REVISÃO DA BALANÇA COMERCIAL PARA 2017

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1 REVISÃO DA BALANÇA COMERCIAL PARA 2017 EXPORTAÇÃO US$ BILHÕES US$ BILHÕES 2017 / 2016 BÁSICOS 93,697 79,159 18,4 INDUSTRIALIZADOS 110, ,883 8,3 - Semimanufaturados 31,396 27,963 12,3 - Manufaturados 78,924 73,921 6,8 CONSUMO DE BORDO 5,000 4,192 19,3 TOTAL 209, ,235 12,8 IMPORTAÇÃO BENS DE CAPITAL 14,706 18,355-19,9 BENS INTERMEDIÁRIOS 91,263 84,943 7,4 BENS DE CONSUMO 22,813 21,726 5,0 - Não Duráveis/Semiduráveis 17,948 17,283 3,8 - Duráveis 4,865 4,443 9,5 COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES 16,853 12,406 35,8 - Básicos 8,059 6,709 20,1 - Elaborados 8,794 5,697 54,4 BENS NÃO ESPECIFICADOS 0,160 0,122 31,1 TOTAL 145, ,552 6,0 SALDO 63,222 47,683 32,6 Rio de Janeiro, 18 de julho de

2 CENÁRIOS, PROJEÇÕES, DADOS E PARTICULARIDADES DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO EM Os dados revisados e projetados para a balança comercial em 2017 mostram exportações de US$209,017 bilhões com aumento de 12,8% em relação a 2016, importações de US$145,795 bilhões com expansão de 6,0%, e superávit comercial de US$63,222 bilhões com alta de 32,6%; - após 5 (cinco) anos de quedas consecutivas e acumuladas em 27,7%, em 2017 as exportações conhecerão seu primeiro crescimento, projetado em 12,8%; - o baixo crescimento econômico brasileiro será o responsável pelo crescimento de apenas 6,0% das importações, enquanto as commodities serão as responsáveis pelo crescimento projetado de 12,8% das exportações; - o superávit recorde histórico previsto de US$63,222 bilhões colocará o Brasil no top 5 mundial de superávits, superado apenas pela China, Alemanha, Coréia do Sul e Rússia; - isoladamente, este superávit deve ser comemorado, mas sem esquecer que decorrerá de forte contração das importações e das exportações nos últimos anos, e que superávit comercial não significa atividade econômica, conforme mostra a realidade do Brasil, ajudado ainda pelo aumento das exportações em 2017 ser maior que das importações; - este superávit comercial recorde decorre, como quase sempre, das exportações de commodities, sendo destaque a elevação das cotações de minério de ferro, petróleo e açúcar, e aumento do quantum de soja, petróleo e açúcar, ajudado pela expressiva expansão das exportações de automóveis e caminhões para a Argentina; - os três principais produtos de exportação, soja em grão, minério de ferro e petróleo vão representar 28,8% das exportações em 2017, superando os 23% apurados em 2016, atestando a importância das commodities na elevação das exportações e do superávit comercial, com a soja, pelo terceiro ano consecutivo, sendo o principal produto de exportação do Brasil, neste ano graças ao incremento de 22% no volume embarcado; - conforme o quadro abaixo, em geral, as cotações médias efetivas das principais commodities no 1º semestre deverão ser maiores que as projetadas para o 2º semestre: COTAÇÕES MÉDIAS EM 2017 US$/ton 1º Semestre 2º Semestre Var % Sem. 2º / 1º Minério de ferro 54,65 42,00-23,1 Petróleo 321,02 300,00-6,5 Soja em grão 378,92 363,00-4,2 Carne suína 2.520, ,00 1,2 Carne bovina 4.148, ,00 6,8 Açúcar bruto 420,55 380,00-9,6 Açúcar refinado 474,23 400,00-15,6 Café 2.861, ,00-9,1 Celulose 424,24 470,00 11,1 Óleos combustíveis 319,28 295,00-7,6 2

3 - até a 1ª quinzena de julho foram embarcadas 47,4 milhões de toneladas de soja em grão, representando 75,2% das 63 milhões de toneladas previstas para 2017; - em 2017, a Argentina está recuperando dos Estados Unidos o posto perdido em 2014 de maior país importador de produtos manufaturados do Brasil, graças ao estimado crescimento de 25% destas exportações para a Argentina e de 10% para os Estados Unidos. A Argentina será responsável por 50% do crescimento previsto de 6,7% nas exportações de manufaturados e os Estados Unidos por 13%; - a confirmação do crescimento ao redor de 3% no PIB da Argentina é o principal fator responsável pelo expressivo aumento das exportações brasileiras para aquele mercado; - a expansão das exportações brasileiras projetada em 12,8%, índice maior que os 2% previstos para o comércio mundial, permitirá ao Brasil elevar, em 2017, sua participação nas exportações mundiais para estimados 1,21%, superando a participação estimada de 1,09% em 2016, assim como deve melhorar sua posição de 25ª para 24ª no ranking mundial de país exportador; - a taxa cambial no 2º semestre de 2017 deverá oscilar entre R$3,15 e R$3,30, porém, sem provocar reflexos nas exportações ou importações, enquanto o quadro políticoeconômico vigente no Brasil pode ter impacto apenas residual sobre as importações; - a corrente de comércio, fator gerador de atividade econômica, projetada em US$354,812 bilhões para 2017, será equivalente a 17,5% do PIB, similar ao índice de 17,4% de 2010, porém, 9,9% maior que os US$322,787 bilhões apurados em 2016; - as elevações projetadas de 12,8% nas exportações e de 6,0% nas importações proporcionarão efetiva contribuição positiva do comércio exterior para o PIB de 2017; - a retração econômica interna, o elevado nível de desemprego, o alto índice de inadimplência, a forte redução da taxa SELIC, entre outros fatores, foram os responsáveis pelos limitados reflexos no Brasil, positivos ou negativos, decorrentes da eleição do Trump, da elevação dos juros nos EUA, do Brexit, etc,; - as exportações de manufaturados permanecem dependentes de um país ou região, a Argentina ou América do Sul, devido à falta de competitividade desses produtos, representada pela manutenção do elevado "Custo-Brasil", provocando a exclusão do Brasil das cadeias globais de valor e indiretamente produzindo seu isolamento comercial; - as previsões para o comércio exterior em 2017 foram elaboradas levando-se em consideração os cenários interno e internacional, presente e futuro, com projeções dos volumes e estimativas das cotações das commodities, responsáveis por mais de 60% das exportações brasileiras. 3

4 VARIAÇÕES PROJETADAS NOS PRINCIPAIS DE EXPORTAÇÃO BÁSICOS Soja em grão 16, t x $363 = 23,565 19,331 21,9 Minério de ferro 10, t x $42 = 18,372 13,289 38,2 Petróleo em bruto 9, t x $300 = 18,208 10,074 80,7 Carne de frango 3, ,9 t x $1,600 = 6,211 5,946 4,4 Café em grão 2, ,9 t x 2,600 = 4,639 4,843-4,2 Farelo de soja 2, ,5 t x $335 = 4,563 5,193-12,1 Carne bovina 2, ,4 t x $4,200 = 3,856 4,345-11,3 Milho em grão 0, t x $150 = 2,194 3,655-40,0 Minério de cobre 1, ,57 t x $1,700 = 2,055 1,928 6,6 Carne suína 0, ,33 t x $2,550 = 1,581 1,349 17,2 Fumo em folhas 0, ,2 t x $4,600 = 1,545 2,054-24,8 Algodão em bruto 0, ,5 t x $1,630 = 1,073 1,215-11,7 Miudezas de animais 0, ,200 = 0,410 0,400 2,5 Carnes salgadas de frango 0, ,193 = 0,375 0,420-10,7 Tripas buchos animais 0, ,193 = 0,370 0,290 27,6 Minério de manganês 0, ,141 = 0,285 0,201 41,8 Pimenta em grão 0, ,115 = 0,240 0,246-2,4 Minério de alumínio 0, ,126 = 0,235 0,265-11,3 Caulim 0, ,103 = 0,200 0,180 11,1 Arroz em grão 0, ,063 = 0,160 0,252-36,5 Trigo em grão 0, ,004 = 0,100 0,115-13,0 Demais produtos 1, ,792 = 3,460 3,568-3,0 TOTAL 52, ,240 = 93,697 79,159 18,4 *Exportado no 1º semestre + projeção quantidade e preços médios no 2º semestre = Previsão total 2017 SEMIMANUFATURADOS Açúcar em bruto 4, ,3 t x $380 = 9,348 8,282 12,9 Celulose 3, ,4 t x $470 = 6,490 5,569 16,5 Semimanufat. ferro e aço 1, ,7 t x $430 = 3,995 2,691 48,5 Ferro-ligas 1, ,24 t x $4.280 = 2,177 2,103 3,5 Couros e peles 1, ,23 t x $4.350 = 2,001 2,027-1,3 Ouro em formas 0, ,025 t x $39,500 = 1,923 2,044-5,9 Óleo de soja em bruto 0, ,55 t x $710 = 0,908 0,801 13,3 Ferro fundido / gusa 0, ,2 t x $340 = 0,734 0,524 40,1 Madeira serrada 0, ,7 t x $460 = 0,626 0,537 16,6 Alumínio em bruto 0, ,11 t x $1,860 = 0,387 0,496-22,0 Borracha sintética 0, ,130 = 0,252 0,171 47,4 Zinco em bruto 0, ,109 = 0,220 0,154 42,9 Manteiga e gordura cacau 0, ,099 = 0,185 0,200-7,5 Estanho em bruto 0, ,106 = 0,190 0,129 47,3 Catodos de cobre 0, ,060 = 0,120 0,472-74,6 Madeira em estilhas 0, ,060 = 0,120 0,141-14,9 Ceras vegetais 0, ,058 = 0,110 0,099 11,1 Demais produtos 0, ,830 = 1,610 1,523 5,7 TOTAL 15, ,344 = 31,396 27,963 12,3 *Exportado no 1º semestre + projeção quantidade e preços médios no 2º semestre = Previsão total

5 VARIAÇÕES PROJETADAS NOS PRINCIPAIS DE EXPORTAÇÃO MANUFATURADOS US$ BILHÕES* US$ BILHÕES 2017/2016 Automóveis 3, ,360 = 6,620 4,671 41,7 Aviões 1, ,280 = 3,986 4,291-7,1 Veículos de carga 1, ,620 = 3,043 2,073 46,8 Óxidos hidróxidos alumínio 1, ,8 t x $270 = 2,583 2,337 10,5 Açúcar refinado 1, ,4 t x $400 = 2,579 2,153 19,8 Autopeças 1, ,110 = 2,118 1,855 14,2 Laminados planos 1, ,072 = 2,072 1,595 29,9 Máquinas de terraplanagem 0, ,080 = 2,005 1,374 45,9 Polímeros de etileno 0, ,8 t x $1,200 = 1,932 1,879 2,8 Óleos combustíveis 0, ,6 t x $295 = 1,604 0, ,0 Motores e partes p/ veículos 0, ,930 = 1,764 1,601 10,2 Tubos flexíveis ferro e aço 0, ,780 = 1,443 1,255 15,0 Pneumáticos 0, ,660 = 1,293 1,150 12,4 Tratores 0, ,690 = 1,254 0,954 31,4 Motores/geradores elétricos 0, ,600 = 1,147 1,233-7,0 Bombas e compressores 0, ,540 = 1,073 1,058 1,4 Calçados 0, ,540 = 1,069 0,998 7,1 Suco laranja não-congelado 0, ,8 t x $700 = 1,058 1,053 0,5 Papel e cartão 0, ,65 t x $785 = 1,006 0,990 1,6 Chassis com motor 0, ,540 = 1,003 0,906 10,7 Medicamentos 0, ,498 = 0,964 0,945 2,0 Hidrocarbonetos 0, ,480 = 0,924 0,537 72,1 Obras mármore e granito 0, ,426 = 0,793 0,752 5,5 Motores, turbinas peças avião 0, ,375 = 0,750 0,509 47,3 Fio máquina e barras ferro 0, ,65 t x $600 = 0,732 0,667 9,7 Torneiras, válvulas e partes 0, ,360 = 0,693 0,808-14,2 Máquinas aparelhos agrícola 0, ,330 = 0,645 0,478 34,9 Suco laranja congelado 0, ,17 t x $1,840 = 0,633 0,861-26,5 Rolamentos e engrenagens 0, ,330 = 0,636 0,575 10,6 Tubos de ferro fundido 0, ,330 = 0,621 0,478 29,9 Café solúvel 0, ,04 t x $8,200 = 0,617 0,574 7,5 Etanol 0, ,43 t x $600 = 0,616 0,896-31,2 Móveis e suas partes 0, ,324 = 0,612 0,576 6,3 Madeira compensada 0, ,288 = 0,556 0,478 16,3 Plataforma de petróleo 0 + 0,500 = 0,500 3,647-86,3 Carne bovina em conserva 0, ,045 t x $5,900= 0,495 0,576-14,1 Madeira perfilada 0, ,252 = 0,484 0,450 7,6 Instrum. aparelhos de medida 0, ,240 = 0,471 0,465 1,3 Compostos nitrogenados 0, ,234 = 0,455 0,429 6,1 Centrifugadores e aparel. filtrar 0, ,150 = 0,425 0,366 16,1 Carne de frango em conserva 0, ,085 t x $2,600= 0,419 0,414 1,2 Óleos essenciais 0, ,192 = 0,381 0,339 12,4 Demais produtos 11, ,921 = 24,850 23,881 4,1 TOTAL 37, ,260 = 78,924 73,921 6,8 *Exportado no 1º semestre + projeção quantidade e preços médios no 2º semestre = Previsão total

6 VARIAÇÕES PROJETADAS NOS PRINCIPAIS DE IMPORTAÇÃO BENS DE CAPITAL Bens de capital 6, ,174 = 12,364 16,050-23,0 Equipamentos transporte industrial 1, ,260 = 2,342 2,305 1,6 TOTAL 7, ,434 = 14,706 18,355-19,9 BENS INTERMEDIÁRIOS Insumos industriais elaborados 26, ,468 = 53,787 48,241 11,5 Insumos industriais básicos 1, ,348 = 2,747 2,469 11,3 Peças e acessórios para BK 8, ,084 = 17,927 15,882 12,9 Peças p/ equipamentos transporte 6, ,048 = 12,410 14,050-11,7 Alimentos e bebidas básicos 1, ,304 = 2,456 2,491-1,4 Alimentos e bebidas elaborados 0, ,046 = 1,936 1,810 7,0 TOTAL 44, ,298 = 91,263 84,943 7,4 BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS E SEMIDURÁVEIS Bens de consumo não duráveis 3, ,780 = 7,463 7,469-0,1 Bens de consumo semiduráveis 2, ,205 = 4,395 4,128 6,5 Alimentos e bebidas elaborados 1, ,079 = 3,998 3,580 11,7 Alimentos e bebidas básicos 0, ,147 = 2,092 2,106-0,7 TOTAL 8, ,211 = 17,948 17,283 3,8 BENS DE CONSUMO DURÁVEIS Automóveis de passageiros 1, ,726 = 3,069 2,848 7,8 Bens de consumo duráveis 0, ,920 = 1,796 1,595 12,6 TOTAL 2, ,646 = 4,865 4,443 9,5 COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES Básicos 3, ,221 = 8,059 6,709 20,1 Elaborados 4, ,410 = 8,794 5,697 54,4 TOTAL 8, ,631 = 16,853 12,406 35,8 6