A Importância de um Programa Espacial. 08 de junho de 2017
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- Maria Vitória Weber Vilanova
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1 A Importância de um Programa Espacial 08 de junho de 2017
2 1. Razões político-estratégicas para os países terem programas espaciais
3 Razões para os países terem programas espaciais Político-estratégicas Soberania e autonomia Para a soluções dos problemas e desafios nacionais Para a promoção do desenvolvimento econômico e social e retorno socioeconômico Para a geração de empregos de alta qualificação
4 A intensidade tecnológica da atividade aeroespacial é a segunda, no ranking da OCDE.
5 Valor agregado na indústria espacial US$/kg US$/kg 0,2 US$/kg
6 Empregos no setor espacial Construção do Módulo Harmony da Estação Espacial Internacional Fonte: Site da NASA
7 2. A economia espacial no contexto mundial
8 Cadeia de valor sustentável (Bilhões Euros/ano) 1,8 Satélites 0,5 1,5 Lançadores 0,4 7 Venda de 0, capacidade 21 Navegação Segmento Solo 0,5 55 Relatório OCDE, 2008 Telecom Serviços 4,6 Obs. da Terra e Meteorologia
9 O mercado espacial mundial Em 2011 as receitas da indústria de satélites representaram 61% das receitas da indústria espacial, e 4% das receitas globais da indústria de telecomunicações State of the Satellite Industry Report 2012 The Tauri Group
10 Aplicações de satélites e sua distribuição (Situação em dezembro/2015) O número de satélites cresceu em 39% no período de 2011 a 2015: A média de satélites lançados por ano, neste período, cresceu 36% em relação ao quinquênio antecedente. Pequenos satélites, colocados em órbitas LEO, contribuíram para esse crescimento. A vida média de certos tipos de satélites está em crescimento (ex.: satélites de comunicação). 59 países possuem empresas que operam pelo menos um satélite (algumas como parte de consórcios regionais). State of the Satellite Industry Report June 2016 The Tauri Group
11 3. Os investimentos governamentais no mundo e índices de competitividade
12 Investimentos governamentais no setor espacial US$ Bilhões (2013) * 39,332 6,110 5,265 3,597 2,713 1,687 1,223 1,200 1,159 0,367 0,183 * Fonte: OCDE e World Bank 2014 ** El Sector Espacial Argentino 2014
13 Investimentos governamentais no setor espacial Em % do PIB (2013) * PIB 2013 (US$ Trilhões) 0,236% 0,236% EUA China Japão 0,193% Alemanha França Reino Unido Brasil Russia Itália Índia Coreia do Sul 0,097% 0,073% 0,064% 0,062% 0,057% Argen na ,045% 0,024% 0,014% 0,007% * Fonte: OCDE e World Bank 2014 ** El Sector Espacial Argentino 2014
14 4. Avanços nos programas espaciais da Índia e Argentina
15 Índia ISRO Indian Space Research Organisation (1969) Orçamento anual acima US$ 1 bilhão desde 2008 Mais de empregados 81 missões espaciais, 55 lançamentos, 6 satélites estudantis, 2 missões de reentrada e 74 satélites estrangeiros lançados Entre as 6 maiores agências espaciais do mundo Fontes: isro.gov.in e fultron.com satélite satélite observação da comunicação Terra APPLE Bhaskara-I completou ciclo de desenvolvimento espacial PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) - veículo lançador de até 20 satélites em um voo; satélites até 1.750kg 2013 MOM (Mars Orbiter Mission) - satélite Mangalyaan entrou órbita Marte setembro 2014; custo US$74 milhões (missão MAVEN/NASA MUS$671) 2014 LVM 3 - teste veículo lançador capacidade satélites até 4 toneladas 2016 RLV (Reusable Launch Vehicle) - voo hipersônico experimental veículo lançador reutilizável
16 Argentina CONAE Comisión Nacional de Actvidades Espaciales (1991) INVAP Empresa estatal de desenho, integração, construção e entrega de equipamentos, plantas e dispositivos nas áreas aeroespacial, nuclear, comunicações e defesa (1976) ARSAT Empresa estatal de Soluções Satelitais (2006) Criação do Centro de Ensayos de Alta Tecnologia CEATSA (2010) Orçamento acima US$ 1 bilhão desde 2013 Mais de empregados Objetivo: ser primeiro país da América do Sul a completar ciclo de desenvolvimento espacial e construir veículo espacial Fonte: El Sector Espacial Argentino Conae (2014) 2000 satélite observação da Terra SAC-C 2011 satélite SAC- D/Aquarius coleta de dados ambientais 2014 satélite geoestacionário ARSAT satélite geoestacionário ARSAT Tronador II veículo lançador satélites até 250kg - versão experimental VEX 5A (operativo 2018/2020) 2017 lançamento satélite geoestacionário ARSAT lançamento satélite observação microondas SAOCOM lançamento satélite observação microondas SAOCOM lançamento satélite observação da Terra SABIA-Mar 1 (parceria Brasil)
17 5. Razões para o Brasil ter um Programa Espacial próprio
18 O Brasil é um País Grande População > 100 milhões Área > 5 milhões de km 2 Nigéria EUA Rússia China Paquistão Indonésia Austrália Índia Bangladesh Canadá Brasil México Japão França Alemanha Itália PIB > 1 trilhão de USD Espanha Reino Unido
19 Florestas Fronteiras ( km) Agricultura Área: 8,5 milhões de km 2 População: 207 milhões Área Costeira ( km) Pesca Recursos Hídricos Petróleo Recursos Minerais Pecuária Brasil Um país com grande vocação espacial
20 Razões para um Programa Espacial Brasileiro Alimentação Meio Ambiente Comunicação Segurança
21 Somente em 2009 houve ganhos de mais de R$ 230 milhões com o uso de informações meteorológicas
22 A capacidade de reação contra incêndios florestais depende de monitoramento em tempo real
23 A gestão de desastres baseia-se em imagens de satélites e capacidade de comunicações independentes da rede terrestre
24 6. O Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro
25 Construção da Base Institucional CLA 1983 IAE 1969 INPE 1971 MCT 1985 AEB 1994 CLBI 1965 COBAE 1971 CTA 1946 ITA 1950 CNPQ 1951 GOCNAE 1961 CNAE 1963 GETEPE 1966
26 Construção da Base Industrial Nacional ATECH /EZUTE 1997 ORBITAL 2001 VISIONA 2012 EQUATORIAL 1996 COMPSIS 1989 CENIC 1993 NEURON 1992 AEL 1982 OPTO ELETRONICA 1985 FIBRAFORTE 1994 OMNISYS 1997 MECTRON 1991 AVIBRAS 1961 EMBRAER 1969
27 A criação da AEB A Agência Espacial Brasileira AEB é uma Autarquia Federal, de natureza civil, criada em 1994 para coordenar e promover atividades espaciais de interesse nacional. (Lei 8.854, de 10 de fevereiro de 1994)
28 Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais PNDAE Objetivo Estratégico: Promover a capacidade do País para, segundo conveniência e critérios próprios, utilizar os recursos e as técnicas espaciais na solução de problemas nacionais e em benefício da sociedade brasileira. (Decreto nº 1.332/1994)
29 Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais SINDAE Organizar a execução das atividades destinadas ao desenvolvimento espacial de interesse nacional (Decreto Nº 1.953/1996)
30 Estrutura de Governança e Gestão do Programa Espacial Brasileiro Presidência da República Ministério da Defesa Comando da Aeronáutica Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Outros Ministérios Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial AEB Conselho Superior Instituto de Aeronáutica e Espaço Centro de Lançamento de Alcântara Centro de Lançamento da Barreira do Inferno INPE Indústria Academia Veículos Lançadores Centros de Lançamento Satélites e Aplicações
31 Defesa Civil Mudanças Climáticas Proteção Ambiental Segurança Alimentar Tecnologia e Aplicações Espaciais Segurança Alimentar Meteorologia Observação Vigilância Ciência e Tecnologia Segurança Comunicações Mobilidade Posicionamento Acesso ao Espaço Educação Transportes Lazer Defesa
32 Convertendo dados em conhecimento Missões de observação da terra e do universo, e de comunicações Controle, recepção, processamento e distribuição de dados espaciais Ciência Espacial e Ciência do Sistema Terrestre Produtos inovadores e singulares para a sociedade
33 Macro Objetivos Estratégicos Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE SOCIEDADE APLICAÇÕES ESPACIAIS SOLUÇÃO DE PROBLEMAS NACIONAIS COMPETITIVIDADE SATÉLITES INOVAÇÃO INFRAESTRUTURA AUTONOMIA INDÚSTRIA LANÇADORES CAPACITAÇÃO
34 PNAE Principais Diretrizes Estratégicas 1. Consolidar a indústria espacial brasileira. 2. Desenvolver intenso programa de tecnologias críticas.. 3. Promover maior integração do sistema de governança das atividades espaciais no país. 4. Aperfeiçoar a legislação para dinamizar as atividades espaciais (compras governamentais, recursos para o Fundo Setorial Espacial e a desoneração da indústria, e adoção de direitos e deveres internacionais). 5. Fomentar a formação e capacitação de especialistas. 6. Promover a conscientização da opinião pública sobre a relevância do setor espacial brasileiro.
35 7. Os principais projetos em desenvolvimento
36 Monitoramento de desastres naturais: missão de coleta de dados ambientais por satélite Plataformas de Coleta de Dados ambientais distribuídas pelo território nacional Usuários governamentais: MCTIC/INPE/CPTEC/CEMADEN; MMA/ANA; MD; MAPA/INMET; Defesa Civil Teresópolis, Rio de Janeiro, 12 de Apresentação janeiro de 2011 feita na reunião ordinária de junho de 2017 do FORUMCTIE
37 - Satélite SGDC - Contratação da fabricação e lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas realizada em 2013 Modelo de gestão por comitês de governo (Decreto 7.769/2012) Criação da Visiona (Embraer + Telebras) Implementação do Plano de Absorção e Transferência de Tecnologia (PATT) a partir de 2014: - Absorção de Tecnologia: 65 profissionais capacitados nas dependências da TAS/França desde Transferência de Tecnologia: 5 contratos com empresas nacionais firmados em dezembro/2015 Lançamento do satélite em maio/2017
38 SGDC - Cobertura em banda Ka Feixes de 350 e 700 km de diâmetro; 67 Feixes 4+1 = 5 Gateways (1 backup) 2 Centros de Controle Brasília (P) e Rio de Janeiro (R)
39 Missão para comunicações estratégicas - Defesa e Governo - Satélite SGDC Usuários governamentais: MCTIC/TELEBRAS; MD; demais ministérios com necessidades de comunicações seguras de governo Social: Há regiões em que a rede terrestre da TELEBRAS não terá capilaridade suficiente para o atendimento e não há motivação para atendimento pelas operadoras privadas. Atendimento ao PNBL: banda larga em aproximadamente municípios. Defesa: Hoje, a comunicação por satélite para o Ministério da Defesa é controlada por empresa estrangeira, resultando na: MD Estratégia Nacional de Defesa (END) Inclusão Digital PNBL - Vulnerabilidade das comunicações do MD. - Possibilidade de perda da posição orbital brasileira.
40 Principais projetos em desenvolvimento - Satélites de Pequeno Porte - Lançamento Setembro de 2015 SERPENS (primeira missão) Consórcio de Universidades UnB UFABC UFSC UFMG IFF SERPENS 2 Consórcio coordenado pela UFSC
41 Principais projetos em desenvolvimento - Satélites de Pequeno Porte - ITASAT 14 Bisat
42 Principais projetos em desenvolvimento - Veículos Lançadores - VLM Veículo Lançador de Microssatélites
43 8. Os principais desafios do Programa Espacial Brasileiro
44 Desafios e obstáculos ao PNAE
45 10. Palavras finais
46 Questões para reverter a percepção sobre os resultados efetivos do nosso programa espacial É necessário reconhecer que programas de estado, via de regra, como os programas espaciais, sempre exigirão a presença e competência do estado, para formular os requisitos dos sistemas e missões, e contratar sua execução. A opção, tantas vezes exercida no passado, de fazer ele próprio, vem se mostrando cada vez menos eficaz. Torna-se fundamental que o Brasil entenda que não há alternativa fora da plena atribuição à indústria nacional da responsabilidade pelo desenvolvimento dos projetos em sua fase industrial. Ao estado não cabe mais fazer, mas deixar que façam, em seu próprio benefício.
47 O Brasil é um país grande. Vamos transformá-lo em um grande país.
48 Apresentação feita OBRIGADO na reunião ordinária de junho de 2017 do FORUMCTIE Obrigado!
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