Lei 6.019/74 Lei /17

Transcrição

1

2 EMENTA Lei 6.019/74 Lei /17 EMENTA Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, e dá outras Providências. Altera dispositivos da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e dá outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. Art. 1º - É instituído o regime de trabalho temporário, nas condições estabelecidas na presente Lei. Trata exclusivamente sobre trabalho temporário Art. 1º As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de serviço e contratante regem-se por esta Lei. Trata sobre trabalho temporário e terceirizado Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.

3 Lei 6.019/74 Lei /17 Art. 5º - O funcionamento da empresa de trabalho temporário dependerá de registro no Departamento Nacional de Mão-de-Obra do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Art. 4º Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. Art. 6º - O pedido de registro para funcionar deverá ser instruído com os seguintes documentos: Art. 6º São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário no Ministério do Trabalho: a) prova de constituição da firma e de nacionalidade brasileira de seus sócios, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; b) prova de possuir capital social de no mínimo quinhentas vezes o valor do maior salário mínimo vigente no País; III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ ,00 (cem mil reais).

4 Lei 6.019/74 Lei /17 Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: I - qualificação das partes II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário III - prazo da prestação de serviços V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho IMPORTANTÍSSIMO! 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela designado. IMPORTANTÍSSIMO! 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. IMPORTANTÍSSIMO! 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.

5 Lei 6.019/74 Lei /17 Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. ATENÇÃO! Presunção relativa Artigo 9 da CLT: Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. 1) Ampliação do prazo para o temporário 2) Não há necessidade de autorização do Ministério do Trabalho 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. Art O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra. 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos 1o e 2o deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. 6o A contratação anterior ao prazo previsto no 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

6 Lei /17 TERCEIRIZAÇÃO Lei /17 TERCEIRIZAÇÃO A PARTIR DESTE ARTIGO A LEI /17 REGULA ESPECIFICAMENTE O TRABALHO TERCEIRIZADO O que houve foi a inserção da lei de terceirização na Lei 6.019/74, alterando alguns de seus artigos, que recepcionaram a lei da terceirização. Art. 2o A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 4o-A, 4o-B, 5o-A, 5o-B, 19-A, 19-B e 19-C: Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. Ampliação da terceirização. Terceirizada por terceirizar. 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. ATENÇÃO! Presunção relativa, não absoluta. Artigo 9 da CLT Art. 4º-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros.

7 Lei /17 TERCEIRIZAÇÃO Lei /17 TERCEIRIZAÇÃO III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ ,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ ,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ ,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ ,00 (cem mil reais); e e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ ,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. ATENÇÃO! Terceirização exige relação de prestação de serviços DETERMINADOS E ESPECÍFICOS

8 Lei /17 TERCEIRIZAÇÃO Lei /17 TERCEIRIZAÇÃO 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato. ATENÇÃO! Normas de ordem pública. 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. ATENÇÃO! Faculdade, porém entendida como OBRIGATÓRIA 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de Art. 19-A. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora ao pagamento de multa. Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de Art. 19-C. Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos termos desta Lei. Pode haver ajuste nos contratos antigos. Porém, os novos devem seguir OBRIGATORIAMENTE esta lei

9 REFORMA TRABALHISTA Comentários Na Cãmara dos Deputados: Projeto de Lei 6.787/16 No Senado Fderral : PLC 38/17 Comentários políticos Profundamente inovadora e, ao mesmo tempo, conservadora Calcada em 6 pontos: Estrutura da reforma trabalhista 1) Permite a negociação diretal de ALGUNS direitos (descoletivização do direito do trabalho) 2) Permite a negociação de alguns direitos através de acordo ou voncenção coletiva de trabalho (coletivização do direito do trabalho) 3) Não permite a negociação, nem individual, nem coletivamente de alguns direitos 4) Trata do direito processual do trabalho 5) Trata do direito sindical 6) Legislado e negociado Obs.: O princípio que rege a estrutura do PL da Modernização das Leis do Trabalho é o da FACULDADE.

10 REFORMA TRABALHISTA Tópico Regra atual Como fica Objetivo/Vantagens Convenções (CCT) e Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) Não há previsão na CLT conferindo força de lei aos acordos e convenções. São inúmeras discussões e decisões do Judiciário trabalhista desqualificando acordos e convenções coletivos firmados. Prevalência do negociado sobre o legislado. Limitados os temas que podem ser negociados. São 13 temas que podem ser objeto de livre negociação, todos eles de interesse da Votorantim. Convenções e acordos coletivos terão uma ampliação de temas que poderão ser tratados e com maior segurança jurídica. Inclusão do conceito do hipersuficiente Prevalência do conceito do hipossuficiente, que agora está sendo relativizado. Os contratos de trabalho com salários acima de R$11.062,62 poderão ter a inclusão de cláusula arbitral para solução dos conflitos trabalhistas e negociadas as regras do contrato sem aval do Sindicato. Empresas poderão adequar os contratos de trabalho de profissionais mais qualificados as melhores condições e tendências de mercado; Regulamentação do distrato (rescisão do contrato de trabalho de comum acordo) Não existe previsão Legal Serão devidos pela metade: aviso prévio e multa FGTS Facilitará o encerramento de contratos por mutuo acordo. Banco de horas por acordo individual Hoje existe a possibilidade para todos da empresa desde que por acordo ou convenção coletiva. Empresa e empregado poderão definir banco de horas via acordo individual ou no próprio contrato de trabalho sem a necessidade de intervenção do sindicato. Maior autonomia e melhor gestão de uma das alternativas da forma de trabalho. Jornada de trabalho Limite máximo de 44 horas semanais com limite de 8 horas diárias sem o pagamento de hora extra (regra geral) Permanece o limite semanal de 44 semanais, porém, possibilitando a fixação de jornada diária em até 12 horas sem pagamento de hora extra. Maior flexibilização e adequação a necessidade de cada empresa.

11 REFORMA TRABALHISTA Tópico Regra atual Como fica Objetivo/Vantagens Jornada de trabalho (intervalo para refeição e descanso) Garantia de no mínimo 1 hora para refeição e descanso. Autoriza redução para no mínimo 30 minutos para refeição e descanso. Maior flexibilização e adequação a necessidade de cada empresa Jornada de trabalho (homeoffice) Não existe expressa previsão legal, mas aceitável como regra. Autorização expressa em lei. Elimina insegurança jurídica Trabalho intermitente (contratação por demanda especifica) Não existe previsão legal. Na prática as empresas acabavam não contratando nessa modalidade. Empregado acionado mediante necessidade da empresa e pagamento realizado por hora de serviço. Oficialização de nova forma de trabalho. Parcelamento de férias Máximo 2 períodos, sendo um de no mínimo 10 dias. Máximo 3 períodos, sendo um de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias. Redução dos riscos de autuações e reclamações trabalhistas. Representante dos empregados no âmbito da empresa para solucionar amigavelmente conflitos Existe previsão na Constituição Federal, porém, sem regulamentação Represente será eleito pelos empregados, sem interferência da Empresa e do Sindicato. Base territorial: nacional De 200 a 3000 empregados = 3 representantes. De 3000 a 5000 = 5 representantes A partir de 5000 = 7 representantes Solucionar conflitos ainda no âmbito empresarial, evitando judicialização. Ponto de atenção: a depender dos representantes escolhidos, pode ocasionar maiores problemas do que solução. Contribuição Sindical Obrigatória Opcional para o empregado Maior autonomia para o empregado decidir Sucumbência recíproca Não existe condenação em verbas sucumbência (regra geral). Estabelece condenação de honorários de sucumbências para os pedidos improcedentes. Inibe-se pleitos nas reclamações trabalhistas manifestamente improcedentes. Por outro lado, para pedidos controversos tanto empresa como reclamante arcarão com honorários de sucumbência no que perderem.

12 REFORMA TRABALHISTA Tópico Regra atual Como fica Objetivo/Vantagens Arquivamento de reclamação trabalhista O reclamante pode desistir e repropor a reclamação trabalhista em até 3 vezes. Proibida a reproposição de reclamação trabalhista. Reduzir a quantidade de reclamações. Sucumbência recíproca Não existe honorários de sucumbência na Justiça do trabalho. Com exceção dos reclamante assistidos por Sindicato. Reclamantes nunca arcam com sucumbência. Honorários de sucumbências arbitrados pelo juiz (5% a 15% do pedido). Mesmo com justiça gratuita, reclamante terá que arcar com pagamento dos honorários proporcionais aos pedidos improcedentes, inclusive perito Redução de pedidos aleatórios (loteria) Reclamantes e advogados laborais pensarão duas vezes antes de ingressar com pedidos aventureiros. Reavaliar nossa provisão, risco do acréscimo de 15%. Novo rito para Precedentes e Orientações Jurisprudenciais TRTs e TST legislam através de Sumulas e Enunciados. Teremos requisitos mínimos para criação e edição de sumulas e enunciados. Limitar as interpretações ampliativas e em alguns casos criativas do TST Depósito recursal Somente aceito em dinheiro Criada a opção de substituição por fiança bancária ou seguro garantia judicial. Evita desembolso total Quitação anual (facultativo) Não existe Empresa e empregado poderão se reunir anualmente para formalizar termo de quitação de direitos, perante o sindicato. Visa eliminar Reclamações trabalhistas. Prescrição intercorrente Não existe previsão legal. Tribunais não aplicavam na justiça do trabalho. Prescreve em dois anos os créditos trabalhistas que não forem executados pela parte contraria. Colocar fim nas demandas trabalhistas sem movimentação efetiva por mais de 2 anos.

13