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Transcrição

1 Processo n CP 141 RECEBIMENTO 2011, recebi os presentes, (Antonio Marcos), esc. -. / Ó \_\~to. \:1 ~ 1 ;_: ~' D MM. Juiz Ofereço manifestação em sepat ado. S. Paulo, 0 1 ANAMARI Promotora de r --;.;~~;::;:---.::-_:--- CURADO I PRor.t.o -r--.:: e oc: O.. ''n. :. '... JUSTIÇA E REG.:::...,.., p '. ~ ". ::,,_ usucos i: V ~ ::;:. ~"* ~ D O 1 O 1 AGO 2011

2 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCESSO N a VARA DE REGISTROS PÚBLICOS SUSCITANTE: 5 OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS DÚVIDA MM. JUIZ (A): Foi suscitada dúvida inversa por CENTERLESTE EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS LTDA., em face do 5 Oficial de Registro de Imóveis da Capital, a respeito de óbices opostos à pretensão de averbação de penhora. Entendeu-se, em qualificação registra!, que o título não estava apto para ingresso na tábua registra!, tendo em vista que, com o falecimento de Wilson Pereira da Silva, o bem, pelo princípio da saisine, transferiu-se aos herdeiros e cônjuge supérstite, não sendo possível a este dispor da fração ideal de 50% que se supõe corresponder à meação. É o breve relato. julgada prejudicada. A dúvida suscitada inversamente deve ser Como bem apontou o i. Oficial Registrador, a pretensão do requerente versa sobre ato de averbação, sendo reiterada a jurisprudência do Egrégio Conselho Superior da Magistratura de que não cabe instauração de dúvida nos casos de denegação de averbação de penhora.

3 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO Ademais, estão perfeitamente corretas as exigências apresentadas pela Serventia, tendo em vista que, aberta a sucessão, a herança se transmite desde logo aos herdeiros. A universalidade de bens que se forma só se extingue na partilha, momento em que será extremada a meação, como elucida o i. Oficial em sua manifestação. Desse modo, opmo seja julgada prejudicada a dúvida inversamente suscitada, ou, não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, opino pela procedência da dúvida, mantendo-se a recusa de ingresso do titulo na tábua registra!.

4 Proc.n rn!b46~~q I!k;( f RECEBIMENTO Em Q3 de O~ = de ~ ((, recebi estes autos em Cartório. Eu, x~ screvente, digitei.

5 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL CÍVEL la VARA DE REGISTROS PÚBLICOS PRAÇA JOÃO MENDES S/N, São Paulo- SP- CEPO DECISÃO Processo n : Requerente: Dúvida Centerleste Empreendimentos Comerciais Ltda CONCLUSÃO: Em faç Bretas Marzagão. stes au s conclusos ao MM. Juiz de Direito, Dr. Gustavo Henrique. se., subs. VIST~S. Cuida-se de pedido de providências formulado por Centerleste Empreendimentos Comerciais Ltda, que se insurge contra a recusa do 5 Oficial de Registro de Imóveis em averbar, no imóvel transrito sob o n , daquela Serventia, a certidão de penhora emitida pelo MM. Ju ízo da 36" Vara Cível Central. recusa (fls. 29/32). O Oficial do 5 Registro de Imóveis prestou informações ratificando sua O Ministério Público ofereceu parecer opinando pelo indeferimento do pedido, caso a preliminar de extinção não seja acolhida (fls. 35/36). É O RELATÓRIO. FUNDAMENTO E DECIDO. Anote-se, de início, que o ato perseguido pelo interessado é passível de averbação e não de registro em sentido estrito. Assim, conforme pacífica jurisprudência tanto do E. Conselho Superior da Magistratura quanto da E. Corregedoria Geral da Justiça, a autuação deve ser retificada para pedido de providências. Tal fato, porém, não tem o condão de prejudicar o feito, como aduz o Ministério Público, na medida em que é possível dele conhecer como pedido de providências sem que daí advenha qualquer prejuízo.

6 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL CÍVEL I" VARA DE REGISTROS PÚBLICOS PRAÇA JOÃO MENDES S/N, São Paulo - SP - CEP O Na questão de fundo, a recusa do Oficial deve ser mantida. A interessada pretende averbar a certidão de penhora oriunda do MM. Juízo da 36" Vara Cível Central relativa a 50% do imóvel transcrito sob o n , do 5 Registro de Imóveis. O imóvel encontra-se registrado em nome da executada Leoni Sarkis Pereira da Silva casada com Wilson Pereira da Silva. Considerando que o regime de bens adotado foi o da comunhão de bens anteriormente à Lei n 6.515/77 (v escrituras de fls. 21 e 23), verifica-se que Wilson adquiriu, por meação, a fração ideal de 1/2 do imóvel. Sucede que Wilson falecera em 1985 (tl. 20), deixando herdeiros e cônjuge supérstite. Tal fato demanda a prévio registro do formal de partilha dos deixados em razão de seu falecimento, do qual conste que 50% do imóvel foi atribuído a executada Leoni. Isto porque, como já decidiu o E. Conselho Superior da Magistratura, na Apelação Cível n n 425-6/ I (lembrada pelo Oficial de Registro de Imóveis): "a herança é uma universalidade em que todos os bens permanecem em indivisão até que pela partilha sejam individuados os que tocarão ao cônjuge supérstite e os que pertencerão aos herdeiros, do que decorre a necessidade de levar ao inventário também a metade ideal do cônjuge sobrevivente. Ademais, consistindo numa universalidade, nada impede que na partilha a meação do viúvo e os quinhões dos herdeiros sejam individuados em bens determinados, de modo a evitar a formação de condomínio, hipótese em que não subsistirá meação, nem metade ideal, do viúvo sobre bem que, eventualmente, for atribuído com exclusividade a um ou mais herdeiros. Por estes motivos, e em atendimento ao princípio da continuidade, o

7 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL CÍVEL I a VARA DE REGISTROS PÚBLICOS PRAÇA JOÃO MENDES S/N, São Paulo- SP- CEP registro da penhora, na forma como efetuada, depende da prévia atribuição para o viúvo, no inventário dos bens deixados pelo falecimento de sua ex-mulher, da metade ideal do imóvel que foi objeto da constrição judicial. " O acórdão supra ficou assim ementado: "Penhora da metade ideal de imóvel - Executado que embora qualificado no título como viúvo ainda figura na matrícula como casado sob o regime da comunhão de bens - Necessidade de prévio registro do formal de partilha, em atenção ao princípio da continuidade - Registro inviável - Recurso provido." Como se vê, a pendência da universalidade de bens decorrente da herança faz com a afirmação da interessada de que a executada é titular de domínio de 50% do imóvel não passe de suposição, o que é insuficiente para a prática dos atos registrais bem como para a observância da continuidade. Posto 1sso, INDEFIRO o pedido formulado por Centerleste Empreendimentos Comerciais Ltda. Nada sendo requerido no prazo legal, ao arquivo. P.R.I.C. São Paulo, 8 de agosto de assinatura digital ao lado - Gustavo Henrique Bretas Marzagão Juiz de Direito

8 RECEBIMEN Em 08/08/2011, recebi estes autos em Cartório. da Silva), Escrevente, subscrevi. ntônio Marcos Ribeiro ~hll I d ~~d, Pro111e!or(a) de Escr., subscr. MOTORI.à. DE. JU S T IÇ~ pro Gt-IRO ~ut;u CO-. DE RE ~ 0 0 RE C ::-. ~ ~ f\ GO Z0 ~1 público MI NISTtRI O"" 6 PAULO DO ES''r ADO ~ ' IM-~ -as QOJAk J.. f"~ JA ~ - 88/lw S{'.\zlfo!oo/wrt Em.. J ~.~~~.. ~Q~.~--~-=-~ -~.~-. &9.~~.., recebi e~tes autos cs

9 TJ/SP- COMARCA DE SÃO PAULO Certidão - Processo Emitido em: 19/08/ :27 Página: 1 CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação n 0157/2011, foi disponibilizado na página 669/681 do Diário da Justiça Eletrônico em 19/08/2011. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima mencionada. Advogado APARECIDO CORDEIRO (OAB /SP) Teor do ato: "VISTOS. Cuida-se de pedido de providências formulado por Centerleste Empreendimentos Comerciais ltda, que se insurge contra a recusa do 5 Oficial de Registro de Imóveis em averbar, no imóvel transrito sob o n , daquela Serventia, a certidão de penhora emitida pelo MM. Juízo da 36 8 Vara Cível Central. O Oficial do 5 Registro de Imóveis prestou informações ratificando sua recusa (fls. 29/32). O Ministério Público ofereceu parecer opinando pelo indeferimento do pedido, caso a preliminar de extinção não seja acolhida (fls. 35/36). É O RELATÓRIO. FUNDAMENTO E DECIDO. Anote-se, de início, que o ato perseguido pelo interessado é passível de averbação e não de registro em sentido estrito. Assim, conforme pacífica jurisprudência tanto do E. Conselho Superior da Magistratura quanto da E. Corregedoria Geral da Justiça, a autuação deve ser retificada para pedido de providências. Tal fato, porém, não tem o condão de prejudicar o feito, como aduz o Ministério Público, na medida em que é possível dele conhecer como pedido de providências sem que daí advenha qualquer prejuízo. Na questão de fundo, a recusa do Oficial deve ser mantida. A interessada pretende averbar a certidão de penhora oriunda do MM. Juízo da 36 8 Vara Cível Central relativa a 50% do imóvel transcrito sob o n , do 5 Registro de Imóveis. O imóvel encontra-se registrado em nome da executada Leoni Sarkis Pereira da Silva casada com Wilson Pereira da Silva. Considerando que o regime de bens adotado foi o da comunhão de bens anteriormente à Lei n 6.515/77 (v escrituras de fls. 21 e 23), verifica-se que Wilson adquiriu, por meação, a fração ideal de 1/2 do imóvel. Sucede que Wilson falecera em 1985 (fi. 20), deixando herdeiros e cônjuge supérstite. Tal fato demanda a prévio registro do formal de partilha dos deixados em razão de seu falecimento, do qual conste que 50% do imóvel foi atribuído a executada Leoni. Isto porque, como já decidiu o E. Conselho Superior da Magistratura, na Apelação Cível n n 425-6/1(1embrada pelo Oficial de Registro de Imóveis): "a herança é uma universalidade em que todos os bens permanecem em indivisão até que pela partilha sejam individuados os que tocarão ao cônjuge supérstite e os que pertencerão aos herdeiros, do que decorre a necessidade de levar ao inventário também a metade ideal do cônjuge sobrevivente. Ademais, consistindo numa universalidade, nada impede que na partilha a meação do viúvo e os quinhões dos herdeiros sejam individuados em bens determinados, de modo a evitar a formação de condomínio, hipótese em que não subsistirá meação, nem metade ideal, do viúvo sobre bem que, eventualmente, for atribuído com exclusividade a um ou mais herdeiros. Por estes motivos, e em atendimento ao princípio da continuidade, o registro da penhora, na forma como efetuada, depende da prévia atribuição para o viúvo, no inventário dos bens deixados pelo falecimento de sua ex-mulher, da metade ideal do imóvel que foi objeto da constrição judiciai."o acórdão supra ficou assim ementado: "Penhora da metade ideal de imóvel - Executado que embora qualificado no título como viúvo ainda figura na matrícula como casado sob o regime da comunhão de bens - Necessidade de prévio registro do formal de partilha, em atenção ao princípio da continuidade- Registro inviável - Recurso provido." Como se vê, a pendência da

10 TJ/SP- COMARCA DE SÃO PAULO Certidão- Processo Emitido em: 19/08/ :27 Página: 2 universalidade de bens decorrente da herança faz com a afirmação da interessada de que a executada é titular de domínio de 50% do imóvel não passe de suposição, o que é insuficiente para a prática dos atos registrais bem como para a observância da continuidade. Posto isso, INDEFIRO o pedido formulado por Centerleste Empreendimentos Comerciais Ltda. Nada sendo requerido no prazo legal, ao arquivo. P.R.I.C. São Paulo, 8 de agosto de assinatura digital ao lado- Gustavo Henrique Bretas Marzagão. Juiz de Direito. CP-141" São Paulo, 19 de agosto qe ~ [\ KATIA CECILIA DOS SANTOS MESSIAS ~ I Chefe de Seção Judiciário