LETÍCIA BARBOSA DA SILVA CAVALCANTE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ESTUDOS DE LINGUAGENS LETÍCIA BARBOSA DA SILVA CAVALCANTE LÉXICO TOPONÍMICO URBANO NA CIDADE DE CAMPO GRANDE/MS: REGIÃO DO IMBIRUSSU Campo Grande MS Novembro,

2 1 LETÍCIA BARBOSA DA SILVA CAVALCANTE LÉXICO TOPONÍMICO URBANO NA CIDADE DE CAMPO GRANDE/MS: REGIÃO DO IMBIRUSSU Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação Mestrado em Estudos de Linguagens, Área de concentração: Linguística e Semiótica, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre. Orientadora: Profa. Dra. Aparecida Negri Isquerdo Campo Grande MS Novembro, 2016

3 2 LETÍCIA BARBOSA DA SILVA CAVALCANTE CAVALCANTE, Letícia Barbosa da Silva. Léxico toponímico urbano na cidade de Campo Grande/MS: região do Imbirussu fl. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagens). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Aparecida Negri Isquerdo Universidade Federal do Mato Grosso do Sul UFMS Orientadora Profa. Dra. Maria Célia Dias de Castro Universidade Estadual do Maranhão UEMA Membro Profa. Dra. Elizabete Aparecida Marques Universidade Federal do Mato Grosso do Sul UFMS Membro Campo Grande, MS, 14 de dezembro de 2016.

4 3 Língua portuguesa Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura. Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, em que da voz materna ouvi: "meu filho!", E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho! BILAC, Olavo. Poesias, Livraria Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1964, p. 262.

5 4 Isabela, meu presente divino!

6 5 AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida, pelo cuidado e amor incondicional. À minha orientadora, professora Dra. Aparecida Negri Isquerdo, por todo incentivo e ajuda, pela paciência e pela disponibilidade em compartilhar o que sabe. Ao Professor Dr. Auri Claudinei de Matos Frübel, pela confiança em mim depositada no início do Mestrado. Às Professora Dra. Elizabete Aparecida Marques e Professora Dra. Marilze Tavares, pelas significativas sugestões apresentadas por ocasião do Exame de Qualificação. Às professoras da banca, Dra. Elizabete Aparecida Marques e Professora Dra. Maria Célia Dias de Castro, por tão prontamente terem aceitado o convite. Aos mestres do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Estudos de Linguagens, pela condução intelectual e saberes compartilhados. Às negretes, pela amizade, apoio, ajuda nos momentos difíceis e troca de experiências durante as reuniões do grupo de pesquisa do Projeto ATEMS. Aos colegas de turma pela troca de materiais, apoio e palavras de incentivo, em especial à também negrete, Juliany, cuja amizade foi essencial durante essa caminhada acadêmica. A CAPES, pelo apoio financeiro propiciado por meio da Bolsa de Mestrado. Às minhas melhores amigas, Rosemar, Adriana, Lorene e Ana Andrea, que para mim são irmãs, pela amizade, torcida e palavras de incentivo. Aos colegas do IFMS, Campus Ponta Porã, pela acolhida e apoio na reta final desta dissertação. À minha querida Cleonice, mãe amorosa sempre presente, pelo exemplo de mulher de fibra e fé. À minha família: meu pai Adroaldo, Suzi, irmãos de sangue e laço, Denise e Áureo, Dudu e Veridiana, Sandro e princesinha Aline, por fazerem parte das minhas conquistas, pelo amor e orações. Ao meu querido esposo, pelo amor, paciência e por compartilhar comigo sonhos e aventuras. À minha pequena Isabela, pelo carinho e compreensão nos momentos de ausência da mamãe. A todos aqueles que direta ou indiretamente me apoiaram nesta caminhada.

7 6 RESUMO A nomeação de lugares reflete aspectos importantes dos valores sociais, políticos e culturais da memória coletiva, os topônimos, nomes de lugares, mais do que designar locativos, servem de suporte linguístico em que se vê refletida a história de um povo. Tomando como referência a interrelação léxico, cultura e sociedade e visando a relacionar o topônimo a fatores históricos e socioculturais, este trabalho tem como objeto de investigação os nomes de aglomerados urbanos (bairros e parcelamentos) e logradouros (ruas, avenidas, travessas e praças) da região urbana do Imbirussu, Campo Grande/Mato Grosso do Sul. Objetiva-se contribuir para o conhecimento da realidade linguístico-cultural da capital sul-mato-grossense, à medida que se buscou identificar, catalogar, analisar e organizar um acervo com os topônimos registrados em mapas vetoriais da cidade. O estudo orienta-se pelos princípios teórico-metodológicos da Lexicologia e da Toponímia, em especial o modelo teórico concebido por Dick (1990a; 1990b; 1996a, 1996b; 1999; ; 2004;), também utilizados pelo projeto Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul (ATEMS), a que este estudo está vinculado. Como fonte de dados, foram utilizados os Arquivos Vetoriais sobre o planejamento urbano da cidade de Campo Grande/MS, disponibilizados pelo Grupo de Informática e Geoprocessamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR), da Prefeitura Municipal. Os dados foram analisados segundo as dimensões quantitativa e qualitativa. A análise quantitativa considerou o tratamento estatístico dos dados, expressos por meio de tabelas e gráficos, tomando como referência os vários aspectos considerados na análise qualitativa (língua de origem, taxionomia, estrutura morfológica etc.). Por sua vez, na análise qualitativa considerou-se a motivação semântica dos designativos e a relação entre as camadas toponímicas e a história social da cidade de Campo Grande. Ao final da pesquisa, constatou-se que a microtoponímia dos 07 nomes de bairros, 99 de parcelamentos e 821 de logradouros evidencia que a motivação toponímica foi, predominantemente, a antropocultural e não a física e que a nomeação dos aglomerados e logradouros urbanos decorre de fatores de natureza diversa: históricos, socioculturais, econômicos, políticos e habitacionais. Palavras-chave: léxico; toponímia urbana; história; cultura; Campo Grande; Imbirussu.

8 7 ABSTRACT The naming of places reflects important aspects of the social, political and cultural values of collective memory, toponym, place names, rather than designating locals, serve as a linguistic support in which the history of a people is reflected. Taking as a reference the lexicon, culture and society interrelationship and aiming to relate toponymy to historical and sociocultural factors, this work has as object of investigation the names of urban agglomerations (districts and allotments) and plublic roads (streets, avenues, alleyways and squares) of the urban region of Imbirussu, Campo Grande/ Mato Grosso do Sul. It aims to contribute to the knowledge of the linguistic-cultural reality of the capital of Mato Grosso do Sul, as it was sought to identify, catalog, analyze and organize a collection with toponyms recorded on oficial city maps. The study is guided by the theoretical-methodological principles of Lexicology and Toponymy, especially the theoretical model conceived by Dick (1990a; 1990b; 1996a, 1996b; 1999; ; 2004), also used by the Project of Toponymic Atlas of Mato Grosso do Sul State (ATEMS), to which this study is associated with. As source of data, we used the Vector Files on the urban planning of the city of Campo Grande/MS, made available by the Computer and Geoprocessing Group of the Municipal Secretariat for Environment and Urban Development (SEMADUR), of the City Hall. The data were analyzed according to the quantitative and the qualitative dimensions. The quantitative analysis considered the statistical treatment of the data, expressed through tables and graphs, taking as reference the various aspects considered in the qualitative analysis (language of origin, taxonomy, morphological structure etc.). In turn, in the qualitative analysis it was considered the semantic motivation of the designative and the relation between the toponymic layers and the social history of Campo Grande city. At the end of the research, it was verified that the microtoponymy (07 names of districts, 99 of allotments and 821 plublic roads) shows that the toponymic motivation was predominantly anthropocultural and not physical, and that the naming of agglomerates and urban sites derives from factors of diverse nature: historical, sociocultural, economic, political and housing policy. Keywords: lexicon; urban toponymy; history; culture; Campo Grande; Imbirussu.

9 8 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Sintagma toponímico: estrutura do topônimo bairro Santo Amaro Figura 2 Planta do projeto de aprovação do parcelamento Portal do Panamá, bairro Panamá Figura 3 Sede da Fazenda Bandeira, de Joaquim Antônio, filho de José Antônio Pereira Figura 4 Moradores pioneiros Figura 5 Propriedades Rurais no município de Campo Grande com mais de hectares em Figura 6 Sede da Fazenda Serradinho Figura 7 Estação Ferroviária de Campo Grande Década Figura 8 Quartel General da 9ª Região Militar (à esquerda) e quartel do 18º Batalhão dos Caçadores (à direita) Figura 9 Plano de obras do Escritório Saturnino de Brito, Campo Grande/MS Figura 10 Base Aérea de Campo Grande (à esquerda) e Aeroporto Internacional de Campo Grande (à direita) Figura 11 Frigorífico Matogrossense S.A. e vila de operários ao fundo Figura 12 Mapa da evolução dos parcelamentos aprovados até 2013 Região Urbana Imbirussu Figura 13 Busca no site da Câmara de Vereadores de Campo Grande/MS Figura 14 Consulta a processo legislativo no site da Câmara de Vereadores de Campo Grande/MS Figura 15 Visualizador do Sistema Municipal de Geoprocessamento SIMGEO.. 77 Figura 16 Mapoteca da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano da cidade de Campo Grande/MS Figura 17 Modelo da Ficha Lexicografico-toponímica (DICK, 2004) Figura 18 Busca na base de dados geográfica GeoNames Figura 19 Mapa da localização do município de Campo Grande no Estado de Mato Grosso do Sul Figura 20 Mapa da divisão da sede urbana de Campo Grande/MS Figura 21 Espécie Pseudobombax grandiflorum Figura 22 Nova área urbana em processo de parcelamento no bairro Santo Antônio, Campo Grande/MS Figura 23 Residência da família Baís, depois transformada em Pensão Pimentel em registro fotográfico de Roberto Higa Figura 24 Planta do projeto de aprovação do parcelamento vila Espanhola, bairro Sobrinho Figura 25 Possível motivação toponímica do designativo Angatuba Figura 26 Consulta da localização da rua Angatuba no SIMGEO (2015) Figura 27 Área toponímica do parcelamento Coophatrabalho, bairro Santo Amaro temática flora Figura 28 Tendências temáticas da região urbana do Imbirussu, Campo Grande/MS Figura 29 Áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS

10 9 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 Distribuição dos parcelamentos da região do Imbirussu por bairros Gráfico 2 Ocorrências dos Genéricos s nos topônimos dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 3 Natureza da motivação semântica da toponímia dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS, de acordo Dick (1990b) Gráfico 4 Taxes de natureza antropocultural na toponímia dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 5 Taxes de natureza física na toponímia dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 6 Estrutura morfológica dos topônimos de parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 7 Base linguística dos topônimos de parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 8 Tipos de logradouros identificados na região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 9 Distribuição dos topônimos de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS, de acordo com a natureza da motivação semântica (DICK, 1990b) Gráfico 10 Distribuição quantitativa das taxes toponímicas mais produtivas nos nomes de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 11 Taxes de natureza antropocultural mais produtivas na toponímia dos logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 12 Taxes de natureza física mais produtivas na toponímia dos logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Gráfico 13- Língua de origem dos topônimos de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS

11 10 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 Taxionomias de Natureza Física (DICK, 1990b, p ) Quadro 2 Taxionomias de Natureza Antropocultural (DICK, 1990b, p.32-34) Quadro 3 Formação administrativa do município de Campo Grande/MS Quadro 4 Bairros da região do Imbirussu e parcelamentos constituintes Quadro 5 Topônimos que nomeiam os bairros da região do Imbirussu, conforme Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005 e suas alterações.. 95 Quadro 6 Topônimos que nomeiam os parcelamentos da região do Imbirussu, conforme Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005 e suas alterações Quadro 7 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Nova Campo Grande, região do Imbirussu Quadro 8 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Núcleo Industrial, região do Imbirussu Quadro 9 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Panamá, região do Imbirussu Quadro 10 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Popular, região do Imbirussu Quadro 11 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Santo Amaro, região do Imbirussu Quadro 12 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Santo Antônio, região do Imbirussu Quadro 13 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Sobrinho, região do Imbirussu Quadro 14 Topônimos que nomeiam vias arteriais da região do Imbirussu Quadro 15 Topônimos sem classificação por ausência de referências - região do Imbirussu, Campo Grande/MS Quadro 16 Referenciais antropotoponímicos ligados ao universo social Quadro 17 Referenciais antropotoponímicos ligados ao universo histórico Quadro 18 Áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS

12 11 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 Perfil demográfico da Região Urbana do Imbirussu Tabela 2 Total de topônimos e quantidade de topônimos por acidente geográfico nos bairros da região do Imbirussu Tabela 3 Distribuição quantitativa das taxes toponímicas identificadas nos nomes de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS

13 10 LISTA DE ABREVIATURAS ARCA Arquivo Histórico de Campo Grande ATB Atlas Toponímico Brasileiro ATEMIG Atlas Toponímico de Minas Gerais ATEMS Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul ATEPAR Atlas Toponímico do Paraná ATESP Atlas do Estado de São Paulo ATITO Atlas Toponímico de Origem Indígena do Estado do Tocantins CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LAl Língua Alemã LAr Língua Árabe LEs Língua Espanhola LF Língua Francesa LHb Língua Hebraica LI - Língua Indígena LIn Língua Inglesa LIt Língua Italiana LJ Língua Japonesa LL Língua Latina Língua Portuguesa MS Mato Grosso do Sul MT Mato Grosso NBO Noroeste do Brasil (estrada de ferro) NI Língua Não identificada PLANURB Unidade de Planejamento Urbano SEMADUR Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SIMGEO Sistema Municipal de Geoprocessamento UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul USP Universidade de São Paulo

14 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Processo de nomeação como atividade humana Lexicologia, Onomástica e Toponímia Percurso dos estudos toponímicos Teorização sobre a Toponímia urbana no Brasil O signo toponímico A estrutura do sintagma toponímico As taxionomias toponímicas A perspectiva urbana da Toponímia CAPÍTULO II CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA REGIÃO URBANA DO IMBIRUSSU, CAMPO GRANDE/MS Aspectos antropoculturais e econômicos do município de Campo Grande Fundação da cidade de Campo Grande Os pioneiros e as primeiras fazendas A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil Os quartéis A Base Aérea de Campo Grande Distrito Industrial Histórico do planejamento urbano em Campo Grande CAPÍTULO III PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Objetivo Geral Objetivos Específicos Métodos e Procedimentos Sistematização da análise dos dados Delimitação da área de pesquisa Região urbana do Imbirussu breve caracterização Bairros e seus parcelamentos... 89

15 11 CAPÍTULO IV APRESENTAÇÃO DOS DADOS CAPÍTULO V ANÁLISE DOS DADOS Análise quantitativa dos designativos dos bairros e parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Análise qualitativa dos designativos dos bairros e parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Análise quantitativa dos designativos dos logradouros públicos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Análise qualitativa dos designativos dos logradouros públicos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Antropotoponímia Numerotoponímia Fitotoponímia Identificação de áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXO A PLANTA DA VILA DE CAMPO GRANDE ELABORADA POR THEMÍSTOCLES PAES DE SOUZA BRASIL ANEXO B LOCALIZAÇÃO DOS PARCELAMENTOS DA REGIÃO IMBIRUSSU POR BAIRRO

16 12 INTRODUÇÃO Os membros de uma comunidade valem-se do sistema linguístico para representar a realidade e expressar os valores culturais partilhados socialmente. Graças ao caráter coletivo e à dimensão social da linguagem, crenças, valores e conhecimento adquiridos ao longo do tempo são transmitidos de uma geração para outra. Sapir (1961, p. 44), por exemplo, enfatiza a importância dessa correlação para os estudos da linguagem e destaca o léxico como o nível da língua que mais revela o ambiente físico ( aspectos geográficos, clima e regime de chuvas, a fauna, a flora e os recursos minerais do solo etc.) e social (as várias forças da sociedade que modelam a vida e o pensamento de cada indivíduo a religião, os padrões éticos, a forma de organização política, a arte etc.) dos falantes de uma comunidade linguística. Por meio da língua, o ser humano manifesta a sua relação com o meio ambiente em torno de si. A língua é, também, indicador cultural, uma vez que o modo como o sistema linguístico retrata a visão de mundo de um povo evidencia a inter-relação que se estabelece entre língua, cultura e sociedade. Segundo Biderman (2001, p.12), o léxico das línguas naturais é "[...] um sistema aberto com permanente possibilidade de ampliação, à medida que avança o conhecimento, quer se considere o ângulo individual do falante da língua, quer se considere o ângulo coletivo da comunidade linguística". Sob essa perspectiva, o léxico completo de uma língua pode ser considerado como o complexo inventário de todas as ideias, interesses e ocupações da comunidade, razão pela qual qualquer sistema léxico é a somatória de toda a experiência acumulada de uma sociedade e do acervo da sua cultura por meio das idades (BIDERMAN, 2001, p.179). Com a expansão e domínio territoriais, o homem sentiu a necessidade de identificar e de delimitar espaços, passando, pois, a nomeá-los. Esse ato reflete a vivência do homem em sua individualidade à medida que registra suas percepções e/ou seus sentimentos no ato nomeativo e, enquanto membro do grupo do qual faz parte, reconhece "o papel por ela [língua] desenvolvido no ordenamento dos fatos

17 13 cognitivos" (DICK, 1990a, p. 19) e, consequentemente, no arranjamento do espaço e relações sociais. Ao longo de sua existência, o homem tem se valido do acervo vocabular da língua para nomear seres e lugares. Interessa à Onomástica, um dos ramos da Linguística, o estudo de duas categorias de nomes próprios, os nomes de pessoas, que são estudados pela Antroponímia, e os nomes de lugares, objeto de estudo da Toponímia. Conforme Dick (1996a, p. 12), a Toponímia [...] é a disciplina que caminha ao lado da história, servindo-se de seus dados para dar legitimidade a topônimos de um determinado contexto regional, inteirando-se de sua origem para estabelecer as causas motivadoras, num espaço e tempo preciso, procurando relacionar um nome a outro, de modo que, da distribuição conjunta, se infira um modelo onomástico dominante ou vários modelos simultâneos. O léxico toponímico, mais do que designar locativos, serve de suporte linguístico em que se vê refletida a história de um povo, é, pois, veículo que transmite informação e ideologia. Isquerdo (2008, p. 36) ratifica que a história das palavras caminha muito próxima à história de vida do grupo que dela faz uso e observa nos topônimos a confirmação desta tese, uma vez que "a ação de atribuir um nome a um lugar corporifica uma soma de diversificados fatores linguísticos, étnicos, socioculturais, históricos, ideológicos do grupo que habita o espaço geográfico tomado como objeto de investigação". A Toponímia é também meio de conservação linguística, à medida que elementos formadores da língua de registro e até formas linguísticas de línguas de povos que habitaram a região em tempos remotos são cristalizados nos topônimos. A Toponímia, embora se configure como uma disciplina línguística antiga, século XIX, nem sempre teve o devido reconhecimento no Brasil, tendo figurado em plano secundário entre as matérias das Ciências Sociais, como a História e a Geografia e contado, inicialmente, com esforços isolados para fixação dos seus princípios, teorias e métodos de trabalho. Dentre os estudos toponímicos, destacamos as diretrizes traçadas por Albert Dauzat para a toponímia francesa e as contribuições de pesquisadores americanos e canadenses, que buscaram, a priori, estabelecer maior rigor metodológico na

18 14 análise e classificação dos fatos onomásticos (DICK 1990a, p.20). No Brasil, os trabalhos da professora Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick sobre a motivação do topônimo e o ordenamento sistemático dos motivos toponímicos em categorias classificatórias vinculadas, de modo genérico, aos campos físico e antropocultural, representam um significativo avanço no âmbito da ciência onomástica. Embora se busquem formas de padronização de nomes geográficos, há que se atentar para individualidades e particularidades regionais. Drumond (1965), por exemplo, destaca o valor patrimonial do topônimo: [...] a história das transformações dos nomes de lugares, a evolução fonética, as alterações de diversas ordens, o seu desaparecimento, a sua relação com as migrações, a colonização, os estabelecimentos humanos e o aproveitamento do solo, os nomes inspirados por crenças mitológicas visando algumas vezes assegurar proteção dos santos ou de Deus (DRUMOND, 1965 apud DICK, 1990a, p. 21). Os topônimos representam, pois, "importantes fatores de comunicação", são "referência da entidade por eles designada, verdadeiros testemunhos históricos", que transcendem ao próprio ato de nomear (DICK, 1990a, p.22). O topônimo revela seu caráter dinâmico, por perdurar ao longo dos tempos, e ser iconimamente simbólico, à medida que reconstitui a mentalidade do homem em um determinado espaço e tempo. Valendo-se da riqueza da motivação toponímica e com vistas a investigar os motivos ou fontes geradoras dos nomes de lugares, este estudo analisa a microtoponímia dos aglomerados urbanos (bairros e parcelamentos) e logradouros (ruas, avenidas, travessas e praças) da região urbana Imbirussu da cidade de Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul (MS). A pesquisa vincula-se ao Projeto Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul Projeto ATEMS, em desenvolvimento na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em parceria com mais duas Instituições de Ensino Superior de Mato Grosso do Sul. Somente na UFMS, ligadas a esse projeto, já foram produzidas doze dissertações de Mestrado Schneider (2002), Dargel (2003), Tavares (2004), Gonsalves (2004), Tavares (2005), Souza (2006), Castiglioni (2008), Cazarotto (2009), Pereira (2009), Oliveira (2014), Bittencourt (2015) e Ribeiro (2015). A de Scheneider (2002) versa sobre a toponímia dos acidentes físicos do

19 15 Pantalnal sul-mato-grossense; a de Dargel (2003), de Tavares (2004), de Gonsalves (2004), de Tavares (2005) apresentam, respectivamente, um estudo sobre a toponímia do bolsão sul-mato-grossense; das microrregiões de Dourados, de Iguatemi e de Nova Andradina; da porção sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul e da região Centro-Norte de Mato Grosso do Sul. Souza (2006), por sua vez, centra-se no estudo dos topônimos rurais e urbanos de Bela Vista, de Jardim, de Guia Lopes da Laguna e de Nioaque, municípios sul-mato-grossenses que fizeram parte do percurso da Retirada da Laguna (1867). Castiglioni (2008) e Cazarotto (2009) propuseram, respectivamente, o Glossário de topônimos do bolsão sul-matogrossense e o Glossário de fitotopônimos sul-mato-grossenses. Em sua dissertação, Pereira (2009) discorreu acerca dos nomes de lugares de municípios do Sul goiano. Em seu traballho, Bittencourt (2015) analisou os topônimos urbanos da área urbana da cidade de Três Lagoas, MS, enquanto as pesquisas de Oliveira (2014) e de Ribeiro (2015) versam sobre a toponímia urbana da capital sul-matogrossense. O produto desta pesquisa representa mais uma contribuição para os estudos toponímicos sul-mato-grossenses, principalmente para consolidação do mapeamento toponímico da cidade de Campo Grande. O estudo da toponímia urbana é relativamente recente no Brasil. Este trabalho toma como referência o estudo de Dick (1996b), que versa sobre a dinâmica dos nomes de ruas da cidade de São Paulo e que, além das questões linguísticas que afetam os nomes próprios de lugares, considerou questões da história social da capital paulistana; bem como outros estudos de áreas urbanas, tais como Antunes (2007), Tizio (2009), Filgueiras (2011), Baretta (2012), Cioatto (2012), Misturini (2014), Oliveira (2014), Bittercourt (2015), Moreira (2015) e Ribeiro (2015). O método utilizado na pesquisa foi o dedutivo-indutivo, à medida que investiga topônimos a partir dos registros nos mapas vetoriais do município de Campo Grande/MS, disponibilizados pelo Grupo de Informática e Geoprocessamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR), da Prefeitura Municipal. Para obtenção de dados sobre a nomeação dos designativos dos espaços urbanos em estudo foram consultadas Atas da Câmara Municipal de Campo Grande e, eventualmente, outros registros suplementares, como fonte subsidiária. Propõe-se uma análise sincrônica dos

20 16 topônimos, valendo-nos da interpretação linguística de seus elementos formadores para atingir o alcance do significado do topônimo, seguindo, para tanto, a taxionomia proposta por Dick (1990a, 1990b). Em oposição ao modelo sugerido pelo toponomista americano, membro fundador da American Name Society, George Stewart, em que a história do denominativo que determina o enquadramento do topônimo em um dos itens propostos pelo autor, na taxionomia proposta por Dick (1990a, 1990b), o conteúdo semântico perceptível nos topônimos figura em primeiro plano. Isso não quer dizer que fatos relacionados à história do topônimo sejam deixados à parte (DICK, 1990a). Em sua tese de doutoramento, publicada em 1990 com o título A Motivação Toponímica: Princípios Teóricos e modelos taxionômicos, Dick apresenta um estudo exaustivo sobre a toponímia brasileira, propondo um modelo teórico para a classificação dos topônimos na perspectiva da motivação. Esse modelo foi ampliado e, na sua versão atual (DICK, 1990b, p ), contempla 27 taxes distribuídas em dois grupos, conforme a natureza motivacional (semântica): taxionomias de natureza física e taxionomias de natureza antropocultural. Desse modo, apoiando-se em pressupostos da inter-relação léxico, cultura e sociedade e, por extensão, visando a relacionar o topônimo a fatores históricos e socioculturais, este trabalho propôs um estudo linguístico-cultural dos nomes de bairros, parcelamentos e logradouros da região urbana do Imbirussu, Campo Grande/MS. Pretendeu-se contribuir, por meio do estudo toponímico da relação entre as camadas toponímicas e a história social da cidade, para a recuperação de dados históricos acerca da ocupação da região oeste da capital sul-mato-grossense, à medida que buscou identificar, catalogar e analisar, do ponto de vista linguístico, etnodialetológico, taxionômico e histórico, os designativos dos aglomerados e dos logradouros dos bairros que compõem a região urbana em estudo, registrados em mapas oficiais da cidade. Ao escolher a região urbana do Imbirussu como objeto de estudo, levou-se em consideração dois aspectos: o histórico de expansão da cidade para o oeste, motivado, sobretudo, pela instalação dos quartéis e a construção da estrada de ferro, e o vínculo afetivo da autora com a região, pois seu avô paterno, funcionário aposentado da estrada de ferro Noroeste do Brasil, e, consequentemente, filhos e

21 17 netos se fixaram na região há mais de 45 anos. "Na época em que tudo ali era um brejo só, sem asfalto, iluminação e poucas casas" como costumava dizer o vô Cido (Cacildo Fernandes Barbosa in memorian). Tendo em vista os objetivos delineados para a pesquisa, a estrutura deste trabalho reúne cinco capítulos. Na Introdução, destacou-se a relevância científica e social da pesquisa: Léxico toponímico urbano da cidade de Campo Grande/MS: região do Imbirussu. O primeiro capítulo, Fundamentação Teórica, trata do processo de nomeação como atividade humana, da Onomástica e Toponímia, o percurso dos estudos toponímicos, o signo toponímico, o método de investigação da toponímia, as taxionomias toponímicas e a perspectiva urbana da toponímia. No segundo capítulo, Contextualização Histórica da Região Urbana do Imbirussu, Campo Grande/MS, registram-se aspectos antropoculturais e econômicos do município, com destaque para a região urbana do Imbirussu, seus bairros e parcelamentos, enfim, aspectos geográficos, históricos e ocupacionais da área em estudo. O terceiro capítulo, Procedimentos Metodológicos, por sua vez, traz a descrição das etapas seguidas para a execução da pesquisa: seleção e catalogação dos dados; investigação dos prováveis fatores motivacionais inerentes aos sintagmas toponímicos; distribuição quantitativa dos topônimos conforme a natureza toponímica (física ou antropocultural); distribuição quantitativa dos topônimos de acordo com a categoria taxionômica; estudo linguístico dos sintagmas toponímicos (etimologia, estrutura morfológica etc.); levantamento dos fatos sócio-históricos relacionados à nomeação; identificação dos estratos linguísticos (portugueses indígenas, africanos etc.) presentes na toponímia da região investigada; mudanças possíveis de nomeação dos acidentes e as causas que levaram à substituição de um nome por outro e estabelecimento das possíveis áreas toponímicas na área investigada. No quarto capítulo, apresentam-se os resultados da pesquisa com base na análise classificatória dos sintagmas toponímicos (etimologia, estrutura morfológica,

22 18 taxionomia etc.). São apresentados os quadros lexicográfico-toponímicos que, por seu turno, contêm o conjunto dos designativos dos 7 bairros, 99 parcelamentos e 821 logradouros públicos, enfim, dos 928 topônimos investigados. O quinto e último capítulo foi destinado à análise dos 928 topônimos estudados no trabalho, numa perspectiva quantitativa com foco na taxionomia dos topônimos, na língua de origem e na estrutura morfológica dos designativos; e uma análise qualitativa, que procurou discutir tendências gerais da toponímia estudada, pautando-se, para tanto, nos temas mais recorrentes, relacionados a questões históricas, sociais e econômicas. Por fim, as considerações finais a respeito do corpus estudado trazem um panorama geral da pesquisa e dos resultados alcançados, seguido das referências que embasaram o estudo.

23 19 CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo discute as bases teóricas que orientam a pesquisa. Trata do processo de nomeação como atividade humana, da Onomástica e da Toponímia. Também são discutidos aspectos do percurso dos estudos toponímicos, o signo toponímico, o método de investigação da toponímia, as taxionomias toponímicas e a perspectiva urbana dos estudos onomástico-toponímicos. 1.1 Processo de nomeação como atividade humana O homem sempre procurou dominar o mundo em que vive. Ao procurar explicar tudo o que existe, faz uso da linguagem que, por sua vez, é uma maneira de perceber os elementos ao seu redor. A língua é uma forma de categorizar o mundo, de interpretá-lo, o que significa que as palavras criam conceitos e estes ordenam a realidade. O signo "estabeleceu-se sempre em dois planos, significante e significado", é também "um fato humano, é no homem, o ponto de interação da vida mental e da vida cultural e ao mesmo tempo o instrumento dessa interação" (BENVENISTE, 1976, p. 17). Essa perspectiva teórica remete ao trinômio língua, cultura, personalidade. Uma identidade social se estabelece por meio da linguagem. A imagem do falante, seu estilo, é produto de traços linguísticos da expressão e do conteúdo. Além de traçar uma identidade para o falante, a linguagem é também uma forma de o homem operar no mundo, pois há determinados atos que se realizam quando se emite um certo enunciado. Além dos atos que se realizam ao dizer, há os atos produzidos em consequência do dizer (AUSTIN, 1965). A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala do que nunca existiu, cria novas realidades, dá ao homem o poder considerado divino de criar novos mundos. Essa é também uma grande função da linguagem, mostrar que outras maneiras de ser são possíveis, que outros universos podem existir. "A linguagem reproduz a realidade. [...] a realidade é produzida novamente por intermédio da linguagem. Aquele que fala faz renascer pelo seu discurso o acontecimento e a sua experiência do acontecimento" (BENVENISTE, 1976, p.26).

24 20 Já que a linguagem está presente em todas as atividades humanas e é constitutiva do estar do homem no mundo, conhecê-la é também uma forma de conhecer o homem. Mitos de diferentes culturas narram a origem da linguagem de maneiras muito próximas: a linguagem é um atributo da divindade, que é concedido ao homem para que ele, denominando cada uma das coisas criadas, apreenda o Universo, pois uma coisa existe à medida que tem um nome e este passa a ser usado com mais praticidade nas interações. Com a reflexão linguística feita pelos filósofos gregos, começa a delinear-se o problema da significação. Platão, no Crátilo, por exemplo, estuda o estatuto do nome (onoma), algo que não é a própria coisa, surgindo o problema de adequação entre a linguagem e a realidade, discurso (lógos da relação entre as coisas). No Sofismo, a adequação não é buscada nos termos, mas em sua articulação, que é um reflexo do acordo existente entre as espécies e, por conseguinte, universal (FIORIN, 2013). No período helenístico, as condições históricas intensificam o zelo de preservação do grego, a língua considerada mais pura e elevada. O ensino de padrões linguísticos implica o estabelecimento dos quadros da gramática, ou seja, a exposição das analogias no âmbito das formas linguísticas baseadas em autores clássicos. Assim, está inaugurada a disciplina gramatical, que tem por objetivo a sistematização dos fatos da língua (FIORIN, 2013). Durante toda a Antiguidade, a Idade Média e parte da Idade Moderna, a gramática foi o modelo de reflexão linguística e a filosofia lhe fornecia as bases teóricas. Depois surge a filologia, preocupada em fixar, interpretar, comentar os textos; esse estudo ocupa-se, além da língua, da história literária, dos costumes, das instituições etc. (SAUSSURE, ). Mais modernamente, como ciência da linguagem, constitui-se a Linguística, cujo caráter descritivo e explicativo se ocupa principalmente da língua oral (FIORIN, 2013). Em grande parte das tradições culturais da humanidade é atribuído à palavra o poder criador. No mito da criação do mundo narrado no livro de Gênesis, pela palavra de Deus tudo se fez. O mundo perceptível é categorizado, por meio da 1 Consulta a edição brasileira de A primeira edição da obra data de 1916.

25 21 denominação e identificação em palavras, resultando "numa única resposta a uma determinada categoria de estímulos do meio ambiente" (BIDERMAN,1998, p. 88). Biderman (1998, p. 88), valendo-se da teoria de E. Lenneberg em Biological foundations of language sobre o fenômeno de categorização linguística e consequente nomeação do universo, esclarece que A atividade de nomear, isto é, a utilização de palavras para designar os referentes extra-lingüísticos é específica da espécie humana. A nomeação resulta do processo de categorização. Entende-se por categorização a classificação de objetos feita por um sujeito humano, resultando numa única resposta a uma determinada categoria de estímulos do meio ambiente. A categorização supõe também a capacidade de discriminação de traços distintivos entre os referentes percebidos ou apreendidos pelo aparato sensitivo e cognitivo do indivíduo. O conhecimento humano é organizado por meio desse complexo processo de categorização em que categorias originais podem ser subdivididas, suprimidas, reorganizadas e reformuladas, o que dá origem a outras categorias gerais ou específicas. "As palavras podem ser consideradas como etiquetas para o processo de categorização, no entanto, estas não são meros rótulos de objetos específicos existentes no mundo real", designando "campos de conceitos em vez de coisas físicas" (BIDERMAN, 1998, p.88). O processo de categorização e designação por meio das palavras fundamenta-se em algo muito abstrato, uma vez que os critérios de classificação são muito diferenciados e variados, possuindo até mesmo extensões metafóricas, o que revela quão criativo e dinâmico é o processo de organização cognitiva: Pode-se considerar a formação de conceitos como o processo cognitivo primário e a nomeação (designação) como o processo cognitivo secundário. Os conceitos são modos de ordenar ou de tratar os dados sensoriais. Assim sendo, a conceptualização vem a ser o próprio processo cognitivo (BIDERMAN, 1998,p. 90). Faz-se necessário distinguir o processo individual de formação de conceitos por parte de um sujeito, do acervo de palavras transmitidas de geração em geração, guardadas por uma dada cultura. Na dimensão individual, o léxico é um conjunto de "objetos mentais que se consubstanciam nas palavras que esse indivíduo domina e das quais ele se serve" (BIDERMAN, 1998, p.90). Essa dualidade entre o social e o individual deve ser bem entendida a fim de evitar ambiguidades.

26 22 Retomando Saussure (2009), encontra-se a diferenciação ente langue (língua) e a parole (fala). Esta é o momento individual, no sentido da realidade psicofisiológica do ato linguístico particular; aquela, a parte social da linguagem, externa ao indivíduo, que não pode nem criá-la nem modificá-la. Segundo o mesmo linguista (SAUSSURE, 2009, p.18), a língua é conhecida como um sistema de signos que faz a ligação entre o significante (imagem acústica) e um significado (conceito), cuja relação arbitrária se define em termos paradigmáticos (imagens de outros elementos na memória) ou sintagmáticos (todos elementos da língua se relacionam com outro, formando cadeias de enunciados). Graças à natureza dinâmica do processo de categorização, os referentes das palavras podem mudar muito. Cada indivíduo pode conceitualizar de um modo muito particular e em suas relações comunicativas, os seus interlocutores, por sua vez, podem ressignificar a semântica do enunciado, designando-lhe novas conceptualizações. O processo de conceitualização "revela-se como consequência de um complexo biopsíquico, integrado por estímulos ou excitações neurais" (DICK, 1990a, p.31) em que o real, ou pelo menos suas "qualidades" são representadas por meio das estruturas simbólicas de uma língua. Ainda, segundo Biderman (1998, p. 12), O léxico de uma língua natural pode ser identificado com o patrimônio vocabular de uma dada comunidade lingüística ao longo de sua história. Para as línguas de civilização, esse patrimônio constitui um tesouro cultural abstrato, ou seja, uma herança de signos lexicais herdados e de uma série de modelos categoriais para gerar novas palavras. Os modelos formais dos signos lingüísticos preexistem, portanto, ao indivíduo. No seu processo individual de cognição da realidade, o falante incorpora o vocabulário nomeador das realidades cognoscentes juntamente com os modelos formais que configuram o sistema lexical. A nomeação da realidade pode ser considerada como a etapa primeira no percurso científico do espírito humano, uma vez que o léxico de uma língua constitui uma forma de registrar o conhecimento do universo (BIDERMAN, 1998, p.91). Ao identificar semelhanças e/ou traços distintivos que individualizam os referentes em entidades ímpares, o homem foi estruturando o conhecimento do mundo que o

27 23 cerca, dando nomes (palavras e termos) a essas entidades discriminadas. É esse processo de nomeação que gerou e gera o léxico das línguas naturais. As áreas da Linguística que estudam o léxico das línguas naturais são a Lexicologia e a Lexicografia, para o léxico da língua comum, e a Terminologia, especificamente para as línguas de especialidade. No tópico seguinte, perpassamse conceitos da Lexicologia, da Onomástica e, por fim, da Toponímia, objeto de estudo mais específico deste trabalho. 1.2 Lexicologia, Onomástica e Toponímia A palavra, unidade básica do léxico de uma língua, é objeto de estudo da Lexicologia, da Lexicografia, da Terminologia e da Fraseologia. A Lexicologia tem como objetivos básicos de estudo a análise da palavra, a categorização lexical e a estruturação do léxico (BIDERMAN, 2001, p. 16). Dedica-se, portanto, ao estudo dos itens lexicais de uma língua nos seus variados aspectos - etimológicos, fonéticos, fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos, etc. (FERREIRA, 2010). Já a Lexicografia, ciência dos dicionários, é uma atividade antiga e tradicional, contudo, o fazer lexicográfico e a análise da significação das palavras, fundamentados numa teoria lexical e com critérios científicos, deu-se mais recentemente nos tempos modernos (BIDERMAN, 1984). A Terminologia se ocupa de um subconjunto lexical de uma língua, de cada área específica do conhecimento humano as línguas de especialidade. Ao efetuar uma seleção pertinente dos elementos em função de seus objetivos, a Terminologia toma emprestado termos e conceitos da Morfologia, da Lexicologia e da Semântica, vale-se também das ciências cognitivas e das distintas especialidades (CABRÉ, 1999, p.83). Já a Faseologia, segundo Montoro del Arco (2006, p. 73), tem por objeto de estudo as unidades fraseológicas ou fraseologismos, uma combinação de palavras institucionalizada, que possui estabilidade, apresenta algumas particularidades semânticas ou sintáticas e é passível de modificações nos elementos que as integram (CORPAS PASTOR, 1996). A Toponímia pode ser considerada uma disciplina de especialidade que tem exigido dos pesquisadores a formulação de modelos específicos de taxionomia para o estudo do topônimo; consideram-se, portanto, as taxionomias como termos da

28 24 Toponímia. Esta vale-se também de termos de especialidade de outras ciências como a História, a Geografia, a Linguística, a Antropologia, a Filosofia, a Cartografia, a Zoologia, a Botânica, a Arqueologia e até mesmo a Psicologia Social, cabendo ao pesquisador a responsabilidade de intermediar os conhecimentos. Relacionada à Lexicologia, situa-se a Onomástica, o estudo dos nomes próprios de pessoas e lugares. A Onomástica se divide em dois campos de investigação: Antroponímia, o ramo que se ocupa do estudo dos nomes próprios de pessoas, e Toponímia, que se dedica ao estudo dos nomes próprios de lugares. No uso onomástico, um item lexical, ao deixar o seu uso pleno na língua comum, reveste-se de caráter denominativo e passa a ser referencializado como topônimo ou antropônimo, seguindo direções opostas e complementares a partir das relações entre nomeador e nomeado e representação externa: [...] o nomeador (sujeito, emissor ou enunciador), o objeto nomeado (o espaço e suas subdivisões conceptuais, que incorpora a função referencial, sobre o que recairá a ação de nomear), o receptor (ou o enunciatário, que recebe os efeitos da nomeação, na qualidade de sujeito passivo) (DICK, 1999, p.145). Ao transitar do sistema lexical comum para o onomástico, a palavra incorpora o conceito da designação que se integra à significação, cristalizando o nome e, assim, a sua transmissão às gerações seguintes se torna possível. Dick (2007, p. 143) propõe que "o topônimo, uma vez instalado na região, nos moldes da gramática da língua falada, segundo esquemas morfolexicossintáticos, não mais fosse substituído, isso em virtude de o designativo adquirir força identitária "porque situa o objeto nomeado no quadro das significações, retirando-o do anonimato e dispensando-o até do recurso das descrições referencializadas. A Antroponímia do grego ánthopos (homem) e o sufixo onoma (nome) é o ramo que se ocupa do estudo dos nomes próprios de pessoas (FERREIRA, 2010). Carvalhinhos (2007, p. 2) esclarece que o termo Antroponímia, em língua portuguesa, data de 1887 e é do filólogo português Leite de Vasconcelos. Dick (1990a), por sua vez, esclarece que a Antroponímia é composta por um inventário lexical mais ou menos fechado, em oposição à Toponímia, que é um inventário lexical aberto. Em um dado momento da sociedade, o nome perderia sua função

29 25 conativa, passando a ser um identificador vazio de sentido, assim, é possível que, no eixo paradigmático da linguagem, novos signos não sejam escolhidos para denominar pessoas, o que não ocorreria com a toponímia. No âmbito da Antroponímia, é preciso que se estabeleça a diferença entre os conceitos de nome, apelido de família, sobrenome e prenome. Dick (2000) assim esclarece essa nomenclatura: Transmitido de geração a geração, o nome ou o apelido de família carrega em si todas as marcas da descendência gentílica, não sendo por isso de livre escolha dos cidadãos. A imposição obrigatória do que se convencionou chamar, atualmente, de sobrenome, é o seu traço distintivo, em oposição ao prenome, fruto de um ato volitivo dos pais. [...] Desse momento em diante, representado pela doação do nome, a criança será levada a familiarizar-se mais intensamente com essa expressão sonora identificada como o seu representamen simbólico. Do mesmo modo, esse apelativo será a forma lingüística mais constantemente repetida, em todas as situações em que venha a ser o foco da atenção. O nome doado e conhecido coloca o receptor no centro de convergências positivas e negativas, ou de vetores de forças que definirão personalidades e comportamentos, condutas e estilos de vida, tornando nome e indivíduo uma só entidade (DICK, 2000, p.208). Em tempos remotos, o nome próprio cumpria uma função significativa permeado por influências históricas, políticas e religiosas; circunstâncias, lugar e tempo de nascimento; particularidades físicas ou qualidades morais; relativos a profissões etc. Com o passar do tempo e dada a dinamicidade da língua, "o nome é rapidamente esvaziado de seu real sentido etimológico restando apenas um invólucro, uma forma opaca que oculta o verdadeiro significado original do nome (CARVALINHOS, 2007, p.13). Já a Toponímia, vocábulo de origem grega formado pelo radical topos (lugar) e o sufixo onoma (nome), ocupa-se dos nomes próprios de lugar (FERREIRA, 2010). O filólogo português José Leite de Vasconcelos, na sua obra Opúsculos Vol.III: Onomatologia (1931, p.03) concebe a Toponímia como estudo dos nomes de sítios, povoações, nações, [...] rios, montes, vales, etc.. Conforme Dick (1990a, p.5), a nomeação dos lugares sempre foi atividade exercida pelo homem, desde os primeiros tempos alcançados pela memória. Obras antigas da história e da civilização mundiais colocam essa prática como costumeira. O léxico toponímico pode, portanto, ser definido

30 26 [...] como o universo de topônimos de uma língua que, por sua vez, estão circunscritos a diferentes espaços geográficos do território coberto por esse sistema linguístico. Nesse sentido, definimos o léxico toponímico como as unidades lexicais investidas da função de nome próprio de lugar que podem reunir formas do vocabulário comum, alçadas à categoria de topônimos; nomes próprios de pessoas, de lugares, de crenças, de entidades sobrenaturais que são ressemantizadas com o fim precípuo de nomear um lugar (ISQUERDO, 2012, p. 116). A Toponímia analisa os designativos geográficos em sua bipartição física e humana, uma vez que tanto os nomes das pequenas vilas e dos pequenos cursos d água, quanto os das grandes metrópoles e correntes hídricas de grandes dimensões trazem consigo uma carga histórico-cultural muito vasta. Para Dick (1990a, p. 36), a Toponímia é um imenso complexo línguocultural, em que dados das demais ciências se interseccionam necessariamente e não exclusivamente. Logo, a Toponímia é um campo de estudos multidisciplinar que extrapola o campo linguístico, fazendo articulações entre linguagem, história, sociedade, cultura e identidade. A abrangência dos estudos toponímicos é destacada por Isquerdo (2008, p. 36), ao apontar aspectos que são considerados nesse tipo de pesquisa: linguísticos (etimologia, base linguística dos elementos formativos do nome, estrutura formal do sintagma toponímico, classificação taxionômica) e extralinguísticos (causas denominativas que impulsionaram o denominador no ato da nomeação). A potencialidade dos topônimos, por sua vez, é um dos aspectos evidenciados por Dick (1990a, p.21): Exercendo na Toponímia a função de distinguir os acidentes geográficos na medida em que delimitam uma área da superfície terrestre e lhes conferem características específicas, os topônimos se apresentam, da mesma maneira que os antropônimos, como importantes fatores de comunicação, permitindo, de modo plausível, a referência da entidade por eles designada. Verdadeiros testemunhos históricos de fatos e ocorrências registrados nos mais diversos momentos da vida de uma população, encerram, em si, um valor que transcende ao próprio ato da nomeação: se a Toponímia situa-se como a crônica de um povo, gravando o presente para o conhecimento das gerações futuras, o topônimo é o instrumento dessa projeção temporal. Como uma crônica, a toponímia possibilita o resgate histórico e cultural de povos, apresentando-se como campo fecundo de pesquisa de grande notabilidade, principalmente, a partir da segunda metade do século passado.

31 Percurso dos estudos toponímicos O aparecimento da Toponímia como disciplina sistematizada ocorreu por volta de 1878 na École Pratique dês Hautes Études e no Collège de France quando Auguste Longnon iniciou suas pesquisas. Os estudos foram organizados e publicados postumamente por seus alunos, após 1912, dando origem à clássica obra Les Noms de lieux de la France que versa sobre a nomenclatura dos lugares habitados da França (CARDOSO, 1961, p ). Retomando os estudos de Longnon, em 1922, Albert Dauzat realizou uma pesquisa pormenorizada a respeito da formação dos nomes de lugares da França, dividindo-os em categorias de nomes de acordo com causas históricas. Tratou, também, do esvaziamento semântico e da fossilização do topônimo 2. Publicou as obras Chronique de Toponymie (1922) e Les Noms de Lieux (1929), além disso, organizou, em 1939, o I Congresso Internacional de Toponímia e Antroponímia, com o intuito de estimular a criação de departamentos oficiais para a elaboração de glossários de nomenclatura geográfica (DICK, 1990b, p. 1-2). Segundo Tizio (2009, p.22), dentre os estudos toponímicos realizados por pesquisadores de outros países, podemos destacar: na Inglaterra, Zachirison, Allen Mawer e Patrik Weston Joyce, especialmente a obra The Origin and History of Irish Names of Places, de 1869; na Itália, Di alcune forme de nomini della Itália superiore, de Flechi, 1871; na Bélgica, Carnoy, Haust, Van de Wijer e Auguste Vincent, autor do trabalho Noms de lieux de la Belgique, de Em Portugal, tem notoriedade o trabalho de José Leite de Vasconcelos, responsável pela divisão dos estudos toponímicos em três secções maiores: nomes de lugar, classificados por línguas; modos de formação toponímica; categorias de nomes, segundo as causas que lhes deram origem" (VASCONCELOS, 1931, p.139). Os estudos em toponímia são desenvolvidos por estudiosos da área toponomástica, de outras áreas (historiadores, geógrafos) e por órgãos especializados, comissões e centros organizadores de norma. Existem, por 2 Entendido como o momento em que, embora a língua oral mude, e o meio ambiente se transforme, o nome conserva-se.

32 28 exemplo, Comissões Toponímicas na Dinamarca e na Holanda, na Alemanha e na Suécia; um centro organizador de normas para toponímia na França; nos Estados Unidos, o Board on Geographic Names (BGN), encarregado da uniformização da nomenclatura geográfica em mapas e em textos em geral desde 1890 (TIZIO, 2009). Destaca-se, também, a American Name Society, fundada em 1951 com a finalidade do promover os estudos onomásticos nos Estados Unidos e exterior e investigar aspectos culturais, contextos históricos e características linguísticas reveladas nos nomes próprios. Dentre suas publicações incluem-se os periódicos: The Ehrensperger Report e Names: A Journal of Onomastics com contribuições de George R. Stewart, A. Ross Eckler, Jr., Fritz L. Kramer (TIZIO, 2009). No Brasil, em virtude do perfil dos topônimos brasileiros, os estudos toponímicos são inicialmente voltados à reconstituição de etimologias de palavras de língua indígena. Destacam-se nomes como Theodoro Sampaio (1902), Armando Levy Cardoso (1961) e Carlos Drumond (1965). A obra de Theodoro Sampaio, O Tupi na Geografia Nacional, de 1902 foi uma aberta, uma picada, uma clareira, apenas, no imenso cipoal da contribuição das línguas americanas (CARDOSO, 1961, p.17). Centra-se no domínio da língua tupi no continente americano, apresentando um rico vocabulário geográfico herdado desse substrato pela variante brasileira do português. Sobre a obra, Cardoso (1961, p.323) esclarece: [...] aquela que se tornou, incontestavelmente, a pioneira destes estudos, entre nós, pela criteriosa análise a que foram submetidos todos os vocábulos, pela profundeza dos conhecimentos tupis, pela seriedade de suas investigações, para cujo resultado não faltaram nem as leituras das crônicas antigas e das antigas relações de viagens, nem a consulta ao elemento histórico, a fim de descobrir a verdadeira grafia primitiva dos vocábulos, para perfeita elucidação de seu sentido e a rigorosa determinação de sua etimologia. Já Cardoso, em sua obra Toponímia Brasílica (1961), volta-se para a lexicologia indígena, trazendo um estudo sobre os topônimos brasílicos da Amazônia. Na obra, destacam-se o mapeamento de localidades e o estudo da influência das línguas Karib e Arawak na toponímia da Amazônia. O pesquisador salienta que, por meio do estudo da toponímia de uma região, podem-se elucidar

33 29 questões étnicas e linguísticas como migrações indígenas e procedência das diversas famílias de línguas que habitaram determinado lugar: A toponímia brasílica de origem não tupi, que é a minha contribuição aos estudiosos de assuntos brasileiros, além de ter, possivelmente, uma importância nitidamente lingüística, apresenta, também, assim acredito, certa importância ântropo-geográfica [...] sobressai, exatamente, a interpretação das sobreposições lingüisticas, que apresentam uma verdadeira estratificação indicativa, conseqüentemente, da existência, em épocas diferentes, das diversas famílias lingüísticas. Na Amazônia, sobretudo, o problema das migrações indígenas e da precedência das diversas famílias lingüisticas poderá ser grandemente auxiliado pelo estudo de sua toponímia, ainda incipiente, mas que poderá trazer, se devidamente explorado, uma valiosa contribuição para o desenvolvimento dos estudos etnológicos brasílicos. (CARDOSO, 1961, p.19-20) 3 A obra de Drumond, Contribuição do Bororo à Toponímia Brasílica (1965), foi a primeira tese universitária integralmente dedicada ao estudo da Onomástica brasileira (MAGALHÃES,1967, p. 124). Este autor, em resenha crítica à obra de Drumond, esclarece que, Para o levantamento dos topônimos, o Autor utilizou-se de fontes cartográficas (carta de Mato Grosso de 1952 e a fôlha de Corumbá da carta do Brasil do milionésimo) e de trabalhos do insigne sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, dos salesianos César Albisetti e Antônio Colbachini e do historiador Basílio Magalhães. E seguindo o delineamento dos estudos científicos da moderna onomástica, procurou, "in loco", dirimir as dúvidas porventura existentes e buscar maiores esclarecimentos para uma série de designações geográficas, o que foi feito por meio de viagem realizada à aldeia Bororo denominada Meruri pelos indígenas, ou Sagrado coração pelos religiosos (MAGALHÃES, 1967, p.123). Além de apresentar um estudo sobre a toponímia de base bororo, a pesquisa de Drumond destaca a posição das pesquisas toponímicas no Brasil, apontando lacunas então existentes nessa área de investigação, em termos metodológicos (DICK, 1990b, p. 3-4). No Brasil os estudos toponímicos começam a ganhar maior visibilidade a partir da década de Expoente da área, a professora Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick, docente da Universidade de São Paulo, contribuiu para modificar a feição primordialmente indígena dos estudos toponímicos brasileiros até então vigente. Em sua tese de doutorado, defendida em 1980, propôs princípios teóricos e 3 Neste trabalho, optou-se pela integridade absoluta do textos citados, mantendo a redação original mesmo que haja divergência com base na nova orientação ortográfica da língua portuguesa.

34 30 modelos taxionômicos que aproximaram a Toponímia de outras ciências linguísticas, como a Lexicologia e a Terminologia. Os estudos dessa toponomista visam a uma sistematização metodológica para a orientação de pesquisas toponímicas com base em princípios teóricos de investigação em dois planos, o diacrônico e o sincrônico. Na perspectiva do segundo plano, o modelo teórico permite o exame das séries motivadoras, que conduziram à elaboração das taxes toponímicas, vinculadas, de modo genérico, aos campos físico e antropo-cultural. Para tanto, formula uma terminologia técnica devidamente embasada com os principais motivos que comandam a organização da nomenclatura geográfica (DICK, 1990a, p 367). A autora tem contribuído significativamente com projetos sobre o assunto, como o do Atlas Toponímico do Brasil (ATB) e o do Atlas toponímico do Estado de São Paulo (ATESP). Sobre o projeto ATESP, Dick (1996a, p. 2990) ressalta o seguinte: No atlas toponímico, buscou-se a utilização dos vocábulos da língua e ou dos padrões dialetais ou falares brasílicos reconhecidos e incorporados à toponímia brasileira, tendo como fonte primária os mapas em escala 1:l e 1:50.000; mas as situações geográficas ou ambientais, históricas e sociológicas que conformam as regiões administrativas são também parte integrante do estudo lingüístico porque podem explicar, até com detalhes, as escolhas feitas pelos denominadores, havendo, portanto, nesse item, uma coincidência de propósitos com os atlas das línguas, conforme se depreende da citação transcrita. Os Atlas registram a toponímia oficial de uma localidade (município, estado, região, país) extraída de folhas topográficas e mapas oficiais, e seu objetivo é demonstrar em que localidades há maior ou/e menor influência do ambiente físico ou social nos designativos ou topônimos, as camadas dialetais formadoras dos nomes, a motivação toponímica, a etimologia, dentre outros aspectos. Vários projetos de atlas toponímicos vêm sendo realizados no Brasil, originalmente como variantes regionais do Atlas Toponímico do Brasil (ATB), dentre outros, o Atlas Toponímico do Estado de São Paulo (ATESP), o Atlas Toponímico do Paraná - Pelos caminhos do Paraná: esboço de um Atlas toponímico (ATEPAR), o

35 31 Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul 4 (ATEMS), o Atlas Toponímico de Minas Gerais (ATEMIG) e o Atlas toponímico de origem indígena do estado do Tocantins (ATITO). Embora a pesquisa acadêmica em especialidade da toponímia no país seja fecunda, muito ainda há por ser feito dada as dimensões continentais do território brasileiro. Em seguida, ater-se-á o olhar especificamente sobre os estudos da toponímia urbana no Brasil. 1.4 Teorização sobre a toponímia urbana no Brasil Dick (1996b, p.133) referencia que os nomes de rua representam um ponto singular de atração da cidade, um verdadeiro microcosmo dentro do organismo maior do aglomerado urbano. Tal microcosmo tem suas particularidades e revelam até mesmo ciclos de povoamentos e fluxos migratórios, além da influência das atividades econômicas e relações sociais ali estabelecidas. Conforme Nader (2007, p. 54), a memória é um processo vivido, regido por grupos vivos, em desenvolvimento constante e susceptível a todos os manejos. Com isso, [...] o logradouro é um lugar de memória. Permite a comunidade testemunhar seu próprio percurso, ao ver seu passado presente nos bens que usa coletivamente. A denominação do logradouro, mais ainda, permite que as pessoas agraciadas tenham seus nomes nas correspondências dos correios, em anúncios comerciais, nas listas telefônicas, nas referências feitas pela imprensa, enfim, tudo aquilo que passa a integrar o cotidiano da comunidade. Passa mesmo a fazer parte da vida das pessoas (NADER, 2007, p. 54) O estudo da toponímia urbana é recente no Brasil. Podemos tomar como referência o estudo de Dick (1996b), sobre os nomes de ruas da cidade de São Paulo que, além das questões linguísticas que afetam os nomes próprios de lugares, considerou questões da história social da capital paulistana. Estabeleceu-se para a pesquisa o período compreendido entre a fundação da vila (1554) e 1897, "data da elaboração da última carta que integra o conjunto de plantas de São Paulo antigo" (DICK, 1996b, p. 21). 4 Uma vez que este estudo está vinculado ao Projeto de pesquisa Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul (Projeto ATEMS), sua descrição pormenorizada dar-se-á no capítulo 3 que descreve a metodologia desta pesquisa.

36 32 Nessa pesquisa, Dick constata que, por mais de uma geração, um nome pode permanecer definindo a área até que fatos aleatórios ou não acabem imprimindo um novo rumo ao chamamento. "Em São Paulo aconteceu isso, sendo possível demarcar-se, em pontos da vila, o apelo de movimentos sócio-culturais, como etapas de uma história nominativa" (DICK, 1996b, p. 22). Estão registradas, na microtoponímia em estudo, as transições de um período religioso para uma época monárquica e desta para a fase republicana. Registra-se, também, a tendência de formas de designações, já não tão espontâneas, como a antroponímica, por exemplo. A pesquisadora destaca, também, que a "toponímia pode concorrer para fortificar a memória da terra, inscrevendo-se como um elemento da mais alta significação nesse campo, ao lado das fontes documentais escritas" (DICK, 1996b, p. 23). Sob a orientação da professora Dick, sobre a região metropolitana da cidade de São Paulo, duas teses se destacam: a de Antunes (2007), A rede ferroviária e a urbanização da Freguesia do Brás: estudo onomástico contrastivo; e a de Tizio (2009), Santo André: a causa toponímica na denominação dos bairros; e, mais recentemente, a dissertação de Moreira (2015), Os nomes do "lado de baixo da linha do trem": uma análise toponímica do Jardim Lapena, Vila Nair e Vila União, em São Miguel Paulista, São Paulo/SP, esta orientada pela professora Patrícia de Jesus Carvalhinhos. Citam-se, ainda, a dissertação de mestrado de Filgueiras (2011) sobre a presença italiana em nomes de ruas de Belo Horizonte e a tese de Curvelo-Matos (2014) sobre a análise toponímica de 81 nomes de bairros de São Luís/MA. E no Rio Grande do Sul, as dissertações de Baretta (2012), sobre o estudo toponímico dos bairros e distritos de Farroupilha-RS; de Cioatto (2012) que discorre acerca dos nomes de linhas, comunidades, bairros e ruas do município de São Marcos-RS e a de Misturini (2014), sobre os bairros da cidade de Bento Gonçalves-RS. Em Mato Grosso do Sul, ligados ao projeto ATEMS, coordenado pela professora Aparecida Negri Isquerdo, arrolamos a dissertação de Bittencourt, Toponímia urbana da cidade de Três Lagoas MS: interfaces entre léxico, cultura e história (2015) e as de Oliveira (2014), Toponímia urbana de Campo Grande/MS: um olhar etnodialétológico e linguístico; e de Ribeiro (2015), Religiosidade na toponímia

37 33 urbana de Campo Grande/MS: entrelaçamentos históricos e linguísticos, ambas sobre a toponímia urbana da capital do estado. Além deste trabalho sobre a região urbana do Imbirussu, está em andamento o estudo sobre a toponímia de outra região urbana da cidade, Segredo, também como dissertação de Mestrado. 1.5 O signo toponímico Retomando os estudos de Ferdinand Saussure, destacamos a arbitrariedade do signo e a linearidade do significante como características fundamentais do signo linguístico. O objeto de estudo da toponímia é o signo toponímico, ou seja, o signo linguístico na função de indicador ou identificador de um espaço geográfico. Diferentemente do signo linguístico, que é arbitrário (SAUSSURE, 2009), o signo toponímico é motivado, sobretudo, pelas características físicas do local ou pelas impressões, crenças e sentimentos do denominador; há uma intenção que subjaz ao ato de denominação: [...] o elemento lingüístico comum, revestido, aqui, de função onomástica ou identificadora de lugares, integra um processo relacionante de motivação onde, muitas vezes, se torna possível deduzir conexões hábeis entre o nome propriamente dito e a área por ele designada (DICK, 1990b, p. 34). No momento da nomeação de um lugar, a motivação toponímica é evidente, principalmente, ao nomeador, porém, com o passar do tempo, o signo pode se tornar opaco (ISQUERDO, 2012, p. 118), já não se tornando possível, muitas vezes, deduzir a intencionalidade do denominador no processo de nomeação de um dado acidente, por exemplo. Para Dick (1990b, p. 24), [...] a aproximação do topônimo aos conceitos de ícone ou de símbolo, sugerido pela própria natureza do acidente nomeado, [...], vai pôr em relevo outras das características do onomástico toponímico, qual seja não apenas a identificação dos lugares mas a indicação precisa de seus aspectos físicos ou antropoculturais, contidas na denominação. Uma vez que o topônimo é estruturalmente um significante animado por uma substância de conteúdo (como qualquer outra forma da língua), sendo marcado tanto pela intencionalidade do denominador no ato da seleção do designativo do lugar quanto pela sua origem semântica (opaca ou transparente), a priori, a noção saussureana da arbitrariedade pode ser acatada na abordagem do signo toponímico por apresentar a relação de dicotomia significante/significado. Todavia, no topônimo o que era arbitrário, em termos de língua, transforma-se, no ato do batismo de um

38 34 lugar, em essencialmente motivado, não sendo exagero afirmar ser essa uma das principais características do topônimo (DICK, 1990b, p.18). Por conseguinte, os topônimos são símbolos carregados de sentidos e fazem parte da identidade coletiva de um lugar. Nas palavras de Dick (1996a, p. 183), "[...] o topônimo não pode ser considerado apenas como uma unidade léxica genérica porque recobre funções sintagmáticas, de verdadeiros enunciados modais. Vários fatores, tais como o tempo da enunciação e a efetivação do uso, momento da entrada do nome na corrente onomástica, concorrem para que haja a fixação (manutenção do emprego) do topônimo como vetor, passa-se, assim, do plano expressivo ao cognitivo (informativo e afetivo). Tem-se, portanto, a fossilização ou cristalização do topônimo. Além de seu papel referencial, o topônimo evidencia um caráter sígnico, à medida que aponta pistas, informações descritivas e designativas que ajudam a entender o passado e interpretar os fatos do presente; oferecendo verdadeiros testemunhos linguísticos (ISQUERDO; SEABRA, 2012, p.245), informações que podem ser estudadas por meio da análise do sintagma toponímico, conforme o método de investigação proposto por Dick (1990a). 1.6 A estrutura do sintagma toponímico Dick (1990b, p. 26) concebeu o sintagma toponímico como o resultado da relação binária entre o acidente geográfico (elemento determinante) e o topônimo (elemento determinado) no qual podemos identificar a intenção do denominador no ato da nomeação [...] depreendem-se dois dados básicos, um, que se convencionou denominar termo ou elemento genérico, relativo à entidade geográfica que irá receber a denominação, e o outro, o elemento ou termo específico, ou topônimo propriamente dito, que particularizará a noção espacial, identificando-a e singularizando-a dentre outras semelhantes. Na designação do nome de um lugar, quer seja acidente físico ou humano, a estrutura morfossintática é formada por dois termos: o genérico, aquele que indica o acidente a ser nomeado (rio, serra, bairro, rua) e o específico que se refere ao denominativo, o topônimo propriamente dito.

39 35 A Figura 1 ilustra a estrutura de um sintagma toponímico, tomando como referência o topônimo bairro Santo Amaro, do corpus deste estudo. Figura 1 Sintagma toponímico: estrutura do topônimo bairro Santo Amaro SINTAGMA TOPONÍMICO Bairro (elemento genérico) Santo Amaro (elemento específico) Fonte: Elaboração da autora. Assim, aplicando-se o modelo de Dick (1990a), o termo bairro seria o elemento ou termo genérico, ao passo que Santo Amaro configura-se como o elemento ou termo específico, abarca-se, portanto, não somente o nome de um lugar, mas o lugar em si. O sintagma toponímico pode ocorrer de forma justaposta (rio das Amazonas) ou aglutinada (Paraúna, rio Negro ) (DICK, 1990b, p. 10). A mesma autora explica, ainda, que, por simples mecanismos designativos, por vezes, não há a presença de um elemento específico precedendo um topônimo, quando o acidente é único na região, "assim acontece, por exemplo, com o Guiêne dos aruaques, que dispensam qualificativos para nomear o rio das Amazonas" (DICK, 1990a, p.11). Pode ocorrer, também, de o termo genérico vir acompanhado de algum "qualificativo que não lhe retira o caráter denunciado, mas apenas o explicita, tornando-o, por certo, mais completamente descritivo" (DICK, 1990b, p.11). Verificou-se na nomeação dos parcelamentos da área urbana em estudo que estes recebem diferentes qualificativos (vila, parque, parque residencial etc.) parcelamento vila Almeida, parcelamento parque São Domingos, parcelamento parque residencial dos Bancários ou no caso do topônimo rua principal 1, do corpus deste estudo, onde, principal qualifica o acidente geográfico, tornando-o mais descritivo.

40 36 A cidade de Campo Grande, em termos de planejamento urbano, é dividido em áreas urbanas que, por sua vez, são subdivididas em bairros, e estes, em parcelamentos 5. Em decorrência das especificidades da área em estudo, em especial do processo denominativo dos aglomerados urbanos, adotou-se, nesta pesquisa, o termo genérico composto, proposto por Ribeiro (2015, p. 35), por entender que este auxilia na compreensão de particularidades como parcelamento vila Almeida em que tem-se parcelamento vila, o termo genérico composto descritivo e, como apontado anteriormente, Almeida, o topônimo propriamente dito. Segundo a autora, designativos como vila, parque, jardim, conjunto etc. deveriam ser considerados como elemento genérico, já que para fins de planejamento urbano, são vistos como sinônimos de bairro (RIBEIRO, 2015, p. 35). O uso do termo bairro variou no Brasil ao longo dos séculos. Até fins do século XIX, designava povoados rurais sem núcleo administrativo, como ainda se configuram alguns bairros no interior do estado do Paraná. A partir do século XX, o termo foi atribuído a áreas urbanas sem função administrativa com definição territorial definida quanto aos limites, em alguns casos, e em outros, com divisão decorrente apenas de uso popular, causando discrepâncias quanto à nomeação dos aglomerados urbanos (CARVALHO, 1998 apud TIZIO, 2009, p. 90). Integra o corpus deste estudo, o topônimo Santo Amaro, usado para designar os espaços urbanos bairro, parcelamento e rua, respectivamente nomeados como bairro Santo Amaro (composto por 18 parcelamentos), parcelamento vila Santo Amaro e rua Santo Amaro. O termo vila, neste caso, qualifica o elemento determinante, espaço geográfico e não se caracteriza como elemento determinado em si. Em parcelamento vila Santo Amaro, o termo parcelamento vila seria o termo genérico composto e Santo Amaro seria considerado como elemento específico composto e classificado, portanto, como um hagiotopônimo 6. Quanto à sua estrutura, os topônimos são classificados segundo a sua formação: a) o topônimo ou o elemento específico simples: aquele que se faz definir 5 Nos capítulos 2 e 3, apresenta-se uma explicação pormenorizada sobre a divisão do espaço urbano adotada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande. 6 Segundo a taxionomia toponímica proposta por Dick (1990b, p ), hagiotopônimos são os topônimos relativos aos santos e santas do hagiológio romano, como será visto mais adiante.

41 37 por um só formante, seja substantivo ou adjetivo, de preferência, podendo, contudo, apresentar-se também acompanhado de sufixações (diminutivas, aumentativas ou de outras procedências lingüísticas) ; b) o topônimo composto ou elemento específico composto: aquele que se apresenta com mais de um formador, de origens diversas entre si, do ponto de vista do conteúdo, gerando, por isso, às vezes, formações inusitadas que, apenas a história local poderá elucidar, convenientemente e c) o topônimo híbrido ou elemento específico híbrido: como entendemos é aquele designativo que recebe em sua configuração elementos lingüísticos de diferentes procedências: a formação que se generalizou no país é a portuguesa + indígena ou a indígena + portuguesa (DICK, 1990b, p.13-14). Sublinhe-se que a categoria híbrido não se opõe a simples e composto, pois pode haver tanto topônimo simples como composto de natureza híbrida. Tem-se, por exemplo no corpus desta pesquisa, rua Ponta Porã (portuguesa + guarani "porã, bonito, bonita") (TIBIRIÇA, 1985, p. 99) como exemplo de topônimo composto híbrido e rua Jaboticabal e rua Mangabeira (formados por bases indígenas e afixos originados do português), como exemplos de topônimos simples híbridos. Para a classificação semântica dos topônimos, Dick (1990b, p ) concebe uma taxionomia com base na análise do topônimo do ponto de vista sincrônico (significado do item lexical elevado à categoria de topônimo na língua), em que aspectos diacrônicos como levantamento histórico acerca da origem dos topônimos são reservados para estudos pontuais e específicos acerca de cada nome. O modelo elaborado pela toponomista contempla a realidade da toponímia brasileira, considerando as diversidades geográficas de um país com tais dimensões continentais. 1.7 As taxionomias toponímicas Dick (1990b) ressalta que o material toponímico pesquisado na rede onomástica deve ser ordenado em esquemas classificatórios, para fins de sistematização. Pode-se considerar, como ponto de partida, a divisão empregada por Dauzat (1936), ao incluir os topônimos franceses em dois campos de influência: o da geografia física e o da geografia humana.

42 38 Nos EUA, George Rippey Stewart (1945), em Names on the Land, a study on the etymology of American place-names, apresenta uma classificação para a toponímia, distribuindo os nomes em nove categorias, baseadas nos mecanismos da própria nomeação: "descriptive names, possessive names, incident names, commemmorative names, euphemistic names, manufactured names, shift names, folk etymologies e mistake names (DICK: 1990b, p. 16). Destes mecanismos, os nomes descritivos e os comemorativos devem ser vistos com atenção especial, porque constituem [...] protótipos de atividades denominativas gerais ou comuns a diferentes povos enquanto as demais categorias têm menos índice de uso, se aplicadas a uma macro-toponímia, mas deve-se considerar que o modelo foi pensado e proposto para o contexto americano, de base inglesa (DICK:1990b, p. 16). Em uma primeira etapa de construção da teoria (1980), Dick propôs 19 taxes classificatórias, mas, na continuidade de seus estudos, ampliou o modelo para as atuais 27 taxes, algumas delas comportando subdivisões. As taxionomias toponímicas são exemplificativas, podendo ser ampliadas em categoremas distintos ( fitotopônimos, ergotopônimos, historiotopônimos etc.), respeitando sempre o modelo: adoção de um prefixo nuclear (greco-latino), relativo a um dos campos de ordenamento cósmico (o físico e o humano ) + acréscimo do termo topônimo, para dar a justa medida do campo de atuação da unidade onomástica criada (astro, do grego ástron + topônimo = astrotopônimo) (DICK, 1990b, p.31). Do modelo classificatório proposto (DICK, 1990b, p ), contando com 27 taxes, 11 se relacionam ao ambiente físico e são denominadas Taxionomias de natureza Física : Quadro 1 Taxionomias de Natureza Física (DICK, 1990b, p ) 1 Astrotopônimos: topônimos relativos aos corpos celestes em geral. Ex: Estrela (AH BA); rio da Estrela (ES); Saturno (AH ES). 2 Cardinotopônimos: topônimos relativos às posições geográficas em geral. Ex: praia do Leste (PR); serra do Norte (MT); Entre Rios (AH AM); ribeirão ao Norte (MG); lagoa do Sul (SC). 3 Cromotopônimos: topônimos relativos à escala cromática. Ex: rio Branco (AM); rio Negro (AM); rio Pardo (SP); serra Azul (SP). 4 Dimensiotopônimos: topônimos relativos às características dimensionais dos acidentes geográficos, como extensão, comprimento, largura, grossura, espessura, altura, profundidade. Ex: ilha Comprida (AM); serra Curta (BA); Larga (AH GO); riacho Grosso (CE); morro Alto (GO); córrego Fundo (MT); igarapé Profundo (RO).

43 39 5 Fitotopônimos: topônimos de índole vegetal, espontânea, em sua individualidade (arroio Pinheiro, RS), em conjuntos da mesma espécie (Pinheiral, AH RJ), ou de espécies diferentes (morro da Mata, MT); Caatinga (AH BA); serra da Caatinga (RN), além de formações não espontâneas individuais (ribeirão Café, ES) e em conjunto (Cafezal, AH PA). 6 Geomorfotopônimos: topônimos relativos às formas topográficas: elevações (montanha: Montanhas, AH RN; monte: Monte Alto, AH SP; morro: Morro Azul, AH RS; colina: Colinas, AH GO; coxilha: Coxilha, AH RS) e depressões do terreno (vale: Vale Fundo, AH HG; baixada: Baixadão, AH MT) e às formações litorâneas (costa: Costa Rica, AH MT; cabo: Cabo Frio, AH RJ; angra: Angra dos Reis, AH RJ; ilha: Ilhabela, AH SP; porto: Porto Velho, AH RO). 7 Hidrotopônimos: topônimos resultantes de acidentes hidrográficos, em geral. Ex: água: serra das Águas (GO), Água Boa (AH MG); rio: Riozinho (AH PI); Rio Preto (AH SP); córrego: Córrego Novo (AH MO); ribeirão: Ribeirão Preto (AH SP); braço: Braço do Norte (AH BA); foz: Foz do Riozinho (AH AM). 8 Litotopônimos: topônimos de índole mineral, relativos também à constituição do solo, representados por indivíduos (barro: lagoa do Barro (BA); barreiro: córrego do Barreiro (AM); tijuco: Tijuco Preto (AH SP); ouro: arroio do Ouro (RS), conjunto da mesma espécie (córrego Tijucal (SP)), ou de espécies diferentes (Minas Gerais AH MG); Cristália (AH MG), Pedreiras (AH MG)). 9 Meteorotopônimos: topônimos relativos a fenômenos atmosféricos. Ex: vento: serra do Vento (PB); Ventania (AH SP); Botucatu (AH SP); neve: riacho das Neves (BA); chuva: cachoeira da Chuva (RO); cachoeira do Chuvisco (MT); Chuva (AH MG); trovão:trovão (AH AM); cachoeira Trovoada (PA). 10 Morfotopônimos: topônimos que refletem o sentido de forma geométrica. Ex: Curva Grande (AH AM); Ilha Quadrada (RS); lagoa Redonda (BA); Triângulo (AH MT). 11 Zootopônimos: topônimos de índole animal, representados por indivíduos domésticos (boi: rio do Boi (MG)) e não domésticos (onça: lagoa da Onça (RJ)) e da mesma espécie em grupos (boiada: ribeirão da Boiada (SP); Vacaria (AH RS); Tapiratiba (AH SP)). Fonte: Elaborado pela autora com base em Dick (1990b, p ). Conforme a causa motivacional de natureza antropocultural, o modelo contém 16 taxes relacionadas ao homem e a sua relação com a sociedade e a cultura: Quadro 2 Taxionomias de Natureza Antropocultural (DICK, 1990b, p.32-34) 1 Animotopônimos ou Nootopônimos: topônimos relativos à vida psíquica, à cultura espiritual, abrangendo a todos os produtos do psiquismo humano, cuja matéria prima fundamental, e em seu aspecto mais importante como fato cultural, não pertence à cultura física. Ex: vitória: Vitória (AH CE); triunfo: Triunfo (AH AC); saudade: cachoeira da Saudade (MT); belo: Belo Campo (AH BA); feio: rio Feio (SP). 2 s: topônimos relativos aos nomes próprios individuais. Ex: prenome: Abel (AH MG); Benedito (igarapé, MT); Fátima (AH MT); hipocorístico: Bentinho (AH MG); Chiquita (ilha MT); Nico (Igarapé, AC); prenome + alcunha: Fernão Velho (AH AL); Joaquim Preto (igarapé do, PA); Jorge Pequeno (ribeirão MG); Maria Magra (serra da, MG); Pedro Ligeiro (AH GO); apelidos de família: Abreu (AH RS); Barbosa (arroio RS); Silva (AH PA); Tavares (rio SP); prenome + apelido de família: Antonio Amaral (AH MG); Francisco Dantas (AH RN); Manuel Alves (rio GO). 3 Axiotopônimos: topônimos relativos aos títulos e dignidades de que se fazem acompanhar os nomes próprios individuais. Ex Presidente Prudente (AH SP); Doutor Pedrinho (AH SC); Duque de Caxias(AH RJ). 4 Corotopônimos: topônimos relativos aos nomes de cidades, países, estados, regiões e continentes. Ex: Brasil (AH AM); Europa (AH AC), Amazonas (AH BA); Uruguai (AH MG). 5 Cronotopônimos: topônimos que encerram indicadores cronológicos, representados, em Toponímia, pelos adjetivos novo/nova, velho/velha. Ex: Velha Boipeba (AH BA); rio Novo Mundo (GO); Nova Viçosa (AH BA); Velha e Nova Emas (AH SP).

44 40 6 Ecotopônimos: topônimos relativos às habitações de um modo geral. Ex: Casa da Telha (AH BA); Ocauçu (AH SP); Sobrado (AH BA). 7 Ergotopônimos: topônimos relativos aos elementos da cultura material. Ex.: flecha: córrego da Flecha (MT); jangada: Jangada (AH MT); relógio: Relógio (AH PR). Entre os ergotopônimos, será possível também a inclusão dos manufaturados como farinha (rio das Farinhas, ES); pinga (riacho da Pinga, PI); vinho (córrego do Vinho, MG); óleo (óleo, AH SP); azeite (morro do Azeite, MT). 8 Etnotopônimos: topônimos referentes aos elementos étnicos, isolados ou não (povos, tribos, castas). Ex: Guarani (AH PE); Ilha do Francês (RJ); rio Xavante (MT); Chavantes (AH SP); Árabe (arroio, RS). 9 Dirrematotopônimos: topônimos constituídos por frases ou enunciados lingüísticos. Ex: Há Mais Tempo (AH MA); Valha-me Deus (AH MA); Vai Quem Quer (Igarapé, AM); Deus me Livre (AH BA). 10 Hierotopônimos: topônimos relativos aos nomes sagrados de diferentes crenças: cristã, hebraica, maometana, etc. Ex: Cristo Rei (AH PR); Jesus (rio GO); Alá (lago AM); Nossa Senhora da Glória (AH AM); às efemérides religiosas: Natividade (AH GO); Natal (AH AC); às associações religiosas: Cruz de Malta (AH SC); aos locais de culto: igreja: serra da Igreja (PR); capela: Capela (AH AL); Capelazinha (AH MG). Os hierotopônimos podem apresentar, ainda, duas subdivisões: a - hagiotopônimos: topônimos relativos aos santos e santas do hagiológio romano: São Paulo (AH SP); Santa Tereza (AH GO); Santana da Boa Vista (AH RS); b- mitotopônimos: topônimos relativos às entidades mitológicas. Ex: saci: ribeirão do Saci (ES); curupira: lago Curupira (AM); jurupari: Jurupari (AH AM); anhangá: Anhangá (AH BA). 11 Historiotopônimos: topônimos relativos aos movimentos de cunho histórico-social e aos seus membros, assim como às datas correspondentes. Ex: Independência (AH AC); rio 7 de Setembro (MT); Inconfidência (AH RJ); Inconfidentes (AH MG); rua Vinte e Um de Abril (SP). 12 Hodotopônimos (ou Odotopônimos): topônimos relativos às vias de comunicação rural ou urbana. Ex: Estradas (AH AM); Avenida (AH BA); córrego do Atalho (GO); Travessa (AH BA); Rua de Palha (AH BA); 13 Numerotopônimos: topônimos relativos aos adjetivos numerais. Ex: Duas Barras (AH BA); Duas Pontes (AH RO); Três Coroas (AH RS). 14 Poliotopônimos: topônimos constituídos pelos vocábulos vila, aldeia, cidade, povoação, arraial. Ex: rio da Cidade (RJ); serra da Aldeia (PB); Arraial (AH BA); Vila dos Anjos (AH MG); Povoação (AH PI); Tabapuã (AH SP). 15 Sociotopônimos: topônimos relativos às atividades profissionais, aos locais de trabalho e aos pontos de encontro dos membros de uma comunidade (largo, páteo, praça). Ex: Sapateiro (serra do, SP); Pescador (AH MG); Tropeiros (serra dos, MG); Engenho Novo (córrego, MG); Oficina (AH MG); Pracinha (AH SP). 16 Somatopônimos: topônimos empregados em relação metafórica a partes do corpo humano ou do animal. Ex: Cotovelo (AH MG); Pé de Boi (AH SE); Pé de Galinha (AH BA); Mão Esquerda (rio da, AL); Mão Quebrada (lagoa da, PI); Fonte: Elaborado pela autora com base em Dick (1990b, p ) No Brasil, no que concerne às taxes toponímicas propostas por Dick (1990b), nota-se maior representatividade dos "designativos de origem vegetal, animal, hidrográfica, geomorfológica e litonímica; e, no plano cultural, aos nomes de origem religiosa, antroponímica, histórica, social e noológica (DICK, 1990a, p.17). A autora esclarece, ainda, que outras formas denominativas podem ocorrer em função da abrangência total das taxionomias possíveis (DICK, 1990a, p. 29). Portanto, o modelo proposto tende a dar conta da infinidade das formas denominativas existentes.

45 41 Pesquisas realizadas em diferentes estados brasileiros sugeriram o acréscimo de algumas categorias ou subdivisões de algumas já estabelecidas. À categoria dos animotopônimos, Isquerdo (1996) propõe duas subclassificações: animotopônimo eufórico (marca uma impressão agradável, otimista, ex. Seringal Alegria) e animotopônimo disfórico (marca uma impressão desagradável, ex. Seringal Solidão) (ISQUERDO, 1996). Lima (1998) propõe, para a categoria dos hagiotopônimos, duas subclasses: os hagiotopônimos autênticos (alusão a um santo ou santa aceitos e aprovados pelos dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, ex. Colocação São Mateus) e os hagiotopônimos aparentes (tributos prestados a um fundador ou uma pessoa influente da localidade, ex. Rio São Luiz homenagem a um padre) (LIMA, 1998). A equipe do Projeto ATEPAR contribuiu com o acréscimo das taxes: acronimotopônimos (topônimos formados por siglas), estamatopônimos (topônimos relacionados aos sentidos, ex. Seringal Vista Alegre), grafematopônimos (topônimos formados por letras do alfabeto, ex. Avenida D), higietopônimos (topônimos relativos à saúde, à higiene, ao estado de bem estar físico, ex. Rua da Boa Saúde) e necrotopônimos (topônimos relativos ao que é ou está morto, à restos mortais, ex. Colocação Cova da Onça) (ZAMARIANO, 2006, p. 154). Este estudo apresenta peculiaridades quanto à classificação dos topônimos em suas respectivas taxes, por isso, além da taxionomia proposta por Dick (1990b), adotar-se-ão as subclassificações da taxe animatopônimo, animotopônimo eufórico e animotopônimo disfórico, propostas por Isquerdo (1996) e a taxe acronimotopônimo do Projeto ATEPAR. 1.8 A perspectiva urbana da Toponímia O dicionário Aurélio (FERREIRA, 2010) define cidade como [...] complexo demográfico formado, social e economicamente, por uma importante concentração populacional não agrícola, i. e., dedicada a atividades de caráter mercantil, industrial, financeiro e cultural; urbe: Cidade é a expressão palpável da necessidade humana de contato, comunicação, organização e troca numa determinada circunstância físico-social e num contexto histórico. (Lúcio Costa: Registro de uma Vivência, p. 277).

46 42 Compreende-se que, ao estudar a cidade a partir da nomenclatura dos aglomerados urbanos e dos logradouros, é possível resgatar toda riqueza do contato, comunicação e troca entre os membros de uma dada comunidade, pois a cidade é a "expressão palpável" de um determinado momento histórico e circunstância físico-social. Billy (2001) descreve a tipologia histórica dos designativos hodonímicos franceses, numa perspectiva diacrônica, e aponta para sete tipos de designações: i. descrições funcionais ponto de referência, localização, direções, descrições (autodescrição, descrição subjetiva); ii. o universo social comércio, artesanato, profissões, estabelecimentos, proprietários de terras, benfeitorias públicas, vida religiosa, forças armadas, ciências, arquitetura, associações, escritores célebres, grupos sociais, datas comemorativas; iii. o universo histórico eventos históricos (datas, lugares), personalidades (locais, nacionais e internacionais), costumes locais; iv. o universo geográfico vilas (francesas e estrangeiras), países, povos (franceses e estrangeiros), extensões, montanhas e maciços franceses; v. o universo natural animais (concretos e abstratos), vegetação (concretas e abstratas), minérios, estações e clima; vi. o universo mental ideais, valores institucionais, sentimentos, símbolos, divisa e slogans e vii. o universo psíquico ritmo vital, necessidades e natureza humanas. Depreende-se que os nomes dados às ruas das cidades não são circunstanciais, pois registram "a intenção oficial e pública de nomear para solenizar e honrar, para resignificar e fazer um "presente do passado"" 7 (CHARLIER, 2007, p. 235). Esta intenção memorial e histórica também intercorreu no Brasil. Dick (1996b, p. 177) sublinha que há na toponímia urbana brasileira atribuída aos logradouros quatro estratos: 7 "[...] la voluntad oficial y pública de nominar para solemnizar y honrar, para resignificar y hacer un presente del pasado" (CHARLIER, 2007, p. 235) Tradução da autora.

47 43 a o primeiro deles antroponímico, ao que tudo leva a crer, é o espontâneo, o natural, nascido popularmente da lembrança daquele morador que melhor identificou o lugar, em seu tempo; b o segundo, também espontâneo, funcional, adequado ao elemento identificador, de origem religiosa; c o terceiro e o quarto, sistemáticos, oficializados, mas não espontâneos, vislumbrando-se, em seu conteúdo, a tendência a homenagens a personalidades e a fatos ligados a momentos históricos regionais, ou locais, o que viria a constituir a meta perseguida por grande parte da toponímia no Brasil. Na toponímia urbana predominam os topônimos não espontâneos, aqueles designados por indivíduos ou grupos externos à comunidade, por quem loteou a área ou pelo Poder Público, por meio de decretos e leis (MOREIRA, 2015, p. 178). Esta não-espontaneidade é uma característica recorrente na toponímia oficial do espaço urbano. Já na toponímia não-oficial, registra-se a ocorrência de topônimos espontâneos, aqueles que surgem naturalmente no seio da comunidade, que passam a ser usados para se referir a um determinado acidente previamente nomeado por outro designativo. No corpus desta pesquisa, observou-se esse fenômeno nos designativos de um dos parcelamentos do bairro Nova Campo Grande: O local da Vila Popular teve seu desmembramento aprovado em 02 de fevereiro de 1963, para formar o loteamento Nova Campo Grande e a Companhia Imobiliária Oeste do Brasil (CIMOBRÁS), que pertencia a Laucídio Martins Coelho e Filhos, ficou responsável de lotear a área de 646 hectares. Foi dividida em doze blocos, sendo onze residenciais e um industrial. De 1968 à 1977 foram construídas 198 casas, com seis modelos diferentes. O restante dos lotes foram vendidos a terceiros sem construção. No bloco dois, a CIMOBRÁS construiu casas em alvenaria; já no bloco onze, a partir de 1966, a Companhia Imobiliária, construiu casas feitas de madeira, chamadas populares. Assim o bloco onze teve seu nome alterado pela população e passou a ser chamado de Vila Popular " (BOIS, 2005, p.05). O processo de nomeação oficial, Nova Campo Grande Bloco 11, acaba se dando de forma artificial, não havendo relação entre o topônimo designado e o grupo social que ali vive. O nome usado pela população, vila Popular, coexistiu como topônimo paralelo 8 e prevaleceu sobre o nome oficial. No livro A Dinâmica dos nomes da cidade de São Paulo , Dick aponta que, por meio de levantamento realizado na toponímia da área central de 8 Paralelamente à denominação oficial, sistemática, reconhecida pelo poder público, encontra-se a denominação espontânea, nascida de um denominador coletivo, ou individual, sem uma autoria identificável à primeira vista, porque nascida no seio da população e não individualizada (DICK, 1990b, p.49) o topônimo paralelo.

48 44 São Paulo com o objetivo de verificar as tendências motivadoras aos nomes de rua, predominam os referenciais físicos pertencentes às taxionomias hidrotoponímicas, geomorfotoponímicas, litotoponímicas e fitotoponímicas e os referenciais hiero e/ou hagiotoponímicos, antropotonímicos, animotoponímicos e historio-sociotoponímicos que integram o grupo antropocultural (DICK, 1996b, p. 376). Na mesma obra (DICK, 1996b, p. 377), a autora salienta os antropotopônimos como forte tendência na nomenclatura dos espaços urbanos. Estes se apresentam sob dois condicionantes: "aquela advinda de uma motivação mais íntima, de caráter mais doméstico, por assim dizer, o que sugeria um conhecimento próximo dos fatos; e outra envolvendo nomes mais distanciados da população, personalidades políticas, [...] homens que fizeram a história do país" (DICK, 1996b, p. 377). A nomeação do parcelamento Jardim Zé Pereira, parte do corpus desta pesquisa, é uma homenagem do ex-prefeito de Campo Grande, Lúdio Coelho, a um dos proprietários da área que deu origem ao parcelamento, segundo relato do próprio prefeito: "Eu comprei 170 hectares de um compadre meu, o Zé Pereira, e do Metelo. Eles eram homens muito duros de negócio. Foi um negócio difícil, mas nós compramos bem barato! Aí eu falei: Vou colocar o nome do Zé Pereira " (BUAINAIN, 2006, p. 313). Sobressaem-se, também, os axiotopônimos (rua Presidente Antônio Carlos, avenida Duque de Caxias) e os topônimos históricos e sociais (travessa Farrapos, avenida Aeroporto, respectivamente). Outras pesquisas (ANTUNES, 2007; TIZIO, 2009; BARETTA, 2012; CIOATTO, 2012; MISTURINI, 2014; OLIVEIRA, 2014; BITTENCOURT, 2015; MOREIRA, 2015) também evidenciam a tendência a homenagens a personalidades e a fatos ligados a momentos históricos regionais, ou locais. Na nomeação dos logradouros, constata-se também a recorrência de nomes fossilizados em outras regiões que são transplantados para uma outra localidade com ruas recém traçadas (corotopônimos), perdendo, consequentemente, o vínculo com o ambiente motivador (rua Ponta Porã, rua Miranda, rua Três Lagoas). Compilam-se, ainda, a identificação de logradouros sem nome, identificados por uma letra (letratopônimo), ou número (numerotopônimo) (BITTENCOURT, 2015).

49 45 Conclui-se, portanto, que a principal característica da denominação do espaço urbano é a adoção de uma "denominação artificial, no sentido de seu distanciamento em relação ao grupo" (DICK 2007, p. 142), ou seja, o nome deixa de ser contextualizado pela comunidade, porque é advindo de fora para dentro e configuram o que a autora denominou de designação superposta, "desligada do convívio comunitário e de suas íntimas aspirações em relação ao batismo dos lugares, especialmente" (DICK 2007, p. 142). A mesma toponimista ainda destaca: É certo que há normas administrativas reguladoras dessa função, critérios convencionais a que a comunidade, qualquer que seja ela, não pode fugir, para o bem-nomear. Quanto mais densa a população, ou mais heterogênea for, etnicamente, mais os cuidados políticos ou organizacionais se colocam, às vezes até com restrições ou cerceamentos aparentes da vontade coletiva (DICK, 2007, p.143). Cada cidade é regida por legislações específicas quanto à nomeação dos aglomerados e vias públicas, o que dificulta a sistematização do tratamento dado aos termos genéricos, por exemplo. No capítulo 2, registram-se aspectos antropoculturais e econômicos do município, com destaque para a região urbana do Imbirussu, seus bairros e parcelamentos.

50 46 CAPÍTULO II CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA REGIÃO URBANA DO IMBIRUSSU, CAMPO GRANDE/MS Neste capítulo, pontuam-se inicialmente aspectos antropoculturais e econômicos do município de Campo Grande/MS e, por extensão, da região urbana do Imbirussu. Observando a cronologia, apresenta-se a contextualização de fatos e empreendimentos que têm relação direta ou indireta com a história de povoamento da região do Imbirussu, sobretudo no que se refere à nomeação dos aglomerados urbanos e logradouros. Esses referenciais possuem estreita relação com a história da localidade e com as camadas étnicas formadoras da população e tendem a denotar aspectos da visão do denominador, sejam eles positivos ou negativos frente ao espaço nomeado (ISQUERDO et al, 2011). Um topônimo fornece valiosas informações, bem como: [..] i) aponta a origem histórica de povos antigos e a localização, com precisão, de sítios desaparecidos; ii) oferece descrições precisas de relevos, apontando paisagens que já tenham desaparecido em decorrência da ação antrópica ou da natureza; iii) indica a localização de nomes de rochas, estruturas do solo, locais antigamente minerados; iv) aponta o amplo corpus de nomes de lugares que se referem à fauna atual ou desaparecida; v) indica um vasto repertório popular que designa espécies vegetais; vi) fornece conhecimento sobre a vida religiosa, agrícola, etimológica, dentre muitos outros dados (ISQUERDO; SEABRA, 2012, p.245). Nessa perspectiva, a análise dos designativos de bairros e parcelamentos fornece informações de origem histórica e sobre a comunidade que ali reside. No corpus desta pesquisa, o topônimo parcelamento Manoel Taveira 9, por exemplo, remete ao nome de Manuel Taveira, indivíduo que, além de primeiro intendente eleito de Campo Grande ( ), foi pioneiro na ocupação da região da bacia do córrego Imbirussu, com a instalação da fazenda Serradinho, na década de 1910 (MESQUITA, 2004). 9 Manoel Taveira é, na verdade, o cognome de Manoel Ignácio de Souza. Por ter ficado órfão de pai ainda muito jovem e sua mãe ter se casado novamente com José Alves Taveira, Manoel Ignácio ficou conhecido como Manoel Taveira, sobrenome "emprestado" de seu padrasto (MESQUITA, 2004). Ainda neste capítulo faz-se menção a habitantes pioneiros e às primeiras fazendas, em especial a de Manoel Ignácio de Souza.

51 47 Há ainda na região outros topônimos que nomeiam parcelamentos que remetem a essa família de pioneiros, como o parcelamento Vila Serradinho (data de criação não localizada) nas proximidades de onde era a sede da fazenda de Manoel Taveira (MESQUITA, 2004). E até mesmo na planta do projeto de aprovação de outro parcelamento, o Portal do Panamá (1999) (Figura 2), verifica-se que este é oriundo de uma gleba 10 de terras parte integrante da Fazenda Serradinho. Figura 2 Planta do projeto de aprovação do parcelamento Portal do Panamá, bairro Panamá 1999 Fonte: Mapoteca da SEMADUR, 1999, recorte da autora. Esses exemplos apontam, portanto, para a necessidade do levantamento de informações acerca de fatos históricos, sociais e econômicos relacionados ao processo de povoamento da região em estudo, para uma melhor compreensão da matriz toponímica do espaço em estudo. 2.1 Aspectos antropoculturais e econômicos do município de Campo Grande O primeiro traço de colonização no sul de Mato Grosso data do século XVI com as missões jesuítas espanholas. Os espanhóis introduzem o gado e iniciam a exploração da erva-mate. Alguns povos indígenas, como os 10 "Porção de terra rústica que ainda não foi objeto de arruamento ou parcelamento" (Lei Complementar n. 74 de 06 de setembro de 2005, Art. 4º, XXXI).

52 48 Guaicurus, aprendem a andar a cavalo, a lidar e manejar o gado, tornando-se os primeiros fazendeiros sul-mato-grossenses (GUIMARÃES, 1999). Com a descoberta do ouro em Cuiabá, no século XVIII, a coroa portuguesa passa a se interessar pela região central do Brasil, cria a Capitania de Mato Grosso, em 1748, e assina o Tratado de Madri com a Espanha em O acesso a Cuiabá era feito por meio de rotas fluviais via sul do Estado de Mato Grosso (MT), tendo como ponto de partida o rio Tietê. Uma das rotas das bandeiras paulistas era a do rio Pardo, que tem como dois dos seus afluentes igualmente explorados pelos bandeirantes, o rio Anhanduí-Guaçu e o rio Anhanduí, este último nasce da confluência dos córregos Prosa e Segredo na cidade de Campo Grande (GUIMARÃES, 1999). No século XIX, com a instabilidade política e econômica gerada pela decadência das minas de ouro de Cuiabá, de Minas Gerais, de Goiás e de outras localidades, novos bandeirantes, atraídos pela fertilidade do solo e abundância de gado nos campos de Vacaria e no Pantanal do sul de Mato Grosso, se fixaram no Estado e, com isso, vários núcleos populacionais foram fundados sobretudo após a Guerra do Paraguai ( ) 11 com fluxos migratórios de cuiabanos, goianos, mineiros, paulistas e gaúchos. O final da guerra do Paraguai, trazendo uma atmosfera de renascimento, e de coragem para a reconstrução de vida pós guerra, com esperanças de um futuro melhor, e as notícias em Monte Alegre, Minas Gerais, trazidas pelos que retornavam às suas províncias de origem, inclusive por um cunhado de José Antônio, que lutara na guerra, de que nesta região de grandes campos por onde passaram, havia incontáveis grandes rebanhos bravios, incomensuráveis planícies com áreas de boas terras e facilidade em ocupá-las, motivaram José Antônio Pereira a organizar uma expedição para Mato Grosso (ZARDO, 1999, p. 19). Após uma primeira viagem exploratória aos campos de Vacaria na Serra de Maracaju, em 1872, o mineiro José Antônio Pereira regressa a Monte Alegre, retornando para Mato Grosso três anos depois com sua família e 11 A Guerra do Paraguai foi um dos mais sangrentos conflitos militares ocorridos na América do Sul no século XIX entre o Paraguai, que foi derrotado em 1870 e saiu arrasado da guerra, e os países aliados da Tríplice Aliança (Argentina, Uruguai e Brasil) que, embora vitoriosos, tiveram grandes prejuízos materiais, mortes de soldados e dívidas contraídas durante e após a guerra (CHIAVENATTO,1979).

53 49 alguns agregados em uma comitiva composta por 62 pessoas (ZARDO, 1999, p.19). A abundância de água na confluência dos córregos Prosa e Segredo, além das condições climáticas, boas terras para plantio e gado nativo fizeram com que José Antônio Pereira resolvesse permanecer onde hoje é a cidade de Campo Grande. Construíram então, o primeiro rancho, coberto com folhas de palmeira e plantaram pequena roça. Estava lançada a semente para surgimento de uma cidade (ZARDO, 1999, p. 20) Fundação da cidade de Campo Grande O topônimo Campo Grande configura-se como a redução da primeira nomeação atribuída à localidade, Arraial de Santo Antônio de Campo Grande, em reverência ao santo de devoção e cumprimento de uma promessa feita pelo fundador durante a viagem de vinda para o sul de Mato Grosso em virtude de uma "febre maligna" que atingiu membros da comitiva. José Antônio Pereira fez um voto: construiria uma igreja em homenagem a Santo Antônio de Pádua se não perdesse nenhum ente querido. Entre 1876 e 1877, o fundador da cidade dá cumprimento à promessa e constrói uma capela de pau-a-pique (ZARDO, 1999). O então presidente da Província de Mato Grosso baixou a Lei n. 20, de 9 de novembro de 1892, determinando o reexame de todos os títulos de posse da província. Após comprovação de morada habitual e exploração da terra, e medição da área por perito, o registro da área do Arraial de Santo Antônio de Campo Grande, sob o número 427, no livro n. 14, do município de Nioaque fora lavrado. Na primeira medição a área do arraial perfazia a extensão de três mil e seiscentos hectares: N. 427 João Luiz da Fonseca e Moraes, intendente geral do Município de Nioac. Faço sabera os que o presente título verem ou delle tiverem conhecimento que nesta data de conformidade com os artigos 116 a 125 do Regim. 38, approvei por se acharem em devida forma os

54 50 Grande/MS: documentos que me forão apresentados para registro, de Jose Antonio Pereira, administrador da Igreja do Patrimônio de Santo Antonio de Campo-Grande possue uma área de campos e mattos no lugar denominado Campo Grande neste município, na extensão de três mil e seiscentos hectares. Limitando-se: ao Nascente: as cabeceiras do córrego da Proza, comprehendidas todas as vertentes affluentes do mesmo córrego; ao Poente, com as posses de D. Francisca Taveira e José Alves Rabello, pelo espigão mestre; ao Norte, do córrego do Segredo e todos os seus affluentes linha recta a cabeceira da Proza; ao Sul, com os limites de Joaquim Antonio Pereira recta atravessando Nhanduhy e o córrego Lagoa. Cujas posses funda-se no artigo 5º 5 da Lei n. 20 de 9 de Novembro de 1892, e determino que se expeça ao requerente o presente titulo que lhe permita legitimação. Intendência Municipal de Nioac 20 de junho de Eu José Nelson de Santiago, escrevente que o escrevi (assignado). Intendente Geral João Luiz da Fonseca e Moraes" (Excerto do artigo O registro de Campo Grande, Jornal O Correio do Estado, Caderno B, Suplemento Cultural, página 3, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 28 de agosto de 2004). O Quadro 3 mostra a formação administrativa do município de Campo Quadro 3 Formação administrativa do município de Campo Grande/MS 1889 Distrito criado com a denominação de Campo Grande pela Lei n. 792, de 23 de novembro de 1889, subordinado ao município de Nioac Elevado à categoria de vila com a denominação de Campo Grande, pela Resolução Estadual n. 225, de 26 de agosto de 1899, desmembrado do município de Nioac. Sede na antiga vila de Campo Grande. Constituído do distrito sede. Instalada em 26 de agosto de Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede Elevado à condição de cidade com a denominação de Campo Grande, pela Lei Estadual n. 772, de 16 de julho de Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, o município aparece constituído de 6 distritos: Campo Grande, Jaraguari, Rio Pardo, Rochedo, Serrote e Terenos Pelo Decreto-lei Estadual n. 208, de 26 de outubro de 1938, é extinto o distrito de Serrote, sendo sua área anexada ao distrito sede do município de Campo Grande No quadro fixado para vigorar no período de , o município é constituído de 5 distritos: Campo Grande, Jaraguari, Rio Pardo, Rochedo e Terenos Pelo Decreto-lei Estadual n. 545, de 31 de dezembro de 1943, desmembra do município de Campo Grande o distrito de Rio Pardo. Elevado à categoria de município com a denominação de Ribas do Rio Pardo. O Decreto-lei acima citado altera a denominação do distrito de Rochedo para Taveira No quadro fixado para vigorar no período de , o município é constituído de 4 distritos: Campo Grande, Jaraguari, Taveira (ex-rochedo) e Terenos Pela Lei Estadual n. 204, de 23 de novembro de 1948, desmembra do município de Campo Grande o distrito de Taveira. Elevado à categoria de município com a denominação de Rochedo. Pela Lei Estadual n. 207, de 01 de dezembro de 1948, é criado o distrito de Sidrolândia (ex-povoado) e anexado ao município de Campo Grande.

55 Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1950, o município é constituído de 4 distritos: Campo Grande, Jaraguari, Sidrolândia e Terenos Pela Lei Estadual n. 674, de 11 de dezembro de 1953, desmembra do município de Campo Grande o distrito de Terenos. Elevado á categoria de município. Pela Lei Estadual n. 682, de 11 de dezembro de 1953, é criado o distrito de Rochedinho (ex-povoado) e anexado ao município de Campo Grande. Pela Lei Estadual n. 684, de 11 de dezembro de 1953, desmembra do município de Campo Grande o distrito de Sidrolândia. Elevado à categoria de município. Pela Lei Estadual n. 692, de 11 de dezembro de 1953, desmembra do município de Campo Grande o distrito de Jaraguari. Elevado à categoria de município Em divisão territorial datada de 1de julho 1955, o município é constituído de 2 distritos: Campo Grande e Rochedinho Pela Lei Estadual n , de 17 de novembro de 1958, é criado o distrito de Anhanduí (ex-povoado), e anexado ao município de Campo Grande Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1960, o município é constituído de 3 distritos: Campo Grande, Anhanduí, Rochedinho. Assim permanecendo em divisão territorial datada de Fonte: Biblioteca on-line do IBGE, catálogo de municípios (2016), elaborado pela autora. Em 1910, por ocasião da elaboração do memorial descritivo dos trabalhos da medição e demarcação das terras destinadas à Vila de Campo Grande, Themístocles Paes de Souza assim descreve os limites da então vila: Ao Norte: terras devolutas, separadas por uma reta dirigida de Oeste para Leste, com o rumo magnético de N 89º13 27 E, da extensão de 2.499,49 m, por meio de terreno coberto de cerrado espesso, determinada por dois marcos de aroeira colocados nos seus extremos. A 700 metros esta reta atravessou uma pequenina cabeceira; A Leste: terras devolutas das quais é separado por uma linha quebrada com os seguintes elementos: uma reta de 2.863,28 m de extensão com o rumo magnético de S 23º34 8 E; seguindo-se outra de 4.989,75 m, com o rumo de S 26º45 11 E, com a extensão de 1.640,58 m, indo terminar no marco o mais ao norte do limite NO (Noroeste) da fazenda do Estribo. Esta linha quebrada foi aberta por meio espesso cerrado. Ao Sul: limita com a fazenda do Estribo da qual é separado por uma linha de 4.359, 17 m com o rumo de S 54º48 13 O, aberta em cerrado grosso; com a fazenda do Bandeira, por uma linha quebrada composta dos seguintes elementos: uma reta partindo do marco comum à fazenda do Estribo, com o rumo N 50º1 27 O e a extensão de m, seguindo-se outra com o rumo S 75º28 22 O da extensão de m, finalmente uma terceira da extensão de 2.322, 28 m com o rumo N 28º5 49 O que atravessou o rio Anhanduí na distância de 1.433,41 m. A Oeste: limita com terras devolutas e invernada militar das quais está separada por uma linha quebrada com os elementos: uma reta com o rumo N 4º14 E de extensão de 2.148,21 m seguindo-se outra com o rumo N 17º14 49 E com a extensão de 8.032,04 m ambas traçadas em campo. (BRASIL, 1910, n.p.)

56 52 A vila foi elevada à condição de cidade com a denominação de Campo Grande, pela Lei Estadual n. 772, de 16 de julho de Nas décadas que se seguem, as terras devolutas do entorno da cidade foram sendo ocupadas, incentivadas por algumas medidas estatais, como a construção das linhas telegráficas e da Ferrovia Noroeste do Brasil (NOB), estimulavam a migração, dinamizaram as atividades produtivas e alteravam a espacialidade econômica da região (TRUBILIANO, 2014, p.51). Atualmente, o município de Campo Grande abriga uma área geográfica total de 8.092,95 km 2, sendo ,53 hectares de área urbana, e uma população estimada de habitantes (IBGE, 2016) com taxa de urbanização 98,66%, e densidade demográfica de 97,22 hab/km 2 (IBGE, 2010) Os pioneiros e as primeiras fazendas Pereira (1972), no resumo histórico comemorativo do Centenário da fundação de Campo Grande, excerto do opúsculo de sua autoria, publicado em 1972, faz o seguinte relato sobre a chegada dos primeiros moradores do município de Campo Grande: Preservando a área que havia delimitado para a sede do Arraial, [José Antônio] determina as posses das primeiras fazendas, na seguinte ordem: Fazenda Bandeira, que coube a Joaquim Antônio; Fazenda Bálsamo, para Antônio Luiz; Fazenda Lajeado, para Manoel Vieira de Souza; Fazenda Bom Jardim, para o próprio fundador e Fazenda Três Barras, aos genros Antônio e Manoel Gonçalves. Desse ano em diante, novas caravanas foram chegando e se localizando de acordo com as orientações dadas pelo pioneiro José Antônio Pereira. Entre os primeiros moradores destacaram-se os Vieira de Rezende, no Anhanduizinho; os Caçadores, nas encostas da Serra de Maracaju; os Taveira, nas margens do ribeirão das Botas e assim por diante. O entusiasmo dos primeiros habitantes contagiava a todos, pois diariamente chegavam mais pessoas para aumentar as atividades da povoação, dedicando-se à lavoura, à criação e ao comércio em geral. Entre estes, Antônio Augusto de Carvalho, Bernardo Franco Baís, Joaquim Vieira de Almeida e muitos outros, contribuíram na formação de nossa gente. Em princípios de 1889, atendendo ao apelo dos habitantes, chegou o inesquecível mestre José Rodrigues Benfica que abriu, em nossa terra, a primeira escola (PEREIRA, 1972, n.p.). Foram, pois, se formando fazendas nas terras que hoje correspondem às regiões urbanas de Campo Grande. Nas Figuras 3 e 4, encontram-se os

57 53 registros fotográficos, respectivamente, da fazenda Bandeira e de alguns dos primeiros moradores da vila de Campo Grande da década de Figura 3 Sede da Fazenda Bandeira, de Joaquim Antônio, filho de José Antônio Pereira. Fonte: Congro (1919, p. 42) Figura 4 Moradores pioneiros Fonte: Zardo (1999, p. 45) Desde sua fundação, o lastro da economia local foi a pecuária. Até o início do século XX, devido à sua posição geográfica, Campo Grande era passagem obrigatória para as tropas boiadeiras rumo ao Triângulo Mineiro e ao Oeste Paulista. Aos poucos, algumas famílias se mudaram do núcleo primitivo

58 54 da vila, fundando algumas fazendas próximas. A estruturação das fazendas, o desenvolvimento do comércio de gado e o fortalecimento sócio econômico e político dos fazendeiros, proporcionaram a criação das primeiras oligarquias (ZARDO, 1999, p.29). Congro (1919), no livro O Municipio de Campo Grande - Estado de Matto Grosso, descreve aspectos da fundação e atividades econômicas da então vila e relata que, no fim da década de 1910, o município contava com mais de 600 propriedades rurais, citando as com mais de hectares. Figura 5 Propriedades Rurais no município de Campo Grande com mais de hectares em 1919 Fonte: Congro (1919, p. 71). Dentre os primeiros moradores estava a família de Manuel Ignácio de Souza, também conhecido como Manoel Taveira, aquele que viria a formar fazenda nas terras a oeste da vila, seguindo a Estrada Boiadeira 12, saída para 12 Segundo Arruda (2001, p. 14,15), A vila em formação comunicava-se com as demais regiões do Estado de Mato Grosso e do País, por estradas boiadeiras que penetravam o sítio

59 55 Aquidauana, às margens do córrego Imbirussu. Mesquita (2004, p.13) narra as origens da família de Manuel Ignácio de Souza: Provenientes do Triangulo Mineiro, mais provavelmente de Uberaba, com passagem por Franca do Imperador, a família de Manoel Ignácio de Souza, se estabeleceu temporariamente na região de Santana do Paranaíba e Baús (atual município de Costa Rica). Vindo para Campo Grande ainda muito jovem, acompanhado de sua mãe e seus irmãos, filhos do português José Ignácio de Souza, na época já falecido e de Maria Angélica de Freitas. Sua mãe, Da. Maria Angélica de Freitas, viúva, tinha os seguintes filhos, de seu casamento com, José Ignácio de Souza: José Ignácio de Souza (1862), Francisco Ignácio de Souza, Camilo Ignácio de Souza, Antonio Ignácio de Souza (1870), Manoel Ignácio de Souza (1876), Claudine de Freitas, Ana Angélica de Freitas, Maria Angélica de Freitas. Da. Maria Angélica de Freitas (mãe), casou-se novamente, com o já também viúvo. José Alves Taveira, que já tinha os seguintes filhos: João Alves Taveira, Ignácio Alves Taveira, Jerônimo Alves Taveira, José Alves Taveira (1871, conhecido como coronel Quito), Ana Ferreira, Rita Ferreira, Vicência Theodora Ferreira (mãe da Emília), Julia Ferreira, Maria Ferreira, Beatriz Ferreira (Bia), indo todos morar no Botas. Os filhos de Da. Maria Angélica, passaram desde então, a serem confundidos como Taveiras, como se filhos fossem, do padrasto, José Alves Taveira. Manoel Ignácio instalou um pequeno comércio, que se abastecia de produtos vindos da firma Wanderley, Baís & Companhia, de Corumbá, e de alguns produtos agrícolas e pecuários produzidos na vila. À medida que seus negócios progrediam, adquiriu alguns imóveis rurais, mais tarde, integrados, que vieram constituir a fazenda Serradinho (Figura 6), com cerca de ha, cuja sede se localizava na região onde hoje se encontra o bairro Serradinho e o Aeroporto Internacional. Lá passou a morar com a família a partir de 1915, dedicando-se mais intensamente à atividade de pecuária (MESQUITA, 2004, p. 15). original a partir de várias entradas, sendo uma das mais usadas a estrada para o Pantanal, a oeste. [...] As saídas boiadeiras, limites oficiais da Vila de Campo Grande, eram fortemente utilizadas, por conta do intenso comércio de gado, nos meados do século XIX e, depois disso, com o fim da Guerra do Paraguai, como caminho de passagem de pessoas e de comunicação com São Paulo e Minas Gerais.

60 56 Figura 6 Sede da Fazenda Serradinho Fonte: ZARDO, 1999, p. 29. Manoel Ignácio ocupou também o cargo de primeiro intendente eleito de Campo Grande ( ). Dentre as contribuições de seu mandato há a criação do 1 Código de Posturas da Villa de Campo Grande 13 ; apresentação do primeiro plano para o alinhamento das ruas da vila, plano esse iniciado pelo agrimensor Emílio Rivasseau, mas não levado a cabo 14 ; visita técnica para estudo do traçado ferroviário São Paulo Mato Grosso durante o governo de Afonso Pena, Zardo (1999, p ), neto de Manoel Ignácio, fornece descrição de algumas das fazendas pioneiras do município e suas respectivas áreas de ocupação atuais. fazenda Bom Jardim de propriedade de José Antônio Pereira; fazenda Bálsamo, de seu filho Antônio Luiz Pereira, situada próxima ao córrego Bálsamo, onde está hoje o museu José Antônio Pereira; fazenda Bandeira, do outro filho de José Antônio Pereira, na região onde hoje corresponde: do Jardim Paulista até o Guanandizão e Vila Piratininga; fazenda de Manuel Vieria, genro de José Antônio Pereira, situada às margens do Lageado, correspondendo aos bairros Jardim Campo nobre, Jardim Sumaré, Parque Lageado e parte do Aero-Rancho; 13 N. 3, de 30 de janeiro de 1905, "A Câmara Municipal da Villa de Campo Grande, de Acordo com a organização Municipal decreta e promulga as seguintes Posturas". 14 A primeira planta urbana da cidade, elaborada pelo engenheiro Nilo Javari Barém, foi aprovada somente em 1909 (Resolução n. 21, de 18 de junho de 1909).

61 57 fazendas dos irmãos Antônio e Manuel Gonçalves, genros de José Antônio Pereira, próximas ao córrego Três Barras, hoje bairros que se localizam na saída de três Lagoas; Fazenda Cachoeira, de Wenceslau José Martins, margeando o rio Anhanduí; fazenda Campo Alegre, mais ao sul do rio Anhanduí, de Joaquim Vieira de Meneses; fazenda Retiro de Cachoeira de João Azevedo dos Santos; fazenda dos Taveira à margem do córrego Botas; fazenda Serradinho, de Manoel Inácio de Sousa, (Manuel Taveira) que compreendia as áreas que margeiam à esquerda do córrego Embirussú, desde a sua cabeceira até o encontro com o asfalto da saída para Sidrolândia, abrigando as áreas que hoje compreendem: Jardim das Paineiras, bairro Manoel Taveira, Santo Antônio, Vila Almeida, Recanto dos Pássaros, Sílvia Regina, área da Base Aérea e do Aeroporto Internacional, Shell, Copagaz, Frigorífico Bordon, Nova Campo Grande, matadouro do Menezes, Sete Paus, Jardim São Conrado, Santa Emília, Rancho Alegre e Portal Caiobá; fazendas: Estiva, Esperança, Salto e Alagoas, dos Rezende. (ZARDO, 1999, p ). Entre 1943 e 1948, a cidade de Rochedo, então distrito de Campo Grande, recebeu a denominação de Taveira (ver Quadro 4), muito provavelmente devido a sua proximidade com a fazenda de Manoel Taveira, o que caracteriza mais uma homenagem ao pioneiro desbravador das terras a oeste da cidade de Campo Grande. O grande afluxo de imigrantes e migrantes, impulsionado pela chegada dos trilhos da Noroeste do Brasil, faria a população da cidade passar de dois mil habitantes em 1905 a 21 mil citadinos em 1921 (TRUBILIANO, 2014, p.161) A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil Logo após a Proclamação da República (1889), foi formada uma comissão para elaborar o Plano Geral de Viação Federal, como previa a Lei de 16 de junho de 1890, com a intenção de estabelecer a ligação entre zonas com potencial econômico aos principais portos do país e induzir a ocupação econômica e a colonização das fronteiras a oeste, prevendo, inclusive, a continuidade dessas linhas em direção ao Pacífico. A falta de capital disponível e principalmente divergências sobre o traçado tornaram-se as principais causas do adiamento da operacionalização desse plano. Nesse contexto, foi decisiva a

62 58 publicação do trabalho do engenheiro Emílio Schnoor, intitulado Memorial do projeto de estrada de ferro a Mato Grosso e fronteira da Bolívia (1903) (GHIRARDELLO, 2002). "Nele, Schnoor, que tecia comentários sobre os possíveis percursos para a ferrovia, deliberando pelo traçado que deveria nascer em São Paulo dos Agudos em direção a Itapura, Miranda e rio Paraguai" (GHIRARDELLO, 2002, p. 25). A longa discussão sobre o ponto de partida da nova ferrovia terminou em 18 de outubro de 1904, com o Decreto n , que alterou o itinerário da linha de Uberaba - Coxim para Bauru - Cuiabá. No ano de 1907, o destino da ferrovia foi alterado novamente passando o destino final a ser Corumbá, e não mais Cuiabá (GHIRARDELLO, 2002). No mesmo ano (1907), chegaram a Campo Grande, para estudar o terreno e definir o traçado da ferrovia, a serviço da Companhia de Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), o engenheiro Emílio Schcnoor e sua comitiva. Atendendo aos objetivos econômicos e estratégicos da Companhia, a cidade é escolhida para sediar uma Diretoria Regional que atenderia todo o Sul de Mato Grosso. Para tanto, são construídas, além das instalações para abrigar os serviços técnicos e burocráticos da NOB, casas para atender todos os seus funcionários. Em 14 de outubro de 1914, chega à estação ferroviária de Campo Grande (Figura 7) a comitiva que realizava a inauguração oficial da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil: No dia 31 de agosto no mesmo ano de 1914, teve lugar a famosa ligação dos trilhos, o que ocorreu às 10 horas da manhã sobre o córrego Taveira, onde hoje se ergue a estação de Ligação, nome que perpetuou o acontecimento. O 'Estado de Mato Grosso, na sua edição de 7 de setembro do mesmo ano, assim noticiou o fato: 'Ao enfrentarem-se as duas turmas romperam em vivas e gritos, continuando o resto do serviço entre uma alegria estrondosa. Ao estrugir de foguetes foram colocados os dois últimos trilhos cortados pela turma do Rio Pardo. O Dr. Oscar Guimarães batizou à champanhe os dois pedaços de ferro que pousando acima de corrente límpida do córrego da ligação acabaram com a distância da nossa terra. O Dr. Martins Costa, ilustre engenheiro residente em Campo Grande, apertou os parafusos. Em seguida a máquina 14, dos serviços de Rio Pardo atravessou o pontilhão recém acabado.' [...] A inauguração oficial da ferrovia teve lugar, porém, no dia 14 de outubro, chegando a Campo Grande o trem inaugural por volta das

63 59 10 horas, quando foi festivamente recebido pelos habitantes da vila (RODRIGUES, 1980, p. 128). Figura 7 Estação Ferroviária de Campo Grande Década Fonte: Congro (1919, p. 92). Cláusulas do contrato firmado com Governo Federal permitia à Companhia de Estrada de Ferro Noroeste do Brasil interferir na estruturação de área urbana das cidades situadas no traçado ferroviário. Em consequência disso, as cidades ganham um traçado xadrez que, além de reordenar a aglomeração existente, prevê a expansão urbana. Às Intendências Municipais também é sugerido um Código de Posturas que fornecesse diretrizes de ocupação e medidas de higiene e saúde pública (TRUBILIANO, 2014). O novo Código de Posturas, dez vezes maior que o de 1905, continha 578 artigos divididos em 16 títulos. Lançado em 1921, sua principal preocupação era o arruamento, a delimitação dos terrenos e o tipo de construções do centro da cidade. As questões sobre o comportamento social, presentes no código de 1905, são reforçadas e a elas são incorporadas novas normativas. A diferença básica entre os dois códigos é a sofisticação e a ênfase na urbanização da cidade, visíveis no de 1921 o antecessor buscou, basicamente, regulamentar a conduta dos habitantes (TRUBILIANO, 2014, p. 159). Durante a Intendência do Dr. Eduardo Olimpio Machado, por meio da Lei n. 24 de 02 de dezembro de 1937, foram definidos os marcos limítrofes dos distritos, das zonas urbana, suburbana e rural de Campo Grande 15. A cidade se 15 "Zona Urbana Partindo do limite da fazenda Bandeira, no bairro Amanbahy, com terrenos do 18 B.C.; dahi até a estrada de Ferro Noroeste por esta até o prolongamento da avenida Matto-Grosso [...] Zona Suburbana

64 60 expande ao norte com a criação do bairro ferroviário e do pólo de atividades comerciais concentrado na Rua 14 de Julho: A região oeste tornou-se o espaço dos trabalhadores urbanos, com a implantação do primeiro bairro operário da cidade, o Amambaí 16 (TRUBILIANO, 2014, p.161). Entre 1914 e 1940, em lotes próximos à linha férrea e nas mediações dos córregos, foram fundados núcleos coloniais japoneses, com destaque para a produção hortifrutigranjeira. As quatro primeiras colônias, Chacrinha, Mata do Segredo, Bandeira e Imbirussu foram fundadas por japoneses ex-funcionários da NOB (TRUBILIANO, 2014, p. 119). Em 1936, a oeste da cidade, ergueu-se a estação ferroviária do Indubrasil, nome motivado pelo fluxo de embarque do gado Indubrasil, que é o produto do cruzamento entre as raças Guzerat e Gir, pois nessa localidade havia um embarcadouro. Posteriormente, em 1942, a partir da doação de uma área de 69 hectares para parcelamento do Sr. Antônio Nogueira da Fonseca, quando da divisão da fazenda "Invernada Porã" com seus filhos, constitui-se a Vila Entroncamento, assim denominada em decorrência da confluência do ramal férreo de Ponta Porã com a linha tronco Bauru a Corumbá. No entanto, até a atualidade, a vila é conhecida pelo topônimo Indubrasil (FONSECA, s.d.) 17. Entre os séculos XVIII e início do século XX, os rios Paraguai, Paraná e Prata eram o principal elo de integração entre Mato Grosso e as regiões Sudeste e Sul do país, bem como com alguns países da América do Sul como o Paraguai, a Argentina, o Uruguai e a Bolívia (SILVA, 2011, p. 25). Após a Partindo do cruzamento da linha do patrimônio com a nascente do córrego Neco Dias subindo por este até sua barra no Córrego Segredo [...] Zona Rural Área comprehendida entre os limites das zonas suburbana e as raias do Patrimônio Municipal, conforme planta official. [...]" (Lei Municipal n. 24 de 02 de dezembro de São Paulo: Ed. Melhoramentos pp.09-11). 16 A Resolução de 1º de dezembro de 1921 aprova a denominação dos novos terrenos públicos do Bairro do Amambahy e estabelece critérios para concessão dos lotes. O Bairro Amambaí foi projetado pela Seção de Engenharia da Intendência Municipal, sob o comando do engenheiro italiano Camillo Boni. 17 Elizabeth Fonseca é escritora da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e neta de Antônio Nogueira da Fonseca, nascido em 12/01/1894, em Campo Grande, filho de Francisco Miguel da Fonseca e Belarmina Leopoldina Nogueira, mineiros vindos de Monte Alegre, ainda jovens, que aqui se casaram (Portal

65 61 construção da linha férrea no final da década de 1910, o transporte fluvial perdeu a primazia no sul de Mato Grosso e, consequentemente, o eixo econômico moveu-se de Corumbá para Campo Grande, as relações capitalistas na região têm o foco deslocado da Bacia do Prata para São Paulo e, nesse contexto, Campo Grande se transforma em importante entreposto de exportação e importação de Mato Grosso. Simultaneamente à regularização das viagens ferroviárias, o Governo Federal, em 1921, por meio do Ministério da Guerra, Pandiá Calógeras transfere de Corumbá para Campo Grande o comando da Circunscrição Militar. A instalação dos quartéis a oeste da cidade acelerou o crescimento populacional e o desenvolvimento econômico da cidade Os quartéis Em 1910, Themístocles Paes de Souza Brasil, engenheiro militar, dá início às obras necessárias para a instalação da Brigada Militar: a medição e demarcação das terras destinadas à Vila de Campo Grande (ver anexo A) e o estudo para solução do problema de abastecimento de água da cidade. Com o plano de reestruturação das forças militares proposto pelo Governo Federal, decidiu-se pela construção de diversos aquartelamentos em Campo Grande, em um extenso terreno doado pela Prefeitura Municipal localizado à direita do córrego Prosa, à margem da ferrovia, conforme Resolução de 18 de outubro de 1921, da Câmara Municipal, na gestão de Arnaldo Estevão de Figueiredo. Foram construídas as instalações do 13º Regimento de Artilharia Mista, de uma Companhia de Metralhadoras, de um Regimento de Cavalaria, do Hospital Militar e do 18º Batalhão de Caçadores (Figura 8), primeira unidade a ocupar as instalações que hoje abrigam o 18º Batalhão Logístico, além da Vila Militar, no bairro Amambaí. A construção desses quartelamentos transformou Campo Grande na mais moderna Guarnição Militar da República e trouxe à cidade um contingente de dois mil homens (ZARDO, 1999, p. 63).

66 62 Figura 8 Quartel General da 9ª Região Militar (à esquerda) e quartel do 18º Batalhão dos Caçadores (à direita). Fonte: Acervo on-line da Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, [19--]. A ligação com a área central da vila onde estava localizado o Quartel General da 9ª Região Militar (Figura 8) se dava pela rua 26 de Agosto e pela atual rua Cândido Mariano, à época denominada rua Y Juca Pirama. O acesso pela avenida Afonso Pena, além do traçado da linha férrea na região central, ocorreu posteriormente na década de A partir de 1940, a Força Aérea também se instalou a oeste da região central, na região próxima ao córrego Imbirussu A Base Aérea de Campo Grande O Núcleo de Destacamento, parte do 2º Regimento de Aviação, que era subordinado à 9ª Região Militar, foi criado em 1932 e teve a sua primeira pista Campo de Aviação nas proximidades do atual Cemitério do Santo Amaro (Figura 9) (Jornal Correio do Estado, de 25 e 26 de agosto de 1982, p. 15).

67 63 Figura 9 Plano de obras do Escritório Saturnino de Brito, Campo Grande/MS 1938 Fonte: Arruda (2016). Durante o mandato do prefeito Eduardo Olímpio Machado ( ), foi elaborado o 1º Plano Urbanístico de Campo Grande (1938) pelo Escritório Saturnino de Brito (ARRUDA, 2016). No plano de obras constava abertura de vias de acesso até a região do Campo de Aviação, o que impulsionou a urbanização da região (atuais vila Alba, vila Sobrinho, vila Santo Amaro dentre outras). Em 1º de janeiro de 1940, o Destacamento passou a denominar-se Núcleo do 3º/2º Regimento de Aviação e em 17 de janeiro do mesmo ano, 8º Corpo de Base Aérea. No mesmo ano, foi adquirida a Fazenda Cerradinho, com 900 hectares para construção do campo de aviação (Jornal Correio do Estado, de 25 e 26 de agosto de 1982, p. 15). Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, o Corpo Base Aérea é desligado da 9ª Região Militar e com a conclusão das obras da sede recebe a denominação de Base Aérea de Campo Grande (BACG) (Figura 10), por meio do Decreto nº 6.814, de 21 de agosto de Finalmente, por

68 64 Decreto nº , de 15 de setembro de 1970, foi ativada a BACG, sendo composta atualmente por três esquadrões operacionais. Além da prestação dos serviços de correio e transporte aéreo, a BACG contribuiu também com a construção da estrada saída para Aquidauana. Em depoimento concedido no Rio de Janeiro em agosto de 1999 (BUAINAIM, 2006, p. 34) 18, Wilson Fadul, prefeito de Campo Grande de 26 de janeiro de 1953 a 31 de janeiro de 1955, relata que a pavimentação do trecho entre a BACG e a praça Cuiabá, no bairro Amambaí, deu-se com o emprego do "pessoal da prefeitura e com mil tambores de asfalto que a Base Aérea doou à Prefeitura de Campo Grande, tambores de asfalto esses excedentes do material destinado à pavimentação da pista do Aeroporto de Campo Grande. Figura 10 Base Aérea de Campo Grande (à esquerda) e Aeroporto Internacional de Campo Grande (à direita) Fonte: Acervo on-line da Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, [19--]. O Aeroporto Internacional de Campo Grande, administrado pelo Ministério da Aeronáutica, foi criado em 1953, conforme Lei Federal n. 1905, de 21 de julho de Em 20 de janeiro de 1964, foi inaugurado o primeiro Terminal de Passageiros e, em 1967, foram construídos os pátios de estacionamento de aeronaves civil e militar em pavimentos rígidos, com o mesmo suporte da pista existente. A partir de 1975 passou a ser administrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) recebendo grandes benefícios em obras a partir de então e nos anos 90 é 18 Na obra Campo Grande: memória em palavras: a cidade na visão de seus prefeitos, encontram-se registrados os depoimentos de prefeitos de Campo Grande entre 1953 e 2006.

69 65 instalada sua ala internacional. Em 20 de dezembro de 2012, o aeroporto de Campo Grande foi incluído no Programa de Investimentos em logística: Aeroportos do Governo Federal, um conjunto de medidas para melhorar a qualidade dos serviços e da infraestrutura aeroportuária (Infraero Aeroportos, 2016). A expansão dos meios de transporte impulsionou o processo de industrialização da cidade, como demonstrado a seguir Distrito Industrial O Núcleo Industrial de Campo Grande foi implantado pela Prefeitura Municipal em 1976, último ano de mandato do então prefeito Levi Dias 19. A Lei n. 1547, de 26 de março de 1975, autoriza o Executivo Municipal a adquirir as terras nas proximidades da vila Indubrasil para a instalação do Núcleo Industrial de Campo Grande. E o Decreto 4009, de 14 de abril de 1976, estabelece normas para funcionamento do Núcleo Industrial de Campo Grande e dá outras providências (BUAINAIM, 2006). Em março de 1980, sob a administração de Albino Coimbra Filho, a área foi doada ao Governo do Estado, a fim de ampliar a implantação de novas indústrias. Em 1982, a administração do núcleo passou a ser responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Apesar de medidas e iniciativas de outros governos, a vocação industrial na região não prosperou como o almejado (BUAINAIM, 2006). Duas indústrias instaladas nas proximidades do Núcleo Industrial têm relação com processo nominativo dos bairros e ruas da região em estudo (C.f. Capítulo 5): o primeiro frigorífico e a primeira grande indústria da cidade FRIMA, Frigorífico Matogrossense S.A. A implantação do frigorífico, em 1947, possibilitou a engorda e o abate de bois 19 Eu fiz o primeiro núcleo industrial de Campo Grande, o Indubrasil, com a perspectiva de gerar empregos numa localidade que já dispunha de estrada de ferro, rodovia e energia abundante. Foi necessário, apenas, construir o desvio da ferrovia e furar um poço artesiano para garantir o abastecimento. De que jeito eu fiz o núcleo industrial Indubrasil? Havia um cidadão que tinha uma dívida grande com a prefeitura e era dono daquelas terras. Então, negociamos e entraram para a Prefeitura 220 hectares de terra como pagamento de IPTU. (Relato do prefeito Levy Dias In: BUAINAIM, 2006, p.202).

70 66 dentro do próprio Estado, antes abatidos em São Paulo. Este frigorífico, ainda na década de 60, entrou em concordata, depois transformada em falência e, a seguir, vendido ao Frigorífico Bordon 20 S/A (Figura 11), que posteriormente adquiriu a razão social do frigorífico Swift Armour (SOUZA, 2010, p. 101). uma pequena distribuidora de gás do grupo Zahran no ano de 1955, que hoje atua em diferentes segmentos: a Copagaz, que engarrafa, distribui e transporta G Gás Liquefeito de Petróleo para 19 estados brasileiros e Distrito Federal; a Rede Matogrossense de Televisão, que transmite a programação da Rede Globo para os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e a fazenda Chaparral, onde são criados cavalos da raça Árabe, gado Simental e gado Nelore. Figura 11 Frigorífico Matogrossense S.A. e vila de operários ao fundo Fonte: Acervo on-line da Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, [19--]. Segundo o cadastro industrial da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS) (2014), 36 estabelecimentos estão instalados no Núcleo Industrial de Campo Grande. O processo de industrialização da capital, a partir da década de 80, impulsionou ainda mais o crescimento da cidade e a 20 O atual parcelamento Nova Campo Grande Setor 12, também conhecida por Vila Popular, onde se localizava o frigorífico, ainda é conhecida por Vila Bordon, pois junto à indústria havia uma vila de casas destinada à residência de funcionários.

71 67 migração no sentido rural-urbano, exigindo medidas do poder público para regulamentação da ocupação do espaço urbano Histórico do planejamento urbano em Campo Grande Durante toda sua história a cidade de Campo Grande apresentou grande crescimento demográfico: A partir da década de 40, a população urbana de Campo Grande passa a dobrar de tamanho a cada 10 anos. Em1950 eram habitantes; em 1960, dobrou para ; em 1970 passa para habitantes; em 1980, já havia habitantes em Campo Grande [...] e o crescimento médio geométrico anual que era de mais 8% nas décadas de 70/80, passa para 6% de 80/90 e agora para pouco mais de 2% (ARRUDA, 1997, p. 5). Em poucas décadas (século XXI), as áreas das fazendas foram transformadas em parcelamentos, sendo necessário por parte do poder público regulamentar a ocupação do espaço urbano. Apresenta-se a seguir um breve histórico do planejamento urbano do município de Campo Grande baseado em Arruda (1997, p.3-10). Da primeira lei municipal, o Primeiro Código de Posturas de Campo Grande de 1905, resultou a primeira planta urbana projetada e aplicada na cidade, com um plano de alinhamento de ruas e praças da vila. O Segundo Código foi aprovado em 27 de abril de 1921, por meio da Resolução n. 43, contendo requisitos urbanísticos importantes, tais como, a continuidade de vias com a mesma faixa de domínio e implantado o primeiro bairro de Campo Grande, o Amambaí, criado para interligar o sítio urbano aos quartéis do Exército que se instalaram na parte oeste da cidade (ARRUDA, 1997,p. 3-4). Em 1937 é editada a primeira lei de loteamentos do país - Decreto-lei n 58, de 10 de dezembro de 1937 que em seu artigo 1, inciso V, parágrafo primeiro diz que tratando-se de propriedade urbana, o plano e a planta do loteamento devem ser previamente aprovados pela Prefeitura Municipal ouvidas, quanto ao que lhes disser respeito, as autoridades sanitárias e militares (ARRUDA, 1997, p. 4). Em 1938, Saturnino de Brito desenvolve nova Planta Urbana de Campo Grande, desta vez com o levantamento topográfico e cadastral dos imóveis. Nessa planta, observa-se a cidade crescendo para o norte, leste e oeste, já com os bairros Amambaí, Boa Vista, Vila Alba e Cascudo e a definição dos

72 68 quartéis, hipódromo, curtume, matadouro e espaço onde hoje é o Belmar Fidalgo e a Praça Newton Cavalcanti (ARRUDA, 1997, p.4). Esse plano culminou no Decreto Lei n. 39, de 31 de janeiro de 1941, assinado pelo Prefeito Eduardo Olímpio Machado, que trouxe grandes novidades para a cidade: dividiu a cidade de Campo Grande em zonas de construção, criou a Zona Central ou Comercial, a Industrial, a Residencial, e as Zonas Mistas (ARRUDA, 1997, p. 4). Em 1965, a cidade passa a ter um novo Código de Obras, que trata de zoneamento, uso do solo, loteamento e posturas municipais (Lei Legislativa n. 26, de 31 de maio de 1965). No final da década de 60, a cidade contrata seu primeiro Plano Diretor, elaborado pela empresa Hidroservice Consultoria. O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado PDDI foi uma evolução, apesar de burocrata e de ter sido elaborado sem a participação popular. Todas essas propostas se transformaram em leis municipais como a de nº 1.429, de 24 de janeiro de , que trouxe a execução obrigatória de infraestrutura para os loteamentos urbanos (ARRUDA, 1997, p.6). Com o processo de urbanização, surgiam os problemas sociais, como desemprego, baixos salários, falta de infraestrutura social e básica, fatos esses, que, somados às crises do campo e à falta de investimento no sul de Mato Grosso por parte do governo de Cuiabá, geravam grande descontentamento local e contribuíam para a campanha divisionista de emancipação do sul de Mato Grosso apregoada desde A criação de um novo estado, o Mato Grosso do Sul, cuja capital seria Campo Grande, foi concretizada em 11 de outubro de 1977, pela Lei Complementar n. 31, assinada por Ernesto Geisel. No mesmo ano (1977), ocorre a elaboração do Plano de Complementação Urbana de Campo Grande, por Jaime Lerner, que priorizava 21 Alteradas consecutivamente, pela Lei n , de 6 de junho de 1974, Lei n , de 29 de dezembro de 1975 e Lei n , em 21 de dezembro de 1976.

73 69 o uso do solo combinado com um sistema viário e de transporte urbano por meio de corredores. O plano foi aprovado pela Lei n de 29 de maio de No ano de 1987, foram criados a Unidade de Planejamento Urbano de Campo Grande PLANURB e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano CMDU. 23 Em dezembro de 1988, a Câmara de Vereadores aprova a Lei n que modernizava os conceitos urbanísticos e entregava à sociedade uma norma legal moderna e mais realista, em relação às necessidades do Município (ARRUDA, 1997, p.8) Respeitando determinações da Constituição Federal de 1988, foi criado o Plano Diretor, por meio da Lei Complementar n. 5, de 22 de novembro de 1995, este concebido de forma participativa. A Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005, criou 74 bairros que serviram de base para o planejamento da cidade, a composição dos Conselhos Regionais, de sistema de informações e elaboração de projetos urbanísticos. Por meio da revisão obrigatória da Lei Complementar n. 05, a Lei Complementar n. 94 de 6 de outubro de 2006 instituiu a política de desenvolvimento e o Plano Diretor de Campo Grande. Atualmente, a Lei Complementar nº 94/2006 ampara o Plano Diretor vigente e o prazo para sua revisão se esgota em Visando a modificar o zoneamento e os coeficientes urbanísticos sem critérios urbanísticos, esta foi sendo alterada pelas Leis n de , Lei n , de , Lei n de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de ,Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de , Lei n , de É importante registrar que em 1948, pela Lei Municipal n. 24 de 06 de abril, assinada por Fernando Correa da Costa, é criada a Comissão do Plano da Cidade de Campo Grande com várias atribuições, dentre elas, elaborar o Plano Diretor para o desenvolvimento e melhoramento da cidade e fixar as condições de loteamentos de terrenos para a formação de vilas. Nascia o embrião do PLANURB e do CMDU de hoje, juntos num só órgão municipal (Ibidem p.4). Em 1997, o PLANURB passa a ser responsável, além das questões urbanas, pelas questões de meio ambiente, transformando-se em Instituto Municipal de Planejamento Urbano e de Meio Ambiente.

74 70 Figura 12 Mapa da evolução dos parcelamentos aprovados até 2013 Região Urbana Imbirussu Apesar das medidas tomadas ao longo do processo de urbanização da cidade, este não se deu de forma ordenada. No mapa a seguir, recorte do mapa elaborado pela SEMADUR sobre a evolução dos parcelamentos aprovados até o ano de 2013, é possível observar como se deu a ocupação da região urbana do Imbirussu. Fonte: SEMADUR, recorte da autora. No centro da cidade há predominância da ocupação até 1950; a oeste, ainda na década de 1950 nota-se a ocupação dos bairros mais próximos da área central. No entanto, a partir da década de 1960, há a explosão do tecido urbano, momento em que surgiram os grandes parcelamentos afastados do centro comercial, destinados, na sua maioria, a abrigar a população de baixa renda que se dirigia em fluxos cada vez maiores para a cidade, frutos do êxodo rural característico da época. Em decorrência dos bloqueios representados pelas grandes áreas institucionais situadas à Oeste Ministério do Exército, Base Aérea de Campo Grande, Aeroporto Internacional a expansão da malha urbana não se deu de forma contínua, pelo contrário, áreas loteadas foram surgindo entremeadas de glebas não loteadas e desligadas da trama urbana. [...] O acesso a esses bairros se dava praticamente por meio de uma rua ou avenida. Normalmente, as rodovias, designadas como saídas desempenhavam o papel de eixo de ligação entre o centro e os bairros. Consolidou-se assim uma configuração urbana radial onde praticamente todos os acessos convergem para o centro, reforçando a centralidade comercial e de serviços que caracterizam a cidade de Campo Grande desde a década de 60 (Instituto Municipal de Planejamento Urbano, 2014, p.56).

75 71 Com a implantação do Núcleo Industrial em 1976 e a introdução de áreas para a construção de conjuntos habitacionais em 1980, a região do Imbirussu se expandiu ainda mais. No período compreendido entre os anos de 1982 e 2012, a área intraperimetral aumentou em 25,98%, enquanto o povoamento sofreu expansão mais lenta. A densidade populacional na área urbana passa de 10,44 hab/ha, em 1980, para 22,43 hab/ha em Corrobora-se que o estudo dos fatos que permearam a história políticoadministrativa da cidade facilita o conhecimento do seu inventário toponímico, corpus desta dissertação, bem como os elementos motivadores para a denominação dos espaços urbanos. No capítulo 3, são expostos os procedimentos metodológicos adotados nesta pesquisa e as leis que ordenam o espaço urbano da cidade de Campo Grande.

76 72 CAPÍTULO III PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo, discorre-se sobre o caminho metodológico percorrido com vistas a alcançar os objetivos traçados para a pesquisa; a descrição das etapas seguidas para a execução da pesquisa: delimitação da área de investigação; seleção e catalogação dos dados; investigação dos prováveis fatores motivacionais inerentes aos sintagmas toponímicos catalogados; distribuição quantitativa dos topônimos de acordo com a natureza toponímica (física ou antropocultural); distribuição quantitativa dos topônimos de acordo com a categoria taxionômica; estudo linguístico dos topônimos (etimologia, estrutura morfológica etc.); levantamento de fatos sócio-históricos relacionados à nomeação; identificação dos estratos linguísticos (portugueses indígenas, africanos etc.) presentes na toponímia da região investigada; mudanças possíveis de nomeação dos acidentes e causas que levaram à substituição de um nome por outro e, por fim, estabelecimento das possíveis áreas toponímicas na área investigada. Elegeram-se como objetivos desta pesquisa: 3.1 Objetivo Geral Estudar os nomes oficiais dos 99 parcelamentos e dos 822 logradouros públicos (nomes de ruas, avenidas, travessas e praças) dos 07 bairros da região urbana do Imbirussu (SEMADUR), do ponto de vista onomásticotoponímico Objetivos Específicos i. Catalogar os designativos dos parcelamentos e dos logradouros dos bairros que compõem a região urbana do Imbirussu, registrados em mapas oficiais da cidade de Campo Grande; ii. Analisar os topônimos catalogados do ponto de vista linguístico, etnodialetológico, taxionômico e histórico;

77 73 iii. Identificar possíveis causas denominativas dos topônimos estudados com base na memória histórica da cidade de Campo Grande, em especial da região em estudo; iv. Contribuir, por meio do estudo toponímico da relação entre as camadas toponímicas e a história social da cidade, para a recuperação de dados históricos acerca da ocupação da região oeste da capital sul-mato-grossense; v. Organizar um acervo com os nomes atribuídos aos aglomerados urbanos e logradouros da região urbana do Imbirussu; vi. Estabelecer as possíveis áreas toponímicas na área investigada; vii. Contribuir com a ampliação do banco de dados do Projeto ATEMS com os dados da toponímia urbana. Tomando por base a delimitação do espaço geográfico, objeto de estudo deste trabalho e contextualização histórico-social de ocupação da região urbana do Imbirussu, são expostos, a seguir, os métodos e procedimentos utilizados nesta pesquisa. 3.2 Métodos e Procedimentos Considerando os objetivos deste estudo, buscou-se respaldo teóricometodológico na Linguística, em especial nas ciências onomásticas, teorias sobre a Toponímia, especialmente para a toponímia brasileira (DICK 1990a; 1990b; 1996a; 1996b, 1998; 1999; 2006). Esta pesquisa está vinculada ao ATEMS, adotando, portanto, os mesmos procedimentos teórico-metodológicos (como descrito no próximo tópico, Sistematização da análise dos dados). Para constituição do corpus, foram cumpridas as seguintes etapas: i. Visita à Câmara Municipal de Campo Grande, em busca de dados que pudessem subsidiar a pesquisa. ii. Contato com Grupo de Informática e Geoprocessamento do Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SEMADUR, da Prefeitura Municipal de Campo

78 74 iii. iv. Grande/MS para obtenção dos Arquivos Vetoriais sobre o planejamento urbano da cidade e mapas oficiais. Pesquisa de dados sobre a Campo Grande e a região urbana do Imbirussu nos sites do IBGE, da SEMADUR e da Câmara Municipal de Campo Grande, com o intuito de obter dados, mapas e leis que orientam a organização do espaço urbano da cidade. Visita ao Arquivo Histórico de Campo Grande ARCA e Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul IHGMS e bibliotecas da instituições superiores de ensino para consultar livros de história, de geografia, jornais e periódicos do estado de Mato Grosso do Sul e do município de Campo Grande, com a finalidade de recuperar dados para elaboração do segundo capítulo deste trabalho. Na primeira etapa desse processo, enfrentaram-se dificuldades em termos de acesso a documentos. Por exemplo, nem todas as atas da Câmara Municipal de Campo Grande encontram-se disponíveis para consulta. As atas que estão acessíveis foram consultadas no site da Câmara Municipal de Campo Grande > Legislação > Projetos (Figura 13) Figura 13 Busca no site da Câmara de Vereadores de Campo Grande/MS Fonte: Acesso em: 13 jul 2016.

79 75 A consulta aos processos legislativos foi feita com o preenchimento do campo "texto" e quando havia registro de algum processo relacionado à busca, uma nova caixa de texto era aberta e nela era possível consultar o texto original do projeto de lei, por exemplo e o trâmite do processo (Figura 14). Figura 14 Consulta a processo legislativo no site da Câmara de Vereadores de Campo Grande/MS Fonte: Acesso: em 13 jul Desde 1997, a Prefeitura Municipal trabalha com a produção de dados e informações geoespaciais 24 e, com o intuito de desburocratizar as informações, a SEMADUR disponibiliza os vetores do território fisico-geográfico do estado no site < Como os dados disponibilizados on-line referem-se a informações anteriores a 2014, os mais recentes sobre a região do Imbirussu foram coletados junto ao Grupo de Informática e Geoprocessamento, pessoalmente, no dia 16 de agosto de Nesta pesquisa, por indicação dos técnicos da própria SEMADUR, foi utilizado o KOSMOS SIG, um software livre para geoprocessamento de 24 Segundo o conceito definido pelo Decreto n /2008, que instituiu a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), um dado ou informação geoespacial é aquele que se distingue essencialmente pela componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo (IBGE, 2015 p.13).

80 76 interface amigável. Dentre os vários formatos de arquivo compatíveis com o programa, o formato de arquivo shape 25 permite a transferência de informações para outros programas como o EXCEL, permitindo, assim, a fácil manipulação dos dados. As informações dos logradouros da região do Imbirussu foram, então, transferidas para uma planilha do EXCEL e totalizaram entradas. Notouse que um mesmo topônimo aparecia em mais de uma entrada, a rua Amaro Castro Lima constava 24 vezes; a avenida Duque de Caxias, 49 vezes; a avenida Júlio de Castilho, 69 e assim por diante. Procedeu-se, então, a uma "limpeza" manual das repetições tomando por base o geocódigo único de cada logradouro, resultando em 837 designativos de ruas, avenidas, praças e travessas. Destes, 16 não tiveram sua localização confirmada no visualizador do Sistema Municipal de Geoprocessamento SIMGEO 26 (Figura 15) e, por isso, também foram excluídos. Por fim, chegou-se ao quantitativo de 821 topônimos, além dos 99 designativos de parcelamentos e 7 de bairros, totalizando, então, 928 que compuseram o corpus da pesquisa. 25 O arquivo shape ou shapefile é um tipo de formato de arquivos digitais que armazenam as geometrias de uma feição cartográfica, bem como seus atributos. Esse formato foi desenvolvido e regulamentado como uma especificação aberta para interoperabilidade por dados geoespaciais entre softwares de geoprocessamento (IBGE, 2015 p. 14). 26 Criado por meio do Decreto Municipal nº 9.520, de 16 de fevereiro de 2006, o SIMGEO tem por finalidade "desenvolver mecanismos de produção, gestão e compartilhamento de informações georeferenciadas para o planejamento, a execução e a avaliação de políticas locais. [...] O projeto é composto por todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta da Prefeitura Municipal de Campo Grande, tendo como principais funções: I Garantir a disseminação de informações georeferenciadas; II Buscar a integração e racionalização das ações de captura, tratamento e análise de dados; III Promover a capacitação e atualização técnica dos recursos humanos para a construção dos indicadores e operacionalização do sistema; IV Assegurar a atualização permanente das bases de dados".

81 77 Figura 15 Visualizador do Sistema Municipal de Geoprocessamento SIMGEO Fonte: Acesso em: 14 jun Outra importante fonte foram os arquivos das plantas dos projetos de aprovação dos parcelamentos da região do Imbirussu disponíveis on-line na Mapoteca da SEMADUR. Para baixar o arquivo em PDF (formato portátil de documento), basta selecionar a área do bairro no mapa que uma nova aba de navegação é disponibilizada com link de acesso aos arquivos (Figura 16). Figura 16 Mapoteca da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano da cidade de Campo Grande/MS Fonte: Acesso em: 22 fev 2016.

82 78 Outra dificuldade encontrada foi a compreensão da nomenclatura empregada pela Câmara Municipal para organização dos mapas da cidade de Campo Grande. A organização do espaço urbano adotada pela Prefeitura e, consequentemente, abraçada neste trabalho, está disposta na Lei n , de 31 de dezembro de 2012, Título I das disposições Gerais e Capítulo I dos objetivos e definições, 1) Área urbana parte de um município caracterizada pela edificação contínua e a existência de equipamentos sociais destinados às funções urbanas básicas, como habitação, trabalho, recreação e circulação, dotada de pelo menos duas infraestruturas construídas ou mantidas pelo Poder Público, quais sejam: canalização de águas pluviais, abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, iluminação pública, escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de três quilômetros do local. (Capítulo LXXXV; 2) Região urbana porções do território urbano referenciais para a descentralização das ações de planejamento e administração. (Capítulo LIII); 2) Bairros áreas pertencentes às Regiões Urbanas organizadas para qualificar as condições de trabalho, circulação, recreação, moradia e as relações de cooperação em todos os tipos de atividades de vizinhança. (capítulo VIII); 4) Loteamento é a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes (Capítulo XLV) 4) Parcelamentos qualquer divisão do solo, com ou sem abertura de vias de circulação, que resulte em novas unidades imobiliárias. (capítulo XLVIII) Em consulta a sites e a documentos oficiais da Prefeitura, notou-se o uso dos termos genéricos parcelamento e loteamento com referência aos mesmos elementos geográficos humanos. Optou-se, assim, pelo uso do termo parcelamento, por ser a forma utilizada na Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005, e também a que registra mais frequência nas fontes consultadas, incluindo o SIMGEO (Figura 15). Registre-se também que as normas municipais que deliberaram sobre a denominação e alteração de nomes de logradouros públicos em vigência na Capital são relativamente recentes e baseiam-se na Lei nº 5.291, de 08 de janeiro de 2014, Capítulo I das disposições Gerais, Capítulo II da Denominação e Capítulo III da Alteração, que estabelece: I) Fica vedado atribuir o mesmo nome a mais de um próprio da mesma finalidade ou mais de um logradouro. (Capítulo I, artigo 1º);

83 79 II) Servirá como meio de constatação legal o mapa oficial do município. (Capítulo I, artigo 1º); III) Fica vedado atribuir nome a próprios e logradouros públicos, cujas obras não estejam totalmente concluídas, salvo quando, comprovadamente de interesse público e subscrito pela Mesa Diretora desta Casa. (Capítulo I, artigo 1º); IV) É vedado atribuir a próprios e logradouros públicos nome ofensivo, discriminatório ou que possa ser motivo de chacota. (Capítulo II, artigo 2º); V) Quando a denominação recair sobre fatos, acontecimentos históricos ou datas significativas, estas designações somente serão atribuídas após o lapso de 05 (cinco) anos da sua ocorrência. Em caso de nome de pessoas o lapso será de 06 (seis) meses da data do óbito, devidamente comprovado com a juntada da certidão. (Capítulo II, artigo 3º); VI) Somente em casos excepcionais, devidamente justificados e amplamente aceitos como tal, é que poderá ser atribuído o nome de pessoa estrangeira, que tenha contribuído com o progresso da humanidade. (Capítulo II, artigo 3º); VII) Toda proposta de alteração de nome de logradouros públicos só poderá ser apresentada se o nome originário não tiver significância maior, depois de obtida a concordância de 2/3 (dois terços) dos moradores daquele logradouro, vedada a alteração que recair sobre nomes de pessoas. (Capítulo III, artigo 4º); 3.3 Sistematização da análise dos dados Como já anteriormente informado, este trabalho está ligado ao Projeto ATEMS, de caráter coletivo e interinstitucional, sediado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O ATEMS já realizou o inventário e a catalogação de todos os topônimos rurais registrados nos mapas oficiais dos 79 municípios do Estado de Mato Grosso do Sul (acidentes físicos e humanos); a análise dos topônimos documentados em termos de dimensão linguística (etimologia, estrutura morfológica dos topônimos), taxionomias toponímicas (motivação) e extralinguística (enfoque etnodialetológico) e a cartografia da toponímia dos acidentes físicos rurais oficiais documentada por meio do Atlas Toponímico de Mato Grosso do Sul (vol.1 - inédito). O ATEMS foi financiado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT) entre os anos de 2008 e 2011, período em que foi concebido e constituído o banco de dados sobre a toponímia do estado e produzida uma primeira versão do Atlas da Toponímia de Mato Grosso do Sul. Entre 2012 e 2016 o projeto ATEMS foi financiado pelo CNPq.

84 80 O banco de dados do ATEMS reúne os topônimos coletados dos mapas oficiais do IBGE, escalas 1: e 1: , que nomeiam acidentes humanos (vilas, distritos, povoados etc.) e físicos (córregos, rios, morros etc.) rurais, relativos a 79 municípios do Estado. Na sua etapa atual, o projeto tem duas metas: ampliação do banco de dados com registro da toponímia urbana e a produção do dicionário de topônimos do MS. O Banco de Dados do ATEMS já abriga cerca de topônimos e mais cerca de estão sendo inseridos, topônimos da área rural. Tanto o projeto ATEMS quanto este estudo foram orientados pelos parâmetros teórico-metodológicos propostos por Dick (1990a; 1990b; 1996b; 1999; 2006), analisados segundo as perspectivas da motivação denominativa, das camadas etnodialetológicas e da estrutura morfológica. Cada topônimo foi registrado em uma ficha lexicográfico-toponímica concebida pelo projeto ATEMS a partir do modelo de Dick (2004, p. 130), assim constituída: Figura 17 Modelo da Ficha Lexicografico-toponímica (DICK, 2004) Fonte: Dick (2004, p. 130)

85 81 Para a sistematização dos dados inventariados, foram utilizados quadros contendo elementos da ficha lexicográfico-toponímica, uma adaptação do modelo de Dick (2004), e também utilizado pelo Projeto ATEMS: i. Estado; ii. Mesorregião iii. Microrregião; iv. Município; v. Região urbana; vi. Bairro; vii. Geocódigo; viii. Elemento geográfico; ix. Topônimo; x. Variante; xi. Tipo; xii. Área; xiii. Língua de origem; xiv. Etimologia; xv. Taxionomia; xvi. Estrutura morfológica; xvii. Referências; xviii. Fonte; xix. Data da Coleta; xx. Responsável pela coleta; xxi. Revisor; xxii. Observações. Os itens v, vi e vii, respectivamente, região urbana, bairro e geocódigo, foram inseridos nos quadros-toponímicos concebidos para este estudo, com o intuito de atender ao ordenamento do uso e da ocupação do solo no município de Campo Grande, como já visto neste capítulo. Para efeitos de identificação da localização dos logradouros públicos (nomes de ruas, avenidas, travessas e praças), optou-se neste trabalho pela identificação do bairro, por alguns deles

86 82 perpassarem por mais de um parcelamento. Apenas as vias arteriais, 27 por sua função na malha viária da cidade, apresentaram mais de um bairro identificados. Os bairros e parcelamentos não contêm geocódigo, por isso esse item foi suprimido nos seus respectivos quadros, contando, portanto, apenas nos quadro-toponímicos dos logradouros por bairros. Nos quadros relativos aos nomes de logradouros, o item variante também foi eliminado, uma vez que não foram registradas evidências de alteração denominativa nos topônimos pesquisados. Para melhor visualização, optou-se por apresentar a análise dos dados (capítulo 4) por meio de quadros simplificados contendo os seguintes itens: i. Localização Região Urbana/ Bairro (Este item remete à localização geográfica do topônimo); ii. iii. iv. Geocódigo Identificação geoespacial (no caso dos quadros dos logradouros); Elemento geográfico descrição do tipo de acidente humano (bairro, rua, travessa, etc.); Topônimo Nomes dos aglomerados urbanos (bairros e parcelamentos) e logradouros (ruas, avenidas, travessas e praças) relativas à região em estudo, em subdivisão de termo genérico simples ou composto e termo específico; v. Variante Outra forma pela qual o acidente é conhecido: A variação pode ser gráfica, fonética, lexical ou morfofonêmica; vi. Língua de origem Língua de registro do topônimo: Língua Indígena (LI), Língua Portuguesa () etc. (conforme lista de abreviaturas); 27 Segundo a Lei nº 5.291, de 08 de janeiro de 2014, Capítulo I das disposições Gerais, LXXI, via arterial é "aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade."

87 83 vii. viii. ix. Etimologia Etimologia das palavras do léxico elevadas à categoria de nome próprio (no caso daquelas de origem indígena e de língua estrangeira); Taxionomia Taxes toponímicas que permitem interpretar os nomes dos lugares com maior segurança do ponto de vista semântico, partindo de sua natureza física ou antropocultural (DICK, 1990b); Estrutura Morfológica O topônimo por ser dividido em quatro categorias: elemento específico simples, elemento específico composto, elemento específico simples híbrido, e elemento específico composto híbrido; x. Observações Registro de informações enciclopédicas, históricas coletadas em diferentes materiais de apoio: SEMADUR, ARCA, atas da Câmara municipal, livros, dicionários, pesquisa em sites da internet, dentre outros. Levantados, catalogados, analisados e registrados nos quadros toponímicos, todos os topônimos foram analisados quantitativa e qualitativamente. A análise quantitativa considerou o tratamento estatístico dos dados, expressos em tabelas, gráficos acerca dos vários aspectos analisados (língua de origem, classificação taxionômica, estrutura morfológica, etc.), enquanto na análise qualitativa examinaram-se a motivação semântica dos designativos e a relação entre as camadas toponímicas e a história social da cidade de Campo Grande. Não se buscou apenas a motivação etimológica, mas considerou-se também o contexto social e todos os elementos extralinguísticos que pudessem ajudar a explicar a origem de um topônimo. No caso do designativo rua Fluminense, localizada no bairro Santo Amaro, por exemplo, observou-se a existência de uma área toponímica com nomes de times de futebol (rua Juventus, rua Grêmio, rua Ponte Preta, rua Colorado etc.). Para subsidiar a análise linguística dos dados, foram consultados sistematicamente dois dicionários de Língua Portuguesa: Dicionário Eletrônico Aurélio da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2010), Dicionário Digital Aulete (2016); dois dicionários de línguas indígenas:

88 84 Dicionário Guarani-Português, de Luiz Caldas Tibiriçá (1984); e Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem Tupi, de Antônio Geraldo da Cunha (1989); e dois dicionários etimológicos: Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, de Antônio Geraldo Cunha (1982), e Dicionário Etimológico de Nomes e Sobrenomes, de Rosário Farâni Mansur Guérios (1981). Uma obra básica de consulta foi também O Tupi na Geographia Nacional, de Theodoro Sampaio (1901). Além de dicionários, livros, jornais e sites governamentais, fez-se uso de ferramentas de busca on-line, como a base de dados geográfica GeoNames (2016) ( (Figura 18), o próprio Google e redes sociais como o Facebook, optou-se, sempre quando possível, selecionar uma informação por sua qualidade e relevância em sites de institutos, grupos de pesquisa, universidades, revistas, jornais, blogs de pesquisadores etc. Figura 18 Busca na base de dados geográfica GeoNames Fonte: GeoNames (2016). Acesso em: 20 out Delimitação da área de pesquisa De acordo com a divisão Territorial do Brasil (IBGE), a localização geográfica do município de Campo Grande é assim configurada:

89 85 1) Grande região Centro-Oeste do Brasil; 2) Estado de Mato Grosso do Sul; 3) Mesorregião Centro-Norte de Mato Grosso do Sul; 4) Microrregião de Campo Grande, composta pelos municípios de Rio Negro, Corguinho, Rochedo, Bandeirantes, Jaraguari, Terenos e Sidrolândia. Figura 19 Mapa da localização do município de Campo Grande no Estado de Mato Grosso do Sul Fonte: Sauer Leandro (2012, p. 12). Conforme a Lei Complementar n , de 6 de setembro de 2005, que dispõe sobre o ordenamento do uso e da ocupação do solo no município de Campo Grande, a cidade é assim dividida: 1) Sede urbana de Campo Grande, dividida em sete regiões: Centro, Segredo, Prosa, Imbirussu, Lagoa, Bandeira e Anhanduizinho. Os nomes das seis últimas recuperam a denominação de cursos d água que integram a bacia hidrográfica da cidade. 28 Modificada pelas leis complementares n. 76, de 4 de novembro de 2005, n. 96, de 14 de dezembro de 2006, n. 107, de 21 de dezembro de 2007, n. 141, de 19 de agosto de 2009 e n. 186, de 12 de dezembro de 2011.

90 86 2) Região urbana do Imbirussu, composta por sete bairros: Nova Campo Grande, Núcleo Industrial, Panamá, Popular, Santo Amaro, Santo Antônio, e Sobrinho. Figura 20 Mapa da divisão da sede urbana de Campo Grande/MS Fonte: Sauer Leandro (2012, p. 19). Os noventa e nove parcelamentos da região Imbirussu estão assim distribuídos por bairros: Gráfico 1 Distribuição dos parcelamentos da região do Imbirussu por bairros 25% 20% 15% 10% 5% 14% 6% 18% 12% 18% 10% 21% 0% Nova Campo Grande Núcleo Industrial Panamá Popular Santo Amaro Santo Antônio Sobrinho Fonte: Elaborado pela autora.

91 Região urbana do Imbirussu breve caracterização A denominação Imbirussu, como denominativo de uma região urbana, originou-se a partir do nome atribuído ao córrego Imbirussu, que forma uma das bacias hidrográficas de Campo Grande. Imbirussu é um dos nomes populares da espécie Embiruçu, do tupi embira-assu, embira grande (Pseudobombax grandiflorum) (CARVALHO, 2008, p.1). Figura 21 Espécie Pseudobombax grandiflorum Fonte: Carvalho (2008, p.1) O embiruçu é uma espécie fotoblástica positiva, com padrões considerados típicos de espécie secundária, é colonizadora de clareiras (encontrada no interior da floresta primária e principalmente em formações secundárias (capoeiras e capoeirões)). Embora não tenha ocorrência natural na região Centro-Oeste, motivou o nome do córrego e, posteriormente, da região urbana. Pseudobombax grandiflorum ocorre, de forma natural, no Brasil, nas seguintes unidades da Federação: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo (CARVALHO, 2008, p.5). Os dados do Censo Demográfico 2010 (IBGE) 29 traçam o seguinte perfil demográfico da região urbana do Imbirussu e seus bairros: 29 Disponível na página do Sistema Municipal de Indicadores Georreferenciados para o Planejamento e a Gestão de Campo Grande Sisgran, <

92 88 Tabela 1 Perfil demográfico da Região Urbana do Imbirussu 2010 Fonte: IBGE, Censo Demográfico Elaboração: PLANURB, 2015.

93 89 O maior bairro em extensão territorial, quase 45% da área da região, o Núcleo Industrial, apresenta a menor taxa de ocupação, com uma população de habitantes. Os bairros mais populosos são Santo Amaro e Popular, respectivamente, com e habitantes de um total de habitantes. Excetuando-se o bairro Sobrinho, todos apresentam faixa de rendimentos entre R$ 511,00 e R$ 1.000,00, o que se reflete na renda per capita 30 de seus moradores. Nota-se, portanto, que os bairros são habitados predominantemente pela classe média brasileira, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos 31 (2012). Na região urbana do Imbirussu, há 47 equipamentos urbanos 32, 12 unidades de ensino, 13 centros de educação Infantil e 12 unidades de saúde (PLANURB, 2015) Bairros e seus parcelamentos Apresenta-se a seguir o quadro com os sete bairros da região do Imbirussu, seus parcelamentos e respectivas datas de aprovação da criação: Quadro 4 Bairros da região do Imbirussu e parcelamentos constituintes Bairro Nova Campo Grande Parcelamento Data de aprovação da criação do parcelamento Jardim Carioca 23 de maio de 1991 Nova Campo Grande Bloco de novembro de 1965 Nova Campo Grande Bloco 02 7 de dezembro de 1965 Nova Campo Grande Bloco de março de 1965 Nova Campo Grande Bloco de outubro de 1969 Nova Campo Grande Bloco de abril de 1966 Nova Campo Grande Bloco de novembro de A renda per capita é a soma do rendimento nominal mensal das pessoas de 10 anos ou mais residentes em domicílios particulares e coletivos, dividida pelo total de pessoas residentes nesses domicílios. 31 Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) (2012) define a classe média brasileira como o grupo composto por famílias com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019, dividida entre a baixa classe média, com renda per capita entre R$ 291 a R$ 441; classe média, com ganho entre R$ 441 a R$ 641; e classe média alta, com rendimento entre R$ R$ 641 a R$ Lei federal 6.766/79 conceitua equipamentos comunitários e urbanos da seguinte maneira: a) Consideram-se comunitários equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares; b) Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgoto, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

94 90 Núcleo Industrial Panamá Popular Santo Amaro Nova Campo Grande Bloco de janeiro de 1967 Nova Campo Grande Bloco de abril de 1968 Nova Campo Grande Bloco 12 (parte) 6 de junho de 1967 Residencial Nelson Trad 2012 Vila Eliane 18 de outubro de 1962 Vila Eliane 2ª Seção 13 de dezembro de 1966 Vila Serradinho informação não localizada Jardim Inápolis 1971 Morada Imperial 18 de novembro de 2013 Núcleo Industrial 23 de abril de 1976 Pólo Empresarial Oeste 6 de maio de 2004 Vila Entroncamento 9 de agosto de 1963 Vila Manoel Secco Thomé 16 de julho de 1982 Altos do Panamá 25 de julho de 2011 Bosque das Araras 18 de abril de 2008 Jardim Aroeira 19 de outubro de 1992 Jardim do Zé Pereira 29 de abril de 1993 Jardim Mathilde 2 de setembro de 2005 Jardim Panamá 22 de maio de 1980 Jardim Panamá II 28 de abril de 1982 Jardim Panamá III 30 de agosto de 1982 Jardim Panamá IV 13 de junho de 1986 Jardim Panamá V 10 de fevereiro de 1987 Jardim Panamá VI informação não localizada Parque Residencial Bellinate 29 de outubro de 1982 Parque Residencial dos Bancários 11 de abril de 1994 Portal do Panamá 17 de dezembro de 1999 Recanto dos Pássaros 5 de outubro de 1983 Residencial Ana Maria do Couto 19 de novembro de 1982 Residencial Búzios 5 de maio de 1997 Residencial Sagarana 20 de setembro de 1991 Bosque Santa Mônica 25 de abril de 1991 Bosque Santa Mônica II 28 de novembro de 1995 Jardim Aeroporto 30 de março de 1977 Jardim das Reginas 28 de janeiro de 1977 Jardim Itália 9 de abril de 1990 Jardim Petrópolis (parte) 20 de julho de 1961 Jardim Sayonara 27 de junho de 1968 Loteamento Municipal Jardim Pantanal 21 de dezembro de 1990 Loteamento Municipal Macaé 28 de dezembro de 1993 Nova Campo Grande Bloco de novembro de 1966 Nova Campo Grande Bloco 12 (parte) 6 de junho de 1967 Vila Romana 10 de abril de 1997 Coophatrabalho 4 de maio de 1978 Jardim Canadá 21 de fevereiro de 1979 Jardim das Virtudes 13 de agosto de 2002 Jardim Itapuã 21 de outubro de 1982 Jardim Mandala 14 de dezembro de 2000 Manoel Taveira 31 de maio de 1968 Parque dos Laranjais (parte) 20 de abril de 1979 Residencial Hugo Rodrigues 9 de março de 2007

95 91 Santo Antônio Sobrinho Residencial Sírio Libanês I 4 de dezembro de 2000 Residencial Sírio Libanês II 4 de dezembro de 2000 Santa Camélia 4 de janeiro de 1967 Vila Almeida 13 de novembro de 1969 Vila Almeida 2ª Seção 21 de agosto de 1972 Vila Doutor Jair Garcia 7 de março de 1966 Vila Jardim Beija-Flor 23 de novembro de 1978 Vila Palmira 8 de abril de 1964 Vila Santo Amaro informação não localizada Vila São Marcos 13 de setembro de 1961 Jardim Imá 30 de julho de 1962 Jardim Imá 2ª Seção 8 de outubro de 1980 Jardim Petrópolis 20 de julho de 1961 Loteamento Municipal Jaguaribe 5 de junho de 1996 Santo Antônio informação não localizada Vila Bosque da Saudade 15 de setembro de 1966 Vila Coutinho 18 de setembro de 1972 Vila Doriza 20 de maio de 1964 Vila Nova 19 de janeiro de 1960 Vila Silvia Regina 21 de dezembro de 1971 Coopermat 1985 Coophaco 12 de setembro de 1975 Coophaco II Alba 26 de novembro de 1973 Jardim Ipanema 2 de março de 1969 Jardim Leonídia 4 de setembro de 1957 Lar do Trabalhador 28 de fevereiro de 1968 Nossa Senhora Auxiliadora 17 de agosto de 1962 Papa João Paulo II 31 de agosto de 2004 Parque dos Ipês 29 de outubro de 1968 Parque São Domingos 1º de junho de 1955 Residencial Parque dos Flamingos informação não localizada Vila Acrópolis 3 de dezembro de 1963 Vila Alba 2 de abril de 1955 Vila Aviação informação não localizada Vila Cinamomo informação não localizada Vila Duque de Caxias 8 de fevereiro de 1963 Vila Espanhola 4 de agosto de 1964 Vila Oeste (parte) 14 de janeiro de 1976 Vila Rosalina 29 de agosto de 1962 Vila Santa Rita 29 de setembro de 1977 Vila Sobrinho 15 de novembro de 1975 Fonte: Ferreira (2014a; 2014b;2014c; 2014d; 2014e; 2014f; 2015), elaborado pela autora. A organização apresentada permite delimitar os bairros, parcelamentos e logradouros públicos que permeiam o espaço urbano da região do Imbirussu. O mapa de cada um dos bairros com demarcação de seus parcelamentos estão disponíveis no anexo B, desta descrição.

96 92 No capítulo 4, apresenta-se o corpus constituído a partir dos mapas vetoriais disponibilizados pela SEMADUR.

97 93 CAPÍTULO IV APRESENTAÇÃO DOS DADOS Neste capítulo apresenta-se o corpus constituído a partir dos dados de geoprocessamento da cidade de Campo Grande/MS. A tabela, a seguir, contém o resumo das informações obtidas acerca dos sete bairros em estudo: total de topônimos e quantidade de topônimos por acidente geográfico. Tabela 2 Total de topônimos e quantidade de topônimos por acidente geográfico nos bairros da região do Imbirussu 33 Bairro Total de Topônimos designativos de parcelamentos Total de Topônimos designativos de logradouros Total de ruas Total de avenidas Total de travessas Total de praças Nova Campo Grande Núcleo Industrial Panamá Popular Santo Amaro Santo Antônio Sobrinho Fonte: Elaborado pela autora. Os dados analisados foram organizados por meio de quadros toponímicos, com vistas a garantir uma melhor visualização dos dados que compõem o universo da pesquisa. O Quadro 5 contém os dados dos designativos dos bairros da região do Imbirussu, enquanto o Quadro 6, os designativos dos parcelamentos que compõem cada bairro. Já os Quadros de 7 a 13 apresentam os logradouros por localidade (bairro). Os topônimos que 33 Há nove logradouros que não estão contabilizados nesse quadro, pois são vias arteriais (dão acesso aos bairros) e, por isso, perpassam mais de uma localidade. 34 Sete logradouros são formados pelo termo genérico composto rua principal e cinco pelo termo rua secundária. 35 Das 13 avenidas, três são constituídas pelo termo genérico composto avenida principal.

98 94 estão localizados em mais de um bairro foram apresentados em um quadro à parte (Quadro 14). Ratificando o já exposto no capítulo metodológico, os elementos que compõem os quadros foram baseados na ficha lexicográfico-toponímica (DICK, 2004) e na ficha lexicográfico-toponímica do Projeto ATEMS (ISQUERDO et al, 2011).

99 95 Quadro 5 Topônimos que nomeiam os bairros da região do Imbirussu, conforme Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005 e suas alterações Localização (Região urbana) Imbirussu Elemento geográfico Bairro Topônimo Nova Campo Grande Variante Língua de Origem 36 + Imbirussu Bairro Popular Etimologia Taxionomia Cronotopônimo Animatopônimo Eufórico 37 Estrutura morfológica Observações "O local da Vila Popular teve seu desmembramento aprovado em 02 de fevereiro de 1963, para formar o loteamento Nova Campo Grande e a Companhia Imobiliária Oeste do Brasil (CIMOBRÁS), que pertencia a Laucídio Martins Coelho e Filhos, ficou responsável de lotear a área de 646 hectares. Foi dividida em doze blocos, sendo onze residenciais e um industrial. De 1968 à 1977 foram construídas 198 casas, com seis modelos diferentes. O restante dos lotes foram vendidos a terceiros sem construção. No bloco dois, a CIMOBRÁS construiu casas em alvenaria; já no bloco onze, a partir de 1966, a Companhia Imobiliária, construiu casas feitas de madeira, chamadas populares. Assim o bloco onze, registrado como Nova Campo Grande II, teve seu nome alterado pela população e passou a ser chamado de Vila Popular " (BOIS, 2005, p.05). 36 As línguas de origem são: Língua Alemã (LAl), Língua Árabe (LAr), Língua Espanhola (LEs), Língua Francesa (LF), Língua Hebraica (LHb), Língua Indígena (LI), Língua Inglesa (LIn), Língua Italiana (LIt), Língua Japonesa (LJ), Língua Latina (LL), Língua Portuguesa () e nos casos em que não foi possível identificar a língua de origem utilizou-se língua não identificada (NI). 37 O topônimo Popular foi classificado como animatopônico eufórico por se tratar de um topônimo pararelo que prevaleceu sobre o nome oficial, e por estarem nele refletidos o estado de ânimo e identidade dos que ali residem, pois fazem referência ao povo, a ele pertencente ou dele proveniente.

100 96 Localização (Região urbana) Elemento geográfico Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Imbirussu Bairro "Fica instituído que aos 13 de Junho de cada ano, dia do Padroeiro do Município de Campo Grande-MS, Santo Antônio de Pádua, será feriado municipal" (Lei nº de 29 de outubro de 2001 do Munícipio de Campo Grande). "[...] Santo Hagiotopônimo popular santo doutor da Igreja que Antônio nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua" ( Imbirussu Bairro "Santo Amaro foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo. Nasceu em Roma e entrou muito Santo Hagiotopônimo cedo para a vida religiosa. Filho espiritual Amaro e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade" ( Provável homenagem à família do Imbirussu Bairro Sobrinho proprietário das terras que deram origem a um dos parcelamentos do bairro também homônimo, José Gonçalves Sobrinho ( gov.br/semadur). Imbirussu Bairro Panamá Corotopônimo Referência ao país (GEONAMES, 2016). Núcleo Imbirussu Bairro Industrial Fonte: Elaborado pela autora. Sociotopônimo

101 97 Quadro 6 Topônimos que nomeiam os parcelamentos da região do Imbirussu, conforme Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de 2005 e suas alterações Localização (Bairro) Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Elemento geográfico Parcelamento Jardim Parcelamento Parcelamento Topônimo Carioca Nova Campo Grande Bloco 01 Nova Campo Grande Bloco 02 Variante Língua de Origem LI Etimologia Do tupi, "carioca, hist. Nome de uma aldeia Tupinambá do séc. XVI, situada nas proximidades da baía de Guanabara (Levy); de carió-oca, habitante de carió" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 84). Taxionomia Etnotopônimo Cronotopônimo Cronotopônimo Estrutura morfológica Observações Natural da cidade do Rio de Janeiro; sua etimologia é bastante controversa, porém, optamos pela de Plínio Ayrosa: carió-oca, nome de antiga aldeia indígena das proximidades da baía da Guanabara"(TIBIRIÇÁ,1984, p. 84). Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Parcelamento Parcelamento Parcelamento Nova Campo Grande Bloco 03 Nova Campo Grande Bloco 04 Nova Campo Grande Bloco 05 Cronotopônimo Cronotopônimo Cronotopônimo

102 98 Localização (Bairro) Elemento geográfico Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Parcelamento Parcelamento Parcelamento Parcelamento Parcelamento Residencial Nova Campo Grande Bloco 06 Nova Campo Grande Bloco 07 Nova Campo Grande Bloco 08 Nova Campo Grande Bloco 12 (parte) Nelson Trad LAr Do árabe T'rad: banimento, expulsão ou trad, significando "sucessão consecutiva" ou "sucessão regular" ( om/notes/josetrad/hist%c3%b3ria-dafamiliatrad/ /) Cronotopônimo Cronotopônimo Cronotopônimo Cronotopônimo "No caso do sobrenome Trad, acredita-se que a palavra seja derivada do termo árabe T'rad que significa banimento, expulsão. O sobrenome Trad pode ter sido originariamente dado a alguém que sofreu consequência de uma expulsão ou a alguém que, pelo seu poder, o direito de banir ou expulsar alguém que transgredisse a lei. O nome pode ser também derivado da palavra trad, significando "sucessão consecutiva" ou "sucessão regular" e pode ter sido inicialmente dado a algum que recebeu o direito de sucessão do seu pai" (

103 99 Localização (Bairro) Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Núcleo Industrial Núcleo Industrial Núcleo Industrial Núcleo Industrial Núcleo Industrial Elemento geográfico Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Jardim Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Eliane Eliane 2ª Seção Serradinho Geomorfotopônimo Inápolis Parcelamento Morada Imperial Parcelamento Parcelamento Pólo Empresarial Parcelamento Vila Núcleo Industrial "Iná, talvez hisp. de n. terminados em -ina, ou abrev. de Inaiá" (GUÉRIOS, 1981, p. 145) + sufixo grego - polis Ecotopônimo Sociotopônimo híbrido Oeste Cardinotopônimo Entroncamento "entroncamento [De entroncar + -mento.] 1. Ponto de junção de dois ou mais caminhos, de duas ou mais coisas." Sociotopônimo Observações ose-trad/hist%c3%b3ria-dafamilia-trad/ /) Possível referência à Fazenda Serradinho de Manoel Inácio de Souza, cujas terras deram origem ao parcelamento ( gov.br/semadur). "Iná" é o título de um conto do peota Fagundes Varela ( )" (GUÉRIOS, 1981, p. 145). Possível referência a localização do parcelamento, região oeste da cidade. Junção do ramal de Ponta Porã com a linha Tronco Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (Bauru a Corumbá) ( m.br/).

104 100 Localização (Bairro) Elemento geográfico Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia (FERREIRA, 2010). Taxionomia Estrutura morfológica Observações Núcleo Industrial Panamá Parcelamento Parcelamento Manoel Secco Thomé Altos do Panamá Dimensiotopônimo "Manoel Secco Thomé foi um eminente construtor de Campo Grande nos anos 1930 e Tinha licença do CREA SP n e nasceu no dia 17 de abril de 1886, em Figueira da Foz, cidade litorânea, próxima a Coimbra, em Portugal [...] No currículo de obras de sua empresa, constam, dentre outras, as seguintes: Agência da Empresa de Correios e Telégrafos (1934), Obelisco de Campo Grande e Relógio da Rua 14 de julho (1933), Obras militares (anos 20 e 30), Praça Newton Cavalcanti [...] Manoel Secco Thomé faleceu em 28 de julho de 1962, na cidade do Rio de Janeiro, de problema renal" ( m.br/lado-b/conversa-dearquiteto/manoel-secco-thome-umconstrutor-de-campo-grande-dosanos-30). Panamá Parcelamento Bosque Araras (das) LI Arara [Do tupi.] (FERREIRA, 2010). Zootopônimo "Designação comum às aves psitaciformes psitacídeas, gêneros Anodorhynchus, Ara, Cyanopsitta, todas de grande porte, cauda longa e bico muito forte, e que se alimentam de frutas e sementes em geral" (FERREIRA, 2010)

105 101 Localização (Bairro) Panamá Panamá Panamá Panamá Elemento geográfico Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Topônimo Aroeira Zé Pereira (do) Variante Língua de Origem Etimologia "aroeira [Do ár. daru, lentisco, + -eira, com aférese do d (que se teria confundido com o da prep. da, poss.).]" (FERREIRA, 2010). Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Mathilde Panamá "Do fr. panama, deriv. do top. Panamá" (CUNHA1982, p.575). Corotopônimo Observações "Bot. 1. Árvore anacardiácea (Schinus molle) nativa dos Andes peruanos e que ocorre em todo o Brasil, de folhas compostas, penadas, inflorescências paniculadas terminais, brancas ou amareloesverdeadas, e frutos drupáceos globosos, vermelhos; é explorada e cultivada pela madeira, compacta e pouco elástica, impregnada de terebintina, existente em seu córtex [...]" Homenagem prestada pelo exprefeito da cidade Lúdio Coelho a um dos proprietários da área que deu origem ao parcelamento Jardim José Pereira: "Eu comprei 170 hectares de um compadre meu, o Zé Pereira, e do Metelo. Eles eram homens muito duros de negócio. Foi um negócio difícil, mas nós compramos bem barato! Aí eu falei: Vou colocar o nome do Zé Pereira " (BUAINAIN, 2006, p. 313) Referência ao país (GEONAMES, 2016).

106 102 Localização (Bairro) Panamá Panamá Panamá Panamá Panamá Panamá Elemento geográfico Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Parque Residencial Topônimo Panamá II Panamá III Panamá IV Panamá V Panamá VI Bellinate Variante Língua de Origem LIt Etimologia "Do fr. panama, deriv. do top. Panamá" (CUNHA1982, p.575). "Do fr. panama, deriv. do top. Panamá" (CUNHA1982, p.575). "Do fr. panama, deriv. do top. Panamá" (CUNHA1982, p.575). "Do fr. panama, deriv. do top. Panamá" (CUNHA1982, p.575). "Do fr. panama, deriv. do top. Panamá" (CUNHA1982, p.575). Bellinati: sobrenome de origem italiana ( nstitute.com) Taxionomia Corotopônimo Corotopônimo Corotopônimo Corotopônimo Corotopônimo Estrutura morfológica Observações Referência ao país (GEONAMES, 2016). Referência ao país (GEONAMES, 2016). Referência ao país (GEONAMES, 2016). Referência ao país (GEONAMES, 2016). Referência ao país (GEONAMES, 2016). Provável homenagem à família do proprietário das terras que originaram o parcelamento Parque Residencial Bellinate, Osmar Bellinate ( gov.br/semadur) Panamá Parcelamento Parque Residencial Bancários (dos) Sociotopônimo

107 103 Localização (Bairro) Panamá Panamá Panamá Panamá Panamá Elemento geográfico Parcelamento Parcelamento Parcelamento Residencial Parcelamento Residencial Parcelamento Residencial Topônimo Portal do Panamá Recanto dos Pássaros Ana Maria do Couto Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Ergotopônimo Animotopônimo Eufórico Estrutura morfológica Búzios Corotopônimo Sagarana LI "Saga: História ou narrativa rica de incidentes" (FERREIRA, 2010) "-rana [Do tupi.] Sufixo. que se assemelha, semelhante : cajarana, imburana." (FERREIRA, 2010) Sociotopônimo híbrido Observações "Portal [De porta + -al1.] Substantivo masculino. 1. A porta principal, ou o conjunto das portas principais, dum edifício nobre, ou de templo, em geral artisticamente ornamentadas; pórtico, portela, portador:o portal de Notre Dame. 2. Constr. V. marco" (FERREIRA, 2010). "recanto [De re- + canto1.] Substantivo masculino. Lugar aprazível ou confortável: recanto íntimo; recanto pitoresco" (FERREIRA, 2010). Referência a cidade do estado do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016). Sagarana é a primeira obra de Guimarães Rosa a ser publicada em 1946, "traz nove contos, nos quais o universo do sertão, com seus vaqueiros e jagunços, surge no estilo marcante que o escritor iria aprofundar em textos posteriores." ( analise_obra/sagaranaresumo)

108 104 Localização (Bairro) Popular Elemento geográfico Parcelamento Bosque Topônimo Santa Mônica Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Hagiotopônimo Estrutura morfológica Observações Santa Mônica ( ) é a mãe de Santo Agostinho de Hipona e uma santa cristã, considerada "padroeira dos pais que convertem os filhos" ( anto). Popular Popular Popular Popular Popular Popular Popular Parcelamento Bosque Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Loteamento Municipal Santa Mônica II Hagiotopônimo Aeroporto Sociotopônimo Reginas (das) Itália Corotopônimo Petrópolis (parte) Sayonara Jardim Pantanal Corotopônimo LJ "sayoonara - até logo/ passe bem/ adeus" ( asil.com.br/sjisho.php) "jardim [Do fr. jardin, de or. frâncica.]" (FERREIRA, 2010). Não classificado Sociotopônimo Santa Mônica ( ) é a mãe de Santo Agostinho de Hipona e uma santa cristã, considerada "padroeira dos pais que convertem os filhos" ( anto). Referência ao país (GEONAMES, 2016). Referência à cidade do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016). Terreno, em geral com alamedas, onde se cultivam plantas ornamentais, úteis, ou para estudo [...]" (FERREIRA, 2010).

109 105 Localização (Bairro) Popular Popular Elemento geográfico Parcelamento Loteamento Municipal Parcelamento Topônimo Macaé Nova Campo Grande Bloco 11 Variante Popular Língua de Origem LI Etimologia Do tupi, "macahé, corr. macá-é, a macaba que é doce, a macaba saborosa, o fructo agradavel da palmeira, bacaba, macaba ou bocayuva, Rio de Janeiro, V. macaba" (SAMPAIO, 1901, p. 138). Taxionomia Corotopônimo Cronotopônimo Estrutura morfológica Observações Referência ao município do estado do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016). "O local da Vila Popular teve seu desmembramento aprovado em 02 de fevereiro de 1963, para formar o loteamento Nova Campo Grande e a Companhia Imobiliária Oeste do Brasil (CIMOBRÁS), que pertencia a Laucídio Martins Coelho e Filhos ficou responsável de lotear a área de 646 hectares. Foi dividida em doze blocos, sendo onze residenciais e um industrial. De 1968 à 1977 foram construídas 198 casas, com seis modelos diferentes. O restante dos lotes foram vendidos a terceiros sem construção. No bloco dois, a CIMOBRÁS construiu casas em alvenaria; já no bloco onze, a partir de 1966, a Companhia Imobiliária, construiu casas feitas de madeira, chamadas

110 106 Localização (Bairro) Popular Popular Santo Amaro Elemento geográfico Parcelamento Parcelamento Vila Topônimo Nova Campo Grande Bloco 12 (parte) Romana Parcelamento Coophatrabalho Variante Bordon Cooperativa Habitacional Trabalhadores de Campo Grande Língua de Origem Etimologia "romano [Do lat. romanu, por via erudita.]" (FERREIRA, 2010). Taxionomia Cronotopônimo Etnotopônimo Estrutura morfológica Acronimotopônimo Observações populares. Assim o bloco onze, registrado como Nova Campo Grande II, teve seu nome alterado pela população e passou a ser chamado de Vila Popular " (BOIS, 2005, p.05). Na região onde hoje há o parcelamento, localizava-se o Frigorífico Bordon, por isso até hoje moradores mais antigos referem-se ao parcelamento como Vila Bordon. "romano 1. De, ou pertencente ou relativo a Roma, cidade da Península Itálica, sede de um dos principais Estados da Antiguidade, ou à atual capital da Itália" (FERREIRA, 2010). "Entre 1976 e 1977, a Planoeste do Caneca (Sebastião da Silva Caneca) inundou Campo Grande com suas Coophas Coophabanco, Coophasul, Coophavila I e II, Coohafama, Coophamil, Coophatrabalho, Coophafé, colocando a sua empresa em primeiro lugar no Brasil entre todos os órgãos assessores do sistema de cooperativas habitacionais [..]" ( com.br/lado-b/conversa-dearquiteto/a-historia-de-

111 107 Localização (Bairro) Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Elemento geográfico Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Canadá Corotopônimo Virtudes (das) Itapuã LI Do tupi, "itapuá, itapuã, Am. Arpão curto e largo, utilizado por índios e caboclos" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 111). Animotopônimo Eufórico Ergotopônimo Mandala Hierotopônimo Manoel Taveira Observações sebastiao-caneca-o-homemque-criou-as-coophas-emcampo-grande) Referência ao país (GEONAMES, 2016). "Virtudes [Pl. de virtude.] Substantivo feminino plural. 1. Disposições constantes do espírito, as quais, por um esforço da vontade, inclinam à prática do bem. 2. Teol. Um dos coros de anjos" (FERREIRA, 2010). "mandala [Do sânscr.] Substantivo masculino. 1. Filos. No tantrismo, diagrama composto de círculos e quadrados concêntricos, imagem do mundo e instrumento que serve à meditação" (FERREIRA, 2010). Manoel Ignácio de Souza, ou Manoel Taveira, primeiro Prefeito eleito de Campo Grande, de 1905 a 1909 (MESQUITA, 2004).

112 108 Localização (Bairro) Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Elemento geográfico Parcelamento Parque Parcelamento Residencial Parcelamento Residencial Parcelamento Residencial Parcelamento Parcelamento Vila Topônimo Laranjais (parte) (dos) Hugo Rodrigues Sírio Libanês I Sírio Libanês II Santa Camélia Almeida Variante Santa Carmélia Língua de Origem Etimologia "Almeida, sobr. port. top., do ár.: "a (al) mesa (meida)", em sentido geogr.: "campo plano ou chão, ou planalto" [...] Taxionomia Fitotopônimo Etnotopônimo Etnotopônimo Hagiotopônimo Estrutura morfológica Observações Provável homenagem a membro da família dos proprietários das terras que originaram o parcelamento Residencial Hugo Rodrigues, Marcelo Alves Rodrigues e Marcos Fernando Alves Rodrigues. ( gov.br/semadur) "sírio-libanês: Adjetivo. 1. Pertencente ou relativo à Síria e ao Líbano" (FERREIRA, 2010) "sírio-libanês: Adjetivo. 1. Pertencente ou relativo à Síria e ao Líbano" (FERREIRA, 2010) Não foi encontrada referência da santa no hagiológio romano, parece um hagiotopônimo aparente, cujo objetivo era homenagear pessoa relacionada aos fundadores e/ou personagens influentes (RIBEIRO, 2015).

113 109 Localização (Bairro) Elemento geográfico Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia (GUÉRIOS, 1981). Taxionomia Estrutura morfológica Observações Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Almeida 2ª Seção Doutor Jair Garcia Jardim Beija-Flor "Almeida, sobr. port. top., do ár.: "a (al) mesa (meida)", em sentido geogr.: "campo plano ou chão, ou planalto" [...] (GUÉRIOS, 1981). "jardim [Do fr. jardin, de or. frâncica.] Substantivo masculino. 1. Terreno, em geral com alamedas, onde se cultivam plantas ornamentais, úteis, ou para estudo. 2. Fig. País fértil em culturas variadas" (FERREIRA, 2010). Axiotopônimo Sociotopônimo Palmira Corotopônimo "Palmira: lat. Palmyra: "cidade das palmas, das palmeiras"; "natural da antiga cidade síria Palmira", hoje Tadmor [...] Contudo, seg. Fumagalli, o nome lembra a bênção e a distribuição das palmas no domingo de Ramos" (GUÉRIOS, 1981, p.196)

114 110 Localização (Bairro) Santo Amaro Santo Amaro Santo Antônio Santo Antônio Santo Antônio Elemento geográfico Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Jardim Topônimo Santo Amaro São Marcos Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Hagiotopônimo Hagiotopônimo Estrutura morfológica Imá NI Não classificado Imá 2ª Seção NI + Não classificado Petrópolis Corotopônimo Observações Santo Amaro foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo. Nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade ( anto). "Um dos quatro Evangelistas: São Marcos. Era judeu de origem e de uma família tão cristã que sempre acolheu aos primeiros cristãos em sua casa [...] Ficou conhecido principalmente por ter sido agraciado com o carisma da inspiração e vivência comunitária, que deram origem ao Evangelho querigmático de Jesus Cristo segundo Marcos" ( anto) Referência ao município do estado do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016).

115 111 Localização (Bairro) Santo Antônio Santo Antônio Elemento geográfico Parcelamento Loteamento Municipal Parcelamento Topônimo Jaguaribe Santo Antônio Variante Favela Sandália Nova Língua de Origem LI Etimologia Do tupi, "yaguar-y-bé, no rio das onças" (SAMPAIO, 1901, p. 135). Taxionomia Corotopônimo Hagiotopônimo Estrutura morfológica Observações Referência ao município cearense ( "Logo que assumi a Prefeitura, nós desafetamos três grandes grupos de áreas públicas. Todos aqueles terrenos invadidos até 96 e com ocupação já consolidada, como o que apelidaram de Sandália Nova há uns tempos atrás e que já está Sandália Velha porque é uma invasão de Jaguaribe é o nome correto - foram desafetados." (Relato do prefeito André Puccinelli In: BUAINAIN, 2006, p. 406). Fica instituído que aos 13 de Junho de cada ano, dia do Padroeiro do Município de Campo Grande-MS, Santo Antônio de Pádua, será feriado municipal" (Lei nº de 29 de outubro de 2001 do Munícipio de Campo Grande). "[...] popular santo doutor da Igreja que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua" ( anto)

116 112 Localização (Bairro) Santo Antônio Santo Antônio Santo Antônio Santo Antônio Santo Antônio Elemento geográfico Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Topônimo Bosque da Saudade Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Coutinho Doriza Nova Cronotopônimo Silvia Regina Sobrinho Parcelamento Coopermat Sobrinho Parcelamento Coophaco Sobrinho Parcelamento Coophaco II Alba Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande Acronimotopônimo Acronimotopônimo Acronimotopônimo Observações Provável homenagem a família do proprietário das terras que deram origem ao parcelamento, Nilson Coutinho da Silva ( gov.br/semadur). Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande ( gov.br/semadur) Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande ( gov.br/semadur) Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande ( gov.br/semadur) Sobrinho Parcelamento Ipanema LI Do tupi, "ipanema, Corotopônimo Referência à praia localizada

117 113 Localização (Bairro) Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho Elemento geográfico Jardim Parcelamento Jardim Parcelamento Parcelamento Parcelamento Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia corr. y-panema, água ruim, imprestável" (SAMPAIO, 1901, p. 130). Taxionomia Estrutura morfológica Leonídia Lar do Trabalhador Nossa Senhora Auxiliadora Papa João Paulo II "lar [Do lat. lare.] Substantivo masculino. Ninho ou toca de animal. ~ V. lares" (FERREIRA, 2010). Ecotopônimo Hierotopônimo Axiotopônimo Observações na município do Rio de Janeiro. (GeoNames, 2016) "Maria Auxiliadora ganhou a invocação de Nossa Senhora Auxiliadora ou Auxílio dos Cristãos. É uma invocação instituída pelo Papa Pio V no ano de 1571, após a grande vitória dos cristãos sobre o exército muçulmano no estreito de Lepanto, que era a porta de entrada para a Europa" ( br/) "O Santo Padre (Papa João Paulo II) chegou na Base Aérea no início da noite de 16 de outubro de 1991, uma quarta-feira, dia em que comemorou 13 anos no pontificado. Entrou na cidade com o Papa-móvel, e foi recebido por centenas de fiéis

118 114 Localização (Bairro) Sobrinho Sobrinho Elemento geográfico Parcelamento Parque Parcelamento Parque Topônimo Ipês (dos) São Domingos Variante Língua de Origem LI Etimologia "Ipê [Do tupi = árvore cascuda.]" FERREIRA, 2010) Taxionomia Fitotopônimo Hagiotopônimo Estrutura morfológica Observações ao longo das avenidas Duque de Caxias e Afonso Pena até a sede da Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT), na Rua Padre João Crippa, onde ficou hospedado [...]" (MATHEUS, 2011). "1. Bot. Nome comum a árvores bignoniáceas, do gênero Tabebuia (v. tabebuia), com flores de cores branca, amarela ou rosa, muito ornamentais pela floração belíssima, dotadas de lenho nobre, muitíssimo resistente à putrefação. Um dos ipêsamarelos, a Tabebuia alba ou T. crysotricha, é a árvore símbolo nacional [...] (FERREIRA, 2010) "São Domingos (Caleruega, Reino de Castela, 24 de unho de 1170 Bolonha, 6 de Agosto de 1221) pertencia à alta linhagem dos Gusmão e foi um frade fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são conhecidos como dominicanos. [...] Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, em 1234" ( anto).

119 115 Localização (Bairro) Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho Elemento geográfico Parcelamento Residencial Parque Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Topônimo Flamingos (dos) Acrópolis Variante Língua de Origem Etimologia "acrópole [Do gr. akrópolis, pelo lat. tard. acropole.]" (FERREIRA, 2010). Taxionomia Zootopônimo Poliotopônimo Estrutura morfológica Alba Aviação Sociotopônimo Observações "Flamingo, Zool. Ave ciconiiforme, fenicopterídea (Phoenicopterus ruber), das costas atlânticas tropicais e subtropicais da América do Norte, das Antilhas, e da costa setentrional da América do Sul desde as Guianas até o estuário do rio Amazonas. Coloração rosada, rêmiges pretas, e penas dos ombros de um encarnado vivo" (FERREIRA, 2010) " Substantivo feminino. 1. A parte mais elevada das antigas cidades gregas, que comportava a cidadela e, eventualmente, santuários [...]" (FERREIRA, 2010). O Núcleo de Destacamento, parte do 2º Regimento de Aviação, que era subordinado à 9ª Região Militar, foi criado em 1932 e teve a sua primeira pista Campo de Aviação nas proximidades do atual Cemitério do Santo Amaro (Jornal Correio do Estado, de 25 e 26 de agosto de 1982, p. 15).

120 116 Localização (Bairro) Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho Elemento geográfico Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Parcelamento Vila Topônimo Cinamomo Duque de Caxias Variante Língua de Origem Etimologia "cinamomo [Do lat. cinnamomu < gr. kinnámomon; tax. Cinnamomum.] (FERREIRA, 2010). Taxionomia Fitotopônimo Axiotopônimo Estrutura morfológica Espanhola Etnotopônimo Oeste (parte) Cardinotopônimo Rosalina Santa Rita Hagiotopônimo Observações "Bot. 1. Grande gênero de árvores e arbustos lauráceos, aromáticos, que têm folhas opostas, com três a cinco veias longitudinais proeminentes, e pequenas flores paniculadas." (FERREIRA, 2010). Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias ( ), apelidado de "O Pacificador" e "O Duque de Ferro", foi um militar, político e monarquista brasileiro. Atuou nas Guerras do Prata e do Paraguai. ( que_caxias) Possível referência à localização do parcelamento, zona oeste da cidade. Santa Rita de Cássia (Roccaporena, 1381 Cássia, 22 de maio de 1457), foi uma monja agostiniana da diocese de Espoleto, Itália. Foi beatificada em 1627 e cano nizada em 1900 pela Igreja Católica. É conhecida como a Santa dos impossíveis

121 117 Localização (Bairro) Sobrinho Elemento geográfico Parcelamento Vila Fonte: Elaborado pela autora Topônimo Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Sobrinho Observações ( anto). Provável homenagem à família do proprietário das terras que deram origem ao parcelamento, José Gonçalves Sobrinho ( gov.br/semadur).

122 118 Quadro 7 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Nova Campo Grande 38, região do Imbirussu Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Avenida 10 Numerotopônimo Rua 100 Numerotopônimo Rua 101 Numerotopônimo Rua 102 Numerotopônimo Rua 103 Numerotopônimo Rua 104 Numerotopônimo Rua 105 Numerotopônimo Rua 106 Numerotopônimo Rua 107 Numerotopônimo Rua 108 Numerotopônimo Rua 109 Numerotopônimo Rua 110 Numerotopônimo Rua 111 Numerotopônimo Rua 112 Numerotopônimo Rua 113 Numerotopônimo Rua 114 Numerotopônimo Rua 115 Numerotopônimo Rua 116 Numerotopônimo Rua 117 Numerotopônimo Rua 118 Numerotopônimo Estrutura morfológica Observações 38 No bairro Nova Campo Grande, registrou-se grande incidência de numerotopônios. Como estes são registrados em numerais, não foram, por ora, preenchidos, portanto, os campos dos quadros referentes a língua de origem, etimologia e estrutura morfológica, seguindo a padronização adotada pelo Projeto ATEMS. No entanto, por estarem em função de topônimo, são signos toponímicos e poderiam ser considerados de origem hindu-arábica e apresentarem a estrutura de numeral cardinal, mas essa discussão demandaria aprofundamentos, o que não foi possível neste trabalho, em virtude do fator tempo. O tema merecerá estudos específicos posteriores.

123 119 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Rua 119 Numerotopônimo Rua 120 Numerotopônimo Rua 121 Numerotopônimo Rua 122 Numerotopônimo Rua 123 Numerotopônimo Rua 124 Numerotopônimo Rua 125 Numerotopônimo Rua 126 Numerotopônimo Rua 127 Numerotopônimo Rua 128 Numerotopônimo Rua 145 Numerotopônimo Rua 148 Numerotopônimo Rua 158 Numerotopônimo Rua 16 Numerotopônimo Avenida 2 Numerotopônimo Rua 21 Numerotopônimo Rua 22 Numerotopônimo Rua 23 Numerotopônimo Rua 24 Numerotopônimo Rua 25 Numerotopônimo Rua 26 Numerotopônimo Rua 27 Numerotopônimo Rua 28 Numerotopônimo Rua 29 Numerotopônimo Avenida 3 Numerotopônimo Estrutura morfológica Observações

124 120 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Rua 30 Numerotopônimo Rua 31 Numerotopônimo Rua 32 Numerotopônimo Rua 33 Numerotopônimo Rua 34 Numerotopônimo Rua 35 Numerotopônimo Rua 36 Numerotopônimo Rua 37 Numerotopônimo Rua 38 Numerotopônimo Rua 39 Numerotopônimo Avenida 4 Numerotopônimo Rua 40 Numerotopônimo Rua 41 Numerotopônimo Rua 42 Numerotopônimo Rua 44 Numerotopônimo Rua 46 Numerotopônimo Rua 47 Numerotopônimo Rua 48 Numerotopônimo Rua 49 Numerotopônimo Avenida 5 Numerotopônimo Avenida 5 Numerotopônimo Rua 50 Numerotopônimo Rua 51 Numerotopônimo Rua 52 Numerotopônimo Rua 53 Numerotopônimo Estrutura morfológica Observações

125 121 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Rua 54 Numerotopônimo Rua 55 Numerotopônimo Rua 56 Numerotopônimo Rua 57 Numerotopônimo Rua 58 Numerotopônimo Rua 59 Numerotopônimo Rua 60 Numerotopônimo Rua 61 Numerotopônimo Rua 62 Numerotopônimo Rua 65 Numerotopônimo Rua 66 Numerotopônimo Rua 67 Numerotopônimo Rua 68 Numerotopônimo Rua 69 Numerotopônimo Avenida 7 Numerotopônimo Rua 7 Numerotopônimo Rua 70 Numerotopônimo Rua 76 Numerotopônimo Rua 77 Numerotopônimo Rua 78 Numerotopônimo Rua 79 Numerotopônimo Avenida 8 Numerotopônimo Rua 80 Numerotopônimo Rua 82 Numerotopônimo Rua 83 Numerotopônimo Estrutura morfológica Observações

126 122 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Rua 84 Numerotopônimo Rua 85 Numerotopônimo Rua 87 Numerotopônimo Rua 88 Numerotopônimo Avenida 9 Numerotopônimo Rua 90 Numerotopônimo Rua 98 Numerotopônimo Rua 99 Numerotopônimo Estrutura morfológica Rua Alberto Torres 7905 Rua Alium LL 7908 Rua Amarilis LL "Alho [Do lat. alliu.] 1. Bot. Planta liliácea (Allium sativum) de folhas lineares, flores brancas ou avermelhadas, cápsulas loculicidas, e cujo bulbo se emprega como condimento" (FERREIRA, 2010) "O Amaryllis é um gênero botânico pertencente à família amaryllidaceae e é conhecido como Tulipa Brasileira" ( Fitotopônimo Fitotopônimo Observações Alberto de Seixas Martins Torres foi um político, jornalista e bacharel em direito. Também foi um pensador social brasileiro preocupado com questões da unidade nacional e da organização social brasileira ( ) (educacao.uol.com.br/biografias/albertotorres.htm)

127 123 Geocódigo Elemento geográfico Avenida Rua Topônimo Amaro Castro Lima Antônio Vieira de Mello Língua de Origem Etimologia Taxionomia Rua Aracy de Almeida LI Rua Beckman (dos) LAl 7907 Rua Betônica "Araci, tupi: 1º o mesmo que Coaraci; 2º "mãe (ci) do dia (ara)", i. é: " a cigarra". Personagem de "Ubirajara" de José de Alencar. Este o interpreta: "estrela dalva"" (GUÉRIOS, 1981, p.60) "BECKMANN, sobr. Al.: "homem (mann) da padaria (beck)", isto é, padeiro. O mesmo que Becker. V. Bequimão. (GUÉRIOS, 1981, p.70) [Do lat. betonica ou vittonica; tax. Betonica.] Fitotopônimo Estrutura morfológica híbrido 5989 Rua Carlos Castilho Rua Chico Mendes 7909 Rua Cravina Cravina [De cravo ina 1.] (FERREIRA, 2010). Fitotopônimo Observações Aracy Teles de Almeida ( ), cantora carioca. "Juntamente com Marília Baptista é apontada como a melhor intérprete da obra de Noel Rosa" ( Substantivo feminino. Bot. 1. Pequeno gênero de lamiáceas de origem eurasiana, dotadas de corola tubuliforme que, em tamanho, muito excede o cálice. [São, frequentemente, incluídas no gênero Stachys (v. estaque).] (FERREIRA, 2010). Francisco Alves Mendes Filho( ), mais conhecido como Chico Mendes foi um seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro. ( Substantivo feminino. 1. Bot. Planta cariofilácea (Dianthus plumarius) ornamental, com muitos caules ramificados, de cuja espécie se obtêm numerosas

128 124 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Delmiro Gouveia Rua Dina Sfat Rua Dr. Alfredo Aurélio de Castro Rua Dr. Jair Garcia LHb + + Axiotopônimo Axiotopônimo híbrido Rua Eduardo Prado Rua Elis Regina Rua Elizeth Cardoso Rua Emilia Teodora de Souza + Observações variedades, e que tem flores solitárias, aromáticas, unicolores ou variegadas, e folhas lanceoladas e agudas; cravobordado.2. Zool. V. tico-tico-rei. (FERREIRA, 2010) Dina Kutner de Souza (São Paulo SP Rio de Janeiro RJ 1989), mais conhecida por Dina Sfat, atriz brasileira, filha de judeus poloneses. ( "Eduardo Paulo da Silva Prado mais conhecido como Eduardo Prado foi um advogado, jornalista e escritor brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras e um dos mais importantes analistas da vida política do Brasil." ( Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. ( Elizeth Moreira Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de de maio de 1990) foi uma cantora brasileira. (

129 125 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações 7906 Rua Estatícia NI Fitotopônimo Rua Felipe dos Santos Rua Francisco Mestre Rua Guilherme Vasconcellos Leal Rua Henfil Rua Rua Jair Garcia de Freitas João Nogueira Vieira Rua João Saldanha Planta do gênero Limonium Sinuatum, também conhecida como lavanda do mar ( Francisco Mestre foi intendente eleito de Campo Grande (28/08/1899 a 1/11/1904) ( Henrique de Souza Filho, Henfil ( ) foi cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro. ( João Alves Jobim Saldanha( ) foi um jornalista, escritor e treinador de futebol brasileiro.(memoriaglobo.globo.com) Rua Joaquim Vieira de Almeida Rua Macaé LI Do tupi, "macahé, corr. macá-é, a macaba que é doce, a macaba saborosa, o fructo agradavel da palmeira, bacaba, macaba ou bocayuva, Rio de Janeiro, V. macaba" (SAMPAIO, Corotopônimo Referência ao município do estado do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016)..

130 126 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia 1901, p. 138). Estrutura morfológica Rua Manoel Taveira Rua Milão Corotopônimo Rua Monteiro Lobato Rua Nara Leão Rua Nilo Javari Barem + LAr híbrido Rua Oscar Cordeiro Rua Raul Seixas Rua Silvio Ayala Silveira LEs + "AYALA, sobr. Esp., dos Senhores de Biscaia. Tronco: o infante aragonês Don Vela, filho do rei D. Sancho Ramirez Observações Manoel Ignácio de Souza, ou Manoel Taveira, foi o primeiro prefeito eleito de Campo Grande, de 1905 a (MESQUITA, 2004) Referência à cidade italiana (GEONAMES, 2016). "José Bento Renato Monteiro Lobato ( ) foi um escritor e editor brasileiro. "O Sítio do Pica-pau Amarelo" é sua obra de maior destaque na literatura infantil. Criou a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional". ( Engenheiro responsável pela planta com primeiro alinhamento das ruas do povoado de Campo Grande em 1909 (CRUZ, 2004, p.183). "Raul Santos Seixas ( ) foi um famoso cantor e compositor brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical da CBS durante sua estada no Rio de Janeiro, e por vezes é chamado de "Pai do Rock Brasileiro" e "Maluco Beleza". (

131 127 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia (GUÉRIOS, 1981, p. 66). Estrutura morfológica Rua Teófilo Otoni Corotopônimo Rua Avenida Violeta Mello Vieira Wilson Paes de Barros + + IARA, tupi: "dono, senhor". Seg. muitos Rua Yara Amaral LI + também: "senhora, mãe d'água" (Mitologia indígena). Var. Oiara (GUÉRIOS, 1981, p. 145) Rua Zacarias Mourão Fonte: Elaborado pela autora. Observações Referência ao município brasileiro de Minas Gerais. (GeoNames, 2016) Wilson Paes de Barros foi oficial do exército, casado com Maria Teodora de Souza, filha de Manoel Ignácio de Souza. (MESQUITA, 2004)

132 128 Geocódigo Elemento geográfico Quadro 8 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Núcleo Industrial, região do Imbirussu Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Ajuana NI Não-classificado Rua Arapoema LI Tupi, ara, arara, poé, armadilha Corotopônimo Rua Argilas (das) Litotopônimo Observações Rio Ajuana, afluente do rio Negro no Amazonas. (GEONAMES, 2016) Referência a Arapoema, município brasileiro do estado do Tocantins (GEONAMES, 2016) Rua Armal Zootopônimo Peixe Oxydoras kneri (Armal) Avenida Silvestrini, sobrenome de Armando origem italiana Silvestrini LIt híbrido Rua Aruaná LI ( e.com/) "Aruaná [Do tupi.]" (FERREIRA, 2010) Zootopônimo Rua Atenas Corotopônimo Rua Barra dos Bugres Rua Bolboa LEs Provável grafia: balboa "De V. Núñez de Balboa, c , descubridor y conquistador español. 1. m. Unidad monetaria de Panamá." (Real Academia Geomorfotopônimo Corotopônimo "Bras. Zool. Peixe osteoglossídeo (Osteoglossum bicirrhosum), da bacia amazônica, de até 1m de comprimento, coloração cinzento-prateada no dorso, amarelada no abdome, boca com fenda oblíqua, mento com dois barbilhões curtos, escamas muito grandes, prateadas, e nadadeiras dorsal e anal situadas na parte posterior do corpo; amaná, aruanã, arauaná" (FERREIRA, 2010) Referência à cidade grega (GEONAMES, 2016). Referência ao município da província de León, Castela e Leão, Espanha (GEONAMES, 2016).

133 129 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Española, 2016) Taxionomia Estrutura morfológica Rua Caim Campo Rua Geomorfotopônimo Florido Rua Candeias Corotopônimo Rua Coletânea Ergotopônimo Rua Criciúma LI Rua Curicaca LI Rua Curvina Do tupi, "criciúma [De or. tupi.] Substantivo feminino. 1 (FERREIRA, 2010). "curicaca [Do tupi.]" (FERREIRA, 2010). "corvina [Do esp. corvina.]" (FERREIRA, 2010). Corotopônimo Zootopônimo Zootopônimo Observações Referência ao municipio do estado da Bahia (GEONAMES, 2016). "Conjunto de excertos seletos de várias obras" (FERREIRA, 2010). Referência a cidade no estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Bras. N. a S. Bot. Designação comum a numerosíssimas espécies poáceas, cujo colmo tem largo emprego na fabricação de balaios e cestos, cujas flores estão dispostas em espigas de cor vária segundo a espécie, podendo ser roxo-acinzentadas e verde-amarelas com máculas roxo-avermelhadas, e cujas folhas são lanceoladas; bambu-trepador, caracá, gurixima, pitinga, quixiúna, taquaratrepadora, taquari, taquarinha." (FERREIRA, 2010). "Bras. Zool. Ave ciconiiforme, tresquiornitídea (Theristicus caudatus), da América do Sul, de dorso cinzento, com brilho esverdeado; rêmiges da mão e cauda pretas; partes das coberteiras superiores das asas e das rêmiges da mão esbranquiçadas. [Var.: curucaca.]" (FERREIRA, 2010). "Zool. 1. Designação comum a peixes cienídeos dos gêneros Micropogon, Plagioscion, Cynoscion e outros relacionados" (FERREIRA, 2010).

134 130 Geocódigo Elemento geográfico Avenida Topônimo Engenheiro Annes Salin Saad Língua de Origem LAr + LAr + LAr Etimologia Taxionomia Sociotopônimo Estrutura morfológica híbrido Rua Faisão Zootopônimo Rua Galo Campina Zootopônimo Rua Ganso Zootopônimo Rua Germânia Corotopônimo Observações "31 de março de 1964 Golpe de Estado derruba Jango Goulart. Movimento militar, implanta ditadura no país. No sul de Mato Grosso foi grande a perturbação com a prisão de comunistas, petebistas, sindicalistas e oposicionistas em gerla. Em Campo Grande, a repreensão contou com o apoio civil da Ademat, Ação Democrática Matogrossense, associação de extrema direita, composta entre outros por Cláudio Fragelli, Agostinho Bacha, Rodolfo Andrade Pinho, Alcindo de Figueiredo, Vicente Oliva, Oswaldo Bucker, [...] Armando Barbosa, Annes Salin Saad, Josém Ferreira, Geraldo Corrrea, Eduardo Metello, José Cândido de Paula e Cel. Câmera Sena" (Cruz, 2004, p. 95) "Zool. Ave galinácea notável pela excelência da carne e beleza da plumagem, e da qual existem diversas espécie" (FERREIRA, 2010). Galo de campina "Zool. V. cardeal" (FERREIRA, 2010). "Zool. Ave anseriforme, anatídea (Anser domesticus), da Europa e Ásia, atualmente domesticada e cosmopolita. Os gansos verdadeiros são migratórios [...]" (FERREIRA, 2010). A Germânia, na época romana, era uma vasta região identificada pelos romanos como o território que se estendia do rio Reno às florestas e estepes do que hoje é a Rússia. (

135 131 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Granito Litotopônimo Rua Grão Mogol Corotopônimo Rua Ibirubá LI Corotopônimo Rua Indaiatuba LI Rua Jacobina LI Rua Jaguatirica LI Do tupi, "Indaiatuba, corr. indaiá-tyba, palmeiras indaiás em abundância, palmar de indaiás; São Paulo; 108" (SAMPAIO, 1901, p. 130) Do tupi, "jacobina [Do tupi.] Substantivo feminino. 1. Bras. BA Terreno impróprio para a lavoura, revestido de mato baixo, comumente cerrado e espinhoso " (FERREIRA, 2010). Do tupi, "jaguatyryca, gatodo-mato, porém maior que o maracajá" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 114) Corotopônimo Corotopônimo Zootopônimo Observações "Granito, Geol. Rocha magmática granular, de profundidade, caracterizada essencialmente por quartzo e por um feldspato alcalino" (FERREIRA, 2010). Referência ao município do estado de Minas Gerais (GEONAMES, 2016). Referência ao município do Rio Grande do Sul (GEONAMES, 2016). Segundo o histórico do município de Ibirubá/RS: "Na visita de um membro do IBGE ao município, foi sugerido o nome de Ibirubá, que em Tupi-Guarani significa Pitangueira do mato, pois esta é uma árvore persistente que está sempre em crescimento, tal qual o município" ( hp) Referência ao município do interior do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao município brasileiro localizado no estado da Bahia (GEONAMES, 2016).

136 132 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Avenida Jairo Pacheco Língua de Origem Avenida Ji-Paraná NI Avenida João Batista Fernandes Rua João Pinto Rua Magestic LIn Rua Mandi LI Etimologia Paraná de para -nã -o que é semelhante ao mar, denominação dada aos grandes rios (SAMPAIO, 1928, p. 283). "ma.jes.tic: adj.majestoso, grandioso"( uol.com.br) Do tupi, "mandi [Do tupi.] Substantivo masculino. Bras. 1. Zool. Designação comum a várias espécies de peixes siluriformes, esp. pimelodídeos, cujos primeiros aguilhões das nadadeiras peitorais e dorsal são rijos e ger. serrilhados. Costumam emitir, ao sair da água, um som semelhante a um choro" (FERREIRA, 2010). Taxionomia Corotopônimo Animotopônimo Eufórico Zootopônimo Estrutura morfológica Rua Mandiore NI Hidrotopônimo Rua Manicoré NI Corotopônimo Observações Referência ao município do estado de Rondônia (GEONAMES, 2016). Referência à lagoa localizada na Bolívia (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado do Amazonas (GEONAMES, 2016).

137 133 Geocódigo Elemento geográfico Avenida Rua Topônimo Manoel Linares Roda Monte Aprazível Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Corotopônimo Rua Moscovita Litotopônimo Rua Murtinho Avenida Muxeque Chinzarian NI Não-classificado Rua Onça Zootopônimo Rua Paraibana LI Do tupi, "parahyba, c. paráayiba", rio emprestável ou innavegável; 92. S. Paulo, Corotopônimo Rio de Janeiro, Minas híbrido Geraes" (SAMPAIO, 1901, p.144) Rua Pitangueira LI + "pitanga, vermelha ou criança" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 160). + "-eira (sufixo nominal) 2010). (FERREIRA, Fitotopônimo híbrido Rua Prainha Corotopônimo Avenida Principal Rua Principal Rua Principal 1 Numerotopônimo 1 Numerotopônimo 10 Numerotopônimo Observações Referência ao município do estado do são Paulo (GEONAMES, 2016). "Moscovita [F.: Moscóvi(a) (Moscou) + - ita 2.] Mineral monoclínico do grupo das micas, branco ou amarelado, que tem grande aplicação como isolante" (FERREIRA, 2010) Referência ao município do estado de Minas Gerais, Brasil (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado do Pará (GEONAMES, 2016).

138 134 Geocódigo Elemento geográfico Avenida Principal Rua Principal Rua Principal Rua Principal Avenida Principal Rua Principal Rua Principal Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia 2 Numerotopônimo 2 Numerotopônimo 4 Numerotopônimo 5 Numerotopônimo 6 Numerotopônimo 7 Numerotopônimo Estrutura morfológica Numero 01 Numerotopônimo Rua Queixada Zootopônimo Rua Reino Unido Corotopônimo Avenida Roda Velha Corotopônimo Observações "Queixada [De queixo + -ada 1.] Substantivo feminino. 1. Mandíbula (1). 2. Queixo grande, proeminente. 3. Bras. Zool. Mamífero artiodáctilo, taiaçuídeo (Tayassu pecari), distribuído da Venezuela ao N. do RS. Coloração negropardacenta, pelagem das costas muito longa; difere do caititu por ter os lábios brancos. Quando acuado, bate forte os queixos, e é valentíssimo. [Sin.: canelaruiva, queixada-ruiva, queixo-ruivo, sabacu, tacuité, taguicati, taiaçu, tajaçu, tanhaçu, tanhocati e (impr.) porco-do-mato. Tb. us., nesta acepç., como s. m.]" (FERREIRA, 2010) Referência ao país europeu (GEONAMES, 2016). Referência ao município bahiano (GEONAMES, 2016).

139 135 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Rolinha Zootopônimo Rua Rosa Vermelha Fitotopônimo Rua Salesópolis Corotopônimo Rua Sarandi LI Do tupi, "sarandi, arbusto das praias da família das euforbiáceas" (TIBIRIÇA, 1984, p. 171). Corotopônimo Rua Sava NI Corotopônimo Rua Sé (da) Hierotopônimo Rua Sebastiana Andrade Pinho Rua Secundá 13 Numerotopônimo ria Rua Secundá 14 Numerotopônimo ria Rua Secundá 2 Numerotopônimo ria Rua Secundá No. 15 Numerotopônimo ria Rua Secundá ria Número 11 Numerotopônimo Observações "[De rola + -inha] Bras. Zool. Ave columbiforme, columbídea (Columbina minuta) (FERREIRA, 2010) Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao município paranense (GEONAMES, 2016). Referência à comuna italiana da região da Puglia, província de Taranto (GEONAMES, 2016).

140 136 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Serafim de Barros Avenida Solon Padilha Língua de Origem Rua Taubaté LI Etimologia Do tupi, "Taubaté, corr. taba-etê, alt. táua-etê, vila, povoação considerável; S. Paulo" (SAMPAIO, 1901, p. 153). Taxionomia Corotopônimo Estrutura morfológica Rua Texas Corotopônimo Rua Tupirama LI Rua Ubá LI Fonte: Elaborado pela autora. Do tupi, "tupirama, c. tupirama ou tupi-retama, a região ou patria dos tupis" (SAMPAIO, 1901, p. 155). Do tupi, "Ubá, ybá, coco, coqueiro; canoa feita do tronco de coqueiro" (TIBIRIÇA, 1984, p. 186). Corotopônimo Corotopônimo Observações "O reconhecimento como líder do PMDB no Estado fez com que André Puccinelli viabilizasse recursos para a implantação de um grande projeto viário para Campo Grande, a avenida que liga o bairro Vila Popular ao Distrito Industrial, na época em que Padilha era ministro dos Transportes. Como gratidão, a avenida leva o nome de Solon Padilha, pai do ex-ministro" (YAFUSSO, 2016). Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao estado dos Estados Unidos (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Tocantins (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Minas Gerais (GEONAMES, 2016).

141 137 Geocódigo Elemento geográfico Rua Quadro 9 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Panamá, região do Imbirussu Topônimo Ada Fraiha Novaes Rua Adélia Fraiha Rua Rua Rua Afrânio Fialho de Figueiredo Alberto de Almeida Junior Alexandrino Marques Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações LHb + LAr + LAr "ADA, 1º) hebr.;"hadah, ornamento, beleza"?, ou do v. had: alegrar-se"? 2º) hip., abrev. al. De n. como adalfrida, Adelaide, etc. 3º) Ada, n. duma rainha da Cária, do gr. Àde: "ser agradável, agradar"?" (GUÉRIOS, 1985, p. 47) híbrido híbrido 6653 Travessa Algarve Corotopônimo Rua Rua Altino de Almeida Santiago Amanda Gomes Rua Amberê LI Do Tupi, "amberé, largatixa" (TIBIRIÇA, 1984, p.56) Zootopônimo 6330 Travessa Andina Etnotopônimo Há uma rua no bairro Tiradentes, localizado na cidade de Campo Grande, com o mesmo nome, aprecedida de axiônimo coronel. (SIMGEO, 2016) Deputado estadual do antigo estado de Mato Grosso ( ) (CRUZ, 2004, p.291) Referência à província portuguesa (GEONAMES, 2016) "Andino, o natural ou habitante dos Andes; andícola" (FERREIRA, 2010).

142 138 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Angatuba LI 7789 Rua 7795 Rua Rua 7793 Rua Rua Rua Rua Rua Antônio Alves Medeiros Antônio Batista de Araújo Antônio Canovas Portella Antônio Correa da Silva Antônio Ferreira Damião Antônio Gomes Pedrosa Antônio Pereira Veríssimo Antônio Secco Thomé Do tupi, "inga-tyba, fruto do ingazeiro encontrado em abundância" (TIBIRIÇÁ, 1984, p.59). Fitotopônimo "Em 1913 chega a Campo Grande Antonio Secco Thomé com seus filhos Manoel e Joaquim Maria Secco Thomé. Especialistas na arte da Marcenaria e Carpintaria, logo conseguiu trabalho, e em seguida abriram seu próprio negócio.com o passar dos anos abriram

143 139 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Arancuan LI Rua 7801 Rua Rua Rua Rua 7787 Rua Arlindo Antônio de Souza Armindo Miguel Soares Aroldo Leite Soares Arquimedes Délia Arquiteto Claudio Yoshimitsu Higa Artagnan dos Santos Machado Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações LIt LJ + LJ LFr + Do tupi, "Aracuã [Do tupi]" (FERREIRA, 2010). "ARTAGNAN, fr., n. de um personagem do romance " Os Três Mosqueteiros" de A. Zootopônimo Sociotopônimo híbrido híbrido híbrido a Firma Thomé S. Irmãos, a mais importante do Município, responsáveis por obras importantíssimas para a cidade e vários Municípios do Estado de Mato Grosso" ( pogrande/imigrantes.html). "Bras. Zool. Nome comum a aves cracídeas, do gênero Ortalis, com doze espécies, tendo o Brasil sete. Vivem a maior parte do tempo nas árvores, raramente vindo ao chão, e alimentamse sobretudo de pequenos frutos e vegetais em geral. [...] [Var.: arancuã, aranquã, araquã.]" (FERREIRA, 2010). Itália, país de origem do sobrenome Delia - Dellia - Delie. Fonte:

144 140 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Artur de Barros Rua Barão de Itapary Língua de Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Origem Dumas, pai - mais frequente com a preposição: D'Artagnan" (GUÉRIOS, 1981, p. 63). Axiotopônimo Rua Barimbé Fitotopônimo "José Joaquim Seguins de Oliveira, primeiro e único Barão de Itapary[1] (São Luís do Maranhão, 17 de junho de 1858 São Luís do Maranhão, 22 de maio de 1929) foi um fazendeiro brasileiro." ( 9_Joaquim_Segeins_de_Oliveira) "Barimbé, (Bras.) arbusto de cujo suco se faz uma bebida excitante" (FERREIRA, 2010) Rua Barra do Mendes Corotopônimo Rua Beatriz Cordeiro Leal Travessa Belchior NI Travessa Camuyrano LI "Belquior, variante de Melquior. Em Diogo de couto: Belcheor" (GUÉRIOS, 1981, p. 71). Do tupi, "Camuri [Do tupi.] Substantivo masculino. 1. Bras. Zool. V. camurupeba. 2. Bras. Zool. V. robalo" (FERREIRA,2010) Rua Canção Zootopônimo Sobrenome do diretor e cineasta brasileiro Carlos Alberto Camuyrano. "Canção, bras. N.E. Zool. V. cancã" (FERREIRA, 2010)

145 141 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Carancho LI Rua 6329 Rua Carlos Garcia Queiroz Carlos Roberto Frahia Lar Do tupi, "carancho [Do tupi = arranhar, rasgar com as unhas.]" (FERREIRA, 2010). Zootopônimo híbrido Rua Cartel Ergotopônimo Travessa Carvalhais Rua Catulino Severo Monteiro Rua Caturrita LEs 7791 Rua Celce Setti NI "Caturra. f. Chile. Cotorra o loro pequeño" ( Setti, sobrenome de origem italiana ( Zootopônimo Rua Charão Zootopônimo "Carancho, 1. Bras. Zool. Ave falconiforme, falconídea (Polyborus plancus brasiliensis), da região cisandina da América do Sul, de cabeça pardoescura, dorso pardo, listrado de branco, cauda branca listrada de pardo, com ponta preta, asas pardo-escuras; caracará, carcará" (FERREIRA, 2010). "Carta de desafio; provocação, afronta" (FERREIRA, 2010). Sobrenome português: lugar onde abundam carvalhais" (GUÉRIOS,1981, p.87) "O papagaio-da-serra, papagaio-charão ou simplesmente charão, é uma espécie de papagaio endêmica do sul do Brasil, ocorre no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, regiões onde existe o pinheiro-

146 142 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Travessa Coelho Neto Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Colheiro Zootopônimo 6659 Travessa Costa de Lavos Rua Descalvado Rua Dutra do Souto Rua Rua Rua Edmir Padial Junior Edmundo de Almeida Edward Quirino Lacerda Rua Elenir Amaral LIn + "Adjetivo. V. escalvado" (FERREIRA, 2010). Corotopônimo híbrido do-paraná, de cujas sementes se alimenta" ( "colhereiro, ave ciconiiforme, tresquiornitídea (Ajaia ajaja), de praias lodosas, rios e lagoas" (FERREIRA, 2010). Referência a uma localidade litorânea de Portugal (GEONAMES, 2016). Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do parcelamento Jardim José Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui [...]" (BUAINAIN, 2006, p. 313). Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do parcelamento Jardim José Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui [...]" (BUAINAIN, 2006, p. 313). Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou

147 143 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Engenheiro Antônio Góes Rua Eugênio Peron Rua Felipe Balbuena Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Sociotopônimo LEs LEs Balbuena: sobrenome de origem espanhola ( m/) híbrido híbrido Felix de Rua Albuquerque Travessa Figueira da Foz Fitotopônimo Rua Gamão Fitotopônimo Travessa Garoa (da) Meteorotopônimo Rua Gentio do Ouro Corotopônimo Rua Geraldo Mendes Xavier 5225 Rua Gibran Kalil Gibran LAr + LAr + as ruas do parcelamento Jardim José Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui [...]" (BUAINAIN, 2006, p. 313). "Engenheiro agrônomo formado na Escola Nacional de Agronomia e corretor de Imóveis, especializado em compra e venda de Imóveis Rurais" ( Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do parcelamento Jardim José Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui [...]" (BUAINAIN, 2006, p. 313) "Gamão, nome comum a plantas asfodeláceas do gênero Asphodelus" (FERREIRA, 2010). Referência a um município brasileiro do estado da Bahia (GEONAMES, 2016) Gibran Khalil Gibran, foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e

148 144 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Gil Bues Língua de Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Origem LAr pintor de origem libanesa ( LAl Bues, sobrenome de origem alemã ( híbrido Rua Ginete Sociotopônimo Rua Grafite Litotopônimo Rua Gralha Zootopônimo Travessa Helena Tricca Rua Homero Lima LIt Rua Irara LI Rua Itamirim LI Rua Itapetininga LI Tricca: sobrenome de origem italiana ( Do tupi, " irara[do tupi = mel, + o tupi = tomar.] Substantivo feminino. 1. Bras. Zool. Animal carnívoro mustelídeo (Tayra barbara); jaguapé, papa-mel." (FERREIRA, 2010). Do tupi, Itamirim, itá-mirim, pedra pequena, pedrinha (SAMPAIO, 1901, p. 132). Do tupi, "itapechinga, c. itápechinga, pedra lisa; corr. itapéching, lage polida; S. Paulo" Zootopônimo Zootopônimo Corotopônimo híbrido Cavaleiro armado de lança e adaga (FERREIRA, 2010). "Forma alotrópica do carbono, cristalina, com sistema hexagonal, negra, usada como mina de lápis e em diversos equipamentos e peças industriais" (FERREIRA, 2010) "Zool. Designação comum a várias espécies de aves corvídeas, esp. do gênero Cyanocorax, com várias espécies no Brasil [...]" (FERREIRA, 2010) Referência ao município localizado no estado de São Paulo (GEONAMES, 2016).

149 145 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Itaporanga LI Rua Itupiranga LI Travessa Ivo do Prado Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações (SAMPAIO, 1901, p. 132) Rua Jacundá LI Rua João da Mata Rua Rua João Jacinto Câmara João Pires de Oliveira Do tupi, "itaporanga, c. itáporanga, pedra bonita" (SAMPAIO, 1901, p. 133). Segundo o histórico do município: "O topônimo é um vocábulo indígena que significa Cachoeira vermelha " ( historico.php) Do tupi,"jacundá, peixe da família dos ciclídeos" (TIBIRIÇA, 1984, p. 114) Corotopônimo Corotopônimo Zootopônimo Há dois municípios no Brasil com mesmo designativo, uma no estado de São Paulo e outra na Paraíba (GEONAMES, 2016). Referência ao município localizado no estado do Pará ou tribo às margens do rio Paraná (TIBIRIÇA, 1989) ou brasileirismo de MT "pequena cachoeira ou salto" (FERREIRA, 2010). Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do Parcelamento Jardim Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui: o João da Mata, o Barbosa... O Barbosa era um capangueiro que ficou doido - o Joseti. E tinha uns matadores de gente, eu pus também. Lá tem rua com nome de todo mundo" (BUAINAIN, 2006, p. 313)

150 146 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua Rua Topônimo Joaquim Pereira Gabriel Jorge Évora Ascenso José Garcia Veloso Rua Kojum Yamaki Língua de Estrutura morfológica Observações Origem LJ + Kōjun, significa "perfume puro" LJ (Kunaicho: Empress Kojun) Rua Laerte Rua Lagoa Vermelha Hidrotopônimo Rua Lenir Flores Bergonzi Rua Lico Barcellos Rua Lili Chaia Jacob LIt NI + LHb Bergonzi, Bergonzini, Bergonzoli: sobrenome de origem italiana ( m/) Jaco, hebr. Laáqob: "ele segura o calcanhar". Cp. Hebr. 'aqeb: "calcanhar". Há quem traduza por "astucioso, enganador", prendendo o n. a 'aqab: enganar, iludir". Outros traduzem: "suplantador". Seg. Odelian e híbrido híbrido Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do Parcelamento Jardim Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui: [...] Lá tem rua com nome de todo mundo" (BUAINAIN, 2006, p. 313)

151 147 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Origem Séguineau, o hebr. É abrev. do sul -árábico la'aqob'el, "que Deus proteja!", relacionado com o hebr. 'aqueb "calcanhar" e com hebr. 'aqab, "enganar". Esp. Jacobo, ár. la'aúb, lat Jacob,Jacobus, gr. Iakob(os) (GUÉRIOS, 1981, p. 149) Rua Macaraí NI Corotopônimo Rua Rua Rua Rua Manuel Estevão Junior Margarida Machado Maria Luiza dos Santos Marina Luiza Spengler Rua Mario D'Avila Rua Marques Oliveira LAl Spengler: sobrenome de origem alemã ( m/) híbrido Rua Mergulhão Zootopônimo Rua Miracatu LI Segundo o histórico do município, "a denominação Miracatu, que na linguagem Corotopônimo Referência ao município localizado no estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). "Zool. Designação comum a várias espécies de aves podicipediformes, especialmente as da família dos podicipedídeos" (FERREIRA, 2010) Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016).

152 148 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Mitsuo Daima Rua Mocho Rua Mutum LI Língua de Estrutura morfológica Observações Origem indígena significa gente boa, foi adotada em 1944 [...]" ( historico.php). LJ + LJ "mocho (ô) [De or. incerta.] Substantivo masculino. 1. Zool. Designação vulgar das corujas ou caburés sem penacho ou tufo de penas na cabeça. Atualmente se aplica este nome, Zootopônimo de maneira geral, às espécies de estrigídeos, esp. as dos gêneros Pulsatrix, Ciccaba e Glaucidium" (FERREIRA, 2010). Tupi, "mutum, ave galiforme da família dos cracídeos" (CUNHA, Zootopônimo 1998) Clube Náutico Capibaribe Rua Náutico Sociotopônimo Rua Nipoã NI Corotopônimo Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016) Travessa Olivais Corotopônimo " Referência à região de Lisboa, Portugal (GEONAMES, 2016). "Quarto ocupante da Cadeira 23, eleito em 25 de setembro de 1930, na sucessão de Alfredo Pujol e recebido Rua pelo Acadêmico Afonso Celso em 1º de Otavio setembro de Octávio Mangabeira Mangabeira (Octávio Cavalcanti Mangabeira), engenheiro civil, jornalista, professor, político, diplomata, orador e ensaísta, nasceu em Salvador, BA, em 27 de

153 149 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Palestina Corotopônimo agosto de 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de novembro de 1960." ( Referência a localidade de Israel (GEONAMES, 2016) Rua Papagaio Travessa Paraty LI 7800 Rua Patrocinia Dutra Catelan "Cunha (1996): ave da fam. dos psitaciformes, que imita a voz humana / papagay XIII / De etimologia obscura; parece derivar do ár. babbagâ" (BANCO DE DADOS ATEMS, 2016, acesso restrito). Do tupi, "Paraty, corr. pira-ty ou pirá-tí, peixe branco, a tainha; 109, 119, alt pirti, perti, berli, parti" (SAMPAIO, 1901, p.145). Catelan, Catelin: sobreno de origem francesa. ( m/) Zootopônimo Corotopônimo Referência ao município do estado do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016) Rua Pepa Sobral Rua Pinto D'água Zootopônimo Rua Prudêncio Tomaz Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do Parcelamento Jardim Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui [...] Lá tem rua com nome de todo mundo" (BUAINAIN, 2006,

154 150 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua Topônimo Robert Baden Powell Robertino Braga Rua Sagarana Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações LIn + LIn + LIn LI Saga: substantivo feminino 1. qualquer das antigas narrativas e lendas escandinavas, redigidas principalmente nos sxiii e XIV 2. canção popular que tem como tema alguma dessas lendas 3. Derivação: por extensão de sentido. canção lendária ou heróica 4. Derivação: por extensão de sentido. narrativa fecunda em incidentes (HOUAISS, 2001) - rana: elemento de composição pospositivo, do tupi 'rana 'semelhante, parecido a, da feição de'[...]" (HOUAISS, 2001). Sociotopônimo p. 313). "Robert Stephenson Smyth Baden- Powell ( ) foi um tenentegeneral do Exército Britânico, fundador do escotismo" ( Rua Sarutaia NI Corotopônimo Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Homenagem concedida pelo ex-prefeito Equivale ao axiônimo senhor da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou Rua Seu Né (Sr.), vindo claro o nome da as ruas do Parcelamento Jardim Pereira pessoa, ou a outro axiônimo, ou Axiotopônimo como nome de cidadãos comuns. "E fui palavra designativa de profissão, pondo, nas ruas, os nomes daquele etc.: povo antigo daqui[...] Lá tem rua com nome de todo mundo" (BUAINAIN, 2006,

155 151 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Socó LI Rua Tenere LL Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações "socó [Do tupi]" (FERREIRA, 2010). Tenere, forma infinitiva do verbo latino ter. Zootopônimo Não-classificado Rua Toró Rua 7796 Rua Venturellis (dos) Victor Hugo de Arruda Figueira Rua Waldeck Maia Fonte: Elaborado pela autora. LIt Venturellis: sobrenome de origem italiana ( m/). p. 313). Bras. 1. Zool. Designação comum a várias espécies de aves ardeídeas, especialmente as dos gêneros Tigrisoma, Butorides e Zebrilus. Alimentam-se de peixes e vivem ger. isoladas ou aos pares, perto de rios, lagoas e terrenos alagadiços" (FERREIRA, 2010). Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, quem nomeou as ruas do Parcelamento Jardim Pereira como nome de cidadãos comuns. "Lá tem rua com nome de todo mundo. Tinha um parente da minha mulher chamado Toró, nego bom de gatilho, botei o nome da rua Toró " (BUAINAIN, 2006, p. 313). "Toró Bras. Diz-se de pessoa defeituosa por falta de um dedo, ou da falange de um deles" (FERREIRA, 2010).

156 152 Geocódigo Elemento geográfico Quadro 10 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Popular, região do Imbirussu Topônimo Rua Abdala Gazal Língua de Origem LAr + LAr Etimologia "Abdala, ár. 'Abdallah: servo ('abd) de Deus (Allah) (GUEIROS, 1985, p.45); "Gazal, Gazel [Do ár. g?azal, requebro, galanteio ; poesia erótica.]" (FERREIRA, 2010) Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Afeganistão Corotopônimo Referência ao país (GEONAMES, 2016) Rua Agostim Nachif LAr híbrido Rua Águias Zootopônimo Rua Alan Boaventura LIn + híbrido Rua Alecrins (dos) Fitotopônimo Rua Alfândega Sociotopônimo "Águia, Zool. Qualquer das aves de rapina falconiformes, acipitrídeas, do gênero Aquila (v. áquila), notáveis pelo tamanho, vigor, acuidade de visão, e capacidade de voo; não ocorrem na América do Sul" (FEREIRA, 2010). "Alecrim, Bot. Arbusto lamiáceo (Rosmarinus officinalis) que exala odor agradável e forte, e por destilação dá abundante quantidade de óleo essencial volátil, e se usa como medicamento e como condimento; alecrim-de-cheiro, alecrineiro, alecrinzeiro" (FERREIRA, 2010). "Alfândega, repartição pública encarregada de vistoriar bagagens e mercadorias em trânsito, e cobrar os correspondentes direitos de entrada e saída" (FERREIRA, 2010)

157 153 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Aloândia Corotopônimo Rua Alpine LIn alpino, relativo ao Alpes Corotopônimo Rua Amaporã LI Do guarani porã, bonito, bonita (TIBIRIÇA, 1985, p. 99) Corotopônimo Rua Antas Zootopônimo Rua Travessa Rua Antônio Petengil Antônio Serra Silveira Antônio Sobreira Rua Araioses NI Corotopônimo Rua Araucária Fitotopônimo Rua Área Verde Sociotopônimoo Rua Arthur Marinho Rua Arthur Silva Rua Aurélio Azuaga Observações Referência ao município do estado de Goiás, Brasil (GEONAMES, 2016). Referência ao município goiano (GEONAMES, 2016). Referência à cidade localizada no estado do Paraná, Brasil. (GEONAMES, 2016) "Anta, Zool. Mamífero tapirídeo (Tapirus terrestris), distribuído desde a Colômbia até o N. da Argentina. Atinge até 2m de comprimento por 1m de altura, tem quatro dedos na mão e três no pé, e pesa até 180kg. [...]" (FERREIRA, 2010) Referência à Araioses, município brasileiro do estado do Maranhão (GEONAMES, 2016). Rua localizada próximo à área destinada à prefeitura no Parcelamento Jardim Aeroporto.

158 154 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Benjamin Chadid Língua de Origem LAr Rua Bequimão Rua Brutus LL Rua Caio Graco Etimologia BECKMANN, sobr. Al.: homem (mann) da padaria (beck)", isto é, padeiro. O mesmo que Becker. V. Bequimão. (GUÉRIOS, 1981, p.70) Brutus: pesadão, molerão, bronco, acanhado" (GUÉRIOS, 1981, p. 79). Taxionomia Corotopônimo Estrutura morfológica híbrido Observações Referência a cidade localizada no estado do Maranhão, Brasil (GEONAMES, 2016). "Caio Semprônio Graco ( a. C.) tribuno romano nascido em Roma e irmão mais jovem de Tibério Semprônio Graco ( a. C.), que também ganhou destaque como reformador e continuador da obra do irmão." ( aiosemp.htm) Rua Cajutiba LI Do tupi, "Acajutiba acayútyba, cajueiral, abundância de cajueiro" (SAMPAIO, 1901, p. 107) Fitotopônimo Rua Calama (da) NI Corotopônimo Travessa Canarinho Zootopônimo Avenida Capibaribe LI TUPI: "Capiberibe, corr. Caapiuar-y-pe, alt. Capibary-be, rio das capivaras; V. Capivary; Pernambuco" (SAMPAIO, 1901, p.119). Hidrotopônimo Referência a capital da província de El Loa, Chile (GEONAMES, 2016).

159 155 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Caraveras NI Não-classificado Rua Cariuva NI Não-classificado Rua Carlos Vellangieri LIt + LIt híbrido Loschi "Há duas versões quanto ao significado do nome Catende corrutela de Katendi, do africano ou Caa tendi, na linguagem indígena, caa mato, tendi baboso. Tendi, na Rua Catende NI linguagem indígena ainda pode significar pulga do mato ou o que resplandece, que reluz, que tem brilho, quanto teria a significação Corotopônimo de mato brilhante " ( visualizacao/dtbs/pernambu co/catende.pdf) Rua Rua Centuriões (dos) Cezar Augusto Francisco Telles Sociotopônimo Observações CARAVELA [Dim. de cáravo (v. -ela).] Substantivo feminino. 1. Ant. Navio de casco alteroso à popa e baixo a vante, de boca aberta ou coberta, aparelhado com um a quatro mastros de velas bastardas, e armado com até 18 peças de artilharia. [...] (FERREIRA, 2010) Referência ao município pernambucano (GEONAMES, 2016). "Centurião, comandante de uma centúria, na milícia romana; centenário" (FERREIRA, 2010)

160 156 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Cidreira Fitotopônimo Rua Claudio Augusto Rua Coliseo (do) LIt Italiana: "coliseo", circo Sociotopônimo Rua Colusa NI Corotopônimo Rua Competições (das) Rua Cônego Sipião Rua Costa Aguiar Animotopônimo eufórico Axiotopônimo Rua Cravos (dos) Fitotopônimo Rua Dalila Siqueira Rua Dardanellos NI Corotopônimo Observações "Cidreira, Bras. Bot. Arbusto rutáceo (Citrus medica) espinescente, de rebentos avermelhados, folhas aromáticas e flores alvas, e que fornece madeira amarela, dura e compacta" (FERREIRA, 2010) "Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus (Lugdunum (Lyon), Gália,1 de Agosto de 10 a.c. -? -13 de Outubro de 54), foi o quarto imperador de Roma, entre 41 e 54." ( perador-claudio/) Referência ao município localizado na Califórnia, EUA (GEONAMES, 2016). "Cônego: Padre secular pertencente a um cabido e ao qual impendem obrigações religiosas em uma sé ou colegiada" (FERREIRA, 2010) "Cravo. Bot. A flor do craveiro" (FERREIRA, 2010) Dardanelos é o nome de um estreito, ou braço de água, que liga o mar Egeu ao mar de Mármara, na Turquia (GEONAMES, 2016).

161 157 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Diva Lemos Albertini Língua de Origem LIt Etimologia Albertini, sobrenome de origem italiana ( e.com) Taxionomia Estrutura morfológica híbrido Rua Dolcinopolis Corotopônimo Rua Domingos Aparecido Bissoli Rua Don Anache Rua Rua Dona Maria Amélia Dona Paula Mariana LIt Rua Ecoporanga LI Bissoli, sobrenome de origem italiana ( e.com) Do português, "eco-1 [Do gr. oîkos, ou.] Elemento de composição. 1. = casa, domicílio, habitat, meio ambiente : ecologia". (FERREIRA, 2010) + do tupi, "poranga, belo, bonito" Axiotopônimo Axiotopônimo Axiotopônimo Ecotopônimo híbrido híbrido Observações Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Possível homenagem a membro da família, pois há no parcelamento outra rua com mesmo sobrenome, Bissoli. ( gov.br/semadur) "Variante de Dom; Forma de tratamento dada a reis, príncipes e nobres e dignitários da igreja católica, sempre seguida do nome de batismo." (BANCO DE DADOS PROJETO ATEMS, acesso restrito). "Princesa Amélia de Leuchtenberg ( ), segunda esposa de Dom Pedro I, com quem casou-se após a morte de Dona Leopoldina." ( o/capa/em-defesa-da-coroa) "Princesa Paula Mariana, quinta filha de Dom Pedro I com dona Leopoldina" ( o/capa/em-defesa-da-coroa)

162 158 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua Topônimo Edvaldo Bernardes Pintado Esmeraldas (das) Rua Felipe Cury Rua Felipe Pinheiro Rua Fernando Novais Língua de Origem Etimologia (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 162). Taxionomia Estrutura morfológica Litotopônimo LAr Khuri ou Kuri, ár.; " cura, padre". Outras f.: Cury, Curi (GUÉRIOS, 1981, p. 155) híbrido Rua Fonte Boa Hidrotopônimo Torraca: sobrenome de Rua origem italiana; Bellinati: Francisca sobrenome de origem Torraca italiana Bellinate LIt ( e.com) Rua Fresno NI Corotopônimo Rua Gabriel Bertoni LIt Bertoni: sobrenome de origem italiana ( e.com) híbrido Observações "Min. Pedra preciosa, ger. verde, variedade de berilo transparente" (FEREIRA, 2010). "Felipe Pinheiro (Rio de Janeiro em 1 de Fevereiro de Rio de Janeiro em 1 de novembro de 1993) foi um ator brasileiro" ( "Fernando Antônio Novais, um dos mais importantes historiadores brasileiros, nasceu em 1933, em Guararema, no interior de São Paulo." (pepsic.bvsalud.org/scielo) Provável relação de parentensco com o proprietário das terras que originaram o parcelamento Parque Residencial Bellinate, Osmar Belinate ( gov.br/semadur) Referência ao condado da Califórnia, EUA (GEONAMES, 2016).

163 159 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Geraldo Lima de Moraes Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Germinal Zootopônimo Rua Gibraltar LAr Rua Gilson Curado Travessa Glauber Rocha Árabe: "jabal al-tariq", montanha do Tárique Corotopônimo Rua Guadalupe Rua Guaianas LI Do tupi, " Guaianã", etn.tribo da família linguística Cainguangue, que habitou próximo de Piratininga e que atacou várias vezes o reduto de Anchieta, defendido pelos Tupi, sob o comando do morubixaba Tibiriça (Tybyressá); muitos historiadores erram ao afirmar que este maioral pertencia à tribo dos Etnotopônimo Observações "Germinal [De germin(i)- + -al 1.] Adjetivo de dois gêneros. 1. Relativo a germe. 2. Biol. Relativo às células reprodutivas dos seres vivos, os gametas." (FERREIRA, 2010) "Glauber de Andrade Rocha foi um dos integrantes mais importantes do cinema novo, movimento iniciado no começo dos anos 1960." ( auber-rocha.htm)

164 160 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Guaimbé LI Etimologia Guaianá" (TIBIRIÇA, 1984, p. 101) Do tupi, guaimbé, "planta da família das aráceas; m. s. yssypó-imbé" (TIBIRIÇA, 1984, p. 101) Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Observações Rua Guaranis (dos) LI Rua Heitor Vieira de Almeida Do tupi, guarani, etnol. Grande nação indígena do Brasil e Paraguai; de guarinĩ, guerreiro (TIBIRIÇA, 1984, p.103) Etnotopônimo Rua Imperador (do) Axiotopônimo Rua Itapeva LI Rua Itapiranga LI Do tupi, "itapeva, coor. itápeba, pedra plana, lage, lageado; alt. itapé" (SAMPAIO, 1901, p. 133). Do tupi, " itapiranga [Do tupi.] Substantivo masculino. 1. Bras. SP Designação comum às conchas róseas.." (FERREIRA, 2010). Corotopônimo Zootopônimo Rua Ivolândia Corotopônimo Referência ao município localizado no estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao município brasileiro localizado no estado de Goiás (GEONAMES, 2016).

165 161 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Izoleta Rosa da Cunha Língua de Origem Rua Jaborandi LI Etimologia Do tupi, "jaborandy, várias plantas medicinais das famílias das piperáceas e das rutáceas" (TIBRRIÇA, 1984, p. 112). Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Jaboticatubas LI Corotopônimo Rua Janete Clair Rua Japecanga LI Rua Jerônimo José Santana Rua Joana Irala Rua Joel Silva Rua Jorge Tatsu Miashiro LJ + LJ Do tupi, "japecanga", erva medicinal da família das liliáceas; m. q. rasga-canela (Rangel de Carvalho)"(TIBIRIÇA, 1984, p. 115). Fitotopônimo híbrido Observações Referência ao município do estado de Minas Gerais (GEONAMES, 2016). Janete Clair, nome artístico de Jenete Stocco Emmer Dias Gomes ( ), foi uma célebre escritora brasileira, autora de novelas para rádio e televisão (memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos /janete-clair.htm)

166 162 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua Topônimo José Domingos Bissoli José Mamede de Aquino Rua José Palhano Rua José Pinto da Costa Rua José Ribas Rua Júlio Cezar Língua de Origem LIt LAr + Etimologia Bissoli, sobrenome de origem italiana ( e.com) Taxionomia Estrutura morfológica híbrido híbrido Rua Lago Azul Hidrotopônimo Rua Lido LIt Lido: sobrenome de origem italiana ( e.com/) Observações Possível homenagem a membro da família, pois há no parcelamento outra rua com mesmo sobrenome, Bissoli. ( gov.br/semadur) "José Mamede de Aquino, uma amante da natureza, foi responsável pelo plantio das frondosas árvores que hoje embelezam a Avenida Afonso Pena." ( br/) "Caio Júlio César (nome real de Gaius Julius Caesar) foi um militar e governante romano no período de transição no final do período republicano da história de Roma Antiga. Nasceu em Roma em 13 de julho de 100 a.c e faleceu em 15 de março de 44 a.c no mesmo local de nascimento" (educacao.uol.com.br/biografias/juliocesar.htm).

167 163 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Lírios (dos) Fitotopônimo Rua Rua Lucia Helena Coelho Maymone Luiz Alberto Naglis Rua Luiz Bento LAr LAr híbrido híbrido Rua Madera NI Corotopônimo Rua Marçal de Souza Observações "Lírio, Bot. O gênero-tipo liliáceas, plantas herbáceas dotadas de bulbo escamoso, folhas verticiladas ou esparsas, flores exuberantes, com perianto de seis segmentos, e fruto capsular" (FERREIRA, 2010). Referência a região autônoma de Portugal (GEONAMES, 2016). "O líder guarani-nhandevá Marçal de Souza é assassinado com cinco tiros à queima roupa, em sua casa na aldeia Campestre, em Bela Vista (MS), por dois fazendeiros que ocupavam terras do local. Nascido em 1920 e batizado Tupã- Í (Pequeno Deus), Marçal de Souza foi um dos mais importantes líderes indígenas de sua época. Lutou pela demarcação de terras na região de Dourados e denunciou a exploração ilegal de madeira, a escravização de seu povo e o tráfico de meninas índias. Foi um dos fundadores da União Nacional dos Indígenas" (m.memorialdademocracia.com.br)

168 164 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Marco Antônio Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Marin NI Corotopônimo Rua Mendocino NI Corotopônimo Rua Merced NI Corotopônimo Rua Mongólia Corotopônimo Rua Monterey NI Corotopônimo simples Rua Morro do Pilar Geomorfotopônimo Avenida Murilo Rolim Junior Rua Navios Negreiros Ergotopônimo Rua Nice Corotopônimo Rua Nova Andradina Corotopônimo Observações "Famoso político e general romano nascido em Roma, membro do triunvirato que sucedeu Júlio César, famoso pelo seu romance com a rainha egípcia Cleópatra, cuja aliança acarretou-lhe a derrota e sua morte." ( arcuant.html) Referência ao condado do estado americano da Califórnia (GEONAMES, 2016). Referência ao condado do estado americano da Califórnia (GEONAMES, 2016). Referência à cidade localizada no estado americano da Califórnia (GEONAMES, 2016). Referência à localidade do estado da Califórnia, EUA (GEONAMES, 2016). Referência à cidade localizada no estado da Califórnia, EUA. "Navio negreiro. Navio que transportava escravos negros" (FERREIRA, 2010). Referência a cidade italiana (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016).

169 165 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Otavio Augusto Rua Pádua Gazal Língua de Origem Etimologia Sobrenome de origem cristã; da expressão Santo Antônio de Pádua (cidade na Itália - Pádova - onde morreu o santo português) (GUÉRIOS, 1981, p.195). Taxionomia Estrutura morfológica Rua Palmares Rua Papoulas (das) Fitotopônimo Rua Paracatu LI Do tupi, "Paracatú, c. P para-catú, o rio bom, praticável; minas Geraes; 92" (SAMPAIO, 1901, p. 144). Corotopônimo Rua Parma Corotopônimo Rua Pato Branco Corotopônimo Observações "Primeiro imperador romano, filho de Caio Otávio e Átia e sobrinho-neto de Júlio César, que o adotou e o fez seu herdeiro. Caius Octavius que se tornou, por adoção, Caio Júlio César Otaviano e posteriormente, César Augusto, o Augusto, foi o idealizador da pax romana e do império, um extraordinário político e administrador." ( "Papoula. Bot. Planta papaverácea (Papaver rhoeas) herbácea, de grandes flores coloridas, que cede látex, e que é cultivada em jardins como ornamental" (FERREIRA, 2010). Referência ao município de Minas Gerais (GEONAMES, 2016). Referência à cidade da Itália (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado do Paraná (GEONAMES, 2016).

170 166 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Pedro Pedra Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Petrolândia Corotopônimo Rua Pindaíba LI Rua Pindaré Mirim LI + LI Rua Piquiá LI Rua Piraí LI Rua Pitangui LI Do tupi, "pindayba, vara de pescar ou planta da família das anonáceas" (TIBIRIÇA, 1984, p. 157) Do tupi, "pindaré, o anzol de outro gênero, o anzol differente, o que tem nome de anzol; Maranhão; alt. pinaré" (SAMPAIO, 1901, p. 146). "Mirin, adj., pequeno, breve, pouco, miúdo; adv. um pouco" (SAMPAIO, 1901, 266). Do tupi, "peki, árvore gigantesca da família das cariocaráceas" (TIBIRIÇA, 1984, p. 155). Do tupi, "Pirahy, corr. piráy", rio do peixe" (SAMPAIO, 1901, p.146). tupi: "Pitanguy, corr. pitangy, rio vermelho" (SAMPAIO, 1901, p.147). Fitotopônimo Corotopônimo Fitotopônimo Hidrotopônimo Corotopônimo Observações Pedro Pedra foi um dos tabeliães mais antigos do estado de MS ( Referência ao município brasileiro do estado de Pernambuco (GEONAMES, 2016). Arbusto anonáceo (Guateria vilosissima) nativo do Brasil, de folhas lanceoladas e frutos comestíveis; embira-de-caçador, embiratanha. Referência ao município pernambucano (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Minas Gerais (GEONAMES, 2016) Rua Plumas Ergotopônimo

171 167 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Ponteio Não-classificado Avenida Por do Sol Cardinotopônimo Rua Professor Leverno de Queiroz Sociotopônimo Rua Professor Zeferino Mestrinho Sociotopônimo Avenida Rádio Maia Ergotopônimo Rua Rio Galheiro Hidrotopônimo Rua Roberto Brito Rua Ronaldo Giordano LIt híbrido Travessa Salvador Nagles Rua Santa Luz Hagiotopônimo Observações Ponteio. Ato ou efeito de pontear. (FERREIRA, 2010). "Pontear. Marcar com pontos de costura ou com alinhavo" (FERREIRA,2010) Homenagem concedida pelo ex-prefeito da cidade, Lúdio Coelho, que nomeou as ruas do parcelamento Jardim Pereira como nome de cidadãos comuns. "E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui [...] Lá tem rua com nome de todo mundo" (BUAINAIN, 2006, p. 313) Não foi encontrada referência da santa no hagiológio romano, parece ser um hagiotopônimo aparente, cujo objetivo era homenagear pessoal relacionada aos fundadores e/ou personagens influentes (RIBEIRO, 2015).

172 168 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Serra dos Passos Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Geomorfotopônimo Rua Sertânia Corotopônimo Rua Shasta NI Geomorfotopônimo Rua Siena Corotopônimo Rua Sobral Corotopônimo Rua Sonoma NI Corotopônimo Rua Tamburis (dos) LI Do tupi, "tamburil, corr. tamburî ou tambuí, arvore de que o gentio fazia canôas" (SAMPAIO, 1901, p. 152). Fitotopônimo Observações Referência ao município do estado de Pernambuco (GEONAMES, 2016). Referência ao monte localizado na Cordilheira das Cascatas, no estado norte-americano da Califórnia (GEONAMES, 2016). Referência à província italiana (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Ceará (GEONAMES, 2016). Referência à cidade localizada no estado americano da Califórnia (GEONAMES, 2016) Rua Tanabi NI Corotopônimo Rua Taury Ramos Rua Tibério Graco Rua Timóteo Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). "Tibério Semprônio Graco ( a.c.) foi político e tribuno romano. Como tribuno do povo, e apesar da oposição da aristocracia, introduziu um programa para uma distribuição justa das terras públicas." (clickeducacao.com.br)

173 169 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Tordesilhas Corotopônimo Rua Tulare NI Corotopônimo Rua Tulipas (das) Fitotopônimo Rua Tunis (do) Corotopônimo Rua Tupaciguara NI Corotopônimo Rua Urquiza LEs Urquiza; Urquizar, Urquizo: sobrenome de origem espanhola ( e.com/) Rua Veranópolis Corotopônimo Rua Vicência Corotopônimo Rua Viradouro Corotopônimo Rua Votorantim LI Tupi: "Voturantim, corr. ybytyrãtin, monte branco, encosta alva, ladeira esbranquecenta, allusão a ser um salto de rio em que as águas descem em brancas espumas por uma encosta ingrime; S. Paulo; V. votura" (Sampaio, 1901, p. 158) Sociotopônimo Observações Referência ao município espanhol (GEONAMES, 2016). Referência à cidade localizada no estado americano da Califórnia (GEONAMES, 2016). Cidade localizada no estado americano da Califórnia Referência capital da Tunísia (GEONAMES, 2016). Tunes ou Túnis é a capital da Tunísia. Referência ao município do estado de Minas Gerais (GEONAMES, 2016). "Justo José de Urquiza y García foi um general militar e político argentino, presidente da Argentina entre 1854 e 1860" (wikipedia) Referência ao município do estado de Rio Grande do sul (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Pernambuco (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). "O Grupo Votorantim concentra operações em setores de base da economia como cimento, mineração e metalurgia, siderurgia, celulose e papel" (

174 170 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Willian Maksoud Língua de Origem Rua Yanomani LI Rua Zeferino Mestrinho Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica NI "ianomâmi. Bras. Etnôn. Indivíduo dos ianomâmis [ou (etnôn. bras.) *Yanomami, *Yanomâmi], povo indígena da família linguística ianomâmi, que habita o extremo N. de RR e do AM, e a Venezuela" (FERREIRA, 2010) Etnotopônimo Observações Em entrevista ao programa BOCA DO POVO da Super Rádio DIFUSORA (AM- 1240KHz), Willian Maksoud Neto declarou: [...] "Lembramos do meu avô que foi um médico de alto prestígio em Campo Grande. Era obstetra. Fez mais de 40 mil partos. Foi vereador numa época em que se exercia o cargo gratuitamente. Relembramos de meu pai, Willian Maksoud Filho, criminalista sempre pronto a atender pessoas com ou sem dinheiro, e que também foi vereador em Campo Grande." (PAULA FILHO, 2016). Fonte: Elaborado pela autora.

175 171 Quadro 11 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Santo Amaro, região do Imbirussu Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Abiurena LI Rua Acapu LI Etimologia Do tupi, "abiurana, designação de várias árvores da família das sapotáceas" (TIBIRIÇA, 1984, p. 49). Do tupi, "acapu, árvore da família das leguminosas (Geraldo da Cunha)" (TIBIRIÇA, 1984, p. 50). Taxionomia Fitotopônimo Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Acucenas Fitotopônimo Avenida Aeroporto Sociotopônimo Rua Alcântara Machado Rua Aldagro NI Fitotopônimo Rua Rua Rua Alfredo Fernandes Amélia Gelelaite Mônaco Américo Braziliense NI + Corotopônimo Observações Designação comum às espécies do gênero Amaryllis ou Hippeastrum, de flores coloridas. (AULETE DIGITAL) Antônio Castilho de Alcântara Machado d'oliveira foi um escritor brasileiro ( ). Espécie de pequeno a médio porte, Pterocarpus violaceus. Provável relação de parentensco com a proprietária das terras que originaram o parcelamento Sírio Libanês, Terezinha Gelelaite ( gov.br/semadur). Referência ao município brasileiro do estado de São Paulo, Américo Braziliense (GEONAMES, 2016).

176 172 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Américo Vespúcio Língua de Origem Rua Andiroba LI Etimologia Do tupi, "andyroba, grande árvore da Amazônia (Carapa guianensis)" (TIBIRIÇÁ, 1984, p.59) Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Angelim Fitotopônimo Observações "Navegador italiano naturalizado espanhol ( ). Responsável pela logística das embarcações de Colombo e pioneiro da navegação na costa americana." ( merico/) "Angelim [Do tâmil anjili-maran, anjalimaran.] Substantivo masculino. Bot. 1. Nome comum a várias árvores fabáceas, esp. dos gêneros Andira (v. andira) e Hymenolobium. 2. Árvore fabácea (Andira paniculata) de flores roxas e frutos drupáceos; mata-barata, matabaratas" (FERREIRA, 2010) Rua Ângelo Budib LAr híbrido Provável relação de parentesco com autor do projeto do parcelamento Sírio Libanês, o engenheiro civil Carlos Jorge Budib ( gov.br/semadur) Rua Arisoli Ribeiro Rua Assis Salamene LAr híbrido Rua Bacaba LI Do tupi, "bacabá, fruto da bacabeira" (TIBIRIÇA, 1984, p. 71). Fitotopônimo

177 173 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Bacuri LI Etimologia Do tupi, "bacuri, nome comum de várias árvores gutíferas do Brasil" (TIBIRIÇA, 1984, p. 71). Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Observações Rua Bagoni LIt Nome de família. ( Bangu Atlético Clube (fundado como Rua Bangu Sociotopônimo The Bangu Athletic Club) é uma agremiação esportiva brasileira. ( Rua Beirute Corotopônimo Referência à cidade israelense (GEONAMES, 2016) Rua Bela Vista Corotopônimo Referência à cidade brasileira localizada no estado de Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016) Rua Belém Corotopônimo Referência à cidade israelense (GEONAMES, Rua Belo Horizonte Corotopônimo Referência à cidade brasileira localizada no estado de Minas Gerais (GEONAMES, 2016) Rua Betânia Corotopônimo Refrência à Betânia, originalmente uma aldeia da antiga Judéia, na atual Cisjordânia Referência a cidade israelense (GEONAMES, Rua Bom Jardim Animotopônimo eufórico Rua Brasília Corotopônimo Referência à capital do pais (GEONAMES, 2016) Rua Cáceres Corotopônimo Referência à cidade do estado de Mato Travessa Café Central (do) Sociotopônimo Grosso, Brasil (GEONAMES, 2016). "Estabelecimento comercial dotado de balcão e/ou de pequenas mesas onde se toma café e outras bebidas. [Cf., nesta acepç., botequim.]" (FERREIRA, 2010).

178 174 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Travessa Café Néctar Travessa Café Primorosa Travessa Café Suave (do) Língua de Origem Rua Canjerana LI Etimologia Do tupi, "canjerana [De or. indígena.] Substantivo feminino. Bras. Bot. 1. Nome comum a várias meliáceas do gênero Cabralea (v. cabrálea) e Guarea (v. guárea) (FERREIRA,2010). Taxionomia Sociotopônimo Sociotopônimo Sociotopônimo Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Canudos Historiotopônimo Rua Carmo (do) Observações "Estabelecimento comercial dotado de balcão e/ou de pequenas mesas onde se toma café e outras bebidas. [Cf., nesta acepç., botequim.]" (FERREIRA, 2010). "Estabelecimento comercial dotado de balcão e/ou de pequenas mesas onde se toma café e outras bebidas. [Cf., nesta acepç., botequim.]" (FERREIRA, 2010). "Estabelecimento comercial dotado de balcão e/ou de pequenas mesas onde se toma café e outras bebidas. [Cf., nesta acepç., botequim.]" (FERREIRA, 2010). "A chamada Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócioreligioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil. (

179 175 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Caroba LI Etimologia Do tupi,"carova, nome peculiar às árvores de folhagem densa, principalmente de folhas pequenas e associadas; árvore da fam. das bignoniáceas, cujas folhas são medicinais; Jacarandá brasiliana" (TIBIRIÇA, 1984, p.84). Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Castanheira Fitotopônimo Rua Colorado Sociotopônimo Rua Comercial Sociotopônimo Rua Constantinopla Corotopônimo Rua Copagaz (da) NI Sociotopônimo Rua Cristiano Machado Rua Cumbaru LI Do tupi, cumbaru, v. cumaru "grande árvore leguminosa do Brasil cujo fruto tem o nome de fava-da-índia; nome que alguns índios da Amazônia ao pacuguassu" (TIBRIRIÇA, 1984, p. 90). Fitotopônimo Observações "Castanheira. Bot. Castinceira" (FERREIRA, 2010). Membro, torcedor ou jogador do Esporte Clube Internacional (RS); (FERRIRA, 2010) Esporte Clube Comercial é um clube brasileiro de futebol com sede na Município de Campo Grande. Referência a Atual Istambul, Turquia (GEONAMES, 2016). "Empresa brasileira especializada no engarrafamento e comercialização de gás de cozinha, que se originou em Campo Grande, Mato Grosso do Sul" (

180 176 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Damasco Corotopônimo Rua Duque Estrada Rua Elpídio Belmonte de Barros Rua Elpídio Morato Avenida Engenheiro Américo Carvalho Baís Travessa Euclides Lino Rua Eurípedes Souza de Almeida Axiotopônimo Sociotopônimo 3310 Rua Extremosa Fitotopônimo Rua Ferdinando Urizar LEs Urizar: sobrenome de origem espanhola ( e.com/) híbrido Rua Figueira Fitotopônimo Observações Referência ao município localizado na Síria (GEONAMES, 2016). Joaquim Osório Duque Estrada ( ), compositor da letra hino nacional brasileiro. ( P/Barra_Escolha/B_DuqueEstrada.htm) Membro da tradicional família de pioneiros da cidade, Baís (ZARDO, 1999). "Pequena árvore litrácea (Lagerstroemia indica) ornamental, originária da China, de flores belíssimas, cálice campanulado, pétalas crispadas ou frisadas, róseas ou alvas, dispostas em panículas terminais, multifloras, sendo o fruto uma cápsula coriácea; escumilha" (FERREIRA, 2010). "Figueira. Bras. PI MG a SP Designação comum a várias árvores moráceas, brasileiras, pertencentes ao gênero Ficus, todas lactescentes, de folhas alternas,

181 177 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Flamengo Sociotopônimo Avenida Florestal Fitotopônimo Observações flores invisíveis, encerradas em receptáculo carnoso e oco (figo) [...]" (FERREIRA, 2010). Clube de Regatas do Flamengo, time de futebol Rua Fluminense Sociotopônimo Fluminense Football Club Rua Franklin Cassiano da Silva Rua Frederico Pedroso Rua Fuad Gelelaite LAr + LAr Rua Guanandy LI "Fuád, árabe: "coração"" (GUÉRIOS, 1981, p. 125) Provável relação de parentesco com a proprietária das terras que originaram o parcelamento Sírio Libanês, Terezinha Gelelaite ( gov.br/semadur) Rua Gomes Freire Rua Grêmio Sociotopônimo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense Do tupi, Guanandi, corr. guá-nhandi, o que é grudento; alusão ao líquido glutinoso e visguento, de um amarelo fino, que tem a árvore deste nome [...]. Alt. Guananlim, Oanandy, Olandy, Urandy, Landy, Landim (SAMPAIO, 1987, p. 207 apud BANCO DE DADOS ATEMS, 2016, acesso restrito) Fitotopônimo

182 178 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Guatambu LI Rua Guiratinga LI Rua Ibirapuã LI Rua Imbaúva LI Rua Imbirussu LI Travessa Imbu LI Etimologia Do tupi, guatambu [Do tupi.] Substantivo masculino. 1. Bras. Bot. Nome comum a diversas espécies de apocináceas do gênero Aspidosperma (v. aspidosperma), dotadas de madeira de boa qualidade (FERREIRA, 2010). Do tupi, "güyratinga, garça branca" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 107) Do tupi, "ybyrapuã", estaca, espécie de instrumento utilizado na lavoura (TIBIRIÇA, 1984, p.193). Do tupi, imbaúba [Var. de ambaíba.] "Substantivo feminino. Bras. Bot. [Do tupi = árvore oca.] Substantivo feminino. 1. Bras. Bot. V. embaúba " (FERREIRA, 2010). Do tupi, "ymbirussu, planta da família das bombáceas, também chamada de imbira-da-folha-grande" (TIBIRIÇA, 1984, p. 195). Do tupi, "imbu, fruto do imbuzeiro, m. q. umbu" (TIBIRIÇA, 1984, p. 109). Taxionomia Fitotopônimo Zootopônimo Corotopônimo Fitotopônimo Fitotopônimo Fitotopônimo Estrutura morfológica Observações Referência ao município brasileiro localizado na Bahia (GEONAMES, 2016).

183 179 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Imbuia LI Etimologia Do tupi, "imbuia, preciosa madeira do sul do Brasil" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 109) Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Ipirá LI Corotopônimo 4631 Rua Irecê LI Rua Itabepi LI Rua Jasmelinda Ferreira de Carvalho Do tupi, "irecê, c. y-recê, pela água, pela corrente, á mercê das águas, a tôa; abandonada; é usado como nome de mulher" (SAMPAIO, 1901, p. 132) Segundo o histórico do município de Itabepi: "O topônimo é de origem tupi e significa rio da laje " ( /visualizacao/dtbs/bahia/ita pebi.pdf) Corotopônimo Corotopônimo Rua Jerusalém Corotopônimo Rua Rua Rua João Vieira de Almeida Joaquim Francisco Lopes Joaquim Gonçalves Corado Observações Referência ao município localizado no estado da Bahia (GEONAMES, 2016). Referência ao município localizado no estado da Bahia (GEONAMES, 2016). Referência ao município localizado no estado da Bahia (GEONAMES, 2016). Referência à cidade em Israel (GEONAMES, 2016). "Joaquim Francisco Lopes (Piumhi, 1805 São Jerônimo, 1884) foi um sertanista e desbravador da região leste do sul de Mato Grosso" (

184 180 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Joaquim Lacerda Rua José Ferreira da Costa Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Juventus NI Sociotopônimo Juventus Football Club Rua Kadija Jafar Kadija: nome de origem LAr + árabe; Jafar: sobrenome de LAr origem árabe ( Referência ao município do estado de Rua Ladário Corotopônimo Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016) Rua Liberalino Coelho Rua Luis Dittima NI Rua Machado de Assis Rua Mangabeira Rua Manoel de Almeida Tinoco Avenida Manoel Ferreira LI + mangaba[do tupi.] Substantivo feminino. 1. Bras. O fruto da mangabeira: baga do tamanho de um limão, polposa e doce. (FERREIRA, 2010) + sufixo nominal -eira Fitotopônimo híbrido Joaquim Maria Machado de Assis ( ) foi um escritor amplamente consagrado na literatura nacional.

185 181 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua Rua Topônimo Manoel Messias dos Santos Marechal Hermes Milton Insuela Pereira Língua de Origem LEs Etimologia Taxionomia Axiotopônimo Estrutura morfológica híbrido Rua Miranda Corotopônimo Rua Mogno Fitotopônimo Rua Murici LI Rua Natálio Abrão Do tupi, "murici [Do tupi.] " (FERREIRA, 2010). Fitotopônimo Praça Nazaré Corotopônimo Rua Nioaque LI Nioaque - Nhuac - clavícula quebrada, de origem guaikuru (GUIMARÃES, 1992, p. 153, apud Banco de dados ATEMS, 2016, acesso restrito) Corotopônimo Observações Marechal Hermes da Fonseca ( ) "foi o primeiro militar eleito por voto direto na nascente República Brasileira." ( "Milton Insuela Pereira, fundador da Refrigerantes do Oeste S/A, a primeira fabricante da Coca-Cola no Estado." ( Referência ao município do estado de Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016). " Bot. 1. Bras. Designação comum a várias espécies malpighiáceas do gênero Byrsonima (v. birsônima), que são árvores e arbustos que produzem um tipo de fruto drupáceo, do mesmo nome, de polpa edule, e que habitam maciçamente os cerrados; muricizeiro" (FERREIRA, 2010). Referência à cidade israelense (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016).

186 182 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Otavio Cavalcante da Cunha Língua de Origem Rua Pequi LI Rua Peroba LI Etimologia Do tupi, "peki, árvore gigantesca da família das cariocaráceas" (TIBIRIÇA, 1984, p. 155). Tupi: "Peroba, v. yperoba"(tibriça, 1984, p. 156). "Yperoba, peroba, madeira de lei ótima para Taxionomia Fitotopônimo Fitotopônimo Estrutura morfológica construção" (TIBRIÇA, 1984, p. 195) Rua Pimenteira Fitotopônimo "De pindoba. Tupi pi'ndowa 'palma ou palmeira'; segundo Teodoro Sampaio, 'a folha da palmeira'; cp. pindova; Rua Pindó LI f.hist pindoba, 1591 Fitotopônimo pindoga COL palmital, Rua Ponta Porã LI pindaibal, pindobal (HOUAISS, 2007)" (Banco de dados ATEMS, 2016, acesso restrito). Do guarani porã, bonito, bonita (TIBIRIÇA, 1985, p. 99) Corotopônimo híbrido Observações Pindoba. A folha da palmeira; pind-oba, a folha de anzol, aquela cujo talo serve para vara de anzol. Alt. Pindó, Pindova (SAMPAIO, 1928, p. 301). Referência ao município do estado de Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016) Rua Ponte Preta Sociotopônimo Associação Atlética Ponte Preta Travessa Porto Sociotopônimo "Poxoréu: Possivelmente Rua Poxoréu LI uma variação de pocoréu, do bororo po água +corêu Corotopônimo Referência ao município do estado de Mato Grosso (GEONAMES, 2016).

187 183 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua 1579 Avenida Rua Rua Travessa Rua Rua Topônimo Presidente Antônio Carlos Presidente Arthur Bernardes Presidente Café Filho Presidente Delfim Moreira Presidente Nilo Peçanha Presidente Olegário Presidente Rodrigues Alves Professor Tanu Pilai Língua de Origem Etimologia funda " (CARDOSO, 1961, p. 421 apud Banco de Dados ATEMS, 2016, acesso restrito). Taxionomia Axiotopônimo Axiotopônimo Axiotopônimo Axiotopônimo Axiotopônimo Axiotopônimo Axiotopônimo Sociotopônimo Estrutura morfológica Observações Presidente Brasileiro ( ) ( Presidente Brasileiro ( ) ( Presidente Brasileiro ( ) ( Presidente Brasileiro ( ) ( Presidente Brasileiro (1935) ( Presidente Brasileiro ( ) ( "Por meio de eleição direta, assumiu a presidência da República em 15 de novembro de Após o período presidencial, governou o estado de São Paulo ( ). Eleito, pela segunda vez, presidente da República em 1918, não tomou posse por motivo de saúde. Faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1919." (

188 184 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Quebracho LEs Etimologia "quebraço [Do esp. plat. quebracho.] Substantivo masculino. 1. Bras. Bot. Árvore anacardiácea (Schinopsis lorentzii) que cresce na região limítrofe entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai, e se caracteriza pelo fruto duro e provido de espessa asa terminal, sendo sua madeira rica em tanino e objeto de intensa exploração; quebrachovermelho" (FERREIRA, 2010) Taxionomia Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Quinheira Fitotopônimo Rua Quiri LI Rua Ranieri Mazzili LIt + LIt Tupi: "quir-y", rio da chuva, rio verde (SAMPAIO, 1901, p. 148). "RANIERI, sobr. It. Do germ. Raganheri: conselho ou conselheiro (ragan, ragin) do exército (hari)" (GUÉRIOS, 1981, p. 210). Hidrotopônimo Observações "quineira [De quina 2 + -eira.] Bras. Bot. Denominação dada a várias rubiáceas que o povo considera febrífugas. [As quineiras legítimas são do gênero Cinchona, também rubiáceas (cf. quina 2 [1]), e só ocorrem no Peru.]" (FEEREIRA, 2010). "Coube ao deputado Paschoal Ranieri Mazzilli ocupar a Presidência da República em duas ocasiões fundamentais para os desdobramentos da crise que culminou com o Golpe de 64. A primeira ocorreu em agosto de 1961, quando Jânio Quadros renunciou e o vice João Goulart estava em viagem oficial à China. [...] Em 2 de abril de 1964, Mazzilli voltou à Presidência da

189 185 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica 7818 Rua Raza NI Não-classificado Rua Saboarama LI Travessa Sacaria Moderna (da) "Saboarana [De or. tupi, possessivo" (FERREIRA, 2010). Fitotopônimo Sociotopônimo Rua Sacumbu NI Sacambu Fitotopônimo Rua Santa Clara Hagiotopônimo Observações República, logo em seguida ao golpe que derrubou Jango. O breve mandato não passou de um arremedo institucional, já que o poder de fato já era exercido pelo Comando Supremo da Revolução, formado pelos três comandantes das Forças Armadas. ( " Bras. Amaz. Bot. Árvore fabácea (Swartzia laevicarpa) da floresta pluvial. Produz linda madeira pardo-avermelhada e com listas violáceas, que pode ser muito semelhante à do jacarandá-da-baía, e é indicada para marcenaria de luxo. [Var.: saboeirana.] "Sacaria [De saco ou de saca + -aria.] Substantivo feminino. 1. Grande porção de sacos ou sacas; sacada. 2. Indústria de sacos [v. saco (1)]. [Cf. sacaria, do v. sacar.]" (FERREIRA, 2010). "Platymiscium floribundum, espécie nativa chamada popularmente também de Jacarandá-amarelo ou Sacambu [...]" ( s/87) Santa Clara (16 de julho de 1193 em Assis 11 de agosto de 1253) é fundadora da Ordem das Clarissas. Foi canonizada em 23 de agosto de 1255, Catedral de Anagni por Papa Alexandre IV. Santa Clara é, atualmente, a Padroeira Televisão (

190 186 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Santo Amaro Rua São Brás Rua Serapião Ferreira Mauricio Língua de Origem Etimologia Taxionomia Hagiotopônimo Hagiotopônimo Estrutura morfológica Rua Seringueira Fitotopônimo Rua Tamer Gelelaite NI+ NI Rua Tapuia LI Rua Tercilia de Melo Rua Terlice Maria Rua Terlita Garcia Rua Tipuana Tupi: tapyyia, choça (TIBIRIÇA, 1984, p. 178). Do tupi, "tipuana [Do tax. Tipuana (de tipu).] (FERREIRA, 2010). Etnotopônimo Fitotopônimo Observações "Santo Amaro foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo. Nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade" ( Nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, no final do século III, São Brás (c. 264 c. 316)foi um mártir, bispo e santo católico. ( "seringueira [De seringa + -eira.] Substantivo feminino. Bot. 1. Nome comum a diversas árvores euforbiáceas do gênero Hevea (v. hévea)" (FERREIRA, 2010). Provável relação de parentesco com a proprietária das terras que originaram o parcelamento Sírio Libanês, Terezinha Gelelaite ( gov.br/semadur) "Bot. 1. Gênero de fabáceas com espécies nativas do Brasil, Bolívia e Argentina.2. Qualquer espécie desse gênero, como, p.

191 187 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Tókio Corotopônimo Travessa Trajado Budib LAr híbrido Rua Três Lagoas Corotopônimo Urias Caetano Rua da Silva Fonte: Elaborado pela autora. Observações ex., a Tipuana speciosa (v. pau-de-mocó). 3. Qualquer espécime desse gênero, ou a sua flor" (FERREIRA, 2010). "tipu [Do tupi.] Substantivo masculino. 1. Bras. Bot. V. pau-de-mocó" (FERREIRA, 2010). Referência à cidade japonesa (GEONAMES, 2016). Provável relação de parentesco com autor do projeto do parcelamento Sírio Libanês, o engenheiroi civil Carlos Jorge Budib ( gov.br/semadur). Referência ao município do estado do Mato Grosso do Sul (GEONAMES, 2016).

192 188 Quadro 12 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Santo Antônio, região do Imbirussu Geocódigo Elemento geográfico Travessa Topônimo 21 de Março Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Numerotopônimo Rua Acre Corotopônimo Rua Travessa Rua Afrânio Peixoto Alfredo Almenan Amélia Augusta Rua Ana Neri NI LIt Neri: sobrenome de origem italiana ( om) híbrido Observações Referência ao estado brasileiro (GEONAMES, 2016). "Médico, educador e escritor baiano Júlio Afrânio Peixoto, filho de Francisco Afrânio Peixoto e Virgínia de Morais Peixoto, nasceu na cidade de Lençóis, Bahia" ( nio-peixoto/biografia) Rua Andradas (dos) Rua Rua Antenor Ferreira de Rezende Antônio João Ferreira Advogado, um dos primeiros inscritos na subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Campo Grande em 1933 (CRUZ,2004, p.90).

193 189 Geocódigo Elemento geográfico Rua Rua Topônimo Antônio Leite de Campos Antônio Salema Língua de Origem Rua Aquidabam LI Rua Aracaju LI Rua Barão Mauá Etimologia "Tibiriçá (1985, p.21), registra que Aquidabã é um topônimo de origem terena. Porém, não traz a sua significação, o que justifica a impossibilidade de classificação taxionômica, segundo o Modelo estabelecido por Dick (1992)" (Banco de Dados ATEMS, 2016, acesso restrito) Do tupi, "Aracajú, c. ar-acayú, cresce ou nasce o cajueiro; apanhar ou colher cajú, corr. ara-acayú, cajú do tempo, ou da estação; corr. ará-acayú, cajueiro dos papagaios; Sergipe" (SAMPAIO, 1901, p. 111). Taxionomia Não-classificado Corotopônimo Axiotopônimo Estrutura morfológica Observações Em busca na internet o axiônimo Dr. (doutor) tem ocorrência, embora não conste esta informação no banco de dados da prefeitura. Antônio Salema foi o 4º governadorgeral do Brasil ( ) ( Referência a cidade brasileira localizada no estado do Sergipe (GEONAMES, 2016). "Irineo Evangelista de Souza, mais conhecido pelos títulos de nobreza de Barão e Visconde de Mauá, representou na história do segundo reinado, importantíssimo papel como homem de excepcional visão nos setores comercial e industrial do Brasil" p/cultura/artigos-historicos/

194 190 Geocódigo Elemento geográfico Avenida Topônimo Brasil Central Língua de Origem Rua Caetés LI Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Corotopônimo Tupi, "caaeté, floresta ou etno. e hist. Tribo indígena inimiga dos portugueses, por incitação dos franceses" (TIBIRIÇA, 1984, p. 75) Etnotopônimo Travessa Cafelândia Corotopônimo Rua Caiabis (dos) Rua Caiuás (dos) LI Rua Cruzeiro do Sul Rua Curitiba LI Rua Darcy Bittencourt Barros LI Do tupi, "caibi" (FERREIRA, 2010) "Do tupi, "Caiová" (FERREIRA, 2010) Etnotopônimo Etnotopônimo Sociotopônimo Do tupi: "Curityba, c. curi-tyba, pinhal matta de pinheiros em abundância; Paraná" (SAMPAIO, 1901, p. 124). Corotopônimo Observações Referência ao pais (GEONAMES, 2016). A escolha pela taxe etnotopônimo justifica-se pela predominância da taxe em outros nomes de logradouros no mesmo parcelamento, caiuás,etc. Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). "Etnôn. Indivíduo dos caiabis [ou (etnôn. bras.) *Kayabi], povo indígena da família linguística tupi-guarani, tronco tupi, que habita o alto curso do rio Xingu, margens do rio Arinos (MT) e a margem direita do rio São Manuel, no S.O. do Pará" (FERREIRA, 2010). " Etnôn. Indivíduo dos caiovás, subgrupo indígena guarani cujos remanescentes vivem no litoral de SP, ao S. de Santos, no PR e em SC" (FERREIRA,2010). Esporte Clube Cruzeiro. A escolha pela taxe sociotopônimo justifica-se pela predominância da taxe em outros nomes de logradouros no mesmo parcelamento. Referência à capital do estado do Paraná (GEONAMES, 2016).

195 191 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Diogo Dias Rua Rua Rua Avenida Dirlei Barros Bittencourt Domingos Sávio Dr. Napoleão Laureano Duque de Caxias Língua de Origem Etimologia Taxionomia Axiotopônimo Axiotopônimo Estrutura morfológica Rua Elba Rua Eunice Weaver LIn Weaver, sobrenome de origem inglesa ( híbrido Observações "Diogo Dias participou da expedição do irmão, Bartolomeu Dias, em e foi escrivão na viagem de Vasco da Gama às Índias" ( Homenagem a Domingos Sávio, santo católico aluno de São João Bosco. A rua se encontra na esquina da Obra Social Salesiana Paulo VI. s-sociais) "Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias ( ), apelidado de "O Pacificador" e "O Duque de Ferro", foi um militar, político e monarquista brasileiro. Atuou nas Guerras do Prata e do Paraguai" ( ias) "Eunice Sousa Gabi Weaver ( ), paulista, que se dedicou aos hansenianos, a partir dos cuidados que precisou dar a sua mãe, que também fora portadora dessa doença que assombrava o Brasil no século

196 192 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Evaristo de Moraes Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Travessa Farrapos Historiotopônimo Rua Flor do Lácio Fitotopônimo Rua Flores (das) Fitotopônimo 6793 Rua Floresta Fitotopônimo Rua Florianópolis Corotopônimo Observações passado." ( "Quinto ocupante da cadeira nº 40 da Academia Brasileira de Letras (ABL), o jurista, sociólogo e acadêmico Evaristo de Moraes Filho se tornou um dos mais famosos advogados trabalhistas do Brasil" ( jurista-evaristo-de-moraes-filho ) "Alcunha deprimente (que veio, com o tempo, a tornar-se honrosa) dada pelos legalistas aos insurretos da revolução que irrompeu no RS, em 1835" (FERREIRA, 2010). "A expressão "Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim" ( m/edicoes/02/arquivos/20%20poesia.pdf) Referência à cidade brasileira localizada no estado de Santa Catarina (GEONAMES, 2016).

197 193 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Fortaleza Corotopônimo Rua General Lima Figueiredo Axiotopônimo Rua Goiânia Corotopônimo Rua Gravata Ergotopônimo Do tupi, "Guanabara, ant. guanabará, o mesmo que guanapará, c., guanã a Rua Guanabara LI baixada grande, a bahia; pará, rio, barra, foz; portanto, gunana-pará, barra da bahia; Corotopônimo 96. Rio de Janeiro" (SAMPAIO, 1901, p. 126) Rua Humaitá LI Do tupi "HUMAITA. mbaitá, o papagaio pequeno, também conhecido por maitaca. Nome da famosa fortaleza à margem esquerda do rio Paraguai, que Corotopônimo tão importante papel Observações Referência à cidade brasileira localizada no estado do Ceará (GEONAMES, 2016). General José de Lima Figueiredo ( ) militar, diretor da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e escreveu as seguintes obras: Limites do Brasil, na Biblioteca de "A Defesa Nacional"; Oeste Paranaense, premiado pelo Touring Club do Brasil, e Índios do Brasil, ambos da série Brasiliana da Companhia Editôra Nacional; Terras de Mato Grosso e da Amazônia, editado pela S. A. ( s.php?id= ) Referência à capital goiana (GEONAMES, 2016). "Há duas municípios no Brasil com mesmo designativo, uma no estado do Rio Grande do Sul e outro no Amazonas. Nomeia, também, famosa fortaleza à margem esquerda do rio Paraguai, que tão importante papel

198 194 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Irineu Marques da Fonseca Língua de Origem Rua Itatiaia LI Travessa Itororó LI Rua Izaura Maria da Fonseca Etimologia representou na guerra da Tríplice Aliança, de 1864 a 1870" (SAMPAIO, 1987, p. 242 apud Banco de Dados ATEMS, 2016, acesso restrito). Do tupi, "itatiaia, c. itá-tiai, pedra dentia ou eriçada de pontas, pois que, itá, é pedra, penedo, rocha, tíái = ti-ái ponta que se levanta com entalhes ou dentes [...] (SAMPAIO, 1901, p. 133). Do tupi, " itororó[do tupi = água sussurrante.] Substantivo masculino. 1. Bras. MT Pequena cachoeira ou salto" (FERREIRA, 2010). Taxionomia Corotopônimo Corotopônimo Estrutura morfológica Travessa Jade Litotopônimo Rua Jaguaribe LI Do tupi, "yaguar-y-bé, no rio das onças" (SAMPAIO, 1901, p. 135). Hidrotopônimo Observações representou na guerra da Tríplice Aliança, de 1864 a 1870" (Wikipedia). Referência ao município do estado do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016). Referência ao município localizado na Bahia (GEONAMES, 2016). "Jade. Min. Designação comum a diversos minerais duros, compactos e esverdeados, ger. empregados em objetos de adorno, em estatuetas, etc., entre os quais a jadeíta" (FERREIRA, 2010)

199 195 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Travessa Jalisco NI Corotopônimo Travessa Jaspe Litotopônimo Rua Rua Rua João Thomaz Jornalista Roberto Marinho José Alves Ribeiro Sociotopônimo Rua Leônidas de Matos Travessa Lilás Cromotopônimo Rua Lobivar de Matos Rua Macapá NI Corotopônimo Rua Maceió LI Do tupi,"maceió, ant. maçayá, c. mã-çai-ó, cousa estendida ou dilatada, isto é, o espraiado, o extendido, o alargado, o extenso; ou ainda, o que se estende encobrindo ou tapando; Alagoas" (SAMPAIO, 1901, p. 138). Corotopônimo Observações Referência ao estado do México (GEONAMES, 2016). "Jaspe. Min. Variedade semicristalina de quartzo opaco, de cores diversas, sendo a cor mais comum a vermelha" (FERREIRA, 2010) "Roberto Pisani Marinho (Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 1904 Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2003) foi um jornalista brasileiro e proprietário do Grupo Globo de 1925 a 2003" (memoria.oglobo.globo.com/perfis-edepoimentos). Referência à cidade brasileira (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de Alagoas (GEONAMES, 2016).

200 196 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Manaus NI Corotopônimo Rua Ministro Azevedo Axiotopônimo Rua Natal Corotopônimo Rua Niterói LI Do tupi, "Nitheroy, corr. nhêterô-y", água em seio abrigada, bahia segura; alt. Iterõ ou Iteronne, segundo Hans Staden; Nictheroy, segundo o Conego Januario da Cunha Barbosa, significa - mar escondido (R. I. H. vol. IV); Nitherô, segundo o Padre Simão de Vasconcellos, na Vida do Pe. J. Anchieta; 129" (SAMPAIO, 1901, p.142). Corotopônimo Rua Okinawa LJ Corotopônimo Rua Rua Rua Oliveira Franca Perolas (das) Promissão (da) Litotopônimo Animotopônimo eufórico Rua Recife Corotopônimo Rua Rui Nunes da Silva Rua Salvador Corotopônimo Observações Referência ao município localizado no estado do Amazonas (GEONAMES, 2016). Referência à capital do estado do Rio Grande do Norte (GEONAMES, 2016). Referência ao município do Rio de Janeiro (GEONAMES, 2016). Referência a localidade japonesa (GEONAMES, 2016). Intendente de Campo Grande (10/9/1910 a 19/10/1910) ( Referência à capital do estado de Pernambuco (GEONAMES, 2016). Referência à capital da Bahia (GEONAMES, 2016).

201 197 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo São Lourenço Rua São Luiz Língua de Origem Rua Taquari LI Etimologia "Taquary, c. taquar-y, o rio das taquaras. Rio Grande do Sul" taquari [Do tupi = taquara pequena.] Taxionomia Hagiotopônimo Corotopônimo Fitotopônimo Estrutura morfológica Rua Teresina Corotopônimo Rua Topázio Litotopônimo Rua Tupinambás LI Rua Ulisses Serra Do tupi, "tupinambá, c. tupi-nãmbá, descendente dos tupis; pois que nã-mbá, o mesmo que anambá significa - derivado do parente, ou descendente; V. tupi" (SAMPAIO, 1901, p 155). Etnotopônimo Rua Vitória Corotopônimo Fonte: Elaborado pela autora. Observações "Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.[...] Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma" ( Referência a capital do Maranhão (GEONAMES, 2016). Referência à capital do Piauí (GEONAMES, 2016). "Indivíduo dos tupinambás, povo indígena extinto, da família linguística tupi-guarani, tronco tupi, que habitava a costa do PA, entre a foz do rio Tocantins e o rio Caeté, a costa do MA, as cabeceiras do rio Palma, na divisa de GO com BA, a costa da BA e a costa do RJ" (FERREIRA, 2010). Ulisses Serra ( ) é membro da Academia Mato-Grossense de Letras. Foi político e escritor, natural de Corumbá- MS ( Referência à capital do Espírito Santo (GEONAMES, 2016).

202 198 Quadro 13 Topônimos que nomeiam logradouros do bairro Sobrinho, região do Imbirussu Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Avenida Aeroclube Sociotopônimo Rua Agachi LI Avenida Alfredo Scaff Rua Rua Américo Marques Antônio Mario Gonçalves da Silva LFr Rua Araguaiana LI "Do Kadiwéu: "Córrego Agachi: corruptela de ewagachigo = bando de capivaras" Scaff, sobrenome de origem francesa ( m) Do tupi, "Araguay, c. araguá-y, ro do valle dos papagaios" (SAMPAIO, 1901, p. 112) Sociotopônimo Corotopônimo híbrido Rua Astúrias Corotopônimo Rua Áurea Rua Barão Ladário Axiotopônimo Observações "Aeroclube. Centro de formação para pilotos civis, cujos objetivos principais são a prática e o ensino da aviação civil esportiva e de turismo" (FERREIRA, 2010) E. F. Noroeste do Brasil ( ) RFFSA ( ). ESTAÇAO AGACHI Município de Miranda, MS. Linha-tronco - km 1083,313 (1959), MS ( agachi.htm) Há um CEINF com mesmo nome no Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, Campo Grande/MS. ( Referênca à Araguaiana, município brasileiro do estado de Mato Grosso (GEONAMES, 2016). Referência ao principado espanhol (GEONAMES, 2016). "José da Costa Azevedo, Barão do Ladário ( ), Almirante brasileiro que "prestou inúmeros serviços à Marinha na Guerra do Paraguai e, mais tarde, colaborou na reforma do aprendizado na

203 199 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Travessa Batovi LI Rua Benjamim Constant +LIn Etimologia Do tupi, "Batovy, corr. ybá-toby rio da canna verde; Rio Gr. do Sul, Santa Catarina "(SAMPAIO, 1901, p. 114). Taxionomia Hidrotopônimo Historiotopônimo Estrutura morfológica híbrido Rua Berilo Litotopônimo Rua Boaventura Travessa Burgos Germânico: " burg", pequena Município (Almeida, 2010). Corotopônimo Rua Cadiz LEs Corotopônimo Rua Camburiú LI Do tupi, "Camburiú, corr. cambyri-y, rio onde corre leite; riode leite; corr. camuri-ú, rio do roballo" (SAMPAIO,1901, p.118) Corotopônimo Rua Camilo Meres Rua Carmela Dutra Observações Escola da Marinha; tratou dos problemas de fronteira com o Peru, Uruguai e Guiana Francesa" ( "Político, militar e professor brasileiro nascido no Porto do Meyer, freguesia de São Lourenço, Niterói, Estado do Rio de Janeiro, um dos fundadores da república, autor da divisa Ordem e Progresso da bandeira brasileira (1890) e um grande divulgador do positivismo no Brasil" ( amin-constant-botelho.htm) "Berilo [Do lat. beryllu < gr. béryllos.] Substantivo masculino. 1. Min. Mineral hexagonal, silicato de alumínio e glucínio, pedra semipreciosa" (FERREIRA, 2010) Referência à província da Espanha (GEONAMES, 2016). Referência ao município da província de Andaluzia, Espanha (GEONAMES, 2016). Referência à cidade do estado de Santa Catarina (GEONAMES, 2016).

204 200 Geocódigo Elemento geográfico Rua Topônimo Carmelo Interlando Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Travessa Carol Avenida Rua Cassiano Sandim de Rezende Ciclames (dos) Fitotopônimo Rua Colón LEs Corotopônimo Praça Comerciários (dos) Sociotopônimo Travessa Comil NI Não-classificado Rua Coronel Miquelino Barbosa Axiotopônimo Avenida Crisântemos (dos) Fitotopônimo Rua Delia Observações "Ciclamem, Bot. Pequeno gênero de primuláceas eurasianas, perenes, vastamente cultivadas como ornamentais, dotadas de tubérculo, folhas basais cordiformes de veios brancos e manchas marmóreas, flores de pétalas eretas brancas, róseas ou purpúreas" (FERREIRA, 2010). Referência ao município panamense (GEONAMES, 2016). "Crisântemo. Bot. Gênero de plantas herbáceas ou subarbustivas das asteráceas que, assim como as dos gêneros Dendranthema (v. dendrântema) e Leucanthemum (v. leucântemo), tb. das asteráceas, e com as quais se confundem, são cultivadas como ornamentais, e muito us. no comércio de flores Travessa Demos Corotopônimo Povoação na Ática antiga.

205 201 Língua Elemento Estrutura Geocódigo Topônimo de Etimologia Taxionomia geográfico morfológica Origem Rua Dolores Rua Rua Rua Dr. Camilo Boni Fernando de Noronha Fernando Luiz Fernandes Axiotopônimo Corotopônimo Travessa Fico Fitotopônimo Travessa Rua Rua 900 Rua Rua Filomena Alexandre Gonçalves Francisco Giordano General Mario Xavier General Nepomuceno Costa Gladíolos (dos) Axiotopônimo Axiotopônimo Fitotopônimo Observações "Arquiteto e construtor que revolucionou Campo Grande nos anos de 1920, projetou o primeiro bairro residencial da Município, Amambaí" ( Referência a faixa insular brasileira (GEONAMES, 2016). "Fico. Substantivo masculino. 1. Bot. V. fícus" (FERREIRA, 2010). Um dos líderes políticos e militares, mentores do Movimento Constitucionalista de 1932 ( br/2012/09/exilados-em-1932.html). "Gladíolo [Do tax. Gladiolus.] Substantivo masculino. Bot. 1. Gênero de plantas iridáceas, herbáceas, nativas esp. da África, algumas da Europa e Ásia, e que são dotadas de folhas ensiformes e inflorescências espiciformes, com flores brilhantemente coloridas e cormófitas (FERREIRA, 2010).

206 202 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Guaíba LI Rua Guarapari LI Rua Guaratuba LI Rua Guarujá LI Rua Harmonia (da) Rua Icaraí LI Etimologia Tupi, "guaiba", pântano profundo (FERREIRA, 2010) Do Tupi, "guarapari, arbusto ou pequena árvore cunoniácea (Weinmannia pinnata) dotada de flores alvo-esverdeadas, pequenas, numerosíssimas, e cujo fruto é pequena cápsula, de cor azul, com duas sementes pilosas" (FERREIRA, 2010). Do tupi, "Guaratiba, corr. guarátyba, os guarás em abudância; pode ser corrupção de guirátyba, a passarada, as aves em abundância, 109; Paraná" (SAMPAIO, 1901, p.128). Do tupi, "Garaujá, corr. guarúyá", o guarú ou o sapo se cria ou cresce, o viveiro das rãs, é o mesmo que aruyá; São Paulo" (SAMPAIO, 1901, p.127) Do tupi, "icarahy, corr. acara-y, rio dos acarás (SAMPAIO, 1901, p. 129). Taxionomia Hidrotopônimo Fitotopônimo Corotopônimo Corotopônimo Animotopônimo Eufórico Corotopônimo Estrutura morfológica Rua Iolanda Rua Ipanema LI Do tupi, "ipanema, corr. y- panema, água ruim, imprestável" (SAMPAIO, 1901, p. 130). Corotopônimo Observações Referência ao município litorâneo do estado do Paraná (GEONAMES, 2016). Referência ao município litorâneo do estado do São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência à praia localizada em Niterói, RJ (GEONAMES, 2016). Referência à praia localizada na município do Rio de Janeiro, RJ (GEONAMES, 2016).

207 203 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Rua Itaipu LI Rua Itanhaem LI Travessa Ivaí LI Rua Ivinhema LI Rua Jaboticabal LI + Etimologia Do tupi, "Itaipú, corr. itá-ipú, a fonte das pedras; o manancial saído das pedras ou do rochedo" (SAMPAIO, 1987, p. 231 apud Banco de Dados ATEMS, 2016, acesso restrito) Do tupi, "Itanhaem, c. itá-nhaé, bacia de pedra, vaso de metal, panella de ferro; 120; S. Paulo" (SAMPAIO, 1901, p. 132) Do tupi, "ivahy, coor. ybaí, rio ruim, água correntosa; pode ser corr. ybá-y, rio das flechas ou caunas bravas; 117; Paraná" (SAMPAIO, 1901, p. 134)Tupi: "ybaí", rio ruim, água correntosa (SAMPAIO, 1901) Do tupi, "ivinhema, corr. ybyayma, o torto, o desviado, o sinuoso; nome de um dos affluentes do Paraná em Matto Grosso" (SAMPAIO, 1901, p. 134). Do tupi, "jaboticaba fruta da jaboticabeira, mirtácea brasileira de grande porte; etim. Joboticaba, sebo de jabuti" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 112). " -al [Do lat. -ale.] Sufixo nominal. 1. = relação, pertinência ; coleção, quantidade ; cultura de vegetais : vaginal; pantanal, tijucal; arrozal, bananal (...) " Taxionomia Corotopônimo Corotopônimo Corotopônimo Corotopônimo Fitotopônimo Estrutura morfológica híbrido Observações Referência ao município localizado no estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao município do interior do estado do Paraná (GEONAMES, 2016). Referência ao município sul-matogrossense (GEONAMES, 2016).

208 204 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia (FERREIRA, 2010). Taxionomia Estrutura morfológica Observações Rua Jacintos (dos) Fitotopônimo Rua Joa LI Rua Jorge Nahas Rua Rua Rua José Barnabé de Mesquita José de Paula Brito José Gonçalves Sobrinho LAr LIt Do tupi: "juá, fruto do juazeiro, planta da família das solanáceas" (TIBIRIÇA, 1984, p. 120). Fitotopônimo híbrido híbrido Rua José "Gênero de ervas liliáceas, bulbíferas, cujas flores são dispostas em racemos terminais compactos e têm corola campaniforme" (FERREIRA, 2010). Possível homenagem a membro da família, pois há no parcelamento Lar do Trabalhador outras duas ruas com mesmo sobrenome, Nahas ( gov.br/semadur). "José Barnabé de Mesquita nasceu em 1892 em Cuiabá, onde faleceu em Professor e magistrado. Foi presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso de 1930 a Foi o mais profícuo escritor mato-grossense. Poeta parnasiano, jornalista, historiador, romancista e conteur (Rubens de Mendonça)" (Academia Sul- Mato-grossense de Letras, Revista nº , p. 91) Homenagem ao proprietário das terras que deram origem ao parcelamento, José Gonçalves Sobrinho ( gov.br/semadur).

209 205 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rodrigues Benfica Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Travessa Jumbo NI Ergotopônimo Travessa Leme Corotopônimo Rua Luiz de Albuquerque Avenida Madrid LEs Corotopônimo Travessa Málaga LEs Corotopônimo Rua Malta Corotopônimo Rua Marte Astrotopônimo Rua Mercúrio Astrotopônimo Travessa Miosotis Fitotopônimo Rua Narcisos (dos) Fitotopônimo Observações "Tratado por 747, ou simplesmente pelo famoso apelido, o Jumbo é o avião mais conhecido da história da aviação comercial. Desde seu primeiro voo até hoje, é o recordista mundial no número de passageiros transportados, ao longo de mais de 40 anos em operação" ( Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência à cidade espanhola (GEONAMES, 2016). Referência à capital da província homônima, Espanha (GEONAMES, 2016). Referência ao país europeu (GEONAMES, 2016). Grande gênero de plantas boragináceas, herbáceas, de flores pequeninas, de corola assalvada, dispostas em racemos (FERREIRA, 2010). "Narciso. Bot. Gênero de plantas amarilidáceas, herbáceas, bulbosas, dotadas de folhas lineares, eretas, e flores brancas, ou amarelas, ou bicolores, com grande corona em forma de taça" (FERREIRA, 2010).

210 206 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Rua Nicola Viticow Língua de Origem LIt + NI Etimologia "Nicola, f. it. Nicolau" (GÉRIOS, 1981, p. 186). Taxionomia Estrutura morfológica Rua Oviedo Corotopônimo Travessa Padial LIt Padial: sobrenome de origem italiana ( m/) Sobrenome de origem cristã; da expressão Santo Antônio de Rua Pádua Pádua (cidade na Itália - Pádova - onde morreu o santo Corotopônimo português) (GUÉRIOS, 1981, p.195) Rua Paiva Meira Rua Palomar NI Não-classificado Do tupi: "Parahybuna, c. pará-ybuna, Rua Paraibuna LI rio d'agua escura; 92; S. Corotopônimo Paulo" (SAMPAIO, 1901, p.144). Tupi: "paraná-ahyba", grande rio Rua Paranaíba LI impraticável, inavegável Corotopônimo (SAMPAIO, 1901, p.144) Rua Paulo Afonso Corotopônimo Rua Pedro Medeiros Rua Piracicaba NI Corotopônimo Travessa Polis Poliotopônimo Observações Referência ao município da província e comunidade autónoma do Principado de Astúrias (GEONAMES, 2016). Edmir Padial foi vereador de Campo Grande ( ) ( Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). Referência ao municío bahiano (GEONAMES, 2016). Referência ao município do estado de São Paulo (GEONAMES, 2016). "[Do gr. pólis, eo s.] Elemento de composição. 1. = cidade : policlínica2. [Equiv.: -pole, -pol(i)-, -polis: megalópole;

211 207 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Travessa Pombo Zootopônimo Rua Ricardo Franco Rua Safira Litotopônimo Rua San Izidro Rua São Bernardo Rua São Caetano LEs + Hagiotopônimo Hagiotopônimo Hagiotopônimo Observações pantepolista; própolis (q. v.).]" (FERREIRA, 2010) Coronel Ricardo Franco é patrono da Engenharia Militar. "Em agosto de 1797, o Tenente-Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra assumiu o comando do Forte de Coimbra, na região hoje de Corumbá, Mato Grosso do Sul" ( "Santo espanhol canonizado em 1622 pelo Papa Paulo V, San Izidro ou Santo Isidoro é padroeiro dos homens do campo, lavradores, agricultores (11 de maio). (Artigos Márcio Antônio Reiser O.F.S, 2010) "Bernardo de Claraval foi um abade francês e o principal responsável por reformar a Ordem de Cister, Foi o primeiro cisterciense no calendário de santos, tendo sido canonizado por Alexandre III em 18 de janeiro de Em 1830, Pio VIII proclamou-o Doutor da Igreja" ( "Foi contemporâneo de Lutero, o reformador alemão. Juntamente com João Pedro Carafa (futuro papa Paulo IV), criou a Ordem dos a Congregação da Divina Providência. Os teatinos, criados em 1524, visavam a renovação do Clero."

212 208 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Observações ( Rua SENAI (do) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Acronimotopônimo Rua Sierra LEs "Herramienta para cortar mader a, piedra u otros objetos duros, quegeneralmente consiste en un a hoja de acero dentada sujeta a una empuñadura,bastidor o arm azón" (DEL, 2014). Ergotopônimo Rua Silveira Martins Rua Sônia Rua Suarez Rua Tamandaí NI Não-classificado Rua Tietê LI Do tupi, "Tietê, c. ti-etê, curso d'água verdadeiro, caudal consideravel; V. ti S. Paulo" (SAMPAIO, 1901, p. 153). Corotopônimo Do tupi "Tijuca, V. tuyuca" (SAMPAIO, 1901, p. 153) Rua Tijuca LI "Tuyuca, c. ty-yuca, o brejo, a lama, o tremendal, o líquido podre, o charco, o paúl; alt. Corotopônimo tijuca, tijuco, tujuco, tuyú" (SAMPAIO, 1901, p. 155) Travessa Tosca Animotopônimo disfórico "Tosco (ô) [Poss. do lat. vulg. tuscu, dissoluto, vil, por alusão à gente que vivia no bairro etrusco de Roma, Vicus Tuscus.] Adjetivo. 1. Tal como veio da natureza.2. Não lapidado nem polido. 3. Bronco,

213 209 Geocódigo Elemento geográfico Topônimo Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Rua Turquesa Litotopônimo Rua Valdez Rua Valência Corotopônimo Rua Rua Rua Vespasiano Martins Vitorino Fonseca Zakia Nahas Siufi LAr + LAr + LAr Rua Zilza Fonte: Elaborado pela autora. Observações grosseiro, rude. 4. Malfeito; informe (FERREIRA, 2010). Referência ao município italiano (GEONAMES, 2016). Vespasiano Barbosa Martins, prefeito nomeado de Campo Grande nomeado (1/11/1934 a 17/9/1935) ( Possível homenagem a membro da família, pois há no parcelamento Lar do Trabalhador outras duas ruas com mesmo sobrenome, Nahas. (

214 210 Quadro 14 Topônimos que nomeiam vias arteriais 39 da região do Imbirussu Localização (bairro) Sobrinho e Santo Amaro Sobrinho, Santo Antônio, Popular e Nova Campo Grande Popular, Santo Antônio Santo Amaro, Panamá, Popular Geo código Elemento geográfico Rua Rua Topônimo Dr. Euler de Azevedo Duarte Pacheco Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Axiotopônimo Estrutura morfológica Rua Jaboatão NI Corotopônimo 7718 Avenida José Barbosa Rodrigues Observações Médico e vereador de Campo Grande ( ). ( storia) Referência ao município do estado de Pernambuco (GEONAMES,2016). "Homenagem póstuma ao fundador do jornal Correio do Estado e da Fundação Barbosa Rodrigues, que promove projetos sociais importantes em Campo Grande. Encampadas parte da Avenida Rádio Maia, parte das Ruas Tupaciguara, Agostim Nachif, Amaporã, Elenir Amaral, Angatuba, 128, Do Tunis, Carancho, Juventus, Irece, Da Copagaz e Travessa Serra Alta." (Projeto de Lei nº 6.879/10 ) 39 Como já assinalado no capitulo 3, via arterial é "aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade." (Lei Municipal nº 5.291, de 08 de janeiro de 2014, Capítulo I das disposições Gerais, LXXI)

215 211 Localização (bairro) Sobrinho, Santo Amaro, Santo Antônio, Panamá, Popular Santo Amaro, Panamá Santo Amaro, Santo Antônio, Sobrinho Popular, Panamá Santo Amaro, Panamá Geo código Elemento geográfico Avenida Rua Avenida Rua Topônimo Júlio de Castilho Ministro José Linhares Presidente Vargas Wanderlei Pavão Variante Língua de Origem Etimologia Taxionomia Estrutura morfológica Axiotopônimo Axiotopônimo Rua Yokoama Yokohama Corotopônimo Observações "Júlio Prates de Castilhos ( ) foi um jornalista e presidente do Rio Grande do Sul por duas vezes" ( o-prates-de-castilhos). Presidente do Brasil de 29/10/1945 a 31/1/1946 ( Presidente Brasileiro ( ) ( Referência ao município japonês (GEONAMES,2016). Fonte: Elaborado pela autora.

216 212 CAPÍTULO V ANÁLISE DOS DADOS Este capítulo contém a análise dos 928 topônimos estudados no trabalho, dividida em duas etapas, seguindo a divisão adotada nos quadros disponibilizados no capítulo anterior. Em cada etapa apresenta-se a análise dos designativos dos aglomerados urbanos (bairros e parcelamentos) e logradouros públicos, respectivamente, numa perspectiva quantitativa com foco na taxionomias dos topônimos, na língua de origem e na estrutura morfológica identificada e numa abordagem qualitativa, que procurou focalizar temas mais recorrentes no recorte toponímico estudado relacionados às questões históricas, sociais e econômicas. 5.1 Análise quantitativa dos designativos dos bairros e parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS. Como já assinalado no capítulo teórico, o uso de diferentes nomenclaturas para identificar as áreas habitadas de uma cidade bairros, vila, parque, residencial, parque residencial etc. causa conflitos terminológicos, pois são tratados como sinônimos pelo senso comum. Para o falante, vila/bairro não tem muita diferença, já que essas noções interessam apenas a especialistas. No corpus em estudo há casos que ilustram esse impasse: dois parcelamentos antigos que receberam os termos genéricos bairro bairro Santo Antônio 40 e bairro Santa Carmélia (1966) e vila vila Alba (1955) e vila Silvia Regina (1971). No universo desta pesquisa, apenas 19% da toponímia dos parcelamentos não apresenta termo genérico composto (RIBEIRO, 2015), como ocorre nos parcelamentos Recanto dos Pássaros, Portal do Panamá e Nova Campo Grande. O gráfico a seguir informa os componentes do termo genérico composto dos topônimos catalogados e respectivos percentuais de ocorrência: 40 Data de aprovação do parcelamento não localizada.

217 213 Gráfico 2 Ocorrências dos Genéricos s nos topônimos dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Parcelamento vila 7% 3% 3% 3% 3% 2% 1% 1% 27% Parcelamento Parcelamento jardim Parcelamento residencial Parcelamento loteamento municipal Parcelamento parque 25% 25% Parcelamento parque residencial Parcelamento bosque Parcelamento bairro Parcelamento residencial parque Parcelamento polo empresarial Fonte: Elaborado pela autora. Os formantes vila e jardim destacam-se em número de ocorrências. "O uso do termo vila tornou-se comum indicando especialmente bairros populares, sendo, portanto, vilas operárias" (TIZIO, 2009, p.94): Vila Alba, Vila Almeida, Vila Sobrinho, Vila Espanhola, Vila Aviação, etc. O termo jardim é decorrente da expressão inglesa Garden city, modelo urbanístico do final do século XIX concebido pelo inglês Ebenezer Howard. Embora esse modelo tenha sido implantado em alguns projetos no Brasil, nas cidades de Goiânia e de São Paulo, por exemplo, o termo passou a ser empregado por razões mercadológicas, uma vez que não apresenta as características das cidadesjardim com seus cinturões verdes (TIZIO, 2009). Seguindo essa tendência, tem-se tornado frequente o uso de formantes que remetam à combinação entre cidade e campo, Vila Jardim Beija-flor, Parque Residencial Bellinate e Parque Residencial dos Bancários.

218 214 Na análise da toponímia dos parcelamentos, identifica-se o uso de um mesmo topônimo para designar diferentes parcelamentos, diferenciandos-os apenas por indicação numérica, Panamá I Panamá VI; seções, Jardim Imá 1ª seção e Jardim Imá 2ª seção; ou ainda, em blocos Nova Campo Grande Bloco I, Nova Campo Grande Bloco II etc. (doze setores). Os resultados da análise do quadro lexicográfico-toponímico dos nomes dos parcelamentos da região do Imbirussu demonstram que quanto à motivação semântica predominaram as taxes de natureza antropocultural (Gráfico 3), fenômeno recorrente na toponímia urbana. Gráfico 3 Natureza da motivação semântica da toponímia dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS, de acordo Dick (1990b). 14% 5% Natureza antropocultural Natureza física Não classificado 81% Fonte: Elaborado pela autora. Dos noventa e nove designativos analisados, 81% são topônimos de natureza antropocultural, sendo os mais representativos os antropotopônimos (residencial Ana Maria do Couto, vila Alba, vila Silvia Regina), os cronotopônimos (Nova Campo Grande), os corotopônimos, (jardim Panamá, jardim Petrópolis, jardim Ipanema), os sociotopônimos, (vila Aviação, Núcleo Industrial) e os hagiotopônimos (vila Nossa Sra. Auxiliadora, vila Santa Rita, bosque Santa Mônica).

219 215 Dentre as vinte e sete taxes do modelo classificatório adotado neste estudo (DICK, 1990b, p ), as cinco mais recorrentes no processo onomástico dos parcelamentos foram os antropotopônimos (20%), os corotopônimos (14%), os cronotopônimos (12%), os sociotopônimos (6%) e os hagiotopônimos (9%), todos de natureza antropocultural. Gráfico 4 Taxes de natureza antropocultural na toponímia dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS. 20% 18% 20% Corotopônimo 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 14% 12% 9% 6% 5% 4% 3% 2% 2% 1% Cronotopônimo Hagiotopônimo Sociotopônimo Etnotopônimo Acronimotopônimo Axiotopônimo Animotopônimo Ecotopônimo Hierotopônimo 0% Fonte: Elaborado pela autora. Com representação igual ou inferior a quatro ocorrências tem-se: acronimotopônimo (Coophatrabalho, Coophaco), hierotopônimos (jardim Mandala), ecotopônimos (Morada Imperial, Lar do Trabalhador), ergotopônimos (Portal do Panamá), etnotopônimos (residencial Sírio Libanês, vila Romana), animotopônimos (jardim das Virtudes, Recanto dos Pássaros), axiotopônimos (vila Doutor Jair Garcia, Papa João Paulo II). Houve sete taxes relacionadas ao homem e sua relação com a sociedade e a cultura sem ocorrência: dirrematopônimos, mitotopônimos, hodotopônimos, numerotopônimos, poliotopônimos, historiotopônimos e somatotopônimos.

220 216 Gráfico 5 Taxes de natureza física na toponímia dos parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS. 6% 6% 5% Fitotopônimo 4% 3% 2% 3% 2% 2% 1% Geomorfotopônimo Cardinotopônimo Zootopônimo Dimensiotopônimo 1% 0% Fonte: Elaborado pela autora. Das onze taxes relacionadas ao ambiente físico, apenas cinco foram representadas no corpus do estudo: geomorfotopônimos (3%), vila Serradinho; fitotopônimos (6%), parque dos Ipês, vila Cinamomo; dimensiotopônimos (1%), Altos do Panamá; cardinotopônimos (2%), pólo empresarial Oeste, vila Oeste e zootopônimos (2%), residencial parque dos Flamingos, bosque das Araras. Não houve representatividade de astrotopônimos, cromotopônimos, litotopônimos, meteorotopônimos e morfotopônimos. As taxes relacionadas ao ambiente físico são muito comuns na toponímia rural, sobretudo por se referirem ao meio ambiente físico cuja nomeação faz parte do universo lexical do denominador, o que já não se registra com a mesma frequência na toponímia urbana (Gráfico 3). Já quanto à estrutura morfológica, a maioria dos topônimos apresenta estrutura simples, 51%, como vila Almeida, jardim Sayonara etc. Com estrutura composta, identificam-se 49% Manoel Secco Thomé, Lar do Trabalhador, Recanto dos Pássaros. O Gráfico 6, a seguir, apresenta a distribuição percentual do universo de topônimos em termos de estrutura morfológica:

221 217 Gráfico 6 Estrutura morfológica dos topônimos de parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS 49% 51% Fonte: Elaborado pela autora. Com relação à base linguística, os topônimos que predominam no corpus em estudo são os de origem portuguesa (88%) (Gráfico 7): Gráfico 7 Base linguística dos topônimos de parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS. 6% 2% 1% 2% 1% Língua Portuguesa Língua Indígena Língua Italiana Híbrido Língua Japonesa Não Identificada 88% Fonte: Elaborado pela autora.

222 218 Apenas seis designativos são de origem tupi, dentre eles, vila Carioca (kari' oka), jardim Itapuã (ytapuá) e jardim Ipanema (y-ape-nena) (TIBIRIÇA, 1984), dois de outras línguas estrangeiras, parque residencial Bellinate, do italiano, vila Sayonara, do japonês. Já os topônimos híbridos, que se formam pela combinação de elementos mórficos provenientes de línguas diferentes em um mesmo designativo, foram menos produtivos no corpus em estudo, uma vez que somente dois topônimos evidenciaram essa estrutura, residencial Sagarana (portuguesa + tupi) e residencial Nelson Trad (portuguesa + árabe). 5.2 Análise qualitativa dos designativos dos bairros e parcelamentos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS A toponímia dos bairros da região do Imbirussu é resultado do trabalho de ordenamento do espaço urbano por parte da Prefeitura Municipal de Campo Grande, conforme a Lei Complementar n. 74, de 6 de setembro de No processo nominativo dos 74 bairros da capital, verificou-se a escolha do nome de um dos parcelamentos que compõe o bairro para designá-lo, em geral o com maior extensão territorial ou o mais antigo da área. Em seis dos sete bairros deste corpus, observa-se essa tendência: Santo Amaro, Santo Antônio, Sobrinho, Panamá, Nova Campo Grande e Núcleo Industrial e, em um deles, Popular a opção pelo topônimo paralelo do parcelamento Nova Campo Grande Bloco 11. Buainain (2006), em reportagem do jornal Correio do Estado de 25 de novembro de 1961, faz a seguinte narração sobre a vila Santo Amaro: Um passeio despreocupado leva o repórter a fazer uma descoberta Um sonho que se tornou realidade em pouco tempo Vila Santo Amaro verdadeira pequena Cidade. Correio do Estado, Campo Grande, p. 1, 25 nov Numa tarde destas, cansados da luta diária, saímos sem destino, a fim de dar a mente um descanso merecido [...]. Nesse andar despreocupado, fomos dar com novo bairro da cidade, em local maravilhoso, temperatura amena, ventilação adorável dada à altura de sua localização, pois é um dos pontos mais altos da cidade. Várias vilas ali surgem enquanto que outras surgem de uma hora para a

223 219 outra, em ritmo impressionante. Entramos por uma larga rua, bastante povoada e resolvemos indagar o nome do local. Era a tão falada Vila Santo Amaro, servida atualmente por uma linha de ônibus a toda hora. O nosso passeio não deixaria de ser motivo para verdadeira descoberta, pois não nos passava pela idéia que a Santo Amaro já estava transformada em um pedaço da cidade que mais cresce no oeste, a nossa querida Campo Grande. As nossas observações tornaram-se a partir de então, mais atentas. Perto de uma centena de casas residenciais, algumas muito boas, pequeno comércio, escola municipal, posto semiartesiano, enfim quase tudo o que existe em uma pequena cidade já se encontra na Vila Santo Amaro, sonho de um cidadão empreendedor Sr Mamede Assem José que se tornou realidade. Até uma agência de correio ali existe, de causar inveja a muitas localidades brasileiras. Luz elétrica com fartura, segundo fomos informados, coopera para o desenvolvimento da vila. Apenas 3 minutos de carro, se tanto, levamos da rua 14 de julho que é a mais movimentada de todo o Estado de Mato Grosso até o centro da Vila Santo Amaro. [...] (BUAINAIN, 2006, p. 82). Desde a década de 1960, bairros/vilas se estruturam em pequenas cidades no entorno da região central de Campo Grande para acomodar trabalhadores operários. No topônimo Popular, designativo de um dos bairros da região do Imbirussu, a motivação toponímica revela o perfil sócio-econômico dos moradores, trabalhadores assalariados em sua grande maioria, enfim, faz referência ao povo a ele pertencente ou dele proveniente. Os nomes dos demais bairros são motivados pela expressão da fé da comunidade Santo Amaro e Santo Antônio (hagiotopônimos) ; pela expectativa de um futuro melhor Nova Campo Grande (cronotopônimo) ; pela atividade econômica ali desenvolvida: Núcleo Industrial (sociotopônimo) e pela homenagem à família do proprietário das terras que deram origem ao parcelamento vila Sobrinho, José Gonçalves Sobrinho (antropotopônimo). A língua ultrapassa a função de nomear, ela traduz conhecimento, crenças e valores de uma comunidade. Tratando-se dos nomes de lugares, a representatividade de um topônimo implica essencialmente a questão sobre o que essa denominação simboliza ou o que representa para o grupo. Os noventa e nove designativos de parcelamentos dos bairros da região do Imbirussu aqui examinados revelam características marcantes do espaço urbano e as relações sociais com predominância de topônimos referentes a nomes próprios e individuais, com títulos e dignidades ou não, vultos da história ou pessoas comuns. Facilmente pode-se estabelecer a

224 220 correlação entre os tipos de nomes atribuídos aos parcelamentos e a história não só da região do Imbirussu, como também da cidade de Campo Grande. Na região em estudo há, por exemplo, o parcelamento Manoel Taveira em homenagem a Manoel Ignácio de Souza, conhecido pelo cognome Manoel Taveira, vulto político da cidade primeiro prefeito eleito de Campo Grande, de 1905 a 1909, responsável pelos primeiros estudos sobre o traçado urbanístico da cidade. Foi pioneiro na ocupação dessa região da cidade, era proprietário da fazenda Serradinho, topônimo recuperado na nomeação do parcelamento vila Serradinho. Os nomes dos parcelamentos Papa João Paulo II e bairro Santo Antônio, homenageiam, respectivamente, a data da visita do Papa João Paulo II a Campo Grande em 1991 e o santo padroeiro da cidade, ambos exemplos de resgate da fé do denominador. Os topônimos Jardim Pantanal, parque dos Ipês, Recanto dos Pássaros e Bosque das Araras como nomes descritivos marcam aspectos mais gerais da paisagem do estado de Mato Grosso do Sul. Já o topônimo vila Entroncamento situa-se na junção de duas vias férreas, o Ramal de Ponta Porã com a linha Tronco Bauru/Corumbá da estrada de ferro Noroeste do Brasil, marco do desenvolvimento da capital. Os parcelamentos Núcleo Industrial, Pólo Empresarial Oeste, Vila Aviação, Lar do Trabalhador, Vila dos Bancários dizem muito sobre os moradores que ali residem e as atividades econômicas predominantes na região. Como já apontado no capítulo 3, a maioria dos moradores da região do Imbirussu possui faixa de rendimentos entre R$ 511,00 e R$ 1.000,00, portanto, os bairros são habitados predominantemente pela classe média brasileira. Há, também, os parcelamentos oriundos de áreas originalmente de propriedade do poder público que foram ocupadas e, posteriormente, deram origem a parcelamentos de cunho social. A Lei nº 3826 de 14 de dezembro de 2000, publicada pela Câmara Municipal de Campo Grande, autorizou o poder

225 221 executivo a parcelar, desdobrar ou alienar as áreas de domínio público municipal: Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, ANDRÉ PUCCINELLI, Prefeito Municipal de Campo Grande MS, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a desafetar, parcelar e alienar, para fins de Loteamento Social, na forma da Lei Municipal n , de 08 de Outubro de 1984, as áreas ocupadas e localizadas nesta Capital, com as seguintes características: I Área Verde 01, com ,29 m 2, localizada no Jardim Imá, 2ª seção (Favela Sandália Nova Loteamento Municipal Jaguaribe, Região Imbirussú), matriculado sob o nº , livro 2, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ver tópico Ao Norte: com a Rua Jaguaribe; Ao Sul: com a Rua Recife; Ao Leste: com a Rua Jaguaribe; Ao Oeste: com a Rua Aracaju. II Área Verde n.10, com 1.325,75 m 2, localizada no Jardim Aeroporto (Região do Imbirussú), matriculado sob o nº , livro 2, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ver tópico Ao Norte: com a Rua Morro do Pilar; Ao Sul: com a Rua Mongólia; Ao Leste: com a Rua Wanderley Pavão; Ao Oeste: com a Rua Costa Aguiar. III Quadra 124, com m 2, localizada no Jardim Inápolis (Região do Imbirussú), transcrição n , lote 3BD, fls. 258, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ao Norte: com a Rua Mandioré; Ao Sul: com a Rua Sarandi; Ao Leste: com a Rua Reino Unido; Ao Oeste: com a Rua Caim. IV Área sem denominação, com 1.163,60 m 2, localizada no Bairro Santo Antônio (Favela Santo Antônio Região do Imbirussú), com os seguintes limites e confrontações: Ao Norte: com a Rua Eunice Weaver; Ao Sul: com a Rua Ministro Azevedo; Ao Leste: com a Av. Presidente Vargas; Ao Oeste: Travessa sem Denominação. V Lotes 1 a 22, quadra 21, com 8.302,20 m 2, localizados no Jardim das Reginas (Região do Imbirussú), matriculados sob os nºs à , livro nº 2, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ao Norte: com a Av. Júlio de Castilho; Ao Sul: com a Rua Macaé; Ao Leste: com a Rua Guaimbe; Ao Oeste: com a Rua Mongólia. VI Lotes 8 a 17, quadra 20, com 3.576,69 m 2, localizados no Jardim das Reginas (Região do Imbirussú), matriculados sob os nºs à , livro nº 2, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ao Norte: com os lotes 7 e 18; Ao Sul: com a Rua Macaé; Ao Leste: com o lote 18 e Rua Timóteo; Ao Oeste: com a Rua Guaimbé. VII Lotes 01 a 06, quadra 22, com 2.303,76 m 2, localizados no Jardim das Reginas (Região do Imbirussú), matriculados sob os nºs à , livro nº 2, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ao Norte: com a Av. Júlio de Castilho; Ao Sul: com a Área n. 5; Ao Leste: com a Rua Mongólia; Ao Oeste: com o Jardim Sayonará. VIII Área n. 05, com 9.661,07 m 2, localizada no Jardim das Reginas (Região do Imbirussú), matriculado sob o nº , livro nº 2, 1ª Circunscrição, com os seguintes limites e confrontações: Ao Norte: com os lotes 1 à 6, quadra 22; Ao Sul: com a Rua Macaé; Ao Leste: com o Jardim Sayonará; Ao Poente: com a Rua Mongólia [...].

226 222 Favelas como a Sandália Nova e Sayonara, após a regularização das áreas invadidas, passaram a ser designadas, respectivamente, como loteamento municipal Jaguaribe e Jardim Sayonara, no entanto, os moradores mais antigos ainda se referem a esses aglomerados urbanos por meio dos topônimos paralelos. A toponímia paralela tem, como característica principal, o seu caráter não oficial, é espontâneo e, por isso, muitas vezes, traduz de forma mais autêntica a visão de mundo da população, por estarem mais diretamente envolvidos no processo denominativo do espaço em que habitam (DICK, 1990b). É esta, justamente, a grande causa da permanência da toponímia popular e paralela como memória social. Nestes casos, os moradores podem ter participação no ato de nomear. Assim, o registro da memória social, materializado no signo escolhido, o topônimo paralelo, é um dos mais valiosos registros da memória local. Já a toponímia oficial, principalmente no contexto de ocupação do espaço urbano, nem sempre reflete a identidade dos habitantes, pois muitos dos parcelamentos e logradouros públicos são nomeados por ocasião da divisão da área geográfica e respectiva alienação junto aos órgãos públicos. Normalmente o proprietário, órgão ou empresa responsável pela área a ser loteada é quem propõe os possíveis designativos do espaço, cabendo à SEMADUR verificar se não há duplicidade de topônimos na cidade. Muitos proprietários de terras homenageiam membros da família. O parcelamento residencial Hugo Rodrigues, por exemplo, é uma provável homenagem a um familiar de Marcelo Alves Rodrigues e Marcos Fernando Alves Rodrigues, proprietários das terras que deram origem ao parcelamento. É comum o topônimo perpetuar o apelido de família dos proprietários, vila Coutinho (Nilson Coutinho da Silva) e parque residencial Bellinate (Osmar Belinatte).

227 223 E quando se dá a ocupação do espaço urbano, a toponímia dos parcelamentos e logradouros já está fixada e esta, muitas vezes, não apresenta identificação com os que lá residirão. A imagem gerada no visualizador do Sistema Municipal de Geoprocessamento SIMGEO (Figura 22) exemplifica a implantação de nova área de ocupação urbana. Figura 22 Nova área urbana em processo de parcelamento no bairro Santo Antônio, Campo Grande/MS Fonte: SIMGEO (2015). Acesso em 10 ago Outra característica do processo de urbanização de Campo Grande foi a formação de cooperativas habitacionais: Essas Coophas (cooperativas habitacionais) faziam parte do programa habitacional do governo militar e eram viabilizadas por intermédio do BNH Banco Nacional da Habitação, um banco de segunda linha (segunda linha porque não emprestava dinheiro diretamente, nem mantinha contas correntes, etc.). O BNH foi a principal instituição federal de desenvolvimento urbano da história brasileira, na qualidade de gestor do FGTS, da formulação e implementação do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro do Saneamento (SFS). A criação do BNH se deu pela Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964 [...] Aqui em nosso estado nós tínhamos um empresário criativo e ousado Sebastião Caneca que, antevendo o que poderia obter de recursos para implementar programas habitacionais voltados para a população mais carente, criou a Planoeste, empresa de planejamento que se credenciou ao BNH para essa finalidade. E, secundado pelas construtoras Construmat (Giannino Camillo), Incco (Arnaldino da Silva), Construtora São Luiz (Anees Salim Saad), Estilo (Jofre Leite Brun) e tantas outras, lançou então essas cooperativas habitacionais aqui conhecidas como Coophas proporcionaram ao trabalhador de pouca renda realizar o sonho da casa própria. Essas cooperativas

228 224 assim constituídas sob a administração da Planoeste, adquiriam as glebas que eram divididas em terrenos. [...] (FREIRE, 2014). Na região do Imbirussu, localizam-se quatro parcelamentos formados por cooperativas: Coophatrabalho (Cooperativa Habitacional Trabalhadores de Campo Grande); Coopermat (Cooperativa Habitacional de Mato Grosso), Coophaco e Coophaco II Alba, ambas da Cooperativa Habitacional dos Comerciários de Campo Grande. A seguir focalizam-se especificamente os topônimos dos logradouros públicos da região em estudo. 5.3 Análise quantitativa dos designativos dos logradouros públicos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Foram analisados 821 designativos de logradouros públicos, divididos em sete bairros. Discute-se, primeiramente, acerca dos tipos de logradouros (elemento genérico do sintagma toponímico) e, sobre a natureza do elemento específico (o topônimo em si). O elemento genérico com maior incidência no espaço estudado foi rua (86,4%), seguido por travessa (6%), avenida (5%) e praça (0,36%), conforme o Gráfico 8. Gráfico 8 Tipos de logradouros identificados na região do Imbirussu, Campo Grande/MS 6% 5% 1% 0,36% 1% 0,24% 86% Rua Travessa Avenida Rua principal Rua secundária Avenida principal Praça Fonte: Elaborado pela autora.

229 225 Tal qual nos topônimos relativos aos parcelamentos, houve ocorrência de termos genéricos compostos (RIBEIRO, 2015) avenida principal 1, rua principal 10, rua secundária 13. Entendeu-se que os qualificativos "principal" e "secundária" explicitam e tornam os elementos genéricos rua e avenida mais descritivos. Com relação aos nomes das ruas, avenidas, praças e travessas que foram estudados, pode-se verificar a presença de 20 das taxionomias propostas por Dick (1990b), a saber, astrotopônimo, cardinotopônimo, cromotopônimo, fitotopônimo, geomorfotopônimo, hidrotopônimo, litotopônimo, meteorotopônimo, animotopônimo, antropotopônimo, axiotopônimo, corotopônimo, ecotopônimo, ergotopônimo, etnotopônimo, hagiotopônimo, historiotopônimo, numerotopônimo, sociotopônimo e somatotopônimo. Com relação aos topônimos, de forma geral, prevaleceram os natureza antropocultural sobre os de natureza física, 79% e 19%, respectivamente. Gráfico 9 Distribuição dos topônimos de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS, de acordo com a natureza da motivação semântica (DICK, 1990b) 19% 2% Natureza antropocultural Natureza física Não-classificado 79% Fonte: Elaborado pela autora. Dez topônimos não foram classificados em decorrência da não identificação de fontes de referência confiáveis e com informações suficientes (Quadro 15).

230 226 Quadro 15 Topônimos sem classificação por ausência de referências - região do Imbirussu, Campo Grande/MS Elemento geográfico Rua Rua Rua Rua Travessa Rua Rua Rua Rua Rua Topônimo Ajuana Aquidabam Caraveras Cariuva Comil Palomar Ponteio Raza Tamandaí Tenere Fonte: Elaborado pela autora. Na Tabela 3, apresentam-se as taxes (DICK, 1990b) no âmbito da nomeação dos logradouros do recorte toponímico em estudo: Tabela 3 Distribuição quantitativa das taxes toponímicas identificadas nos nomes de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Categoria Taxe % Fitotopônimo 9,00% Zootopônimo 4,14% Hidrotopônimo 2,07% Litotopônimo 1,46% Natureza física Geomorfotopônimo 0,97% Astrotopônimo 0,24% Cardinotopônimo 0,12% Cromotopônimo 0,12% Meteorotopônimo 0,12% Morfotopônimo 0,12% Natureza antropocultural 34,50% Corotopônimo 17,50% Numerotopônimo 14,40% Sociotopônimo 4,38% Axiotopônimo 3,50% Ergotopônimo 1,20% Hagiotopônimo 1,10%

231 227 Etnotopônimo 0,97% Animotopônimo eufórico 0,73% Historiotopônimo 0,36% Acronimotopônimo 0,12% Ecotopônimo 0,12% Hierotopônimo 0,12% Poliotopônimo 0,12% Fonte: Elaborado pela autora. As taxes mais expressivas no âmbito da nomeação dos logradouros foram: antropotopônimo (34,5%) (avenida Euller de Azevedo, travessa Carol, rua Afrânio Fialho de Figueiredo...); corotopônimo (17,1%) (rua Três Lagoas, praça Nazaré, rua Reino Unido...) e numerotopônimo (14,4%) (rua 102, avenida 4, travessa 21 de março) (Gráfico 10). Gráfico 10 Distribuição quantitativa das taxes toponímicas mais produtivas nos nomes de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS 35,00% 34,50% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 17,50% 14,40% 9,25% 4,38% 4,14% 3,50% Corotopônimo Númerotopônimo Fitotopônimo Sociotopônimo Zootopônimo Axiotopônimo Fonte: Elaborado pela autora. Dentre as taxes de natureza física, a única com maior expressividade é a dos fitotopônimos. No parcelamento Coophatrabalho, bairro Santo Amaro, por exemplo, todas as ruas levam nome de espécies da flora (Angelim,

232 228 Bacaba, Bacuri, Caroba, Castanheira etc.) e a avenida principal é denominada de Florestal. Os antropotopônimos formam a taxionomia mais recorrente (284) (Gráfico 11). Dentre os antropotopônimos registrados, apenas 18 designativos recuperam nomes individuais (rua Délia, rua Gaspar, rua Guadalupe); 11 se remetem a sobrenomes (rua Belchior, rua Suarez, rua dos Venturellis), e os demais incorporam onomásticos completos (rua Jamil Nahas, rua Nilo Javari Barem, rua Júlio Cesar). A toponímia urbana tende a homenagear pessoas (em sua maioria nomes masculinos), que fizeram parte da construção da cidade, seja como profissional ou cidadão comum, personalidades e escritores de renome. Gráfico 11 Taxes de natureza antropocultural mais produtivas na toponímia dos logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS 35,00% 34,50% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 17,50% 14,40% 4,38% 3,50% Corotopônimo Númerotopônimo Sociotopônimo Axiotopônimo 0,00% Fonte: Elaborado pela autora. O topônimo Três Lagoas (nome do município localizado na região leste do estado de Mato Grosso do Sul) foi classificado pela equipe de pesquisa do ATEMS como numerotopônimo. Neste trabalho, foi classificado como corotopônimo, nome transplantado, segundo Dick (1990a, p.32), porque o nome da rua é uma homenagem à cidade homônima. Outros 142 casos de homenagem a cidades (rua Curitiba, rua Nioaque), estados (rua Acre), países

233 229 (rua Afeganistão, rua Reino Unido) e regiões do globo (rua Marim, rua Mendocino) foram identificados no corpus da pesquisa. A ocorrência quase que absoluta de numerotopônimos foi registrada no bairro Nova Campo Grande. O uso de números para identificação de logradouros públicos é bastante comum, principalmente nos casos em que as ruas ainda não foram oficialmente nomeadas, em que a numeração é usada para identificá-las até que seja processada a devida nomeação. Provavelmente, o bairro em questão ainda permaneça com alto índice de identificação numérica, por sua baixa densidade demográfica (10,07 hab/ha), a segunda dentre os bairros da região do Imbirussu (Cf. Tabela 1). Os topônimos relacionados à natureza física tiveram pouca incidência, na toponímia urbana aqui examinada, ratificando, assim, dados de outras regiões de Campo Grande (OLIVEIRA, 2014) e de outras cidades brasileiras (CIOATTO, 2012; BITTENCOURT, 2015) foram documentadas as seguintes taxes: fitotopônimo (9,0%), zootopônimo (4,14%), morfotopônimo (0,12%) hidrotopônimo (0,97%), litotopônimo (1,46%), geomorfotopônimo (0,97%), astrotopônimo (0,24%), cromotopônimo (0,12%), meteorotopônimo (0,12%) e cardinotopônimo (0,12%) (ver Gráfico 12). Gráfico 12 Taxes de natureza física mais produtivas na toponímia dos logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS 9,00% 9,00% 8,00% 7,00% Fitotopônimo 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 4,14% 2,07% 1,46% Zootopônimo Hidrotopônimo Litotopônimo 1,00% 0,00% Fonte: Elaborado pela autora.

234 230 Com relação à estrutura morfológica dos topônimos, os compostos e os simples alçaram a mesma proporção, 43% cada (ver Gráfico 13). O alto registro de estruturas compostas se deve, sobretudo, aos antropotopônimos derivados de onomásticos completos (rua Agostim Nachif, rua Artagnan dos Santos Machado). Não foram contabilizados, no Gráfico 13, os 115 numerotopônimos (14%), uma vez que estes são grafados em algarismo arábico (rua 158). Em consequência da dificuldade do estudo da estrutura morfológica de nomes indígenas no estado sincrônico, optou-se por considerar como estrutura simples os topônimos de base indígena (tupi, guarani, bororo, terena) que já foram incorporados à língua portuguesa e estão opacos quanto aos indícios de composição (rua Tijuca, rua Murici, rua Votorantim). As palavras não incorporadas e que permanecem com seus traços originais seriam classificados como composto, no entanto, não houve registro de casos dessa natureza no corpus da pesquisa. Quanto à língua de origem, apesar de os topônimos de base portuguesa se sobressaírem, com 488 recorrências, os de origem indígena (Tupi: rua Macaé, macá-é; rua Ipanema, y-panema; rua Itaroró, ita-toró) tiveram presença significativa, com 115 registros. O Gráfico 13, traz os estratos linguísticos presentes na toponímia em estudo.

235 231 Gráfico 13- Língua de origem dos topônimos de logradouros da região do Imbirussu, Campo Grande/MS. 1,92% 5,64% 0,84% 1,56% 1,68% 0,36% 0,24% 0,60% 0,12% 0,24% 0,12% 0,12% 0,12% Portuguesa Tupi Não identificada Espanhola Italiana 14% 57,24% Árabe Inglesa Japonesa Latim Francesa Hebraica Alemã Bororo Guarani Kadiwéu Fonte: Elaborado pela autora. Os topônimos oriundos de língua estrangeira se manifestaram, principalmente, na taxe dos antropotopônimos (Inglesa: rua Robert Baden Powell; Espanhola: rua Sólon Padilha; Árabe: rua Zakia Nahas Siufi). Na taxe dos antropotopônimos, verificou-se também quase a totalidade de ocorrências dos compostos híbridos (4%) rua Silvio Ayala Silveira ( LEs + ), enquanto os simples híbridos (0,5%) ocorrem nos fitotopônimos, como em mangabeira: do tupi, "mangaba, fruto da mangabeira, também chamado sorva" (TIBIRIÇÁ, 1984, p. 126) + -eira (sufixo nominal). 5.4 Análise qualitativa dos designativos dos logradouros públicos da região do Imbirussu, Campo Grande/MS. A partir da análise efetuada foi possível também identificar os principais temas motivadores que determinaram a escolha dos nomes dos logradouros: antroponímia, corotoponímia, numerotoponímia e fitotoponímia, temas esses que se coadunam com tendências observadas em outros estudos sobre a toponímia urbana (DICK, 1996b; BILLY, 2001; ANTUNES, 2007; TIZIO, 2009; BARETTA, 2012; CIOATTO, 2012; MISTURINI, 2014; OLIVEIRA, 2014;

236 232 BITTENCOURT, 2015; MOREIRA, 2015), já mencionados no Capítulo 1. Na sequência focaliza-se esse viés de análise. Em geral, é na motivação que mais verificamos aspectos da vinculação da nomeação com a realidade da região a que os nomes pertencem Antropotoponímia Constatou-se, por meio da montagem e organização dos quadros toponímicos, que a categoria mais expressiva é a dos referenciais antropotoponímicos ligados, sobretudo, ao universo social (comércio, profissões, proprietários de terras, religiosidade, forças armadas, manifestações artísticas, arquitetura, associações, escritores célebres, grupos sociais) e ao universo histórico personalidades (locais, nacionais e internacionais). Apresentam-se, nos Quadros 16 e 17, exemplos de referenciais antropotoponímicos retirados do corpus desta pesquisa pertencentes a ambos os universos. É importante ressaltar que na classificação proposta por Dick (1990b), duas outras taxes, os axiotopônimos e os historiotopônimos, prestam homenagem a personalidades e a vultos históricos e aqui foram incluídas como referênciais antropotoponímicos. Quadro 16 Referenciais antropotoponímicos ligados ao universo social Universo social Bairro Logradouro Comércio Profissões Panamá Santo Amaro Panamá Popular Sobrinho Santo Amaro Nova Campo Grande Popular Santo Amaro Santo Amaro Núcleo Industrial rua Antônio Secco Thomé avenida José Barbosa Rodrigues avenida Dr. Euler de Azevedo (médico) rua Dr. Jair Garcia (médico) rua Professor Leverno de Queiroz rua Professor Tanu Pilai rua Engenheiro Antônio Góes rua Engenheiro Américo Carvalho Baís

237 233 Panamá Panamá rua Engenheiro Annes Salin Saad rua Antônio Gomes Pedrosa (advogado) Proprietários de terras Sobrinho rua José Gonçalves Sobrinho Forças armadas Arquitetura Associações Escritores Grupos sociais Manifestações artísticas Santo Antônio Sobrinho Sobrinho Sobrinho Nova Campo Grande Panamá Sobrinho Popular Popular Santo Antônio Panamá Santo Antônio Santo Amaro Nova Campo Grande Nova Campo Grande Popular Nova Campo Grande Sobrinho Santo Amaro Panamá Panamá Panamá Panamá Panamá Panamá Nova Campo Grande rua General Lima Figueiredo rua General Mario Xavier rua General Nepomuceno Costa rua Ricardo Franco (patrono engenharia militar) rua Wilson Paes de Barros rua Arquiteto Claudio Yoshimitsu Higa rua Dr. Camilo Boni rua Pedro Pedra (Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso do Sul) rua Monteiro Lobato rua Ulisses Serra rua Otávio Mangabeira rua Afrânio Peixoto rua Alcântara Machado rua Eduardo Prado rua Henfil (Henrique de Souza Filho) rua Janete Clair rua João Saldanha rua José Barnabé de Mesquita rua Machado de Assis rua João da Mata (cidadão comum) rua Toró (cidadão comum) rua Lico Barcellos (cidadão comum) rua Seu Né (cidadão comum) rua Descalvado (cidadão comum) rua Elenir Amaral (cidadão comum) rua Raul Seixas (cantor)

238 234 Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Nova Campo Grande Popular rua Aracy de Almeida (cantora) rua Elis Regina (cantora) rua Elizeth Cardoso (cantora) rua Dina Sfat (atriz) rua Glauber Rocha (cineasta e ator) Religiosidade Santo Antônio rua Domingos Sávio Fonte: Elabora pela autora. A nomeação de vias públicas em homenagem a vultos nacionais é uma prática recorrente em todas as cidades do país, como deferência a pessoas que, de alguma forma, contribuíram para formação do pensamento político e cultural nacional. No quadro a seguir (17), relacionam-se algumas personalidades homenageadas por meio da microtoponímia em estudo. Quadro 17 Referenciais antropotoponímicos ligados ao universo histórico Universo social Bairro Logradouro Nova Campo Grande rua Nilo Javari Barem 41 (engenheiro) Nova Campo Grande rua Manoel Taveira 42 Personalidades locais Popular Sobrinho rua Willian Maksoud 43 (vereador) rua Vespasiano Martins 44 (prefeito) Popular rua Marçal de Souza 45 Personalidades nacionais Sobrinho Núcleo Industrial Sobrinho Santo Antônio rua Benjamim Constant rua Chico Mendes rua Barão Ladário rua Barão Mauá 41 Barem foi o engenheiro responsável pela planta com primeiro alinhamento das ruas do povoado de Campo Grande em Manoel Ignácio de Souza, ou Manoel Taveira, primeiro prefeito eleito de Campo Grande, de 1905 a 1909 e um dos pioneiros na ocupação da região oeste da cidade de Campo Grande (Fazenda Serradinho). 43 Willian Maksoud foi um médico de alto prestígio em Campo Grande e também vereador. 44 Vespasiano Barbosa Martins foi prefeito nomeado de Campo Grande (1/11/1934 a 17/9/1935). 45 O líder guarani-nhandevá, Marçal de Souza, foi um dos mais importantes líderes indígenas de sua época. Lutou pela demarcação de terras na região de Dourados e denunciou a exploração ilegal de madeira, a escravização de seu povo e o tráfico de meninas índias.

239 235 Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Santo Antônio rua Ministro José Linhares avenida Presidente Vargas rua Presidente Nilo Peçanha rua Presidente Delfim Moreira rua Presidente Arthur Bernardes rua Presidente Rodrigues Alves rua Américo Vespúcio Personalidades internacionais Fonte: Elaborado pela autora. Popular rua Marco Antônio 46 Popular rua Júlio Cézar Panamá Rua Gibran Khalil Gibran 47 No universo pesquisado, nota-se a presença de antropotopônimos, sociotopônimos e axiotopônimos que homenageiam indivíduos de variados ramos sociais arquitetos, engenheiros, médicos, pessoas de famílias tradicionais, com poder político e econômico e, na maioria dos casos, pessoas comuns que, com o esforço de seu trabalho, contribuíram para formação e desenvolvimento da cidade de Campo Grande e, portanto, merecem ser lembradas por meio da toponímia. Foi possível o resgate histórico e biográfico de apenas 35% dos 322 nomes próprios elevados ao estatuto de nome próprio de lugar. Uma das maiores dificuldades enfrentadas no processo de desenvolvimento da pesquisa diz respeito à obtenção de informações históricas sobre os nomes de pessoas homenageadas pelos topônimos de logradouros. A SEMADUR e a Câmara de Vereadores de Campo Grande não dispõem de sistema integrado de dados relacionados ao processo de nomeação das ruas. Segundo Isquerdo (1997, p. 33), a busca da motivação no signo toponímico não é tão simples, "[...] a diversidade de influências culturais na 46 Marco Antônio foi um famoso político e general romano, membro do triunvirato que sucedeu Júlio César. 47 Gibran Khalil Gibran foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa.

240 236 formação étnica da população, como também, as especificidades físicas de cada região tornam dificultosa toda tentativa de explicação das fontes geradoras dos nomes de lugares e de acidentes geográficos". Assim, o esclarecimento da origem de determinados topônimos fica condicionado, não raras vezes, a fatores extralinguísticos marcas éticas e sociais, características geossocioeconômicas. Neste estudo, registrou-se, por exemplo, a influência das culturas italiana, sírio-libanesa, portuguesa, espanhola e japonesa na formação étnica da população campo-grandense. Os nomes de família Nahas (rua Jamil Nahas, rua Jorge Nahas ), Budib (rua Ângelo Budib e rua Trajado Budib), Siuf (rua Zakia Nahas Siufi) e Gelelaite (rua Tamer Gelelaite, rua Amélia Gelelaite Mônaco e rua Fuad Gelelaite) representam uma forma de resgate da história de alguns dos primeiros imigrantes sírio-libaneses que migraram para Campo Grande, no século XX, estabeleceram comércios e contribuíram para o crescimento da cidade, atuando nas mais variadas atividades comerciais, liberais e políticas da capital de Mato Grosso do Sul 48. Dentre os representantes da colônia portuguesa, no século XX, merece destaque a família Secco Thomé (rua Antônio Secco Thomé). A empresa da família Secco Thomé, Firma Thomé & Irmãos, foi responsável por obras importantíssimas realizadas na cidade: os quartéis do bairro Amambaí; as vilas dos oficiais do Exército, localizadas na rua Barão do Rio Branco, avenida Duque de Caxias e praça Newton Cavalcanti; a reforma e ampliação do Quartel General da 9º Região Militar (Figura 8); o Colégio Newton Cavalcanti; o Educandário Getúlio Vargas; o Hospital São Julião; a Santa Casa de Misericórdia; os Correios e Telégrafos; o Cine Santa Helena; a Associação dos Criadores; o Hotel Colombo e o Obelisco (GARCIA, 2013, p.99). A migração italiana em Campo Grande, por sua vez, teve início no século XIX por meio da família Baís (rua Engenheiro Américo Carvalho Baís) que se dedicou ao comércio e em 1918 construiu o primeiro sobrado de alvenaria (Figura 23) da cidade na avenida Afonso Pena. Em 1919, o patriarca, 48 Cf. Capítulo 2, deste trabalho.

241 237 Bernardo Franco Baís, possuía cinco propriedades rurais no município de Campo Grande com mais de hectares, dentre elas, uma denominada Embiruçu possivelmente pela proximidade com o córrego de mesmo nome (Cf. Figura 5). Figura 23 Residência da família Baís, depois transformada em Pensão Pimentel em registro fotográfico de Roberto Higa 1990 Fonte: Roberto Higa, Disponível em: Acesso em 10 out Muitos outros italianos também contribuíram para urbanização de Campo Grande, dentre eles, Camilo Boni (rua Dr. Camilo Boni) arquiteto que projetou, fiscalizou e implantou o traçado urbanístico do bairro Amambaí, o primeiro bairro de Campo Grande, em 1921 (ARRUDA, 2002). Foi responsável, juntamente com José Mamede de Aquino (rua José Mamede de Aquino), pelo plantio de árvores na avenida Afonso Pena. Projetou, ainda, entre outras obras, a Santa Casa de Campo Grande, o horto florestal, a igreja matriz de Santo Antônio (demolida na década de 1980), o prédio da Escola Joaquim Murtinho, a loja maçônica da avenida Calógeras, o colégio Dom Bosco e o projeto inicial do colégio Auxiliadora (ARRUDA, 2002, p.10). Em 1909 um grupo de 75 imigrantes, a maioria da ilha de Okinawa (rua Okinawa), trabalhadores nas plantações de café em São Paulo, vieram, ao então estado de Mato Grosso, para trabalhar na construção da ferrovia NOB.

242 238 Entre 1914 e 1915 muitos japoneses se fixaram em Campo Grande (ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA E CULTURAL NIPOBRASILEIRA, 2005). "Gerações de nisseis escolheram profissões liberais como a medicina, odontologia, engenharia, política, entre outras, dando continuidade ao crescimento econômico e cultural de Campo Grande" (GARCIA, 2013, p.94) rua Arquiteto Claudio Yoshimitsu Higa, rua Jorge Tatsu Miashiro, rua Kojum Yamaki e rua Mitsuo Daima. Campo Grande revela, em pouco mais de um século de existência, uma cultura em formação produto da somatória de influência indígena e dos diversos fluxos migratórios internos e externos Corotoponímia Dick (1982, p. 83) entende topônimo transplantado como o "designativo geográfico que existe como tal em um determinado espaço e que passa a integrar a nomenclatura de outra região qualquer, trazido pelo povo que emigrou, ou influenciado por mero mimetismo". A toponomista destaca, ainda, que não apenas no Brasil, mas em qualquer país de imigração, a implantação do topônimo ocorre acompanhando as levas migratórias, indicativo de "saudade" da terra natal, ou separadamente do elemento humano, impelido, apenas pelo prestígio (DICK, 1982, p.95). Na microtoponímia da região em estudo acredita-se ter ocorrido ambos os processos de implementação do topônimo. O mais recorrente, o impelido apenas pelo prestígio, foi constatado principalmente nos parcelamentos Santa Mônica (localidades da Califórnia, Estados Unidos rua Monterey, rua Tulare); jardim Imá (capitais brasileiras rua Aracaju, rua Belo Horizonte), vila Palmira (nomes de municípios do estado de Mato Grosso do Sul rua Miranda, rua Ponta Porã). Já no parcelamento vila Espanhola (1964), além de corotopônimos (rua Madrid, rua Valência etc.), observam-se outros traços da cultura espanhola

243 239 hagiotopônimo, rua San Izidro 49 ; nomes próprios individuais de origem espanhola (rua Valdez, rua Dolores) e nomes de família dos proprietários, Suárez Saavedra, herdeiros de Isidro Suárez Menéndez (Figura 24). Neste caso, os topônimos foram trazidos pelo povo que emigrou do país europeu e denotam indicativo de saudosismo da terra natal. Figura 24 Planta do projeto de aprovação do parcelamento vila Espanhola, bairro Sobrinho Fonte: Mapoteca da SEMADUR (1964), recorte da autora. Os corotopônimos representam 17,50% do total de designativos de logradouros analisados neste estudo, destes, 30% são de base linguística indígena (rua Macaé 50, rua Taubaté 51 ). Foi recorrente no corpus da pesquisa a presença de designativos de base linguística indígena que poderiam ser classificados como corotopônimos, 49 Santo espanhol canonizado em 1622 pelo Papa Paulo V, San Izidro ou Santo Isidoro é padroeiro dos homens do campo, lavradores, agricultores (11 de maio). (Artigos Márcio Antônio Reiser O.F.S, 2010) 50 Do tupi, "Macahé, corr. macá-é, a macaba que é doce, a macaba saborosa, o fructo agradavel da palmeira, bacaba, macaba ou bocayuva, Rio de Janeiro, V. macaba" (SAMPAIO, 1901, p. 138). 51 Do tupi, "Taubaté, corr. taba-etê, alt. táua-etê, vila, povoação considerável; S. Paulo" (SAMPAIO, 1901, p. 153).

244 240 tomando-se por base a referência a outro designativo geográfico ou em uma taxe de outra natureza (DICK, 1990b), se o critério escolhido fosse a motivação semântica baseada no estrato linguístico da palavra. O designativo Angatuba, por exemplo, poderia ser classificado como corotopônimo (referência ao município do interior do estado de São Paulo) ou fitotopônimo ("fruto do ingazeiro encontrado em abundância") (Figura 25). Nesses casos, procurou-se identificar a existência de uma possível área toponímica que justificasse a classificação predominância de designativos que remetessem à flora, por exemplo, ou ocorrência de termos transplantados (Figura 26). Nesse caso, como não foi possível o levantamento de informações extralinguísticas que justificassem a classificação, o critério elegido foi, por conseguinte, a base linguística do termo em análise. Figura 25 Possível motivação toponímica do designativo Angatuba Fitotopônimo Do tupi, "inga-tyba, fruto do ingazeiro encontrado em abundância" (TIBIRIÇÁ, 1984, p.59) rua Angatuba vila Zé Pereira Corotopônimo Referência ao município do interior do estado de São Paulo (GeoNames, 2016). Fonte: Elaborado pela autora.

245 241 Figura 26 Consulta da localização da rua Angatuba no SIMGEO (2015) Fonte: SIMGEO (2015). Acesso em 20 set Já os topônimos Carancho e Mutum, designativos de ruas localizadas no parcelamento Recanto dos Pássaros que se registra grande ocorrência de designativos que remetem à fauna, mais especificamente a espécies de pássaros, foram classificados como zootopônimos, embora houvesse a possibilidade de classificação como corotopônimos, uma vez que são também exemplos de nomes transplantados. Pela predominância de designativos transplantados, como Monte Aprazível, Texas, Reino Unido, Atenas, Roda Velha etc. no parcelamento Secco Thomé, nomes de estrato indígena (rua Ubá, rua Taubaté e rua Criciúma) também foram classificados como corotopônimos não obstante, a base linguística possibilitasse outra classificação. Apreende-se, portanto, a importância do levantamento de dados extralinguísticos vinculados a outras áreas do conhecimento humano que forneçam subsídios para configurações teóricas da Toponímia Numerotoponímia Os numerotopônimos correspondem aos nomes relativos aos adjetivos numerais de maneira geral (DICK, 1990b). Houve uma ocorrência significativa

246 242 desta taxe nos bairros Nova Campo Grande e Núcleo Industrial, 14,4% do total de topônimos analisados, ou seja, nome de 119 logradouros, mais especificamente de ruas, avenidas, de ruas principais, de ruas secundárias, de avenidas principais e de travessa, como, por exemplo, travessa 21 de Março, avenida 3, rua 37, rua principal 5, avenida principal 6, rua secundária 14. Na toponímia urbana, os numerotopônimos funcionam como nomes no momento do parcelamento de uma nova área, geralmente motivados pela rápida expansão dos centros urbanos e que, posteriormente, são modificados por um topônimo de outra natureza. Essa prática também foi constatada na cidade de Três Lagoas/MS, onde, além de numerotopônimos, registrou-se alta ocorrência de letratopônimos, respectivamente, 15,8% e 11,7% das taxes toponímicas identificadas na toponímia daquela cidade. A taxe letratopônimos foi proposta por Bittencourt (2015, p.171), autora da pesquisa da toponímia urbana dessa cidade sul-mato-grossense. Numerotopônimos e letratopônimos são bons exemplos de designação superposta (DICK, 2007, p. 142), pois em nada refletem o convívio comunitário, são esvaziadas de sentido em relação ao grupo, não passando, pois, de uma denominação artificial (Cf. Capítulo 2) Fitotoponímia Uma tendência que singulariza a toponímia de alguns parcelamentos é a presença significativa de fitotopônimos (77 ocorrências). Supõe-se que essa tendência tenha sido motivada por razões mercadológicas como o já constatado na escolha de formantes que remetam à combinação entre cidade e campo nos termos genéricos compostos de alguns dos parcelamentos como vila jardim Beija-flor, parque residencial dos Bancários. Todavia, pode decorrer da influência tanto das características naturais marcantes da flora sul-matogrossense quanto de uma característica da cidade de Campo Grande que abriga grandes áreas verdes que, por sua vez, se refletem na qualidade de vida da população.

247 243 Em três parcelamentos da microtoponímia em análise, averigou-se a significativa produtividade de topônimos que remetem a gêneros floríferos: rua Alium, rua Lisianto, rua Betonica, rua Estaticia, rua Amarilis, rua Cravina (residencial Nelson Trad, 2012); rua das Flores, rua das Acácias, rua dos Cravos, rua das Papoulas, rua dos Alecrins, rua dos Lírios (jardim Petrópolis, 1961); rua dos Jacintos, rua dos Ciclames, rua dos Narcisos, avenida dos Crisântemos, rua dos Gladiolus (Lar do Trabalhador, 1968). O parcelamento Coophatrabalho (1978) reúne a maior incidência de referenciais toponímicos ligados à flora, algumas típicas do cerrado brasileiro (rua Murici, rua Pequi, rua Andiroba, rua Cumbaru, rua Bacuri), o que mostra a influência do meio ambiente físico no processo denominativo. Pode-se verificar, ainda, a grande produtividade de estratos linguísticos indígenas inscritos na fitotoponímia estudada (44%) rua Peroba 52, rua dos Tamburis 53, rua Guanandy 54, o que pode ser explicado tanto pela presença das áreas indígenas no Estado de Mato Grosso do Sul, quanto pela própria tendência da toponímia brasileira em geral que recebeu grande contribuição do tupi, língua geral indígena (DICK 1990b). 5.5 Identificação de áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS No decorrer da análise, verificou-se a produtividade de topônimos ligados a um determinado referencial que pode sugerir o estabelecimento de áreas toponímicas na área investigada. Quando os topônimos de uma microtoponímia são delimitados por características bem marcadas e constatase a manutenção de uma lógica denominativa, tem-se uma área toponímica sistemática e sistêmica (ISQUERDO; SEABRA, 2010). 52 Do tupi, "Peroba, v. yperoba" (TIBRIÇA, 1984, p. 156). "Yperoba, peroba, madeira de lei ótima para construção" (TIBRIÇA, 1984, p. 195). 53 Do tupi, "tamburil, corr. tamburî ou tambuí, arvore de que o gentio fazia canôas" (SAMPAIO, 1901, p. 152). 54 Do tupi, Guanandi, corr. guá-nhandi, o que é crudento; alusão ao líquido glutinoso e visguento, de um amarelo fino, que tem a árvore deste nome [...]. Alt. Guananlim, Oanandy, Olandy, Urandy, Landy, Landim (SAMPAIO, 1987, p. 207 apud Banco de dados ATEMS, 2016, acesso restrito)

248 244 No parcelamento Coophatrabalho, localizado no bairro Santo Amaro, por exemplo, constatou-se a adoção da temática da flora na nomeação dos logradouros rua Sacumbu, rua Angelim, rua Imbúia, rua Cumbaru, rua Mangabeira etc. (Figura 27). Figura 27 Área toponímica do parcelamento Coophatrabalho, bairro Santo Amaro temática flora Fonte: SIMGEO (2015). Acesso em 20 set Zamariano (2002, p. 94) esclarece que Em uma pesquisa sobre a toponímia de uma determinada região, os dados toponímicos tabulados podem ser exibidos tanto em forma de mapas e cartas quanto em forma de gráficos. A diversidade de temas trabalhados num atlas, seja em visão estática, de caráter dinâmico, seja em raciocínio analítico, pode recorrer aos métodos de representação oferecidos pela Cartografia temática. Com vistas a exibir os dados toponímicos tabulados, em especial as áreas toponímicas identificadas na região do Imbirussu, os topônimos foram inseridos na ontologia 55 (figura 28) concomitantemente à análise dos dados, já que à medida que os topônimos foram classificados conforme o modelo 55 "A ontologia é uma organização semântica da área objeto, semelhante ao que se entende por árvore de domínio, a diferença é que os conceitos/termos estão ali armazenados. Organiza-se uma estrutura constituída de campos nocionais, de forma que essa estrutura reflita os conceitos da área-objeto bem como as relações entre eles" (ALMEIDA; ALUÍSIO; OLIVEIRA, 2007, p. 410).

249 245 proposto por Dick (1990b) é que se pode ter uma visão das tendências temáticas e, consequentemente, das possiveis áreas toponímicas. A Figura 28 ilustra as tendências temáticas da região urbana do Imbirussu, identificadas por bairro e seus respectivos parcelamentos, que sugerem a formação de áreas toponímicas (Quadro 18).

250 246 Figura 28 Tendências temáticas da região urbana do Imbirussu, Campo Grande/MS Fonte: Elaborado pela autora.

251 247 Quadro 18 Áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Áreas toponímicas Antropotonímia Designativos nacionais transplantados Designativos internacionais transplantados Flora Fauna Bairro Parcelamento Tendência Popular Nova Campo Grande Panamá Panamá Santo Amaro Santo Amaro Santo Amaro Sobrinho Santo Antônio Popular Santo Amaro Nova Campo Grande Santo Antônio Santo Amaro Sobrinho Panamá Núcleo Industrial Itália Carioca Zé Pereira Búzios Sírio Libanês Almeida Palmira Coophermat Jardim Imá Santa Mônica Palmira Nelson Trad Petrópolis Coophatrabalho Lar do Trabalhador Recanto do Pássaros Manoel Secco Thomé Antropotonímia italiana (rua Gabriel Bertoni, rua José Domingos Bissoli) Personalidades do entretenimento nacional cantores, atores e escritores (rua Raul Seixas, rua Henfil, rua Dina Sfat, rua Elis Regina) Homenagem a cidadãos comuns (rua João da Mata, rua Seu Né) Antropotonímia sírio libanesa (rua Lili Chaia Jacob, rua Adélia Fraiha) Antropotonímia sírio libanesa (rua Angelo Budib, rua Tamer Gelelaite) Presidentes brasileiros (avenida Presidente Vargas, rua Presidente Antônio Carlos) Designativos transplantados de localidades do estado de Mato Grosso do Sul (rua Miranda, rua Ponta Porã) Designativos transplantados de praias brasileiras (rua Ipanema, rua Icaraí) Designativos transplantados de capitais brasileiras (rua Aracaju, rua Belo Horizonte) Designativos transplantados de localidades da Califórnia, EUA (rua Monterey, rua Tulare) Designativos transplantados de localidades bíblicas (rua Palestina, rua Jerusalém) Espécies floríferas (rua Alium, rua Lisianto) Espécies floríferas (rua das Tulipas, rua dos Lírios) Espécies da flora (rua Pimenteira, rua Pequi) Espécies floríferas (rua dos Ciclames, avenida dos Crisântemos) Espécies de pássaros (rua Colheiro, rua Gralha) Espécies da fauna (rua Onça, rua Curicaca) Fonte: Elaborado pela autora. A análise dos dados apresentada neste estudo cumpriu as etapas preliminares recomendadas pela metodologia do Projeto ATEMS, à medida que elegeu a hodonímia como referencial lexemático e constatou dois principais

252 248 pontos de vista do nomeador, um mais objetivo, motivado por aspectos naturais (fauna, flora, acidentes hidrográficos, formas tipográficas etc.); e outro, mais abrangente, de natureza ideológica "homenagens políticas, devocionais ou de credos, de amizade, de respeito, de reverência filial ou familiar, enfim, de aspecto ideológico" (DICK, , p. 190) averiguações semelhantes às apontadas por Dick ( ) em seu estudo etnotoponímico comparado entre a microtoponímia urbana carioca e a paulistana. Na mesma obra (DICK, , p.190), a autora destaca a importância da conduta do pesquisador na condução de uma análise toponímica. Não basta, assim, ler as cartas geográficas, sincronicamente, é preciso saber interpretá-las, retirando do texto cartográfico as relações de causa e efeito, que são diacrônicas ou pancrônicas, ainda que a perspectiva do analista externo seja ética e não êmica. Conhecer o meio alógeno significa entender, primeiro, o seu próprio, na totalidade de suas condicionantes, a fim de que a visão etnolingüística se realize e se justifique. A fim de identificar o referencial lexemático do logradouro Toró, por exemplo, deparou-se com diferentes possibilidades: toro [Do lat. toru.] Substantivo masculino. 1. Tronco de árvore abatida, ainda com a casca. 2. O corpo do animal privado de membros. 3. Pedaço de cabo náutico para desfiar. 4. Bot. A parte central, mais grossa, da membrana de uma pontoação. 5. Arquit. Moldura circular na base das colunas. 6. Geom. Sólido gerado pela rotação de um círculo em torno de um eixo que lhe é externo e coplanar.7. Bot. P. us. Torilo. 8. Poét. Leito conjugal: o leito pouco importa / Seja de pedra ou paina, / Rota enxerga de palha ou toro de veludo (Alberto de Oliveira, Poesias, 3. a série, p. 197). 9. Ant. Mar. V. toco (7). toró 1 [Voc. onom.] Substantivo masculino. Bras. Amaz. 1. Zool. V. rato-toró. 2. Zool. V. rato-de-espinho. 3. Zool. V. sauiá. 4. Etnogr. Pequena buzina dos índios. toró 2 [Voc. onom.] Substantivo masculino. 1. Bras. N.E. V. garoa 1 (3). 2. Bras. MG RJ Chuvada violenta, repentina e, ger., curta. toró 3 [De torar.] Adjetivo de dois gêneros. 1. Bras. Diz-se de pessoa defeituosa por falta de um dedo, ou da falange de um deles. (FERREIRA, 2010). A identificação de referenciais culturais foi fundamental para fazer inferências sobre o denominador, sua produção nominativa e, consequentemente, as decorrentes relações de significação. Apurou-se, por exemplo, que o ex-prefeito de Campo Grande, Lúdio Coelho, responsável pela nomeação das ruas do parcelamento jardim Zé Pereira (1993), prestou homenagem a cidadãos comuns:

253 249 E fui pondo, nas ruas, os nomes daquele povo antigo daqui: o João da Mata, o Barbosa... O Barbosa era um capangueiro que ficou doido - o Joseti. E tinha uns matadores de gente, eu pus também. Lá tem rua com nome de todo mundo. Tinha um parente da minha mulher chamado Toró, nego bom de gatilho, botei o nome da rua Toró (BUAINAIN, 2006, p. 313). As variáveis culturais "próprias da comunidade, num determinado tempo" (DICK, 1990b, pp. 1-10), neste caso específico, foram essenciais para o posicionamento e seleção do referencial de natureza antropotoponímica alcunha Toró possivelmente em decorrência de um defeito físico (falta de um dedo, ou da falange de um deles). Outros cidadãos comuns, igualmente homenageados, foram: João da Mata, Lico Barcellos, Prudêncio Tomaz, Salvador Nagles, Seu Né, Elenir Amaral, Felipe Balbuena. A toponímia e a memória, ligadas à história, dizem muito a respeito da região em que os topônimos estão inseridos (DICK 1990a, 1996b). O resgate dessa memória faz emergir a história viva que engendrou o surgimento do topônimo; o signo toponímico, agora transparente, permite o resgate do discurso nomeante, as ideologias que o marcaram e o momento histórico da atribuição do nome. Revelam, em certos casos, fatos que extrapolam o oficial, resgatam parte da memória da população e contribuem para a valorização do sentimento de identidade, de pertencimento, figurativizada na memória individual e coletiva. Como síntese da pesquisa, apresenta-se a carta toponímica que representa a distribuição das áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS (Figura 29).

254 250 Figura 29 Áreas toponímicas da região do Imbirussu, Campo Grande/MS Fonte: Mapoteca da SEMADUR (2016), adaptado pela autora.

255 251 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tomando como referência a interrelação léxico, cultura e sociedade e visando a relacionar o topônimo a fatores históricos e socioculturais, este trabalho teve como objeto de investigação os nomes de 99 parcelamentos e 821 logradouros (ruas, avenidas, travessas e praças) da região do Imbirussu, Campo Grande, que abriga sete bairros: Sobrinho, Santo Amaro, Santo Antônio, Panamá, Popular, Nova Campo Grande e Núcleo Industrial. Para tanto, envidaram-se esforços em termos de investigação dos prováveis fatores motivacionais inerentes aos sintagmas toponímicos catalogados; distribuição quantitativa dos topônimos de acordo com a natureza toponímica (física ou antropocultural); distribuição quantitativa dos topônimos segundo a categoria taxionômica; estudo linguístico dos sintagmas toponímicos (etimologia, estrutura morfológica etc.); levantamento de fatos sócio históricos relacionados à nomeação; identificação dos estratos linguísticos (portugueses indígenas, africanos etc.) presentes na toponímia da região investigada; mudanças de nomeação dos acidentes e as causas que levaram à substituição de um nome por outro; e, por fim, estabelecimento de possíveis áreas toponímicas na área investigada. Vale a pena destacar o aspecto positivo da distribuição dos dados em quadros toponímicos inspirados, fundamentalmente, no modelo de ficha lexicográfico-toponímica, proposto por Dick (2004), o que favoreceu uma melhor visualização dos topônimos catalogados; a possibilidade de acesso aos dados georreferenciados dos logradouros da região do Imbirussu disponibilizados pela SEMADUR, o que poupou tempo na fase da coleta e conferiu maior credibilidade em termos de completude do corpus em análise; a identificação dos logradouros por geocódigo possibilitará o fácil manuseio das informações referenciadas em futuros trabalhos toponímicos, valendo-se principalmente da ampla gama de recursos tecnológicos disponíveis na atualidade.

256 252 É importante abrir um espaço aqui para o registro das dificuldades enfrentadas. Primeiramente, a escassez de fontes de dados sobre a causa denominativa dos topônimos, em especial aqueles referentes a nomes próprios e individuais, junto aos órgãos responsáveis pelo planejamento urbano e urbanização da cidade, a PLANURB, a SEMADUR, a Câmara Municipal de Campo Grande e ARCA, órgão responsável pelo armazenamento do acervo histórico da cidade. Em segundo lugar, praticamente não foi possível identificar mudanças possíveis de nomeação dos acidentes e as causas que levaram à substituição de um nome por outro. Tal fato deu-se principalmente pela escassez de atas da Câmara Municipal disponíveis para consulta e recente implementação de normas municipais para deliberar sobre a denominação e alteração de nomes de logradouros públicos Lei nº 5.291, de 08 de janeiro de E, por fim, a inexistência de uma padronização em termos de nomenclatura dos elementos genéricos dos parcelamentos no sistema urbanístico da cidade de Campo Grande, como o observado no Quadro 6, apresentado no Capítulo 4. O acervo da microtoponímia da região do Imbirussu retrata a riqueza de fatores históricos, sociais, culturais e ideológicos vigentes na sociedade da época em que os elementos geográficos foram denominados, por isso representa um registro vivo da sociedade ao longo dos anos. Nas palavras de Dick (1998, p. 103): A peculiaridade do processo denominativo é exatamente a constituição dessa cadeia gerativa de enunciação, que revela contornos particulares; um denominador isolado, construtor de uma mensagem [...] interferindo em uma coletividade receptora, que passa a ser usuária do (s) designativo(s), sem que interagisse na dinâmica do processo. A adequação da escolha, que passa pelo crivo da objetividade ou da subjetividade do nomeador, ainda que inconscientemente, será sentida ou pela reação do grupo ou pela análise posterior do linguista, em uma fase posterior, distinta do momento inicial de marcação do lugar ou do batismo da pessoa. Merecem aqui destaque, sobretudo, elementos de ordem histórico-social refletidos e preservados na toponímia investigada. A análise do corpus permitiu identificar que aspectos históricos relativos à formação e ao desenvolvimento da cidade se destacam, como, por exemplo, a construção da estrada de ferro NOB (vila Entroncamento, rua Agachi) e a presença das Forças Armadas

257 253 (avenida Duque de Caxias, rua Ricardo Franco, avenida Marechal Hermes) e da Aeronáutica (avenida Aeroclube, vila Aviação, jardim Aeroporto). Evidencia-se no processo de nomeação dos logradouros o registro de aspectos do processo de urbanização da capital: a divisão das fazendas em glebas (vila Serradinho) para formação de parcelamentos por particulares (vila Sobrinho, vila Coutinho), empresas, cooperativas habitacionais (Coophatrabalho, Coopermat, Coophaco e Coophaco II Alba), poder público (Lar do Trabalhador, residencial Nelson Trad) e urbanização de áreas invadidas que, posteriormente, foram revitalizadas (loteamento municipal Jaguaribe, antiga favela Sandália Nova, jardim Sayonara e vila Macaé). O corpus investigado mostra ainda que muitos são os referenciais que motivam a escolha de um nome, entre eles, figuras da comunidade (vila Secco Tomé, rua Vespasiano Martins, rua Dr. Camilo Boni); personalidades nacionais políticos (rua Presidente Delfim Moreira, rua Ministro José Linhares); escritores (rua Machado de Assis, rua Ulisses Serra); artistas (rua Raul Seixas, rua Elis Regina); vegetação (vila Cinamomo, rua Peroba, avenida dos Crisântemos); fauna (rua Onça, residencial Bosque das Araras); atividades econômicas (residencial dos Bancários, rua Copagaz, rua do Senai, rua Milton Insuela Pereria 56 ) e religião (rua San Izidro, rua Santo Amaro, bairro Santo Antônio). Independente da motivação denominativa, além de exercer a função de signo toponímico, o nome revela muito da cultura, dos valores e da visão de mundo dos que residem em determinado espaço. Os dados do corpus estudado indicam que as ocorrências de natureza antropocultural (75%) predominam sobre as de natureza física, uma característica da toponímia de cidades em geral. Outra tendência de nomeação está relacionada à consagração da história individual dos loteadores ou dos donos das terras e homenagens a 56 Milton Insuela Pereira foi o fundador da Refrigerantes do Oeste S/A, a primeira fabricante da Coca-Cola no Estado (

258 254 seus parentes por meio dos antropotopônimos (residencial Bellinate, ruas Jamil Nahas, Jorge Nahas, Zakia Nahas Siufi, parcelamento Lar do Trabalhador). É possível averiguar marcas dos processos migratórios e influências étnicas ao longo dos 117 anos de colonização e miscigenação cultural japonesa (rua Tokio, rua Okinawa, rua Yokoama); portuguesa (rua Antônio Secco Thomé, rua Madera); italiana (rua Lido, travessa Padial); espanhola (vila Espanhola, rua Madrid, rua Dolores); sírio-libanesa (residencial Sírio Libanês, rua Fuad Gelelaite). Frente à infinidade de variáveis culturais vivenciadas no contexto das grandes cidades, constantes avanços dos tempos modernos e influência cultural de outras partes do mundo, a cosmovisão que anima o denominador "só pode ser apreendida, na totalidade, através de estudos mais aprofundados de seu contexto histórico-social e psicológico" (DICK, 1987, p. 98). No caso deste trabalho, observa-se a busca pela construção de uma identidade regional, por meio da toponímia. Os topônimos são, portanto, hábeis instrumentos de pesquisa, pois são ponto de partida para investigações que se inscrevem nos campos da Linguística, da Geografia, da Antropologia, da Psicossociologia, enfim, da cultural em geral; permitem, também, compreender aspectos da mente do denominador além de um elemento isolado, mas como projeção de um grupo social (DICK, 1987). Por fim, crê-se ter atingido os objetivos propostos. O estudo foi relevante, pois recuperou, principalmente, o universo do cidadão comum, o trabalhador assalariado dos aglomerados urbanos, por meio do resgate de identidades e de histórias individuais que colaboraram para a formação multicultural da cidade de Campo Grande, além de contribuir para as pesquisas do Atlas Toponímico de Mato Grosso do Sul, a que está vinculado. Contudo, as considerações aqui apresentadas certamente não se esgotam neste trabalho, pois podem ser aprofundadas e ampliadas em investigações futuras, uma vez que a nomeação do espaço público reflete o

259 255 que de mais autêntico há numa dada região, nela a sociedade deposita valores, crenças, ideais, enfim, uma identidade fonte de informação imprescindível, quando o que se pretende é caracterizar, histórica, geográfica ou sociologicamente uma comunidade. A toponímia transcende sua função primeira de identificar uma rua ou um espaço. Os nomes dos lugares sugerem narrativas do povoamento, da migração, da posse, tanto em histórias pessoais quanto nas narrativas "oficiais" da localidade, relacionam o vínculo afetivo e intimidade do denominador comum com a racionalidade dos nomes estandardizados atribuídos pelo poder público, são, pois, potencialmente poéticos e políticos. E para a autora em especial, permitiu redescobrir espaços e lugares com que estabeleceu uma ligação íntima e emocional, uma revisita às memórias de infância os passeios de bicicleta pelas vilas, o trajeto da escola até o trabalho da mãe, as visitas às tias e principalmente à casa dos avós, "logo ali virando a esquina de casa, a Caiuás com a Acre".

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271 267 Parcelamentos do bairro Núcleo Industrial Fonte: Ferreira (2015, p.09)

272 268 Parcelamentos do bairro Panamá Fonte: Ferreira (2014b, p.09)

273 269 Parcelamentos do bairro Popular Fonte: Ferreira (2014c, p.09)

274 270 Parcelamentos do bairro Santo Amaro Fonte: Ferreira (2014d, p.09)

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