UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TELEVISÃO DIGITAL

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TELEVISÃO DIGITAL Nirave Reigota Caram T-LEARNING: LIMITES E POSSIBILIDADES EM TELEVISÃO DIGITAL INTERATIVA Bauru - SP 2012

2 1 Nirave Reigota Caram T-LEARNING: LIMITES E POSSIBILIDADES EM TELEVISÃO DIGITAL INTERATIVA Trabalho de Conclusão de Mestrado apresentado ao Programa de Pós- Graduação em Televisão Digital: Informação e Conhecimento da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, para obtenção do título de Mestre em Televisão Digital sob a orientação do Prof. Dr. José Luis Bizelli. Bauru - SP 2012

3 2 Caram, Nirave Reigota. T-Learning: Limites e possibilidades em televisão digital interativa / Nirave Reigota Caram, f. Orientador: José Luís Bizelli Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru, Televisão Digital. 2. Ensino a Distância. 3. Tecnologias de Informação e Comunicação. 4. T-Learning. I. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. II. Título.

4 3 Nirave Reigota Caram T-LEARNING: LIMITES E POSSIBILIDADES EM TELEVISÃO DIGITAL INTERATIVA Área de Concentração: Comunicação, Informação e Educação em Televisão Digital Linha de Pesquisa: Educação Assistida por Televisão Digital Banca Examinadora: Presidente/Orientador: Prof. Dr. José Luis Bizelli Instituição: Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara. Prof.1: Dr. Marcos Américo Instituição: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru. Prof. 2: Dr. Sebastião de Souza Lemes Instituição: Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara. Resultado: Aprovada Bauru, 03 de dezembro de 2012.

5 4 A Leninha, minha mãe, por ser meu espelho e sempre estar ao meu lado. Ao Caram, meu pai, que sempre acreditou em mim.

6 5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador prof. Dr. José Luis Bizelli pela confiança, incentivo e amizade, que com o bom humor de sempre, me acompanhou nestes quase dois anos de estudos. Agradeço especialmente aos meus pais, que me inspiraram e incentivaram para o ingresso na vida acadêmica. Meu agradecimento especial a Lucas Azevedo pela dedicação na elaboração do vídeo do aplicativo, pela parceria de estudos, de trabalho e de vida, por todo o carinho, por todo o cuidado e por todas as risadas. Com certeza, o nosso encontro não aconteceu por acaso. Aos meus amigos de toda a vida que sempre ouvem as minhas lamentações e comemoram as minhas vitórias. Ao meu amigo Fred que me fez companhia em cada linha digitada. Aos meus tios Rose e Marcos pelo incentivo aos estudos. Aos meus avós por olharem por mim. Aos meus colegas de trabalho por dividirem a mesma alegria de lecionar. Aos meus alunos que torceram por mim. Ao prof. Dr. Marcos Américo por acreditar neste trabalho e contribuir para sua finalização. Ao prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes por aceitar compor a banca de qualificação e defesa deste trabalho. A todos os docentes do programa de pós-graduação em Televisão Digital que, de forma direta ou indireta, contribuíram para o meu crescimento. Aos meus colegas discentes do programa de pós-graduação em Televisão Digital pela troca de experiências. Aos funcionários do departamento de pós-graduação pela simpatia, atenção e muitos atendimentos prestados. Ao Centro Paula Souza por me permitir realizar esta pesquisa em uma das suas Unidades de Ensino. Aos alunos e professores da Escola Técnica Estadual de Ibitinga, cenário do estudo de caso. Agradecimento especial à diretora Marinete Aparecida Assencio da Silva e à professora Roberta Ducci Popi pela prestatividade e acolhimento. A todos que, em algum momento, me dirigiram uma palavra de incentivo.

7 6 RESUMO CARAM, Nirave Reigota. T-Learning: Limites e Possibilidades em Televisão Digital Interativa. Trabalho de Conclusão (Mestrado em Televisão Digital: Informação e Conhecimento) FAAC UNESP, sob orientação do professor Dr. José Luis Bizelli, A presente dissertação tem como objetivo investigar os limites e possibilidades do T- learning em Televisão Digital Interativa. O foco é o ensino a distância (EaD) para obtenção de educação formal, ou seja, cursos EaD que resultem em certificação reconhecida. O trabalho recupera algumas iniciativas que enfrentaram esse desafio e discute as novas possibilidades que se abrem com a Televisão Digital, a partir da interatividade. Neste cenário, é necessário pensar como os cursos já existentes podem migrar para essa nova plataforma e como novos cursos podem ser formulados. Para o campo, foi definido como centro da atenção os cursos de uma instituição que trabalha com educação formal EaD: o Telecurso Tec, do Centro Paula Souza que funciona através de parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho. Os atores investigados em coleta de dados qualitativa são os alunos da modalidade semipresencial de uma Unidade de Ensino desta instituição. O objetivo é entender as dificuldades em cursos desse formato, compreendendo o que um aluno de curso EaD necessita. Desta forma, será possível pontuar como a Televisão Digital poderá atender tais necessidades. Esta dissertação, portanto, busca, em um primeiro momento, analisar o uso das TICs em cursos EaD já existentes e, em um segundo momento, realizar um estudo de caso mais aprofundado, com os alunos do Telecurso Tec para pontuar questões relevantes para a migração do curso para a TV Digital. E por fim, propor uma aplicação interativa para o Telecurso Tec. Palavras chaves: Televisão Digital. Ensino a Distância. Tecnologias da Informação e Comunicação. T-Learning.

8 7 ABSTRACT CARAM, Nirave Reigota. T-Learning: Limits and Possibilities in Interactive Digital Television. Dissertation (Master em Digital Television: Information and Knowledge) - FAAC - UNESP, guidance of professor Dr. José Luis Bizelli, This dissertation aims to investigate the limits and possibilities of the T-learning in Interactive Digital Television. The focus is distance education (DE) to obtain formal education, in other words, distance education courses that lead to recognized certification. The work recovers some initiatives that have faced this challenge and discusses the new possibilities that open up with the Digital Television from de interactivity. In this scenario, it is necessary to think like the existing courses can migrate to this new platform and as new courses can be formulated. For the field research, was defined the center of attention courses of an institution that works with formal education distance learning: the Telecourse Tec, from Centro Paula Souza that works through partnership with the Government of the State of São Paulo and the Roberto Marinho Foundation. Actors investigated in qualitative data collection are students of a semipresential modality Education Unit of this institution. The goal is to understand the difficulties in this format courses, understanding what a student needs a DL course. This way, it will be possible punctuate as Digital Television can meet those needs. This dissertation therefore seeks, at first, to analyze the use of ICTs in distance education courses already exist and, in a second time, make a more detailed case study with students of Telecourse Tec to punctuate relevant issues to migration of the course for Digital TV. And finally, propose an interactive application for the Telecourse Tec. Palavras chaves: Digital Television. Distance Learning. Information and Communication Technologies. T-Learning.

9 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 - Ícone de alerta sobre interatividade Figura 02 - Opção de login Figura 03 - Login e senha Figura 04 - Menu do aplicativo Telecurso Tec Figura 05 - Menu Aula Figura 06 - Submenu Competência - Página Figura 07 - Submenu Competência - Página Figura 08 - Submenu Recrutamento Figura 09 - Submenu Recrutamento e Wiki Figura 10 - Menu Atividades Figura 11 - Menu Atividades e Exercício Figura 12 - Resposta do Exercício Figura 13 - Menu Fórum Figura 14 - Menu Fórum e Tópico Figura 15 - Comentários Tópico Figura 16 - Comentar Tópico 03 e Teclado

10 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO EAD E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A Educação na Sociedade da Informação O Ensino a Distância Contribuição das TICs no Ensino a Distância As Tecnologias de Informação e Comunicação Sistemas de Gestão de Aprendizagem TELEVISÃO DIGITAL INTERATIVA Televisão Digital Televisão Digital no Brasil: SBTVD e Ginga Interatividade T-Learning: EaD e Televisão Digital T-Learning Casos de Uso do T-Learning ANÁLISE DE CURSOS EAD E ESTUDO DE CASO: TELECURSO TEC Cursos em Modalidade EaD Instituto Universal Brasileiro Telecurso Cenário do Estudo de Caso: Telecurso Tec Etec Ibitinga PESQUISA DE CAMPO: TELECURSO TEC Análise de Relatório de Pesquisa Quantitativa: Satisfação Alunos Telecurso Tec Perfil dos Alunos Avaliação dos Materiais Didáticos Avaliação do Conteúdo e Organização do Curso Avaliação Geral Caracterização e Metodologia da Pesquisa de Campo Fase Relatos de Pesquisa Fase Análise dos Resultados de Pesquisa Fase PROPOSTA DE APLICAÇÃO INTERATIVA PARA O TELECURSO TEC VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS Caracterização e Metodologia da Pesquisa de Campo Fase Relatos de Pesquisa Fase Análise dos Resultados de Pesquisa Fase

11 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES ANEXO

12 11 INTRODUÇÃO Por muito tempo o ensino a distância foi visto como um estepe, utilizado somente quando as modalidades presenciais de educação falhavam. Com isso, as pessoas criaram uma visão negativa sobre sua metodologia, considerando-o como um sistema educacional dirigido somente para uma parcela desfavorecida (financeiramente ou intelectualmente) da população. Os primeiros cursos a distância eram oferecidos por correspondência, posteriormente o rádio passou a ser utilizado, então veio a televisão analógica e a internet. Como mais de 90% dos lares brasileiros possuem uma televisão, cria-se maior identificação com o aparelho quando comparado ao computador ligado à internet. Desta forma, utilizar o t-learning (ensino através da televisão) parece mais viável quando o objetivo é expandir o acesso da população à educação. A TV Digital já foi criada com esse propósito, utilizá-la para melhorar a educação do país seria somente colocar em prática uma de suas premissas. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a TV digital nasceu com os seguintes objetivos: Art. 1º Fica instituído o Sistema Brasileiro de Televisão Digital SBTVD, que tem por finalidade alcançar, entre outros, os seguintes objetivos: I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação; II - propiciar a criação de rede universal de educação à distância; III- estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia de informação e comunicação (BRASIL, 2003). Tendo como objetivo propiciar a educação para a sociedade brasileira, os educadores devem utilizar-se da plataforma TV digital para desenvolver cursos formais em diferentes níveis fundamental, médio, técnico e superior com novos formatos a fim de contribuir com a democratização da educação. Visto que o Brasil é um país com uma área territorial extensa e em vários estados o acesso à educação é limitado, a TV digital pode ser utilizada para possibilitar a formação de pessoas que até o momento encontram-se marginalizadas dos processos de educação formal. Cabe então ao governo planejar políticas de expansão da educação utilizando esta nova tecnologia a TV digital para realizar uma democratização da mesma, e cabe aos pesquisadores e profissionais de educação e comunicação estudarem e

13 12 planejarem como o conhecimento pode ser transmitido nesta nova televisão, para levar ao maior número possível de pessoas, este direito fundamental. Sendo assim, esta dissertação tem como principal objetivo: compreender as necessidades e dificuldades dos alunos para pontuar melhorias e adaptações para propor a migração de cursos a distância baseados em outras tecnologias de informação e comunicação para a Televisão Digital. Já a questão problemática que embasa esta pesquisa é: Como oferecer cursos a distância já existentes por meio da televisão digital interativa? Como objetivos específicos temos: definir e analisar Ensino a Distância e Tecnologias de Informação e Comunicação; definir e analisar Televisão Digital Interativa e sua relação com o Ensino a Distância e o T-learning; pontuar cursos na modalidade EaD e suas TICs; analisar o Telecurso Tec através de pesquisa de campo qualitativa; pontuar melhorias e adaptações para a migração do Telecurso Tec para a Televisão Digital Interativa e propor uma aplicação interativa para TV digital do Telecurso Tec. Para tanto, a metodologia empregada foi a Pesquisa Exploratória Bibliográfica e Documental e Pesquisa Qualitativa: Estudo de Caso. A coleta de informações teve início com a pesquisa bibliográfica, onde foram levantadas referências dos temas educação, ensino a distância, T-learning e TV digital. Posteriormente, a pesquisa documental foi realizada com uma investigação sobre os cursos a distância escolhidos. Como segunda etapa, foi realizada a pesquisa qualitativa em instituição de ensino a distância selecionada: Centro Paula Souza com o Telecurso Tec, oferecido pela Etec de Ibitinga. Esta coleta de dados foi realizada através de entrevistas individuais em profundidade com alunos, para colher percepções sobre os métodos e tecnologias utilizados atualmente para propor um aplicativo para o Telecurso Tec. Posteriormente, foi proposta uma aplicação interativa para TV digital dos cursos técnicos na instituição de ensino investigada no estudo de caso. E por fim, houve uma verificação de resultados, onde o aplicativo foi apresentado para os alunos da Etec de Ibitinga com o objetivo de colher suas percepções sobre este produto.

14 13 1. EAD E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 1.1 A Educação na Sociedade da Informação A sociedade a qual vivemos é caracterizada por uma diversidade social, econômica e cultural, onde a informação passou a ser o produto mais valioso. O cenário social na atualidade é mediado pelas novas tecnologias de informação e comunicação, as chamadas TICs, que interferem nas estruturas sociais, exigindo adaptações nos campos comercial, político, social, cultural e educacional. Este cenário é configurado por Castells (1999) como Sociedade da Informação ou Sociedade em Rede. Sendo suas características mais marcantes a mobilidade, o acesso à informação e a velocidade em que opera, criando oportunidades de colaboração e de construção coletiva do conhecimento através de mídias convergentes. Castells (1999) caracteriza a atual sociedade como movida pelo Capitalismo Informacional, conceito que descreve a tecnologia de informação como o paradigma das mudanças sociais provenientes da virada do século XX para o século XXI. Assim, a revolução tecnológica ocorrida nesta virada, tornou-se ferramenta básica do capitalismo informacional. A diversidade cultural trazida por esta sociedade foi denominada por Jenkins (2008) de Cultura da Convergência, que provoca uma mudança de comportamentos na busca de informações e na construção de conteúdos coletivos, que se realizam no ambiente virtual. [...] é conveniente lembrar que a sociedade contemporânea está passando por uma série de modificações estruturais que nos obrigam a reavaliar aquilo que estamos fazendo em Educação, e tentar alinhar este esforço à realidade que existe fora da instituição acadêmica (LITTO, 1998). Essa mudança de comportamento da sociedade acontece devido às novas formas de relacionamento com as mídias. A essência da convergência encontra-se na maneira como o conteúdo é veiculado, através de uma inteligência coletiva que provoca comportamentos migratórios de diversos públicos que habitam o ciberespaço na busca de experiências (JENKINS, 2008). Por isso, dentro do contexto da sociedade da informação e do conhecimento, o velho modelo educacional perde sua eficácia, tornando necessário repensar um

15 14 modelo pedagógico, agora mediado pela tecnologia. O uso das novas tecnologias de informação e comunicação para transformar o processo de ensijno-aprendizagem, objetiva torná-lo mais atrativo para uma geração que nasceu e cresceu na era da informação. A forma de adquirir o conhecimento desta geração se contrapõe completamente às formas tradicionais de ensino, onde o conhecimento é apenas transmitido, tendo a figura do professor como o detentor supremo de todo o conhecimento. Como afirma Lemes (2007) A mera transmissão de conhecimentos, ou mesmo o estímulo à utilização funcional desses conhecimentos, tendem a não apresentar resultados satisfatórios em uma sociedade marcada pela tecnologia. Como a nova geração é dotada de capacidade de aprendizado diferenciada, Tapscott (1999) defende que o aprendizado deve ser alterado de transmitido para interativo, onde o professor passa de transmissor para facilitador do conhecimento. O que demandaria uma profunda reciclagem dos professores, ideia essa repudiada pelas figuras mais conservadoras da educação. O consumo das novas tecnologias de comunicação, em especial da internet e da televisão são uma realidade inquietante, não só pela quantidade de tempo que diariamente são dedicados a estes meios, mas também, pelos valores das mensagens transmitidas. Hoje em dia, praticamente tudo é visto pela tela da televisão ou pela tela do computador. Assim, é necessário que a instituição escolar esteja preparada para educar com estes meios. A educação terá de formar pessoas que irão enfrentar um mundo diferente do nosso, o digital. Consequentemente, terá que fazer com que estas pessoas sejam competentes na utilização dessas novas tecnologias (AMARAL, et al, 2004, p.54). Segundo Andrade, et al (2011) a adesão das novas tecnologias à educação é extremamente importante, uma vez que facilita o acesso ao conhecimento e permite que o aprendiz tenha autonomia para escolher entre as diversas fontes de pesquisas. Um computador ligado à internet é hoje ferramenta diária de trabalho e não um requinte. Esse meio permite não só a difusão como também a otimização do saber científico. Basta um exemplo: bibliotecas antes inacessíveis a pesquisadores distantes são disponibilizadas por tais recursos (LEMES, 2007). Nos últimos tempos, alguns recursos tecnológicos vêm interferindo nos processos educacionais. Por exemplo, a aquisição de conhecimento através de telecursos, vídeo-aulas, documentários e debates. A partir da década de 90, a Internet possibilitou a disseminação de conteúdo e o início das atividades de educação a distância (BELDA, 2009).

16 15 Quando se fala de usar novas tecnologias em favor da educação para uma geração que se formou na escola tradicional, o desafio é enorme. Por isso, pode-se dizer então, que é urgente a integração das TICs nos processos educacionais, isso porque elas já estão presentes em todas as esferas da vida social na atualidade. Quanto à educação a distância, o conceito tende a se transformar, pois uma tendência futura é a união do ensino presencial e a distância, em formas novas e diversificadas que incluirão um uso muito maior das TICs (BELLONI, 2003). 1.2 O Ensino a Distância O ensino a distância acontece quando aluno e professor não estão presencialmente em uma instituição de ensino, participando de atividades e interagindo com uma classe. Castro (2007) afirma que a educação a distância absorve um processo de ensino-aprendizagem que não implica na presença física do professor indicado para ministrá-lo no lugar onde é recebido, ou um processo ensino-aprendizagem no qual o professor está presente apenas em certas ocasiões ou para determinadas tarefas. Moore e Kearley (2008) concordam com essa ideia e definem os processos de EaD como situações onde alunos e professores, em locais diferentes, durante todo ou grande parte do tempo, estabelecem uma relação de ensino-aprendizagem. Porém acrescentam que como as figuras de professor e aluno estão em locais distintos, torna-se necessário o uso de algum tipo de tecnologia para transmitir informações e lhes proporcionar um meio para interagir: Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local de ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais (MOORE e KEARLEY, 2008, p.2). Somente com o uso das tecnologias de informação e comunicação, é possível realizar o que se prescreve nos documentos oficiais: Caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. DECRETO N 5.622, 2005).

17 16 Para estabelecer o ensino a distância, as instituições se organizam de acordo com o público-alvo em questão e suas características de infraestrutura. Assim, existem três tipos de regime de aprendizado a distância, são eles: - EaD puro: realizado pelo aluno com características de autodidata, em que tem condições de escolher o melhor horário e local para seu estudo, não sendo necessária nenhuma atividade presencial, exceto os exames finais. - EaD: é caracterizado pela exigência de algumas atividades presenciais pelo aluno, como por exemplo a frequência esporádica em sala de aula para determinadas atividades como seminários e oficinas. - Mistos de EaD e educação convencional: caracterizado quando a instituição de ensino presencial oferece atividades complementares em EaD. O MEC autoriza por meio da Portaria 4.059, de que até 20% da carga total do curso siga o modelo semipresencial e seja ministrada via web (COELHO, 2007 apud SIMÃO, 2011, p.11). Para entender o ensino a distância hoje, é necessário analisar o seu contexto histórico, pois ao contrário do que muitos pensam, esta modalidade de ensino surgiu muito antes da popularização da Internet. Desta forma, Moore e Kearley (2008) dividiram a evolução da EaD em cinco gerações, que ilustram a sua evolução ao longo dos anos. Primeira Geração: Geração Textual A primeira geração do EaD, que teve início da década de 1880, foi chamada de geração textual por utilizar as correspondências para a transmissão do conhecimento. Esta modalidade de ensino foi criada pelas primeiras escolas com fins lucrativos e era conhecida também como estudo em casa ou estudo independente, pelas universidades. O objetivo dos primeiros educadores por correspondência era usar a tecnologia, da época, para chegar até aqueles que, de outro modo, não poderiam se beneficiar dela. Naquela época, isso incluía as mulheres, a quem era negado em grande parte o acesso às instituições educacionais formais. Desta forma as mulheres tiveram papel importante na história e crescimento do ensino a distância. Um fator que possibilitou o desenvolvimento desse modelo foi o estabelecimento de serviços postais baratos e confiáveis.

18 17 Segunda Geração: Geração Analógica A segunda geração do ensino a distância, que teve início na década de 30, foi chamada de geração analógica por realizar sua transmissão por meio de rádio e televisão. Quando o rádio surgiu no início do século XX, educadores o viram como grande possibilidade de difusão do conhecimento. No entanto, o rádio não atendeu às expectativas devido aos diferentes interesses entre emissoras e instituições de ensino. Já a televisão, com as TVs educativas, obteve mais sucesso que o rádio por conta de contribuições empresariais. Nesta geração foram oferecidos tanto cursos de curta-duração, como cursos de nível superior e surgiu a transmissão de cursos pela TV a cabo e os chamados Telecursos, que integravam programas de televisão com livros didáticos. No Brasil, temos o exemplo do Telecurso 2000, que oferece, até hoje, ensino supletivo, técnico e profissionalizante utilizando televisão e material impresso. Terceira Geração: Geração das Tecnologias de Comunicação A terceira geração, que se iniciou no final da década de 60, foi caracterizada por mudanças significativas no contexto no EaD. Surgiu o Projeto de Mídia de Instrução Articulada (AIM Articulated Instructional Media Project), que tinha como principal objetivo agrupar várias tecnologias de comunicação para propagar o ensino com custo reduzido. As tecnologias utilizadas eram materiais impressos, correspondência para orientações, transmissão por rádio e televisão, conferências por telefone, kits para experiências em casa e recursos de bibliotecas locais. Ainda nesta geração, em 1967, foram criadas as Universidades Abertas (UAs) que usavam o rádio e a televisão para transmitir seus conteúdos. As UAs foram criadas pelo governo britânico e não eram vinculadas a outra instituição presencial, como às AIMs. As UAs eram instituições totalmente voltadas à finalidade de ensino a distância a qualquer pessoa que se interessasse. Quarta Geração: Geração da Teleconferência A quarta geração surgiu nos Estados Unidos em 1980 e era baseada na tecnologia da teleconferência e, portanto, era elaborada normalmente para o uso de grupos. Era um modo mais próximo ao ensino tradicional, pois os alunos se reuniam em salas de aula convencionais ou outras localidades como residências e empresas.

19 18 Entretanto, era necessário o uso de equipamentos específicos para a transmissão e recebimento de áudio e imagens. No início a tecnologia utilizada era a audioconferência, realizada através de telefones comuns, em que era possível estabelecer a bidirecionalidade. Posteriormente foi possível realizar a teleconferência por conta das transmissões via satélite, porém esta era uma comunicação de mão única. Assim, na década de 90, a videoconferência se tornou realidade através das linhas telefônicas de fibra óptica que permitiam uma transmissão maior de dados, possibilitando a comunicação nos dois sentidos. Quinta Geração: Geração Digital Esta geração, em que estamos inseridos até os dias de hoje, se utiliza do suporte de recursos tecnológicos modernos, as TIC, baseadas no computador e na internet. Estas novas tecnologias possibilitaram uma nova fase no ensino a distância. Com a Internet, os cursos poderiam ser acessados de qualquer localidade e horário do computador pessoal dos alunos. Sendo possível o acesso a textos, vídeos, áudio e outras ferramentas importantes de comunicação, como os chats e fóruns de debate. A quinta geração, a que estamos inseridos desde o ano 2000, está apoiada nas novas tecnologias de informação e comunicação e sua principal característica, a possibilidade de estabelecer maior interatividade entre aluno e professor. Como maior exemplo das novas TICs, temos a internet e a televisão digital que será foco neste trabalho. Moore e Kearsley (1996) citados por Gomes (2008) construíram um quadro demonstrativo das 5 gerações do EaD, como podemos observar a seguir. Além de demonstrar a divisão das cinco gerações do ensino a distância, o quadro demonstra as formas de comunicação, a forma de tutoria e o nível de interatividade de cada uma das gerações do EaD.

20 19 Quadro 1 - As Cinco Gerações do EaD Fonte: Gomes (2008), adaptado de Moore e Kearsley (1996). Como foi possível observar através da sua passagem histórica, o ensino a distância, ao longo dos anos, traçou uma história de avanços e retrocessos. No início do século XX, tornou-se uma modalidade de ensino capaz de atender a todos os níveis, em programas formais, aqueles que resultam em certificação, e em programas informais, cujo objetivo é oferecer a capacitação para a melhoria no desenvolvimento das atividades profissionais. O número de instituições de ensino públicas e privadas que oferecem cursos nesta modalidade tem crescido significativamente no Brasil depois da publicação da Lei de diretrizes e Bases LDB em Segundo dados da Associação Brasileira de Educação a Distância - ABED, o número de instituições que ofertam cursos superiores na modalidade de EaD cresceu 36% no período de 2004 a 2006,

21 passando de 166 para 225. O número de alunos cresceu 150%, passando de para no mesmo período (MUGNOL, 2009). 20 Apesar do progresso recente da educação a distância, muitos dos seus principais pontos estratégicos ainda não foram discutidos com a profundidade necessária. Pode-se destacar como pontos ainda controversos na EaD, os seus objetivos, a forma de transmissão, os provedores da tecnologia, a população-alvo dos cursos ofertados, a formação e organização dos projetos pedagógicos, os métodos de avaliação de aprendizagem, entre tantos outros. São também carentes de regulamentação o sistema de acompanhamento do aprendizado dos alunos, a formação dos professores, as diferentes metodologias utilizadas, a avaliação do resultado do processo de ensino aprendizagem, os critérios de credenciamento de novas instituições e autorização de novos cursos, entre outros (MUGNOL, 2009, p.337). Algo muito questionado em relação ao EaD é o fato de não possuir, necessariamente, a presença física do professor em sala de aula. Porém, isso não diminui em nada a eficácia do EaD no que diz respeito ao processo de ensinoaprendizagem. Pelo contrário, a capacidade do professor de entender, mediar e estimular os alunos através das novas tecnologias disponíveis deve ser ainda maior. O esforço de ambas as partes torna-se essencial para que a transmissão do conhecimento aconteça de forma eficaz. No modelo de educação a distância, o aluno deve ser a figura central de todo o processo de construção e de reconstrução do conhecimento, em um ambiente colaborativo de aprendizagem sob orientação do professor. Também deve ser o ponto de partida de todo o planejamento e, consequentemente, da avaliação. A intenção desse processo avaliativo deve propiciar comunicação e informação, de modo que seja possível monitorar, apoiar e aperfeiçoar a aprendizagem do discente. E isso exige muito mais um acompanhamento formativo do que o controle ou a classificação de resultados (SILVA, 2009, p.32). Com a inserção das TICs, o EaD passa a permitir uma modificação nas noções de tempo e de espaço, tornando-os relativos. Isto porque, não possuindo local e horários previamente definidos como o ensino presencial, o processo de ensino-aprendizagem vai acontecendo conforme os interesses e necessidades de professores e seus alunos (CASTRO, 2007). Em tempos de TICs, o conceito de educação precisa ser ampliado. O processo de ensino-aprendizagem deve envolver mídias como rádio, televisão analógica, internet e televisão digital, contando com todas as potenciais possibilidades dos videojogos, dos rádios digitais e dos celulares. Isso agrega novos

22 valores ao aprendizado, tornando os alunos co-participantes da construção do conhecimento Contribuição das TICs no Ensino a Distância A introdução das TICs no meio educacional vai de encontro com um debate constante na busca por alternativas para atender a necessidade de tornar o processo de ensino-aprendizagem diferente. A geração, inserida na sociedade da informação, lida de forma natural com as tecnologias e com a construção colaborativa de conteúdos, incorporando assim, o que Pierre Lévy (1999) denominou Inteligência Coletiva, um dos pilares da Cultura da Convergência, também descrita por ele. Neste contexto, o aparecimento das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na presente sociedade da informação, reconfigurou o cenário comunicacional e, consequentemente, o educacional, na medida em que o modelo linear de transmissão de informação, passou a ter outras configurações e a interação entre os agentes (emissor e receptor) passou a ser o ponto-chave. Sendo assim, a comunicação passou a ser uma atividade recíproca, com bidirecionalidade. Em um mundo globalizado, no qual as relações sociais são pautadas pela intensidade e velocidade das informações, não tem como não discutir como a educação fica neste contexto, em que se demandam novas formas de ensinar. A demanda social e política pela introdução das TICs em todos os ambientes sociais, principalmente educacionais, se tornam uma realidade, devido às novas características da sociedade contemporânea. Desta forma, alguns pesquisadores têm defendido que na presente sociedade da informação e do conhecimento tornase necessário um novo modelo pedagógico mediado pela tecnologia. O uso de tais tecnologias tem como objetivo transformar o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais atrativo para uma geração que nasceu e cresceu na era da informação e que, devido a isso, está cada vez mais imersa no mundo virtual, distanciando-se da realidade objetiva que a cerca (WEILER, 2006). As relações humanas vão sendo substituídas por conversas em chats, conteúdos trocados em blogs e recados postados em sites de relacionamento. Sendo assim, fica o desafio de transmitir o conhecimento de forma eficiente para uma geração muito diferente das anteriores, incapaz de ser educada pelos mesmos métodos tradicionais que se baseavam em ferramentas como giz e lousa.

23 22 É fundamental compreender, porém, que somente a adoção de recursos tecnológicos não torna o processo educacional diferente é preciso que esses recursos sejam utilizados como uma nova linguagem para novos conteúdos. Se assim não acontecer, o resultado será apenas uma mudança para permanecer o mesmo, ou seja, a reprodução do velho modelo, antes transmitido segundo uma lógica analógica e agora transmitido de forma digital (BIZELLI, CARAM, 2011). O pensar digital rompe com as formas antigas de intelecção, introduzindo a interatividade que destrói com a imagem de um receptor passivo - o telespectador das redes de televisão - e cria as premissas básicas do novo modelo de educação para a sociedade da informação. As mídias devem ser utilizadas não como meros instrumentos tecnológicos. Elas podem servir como meio de incentivar e despertar o desejo pela pesquisa e participação, tornando o ambiente de aprendizagem colaborativo (MUNHOZ, 2002, p.49). A educação voltada aos meios tecnológicos visa à apropriação coletiva do conhecimento, proporcionando um saber interativo (WEILER, 2006). O uso das novas TICs na educação traz consigo uma matriz que transforma o aprendizado via conteúdos transmitidos para conteúdos interativos (TAPSCOTT, 1999). Apesar de não fazer parte do presente estudo, é importante citar que a educação não se restringe apenas aos ambientes formais de ensino, nos quais o aluno recebe um certificado ou diploma. A educação também acontece em meios informais, onde conteúdos diversos são absorvidos. As TVs educativas foram criadas inicialmente com esta finalidade, como exemplo pode ser citada a TV Cultura que sempre dispôs em sua grade programas de conteúdo educativo, principalmente para o público infantil. Se por um lado, os educadores precisam absorver as TICs no seu fazer dentro das salas de aula, por outro lado, é preciso que eles tenham ciência de que conteúdos educativos já estão presentes na TV e internet. Mesmo os conteúdos informais tendem a ser utilizados em ambientes formais, como quando um professor leva um vídeo de uma matéria de telejornal para ser discutido em sala de aula. Quando se fala de usar novas tecnologias em favor da educação para uma geração que se formou na escola tradicional e que se acostumou nos paradigmas do

24 23 espaço retangular provido de carteiras e da mesa do professor e com a lousa e o giz, o desafio é enorme. Só através do olhar de alunos interagentes do mundo virtual, capazes de perceber e entender as possibilidades advindas do uso das novas tecnologias, é que a escola pode mudar. Os docentes têm que reconhecer o potencial das novas tecnologias como aliado de seu trabalho e não como substituto da figura do professor. É necessário, então, pontuar, de forma inequívoca, todo o potencial do uso novas tecnologias na educação (BIZELLI, CARAM; 2011) As Tecnologias de Informação e Comunicação Desta forma, podemos pontuar três importantes meios tomados como ferramentas educacionais que embasam o estudo de caso que será exposto posteriormente neste trabalho: a televisão analógica, a internet e a TV digital interativa. Televisão analógica Devido à popularização dos preços dos aparelhos, dos interesses da veiculação de produtos comerciais nas grandes emissoras, da linguagem atrativa e do fácil acesso, a televisão analógica rapidamente se tornou a principal e muitas vezes a única fonte de informação da população brasileira 1. A televisão surgiu com o intuito de fornecer à sociedade: entretenimento, informação e educação. O mercado televisivo atende as duas primeiras funções, já a terceira a da educação sempre ficou em plano secundário nas grades de programação de emissoras privadas, que se sustentam por meio da venda de espaço publicitário. Em mais de cinquenta anos de existência, a televisão brasileira nunca foi utilizada em todo seu potencial para a educação (SCHIAVONI, 2011). Até as emissoras de TVs que surgiram com a finalidade de levar educação à população, as TVEs, não obtiveram sucesso em seus objetivos. Elas tiveram que enfrentar anos de história de desregulamentação, que as fez renderem-se às práticas de TVs comerciais, captando recursos necessários no mercado para manter a qualidade de suas programações, desviando-as, assim, de seu propósito inicial. 1 Segundo dados, 98% das residências possuem pelo menos um televisor (COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL, 2008).

25 Desta forma, é admirável que algumas experiências, como exceção, tenham obtido sucesso em seus objetivos educacionais, como o Telecurso No uso da televisão na educação, o sujeito se constitui, à frente da tela, apenas como um espectador. Sendo impossível efetuar, de fato, a atividade de interação, ferramenta tão necessária para a educação. Com o surgimento da internet, a esperança era a de que o problema da falta de intervenção presente no meio televisivo fosse superado (SCHIAVONI, 2011). Internet Este meio tecnológico que teve sua difusão em 1999 foi, sem dúvida, o mais revolucionário inserido na Sociedade da Informação. Com a rede de computadores, a educação coloca à disposição dos estudantes diversos conteúdos de interesses específicos, introduzindo outros estímulos à aprendizagem além da figura do professor como total detentor do conhecimento. O aluno tem a possibilidade de ter acesso ao conteúdo, antes mesmo da aula acontecer. A Internet é um gigante baú de informações, todas guardadas esperando para serem consumidas, com grandes potencialidades e variedades. Porém, muitas vezes, há uma falta de estrutura no montante de informações, diferentemente do que ocorre em uma biblioteca, por exemplo. O que deixa o usuário sem orientação e instrução para suas pesquisas. Neste cenário cabe, então, ao professor promover o seu uso, esclarecendo dúvidas e direcionando o aluno a pensar e a aprender-a-aprender através deste meio. O professor deve ser um incentivador da aprendizagem, propiciando uma troca de saberes (WEILER, 2006). Para Bauerlein em entrevista para Szklarz da Revista Super Interessante (2008) afirma que o desafio maior é fazer com que os jovens vejam a internet como fonte de informação e educação, pois segundo ele, os mesmos não possuem esse interesse, visitam apenas sites de relacionamento, games e músicas. Bauerlein ainda afirma que a web poderia ser útil para o conhecimento, mas os garotos não se importam com essas coisas. Eles não visitam um site de um grande museu para ver pinturas. Preferem visitar seu perfil pessoal na internet ou fazer upload das fotos da última festa, ou ainda escrever em seu blog como odeiam a escola. Segundo o instituto Nielsen Media Research, 9 entre os 10 sites mais populares entre os adolescentes são redes de relacionamento. É isso que as ferramentas significam para eles: um meio social.

26 25 Por isso que utilizar a internet na educação formal requer um planejamento, para que os alunos sejam estimulados a utilizar este recurso da forma correta e em todo o seu potencial. Nos dias de hoje a internet também é muito utilizada na educação formal. Cada vez mais são oferecidos cursos de capacitação, graduação e pós-graduação na modalidade EaD, os quais têm como plataforma principal a rede mundial de computadores. Os alunos baixam conteúdo dos sites, assistem vídeo-aulas, participam de chats com tutores e outros alunos, além de postar trabalhos utilizando a Internet. Não podemos deixar de lado a educação informal neste processo. Pois é infinita a quantidade de informações encontradas na Internet que podem contribuir para a formação intelectual de uma pessoa. A Internet é uma fonte de cultura e conhecimento de extrema importância, que deve sempre ser considerada. Televisão Digital Enquanto a televisão corresponde ao meio mais eficaz de disseminação de informação no Brasil, a TV digital surge como um novo modelo de comunicação fundamentado em tecnologia digital de transmissão de informação. O presente trabalho tem como temas centrais, o ensino a distância e a televisão digital, esta utilizada como tecnologia de informação e comunicação para a transmissão do conhecimento com o objetivo de viabilizar a educação formal dos indivíduos. Sendo assim, este trabalho apresenta um capítulo inteiro dedicado a esta nova TIC e o seu uso no ensino a distância Sistemas de Gestão de Aprendizagem Para entender os Sistemas de Gestão de Aprendizagem, é necessário entender também o termo Ambiente Virtual (AV). Enquanto o ambiente virtual, mais nomeado de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) corresponde ao espaço propício para estabelecer o processo de ensino-aprendizagem, os Sistemas de Gestão de Aprendizagem (SGA) são softwares desenvolvidos com base em uma metodologia pedagógica para auxiliar a promoção do ensino presencial ou semipresencial (SIMÃO, 2011). Os Sistemas de Gestão de Aprendizagem (SGA) ou Learning Management System (LMS) são ferramentas imprescindíveis ao processo de ensino-

27 26 aprendizagem, pois permitem organizar as ofertas de situações didáticas e acompanhar a construção do conhecimento individual dos alunos por meio de registro de discussão, reflexão e colaboração. Sendo assim, estes sistemas oferecem suporte ao ensino a distância via web através de funcionalidades de armazenamento, distribuição e gerenciamento de conteúdos, além de recursos de comunicação entre os participantes. Deste modo, é possível registrar e apresentar as atividades dos alunos, bem como seu desempenho, além da emissão de relatórios, propiciando o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem (MONTEIRO, et al, 2010). Desta forma, os SGA proporcionam e facilitam diversas formas de interação, as que ocorrem entre alunos e alunos, entre alunos e conteúdo e entre alunos e professor. São características importantes deste tipo de sistema: Recursos interativos; Controle das atividades e monitoramento das interações e acesso dos alunos; Gestão do conteúdo por parte dos instrutores, possibilitando a criação de cursos e organização das informações de forma que os usuários encontrem facilmente o que precisam; Sistema colaborativo de aprendizagem, que permite o trabalho em grupos de forma a promover a interação e compartilhamento de conteúdos; Customização de recursos por parte do aluno. Segundo Passos (2006 apud Monteiro, et al, 2010, p.3) os Sistemas de Gestão de Aprendizagem têm trazido vantagens às práticas educativas, tais como: Redução de custos; Rápida distribuição e alteração dos conteúdos; Permite ao aluno fazer seu próprio recurso; Recursos interativos como , fórum, sala de discussão, videoconferências, entre outros, que sistematizam as intervenções; Disponibilidade a qualquer hora e local. Como maiores exemplos de Sistemas de Gestão de Aprendizagem temos o TelEduc e o Moodle. Estes SGAs estão entre os mais utilizados para compor Ambientes Virtuais de Aprendizagem para cursos presenciais e semi-presenciais. O TelEduc foi desenvolvido por pesquisadores do Núcleo de Informática Aplicada à Educação o Nied da Unicamp -, considerando as necessidades dos

28 27 usuários, o que o torna de fácil uso para pessoas que não são da área da informática e não possuem grande habilidade em lidar com ferramentas computacionais. O TelEduc possui recursos agrupados em três grupos: coordenação, comunicação e administração. São eles: correio eletrônico, fórum de discussão, chat, videoconferência e editor de texto colaborativo. Já o Moodle é um SGA que se tornou popular entre educadores de todo o mundo. Foi desenvolvido por Dougiamas e Taylor com o objetivo de apoiar e promover a integração entre pessoas interessadas em desenvolver ambientes de aprendizagem construtivista. Entre os recursos disponíveis estão: o chat, materiais, avaliação do curso, diário, fórum, glossário, lição, pesquisa de opinião, questionário, tarefa, trabalho com revisão e wiki. O Moodle foi homologado pelo MEC como plataforma oficial para educação a distância no Brasil (SIMÃO, 2011). Para entender os recursos disponibilizados pelos SGA é preciso, primeiramente, analisar a divisão dos mesmos de acordo com a interatividade que proporcionam aos usuários em ensino a distância. A divisão ocorre da seguinte forma: Sem interatividade: quando o usuário apenas recebe informações disponibilizadas, sendo uma comunicação unilateral. Com Interatividade: quando o usuário pode interagir, retornando informações, sendo, então, uma comunicação bidirecional. Os recursos interativos podem ainda ser classificados de acordo com o tempo de resposta da interação: a) Síncrono - quando a resposta é fornecida no mesmo momento em que a pergunta é enviada. Exemplos: chats e videoconferências, b) Assíncrono - quando a resposta é fornecida em tempo diferente da pergunta. Exemplos: correio eletrônico, fóruns de discussão, materiais, diário ou mural, glossário, sessão de tarefas, questionários e wiki (SIMÃO, 2011).

29 28 2. TELEVISÃO DIGITAL INTERATIVA 2.1 Televisão Digital A televisão digital é uma nova mídia que estabelece uma nova relação de comunicação com o telespectador, podendo gerar mudanças significativas em seus hábitos. Neste novo modelo, o telespectador tem a possibilidade de deixar de somente assistir à TV e passar a, também, interagir com ela a partir de seus diferentes serviços e funcionalidades. A interatividade, então, se apresenta como uma das principais características deste novo meio, possibilitando ao usuário uma posição mais ativa à frente do aparelho. Desta forma, a televisão digital não oferece mais apenas programas baseados em áudio e vídeo, introduzindo em sua prestação de serviços, jogos, textos e outros conteúdos adicionais que acompanham a programação ou aparecem como aplicativos independentes (WAISMAN, 2006). Assim, a televisão digital interativa chega com uma proposta de oferecer a seus usuários, a transmissão de imagens e som de alta qualidade, multiprogramação e interatividade. Desta forma é visível que não se trata de um meio com as mesmas características do já amplamente conhecido: televisão analógica. Apesar de a televisão digital já estar disponível em diversas partes do mundo, com maior penetração em países desenvolvidos, os aspectos da interatividade são diferentes entre eles. Cada país, no processo de digitalização da televisão, implanta tecnologias e desenvolve linguagens de produção de acordo com seus interesses e possibilidades locais. O Reino Unido tem a mais avançada televisão interativa do mundo, a BBCi (British Broadcast Company Interactive). Por sempre ter investido em programas interativos, a BBCi, é atualmente a principal referência para outros produtores no mundo todo (TEIXEIRA, 2009). A tecnologia digital para televisão já vem sendo utilizada em suas transmissões em localidades como Estados Unidos, Europa (principalmente o Reino Unido) e Japão há alguns anos. Nos Estados Unidos, a transmissão de televisão em alta definição, teve início em 1998, porém as pesquisas em torno do padrão a ser adotado começaram no ano de 1980, sendo escolhido o ATSC (Advanced Television System Committee), em

30 A data inicial para desligar os sinais analógicos neste país foi, inicialmente, marcada para 2004 e logo já foi adiado para um período de 2010 a Porém, o apagão nos Estados Unidos ocorreu em junho de 2009, deixando três milhões de usuários sem sinal. Já na Europa, o padrão utilizado é o DVB (Digital Video Broadcasting), que teve sua fundação em A Europa conta com muitos países utilizando a TV digital, cada um com suas particularidades individuais, porém a maioria da população é usuária do padrão DVB via satélite. Por fim, o Japão utiliza o ISDB-T (Integraded Services Digital Broadcasting Terrestrial) desde 2003, atendendo milhões de residências nas regiões de Tóquio, Nagoya e Osaka. Na copa de Pequim, em 2006, houve uma popularização da televisão digital por parte da população japonesa, onde foram vendidos mais de 1 milhão de receptores (SOUZA, 2011). Becker e Montez (2005) apontam algumas vantagens importantes da televisão digital. A mais perceptível é, sem dúvida, a conservação da qualidade do sinal. Digitalmente, a imagem é muito mais imune a interferência e ruídos, ficando livre de chuviscos e fantasmas, comuns na televisão analógica. Na transmissão digital, os sinais de som e imagem são representados por uma sequência de bits e não mais por uma onda eletromagnética analógica ao sinal televisivo. Porém, as vantagens da televisão digital não se resumem em qualidade de imagem e som, há outras vantagens importantes, tanto em nível técnico como em nível social. Uma delas, muito citada, é a interatividade. A TV analógica esgotou suas possibilidades de melhoramento tecnológico, não sendo possível atender às demandas advindas da Era do Conhecimento. Pois para haver qualquer tipo de comunicação entre o transmissor e o telespectador é necessário outro meio de comunicação, seja telefone, internet ou carta. A televisão digital atende esta necessidade desde que tenha um canal de retorno. Outro serviço muito importante que pode ser oferecido pela TV digital é o acesso à internet, promovendo a inclusão digital. Prover o acesso à internet pela TV não traz só novos telespectadores, mas também novos internautas atualmente excluídos do mundo virtual pela falta de acesso a esta tecnologia (BECKER e MONTEZ, 2005). É importante ressaltar que esta nova tecnologia de comunicação e informação pode trazer muitos ganhos para a sociedade. Na educação, a televisão digital pode expandir o acesso a ela, tornando-a mais democrática.

31 30 Segundo Schiefler (2011, p.6): A TV digital caracteriza-se como uma nova ferramenta para o desenvolvimento social e da democracia. E para tanto, novos parâmetros de democracia da informação devem ser planejados, pois assim será possível horizontalizar o acesso à informação e realizar uma transformação social. Isto porque a maleabilidade do meio digital permite uma interferência e manipulação das mensagens por parte dos usuários, gerando novas necessidades comunicacionais. Quanto mais as novas tecnologias vão ganhando espaço na vida dos cidadãos, mais vão se rompendo as lealdades e as identidades de base territorial. A internet alarga os sentidos e as capacidades humanas através de uma viagem que é, na maioria das vezes, solitária. Interage-se com a vida através da tela do computador. Mesmo quando se pensa a TV Digital Interativa como meio de imersão para o mundo das TICs, formula-se o desafio de trazer o computador do quarto para a sala de visitas, ou seja, do uso pessoal para o familiar, já que a TV é o ponto de encontro da casa (BIZZELI, 2010, pg.79). Quando pensamos em TV interativa, devemos entender que estamos tratando de um novo conceito televisivo: onde a emissão em fluxo unilateral deixa de existir e o antes mero telespectador passa a responder diretamente para os conteúdos de seu convívio. Essa é a interação, é a recreação da mídia televisão como conhecemos e de seu papel na vida dos atuais telespectadores que já fazem parte de uma sociedade cibernética e que habitam segundo o conceito de Bizelli (2010), as chamadas cidades radicais : Cidades Radicais, ou seja, aquelas Cidades Digitais que radicalizaram sua conduta em três direções: 1) conectaram todos os cidadãos através de infovias públicas e construíram uma base virtual da malha urbana que através de um ERP é capaz dar novas habilidades a agentes públicos, políticos e cidadãos na disputa de interesses e na tomada de decisões; 2) inves tiram para que os administradores públicos e as equipes de governo tenham educação continuada para o trabalho; e 3) transformam suas estruturas governativas em ossaturas porosas à participação popular, principalmente para reconstruir as lealdades afetadas pela forma individual de apropriação das TICs (BIZELLI, 2010, p.69). Sendo assim, é visível a oportunidade de rompimento das barreiras que separam o conhecimento erudito do popular, gerando um novo conhecimento misto capaz de agregar os dois lados e fazer com que a população estabeleça novos parâmetros comunicacionais e sociais. Desta forma, ocorre uma multiplicação de conteúdo midiático, cujo ponto chave inicial é a televisão.

32 31 [...] quanto mais as mídias se multiplicam mais aumenta a movimentação e interação ininterrupta das mais diversas formas de cultura, dinamizando as relações entre diferenciadas espécies de produção cultural. A multiplicação das mídias tende a acelerar a dinâmica dos intercâmbios entre as formas eruditas e populares, eruditas e de massa, populares e de massa, tradicionais e modernas, etc (SANTAELLA, 1996, p.31). Como é possível perceber no discurso de Santaella (1996) a multiplicação das mídias tende a acelerar os processos comunicacionais, permitindo que através deles surjam reivindicações e necessidades novas advindas desses processos. Ao mesmo tempo em que fornece ferramentas para mudanças profundas na própria estrutura social, partindo da democratização da informação e conhecimento, disponíveis nessas novas plataformas. No entanto, deve-se ressaltar que tal democratização é condicionada ao acesso aos meios comunicacionais que surgem, não sendo ainda uma realidade geral, devido a fatores econômicos condicionantes. Assim, se faz necessário entender que o acesso a essa digitalização e a esse conteúdo, é condicional à estrutura urbana que pode ou não dar condições aos seus cidadãos de ter acesso a esta tecnologia. 2.2 Televisão Digital no Brasil: SBTVD e Ginga Este novo modelo de televisão é capaz de oferecer uma série de novidades para a maior parte da sociedade brasileira: um número maior de canais - multiprogramação, melhor definição de imagem e som, portabilidade da transmissão digital, comunicação interativa e acesso a serviços on-line. Para entender a história da TV digital no Brasil, é preciso apresentar questões referentes à sua implantação no país. No Decreto 5.820, de 26 de junho de 2006 foram regulamentadas inúmeras característica da televisão digital no Brasil. O governo federal brasileiro, tratou a regulamentação da TV digital como uma contribuição significativa a um veículo de comunicação que, durante décadas, manteve-se praticamente estagnado tecnologicamente. Ações efetivas para a sua implantação começaram na década de 90 sob coordenação da Comissão Brasileira de Comunicações, pertencente à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Desta forma, começava-se a pensar qual era a real necessidade do público brasileiro, uma tarefa difícil pela diversidade

33 32 cultural e regional do país e que tem a televisão como principal fonte de informação, entretenimento e cultura (SOUZA, 2011). Então, em 2006, o Brasil adotou o padrão ISDB-T como camada física para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T). Optou-se pelo padrão japonês após avaliação pesquisas realizadas ao longo do ano de 2005, e que foram propostas diversas inovações, pelos diferentes consórcios, em todas as camadas do sistema (TEIXEIRA, 2009). Na ocasião da cerimônia de assinatura do decreto sobre a implantação do SBTVD-T, o ministro das comunicações, Hélio Costa, afirmou que o novo sistema incorporaria inovações tecnológicas aprovadas pelo Comitê de Desenvolvimento. O decreto impõe um marco na comunicação audiovisual do Brasil frente ao cenário de convergência digital. Em seu artigo 4, é possível observar que o governo intencionou assegurar essa nova tecnologia ao público em geral, de forma livre e gratuita. Sobre o chamado apagão analógico, que consiste no desligamento do sistema analógico de transmissão, no Brasil ficou previsto para Sendo assim, um período de 10 anos para adaptação a partir da assinatura do decreto, período este muito questionado pelos especialistas da área. O Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T), criado com a intenção de ser um sistema convergente, tem a interatividade como uma de suas principais aliadas no processo de inclusão social e digital. Para isso, foi criado o middleware Ginga, que será comentado ainda neste capítulo. Dessa forma podem ser elaboradas aplicações interativas que funcionem nos televisores e conversores (set-top-boxes) de todos os fabricantes, possibilitando, entre outros, acesso à internet, operações bancárias (T-Banking), comércio eletrônico (T-Commerce), participação em enquetes, escolha de ângulos e câmeras que deseja assistir, personalização da programação e muito mais, através do controle remoto. Com o objetivo de assegurar sua influência, através do artigo 13, o governo reserva para si quatro canais de transmissão. As finalidades destes canais são: Canal do Poder Público: para a transmissão de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos do Poder Executivo; Canal de Educação: para transmissão destinada ao desenvolvimento e aprimoramento do ensino a distância de alunos e capacitação de professores;

34 33 Canal de Cultura: para transmissão destinada a produções culturais e programas regionais; Canal de Cidadania: para transmissão de programações das comunidades locais, bem como para divulgação de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos dos poderes federal, estadual e municipal (TEIXEIRA, 2009). O Ginga é um middleware aberto do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), resultado da união entre os laboratórios Telemídia da PUC-Rio e LAVID da UFPB. Middleware é uma camada de software posicionada entre o código das aplicações e a infra-estrutura de execução (plataforma de hardware e sistema operacional). Um middleware para aplicações de TV digital consiste em máquinas de execução das linguagens oferecidas, e bibliotecas de funções, que permitem o desenvolvimento rápido e fácil de aplicações. O Ginga é constituído por um conjunto de tecnologias padronizadas e inovações brasileiras que o tornam a especificação de middleware mais avançada. Este middleware é subdividido em dois subsistemas principais interligados, que permitem o desenvolvimento de aplicações seguindo dois paradigmas de programação diferentes. Esses dois sistemas são chamados de Ginga-J, para aplicações em Java e Ginga-NCL, para aplicações em NCL (TEIXEIRA, 2009). O middleware decodifica a linguagem de programação que pode ser em ambiente declarativo, Nested Context Language (NCL) e LUA, ou em ambiente imperativo, com a linguagem Java e envia essas informações decodificadas para o OS (Sistema Operacional) gerenciar e aplicar o conteúdo presente na programação. O NCL, linguagem declarativa padrão do Ginga, é semelhante à maioria das linguagens declarativas presentes nos outros middlewares de televisão digital do mundo, baseada em conteúdo UML, XHTML e ECMAScript. O padrão americano ATSC, europeu DVB e o próprio ISDB-T japonês, possuem a funcionalidade de XHTML-like para aplicações interativas declarativas. Já a linguagem Java, imperativa no Ginga, é uma adaptação da linguagem de programação Java para computadores tradicionais e que se mantém orientada a objetos, também presente no padrão ATSC e DVB. O Java conta com a grande vantagem da sua facilidade de reuso e a presença na maioria dos aparelhos celulares vendidos no Brasil (SOUZA, 2011).

35 Interatividade O termo interatividade teria sido adotado na década de 60, no contexto da informática, com o objetivo de qualificar a nova relação mais flexível entre usuário e computador. Este termo é recente, pois foi incorporado pelos dicionários da língua portuguesa apenas nos últimos 30 anos. Entretanto o conceito de interação, o qual interatividade é derivada, vem de longe e pode ser a base para se entender a origem e o significado de interatividade. Becker e Montez (2005, p.47) relatam que na física, a interação refere-se ao comportamento de partículas cujo movimento é alterado pelo movimento de outras partículas. Em sociologia e psicologia social a premissa é nenhuma ação humana ou social existe separada da interação. Já na filosofia, existem diversas abordagens sobre interação, como é o caso do pragmatismo e sua maneira de enxergar o ser humano. Nos estudos referentes à geografia e a biologia, o termo também está presente, a meteorologia se ocupa, por exemplo, das interações entre componentes dos oceanos e atmosfera terrestre para avaliar a variação climática do planeta e a biologia explora o conceito nas explicações sobre genética. Alguns autores definiram interatividade como um termo muito mais associado à tecnologia, de forma que hoje até podemos esquecer as suas diversas aplicações em outras áreas do conhecimento. Os conceitos de interação e interatividade vêm sendo usados com diferentes significados nos últimos anos, especialmente relacionados às novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). O conceito interatividade é de fundamental importância para o estudo da comunicação mediada, da educação a distância, da engenharia de software e de todas as áreas que lidam com a interação homem-máquina e homemhomem via meios digitais interativos. Sendo assim é impossível definir um conceito único de interatividade (WAISMAN, 2006, p.26). Santaella (1996) afirma que a interatividade, ocorre entre um emissor e um receptor que devem estar em uma mesma sintonia em um processo de comunicação. E tal processo resulta em uma interatividade entre ambos. Santaella afirma também que em um processo de comunicação, toda pergunta gera uma resposta e, toda resposta gera outra resposta, criando um círculo vicioso que resulta na interação entre pessoas ou coisas. Segundo Piaget (1996, p.18 apud Waisman, 2006, p.26) do ponto de vista educacional, a interatividade figura como ponto elementar da construção do conhecimento, sendo que todo conhecimento é fruto de uma interação.

36 35 Os conhecimentos não partem, com efeito, nem do sujeito (conhecimento somático ou introspecção) nem do objeto (porque a própria percepção contém uma parte considerável de organização), mas das interações entre sujeito e objeto, e de interações inicialmente provocadas pelas atividades espontâneas do organismo tanto quanto pelos estímulos externos (PIAGET, 1996, p.39 apud Waisman, 2006, p.26). Logo, o conhecimento é construído interativamente entre sujeito e objeto e entre sujeito e outro sujeito. Porém no processo de ensino-aprendizagem no ensino a distância, a interatividade só pode acontecer em sua totalidade quando existir um canal de retorno, ou seja, quando o aluno puder estabelecer uma comunicação com tutores/professores e também colaborar na produção de conteúdos. Desta forma, os termos interação e interatividade possuem estreita relação que deve ser analisada. Alguns autores distinguem os termos, outros derivam interatividade de interação e há autores que preferem não utilizar o termo interatividade (TEIXEIRA, 2009). Neste trabalho a definição de Becker e Montez, que distingue os termos é utilizada, por ser entendida como a mais adequada em um trabalho que se propõe a analisar cursos EaD baseados em tecnologias de informação e comunicação. Becker e Montez (2005, p.49) distinguem os conceitos A interação pode ocorrer diretamente entre dois ou mais entes atuantes, ao contrário da interatividade que é necessariamente intermediada por um meio eletrônico, usualmente um computador. Algumas características importantes devem ser pontuadas neste trabalho, pois as mesmas devem ser prevalecidas quando o objetivo for que a interatividade seja estabelecida de fato: Interruptabilidade: cada um dos participantes deve ter a capacidade de interromper o processo e ter a possibilidade de atuar quando julgar necessário; Granularidade: refere-se ao menor elemento após o qual se pode interromper. Em uma conversação, poderia ser uma frase ou uma palavra. Portanto, para que haja interatividade, essas circunstâncias devem ser levadas em conta; Degradação suave: esta característica refere-se ao comportamento de uma instância do sistema quando não se tem resposta para a indagação. Quando isso ocorrer, o outro participante não deve ficar sem resposta, assim, os participantes devem ter a capacidade de aprender quando e como podem obtê-la quando não está disponível no dado momento;

37 36 Previsão limitada: existe uma dificuldade em programar todas as indagações possíveis. Apesar disso, um sistema interativo deve prever todas as instâncias possíveis de ocorrências; Não-default: o sistema não deve forçar a direção a ser seguida por seus participantes. A inexistência de um padrão predeterminado dá liberdade a seus participantes, remetendo ao princípio da interruptabilidade, pois diz respeito à possibilidade do usuário parar o fluxo de informações ou redirecioná-lo (BECKER e MONTEZ, 2005, p.51). Crocomo (2007) divide a interatividade na televisão digital em três níveis: - Nível 01 ou interatividade local: ocorre quando a unidade receptora não possui acesso ao canal de retorno, e desta forma, o usuário pode interagir localmente com os conteúdos e aplicativos recebidos pelo broadcast em seu set-topbox; - Nível 02 ou interatividade parcial: quando o usuário possui acesso ao canal de retorno, mas este não está presente durante todo o tempo. Utiliza-se como canal de retorno geralmente via telefônica/modem. É necessária a ação (mesmo que automática, via terminal de acesso) de abrir o canal para envio dos dados e a conexão é realizada apenas para essa transmissão dos dados; - Nível 03 ou interatividade plena: utilizando para o canal permanente de retorno as tecnologias como ADSL, Wimax e a via cabo de televisão, é possível enviar e receber informações, incluindo vídeos. É neste nível que o usuário da televisão digital pode deixar de ser telespectador, e passar a ser um co-autor, já que os vídeos e notícias de sua comunidade podem integrar pautas e programas da televisão digital interativa. Também é possível classificar as mídias em quentes e frias, de acordo com o seu nível de interatividade. As mídias quentes são aquelas que não deixam nenhum, ou muito pouco, espaço de interação, pois distribuem mensagens prontas, sem a possibilidade de intervenção, como por exemplo o rádio, cinema, fotografia e teatro. Já as mídias frias são as que permitem interatividade, deixando um lugar livre, onde os usuários poderão preencher ao interagir, como por exemplo a televisão, telefone e computadores (BECKER e MONTEZ, 2005). A interatividade na TV digital, está relacionada a dois fatores: com e sem canal de retorno. Quando não há canal de retorno, o usuário recebe em seu aparelho de televisão, aplicativos que não necessitam necessariamente do feedback. Já com o canal de retorno, a interatividade pode ser estabelecida de fato,

38 37 onde o usuário tem a possibilidade de participar efetivamente da comunicação e contribuir com a construção do conteúdo da programação. (TEIXEIRA, 2009) A seguir serão relacionados serviços que requerem e não requerem canal de retorno na televisão digital, conforme Waisman (2006, p.37). Teletexto: transmissão de dados incluindo áudio de vídeo. A interatividade proposta refere-se à seleção de dados dentro de um sinal recebido. Não há canal de retorno, é uma mensagem de mão-única, semelhante a escolha de canais pelo controle remoto. EPG (Guia Eletrônico de Programação): permite a seleção de canais e serviços por parte do usuário. Pode conter opções como programação individual de favoritos, gravar programas mais assistidos, etc. A interatividade oferecida está na personalização da programação. Também é uma interatividade de mão-única, não requerendo canal de retorno. Propaganda Interativa: pode utilizar ou não canal de retorno dependendo do tipo de produto e resposta requerida do usuário. Por exemplo, algumas propagandas influenciam os usuários a preencherem formulários rápidos para a criação de relacionamento, entregando brindes ou marcando serviços de experimentação. Vídeo sob Demanda: é uma das aplicações mais utilizadas e aceitas por parte dos usuários. Oferece: filmes, esportes, shows ao vivo, etc, de forma gratuita ou paga. Requer canal de retorno uma vez que o programa selecionado para compra deve ser informado à operadora. A interatividade restringe-se a seleção do programa e confirmação da compra. Múltiplas câmeras: é uma forma restrita de interatividade que não exige canal de retorno. O usuário escolhe diferentes ângulos para assistir a determinado programa, muito utilizada no esporte. A interatividade oferecida restringe-se à seleção de alguma atividade no menu. Banco: aplicativo interativo que exige canal de retorno para realizar transações bancárias. Governo eletrônico: permite acesso ao PIS, marcar consultas, envio de declaração de imposto de renda, etc, por isso, exige canal de retorno. Votação: muito comuns nos programas de televisão, realizadas por telefone ou internet, a possibilidade de realizar a votação via televisão é muito atrativa. Para viabilizá-la é necessário um canal de retorno.

39 38 Quiz ou enquetes: mais sofisticada que a votação, por ser utilizada em situações de competição. Requer canal de retorno para ser estabelecida, já que utiliza a interatividade de mão-dupla. Apostas: serviço interativo de apostas em bingos, corrida de cavalos e outros tipos de loteria. Requer canal de retorno e utiliza interatividade semelhante a da Internet. Jogos: muito explorado em televisão digital. A interatividade é restrita, há a necessidade do canal de retorno se usuários forem jogar em rede. T-commerce: este serviço oferece compras pela TV, semelhante ao que é usado na Internet. É necessário canal de retorno para efetivar a compra (WAISMAN, 2006, p.37-40). 2.4 T-Learning: EaD e Televisão Digital De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a TV digital nasceu com os seguintes objetivos: Art. 1º Fica instituído o Sistema Brasileiro de Televisão Digital SBTVD, que tem por finalidade alcançar, entre outros, os seguintes objetivos: I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação; II - propiciar a criação de rede universal de educação à distância; III- estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia de informação e comunicação (BRASIL, 2003). Tendo em vista que é objetivo dessa nova plataforma, propiciar a educação e inclusão social para a sociedade brasileira, a televisão digital deve ser utilizada para desenvolver cursos na modalidade EaD. Desta forma, a aplicação da TV digital no ensino a distância, deve ser pensada com o foco na possibilidade da interatividade, que pode transformar o processo de ensino-aprendizagem, que pode deixar de ser unilateral para ser bilateral, onde professor e aluno participam conjuntamente da produção de conhecimento. Quando falamos do uso da TV digital no ensino a distância, muito ainda deverá ser estudado, porém é visível a potencialidade deste recurso, uma junção de dois recursos já muito utilizados a televisão analógica e a Internet - que pode trazer grande contribuição para o meio educacional.

40 39 Belda (2009) afirma que apesar de todas as possibilidades trazidas com esta plataforma comunicacional, ainda é restrita a produção nacional de conteúdos educativos que exploram a interatividade proporcionada pelo sistema de televisão digital. Nas emissoras de canal aberto são veiculadas apenas aplicações de baixa interatividade, limitando-se a complementação de conteúdo de programas com o simples sistema de votação, sem canal de retorno. Um dos propósitos da criação da TV no sistema digital é utilizá-la para propagar conteúdo educativo, por isso cabe aos profissionais de educação e comunicação estudarem formas de realizar tal propagação de forma interativa, principal característica desta plataforma. Seja no modelo de educação formal, com adaptações de cursos de formação básica, técnica ou superior no sistema EaD, ou na transmissão de conteúdo educativo informal, será necessária uma adaptação na linguagem e na metodologia de ensino. Um conceito bastante estudado é o T-learning, descrito como uma ferramenta de construção e criação de conhecimento que pode ser vista como veículo para o desenvolvimento de habilidades intelectuais e comunicacionais. Esta ferramenta tem como maior vantagem o aprendizado personalizado, uma das principais características da TV Interativa (AMÉRICO, 2007) T-Learning Segundo Bates (2003) t-learning é o acesso a materiais de aprendizagem ricos em vídeos, através de uma TV ou de um dispositivo mais parecido com a TV do que um PC. O t-learning é também descrito como a convergência entre a TV digital interativa e o e-learning. Aarreniemi-Jokipelto (2006) destaca algumas razões para o uso da TVD para finalidades educacionais: Acessibilidade; Serviços interativos; Independência de tempo e lugar; Baixo limiar para uso inicial; Aprendizagem sob demanda. Assim, a televisão digital é de grande importância quando comparada à televisão analógica, devido às suas características de feedback e comunicação

41 40 bidirecional. Além disso, a TVD suporta o e-learning, permitindo a aprendizagem quando a Internet não está disponível (GOMES, et al, 2007). Lytras, et al (2002) argumentaram sobre o t-learning que a alta penetração e aceitação da televisão analógica, já têm estabelecido um mercado em potencial para a televisão digital interativa. E em um país como o Brasil, com uma grande extensão territorial e grande aceitação e familiarização com a televisão analógica, a TVDI tem tudo para se tornar uma grande aliada nas estratégias de superação dos problemas educacionais, contribuindo de maneira significativa para a expansão do acesso à educação e, consequentemente, em sua democratização. O acesso a computadores com acesso à Internet ainda é visto como o maior problema das Tecnologias de Informação e Comunicação - as TICs - pelos educadores em vários países do mundo, até mesmo nos países ricos. Dentre as demandas da Sociedade da Informação por educação, em todo o mundo, estão: Demanda por uma ampliação do acesso à educação para todos; Educação contínua e vitalícia; Educação formal e profissionalizante; Demanda por habilidades como resolução de problemas, capacidade de realizar pesquisas, facilidade no aprendizado; Disponibilidade de conexões e interação (AARRENIEMI-JOKIPELTO, 2006, p.2). Desta forma, a televisão digital pode ampliar o acesso à educação, pois a acessibilidade é vista como uma de suas principais vantagens. A TVDI pode ser utilizada em propósitos educacionais como a televisão analógica foi. Porém, de uma forma modificada, onde alunos poderão ter uma participação ativa através da possibilidade de interatividade. Sobre o desenvolvimento de serviços educacionais em t-learning, existem diferentes enfoques. Andreata (2006) exemplifica algumas possibilidades, como as que se seguem: Educação informal ou programas educativos e canais temáticos: são exemplos deste enfoque, os canais a cabo History Channel e National Geografic. O material apresentado por estes canais são documentários ou programas de perguntas e respostas que leva conteúdos educativos de cultura geral aos usuários. Neste caso, não é necessário a utilização de um canal de retorno;

42 41 Serviço de apoio ao professor em sala de aula: serviço que fornece conteúdo multimídia de apoio ao professor através da TVDI. Caracteriza-se por materiais com informações adicionais e interatividade local, como perguntas e respostas; Serviços de apoio ao estudante em casa: fornece a possibilidade de o aluno acessar material extra-classe. Pode ser enriquecido com interatividade para fixação de conteúdo; Serviços de interação pais-escola: fornece informações para os pais dos alunos, sendo um canal de comunicação com a escola. Por exemplo: notas e frequências, correio eletrônico e fórum de discussão. Neste enfoque é necessário um canal de retorno; Conhecimentos específicos por meio de serviços interativos em canais independentes: redes comerciais podem oferecer serviços interativos em canais independentes. Por exemplo: enciclopédias on-line. É necessário o canal de retorno para o envio de informações de compra; Serviços de aprendizado em vídeos sob demanda: quando a televisão digital estiver totalmente disponível, os vídeos sob demanda serão cada vez mais procurados. No âmbito educacional será possível oferecer os mais diversos conteúdos via TVDI, sem a necessidade de canal de retorno; TV personalizada: no futuro, haverá a possibilidade de customização da programação de acordo com o perfil. Na educação formal via TVDI será possível oferecer uma programação de acordo com o curso que o aluno está matriculado (SIMÃO, 2011). Outra questão a ser discutida em t-learning é a usabilidade. É importante que a navegação pelas aplicações interativas educativas seja de fácil utilização, ou o objetivo de propagar conteúdos educativos e formativos não será atingido. Pesquisadores têm procurado compreender e moldar estilos de interação para TVD que sejam aceitos pelos usuários, principalmente para aqueles com pouca familiaridade com tecnologia. Um grande desafio é oferecer um teclado, para que o usuário retorne informações, utilizando apenas o controle remoto. Desta forma, as aplicações interativas educacionais tem dado preferência, por enquanto, a retornos apenas realizados através de escolha de opções. Desta forma, estudos de design e usabilidade buscam a compreensão de meios já consolidados,

43 como o celular e a televisão analógica, para traçar estratégias para adaptar estilos de interação em TVD Casos de Uso do T-Learning A seguir, serão apresentados alguns exemplos de uso da televisão digital na educação, baseados em Andreata (2006): SOS Teacher Na Inglaterra a BBCi e a KIT Kingston Interactive Television apresentaram um canal piloto oferecendo um serviço de tira-dúvidas. Os estudantes acessam os serviços fazendo uma pergunta a um professor real através de via set-topbox, assim, os professores respondem em tempo real as perguntas enviadas. As perguntas ficam armazenadas e posem ser acessadas através de vídeos sob demanda, no horário que desejarem. Acesso a Enciclopédias Educacionais Também na Inglaterra, através do canal a cabo NTL, temos um caso de acesso a uma sessão de procura por referências no menu de interatividade. O serviço fornece a opção de busca através de palavras ou sentenças fornecidas pelo serviço de notícias da BBC, pesquisando na Enciclopédia Educacional Hutchinson e na Enciclopédia de Oxford. Programas Educativos Sob Demanda Usuários da televisão digital na Inglaterra têm a possibilidade de acessar programas educativos sob demanda. Assinantes da KIT Kingston Interactive Television, por exemplo, tem acesso ao programa Walking With Beastes e seus elementos interativos, como comentários extras e informações textuais, além da possibilidade de parar, iniciar, repetir, avançar e retroceder os vídeos recebidos. Portal para Aplicações Colaborativas O projeto InteraTV é um portal de aplicações colaborativas na área educacional para televisão digital, propondo o seu uso na educação à distância. Porém, necessita de um canal de retorno para o seu pleno funcionamento, o que reduz o seu público-alvo, atingindo apenas os que possuem acesso à Internet.

44 43 Educação para Crianças Na Inglaterra, o canal CBeebies da BBC, disponibiliza um serviço com a finalidade de desenvolver habilidades em crianças de 3 a 5 anos. Enquanto a programação televisiva é apresentada, a criança pode acessar atividades, como por exemplo, o reconhecimento de cores. Portal de Conteúdo Educativo Waisman (2006) propõe o desenvolvimento de um portal de conteúdos educativos apoiado em um estudo sobre usabilidade em TVD (SIMÃO, 2011). Assim, foi possível perceber que a televisão digital, no âmbito da educação, carrega consigo este novo conceito nomeado de t-learning, advindo do e-learning. Porém, neste novo meio, sofre mudanças referentes, por exemplo, à postura do usuário, que passa a ser mais participativo em um ambiente colaborativo. Este trabalho está apoiado no conceito do t-learning, onde através de pesquisa realizada com alunos de curso semipresencial já existente, será possível propor uma aplicação interativa via televisão digital.

45 44 3. ANÁLISE DE CURSOS EAD E ESTUDO DE CASO: TELECURSO TEC 3.1 Cursos em Modalidade EaD Para contextualizar o cenário do estudo de caso deste trabalho, serão apresentados, primeiramente, dois importantes exemplos de cursos na modalidade EaD no Brasil. São eles o Instituto Universal Brasileiro, que por mais de meio século foi uma das principais instituições brasileiras de ensino a distância e o Telecurso 2000, que em outros tempos também foi considerado o principal exemplo de educação a distância no país Instituto Universal Brasileiro O Instituto Universal Brasileiro foi uma das primeiras opções de ensino a distância no Brasil. Há mais de 60 anos, desempenha um papel relevante na aplicação deste método de ensino, colaborando decisivamente para o preparo de profissionais através de cursos profissionalizantes, supletivo e, nos dias de hoje o ensino técnico (IUB, 2012). O início da história do IUB está ligado a do Instituto Monitor, pois um dos seus fundadores havia sido sócio proprietário do Instituto Monitor fundado em 1939, o qual após desfazer a sociedade, fundou em 1941 o IUB com a família. O IUB iniciou atuando na formação de mão-de-obra para o setor industrial e de serviços, mas logo passou a ofertar cursos de natureza supletiva, preparando alunos jovens e adultos para prestar os exames nos níveis Ginasial e Colegial. No período de fundação do IUB, mais precisamente a década de 40, caracterizava-se pelo cenário da Segunda Guerra Mundial, com sérias consequências para todo o mundo. O IUB, então, foi criado num momento em que o país vivenciava um período turbulento, a Ditadura Vargas. Tentando se ajustar às transformações ocorridas em todos os setores da sociedade, o Brasil passava pela denominada Revolução Industrial Brasileira. O IUB surgia, então, com uma tarefa de extrema importância para a recomposição do país, o de formar profissionais capacitados para atuar na prestação de serviços e indústria brasileira (FARIA e VÊCHIA, 2011).

46 45 O perfil do aluno do IUB é, e continua sendo, uma maioria oriunda das regiões Norte e Nordeste com renda mensal entre 02 e 06 salários mínimos, desempregado, de mão-de-obra não qualificada e sem profissão específica. Em geral, procuram o curso para garantir o emprego ou para ascender na empresa e tem urgência na obtenção, tanto do conhecimento quanto do certificado. Ou então são desempregados que procuram o curso porque necessitam de escolaridade para candidatar-se a uma função e tem urgência na obtenção do conhecimento e do certificado porque acredita que com isso melhoram suas chances de conseguir uma boa colocação. Por fim, outros procuram cursos a distância para formação pessoal, por ser mais cômodo estudar sem obrigatoriedade de presença, horários e provas ou porque não tem acesso a um ensino presencial. No início de suas atividades, o IUB utilizava a correspondência como forma de comunicação com seus alunos. Cartilhas e manuais eram enviados, posteriormente os alunos os devolviam com as atividades propostas realizadas. Os cursos oferecidos eram divididos em dois tipos: os cursos livres ou informais e os cursos formativos educacionais ou regulamentados por lei. Como exemplo de cursos informais, ofereciam: datilografia, taquigrafia, estenografia e eletrônica em rádio. Sobre os cursos regulamentados por lei, oferecia o ensino ginasial, uma espécie de supletivo. Um dos primeiros cursos profissionalizantes oferecido pelo IUB foi o de Eletrônica em Rádio, o mesmo que continua sendo oferecido até hoje. O objetivo era, e é, o de preparar profissionais para instalação, reparo e montagem de receptores de rádio. O sucesso foi imenso, tanto que em pouco tempo, o IUB, criado em São Paulo, ampliou sua estrutura, com filiais na cidade do Rio de Janeiro e posteriormente em Brasília, ganhando grande destaque entre as outras instituições como uma das maiores entidades de ensino livre, por correspondência (FARIA e VÊCHIA, 2011). Atualmente, o IUB oferece cursos técnicos com direito ao Registro Profissional Técnico em Transações Imobiliárias, Secretariado, Secretaria Escolar e Gestão Comercial. Cursos profissionalizantes também são oferecidos, compreendendo mais de 60 modalidades, desde pintura, corte e costura, banho e tosa, eletrônica, mecânica de automóveis, aprendizagem de idiomas, programas de computador, entre muitos outros.

47 46 O IUB continua oferecendo cursos supletivos, de níveis fundamental e médio, além do curso de Rádio e Televisão, que foi tido como um dos primeiros cursos de sucesso na década de 40. A correspondência continua sendo o canal mais utilizado para a comunicação com os alunos, por conta do precário acesso à Internet em muitas regiões e pela abrangência eficiente dos Correios. Porém nos dias atuais também fazem parte dos canais de comunicação: telefone, internet, redes sociais e blog, que contém matérias e dicas sobre o conteúdo dos cursos (IUB, 2012) Telecurso 2000 Outra referência de qualidade em educação a distância no Brasil é o Telecurso 2000 criado pela Fundação Roberto Marinho, iniciado nos anos 70 e que está em atividade até os dias atuais. É inegável a importância do Telecurso 2000 na história brasileira do ensino a distância. Segundo Castro (2007) a ideia de EaD de primeira geração, no Brasil, era feita por meio de materiais impressos e tinha como meio de comunicação o correio. Posteriormente iniciou-se a aplicação de recursos audiovisuais como rádio e TV, caracterizando a segunda geração, a qual obteve melhores resultados. Entre estas duas gerações, o empresário Roberto Marinho por meio de sua fundação, em 1977 recebeu financiamento público para realizar projetos de teleeducação. Dentre outras iniciativas, assumiu a responsabilidade por implantar o Telecurso 1 e 2º Grau. Em 1994, começaram os estudos e as implantações de um novo formato para o telecurso: um formato que prezasse pela metodologia e teledramaturgia direcionadas à educação, esse novo formato foi chamado de Telecurso 2000 e atualmente recebe o nome de Novo Telecurso. O Telecurso é uma tecnologia educacional, reconhecida pelo MEC, utilizado para a diminuição da defasagem idade-ano, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e como alternativa ao ensino regular em municípios e comunidades de difícil acesso. Desde 1995, a Fundação Roberto Marinho, por meio de parcerias com prefeituras, governos e instituições públicas e particulares, já implementou, em todo Brasil, 32 mil salas de aula com a Metodologia Telessala. Com essa metodologia, o professor atua como mediador de aprendizagem, utilizando, em suas aulas, os livros do Telecurso, as teleaulas e material didático complementar cadernos de cultura,

48 47 livros de literatura, dicionários, mapas. A metodologia prevê o ensino das disciplinas por módulos, e não séries, como o ensino regular no país (TELECURSO, 2012). Neste curso são oferecidas aulas do ensino fundamental, médio e profissionalizante através das emissoras como a TV Globo, o Canal Futura, a TV Cultura, a TV Brasil, a Rede Vida, a TV Aparecida, a Rede Minas, a Rede Genesis e a Globo Internacional, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o SENAI (TELECURSO, 2012). Com o Telecurso 2000, a televisão começou a ter participação importante no âmbito educacional, contribuindo para o aumento do oferecimento de cursos na modalidade a distância. A possibilidade da transmissão de imagem e som por meio da tecnologia da TV foi, sem dúvida, uma inovação na área educacional. 3.2 Cenário do Estudo de Caso: Telecurso Tec Como cenário de estudo de caso desta dissertação, temos o Telecurso Tec, um programa de formação técnica e qualificação profissional oferecido na modalidade de educação a distância lançado em 2007, realizado através de parceria entre a Fundação Roberto Marinho e o Governo do Estado de São Paulo, via Centro de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS), criado para ser aplicado, inicialmente, no estado de São Paulo. O objetivo do programa é colaborar com o desenvolvimento do país formando jovens e adultos trabalhadores do ensino médio, das escolas públicas estaduais conveniadas com a Secretaria Estadual de São Paulo, para atuarem no mercado de trabalho. Há a previsão da expansão do programa por meio de convênios estabelecidos com as Secretarias de Educação de outros estados do Brasil (AZEVEDO e SILVA, 2009). Este modelo de educação a distância qualifica e habilita profissionais em três cursos técnicos da área de Gestão escolhidos pela alta taxa de empregabilidade, são eles: Administração Empresarial, Gestão de Pequenas Empresas, Secretariado e Assessoria, que desde o início de 2012 foram nomeados de Administração, Comércio e Secretariado, respectivamente. O objetivo deste programa é colaborar com o desenvolvimento do país formando jovens e adultos trabalhadores do ensino médio, das escolas públicas estaduais conveniadas com a Secretaria Estadual de São Paulo, para atuarem no mercado de trabalho. Há a previsão da expansão do programa por meio de

49 48 convênios estabelecidos com as Secretarias de Educação de outros estados do Brasil. O primeiro módulo é comum para os três cursos e permite que o estudante faça outros cursos simultaneamente ou mude de direção no segundo módulo. Concluídos os três módulos, obtém o diploma de técnico com validade nacional. Para cursar o Telecurso TEC é necessário ter o Ensino Médio ou estar cursando o segundo ano deste ciclo. A identidade de cada curso é definida pelo perfil profissional de conclusão, conforme estipulado no artigo 8, parágrafo 1 da Resolução CNE/CEB n 04/99, e sua estruturação e organização é modular 03 módulos de 16 semanas cada um - uma prática previsto no artigo 8, parágrafo 2 da mesma Resolução. A carga horária de cada curso é de 800 horas no mínimo, conforme previsto na Resolução CNE/CEB n 04/99, mas podendo ser adaptado às necessidades dos estudantes. O Telecurso TEC dispõe de recursos educacionais variados e é oferecido em três modalidades: semipresencial, aberta e on-line. No semipresencial, as turmas de aproximadamente 35 alunos cada, contam com aulas presenciais e a distância, com o suporte de um orientador de aprendizagem e diversos recursos didáticos (vídeo-aulas, material impresso e ambiente virtual). Esta modalidade foi implantada em 2008, a partir de um projeto piloto, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, para a instalação de TEC-salas em Centros Educacionais Unificados (CEUs). Desde o primeiro semestre de 2010, esta modalidade do Telecurso TEC é oferecida nas Escolas Técnicas (Etecs) estaduais. A carga horária semanal do curso nesta modalidade é de 06 horas presenciais, nas TEC-salas (salas de aula equipadas com monitor de TV, aparelho de DVD, mesas e cadeiras) e 10 horas a distância. Nas aulas presenciais os alunos participam de atividades previstas nos programas de curso, com o acompanhamento do OA (orientador de aprendizagem). O objetivo destas aulas é esclarecer pontos fundamentais do curso, desenvolver habilidades específicas, estabelecer vínculos afetivos, construir o sentimento de pertencer a um grupo e garantir o controle da qualidade por meio das avaliações. Na modalidade aberta, os estudantes participam individualmente do curso, acompanhando as atividades propostas nos livros didáticos e os programas diários de TV, exibidos na Rede Globo (às 5h15), na TV Cultura (às 5h40 e às 6h30) e no

50 49 Canal Futura (às 6h40). Os programas também estão disponíveis no site Por fim, na modalidade on-line, que está em andamento desde o primeiro semestre de 2011 através de um projeto piloto para servidores administrativos das Etecs e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo. Estas turmas do curso, totalmente a distância, são permanentemente apoiadas por um tutor que conduz as atividades por meio do site A previsão é estender esta modalidade para alunos das Etecs e Fatecs (TELECURSO TEC, 2012). Em todas as modalidades, os cursos contam com apostilas como material de básico para acompanhamento do Telecurso TEC. Estas são distribuídas gratuitamente para o aluno da rede pública estadual que faz o curso na modalidade semipresencial. Já na modalidade aberta e on-line, o livro é adquirido pelo próprio aluno em livrarias indicadas pelo Telecurso Tec pelo preço de R$ 60,00. Em todas as modalidades, ao término de cada módulo, o aluno submete-se a um exame presencial, com o objetivo de avaliar o nível de absorção de conhecimento durante o período. Caso seja aprovado, o aluno recebe o certificado correspondente (AZEVEDO e SILVA, 2009). Para realizar comunicação com o aluno, o Telecurso Tec conta com alguns canais. A página no Facebook: que contém link para todos os demais canais, dois blogs: e central de vídeos no portal globo.com: e site: Sendo assim, o Telecurso Tec conta com três principais ferramentas educacionais para estabelecer a transmissão do conhecimento na ensino a distância, são elas: apostila, ambiente virtual (AV) e vídeo-aulas. A transmissão das vídeo-aulas na modalidade aberta, é realizada através da internet (central de vídeos no portal globo.com) e televisão, nas emissoras Rede Globo, TV Cultura e Canal Futura e para a modalidade semipresencial os orientadores de aprendizagem contam com as vídeo-aulas em DVD, podendo exibi-las nos encontros semanais (TELECURSO TEC, 2012).

51 Etec Ibitinga Foi acordado com a Direção Geral do Telecurso Tec, que o estudo de caso deste trabalho seria realizado em uma unidade das escolas técnicas que disponibilizasse os cursos técnicos na modalidade semipresencial. Assim, foi realizado contato com a Etec de Ibitinga, onde diretora, alunos e orientadores de aprendizagem concordaram em participar da pesquisa prevista nesta dissertação. A Escola Técnica Estadual de Ibitinga nasceu da iniciativa de alguns empresários locais de criar uma escola que fosse capaz de profissionalizar a mãode-obra específica para o município, que agregasse valores a economia local, que é voltada à criação, produção e venda de produtos para cama, mesa, banho e decoração. Com esta intenção, no início de 2006 os empresários procuraram o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza que acreditou nessa nova proposta educacional e criou dois cursos pioneiros no país: Desenho de Produtos de Enxovais e Decoração e Gestão da Produção de Enxovais e Decoração. Em 2008, a Etec de Ibitinga começou a oferecer curso técnico em Informática e deixou de oferecer o curso técnico em Desenho de Produtos de Enxovais e Decoração, devido a baixa demanda nos vestibulinhos somado ao pequeno número de concluintes. Em 2010, a escola implantou o curso técnico em Comércio, fechando um ciclo de qualidade para atender as demandas locais: Indústria, Informática e Comércio. Em 2011 o curso técnico em Vestuário começou a ser oferecido substituindo os cursos de Desenho de Produtos de Enxovais e Decoração e Gestão da Produção de Enxovais e Decoração - assim como o curso técnico em Administração, que é ofertado tanto na modalidade presencial como na semipresencial. Além do curso técnico em Administração, a Etec de Ibitinga oferece também os cursos de Gestão de Pequenas Empresas e Secretariado através do Telecurso Tec. Atualmente, a Escola Técnica Estadual de Ibitinga, oferece 9 cursos no total, sendo 3 na modalidade EaD, o Telecurso Tec. São eles: Administração, Comércio e Secretariado, aos sábados e durante a semana no período noturno. Para realização desta pesquisa foram realizadas quatro visitas à escola durante o ano de A primeira ocorreu no dia 12 de maio, quando foi estabelecido o primeiro contato e foram coletados materiais importantes como: apostila, modelo de exames semestrais, vídeo-aulas e login e senha para acesso ao ambiente virtual. Neste dia foi possível conversar com a diretora e orientadores de

52 51 aprendizagem para entender a rotina dos encontros presenciais, além de assistir uma aula do curso técnico de Administração. A segunda visita ocorreu no dia 25 de agosto, quando foi apresentada a proposta de pesquisa que seria realizada na escola, assim como modelo de questionário a ser aplicado. A terceira visita ocorreu no dia 15 de setembro, quando foi realizada a primeira fase de pesquisa que será descrita no capítulo 04. E, por fim, a quarta visita ocorreu no dia 20 de outubro, quando foi realizada a segunda fase de pesquisa com o objetivo de realizar a validação dos resultados, como descrito no capítulo 06 desta dissertação.

53 52 4. PESQUISA DE CAMPO: TELECURSO TEC O planejamento desta coleta de dados inicia-se a partir da investigação de um relatório de pesquisa quantitativa fornecida pela direção geral do Centro Paula Souza para este estudo de caso. Esta pesquisa, realizada no 2 semestre de 2011 com alunos de várias Etecs (escolas técnicas) do estado de São Paulo, foi encomendada pelo Centro a um instituto de pesquisa e teve como objetivo mensurar a satisfação dos alunos com o Telecurso Tec. Como uma pesquisa quantitativa tem o foco na quantidade e não na qualidade das respostas, foi observado que muitos pontos mereciam maior investigação para que fosse possível atingir o objetivo da presente pesquisa, que é compreender as necessidades dos alunos para pontuar melhorias e adaptações em uma proposta para a Televisão Digital de cursos EaD baseados em outras TICs. Desta forma, também foi realizada uma coleta de dados qualitativa em uma Unidade de Ensino do Centro Paula Souza a Etec de Ibitinga - que oferece os cursos do Telecurso Tec na modalidade semipresencial. Esta coleta foi dividida em 2 fases como descrito no tópico 4.2. O objetivo da coleta qualitativa foi aprofundar algumas questões relatadas de forma superficial na pesquisa quantitativa e importantes para a conclusão desta dissertação. 4.1 Análise de Relatório de Pesquisa Quantitativa: Satisfação Alunos Telecurso Tec Com o objetivo de mensurar a satisfação dos alunos do Telecurso Tec, o Centro Paula Souza realizou, no 2 semestre de 2011, uma pesquisa quantitativa com alunos matriculados na modalidade semipresencial. A pesquisa foi realizada por meio de instituto terceirizado e a coleta de dados ocorreu entre 01 de setembro e 31 de outubro de As informações foram fornecidas de forma voluntária, por meio de questionário on-line autoaplicável através da técnica survey, que busca identificar práticas, opiniões e atitudes de uma amostra de uma população específica (HERKENHOFF & PRATES, 2011). O universo de pesquisa, ou seja, a quantidade de alunos matriculados na modalidade semipresencial do Telecurso Tec na época da coleta de dados era de e a amostra utilizada foi de alunos, sendo 610 do curso de Administração Empresarial, 671 do curso de Gestão de Pequenas e Médias

54 53 Empresas e 568 do curso de Secretariado e Assessoria. Nesta pesquisa foram coletadas informações sobre Perfil dos Alunos, avaliação de Infraestrutura, avaliação do Material Didático, avaliação do Ambiente Virtual, avaliação dos Orientadores de Aprendizagem, avaliação do Conteúdo e Organização do Curso e Avaliação Geral. Serão pontuados somente resultados considerados pertinentes para atender aos objetivos desta dissertação Perfil dos Alunos O primeiro resultado relevante é referente ao perfil dos alunos matriculados na modalidade semipresencial do Telecurso Tec. Foram colhidos os seguintes dados quanto à situação de trabalho dos alunos: Foi verificado que aproximadamente 2/3 (66,74%) se dedicavam a alguma ocupação no período das entrevistas; Dos que se encontram na categoria de ocupados, verificou-se que a maioria (61,8%) possui emprego com vínculo formal; Em termos salariais, há uma forte concentração em casos cujos rendimentos não ultrapassam 3 salários mínimos (75,9%); Sobre sua participação no orçamento familiar, foi constatado que metade dos alunos (50%) possui pouca ou nenhuma participação, tendo seus gastos custeados pela família. É um público jovem, em sua maioria, que almeja inserção no mercado de trabalho ou melhores oportunidades, no caso de já estar empregado. A análise apresentada no relatório de pesquisa sobre o perfil dos alunos do Telecurso Tec na modalidade semipresencial é: De modo geral, esses resultados indicam que a formação do Telecurso Tec não é utilizada como mecanismo de qualificação voltado para a inserção no mundo do trabalho ou para a busca pelo primeiro emprego. Na verdade, para parte significativa dos alunos, o Telecurso Tec é uma oportunidade de preparação para o exercício de atividades profissionais estranhas à sua ocupação (HERKENHOFF & PRATES, 2011). Assim, podemos observar que o Telecurso Tec atende um perfil de alunos diferente dos cursos presenciais. As Etecs espalhadas por todo o Estado de São Paulo foram criadas para atender alunos que, em sua maioria, estão cursando ou acabaram de finalizar o ensino médio, tanto que muitas escolas possuem o ensino

55 54 médio e técnico integrados. Por isso, no caso dos cursos presenciais a principal motivação dos alunos é a inserção no mercado de trabalho, diferente da motivação dos alunos do Telecurso Tec, como citado anteriormente Avaliação dos Materiais Didáticos O Telecurso Tec disponibiliza materiais didáticos impressos e audiovisuais, incluindo tecnologias de ensino a distância. Sobre este tópico, foram selecionados os seguintes dados relevantes para esta dissertação: Grande parte dos alunos do Telecurso Tec (89,4%) possui a apostila, adquirindo quase sempre na própria escola; A grande maioria dos alunos (90,4%) considera a apostila fundamental para o acompanhamento das atividades; Em uma pontuação de 0 a 10 estabelecida pelos alunos aos materiais didáticos, a apostila recebeu pontuação 9 enquanto as vídeo-aulas receberam pontuação 8,9; A grande maioria dos alunos (93,5%) já acessou o ambiente virtual de aprendizagem; Em uma pontuação de 0 a 10 estabelecida pelos alunos, o ambiente virtual recebeu pontuação 8,4; Estes dados indicam que os alunos usam e, de uma forma geral, estão satisfeitos com as ferramentas educacionais disponibilizadas pelo Telecurso Tec: apostila, vídeo-aulas e ambiente virtual Avaliação do Conteúdo e Organização do Curso A pesquisa quantitativa também avaliou a percepção dos alunos quanto ao conteúdo e organização do Telecurso Tec: Em uma pontuação de 0 a 10 estabelecida pelos alunos, o item conteúdo e organização do curso recebeu pontuação 8,2. De uma forma geral, é possível afirmar que os alunos do Telecurso Tec estão satisfeitos com o conteúdo adquirido e com a organização do curso, isto inclui a programação de aulas, as ferramentas educacionais disponíveis e a aplicação dos exames semestrais.

56 Avaliação Geral Em uma avaliação geral do Telecurso Tec, foram tabulados os seguintes resultados referente a opinião dos alunos: 39% dos alunos consideraram o curso Excelente; 57% dos alunos consideraram o curso Bom; 4% dos alunos consideraram o curso Regular; 0% dos alunos considerara o curso Ruim. Para 96% dos alunos o Telecurso Tec é Excelente ou Bom, o que confirma uma avaliação muito positiva referente à satisfação dos alunos matriculados na modalidade semipresencial. 4.2 Caracterização e Metodologia da Pesquisa de Campo Fase 1 Referente a etapa de pesquisa de campo qualitativa em estudo de caso, a mesma foi dividida em duas fases. A primeira foi realizada no dia 15 de setembro de 2012, em um sábado no período da manhã, quando os alunos estavam em seu encontro presencial semanal. Foram entrevistados 10 alunos do curso técnico em Administração, sendo 3 do 3 ciclo, 4 do 2 e 3 do 1. A seleção dos entrevistados foi realizada através de sorteio aleatório, seguido da concordância dos mesmos em participar. As entrevistas foram realizadas de forma individual em profundidade com questionário composto por 17 perguntas abertas como instrumento de coleta de dados (apêndice 3). Além disso, as entrevistas foram gravadas em áudio, com autorização dos entrevistados (termo de ciência e autorização - apêndice 1), para uma análise posterior mais aprofundada. O objetivo desta primeira fase foi aprofundar questões levantadas na pesquisa quantitativa realizada pelo Centro Paula Souza para direcionar para o objetivo geral desta dissertação: entender as facilidades e dificuldades dos alunos com o curso e suas ferramentas para planejar uma proposta de aplicação interativa para televisão digital. 4.3 Relatos de Pesquisa Fase 1 Perfil dos Respondentes O perfil dos respondentes representa o perfil geral dos alunos matriculados no Telecurso Tec na Etec de Ibitinga. Seguem as suas principais características:

57 56 - Idade: entre 16 e 49 anos, sendo que a média de idade foi 29,4 anos; - Sexo: 5 masculino e 5 feminino; - Profissão: muitas profissões dos respondentes estão ligadas ao setor industrial da cidade que é a produção de linhas de cama, mesa e banho. Dentre as profissões dos entrevistados, temos: funcionário público, professoras de 1 e 2 graus, escriturária, gerentes, auxiliares de escritório, cortador de tecidos, auxiliar de corte de tecidos e comerciante. - Outra formação profissional: 4 dos 10 entrevistados estão em sua primeira formação profissional e o restante já possui alguma formação técnica ou superior. Destes que já possuem cursos de formação profissional, a maioria os realizou na modalidade presencial, com exceção apenas de outro curso técnico do Telecurso Tec que foi citado. Entre as formações profissionais anteriores citadas, estão: tecnologia em processamento de dados, licenciatura em matemática, bacharelado em administração de empresas, técnico em gestão de pequenas e médias empresas (Telecurso Tec), técnico em manutenção de aeronaves, curso profissionalizante em corte de tecidos, licenciatura e bacharelado em geografia. Sobre as respostas dadas às perguntas do questionário, serão apresentados os relatos dos entrevistados divididos por assuntos das 17 perguntas: Pergunta 1: Motivos pelos quais escolheu um curso EaD (semipresencial) Todos os entrevistados alegaram o mesmo motivo para a escolha de um curso semipresencial, com encontros apenas aos sábados pela manhã: a falta de tempo. Um entrevistado comentou que no momento da escolha acreditava ter facilidade em um curso nesta modalidade por já possuir uma formação realizada de forma presencial. Outro entrevistado disse que prefere cursos presenciais, porém a falta de tempo devido ao ritmo acelerado de trabalho o impossibilitou de procurar outra opção. E por fim, duas mulheres entrevistadas alegaram que a falta de tempo se deve ao trabalho fora e dentro de casa, por isso o Telecurso Tec semipresencial se encaixa perfeitamente em suas necessidades. Pergunta 2: Rotina dos encontros presenciais Todos os entrevistados descreveram uma rotina parecida dos encontros presenciais independentemente do orientador de aprendizagem de sua sala. A

58 57 apostila é utilizada em todos os sábados para acompanhamento das aulas, as vídeo-aulas são utilizadas em todos ou alguns sábados e o uso do ambiente virtual ficou dividido em uso somente em casa e uso esporádico aos sábados para a realização das tarefas. Pergunta 3: Importância dos encontros presenciais Todos os entrevistados disseram que os encontros presenciais aos sábados da modalidade semipresencial são fundamentais para o aprendizado, pois é um momento em que os alunos podem tirar dúvidas pessoalmente com o orientador de aprendizagem. Um entrevistado disse que acredita que se não tivesse a obrigatoriedade da presença nos encontros aos sábados, não existiria tanto compromisso por parte dos alunos. Pergunta 4: Ferramentas educacionais que mais gosta de usar Sobre a pergunta de quais ferramentas educacionais os alunos mais gostam de usar, as respostas se dividiram. Dos 10 entrevistados, 6 disseram que preferem a apostila, 2 disseram que preferem as vídeo-aulas, 1 disse que prefere as vídeoaulas para assimilação da prática e a apostila para a teoria e apenas 1 disse que prefere o ambiente virtual. Pergunta 5: Opinião sobre a apostila Todos os entrevistados disseram que aprovam a apostila, porém foram feitos mais alguns comentários que devem ser apontados, são eles: possui alguns erros segundo o orientador de aprendizagem de um entrevistado; é um ótimo recurso para estudar no momento que quiser; é bastante completa e clara; poderia ser mais atualizada; sugestão da apostila ser disponibilizada em pdf no ambiente virtual; sugestão de ter maior quantidade de exercícios e que estes fossem mais diversificados; além do destaque positivo para as indicações de livros e filmes relacionados com os temas das aulas no final de cada capítulo. Pergunta 6: Opinião sobre o ambiente virtual Sobre o ambiente virtual foram colhidas as seguintes percepções: a maioria disse que não o utiliza muito e que não utiliza todos os itens e atividades; só usa as ferramentas que o orientador de aprendizagem pede e quando ele pede; não sabe

59 58 utilizar todos os itens e atividades; precisa melhorar, pois é fraco de informações; poderia ser mais dinâmico e de mais fácil navegação. Ainda nesta pergunta foi questionado quais itens e atividades os alunos mais utilizavam, foram citados: o correio Tec ( ) 6 vezes; o bloco de notas 6 vezes; o blog 5 vezes; o fórum 4 vezes; o wiki 3 vezes; o mural de recados 2 vezes e o batepapo 2 vezes. Pergunta 7: Opinião sobre as vídeo-aulas Sobre as vídeo-aulas as opiniões de dividem. Dos 10 entrevistados, 5 gostam das vídeo-aulas dizendo que reforça o que é assimilado com a apostila, 4 disseram que as consideram interessante, porém não gostam da parte de teledramaturgia, pois é muito infantilizada e 1 entrevistado disse que não gosta, que considera esta ferramenta dispensável. Pergunta 8: Dificuldade no curso ou na utilização das ferramentas educacionais Nesta pergunta foi questionado se os alunos possuíam alguma dificuldade no curso ou na utilização das ferramentas educacionais. Dos 10 entrevistados, 5 disseram não ter nenhuma dificuldade; 3 disseram ter dificuldades com o uso do ambiente virtual e 2 disseram ter dificuldades com a assimilação do conteúdo. Pergunta 9: Acesso do ambiente virtual fora da escola Dos 10 entrevistados, 9 disseram acessar o ambiente virtual fora da escola, sendo este acesso em casa ou no trabalho. Sobre a frequência, esta variou entre 2 vezes por dia a 1 vez por semana, sendo que a maioria acessa o ambiente virtual diariamente. Pergunta 10: Se já assistiu as vídeo-aulas fora da escola Nesta pergunta as respostas se dividiram, dos 10 entrevistados, 5 disseram que nunca assistiram as vídeo-aulas fora da escola, porém a maioria sabia que o acesso era possível através da internet ou emissoras de televisão aberta. Dos que já assistiram, 3 descobriram por acaso na Rede Globo; um acessou pelo canal do Youtube; 1 copiou o DVD do orientador de aprendizagem e 1 assistiu planejadamente na Rede Globo e no Youtube.

60 59 Pergunta 11: Autoavaliação sobre experiência com tecnologia A maioria, 8 entrevistados, disse se considerar uma pessoa com facilidade em lidar com novas tecnologias enquanto 2 disseram que precisam melhorar seus conhecimentos, pois dependem de uma terceira pessoa para explicar como a nova tecnologia funciona para aprenderem. Uma pessoa citou que domina todas as tecnologias, menos os tablets que são mais recentes. Pergunta 12: Tempo que utiliza computador e internet Como a idade dos entrevistados possui uma grande variação (de 16 a 49 anos), o tempo de utilização do computador e internet também variou, sendo que ficou entre 4 e 17 anos de experiência com estas tecnologias. Pergunta 13: Local que mais acessa a internet e quantos computadores com acesso a internet possui em casa Dos 10 entrevistados, 4 disseram que o local que mais acessa a internet é em casa; 2 disseram no trabalho; 2 disseram no trabalho e em casa; 1 disse no trabalho e na escola e 1 disse em casa e na escola. Sobre quantos computadores com acesso a internet o aluno possui em casa, as respostas variaram entre 0 e 4, sendo a média de 1,8 computador. Pergunta 14: Horas por dia acessando a internet Sobre quantas horas por dia os entrevistados acessam a internet, as respostas variaram de 2 a 13 horas por dia, sendo que a maioria das respostas se concentrou entre 2 e 3 horas. Pergunta 15: Quantidade de aparelhos de televisão em casa Sobre a quantidade de aparelhos de televisão que os alunos possuem em casa, as respostas variaram de 1 a 5, sendo que os que possuem mais de 3 disseram que ao menos 1 aparelho era de um modelo com tecnologia mais recente, de LCD ou Plasma. Nenhum entrevistado soube dizer precisamente se o aparelho de TV possui conversor para o sinal digital.

61 60 Pergunta 16: Frequência em que assiste televisão Sobre a frequência que os entrevistados assistem televisão, as respostas variaram de 1 a 6 horas diárias. Somente um entrevistado respondeu que assiste apenas aos domingos, durante 2 horas. Pergunta 17: Interesse em cursar o Telecurso Tec se fosse disponibilizado via televisão digital Sobre o interesse dos alunos em cursar o Telecurso Tec via televisão digital, todos os entrevistados se mostraram receptivos com a proposta, porém a grande dificuldade apontada foi o horário em que as vídeo-aulas são transmitidas nas emissoras de canal aberto, que variam entre 5 e 7 horas da manhã. Foi apontado que o interesse seria total se houvesse a possibilidade de acesso no momento em que o aluno tivesse disponibilidade. E os horários mais citados como sugestão para um maior interesse foram: período noturno e aos finais de semana. 4.4 Análise dos Resultados de Pesquisa Fase 1 A partir desta primeira fase de coleta de dados foi planejada uma proposta de aplicação interativa para os alunos da modalidade semipresencial do Telecurso Tec. Portanto, é necessário pontuar os resultados mais relevantes para a presente pesquisa, são eles: Perfil de alunos com idade adulta, de aproximadamente 30 anos, que já estão inseridos no mercado de trabalho em uma área diferente do curso, além disso, a maioria já possui outra formação profissional. Este perfil vai de encontro com o apontado na pesquisa quantitativa do Centro Paula Souza, que diz que a motivação dos alunos para cursar o Telecurso Tec é buscar novas possibilidades profissionais em uma área diferente da que estão inseridos atualmente; O motivo de escolher um curso semipresencial, com encontros somente aos sábados, é a falta de tempo em sua rotina. Porém a maioria disse que os encontros presenciais são fundamentais para o esclarecimento de dúvidas; Os encontros presenciais são totalmente apoiados no uso da apostila. Os vídeos são utilizados como um recurso complementar e o ambiente virtual é utilizado conforme estímulo do orientador de aprendizagem. Na maioria das vezes o ambiente virtual é utilizado fora da escola;

62 61 A maioria dos alunos prefere utilizar a apostila para a assimilação do conteúdo. As vídeo-aulas são apreciadas por alunos mais novos, os mais velhos consideram um bom complemento da aprendizagem, mas acham que o conteúdo deveria ser reformulado, pois é muito infantil. O ambiente virtual foi apontado como o recurso menos motivador, alguns alunos possuem dificuldade em utilizá-lo e só o utilizam para cumprir as atividades exigidas pelo orientador de aprendizagem; Os itens e atividades mais acessados no ambiente virtual são: correio Tec ( ), bloco de notas, blog, fórum e wiki. Porém o seu uso está condicionado à tarefa exigida pelo orientador de aprendizagem; O ambiente virtual é bastante acessado fora da escola para que as tarefas sejam cumpridas. Os alunos o acessam frequentemente por possuir computadores com acesso a internet em casa ou fácil acesso no trabalho. Além disso, o público pesquisado tem o costume de acessar a internet para diferentes fins, ao menos 2 horas por dia; Metade dos entrevistados nunca assistiu às vídeo-aulas fora da escola, porém a maioria sabia de sua disponibilidade nas emissoras de televisão aberta, mas não na internet. Os alunos não assistem na televisão aberta devido aos horários das transmissões e não haviam acessado na internet por não saberem da existência do canal no Youtube; A grande maioria se denomina um bom conhecedor de novas tecnologias, pois tem costume de acessar computador e internet há alguns anos, sendo que a média entre as respostas foi de 10 anos de experiência; A televisão está bastante presente na vida dos entrevistados, sendo que a média de aparelhos de televisão em suas casas foi 3, sendo ao menos 1 de LCD ou Plasma. Os entrevistados assistem 3 horas de televisão por dia, em média; Os entrevistados, em um primeiro momento, se mostraram receptivos à proposta de oferecer o Telecurso Tec via televisão digital. Porém, todos disseram que seu interesse real estaria condicionado a novos horários de exibição das vídeoaulas, sendo a preferência pelo período noturno e aos finais de semana. Após esta análise, uma aplicação interativa para televisão digital será proposta, e seguindo a metodologia de Patton (2002) será realizada uma validação de resultados na fase 2 da presente pesquisa. Nesta segunda fase será apresentada a proposta de aplicação interativa para televisão digital aos alunos e,

63 posteriormente, será realizada uma discussão em grupos sobre esta proposta. A fase 2 de pesquisa se apresenta, nesta dissertação, no capítulo 6. 62

64 63 5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO INTERATIVA PARA O TELECURSO TEC Neste capítulo é apresentada uma proposta de aplicação interativa para televisão digital do Telecurso Tec elaborada a partir da análise da primeira fase de pesquisa realizada. Serão expostas imagens de cada menu do aplicativo com as devidas explicações de navegação. Porém, antes de iniciar sua apresentação, é importante ressaltar que esta proposta de aplicação interativa vem sendo planejada há mais de um ano, sendo esta a sua terceira versão. Juntamente com o videografista da TV Unesp e pesquisador Lucas Silveira de Azevedo, que estuda design e usabilidade em televisão digital, foi desenvolvida a primeira proposta em outubro de Na elaboração da primeira versão, apresentada em forma de artigo na Jornada Multidisciplinar da Unesp-Bauru em maio de 2012, não haviam sido realizados estudos aprofundados, sua elaboração foi apoiada somente em observação de outras propostas de aplicativos para televisão digital já existentes. A segunda versão foi elaborada depois da primeira visita realizada a Etec de Ibitinga, em maio de 2012, com o objetivo de coletar dados para esta dissertação. Nesta visita, diretora e orientadores de aprendizagem explicaram a dinâmica da modalidade semipresencial e forneceram materiais como apostila em versão digital, vídeo-aulas e login e senha para acesso ao ambiente virtual. Depois desta coleta de dados foi elaborada a segunda versão da aplicação interativa e apresentada em forma de artigo no congresso nacional Intercom em setembro de Por fim, nesta dissertação apresenta-se a terceira versão da proposta de aplicação interativa do Telecurso Tec, que foi elaborada a partir de entrevistas realizadas com alunos da modalidade semipresencial da unidade de Ibitinga como exposto no capítulo anterior. Entender as percepções dos alunos, que serão futuros usuários do aplicativo, foi de extrema importância para a elaboração de uma proposta mais próxima de atender as necessidades de seu público e poder auxiliar no processo de ensino-aprendizagem dos cursos técnicos. Para a elaboração desta proposta foi selecionada a vídeo-aula ou programa 1 referente ao Capítulo 1: Preparando a Equipe de Trabalho da apostila do 3 módulo do curso Gestão de Pequenas Empresas do Telecurso Tec. A vídeo-aula ou programa 1 é chamada de A Equipe de Trabalho da Pequena Empresa. Para o desenvolvimento da proposta, foram aproveitadas as

65 64 ferramentas educacionais já existentes do Telecurso Tec: a apostila, o ambiente virtual e a vídeo-aula. A proposta de aplicativo foi planejada para ser transmitida pela emissora simultaneamente ao áudio e vídeo utilizando o middleware Ginga. Sobre o design e usabilidade, foi elaborado conforme o padrão estabelecido pelo videografismo da TV Unesp parceira do Canal Futura, uma das emissoras que atualmente transmite o Telecurso Tec. A aplicação, quando apresentada ao usuário, mostra quatro menus localizados cada um em um canto da tela. Dessa forma a aplicação não compromete o fluxo de vídeo do programa. Através dos quatro botões coloridos de interatividade pode-se escolher entre uma das opções quando selecionada a cor correspondente (AZEVEDO, et al, 2012). A figura 01 mostra que haverá um ícone de alerta sobre a interatividade no canto superior esquerdo da tela que poderá ser acionado pelo botão ok do controle remoto, dando início à aplicação. Fig. 01: Ícone de alerta sobre interatividade Ao acionar o aplicativo, se o usuário possuir canal de retorno (internet) surgirá do lado esquerdo da tela a seguinte mensagem: Deseja fazer login na sua conta?, com as opções Sim e Não. Logo abaixo, haverá uma explicação sobre o login: Possuem login e senha os alunos matriculados na modalidade semipresencial do Telecurso Tec. Caso não seja aluno, o aplicativo também oferece informações

66 65 extras pertinentes aos temas das vídeo-aulas, conforme figura 02. Com esta explicação é possível entender que se o usuário não for aluno matriculado do Telecurso Tec, também poderá acessar conteúdos extras. Se o usuário não possuir canal de retorno, ao pressionar o botão ok do controle remoto, o aplicativo irá diretamente para o menu inicial do aplicativo. Na parte inferior da tela, estarão presentes os botões de navegação do aplicativo. A navegação é feita pelas setas do controle remoto e a seleção da função pelo botão ok. O aplicativo ainda possui o botão voltar e para sair da aplicação o botão a ser utilizado é o exit. Fig. 02: Opção de login A figura 03 mostra a tela de login e senha. Para a digitação, optou-se pelo teclado numérico do controle remoto, que será utilizado de maneira semelhante ao teclado do celular quando se escreve uma mensagem de texto. O teclado ainda possui as opções de digitação de números e o alfabeto maiúsculo e minúsculo, além do botão de apagar, em casos de erro.

67 66 Fig. 03: Login e senha A figura 04 representa o menu do aplicativo elaborado através do modelo de Azevedo, et al (2012) citado anteriormente. Assim, o botão vermelho refere-se ao menu Aula, o botão verde ao menu Atividades, o botão amarelo ao menu Fórum e o botão azul dá acesso ao menu Ajuda. Fig. 04: Menu do aplicativo Telecurso Tec

68 67 No menu Aula haverá identificação do curso da vídeo-aula, do módulo a que se refere e o título do capítulo da apostila em que o aluno encontrará o mesmo assunto. Conforme a figura 05, ao selecionar o menu Aula, serão oferecidos submenus com opções de temas-chave da vídeo-aula. Fig. 05: Menu Aula Ao selecionar um tema-chave oferecido, será exibido um resumo do conteúdo da apostila sobre este tema, conforme pode ser observado nas figuras 06 e 07. Fig. 06: Submenu Competência Página 1

69 68 Fig. 07: Submenu Competência Página 2 As figuras 08 e 09 apresentam um novo submenu selecionado que possui a função Wiki, ou seja, palavras que possam ter seu significado desconhecido pelos usuários que trazem sua definição. Este conteúdo está presente no ambiente virtual como Wiki e na apostila como Glossário e foi trazido para o aplicativo. As palavras que possuem a função Wiki aparecem sublinhadas, ao selecionar uma delas aparece sua definição em um balão informativo, esta função funciona com ou sem canal de retorno. Fig. 08: Submenu Recrutamento

70 69 Fig. 09: Submenu Recrutamento e Wiki No menu Atividades são oferecidos exercícios referentes à vídeo-aula, conforme pode ser observado na figura 10. Fig. 10: Menu Atividades Ao selecionar um exercício, aparecerá o enunciado e as opções de resposta, conforme figura 11.

71 70 Fig. 11: Menu Atividades e Exercício 01 Ao finalizar, aparecerá na tela se a resposta está certa ou errada, conforme figura 12. Se o usuário possuir canal de retorno (internet) e estiver logado, seu desempenho é enviado ao orientador de aprendizagem. Se o usuário não possuir canal de retorno, apenas receberá a resposta de erro ou acerto. Fig. 12: Resposta do Exercício 01

72 No menu Fórum, serão oferecidos tópicos de discussões postadas pelos orientadores de aprendizagem através do ambiente virtual, conforme figura Fig. 13: Menu Fórum Ao selecionar um tópico do menu Fórum será exibida a pergunta da discussão proposta pelo orientador de aprendizagem e logo abaixo o botão Comentários, conforme figura 14. Fig. 14: Menu Fórum e Tópico 03

73 72 Ao selecionar o botão Comentários, serão exibidas postagens enviadas via ambiente virtual ou aplicativo interativo. Logo abaixo haverá o botão Comentar conforme figura 15. Fig. 15: Comentários Tópico 03 Ao selecionar o botão Comentar, será exibido o campo para digitação do comentário e o teclado, conforme figura 16. Esta opção será disponibilizada somente para os usuários providos de canal de retorno e que estiverem logados. Fig. 16: Comentar Tópico 03 e Teclado

74 73 Por fim, no menu Ajuda, que é exibido no canto inferior direito da tela, serão disponibilizadas informações de auxílio à navegação, informações sobre o Telecurso Tec e informações de contato, como telefone, site e redes sociais. Sobre a presente proposta é necessário pontuar as escolhas dos itens que compõem o aplicativo. Os menus Aula e Atividades foram elaborados por trazer conteúdos da apostila, que foi citada pelos entrevistados como a melhor ferramenta educacional para estabelecer o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, o menu Aula conta com o recurso de Wiki extraído do ambiente virtual mas que também está presente na apostila em forma de Glossário. Alguns alunos comentaram que utilizam o Wiki ou Glossário em seus estudos, por isso a decisão de levá-lo para o aplicativo. O menu Fórum foi trazido do ambiente virtual, porém não foi comentado como o mais utilizado pelos alunos. Os itens mais citados, o correio Tec ( ), o blog e o bloco de notas, exigem que o usuário/aluno tenha que digitar longas frases, o que seria inviável em termos de usabilidade no aplicativo, já que é necessário utilizar o teclado numérico do controle remoto. A opção pelo Fórum foi baseada na necessidade reduzida de digitação e por ter sido citado na pesquisa como um recurso do ambiente virtual utilizado por alguns alunos. O menu Ajuda não foi detalhado na proposta de aplicativo, porém não é diferente de outros já existentes. Os aplicativos de televisão digital, de uma forma geral, possuem este recurso caso o usuário tenha dúvidas de como utilizá-lo. Por fim, é importante ressaltar que a presente proposta de aplicação interativa do Telecurso Tec foi elaborada apenas em forma de vídeo ilustrativo de suas funções, o que é suficiente para a conclusão desta pesquisa. O vídeo segue todas as restrições tecnológicas e especificações propostas pelo Fórum Brasileiro de Televisão Digital para utilização do middleware Ginga. Em trabalhos futuros, sugerese a programação em NCL (Nested Context Language) 2. No próximo capítulo apresenta-se a segunda fase de pesquisa realizada com alunos da modalidade semipresencial do Telecurso Tec com o objetivo de realizar a validação dos resultados, ou seja, verificar a viabilidade e interesse do público-alvo sobre o aplicativo. 2 NCL - Nested Context Language - é uma linguagem de programação para autoria de documentos hipermídia para televisão digital,criada no Laboratório TeleMídia da PUC-Rio (NESTED CONTEXT LANGUAGE, 2012).

75 74 6. VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS Com a proposta de aplicação interativa para televisão digital do Telecurso Tec desenvolvida, foi realizada uma validação dos resultados. Segundo Patton (2002) a validação é importante em uma investigação qualitativa. Uma forma habitual de validação, na abordagem qualitativa, é a triangulação, estratégia de pesquisa que visa assegurar que os resultados de um estudo não são resultado de um único método, uma única fonte ou a interpretação de um único investigador. É uma forma de acrescentar confiança na validade ou autenticidade dos dados e em sua interpretação. Conforme Patton (2002) há diferentes formas de se realizar a triangulação: Triangulação de analistas (vários analistas revêem os mesmos dados); Triangulação de métodos (checando a consistência de dados obtidos por meio de diferentes métodos de coleta); Triangulação de fontes (checando a consistência de diferentes fontes de dados dentro do mesmo método); Triangulação de teorias/perspectivas (utilização de diferentes perspectivas e teorias para interpretar os dados). As técnicas de triangulação não eliminam os fatores subjetivos que interferem o estudo. Elas simplesmente acrescentam maior credibilidade, permitem a discussão dos dados de uma forma mais ampla e abrangente, evitando que um único pesquisador distorça sua interpretação segundo suas crenças, valores e desejos. Neste trabalho foi utilizada a triangulação de métodos, sendo que na primeira fase de pesquisa qualitativa foram utilizadas as entrevistas individuais em profundidade e na segunda fase as entrevistas em grupos de foco, além disso, é possível considerar a análise prévia realizada através da pesquisa quantitativa do Centro Paula Souza sobre a satisfação dos seus alunos com o curso. 6.1 Caracterização e Metodologia da Pesquisa de Campo Fase 2 Desta forma, a validação dos resultados, que foram obtidos a partir de coleta de dados na primeira fase da pesquisa qualitativa, foi realizada na Etec de Ibitinga no dia 20 de outubro de 2012, um sábado no período da manhã, durante um dos encontros presenciais dos alunos do Telecurso Tec.

76 75 A validação iniciou-se com uma apresentação da proposta de aplicação interativa para os alunos do curso técnico de Administração dos 3 módulos do Telecurso Tec. Posteriormente, foram realizadas entrevistas de grupos de foco com dois grupos diferentes, sendo distribuídos da seguinte forma: Grupo 1: Alunos que estavam presentes no dia 20 de outubro de 2012 na Etec de Ibitinga e não participaram da primeira fase de coleta. A escolha deste grupo foi realizada através de sorteio aleatório e concordância dos mesmos em participar, sendo um total de 7 alunos dos 3 módulos do curso técnico de Administração. Grupo 2: Alunos que estavam presentes no dia 20 de outubro de 2012 na Etec de Ibitinga e participaram da primeira fase de coleta e concordaram participar desta segunda fase, totalizando: 9 alunos dos 10 que foram entrevistados na primeira fase. As discussões foram gravadas em áudio com a autorização dos entrevistados (termo de ciência e autorização apêndice 2). Foi utilizado, para mediação das discussões, um roteiro de pesquisa qualitativa (apêndice 4). Os pontos listados no roteiro foram sobre da proposta de uso do aplicativo, sobre as opções oferecidas pelo aplicativo e sobre a sua contribuição no processo de ensino-aprendizagem. 6.2 Relatos de Pesquisa Fase 2 Perfil dos Respondentes Grupo 1 O perfil dos respondentes será apresentado de acordo com os 2 diferentes grupos que participaram da coleta de dados. Seguem as principais características dos respondentes do Grupo 1, que não havia participado da primeira fase de pesquisa: - Idade: entre 17 e 47 anos, sendo que a média de idade foi 27,6 anos; - Sexo: 5 masculino e 2 feminino; - Profissão: dentre as profissões dos entrevistados, temos: professora, costureira, vendedor, cronometrista, estagiário OAB, cortador e comerciante. - Outra formação profissional: 4 dos 7 entrevistados estão em sua primeira formação profissional e o restante já possui alguma formação técnica ou superior. Entre os cursos de formação profissional citados, estão: pedagogia, técnico em gestão de pequenas e médias empresas (Telecurso Tec) e técnico em informática.

77 Sobre os comentários colhidos na entrevista em grupo (Grupo 1), seguem os mais relevantes para o estudo de acordo com os tópicos estabelecidos no roteiro: 76 Seção 1 Coleta de opiniões sobre a proposta de uso do aplicativo na modalidade semipresencial e aberta do Telecurso Tec As considerações do Grupo 1 sobre a primeira seção de discussões na entrevista foi de que o uso do aplicativo na modalidade semipresencial seria válido se houvesse um rodízio de horário nas transmissões das vídeo-aulas nas emissoras de televisão. Sobre o uso do aplicativo na modalidade aberta, foi citado que sua importância para esta modalidade seria maior, já que estes não possuem acesso a mesma quantidade de ferramentas educacionais que os alunos da modalidade semipresencial. Seção 2 Coleta de opiniões sobre as opções do aplicativo trazidos da apostila (Aulas e Exercícios) e trazidos do ambiente virtual (Fórum e Wiki) As considerações do Grupo 1 sobre a segunda seção foi que independente das opções do aplicativo, ele não substitui a apostila, porém é muito positivo utilizar a televisão para transmissão do conteúdo do curso, pois a televisão é um meio de comunicação extremamente atrativo na visão dos entrevistados. Foi comentado que o Wiki não é sempre consultado no ambiente virtual e que existe a possibilidade de ser considerado mais interessante no aplicativo para televisão digital, estimulando a consulta por parte dos alunos. Seção 3 Coleta de opiniões sobre a contribuição do aplicativo no processo de ensino-aprendizagem considerando a presença ou não do canal de retorno e recomendações de outras opções para o aplicativo Sobre a terceira seção, o Grupo 1 destacou que a presença ou não do canal de retorno (internet) não restringe o uso do aplicativo, sem internet o mesmo continua sendo interessante na visão dos entrevistados. Sobre recomendações para o aplicativo, foi citada a seguinte sugestão: link com a rede social Facebook. A sugestão é de que no momento do login no aplicativo, apareceria um pedido de autorização para publicação no perfil do aluno que o mesmo está assistindo uma vídeo-aula do Telecurso Tec. Desta forma, o Telecurso Tec seria amplamente divulgado nas redes sociais.

78 77 Perfil dos Respondentes Grupo 2 O perfil do Grupo 2 é o mesmo do citado na primeira fase de pesquisa descrita no capítulo 4 desta dissertação. Porém, somente 9 alunos, dos 10 entrevistados na primeira fase de pesquisa, estavam presentes no encontro presencial no dia da coleta da fase 2. Sobre os comentários colhidos na entrevista em grupo (Grupo 2), seguem os mais relevantes para o estudo de acordo com os tópicos estabelecidos no roteiro: Seção 1 Coleta de opiniões sobre a proposta de uso do aplicativo na modalidade semipresencial e aberta do Telecurso Tec As considerações do Grupo 2 sobre a primeira seção de discussões na entrevista foram parecidas com as do Grupo 1, os entrevistados disseram que o uso do aplicativo na modalidade semipresencial irá ajudar, porém a importância do mesmo para a modalidade aberta seria maior. Seção 2 Coleta de opiniões sobre as opções do aplicativo trazidos da apostila (Aulas e Exercícios) e trazidos do ambiente virtual (Fórum e Wiki) As considerações do Grupo 2 sobre a segunda seção também foi parecida com a do Grupo 1. Os entrevistados deste grupo também disseram que o aplicativo não substitui a apostila, seria apenas uma ferramenta educacional adicional. Foi sugerido que o Fórum tivesse uma opção para tornar a postagem pública ou privada. Se o aluno optasse pela pública qualquer usuário do aplicativo, sendo aluno ou não do Telecurso Tec, teria acesso. Se optasse pela privada, a postagem apareceria apenas para a turma que o aluno pertencesse. Seção 3 Coleta de opiniões sobre a contribuição do aplicativo no processo de ensino-aprendizagem considerando a presença ou não do canal de retorno e recomendações de outras opções para o aplicativo Sobre a terceira seção, o Grupo 2 assim como o Grupo 1 comentou que a questão de ter ou não o canal de retorno não interfere representativamente em seu uso. Isto porque o Telecurso Tec é um programa do Governo do Estado de São Paulo, e que neste estado o percentual de pessoas que possuem acesso a internet é grande. Sendo assim, muitos usuários poderão acessar o aplicativo com todas as opções que o canal de retorno possibilita.

79 78 Foi recomendado, por este grupo, que fossem incluídas no aplicativo as sugestões de filmes, sites e livros que existem no final de cada capítulo da apostila. Além disso, foi comentado que para os alunos da modalidade semipresencial seria mais interessante que os conteúdos dos menus Aulas e Atividades fossem diferentes dos presentes da apostila, pois os mesmos já o conhecem. Como a grande maioria dos alunos possui a apostila, se o aplicativo trouxesse um conteúdo extra, a motivação em acessá-lo seria maior. Por fim, houve uma sugestão de que se o aplicativo realmente fosse ao ar, poderia ser estudada a possibilidade de abolir a transmissão das vídeo-aulas nos encontros presenciais, para que o tempo junto com o orientador de aprendizagem fosse mais aproveitado para tirar dúvidas. Assim, ficaria como tarefa de casa assistir a vídeo-aula na televisão aberta (desde que com outras opções de horário para transmissão) e acessar o aplicativo. 6.3 Análise dos Resultados de Pesquisa Fase 2 Seguem os resultados mais representativos da fase 2 de pesquisa em que o objetivo foi realizar uma validação de resultados: Mesmo com a inserção de novos entrevistados (7 integrantes do Grupo 2) no público-alvo da pesquisa, não houve mudança significativa no perfil dos respondentes. Os alunos possuem uma média de idade entre 25 e 30 anos e já estão inseridos no mercado de trabalho em uma área diferente do curso; Sobre a primeira seção - coleta de opiniões sobre a proposta de uso do aplicativo na modalidade semipresencial e aberta do Telecurso Tec pode-se concluir que Grupo 1 e Grupo 2 dividem a mesma opinião. Ambos os grupos acreditam que na modalidade semipresencial o aplicativo é apenas uma ferramenta educacional extra e que na modalidade aberta o mesmo ganha maior importância, já que estes alunos não possuem acesso à mesma quantidade de ferramentas educacionais que os alunos da modalidade semipresencial. Além disso, os alunos do Grupo 1 disseram que o interesse e viabilidade do uso do aplicativo na modalidade semipresencial, depende da oferta das vídeo-aulas em horários mais atrativos e diversificados na televisão aberta. O Grupo 2 não fez este comentário nesta segunda fase de pesquisa, porém esta foi uma afirmativa muito presente por

80 79 estes entrevistados na primeira fase de coleta. Desta forma, pode-se concluir que ambos os grupos também concordam neste ponto. Sobre a segunda seção coleta de opiniões sobre as opções do aplicativo trazidos da apostila (Aula e Exercícios) e trazidos do ambiente virtual (Fórum e Wiki) pode-se concluir que ambos os grupos dividem a mesma opinião de que o aplicativo não substitui a apostila. Foi pontuado que o Wiki não é muito acessado no ambiente virtual e que da forma como foi apresentado no aplicativo, pode ser um estímulo ao acesso, já que a televisão é um meio mais atrativo do que o ambiente virtual. Também foi sugerido que o Fórum tivesse uma opção de postagem pública ou privada. Sobre a terceira seção coleta de opiniões sobre a contribuição do aplicativo no processo de ensino-aprendizagem considerando a presença ou não do canal de retorno e recomendações de outras opções para o aplicativo foi constatado que ambos os grupos consideram que a presença ou não do canal de retorno (internet) é indiferente para o interesse de uso do aplicativo, pois mesmo sem internet o aplicativo ainda possui conteúdo para ser acessado. Além disso, foi comentado que no estado de São Paulo (estado de atuação do Telecurso Tec) o percentual de pessoas que possuem acesso a internet é grande. Sendo assim, muitos usuários poderão acessar o aplicativo com todas as opções que o canal de retorno possibilita. Sobre recomendações para o aplicativo foi citado: link com a rede social Facebook e sugestões de filmes, sites e livros que existem no final de cada capítulo da apostila. Por fim, foi comentado que para os alunos da modalidade semipresencial seria mais interessante que os conteúdos dos menus Aulas e Atividades fossem diferentes dos presentes da apostila, pois os mesmos já o conhecem. Após esta análise da fase 2 de pesquisa, é possível afirmar que a validação de resultados proposta por Patton (2002) foi realizada seguindo a metodologia de triangulação de métodos, utilizando a entrevista individual em profundidade na primeira fase, entrevistas com grupos de foco na segunda fase, além da análise da pesquisa quantitativa fornecida pelo Centro Paula Souza. Na primeira fase de pesquisa, já foi possível perceber a grande receptividade à proposta do uso do aplicativo como ferramenta educacional para o Telecurso Tec, mas já foi apontado que a grande restrição acontece por conta do horário das transmissões na televisão aberta, entre 5 e 7 horas da manhã.

81 80 Na segunda fase, o Grupo 1, que não havia participado das entrevistas individuais, também demonstrou receptividade ao aplicativo, mas apontou a mesma restrição. Já o Grupo 2, que é composto por integrantes que participaram das entrevistas individuais, voltou a demonstrar grande aceitação sobre o aplicativo, desde que houvesse uma adequação nos horários de exibição. É importante ressaltar que os alunos relataram que o aplicativo teria maior importância na modalidade aberta, pois na semipresencial seria considerado apenas uma nova ferramenta educacional. Porém este fato não diminui a receptividade dos alunos quanto ao aplicativo nem sua importância, já que os próprios alunos declararam que se o aplicativo vier a entrar em funcionamento, pensariam em cursar um novo curso técnico do Telecurso Tec.

82 81 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo desta pesquisa sobre os limites e possibilidades do t-learning, verificam-se algumas questões que devem ser levantadas e debatidas. Ao mesmo tempo, avalia-se a importância de pontuar recomendações de trabalhos futuros a partir desta dissertação, com o objetivo de promover o uso da televisão digital como ferramenta educacional. Retomando o objetivo inicial deste trabalho que diz respeito a compreender as necessidades dos alunos para pontuar melhorias e adaptações em uma proposta de migração de cursos EaD baseados em outras TICs para a televisão digital, pode-se afirmar que o objetivo foi atingido. Através de uma investigação prévia realizada com o referencial teórico e, posteriormente, o estudo de caso com os alunos do Telecurso Tec, foi possível entender a rotina dos encontros semanais e, a partir disso, propor uma aplicação interativa para televisão digital. Assim, a questão problemática que embasa a pesquisa que é Como oferecer cursos a distância já existentes por meio da televisão digital interativa? foi respondida através da proposta de aplicativo apresentada no capítulo 05. Sobre a proposta de aplicação interativa Para responder a questão problemática de pesquisa desta dissertação, foi realizada uma coleta de dados qualitativa com alunos matriculados na modalidade semipresencial do Telecurso Tec, curso de formação técnica que utiliza algumas ferramentas educacionais para estabelecer comunicação com seus alunos: apostila, ambiente virtual e vídeo-aulas. Nesta primeira fase de pesquisa foi possível coletar algumas informações importantes que foram utilizadas como base para a construção de uma proposta de aplicação interativa para televisão digital deste curso. Depois da proposta pronta, foi realizada uma validação dos resultados em uma segunda fase de pesquisa, em que o vídeo ilustrativo do aplicativo foi apresentado e foram colhidas novas percepções dos alunos. Assim, é possível concluir que os alunos do Telecurso Tec, modalidade semipresencial, foram altamente receptivos à proposta. Porém, existem três pontos principais acerca do aplicativo que devem ser considerados. 1 ) O primeiro ponto é referente ao uso do aplicativo nas modalidades aberta e semipresencial do Telecurso Tec. Primeiramente, é importante destacar que,

83 82 segundo resultados da pesquisa, o aplicativo interativo não substitui a apostila e o ambiente virtual, pois o material impresso foi considerado insubstituível pelos alunos e o ambiente virtual possui uma linguagem diferente. Foi constatado, por exemplo, que alguns recursos usados pelos alunos no ambiente virtual são inviáveis de utilização no aplicativo interativo pela questão da usabilidade. Em segundo lugar, foi apontado pelos próprios alunos da modalidade semipresencial, na segunda fase de pesquisa, que o uso do aplicativo teria grau de importância superior para os alunos da modalidade aberta. Tal fato foi apontado, pois estes não possuem vínculo com uma unidade de ensino, realizando os estudos somente através das vídeo-aulas transmitidas em emissoras de canal aberto e com a apostila, se quiserem adquirir. Assim, alunos da modalidade aberta estudam de forma independente, sem a necessidade de encontros presenciais, e prestam um exame no final de cada semestre. Por isso, a importância do aplicativo, já que as vídeo-aulas (e o aplicativo interativo) são a única forma gratuita que o aluno da modalidade aberta dispõe para estudar. Na modalidade semipresencial, de acordo com os resultados da pesquisa, o aplicativo foi considerado como uma ferramenta educacional adicional, possuindo o mesmo grau de importância que as outras ferramentas: apostila, ambiente virtual e vídeo-aulas. Porém, é importante ressaltar a alta aceitação da proposta por parte dos entrevistados. 2 ) O segundo ponto a ser destacado é referente à restrição de uso do aplicativo apontada pelos alunos entrevistados. Nas duas fases de pesquisa foi apontado que havia interesse de uso do aplicativo desde que a oferta de horários de transmissão das vídeo-aulas nas emissoras de canal aberto fosse mais variada e diversificada. O fato de a transmissão ser apenas nos horários entre 5 e 7 horas da manhã é visto como um fator complicador. Seria inviável sugerir que uma emissora como a Rede Globo alterasse o horário de transmissão das vídeo-aulas do Telecurso Tec para o horário de preferência dos alunos período noturno e finais de semana por isso a solução sugerida vêm de uma das características da televisão digital: a multiprogramação. O Ministério das Comunicações, através de uma Portaria, estabeleceu normas para a utilização da multiprogramação. Pela regra, somente órgãos dos poderes da União consignatários de canais digitais poderão utilizar o recurso para transmitir programações simultâneas em no máximo quatro faixas (FÓRUM SBTVD, 2012).

84 83 Sobre o conteúdo a ser transmitido foi determinado que: A veiculação de conteúdos utilizando a multiprogramação deve se ater a programas com finalidades educativa, artística e cultural; divulgação de produções culturais e programas locais ou regionais; estímulo à produção independente; divulgação de atos, sessões, projetos e eventos institucionais dos poderes públicos federal, estadual e municipal; ou aplicações de serviços públicos de governo eletrônico no âmbito federal, estadual e municipal (FÓRUM SBTVD, 2012). Sendo o Telecurso Tec uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo e seu conteúdo classificado como de caráter educativo, suas transmissões se encaixam nas regras estabelecidas pelo Ministério das Comunicações sobre a multiprogramação. Assim, a sugestão é de que o Telecurso Tec seja transmitido em um canal totalmente voltado para conteúdos educativos. Desta forma, é possível oferecê-lo, em vários horários ao dia, a mesma vídeo-aula. Assim, os alunos tem a possibilidade de assistir no horário mais adequado à sua rotina e esta tarefa pode ser cobrada pelos orientadores de aprendizagem na modalidade semipresencial. Já na modalidade aberta, a contribuição da vasta oferta de horários de transmissão pode resultar em um maior número de alunos. Por fim, é importante considerar sobre a multiprogramação, que o aplicativo foi planejado de forma simplificada em suas funções e, consequentemente, em um tamanho reduzido, para que seja possível a transmissão em uma das quatro faixas que as regras da multiprogramação estabelecem. Se o aplicativo fosse planejado com um conteúdo mais extenso do que o proposto, seu tamanho seria maior e a transmissão pela multiprogramação seria inviabilizada por limitações tecnológicas. 3 ) O terceiro ponto sobre a proposta de aplicativo a ser considerado é que para uma plena satisfação dos alunos com as vídeo-aulas e, consequentemente, o aplicativo interativo, seria necessária a reformulação no conteúdo das vídeo-aulas. Na pesquisa realizada foi citada, de forma representativa, a insatisfação quanto a parte em que se utiliza a teledramaturgia para transmissão do conteúdo. Alguns alunos comentaram que consideram esta parte desnecessária, por ser muito infantilizada. Em contrapartida elogiam a parte em que é usado o formato jornalístico. Assim, sugere-se que os idealizadores do Telecurso Tec, na elaboração de novas vídeo-aulas, considerem estas opiniões coletadas, reformulando o seu conteúdo.

85 84 Limites e possibilidades em t-learning Como a dissertação se propõe a discutir os limites e possibilidades do t- learning em televisão digital e para tal pesquisa foi escolhido um estudo de caso, é possível listar como conclusão os limites e possibilidades encontrados para a aplicação do t-learning. Sobre os limites, pode-se pontuar que um aplicativo proposto para utilização do ensino através da televisão, atualmente enfrenta como principais limites as questões tecnológicas e de usabilidade. As questões tecnológicas se referem a restrições de tamanho do aplicativo para funcionamento pleno em uma das quatro faixas da multiprogramação questão verificada como essencial para a adesão à proposta de aplicativo em cursos EaD. A multiprogramação foi definida como a solução mais viável para a principal questão apontada pelos alunos, que se refere a dificuldade de acompanhamento das vídeoaulas nas emissoras de canal aberto pelo horário de transmissão. Porém antes de se chegar a solução através da multiprogramação, foi discutido, tanto por parte dos alunos entrevistados como pela pesquisadora, na possibilidade de utilização de vídeos sob demanda. Os alunos gostariam de assistir as vídeo-aulas no momento mais conveniente, assim como a internet possibilita. Através de pesquisas, foi verificado que o middleware Ginga não permite tal prática. Assim, pode-se pontuar que uma dificuldade encontrada nesta pesquisa foi apontar uma solução para esta questão tão apontada pelos entrevistados, dificuldade esta, existente por questões tecnológicas da televisão digital. As questões de usabilidade se referem à impossibilidade de oferecer em um aplicativo para televisão digital, recursos oferecidos na web em um ambiente virtual de aprendizagem, por exemplo. Alguns recursos que os alunos de cursos EaD estão acostumados a utilizar na web não podem ser oferecidos via aplicativo interativo por exigir digitação de vários caracteres, ação impossibilitada pelo controle remoto e seu teclado numérico. Alguns estudos sobre usabilidade têm apontado prováveis soluções, como o uso de dispositivos de segunda tela para auxílio em digitação, como por exemplo, celulares e tablets conectados à televisão. Porém, no estágio de desenvolvimento que a televisão digital se encontra atualmente, estes limites pontuados ainda se mantêm. Sobre as possibilidades, pode-se pontuar principalmente a questão da multiprogramação. Esta é uma característica extremamente importante quando se pretende inserir a televisão digital interativa em cursos EaD. Os alunos deste tipo de

86 85 curso estão acostumados com a flexibilidade de horários que a web proporciona. Por este motivo o maior impasse identificado na inserção da televisão digital na rotina nestes alunos é pela questão da disponibilidade de acesso ao aplicativo interativo. Desta forma, a multiprogramação se torna característica fundamental para a demanda de acesso deste tipo de ferramenta educacional. Com ela é possível oferecer aplicativos interativos com finalidade educacional em um canal com conteúdo educativo, em vários horários ao dia, ampliando assim, as possibilidades de acompanhamento deste conteúdo pelos alunos. Recomendações de trabalhos futuros Por fim, são recomendados trabalhos futuros a partir desta dissertação: - Como a proposta de aplicativo foi apresentada somente através de vídeo ilustrativo, é recomendado o avanço nos estudos de sua programação em NCL; - Estudos em design e usabilidade podem ser continuados a partir desta proposta apresentada; - É recomendada a elaboração da quarta versão do aplicativo utilizando as sugestões dos alunos coletadas na segunda fase de pesquisa; - É possível realizar estudos acerca da inserção de aplicativos interativos em metodologias de cursos EaD; - Recomendam-se estudos sobre a inserção de dispositivos de segunda tela como opção para o uso do aplicativo. Depois destes apontamentos finais, é importante considerar que após a elaboração desta dissertação se espera que estudos na área de t-learning sejam avançados, e que as propostas apontadas em estudos desta natureza sejam colocadas em prática, para que desta forma, o ensino a distância tenha novas possibilidades de aplicação e acompanhe o avanço da tecnologia.

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90 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - Casa Civil. DECRETO N.º Disponível em Acesso em 13 de outubro de 2011 SANTAELLA. L. Cultura das Mídias. São Paulo, Brasil. Editora Experimento SCHIEFLER, Gustavo Henrique Carvalho. TV Digital: A nova ferramenta governamental para inclusão social. Disponível em: Acesso em 01 de julho de SCHIAVONI, Jaqueline. Mídia: O papel das novas tecnologias na sociedade do conhecimento. Disponível em: Acesso em 01 de julho de SILVA, Marco. Pedagogia do Parangolé: Novo paradigma em educação presencial e online. In: Sala de aula interativa, ed. Quartet, SILVA, P. R. B. da. A Percepção Docente sobre o Modelo de Educação Semipresencial utilizado no Telecurso Tec: Um programa de qualificação e habilitação técnica de nível médio, oferecido em escolas da rede pública estadual de educação. Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, SIMÃO, Lílian O. Estudo de tecnologias aplicadas à educação a distância. Dissertação de Mestrado. Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo, São Carlos, SOUZA, Emerson Carvalho de. Geração Digital: Relatório de leitura. s/resumos/geracao_digital_-_emerson_carvalho_de_souza.pdf. Acessado em 05 de junho de SOUZA, M. F. de. Conteúdo educativo para a televisão digital interativa. Trabalho de Conclusão (Mestrado em TV Digital: Informação e Conhecimento) - FAAC - UNESP, Bauru, SZKLARZ, Eduardo. A Internet nos Deixa Estúpidos: Entrevista com Mark Bauerlein. Revista Superinteressante, edição 256, set Acessado em 05 de junho de TAPSCOTT, Don. Geração digital: A crescente e irreversível ascensão da Geração Net. (tradução de Ruth Grabriela Bahr). São Paulo: Makron Books, TEIXEIRA, Lauro. Televisão Digital: Interação e Usabilidade. Goiânia: Ed. UCG, TELECURSO. Disponível em: Acessado em 22 de julho de TELECURSO TEC. Disponível em: Acesso em 22 de julho de

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92 91 APÊNDICES Apêndice 1 Termo de Ciência e Autorização Ref: Pesquisa Qualitativa sobre Telecurso Tec Objetivo: O objetivo desta pesquisa é levantar as facilidades e dificuldades de alunos, professores/tutores e gestores quanto à metodologia dos cursos do Telecurso Tec e o uso de suas ferramentas educacionais (vídeo, apostila e ambiente virtual) para uma pesquisa acadêmica (dissertação de mestrado para Unesp Bauru) que visa propor um modelo interativo de cursos EaD para televisão digital. Importante: A coleta de dados a qual você participará visa somente avaliar a metodologia dos cursos do Telecurso Tec e suas ferramentas. Não é você ou a escola que estão sendo avaliados! Protocolo verbal: É solicitado que você exponha suas facilidades e dificuldades quanto ao curso e suas ferramentas educacionais. Aceitamos todo o tipo de críticas e sugestões, pois o objetivo é propor uma melhoria nas ferramentas com o uso de uma nova plataforma: a televisão digital. Informações coletadas: Serão coletadas e gravadas (somente áudio) informações sobre suas facilidades e dificuldades quanto às ferramentas educacionais do Telecurso Tec: apostila, ambiente virtual e vídeos. Você será entrevistado e perguntas específicas serão feitas a respeito dessas ferramentas e do curso como um todo com o objetivo de colher informações (suas e de outros participantes) para propor melhorias na metodologia do curso através da nova plataforma: a televisão digital. Autorização de gravação de áudio: A entrevista realizada com você será gravada somente em áudio. Assinando este documento, você autoriza o autor a utilizar suas declarações, mas não o seu nome na dissertação de mestrado e em artigos acadêmicos, aulas, papers e apresentações em simpósios ou congressos científicos relacionados ao tema.

93 92 que quiser. Liberdade para a desistência: Você pode desistir da entrevista no momento Liberdade para perguntar: Se você tiver perguntas a fazer, pode questionar o entrevistador em qualquer momento. Nome (por extenso): Data: / / Assinatura:

94 93 Apêndice 2 Termo de Ciência e Autorização Ref: Pesquisa Qualitativa sobre Proposta de Aplicativo para Televisão Digital do Telecurso Tec Fase 2 Entrevistas em Grupo Objetivo: O objetivo desta nova etapa de pesquisa é colher a opinião dos alunos do Telecurso Tec, modalidade semipresencial, sobre a proposta de aplicativo para televisão digital que será apresentada. Os pontos questionados serão acerca da contribuição do aplicativo no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Todas as informações coletadas nesta pesquisa têm finalidade acadêmica (dissertação de mestrado para Unesp Bauru). Importante: A coleta de dados a qual você participará visa somente avaliar a proposta de aplicativo para televisão digital do Telecurso Tec. Não é você ou a escola que estão sendo avaliados! Protocolo verbal: É solicitado que você exponha suas opiniões quanto à proposta de aplicativo para televisão digital do Telecurso Tec. Aceitamos todo o tipo de críticas e sugestões, pois o objetivo é propor uma contribuição no processo de ensino-aprendizagem com o uso de uma nova plataforma: a televisão digital. Informações coletadas: A coleta de dados será realizada em grupo. Será proposta uma conversa entre os participantes, onde os mesmos deverão expor seus pontos de vista quanto à proposta de aplicativo para o Telecurso Tec. Autorização de gravação de áudio: A entrevista realizada com você, e outros participantes, será gravada somente em áudio. Assinando este documento, você autoriza o autor a utilizar suas declarações, mas não o seu nome na dissertação de mestrado e em artigos acadêmicos, aulas, papers e apresentações em simpósios ou congressos científicos relacionados ao tema. Liberdade para a desistência: Você pode desistir da entrevista em grupo no momento que quiser.

95 94 Liberdade para perguntar: Se você tiver perguntas a fazer, pode questionar o entrevistador em qualquer momento. Nome (por extenso): Data: / / Assinatura:

96 95 Apêndice 3 Questionário Fase 1: Entrevista Individual em Profundidade Perfil do Aluno: Idade: Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional: 1 - Por que você escolheu um curso EaD ao invés de um curso presencial? 2 - Como funciona a rotina dos encontros da modalidade semipresencial? 3 - Você acha importante ter encontros presenciais em um curso EaD? 4 - Das 3 ferramentas educacionais disponíveis para o seu curso: apostila, AV e vídeos, quais você mais gosta de utilizar? Sugestões.) 5 - O que você acha da apostila? (O que mais gosta? O que não gosta? 6 - O que você acha do AV? (Utiliza todos os itens e atividades? Quais usa? Quais não usa? Tem sugestões para melhorar?) 7 - O que você acha dos vídeos? Acredita que o aprendizado é melhor com a exibição dos mesmos? 8 - Você possui alguma dificuldade no curso e/ou na utilização das ferramentas educacionais disponíveis (apostila, AV e vídeos)? 9 - Você costuma acessar o AV de casa/trabalho? Com que frequência? 10 - Você já assistiu os vídeos fora da escola? De que forma (canal Youtube, link do Facebook ou emissora de televisão)?

97 Como você avalia sua experiência com tecnologia? 12 - Há quanto tempo você utiliza computador e internet? 13 - Em que locais você utiliza o computador? (Você possui computador com acesso à internet em casa? Quantos?) 14 - Em média, quantas horas por dia você acessa a internet? 15 - Você possui aparelho de televisão em casa? Quantos? 16 - Com qual frequência assiste televisão? (Quantas horas por dia?) 17 - Se o Telecurso Tec e outros cursos EaD, fossem disponibilizados via televisão digital você acredita que teria interesse em cursá-lo? Explique.

98 97 Apêndice 4 Roteiro de Pesquisa Fase 2: Entrevistas em Grupos Perfil do Grupo: Número de Pessoas: Participante 1: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 2: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 3: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 4: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 5: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 6: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 7: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 8: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. Participante 9: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:.

99 98 Participante 10: Idade:, Sexo: Profissão: Possui outra formação profissional:. * Uso restrito do moderador. Apresentação da proposta de aplicativo para o Telecurso Tec e explicação de utilização na televisão digital. Seção 1 - Coleta de opiniões sobre a proposta de uso do aplicativo: - Na modalidade semipresencial do Telecurso Tec - Na modalidade aberta do Telecurso Tec Seção 2 - Coleta de opiniões sobre as opções do aplicativo: - Trazidos da apostila: Aulas e Exercícios - Trazidos do AV: Fórum e Wiki Seção 3 - Coleta de opiniões sobre a contribuição do aplicativo no processo de ensino-aprendizagem. - Considerações sobre presença ou não do canal de retorno - Outras opções recomendadas para o aplicativo

100 99 Apêndice 5 Tabelas Ilustrativas Pesquisa de Satisfação e Pesquisa de Campo Tabela 1 Perfil dos alunos segundo Relatório de Pesquisa Quantitativa: Satisfação Alunos Telecurso Tec Característica Porcentagem Alunos que se dedicavam a alguma ocupação 66,74% Alunos que possuem emprego formal 61,8% Alunos com rendimentos até 3 salários mínimos 75,9% Alunos que não participam do orçamento familiar 50% Fonte: Dados de relatório de pesquisa Herkenhoff & Prates (2011) Tabela 2 Avaliação Geral segundo Relatório de Pesquisa Quantitativa: Satisfação Alunos Telecurso Tec Avaliação Porcentagem Alunos que consideram o curso Excelente 39% Alunos que consideram o curso Bom 57% Alunos que consideram o curso Regular Alunos que consideram o curso Ruim 4% 0% Fonte: Dados de relatório de pesquisa Herkenhoff & Prates (2011) Tabela 3 Perfil dos Respondentes: Pesquisa de Campo Grupo Idade Média Homens Mulheres Outra Formação Profissional Qtd. de Entrevistados ,6 29,

101 100 ANEXO Matéria publicada no Fórum SBTVD sobre Portaria da Multiprogramação em televisão digital. Fonte: Fórum SBTVD (2012).

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