TÍTULO: PRINCIPAIS CLÁUSULAS DA CONVENÇÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
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1 16 TÍTULO: PRINCIPAIS CLÁUSULAS DA CONVENÇÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA AUTOR(ES): VALÉRIA PEREIRA ALVES ORIENTADOR(ES): RENATA SALGADO LEME
2 RESUMO Ao longo dos séculos, com a evolução da história do homem viu-se a necessidade de uma pesquisa aprofundada para a fundamentação dos direitos inerentes à pessoa humana. Os fatos marcantes e que deram início a essa série de buscas para garantir essa proteção aos direitos do homem foram mostrados através dos acontecimentos, tais como: Abolição da Escravatura, Iluminismo, A Revolução Francesa e Inglesa, Declaração de Direitos Norte-Americana, Bill of Rights e Declaração Universal de Direitos do Homem. A Convenção Americana como um tratado internacional, demonstra através de suas cláusulas a conquista das garantias do homem. O Direito à vida, ao nome, à dignidade, a personalidade jurídica, integridade pessoal, à liberdade, à propriedade e aos direitos civis e políticos, estes últimos conhecidos como direitos de 1ª geração. Os Estados participantes da Convenção Americana de Direitos Humanos têm por obrigação respeitar tais direitos sob pena de sofrerem as consequências estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores: Comissão Interamericana e Corte Interamericana de Direitos Humanos. Ou seja, a proteção em torno do indivíduo é cada vez maior e importante para a humanidade que será demonstrado adiante através de análises e interpretações de suas principais cláusulas. INTRODUÇÃO Palavra-chave: direitos fundamentais, justiça social, dignidade da pessoa humana. Os direitos essenciais do homem não derivam apenas dele ser nacional de um Estado, mas sim, o fundamento da pessoa humana, o que justifica uma proteção internacional que oferece direito interno aos Estados Americanos. É necessário que se crie meios para que cada pessoa possa gozar dos direitos civis e políticos, econômicos, sociais e culturais, consolidados perante a história como direitos de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª gerações.
3 Após a Segunda Guerra Mundial viu-se a necessidade de produzir documentos sob os quais vários países se debruçaram para a universalização e internacionalização de direitos humanos. Os Estados devem se comprometer a respeitar os tratados e convenções os quais aderiram, sob pena de medidas estabelecidas no ordenamento internacional. A Dignidade da Pessoa Humana é um dos princípios fundamentais de proteção do ordenamento jurídico. O Pacto de San José da Costa Rica tem como propósito a aplicação de um regime de liberdades pessoais e justiça social, a ser alcançado com reafirmação nas instituições democráticas dos direitos humanos fundamentais. A Convenção Americana contém 82 cláusulas à respeito dos direitos e garantias fundamentais inerentes ao homem. Os Estados-membros da Organização do Estados Americanos, somente eles têm direito de aderir a Convenção Americana de Direitos Humanos, que assegura direitos civis e políticos. Alguns Estados participantes são: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, Granada, Jamaica, México, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Venezuela. A Convenção Americana de Direitos Humanos atribui competência a dois órgãos de supervisão interamericanos para assuntos relacionados ao cumprimento de compromissos assumidos pelos Estados -partes que assinaram esta convenção. Estes órgãos são denominados: Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Corte Interamericana de Direitos Humanos. Eles supervisionam os Estados para verificar se encontram em conformidade com as normas previstas pela Convenção. OBJETIVOS O objetivo principal é mostrar que existem direitos e garantias que podem (e devem) ser vindicados no sistema interamericano, por qualquer cidadão ou organização não-governamental, em caso de desrespeito do Estado ao disposto na Convenção Americana. Não há dúvidas que o jurista brasileiro precisa conhecer a sistemática internacional de proteção dos direitos humanos, devendo começar por conhecer o próprio sistema regional onde está inserido.
4 Em suma, cada cidadão deve procurar conhecer os direitos pelos quais está submetido e protegido. Pois, para se reivindicar é necessário um conhecimento mínimo de demandas judiciais. O desconhecimento implica numa maior possibilidade de abuso de poder por autoridades ditas como falhas, ou seja, a verdadeira prática consiste em saber a esfera de proteção pelo qual está inserido. METODOLOGIA A pesquisa é bibliográfica, ou seja, elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigo de periódicos e material disponível na internet. A pesquisa busca recuperar a evolução dos conceitos direitos fundamentais, liberdade, justiça social, dignidade da pessoa humana fazendo a inserção dessa evolução dentro de um quadro teórico de referência que os explique. DESENVOLVIMENTO Foram estudados nas fontes de consultadas os dispositivos da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, especialmente a enumeração dos Deveres dos Estados Partes; os direitos civis e políticos consagrados no instrumento como os direitos de 1ª geração; os direitos econômicos sociais e culturais como direitos humanos de 2ª geração. A implementação desse tratado também foi contemplado com o estudo dos órgãos competentes a saber: Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Corte Interamericana de Direitos Humanos. Os dispositivos dos Direitos dos Tratados tais como: assinatura, ratificação e disposições transitórias também foram estudadas. RESULTADOS PRELIMINARES De acordo com a metodologia aplicada, a Convenção Interamericana de Direitos Humanos consagrou-se em nosso ordenamento jurídico com o status de norma supralegal, portanto a necessidade de tratados internacionais interferirem positivamente na sistemática do Direito aplicado a cada país. O resultado verifica-se com a assinatura e ratificação desta Convenção por diversos países.
5 Um exemplo disso no nosso ordenamento jurídico é o direito à liberdade pessoal no Art. 7, 7, da Convenção Interamericana de Direitos Humanos que ninguém deve ser detido por dívidas, salvo no caso de obrigação alimentar. Por isto, o Supremo Tribunal Federal editou uma súmula vinculante n 25 dizendo: é ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Logo, para quem aceita que os tratados de direitos humanos anteriores a emenda 45/2004, ingressaram como emenda constitucional, então revogou-se a parte final do Art. 5, LXVII, da Constituição Federal de E Para quem entende que diante da internacionalização do ordenamento jurídico e supremacia da Constituição sobre atos normativos internacionais e tendo em vista o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional com ele conflitante terá eficácia paralisada, como de fato ocorreu com a prisão civil do depositário infiel que deixou de ter aplicabilidade diante dos efeitos paralisantes dos tratados em relação a legislação infraconstitucional que disciplina a matéria. FONTES CONSULTADAS DIREITOS HUMANOS- Instrumentos internacionais documentos diversos-2 ª edição- Brasília DIREITOS HUMANOS- Construção da liberdade e da igualdade- série de estudos PIOVESAN, Flávia- Direitos Humanos e justiça internacional- Editora Saraiva COMPARATO, Fábio Konder- A Afirmação História dos Direitos Humanos- SP: Saraiva, FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves- Direitos Humanos Fundamentais- SP: Saraiva, RODAS, João Grandino- Tratados Internacionais- SP: RT, BICUDO, Hélio Pereira- Direitos Humanos e sua proteção. SP: FTD, BOBBIO, Norberto- A Era dos Direitos. RJ: Campus, LAFER, Celso. A Reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt- SP: Companhia das Letras, REZEK, José Francisco- Direito Internacional Público. SP: Saraiva, 1996.
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