COOPERAÇÃO NAS REDES INTERORGANIZACIONAIS DO APL DE ROCHAS ORNAMENTAIS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES

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2 1. Introdução O cenário atual se caracteriza por um crescimento da internacionalização econômica intensificando-se a necessidade de reorganização e mudanças dos modelos de gestão empresarial. Dentro deste cenário, a concentração geográfica de empresas assumida como aglomerados industriais tem assumido um papel de destaque no desenvolvimento econômico de países e regiões. Essas aglomerações tem tido sucesso principalmente pelo fato de que as empresas inseridas são estimuladas a organizarem-se de forma cooperativa, desenvolvendo sistemas complexos de interação. O resultado deste processo se frutifica em uma eficiência coletiva decorrente das ações conjuntas entre as empresas proporcionando maior competitividade, em comparação das empresas que atuam isoladamente no mercado. Os aglomerados industriais se referem ao agrupamento de empresas concentradas geográfica e setorialmente. A presença de fornecedores, prestadores de serviços, produtores de componentes e de partes, fabricantes de máquinas e equipamentos e entidades públicas e privadas que compõem a cadeia produtiva, geram uma estrutura em que se destacam as interrelações locais. Trata-se, portanto de um conjunto de agentes que obtém o produto final a partir de uma forte sinergia de esforços, e não apenas o resultado de soma das partes isoladas. (GARCIA; MOTTA, 2005, apud AMATO NETO, 2005) Existem grandes casos de êxito de aglomerados industriais que se destacaram em meados da década de 70 como as redes de pequenas e médias empresas nos Distritos Industriais italianos da chamada Terceira Itália e os sistemas produtivos locais na França, Alemanha e Reino Unido. Destacam-se também as pequenas empresas de base tecnológica da Rota 128 e do Vale do Silício, localizadas nos Estados Unidos. (SANTOS, 2005) Considerando as questões conceituais apresentadas e que no Brasil, especificamente no Espírito Santo, a presença do APL de Rochas Ornamentais localizado na região sul, possibilita ao Estado ser líder em produção e exportação de rochas minerais do país, estabeleceu-se como objetivo principal desta pesquisa identificar as formas de cooperação praticadas por duas empresas do APL de rochas ornamentais de Cachoeiro de Itapemirim-ES. A pesquisa se justifica na importância do conhecimento das formas de cooperação desenvolvidas pelas empresas frente a este dinâmico cenário. Nas aglomerações industriais as empresas estão desenvolvendo sistemas de cooperação baseado em suas experiências locais, na maioria dos casos sem um acompanhamento teórico - cientifico. Além do conhecimento das formas de cooperação, é necessário avaliar qual nível de desenvolvimento estão os relacionamentos, exigindo o contato universidade-empresa que se realizou por meio desta pesquisa. A escolha por estudar o Arranjo Produtivo Local (APL) de Rochas Ornamentais deu-se pela importância socioeconômica que este possui no estado do Espírito Santo, ocupando hoje a posição de maior exportador de rochas do país. O artigo foi estruturado de forma a facilitar o entendimento da seguinte forma: a segunda seção apresenta referencial teórico que vai suportar conceitualmente as análises da pesquisa empírica. A terceira seção descreve a metodologia. Na quarta seção serão analisados dois dados da pesquisa empírica para, na última seção serem apresentadas as considerações finais. 2. Referencial Teórico Para Cassiolato e Lastres (2003) os distritos industriais conceituam aglomerações de empresas interdependentes com elevado grau de especialização, seja de caráter horizontal (entre 2

3 empresas de um mesmo segmento, ou seja, que realizam atividades similares) ou vertical (entre empresas que desenvolvem atividades complementares em diferentes estágios da cadeia produtiva). Cassiolato e Lastres (2003) que afirmam que mesmo os arranjos produtivos sendo os mais adequados para promover geração, aquisição, difusão de conhecimento e inovações, consideram que a competitividade das empresas e outras organizações dependa da amplitude das redes em que participam e principalmente do uso que fazem das mesmas. Objetivando formar parcerias produtivas, as empresas presentes nos aglomerados cooperam entre si, na tentativa de obter vantagens competitivas, desenvolvendo em conjunto ações que isoladamente seriam de difícil e muitas vezes impossível realizar sozinhas. Neste ambiente surgem as redes empresariais ou redes de cooperação, os arranjos produtivos locais e outras tecnologias de gestão conjuntas. (WITTMANN; DOTTO; BOFF, 2003). Segundo Wittmann, Dotto e Boff (2003) a intensificação da cooperação empresarial na busca de competitividade e sua interface com o desenvolvimento da região onde as empresas se inserem provocaram em muitos países a presença de incentivos governamentais visando o crescimento dessas aglomerações produtivas através de políticas públicas. Isso também impacta positivamente no crescimento regional. Dentre as tipologias de redes de cooperação destacam-se as redes verticais e horizontais. Para Pyke ([199-] apud CARDOZA; CARPINETTI; GEROLAMO, 2005), uma rede horizontal de empresas é formada entre os competidores. Nesse tipo de rede a cooperação ocorre entre vários grupos de empresas com iniciativas comuns sobre determinadas questões do negócio. Dentre os principais benefícios de uma rede horizontal pode-se destacar: Economias de escala (as PME s podem unir esforços para reduzir os custos e aumentar os volumes de produção). Maior poder de negociação (custos menores de matéria-prima em função das compras coletivas, acesso aos mercados que exigem mais qualidade, introdução de tecnologias, facilidade para negociar com as grandes empresas etc.). Maior capacidade de gerenciar estrategicamente o setor (as redes de empresas oferecem melhores condições para tomar as decisões estratégicas porque podem reduzir/dividir os riscos, colocando mais rapidamente em prática as ações coletivas). Implantar ações coletivas (frágeis e fortes) para promover a cooperação: campanhas publicitárias ou de promoções coletivas, capacitação técnica e gerencial coletiva, serviços comuns compartilhados, dividir os custos para participar feiras comerciais, participar de consórcios de exportação, pesquisas e desenvolvimento de produtos etc. Pyke ([199-] apud CARDOZA; CARPINETTI; GEROLAMO, 2005) também define que uma rede vertical de empresas agrupa as empresas que formam uma cadeia de abastecimento que, em muitos casos, é governada por uma grande multinacional. Portanto, nesta configuração industrial torna-se importante estabelecer estruturas e infra-estruturas robustas nos APL s e promover e fortalecer os vínculos entre as empresas do APL s. 3. Descrição Metodologia da Pesquisa Trata-se de um estudo descritivo na abordagem qualitativa que de acordo com Maanen (1979, apud Neves, 1996) tem por objetivo traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social reduzindo a distância entre entrevistador e entrevistados, entre teoria e dados, entre contexto e ação. Realizou-se quatro estudos de caso para que fosse possível não só descrever 3

4 mas também explicar as diferenças encontradas nas quatro organizações participantes da pesquisa. A seleção das empresas foi feita a partir de uma pesquisa quantitativa realizada na qual constam 54 questionários respondidos das 245 empresas pesquisadas do Arranjo Produtivo Local (APL) de Cachoeiro de Itapemirim-ES. O estudo de caso como estratégia exploratória escolhida por dar a oportunidade de se examinar acontecimentos contemporâneos sem a necessidade de se manipular comportamentos relevantes (Yin, 2001). Selecionadas as empresa optou-se por entrevistar um representante de cada empresa, sendo que todos eram gerentes e possuíam autonomia para falar em nome da mesma. A fim de manter o sigilo das informações coletadas as quatro empresas são aqui denominadas Empresas W, Z, X e Y. Para a realização das entrevistas utilizou-se um roteiro sendo as mesmas gravadas e transcritas para evitar viés nas falas dos sujeitos entrevistas. O roteiro foi adaptado a partir de pesquisa anteriormente realizadas em outro arranjo produtivo. Os dados foram coletados nos meses finais do ano de Análise da Pesquisa Empírica Antes de iniciar a análise da pesquisa atual apresenta-se aqui alguns resultados da pesquisa quantitativa a fim de melhorar o entendimento do contexto no qual as empresa estão inseridas. 4.1 Contexto do APL Com relação ao mercado consumidor 35,6 % das empresas exportam para o mercado Norte- Americano, com pouca representatividade dos outros mercados externos. Na aquisição de máquinas de ultima geração 42,4 % das empresas os adquirem dentro do próprio APL de Cachoeiro, no sul do ES, sendo que este número sobe para 83,8 % para equipamentos convencionais, 83,7 % na contratação de serviços, 69,4 % para fornecimento de granalha e abrasivos e 66,7 % do fornecimento de lâminas e de fio diamantado. Isso demonstra que do ponto de vista do fornecimento de insumos e equipamentos este APL já encontra-se bem estruturado. Entretanto, com relação à cooperação interorganizacional 95,3 % das empresas os relacionamentos com as demais empresas do setor ocorrem por meio de troca informal de informações, sendo que 67,4% seu relacionamento limita-se, exclusivamente, à aquisição de insumos. Além disso, 62,5 % disseram não ter nenhum tipo de relacionamento com Universidades e Centros Tecnológicos, o que indica não só a pouca cooperação interorganizacional como a pouca cooperação para inovação tecnológica e gerencial. 4.2 Análise das Empresas Nesta pesquisa procurou-se entender como as empresa enxergam a importância do APL para seu desenvolvimento. A empresa Z, explica que nos últimos 10 anos o mercado capixaba, principalmente Cachoeiro, vivenciou um crescimento notável, pois máquinas de alta tecnologia foram importadas pelas empresas visando adquirir melhor qualidade dos produtos. Estas inovações tecnológicas obrigaram as empresas a se organizarem principalmente no processo produtivo, aumentando o contato entre elas em busca de trocas de experiências e melhores práticas contra os gargalos de produção. Como relação a localização geográfica, segundo a empresa Z destaca que em torno de Cachoeiro existe a facilidade de acesso tanto de matéria-prima quanto de prestadores de serviços e fabricantes de maquinas e equipamentos; demonstraram que ao passar dos anos a troca de informações com ênfase no aprendizado foi importante para o crescimento e ainda o APL proporcionou ações em conjunto frente ao governo. 4

5 Da mesma forma as empresas X e Y, dentre os problemas citados pelas empresas cuja inserção no APL tem ajudado a resolver, destacaram: acesso a fornecedores de insumos e máquinas; crédito para compra de máquinas e equipamentos; inadimplência de clientes internacionais; mão-de-obra qualificada e; questões ambientais que envolvem e extração e beneficiamento de rochas, por exemplo, a destinação dada aos resíduos provenientes do processo produtivo. Paradoxalmente a empresa W considera não haver uma mentalidade coletiva entre as empresas concorrentes, principalmente no que se refere às inovações tecnológicas, sendo esta mesma visão compartilhada pela empresa Z quando afirma não haver uma visão coletiva entre a maioria das empresas na difusão de inovações tecnológicas. Do ponto de vista do relacionamento com os fornecedores todas as empresas afirmam que existe um relacionamento formal com os fornecedores quanto com vendedores. Entretanto, estes contratos se limitam em sua natureza de compra e venda, sem qualquer outra abrangência de relacionamento mais amplo. As empresas X e Y afirmam que os contatos com associações é feita de forma informal o mesmo acontecendo com as empresas Z e W. Entretanto, observou-se que estas duas últimas destacaram que a relação com as entidades que garante acesso a informações que envolvem mudanças na legislação ambiental e tributária, disponibilidade de créditos além de descontos em cursos, por exemplo. Foi observado que existe hoje naquele APL uma rede denominada Rede Rochas, sendo esta uma associação que não se restringe a comportar somente empresas produtoras de rochas ornamentais, mas também está aberta aos fornecedores do setor e demais agentes do arranjo. Assim, dentro desta associação existem grupo de trabalho divididos por temas especificos. A empresa X e Y participam de dois grupos de trabalho cada uma, sendo grupos de trabalhos diferentes. As empresas Z e W, disseram participar do Rede Rochas sem especificar em quantos grupos participam. Com relação aos benefícios relacionados à participação nas redes as empresas W e Z disseram participar do o principal objetivo é a aprendizagem coletiva através da troca de informações e da interação entre seus integrantes, por meio de visitas técnicas e reuniões semanais. A a Empresa Y foi mais enfática na importancia da rede pois considera crucial sua participação na rede, pois através dela as empresas estão conseguindo resolver questões ambientais junto a órgãos públicos efetuando parcerias que geram benefícios inclusive para a sociedade. Ou seja para esta empresa a Rede Rochas tem cumprido diferentes funções de caráter especifico. Considera-se importante, neste momento, abrir um espaço para uma reflexão sobre a conceituação e estruturação das redes interorganizacionais. Nas discussões promovidas dentro do grupo de pesquisa observa-se na literatura confusões conceituais quando se trata do tema redes. Julga-se relevante separar a conceituação das redes denominadas redes sociais organizacionais daquelas redes denominadas redes interorganizacionais. Esta separação se faz necessária pois as redes sociais existem, independentemente das redes interorganizacionais existirem, ou seja, todas as organizações fazem parte de um ambiente social e se relacionam socialmente com outras organizações, formando assim as redes sociais. Desta forma, toda e qualquer organização pertence a uma rede, é inflenciada por ela e também a influencia. Entretanto, na visão dos autores, as redes interorganizacinais devem ser diferenciadas das redes sociais principalmente em dois aspectos, a objetividade e a temporalidade. O primeiro 5

6 refere-se à necessidade de serem estabelecidos objetivos especificos com metas definidas para aquela rede, ou seja, deve estar claro para todos os membros das redes interorganizacionais o que desejam fazer em rede. Julga-se, assim, que os benefícios e os resultados das redes interorganizacionais, bem como as funções de cada organizações dentro dela, estejam definidas a fim de facilitar a visualizão dos resultados alcançados e da contribuição de cada uma. O segundo aspecto que as diferencia está associado à temporalidade. As redes interorganizacionais devem ser estabelecidas com prazo de validade. Neste caso pode-se trabalhar de duas formas, na primeira tem-se a estruturação de uma rede com caráter permente, mas que periodicamente passa por discussões relacionadas aos objetivos daquele período. Na segunda o próprio período de existência da rede é estabelecido e perdura enquanto os objetivos delineados não forem atingidos. Entretanto, assim, que os objetivos forem alcançados esta rede interorganizacionail será desfeita, possibilitando assim a formação de outras redes cooperativas com outros objetivos. O que se tem observado, tanto dentro da academia quanto junto aos empresários, é que a percepção com relação a formação das redes interorganizacionais tem dois pressupostos: 1- que as redes interorganizacionais envolverão todos os setores da empresa ou todos os processos das organizações e, 2-que as redes são eternas. Estes pressupostos têm causado dificuldades na integrações entre as empresas, pois fica a percepção de que ao participar de uma rede de cooperação interorganizacional as empresas terão que abrir todas as suas informações e que estarão ligadas à aquela rede para sempre. Entretanto, deve ficar claro que nenhum dos dois pressopostos devem verdadeiros, muito pelo contrário devem ser negados. Se assim for, torna-se possível que empresas que são competidoras no mercado, perticipem de redes que cooperem em questões relacionadas ao desenvolvimento de novas tecnologias, de solução dos problemas ambientais e, eventualmente, de problemas de inserção de novos mercados, dividindo os investimentos nestes setores, aumentando sua competitividade. Ou seja, não é porque as empresas são concorrente que não possam cooperar, podem sim, mas naqueles setores/processos que não afetem sua competitividade. Na verdade o objetivo da formação da rede é aumentar a competitividade de todos que participam desta rede. Assim, as emrpesas que participaram da rede interorganizacional terão melhores condições, quando observados os objetivos estabelecidos naquela rede de cooperação, com relação às empresas que estão fora da rede, mas com iguais condições às empresas que dela participaram. Sinteticamente as redes devem melhorar aspectos específicos para os quais foram criados para aquelas organizações que se organizaram em uma determinada rede de cooperação interorganizacional. Voltando a análise dos casos, do ponto de vista do relacionamento da empresa com demais agentes do APL visando a inovação de produtos e processos, tanto as empresas X e Y consideram que haja um distanciamento e uma mentalidade até individualista entre as empresas do APL. A empresa Z destacou que não enxerga a presença de universidades e centros de pesquisa dentro do APL atuando com os demais participantes, consideranado que o APL carece de entidades que promovam a difusão do conhecimento. As empresas Z e W consideram estarem bem abertas quanto a divulgação de suas tecnologias. No entanto, ambas não percebem esta abertura na maioria das empresas do arranjo. Fato observado nos autores Cassiolato e Lastres (2003) que afirmam que mesmo os arranjos produtivos sendo os mais adequados para promover geração, aquisição, difusão de conhecimento e inovações, considera-se que a competitividade das empresas e outras organizações dependa da amplitude das redes em que participam e principalmente do uso que fazem das mesmas 6

7 Todas as quatro empresas consideram que é muito fraca a presença de universidades e centros tecnológicos no APL, que seriam de grande importância diante do entrave tecnológico. Esta observação está em consonância com Garcia e Motta (2005, apud Amato Neto, 2005) diante dos desafios encontrados pela empresa W de sobreviver e se desenvolver em um contexto em que a concorrência tem se tornado cada vez mais acirrada, empresa se aliou com outras empresas buscando uma nova forma de gestão, proporcionando segundo Wittmann, Dotto e Boff (2003) ganhos em eficiência coletiva geradas por ações conjuntas resultante desta interação. Entretanto a empresa X a Rede Rochas tem criado uma mentalidade coletiva e de responsabilidade social aos participantes gerando um clima de aprendizagem muito grande através do intercâmbio de informação e experiências. Isso favorece a disseminação do conhecimento, sendo este um ativo intangível de extrema importância para as empresas do APL. A sinergia gerada entre os participantes dentro desse ambiente cooperativo associa o desenvolvimento individual com o coletivo, aumento assim a interdependência e compartilhamento de ações coordenadas. Essa interação em rede vem confirmar o conceito de redes interorganizacionais definidos por Nakano (2005, apud OLAVE; AMATO NETO, 2005) e pelos estudos da REDESIST. 5. Considerações Finais Diante dos resultados apresentados e discutidos, é possível realizar algumas considerações sobre as formas de cooperação praticadas pelas duas empresas e avaliar o nível de desenvolvimento cooperativo das empresas. A empresa W se instalou em torno de Cachoeiro principalmente pelo acesso ao mercado que a região pode proporcionar. Conhece o conceito de APL e sabe desfrutar das vantagens que ele oferece, considerando o mesmo crucial para a sobrevivência da sua empresa. Participa de duas redes que possibilitam trocar experiências, desenvolver novas técnicas de gestão gerencial e da produção e ainda alavancar sua comercialização. Em suas dificuldades, a empresa mostra agir em conjunto com as parceiras das redes, como aconteceu frente aos fornecedores onde isoladamente seria impossível vencer sozinha. Observa-se ainda a importância dada à divulgação da inovação tecnológica dentro de sua rede de parceiros. O fato de realizar a divisão de tarefas de grandes projetos entre as nove empresas do grupo de comercialização e ter o Sebrae realizando a função de governança do grupo demonstra um nível de maturidade avançado. Esta empresa destaca por desenvolver com mais êxito pelo menos duas formas de cooperação: participar ativamente de uma associação que visa o desenvolvimento interno de gestão da empresa e a participação do grupo de comercialização, submetendo-se a uma governança única que facilitará a ação conjunta contínua com seus parceiros. A empresa Z se instalou em Cachoeiro pela facilidade de acesso à matéria prima, máquinas e equipamentos. Mostrou conhecimento sobre o APL, mas um envolvimento inferior ao apresentado pela empresa W, mostrando-se menos detalhista em seus relacionamentos. Ao longo dos anos as inovações tecnológicas do setor obrigaram a empresa estar mais em contato com outras buscando melhores práticas e trocas de informações na área de produção. Diante de suas dificuldades, se uniu às outras empresas buscando uma solução e representatividade frente ao governo. Sobre os relacionamentos com outras empresas compartilhando produção e comercialização, efetuam serviços para alguns parceiros quando estes estão sobrecarregados em sua linha de produção, o que se limita a uma atividade eventual e não um comprometimento diretamente de uma rede. Esta empresa demonstrou relacionamentos 7

8 menos comprometidos e menos duradouros com as outras empresas do arranjo, sendo estes relacionamentos informais e restritos a trocas de informações sem um comprometimento com objetivos de longo prazo. Durante a análise verificou-se que a empresa X e Y possuem maiores similaridades que as empresas Z e W, desta forma a análise das duas, em grande parte, são similares. Ficou constatado que ambas têm contratos formais de fornecimento, com constante interação entre empresas e seus fornecedores visando melhoria na qualidade dos insumos e de suas aplicações no processo produtivo. Por meio da Rede Rochas estas empresas estão tendo acesso a fornecedores de insumos de melhor qualidade que não atuam no Estado. Em relação aos clientes as empresas possuem um contrato formal de compra de produtos. Segundo relato das duas empresas existe no APL um problema quanto à inadimplência de clientes internacionais que já está sendo tratado pela Rede Rochas através do grupo GT de Financiamento junto a órgãos públicos. Todas as empresas afirmam que é intensa a relação com troca informal de informações com demais empresas do setor, contudo, no que se refere a disseminação de inovações tecnológicas os entrevistados afirmaram não haver coletividade no APL, sendo constatado que existe pouca capacidade de desenvolvimento e disseminação em inovações tecnológicas. Ou seja, observa-se que para assuntos que são do domínio e conhecimentos dos empresários e dos técnicos do setor existe cooperação mesmo que informal e desestruturada. Entretanto, para assuntos que exigem maiores investimentos e uma metodologia mais estruturada, como no caso da inovação tecnológica, não há a cooperação informal. Neste caso confirma-se a necessidade da estruturação de redes formais de cooperação para a inovação. Esta observação é agravada pelo preocupante fato de todas as quatro empresas considerarem fraca presença de universidades e centro tecnológicos com os demais participantes do arranjo, apesar de todos considerarem fundamental a presença dessas instituições no APL principalmente para promover estudos visando a inovação de produtos e processos. Referencias CARDOZA, E.; CARPINETTI, L. C. R.; GEROLAMO, M. C. Avaliação de Desempenho em Arranjos Produtivos Locais. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Anais do XXV ENEGEP. Porto Alegre, RS, v. 1, CASAROTTO FILHO, N.; PIRES, L. H. Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para a conquista da competitividade global com base na experiência italiana. 2 ed. São Paulo: Atlas, CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Novas políticas na era do conhecimento: O foco em Arranjos Produtivos e Inovativos Locais. Rio de Janeiro, GARCIA, R.; MOTTA, F. G. Sistemas locais de produção e cadeias globais: uma análise integrada e aplicações para a indústria brasileira. In: Amato Neto, J. (Org.). Redes entre Organizações. São Paulo: Atlas, NAKANO, D. N. Fluxos de conhecimento em redes interorganizacionais: conceitos e fatores de influência. In: Amato Neto, J. (Org.). Redes entre Organizações. São Paulo: Atlas, NEVES, J. L. Pesquisa Qualitativa usos e possibilidades. In: Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, v. 1, nº 3, Disponível em: < Acesso em: 14 nov OLAVE, M. E. L; AMATO NETO, J. A formação de redes de cooperação e clusters em paises emergentes: uma alternativa para PMEs no Brasil. In: Amato Neto, J. (Org.). Redes entre Organizações. São Paulo: Atlas

9 SANTOS, L. D. Concorrência e Cooperação em Arranjos Produtivos Locais: o caso do pólo de informática de Ilhéus/BA f. Dissertação (Mestrado em Economia) Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal da Bahia. Salvador, Disponível em: < cod=13>. Acesso em: 16 out WITTMANN, M. L.; DOTTO, D. M. R.; BOFF, V. Desenvolvimento Regional: Capital Social, Redes e Planejamento. In: WITTMANN, Milton L, RAMOS, Marília P. (Orgs.). Desenvolvimento regional: abordagens interdisciplinares. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, YIN, R. K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,

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