GEOGRAFIA MÓDULO 16. O Brasil e o Mercado Mundial. Professor Vinícius Moraes

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2 GEOGRAFIA Professor Vinícius Moraes MÓDULO 16 O Brasil e o Mercado Mundial

3 No presente módulo iremos estudar como o Brasil se insere em um contexto internacional no tocando ao comercio e as trocas financeiras do ponto de vista global. As trocas comerciais do Brasil com o restante do mundo começou a ser aprofundada dentro do contexto da entrada do Brasil no neoliberalismo.

4 Como já estudamos anteriormente, o constituição do Mercosul possibilitou um avanço das trocas comerciais em escala regional, fazendo com que os países signatários do bloco econômico adquirissem maior capacidade de comercio, em especial entre os componentes. Porém, há que se destacar o fato do Brasil, dentro do Mercosul, ter maior capacidade de competição por conta das potencialidades econômicas de nosso territórios e sistemas produtivos. Nesse contexto, o Brasil vem apresentando, dentro da América do Sul, maior e melhor desempenho comercial com o resto do mundo. E isso pode ser observado nos inúmeros acordos brasileiros com mercados globais, como, por exemplo, ocorre com a União Europeia e Nafta.

5 O crescimento da economia brasileira, nas últimas décadas, vem chamando a atenção de economias de várias partes do mundo. O economista Jim O Neil cunhou, no início da década de 2000, o termo países emergentes para designar o grupo de países que vem apresentando desempenhos econômico-financeiros expressivos na economia internacional. Esse termo deu origem ao que chamamos de BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul países em desenvolvimento que corroboram com a tese do mundo multipolar.

6 com o fim da Guerra Fria, surgem duas grandes teses que buscam interpretar a condição político e econômica da Nova Ordem Mundial: a tese do mundo unipolar e do mundo multipolar. A tese do mundo unipolar versa sobre o vencimento do capitalismo na Guerra Fria, apontando o fato de que essa organização social seria a principal forma, e, ideologicamente, a mais adequada. Com o desenvolvimento de diferentes polos de poder na economia mundial, como por exemplo a ascensão dos Tigres e Novos Tigres Asiáticos, do Japão, da China, de blocos econômicos... a tese do mundo multipolar começou a ganhar força, indicando que, mesmo com a vitória do capitalismo durante a Guerra Fria, não há supremacia do poder econômico mundial estadunidense.

7 Fato é que, mesmo adotando um modelo de desenvolvimento econômico balizado na dinâmica urbano-industrial, grande parte da participação no mercado brasileiro no cenário mundial ainda é composta por produtos da dimensão agrário-exportadora que ainda persiste em nosso quadro comercial. Nesse sentido, ofertamos produtos manufaturados com baixo valor agregado, porém nossa balança comercial só fecha em superávit por conta da participação de produtos como a soja, o algodão, café, trigo e outros gêneros do setor primário da economia.

8 Vale lembrar que os produtos agrícolas e pecuários do Brasil apresentam circulação global restrita em boa parte das situações. A exportação de produtos primários para países desenvolvidos é por demais complicada: ou a entrada de nosso produtos recebe uma taxação, como ocorre, por exemplo, com o suco de laranja brasileiro (50% do valor real de imposto para entrar nos Estados Unidos), ou a concorrência no interior desses países é tão forte que não há espaço para competição, como ocorre com nosso algodão no Estados Unidos.

9 Mesmo frente ao cenário de protecionismos em alguns países no mercado internacional, a produção brasileira no tocante ao setor primário faz do nosso território um dos maiores exportadores do mundo. Os recordes internacionais de produção de soja e o aumento expressivo de produtividade desde 1990 refletem, obrigatoriamente, ao avanço do uso das tecnologias da Revolução Verde e da Biorrevolução, empregados em sistemas agropecuários graças aos grandes volumes de investimentos injetados por meio de grandes bancos. Dentre os produtos que o Brasil exporta de maneira significativa destacam-se: - açúcar o Brasil é um dos principais fornecedores no mercado internacional; - madeiras e derivados (celulose, por exemplo); - fumo e derivados (tabaco processado e cigarros, notadamente); - soja e derivados (especialmente óleo); - milho; - suco de laranja; - carnes (bovina, suína e frangos) - couro;

10 Quando se trata de debatermos a participação do Brasil no mercado mundial, é importante salientar o papel da infraestrutura comunicacional para a maior integração do país na dinâmica da globalização. O desenvolvimento de tecnologias das telecomunicações vem crescendo expressivamente no Brasil; o uso difundido do 3G vem possibilitando um acesso cada vez maior da população brasileira na sociedade de consumo online, fato que incremente o comercio internacional. Os brasileiros representam um mercado aquecido em diversas frentes de consumo: cosméticos, tecnologia de informática, moda e outros mais ramos incentivam o desenvolvimento das relações de comercio internacional.

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