anunciadas aos vinte e nove trabalhadores no instante do recrutamento não se confirmariam na prática. Em verdade, os dois, junto com os outros vinte e nove trabalhadores, foram submetidos, todos, às mesmas condições de trabalho, ainda que os apelados tivessem, segundo depoimentos, uma posição de coordenação das atividades. Note-se que CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO também cobraram de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO melhores condições de trabalho, além de constarem na lista dos trabalhadores beneficiados no TAC firmado com o Ministério Público do Trabalho, o que me leva a concluir que não tinham consciência da fraude perpetrada por FRANCISCO para o aliciamento. Isto posto, diante da inexistência de dolo nas condutas, deve ser mantida a absolvição de CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA e ADERSON ADãO DE ARAúJO pela prática do delito do art. 207, 1º, do CP, com base no art. 386, V, do CPP. Apelação do MPF improvida x Com essas considerações: a) declaro, de ofício, a extinção da punibilidade de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, pela prescrição retroativa; b) julgo parcialmente prejudicado o apelo de FRANCISCO ANTôNIO ALVES DE ARAúJO, e, na parte remanescente, dou-lhe provimento c) nego provimento à apelação do MINISTéRIO PúBLICO FEDERAL. É como voto. JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI 11

12 Relator 12

13 APELAÇÃO CRIMINAL Nº SE ( ) APTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL APTE : FRANCISCO ANTONIO ALVES DE ARAÚJO ADV/PROC : AFONSO FERREIRA MENDONÇA APDO : OS MESMOS APDO : ADERSON ADÃO DE ARAÚJO APDO : CARLOS ROBERTO SANTOS COSTA ADV/PROC : GEOVARDES LEITE DE AZEVEDO JÚNIOR ORIGEM : 6ª VARA FEDERAL DE SERGIPE (COMPETENTE P/ EXECUçõES PENAIS) - SE RELATOR : JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI - Primeira Turma EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. ALICIAMENTO DE TRABALHADORES MEDIANTE FRAUDE (ART. 207, 1º, DO CP). REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA Á DE ESCRAVO (ART. 149 DO CP). EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, PELA PRESCRIÇÃO RETROATIVA. CONDIÇÕES DEGRADANTES DE TRABALHO. OFENSA À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. INOCORRÊNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO DO DELITO DO ART. 149 DO CP. PARTICIPAÇÃO DE DOIS DENUNCIADOS NO DELITO DO ART. 207 DO CP. NÃO DEMONSTRAÇÃO. 1. Apelações criminais interpostas pelo MPF e pelo réu F.A.A.A. em face de sentença que julgou a denúncia parcialmente procedente para: a) absolver os acusados C.R.S.C. e A.A.A., com base no art. 386, IV, do CPP; b) condenar o acusado F.A.A.A. pela prática do delito tipificado no art. 207, 1º, do CP (aliciamento de trabalhadores), em concurso material com o crime previsto no art. 149, caput e 1º, I, do CP (redução a condição análoga à de escravo), ambos na forma do art. 70 do CP (concurso formal por 29 vezes), com penas definitivamente fixadas em 4 anos e 6 meses de reclusão, 3 anos de detenção, inicialmente em regime semiaberto, mais o pagamento de 293 dias-multa, cada um no valor de um salário mínimo vigente ao tempo do fato. 2. A pena privativa de liberdade imposta a F.A.A.A. pela prática do delito do art. 207 do CP, excluindo-se o aumento decorrente do concurso formal, foi de 2 anos de detenção, mais multa, e não houve recurso do MPF neste tocante. Os fatos tidos por delituosos teriam ocorrido em abril/2005, e a denúncia foi recebida apenas em 10/05/2011, pelo que, verifica-se que transcorreu lapso temporal superior aos 4 anos previstos no art. 109, V, do CP. 3. Para configuração do delito do art. 149 do CP, exige-se que a vítima seja colocada numa situação de absoluta submissão aos desejos do agente, sem possibilidade de se autodeterminar. É a submissão total de alguém ao domínio do sujeito passivo, reduzindo-o à condição de coisa. Ressalte-se que o descumprimento de normas de proteção ao trabalho não é conducente a se concluir pela configuração do trabalho escravo, pressuposto primordial deste é, sim, o cerceio à liberdade e a submissão a condições degradantes. 4. No caso concreto, a CHESF firmou contrato com a MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., representada e administrada por F.AA.A., para supressão de vegetação na manutenção da faixa de linha de transmissão, em Itabaiana/SE. A 13

14 sociedade, por sua vez, contratou, em Salgadinho/BA, trinta e um trabalhadores para a execução do serviço. 5. Os trinta e um trabalhadores se sujeitaram a condições degradantes de trabalho, especialmente pelas condições precárias do alojamento e pelo árduo trabalho executado, sem plenas condições de saúde e segurança. Todavia, para a configuração do delito do art. 149 do CP, não basta a verificação de tais condições, mas, sim, que, a partir de tal submissão a condições degradantes, o agente seja reduzido a condição análoga à de escravo, o que não ocorreu na hipótese. Em que pese terem sido constatadas inúmeras irregularidades nas relações laborativas, não se pode concluir que houve aviltamento à dignidade da pessoa humana, porquanto não se verificou total sujeição das vítimas ao poder do dominador, tampouco a impossibilidade de se autodeterminar. 6. As condutas perpetradas por F.A.A.A., na qualidade de representante da MS Serviços Elétricos e Materiais Ltda., merecem sanções nas esferas trabalhistas e/ou administrativas, mas não a intervenção do Direito Penal. 7. C.R.S.C. e A.A.A., a mando de F.A.A.A., recrutaram vinte e nove trabalhadores no Município de Sobradinho/BA para prestação de serviços em Itabaiana/SE. Todavia, não há nos autos provas de que C.R.S.C. e A.A.A. se utilizaram de fraude para ludibriar os recrutados quanto ao serviço prestado. Não há provas de que eles sabiam que as condições de trabalho anunciadas aos vinte e nove trabalhadores no instante do recrutamento não se confirmariam na prática. Em verdade, os dois, junto com os outros vinte e nove trabalhadores, foram submetidos, todos, às mesmas condições de trabalho, ainda que os apelados tivessem, segundo depoimentos, uma posição de coordenação das atividades. Manutenção da absolvição, com fulcro no art. 386, V, do CPP. 8. Declaração, de ofício, da extinção da punibilidade de F.A.A.A. em relação ao delito do art. 207, 1º, do CP, pela prescrição retroativa. Apelação de F.A.A.A. parcialmente prejudicada, e, na parte remanescente, provida, para absolver o acusado pela prática do delito do art. 149 do CP, com base no art. 386, II, do CPP. Apelação do MPF improvida. ACÓRDÃO Vistos e relatados os presentes autos, DECIDE a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade: a) declarar, de ofício, a extinção da punibilidade de F.A.A.A., pela prescrição retroativa; b) julgar parcialmente prejudicado o apelo de F.A.A.A., e, na parte remanescente, dar-lhe provimento c) negar provimento à apelação do M.P.F.; nos termos do relatório e voto anexos, que passam a integrar o presente julgamento. Recife/PE, 08 de maio de (Data do julgamento) JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI Relator 14

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