Aula 00 - Direito Penal para o TCMSP - Teoria e exercícios. - Professor: Rafael Augusto

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1 Aula 00 - Direito Penal para o TCMSP -. - Professor:

2 AULA 00: Crime. Sumário 1.Apresentação A Banca Metodologia das aulas Observações finais Conteúdo programático Crime Página 2 de 38

3 1. Apresentação: Olá futuros servidores públicos! Nesta aula demonstrativa me permitirei falar um pouco sobre mim, de forma objetiva e sem delongas, uma apresentação necessária para termos um maior alinhamento e podermos desenvolver este trabalho juntos rumo à aprovação. Sou o professor, servidor público do Distrito Federal há 15 anos, atualmente, Auditor Fiscal de Trânsito. Formado em Letras pela Universidade de Brasília (2003) e Direito pela Unieuro (2011), pós-graduado em Gestão Processual pela Faculdade Fortium. Eterno estudante, pesquisador, concurseiro, sou ávido pelo conhecimento. Tenho uma relação umbilical com concursos públicos, sei bem como é essa árdua batalha diária, de inúmeros sacrifícios, renúncias, dores, desesperanças. Conheço o que é contar o dia por, me perdoem o termo, horas bunda de estudos! Sem dor, sem ganho! Minha marca, a perseverança e a fé! Sei o que é o êxito, a bonança depois da tempestade! Nesse caminhar fui aprovado em alguns concursos, dentre eles, Departamento Metropolitano de Transportes Urbanos do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Caixa Econômica Federal, Secretaria de Estado de Saúde, Tribunal Superior do Trabalho, Departamento de Trânsito do Distrito Federal e Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Tenho como foco as disciplinas de Direito Penal e Processo Penal. Vamos caminhar juntos rumo à aprovação, e mais do que isso, em direção à materialização de sonhos! Lute, persevere! FORÇA, FOCO E FÉ! Professor....tudo posso naquele que me fortalece Filipenses Página 3 de 38

4 2. A Banca: O preliminar estudo da banca examinadora é fator imprescindível para o sucesso do candidato! Os especialistas em preparação para concursos são unânimes em afirmar que as melhores estratégias para conquistar a aprovação incluem o conhecimento dos critérios e metodologias da banca responsável pela organização do certame, visto que muitas das bancas organizadoras mais importantes são vinculadas a instituições de ensino que contam com quadros permanentes de professores responsáveis pela abordagem do conteúdo e elaboração das questões propostas nas provas. Conhecer o perfil de cada banca é indispensável! O certame para o cargo de Agente de Fiscalização ESPECIALIDADE: Ciências Jurídicas,, de Nível Superior, para compor o quadro administrativo do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, ficou a cargo da FGV. A FGV é uma das bancas mais importantes e respeitadas do país e ganhou destaque ao longo dos anos por promover grandes concursos públicos da esfera estadual como a Defensoria Pública do Distrito Federal, Assembleia Legislativa do Estado da Bahia ALBA, Sefaz-RJ e alguns da esfera federal entre eles o exame de Ordem da OAB e o último concurso do Senado federal. É conhecida por não ter um modelo padrão de complexidade, ou seja, as provas da banca são imprevisíveis e mudam totalmente de uma prova para outra. Em geral as questões da FGV são de múltipla escolha, com cinco alternativas possíveis e uma correta. Os enunciados costumam ser longos e exigem atenção por parte do candidato que pode ficar facilmente cansado com esse estilo de prova. Nos enunciados encontramos textos bem trabalhados e com vocabulário repleto de linguagem metafórica. Página 4 de 38

5 1.1. Metodologia das aulas. a) Nosso curso será composto por aulas expositivas, descritivas e com aproximadamente 40 páginas por aula, as quais poderão variar em quantidade, dependendo do assunto tratado e da abordagem oferecida. Todas as aulas terão uma abordagem inicial teórica conceitual exemplificada e com seu conhecimento aplicado descrito no decorrer da resolução dos exercícios, demonstrando assim o formato como a matéria tratada é cobrada nas provas, por esse processo o candidato desenvolve o raciocínio necessário para a resolução das questões. b) Diferentes níveis de conhecimento serão tratados nas aulas, desde o básico até o avançado, de tal sorte que o aluno iniciante tenha conhecimento e contato inicial com os tópicos tratados, bem como o aluno que já o conhece possa aprofundar seu conhecimento aplicável à resolução de questões. A aplicação dos exercícios poderá variar de aula pra aula, de acordo com o fechamento ou não do assunto tratado. c) Para efeito didático, facilitando a transmissão do conteúdo, serão utilizados gráficos, tabelas e recursos mnemônicos aplicáveis ao assunto de modo que os alunos possam realmente entender o que está sendo apresentado. Página 5 de 38

6 1.2. Observações finais. Algumas informações finais são pertinentes agora: a) As aulas textuais se caracterizam pela a informalidade, praticidade, eficácia. A linguagem será rebuscada apenas nos momentos em que autores forem citados. A comedida descontração irá fazer parte delas para que tenhamos o maior nível de integração possível entre nós, lembrem-se que a única coisa que mudou aqui foi a interface entre professor e alunos e se os senhores quisessem livros cheios de formalidade e teorias aplicáveis ao Direito, comprariam em livrarias, então vamos abusar desta nossa interface e da comunicação no Fórum. b) Aconselho que planejem seus estudos e cumpram os seus horários de forma adequada, leio bons livros, filtrem informações, fiquem atentos às novidades. c) Sejam perseverantes e disciplinados e tenham ritmo e continuidade nos estudos. Afinal, deve-se fazer prova até passar, não para passar! Página 6 de 38

7 2. Conteúdo programático e planejamento das aulas (Cronograma). O Conteúdo programático está distribuído de forma que os alunos, mesmo que nunca tenham tido contato com o assunto, possam compreender o contexto da disciplina e também a forma com que ela se encaixa dentro das instituições e que pode ser cobrada na prova, com base no Edital em vigor, caso tenha saído, ou em edital anterior do mesmo certame. Cada aula tem características peculiares, um conteúdo diverso, mas tudo dentro de um limite imposto pelo programa da banca, nada além, nada aquém, pois a objetividade faz parte deste modelo de aulas. Aula Conteúdo a ser trabalhado Aula Demonstrativa 19/06/2015 Crime Aula 1 26/06/2015 Aula 2 03/07/2015 Imputabilidade penal Crimes em espécie: crimes contra a Administração Pública, crimes contra a fé pública, crimes contra o patrimônio, crimes contra as finanças públicas, crimes de responsabilidade dos vereadores e do prefeito. Vamos caminhar juntos rumo à aprovação, e mais do que isso, em direção à materialização de sonhos! Lute, persevere! FORÇA, FOCO E FÉ! Professor. Página 7 de 38

8 3. Crime: O ponto de partida para os aprendizes do direito penal é justamente, diante de um fato concreto, identificar se ali está presente ou não um fato criminoso. Para o operador do direito, essa identificação flui de maneira natural, às vezes até de forma pouco técnica. Vamos encontrar profissionais que sabem que determinado fato não se constitui crime, porém não sabem explicar o porquê de sua conclusão. Sendo assim para o profissional de carreira jurídica, imagine como deve ser para o aluno que ainda dá os primeiros passos no estudo do crime. Este sente-se muitas vezes perdido diante de tanta teoria, chegando até acreditar que elas para nada servem na prática. Mas cabe lembrar que as teorias são os pilares do direito penal, logo, para definir se um fato é criminoso ou não, existe uma, a teoria maior do direito penal: a teoria do crime. Tal teoria, dentro da corrente majoritária na doutrina pátria diz que crime é um fato típico, ilícito e culpável. Apenas e simplesmente isso. Observa-se que a doutrina dá três conceitos de crime: material, formal e analítico, onde o primeiro refere-se ao conceito social, pois a sociedade tende a caracterizar como crime algo que considera grave; conceito este por óbvio profano ao Direito, mas norteia o Poder Legislativo para que este, após utilizar os princípios como filtros ou limites, legisle, com fundamento e à luz do princípio da reserva legal com todos os seus desdobramentos, nascendo, portanto o conceito formal de crime. O conceito formal de crime fragmentado em elementos origina o conceito analítico, oriundo da ciência do Direito Penal, cujo aspecto científico é notório. A doutrina divide-se quanto à conceituação analítica de crime, admitindo-se cinco posições a respeito: Página 8 de 38

9 crime é fato típico e antijurídico, onde a culpabilidade é mero pressuposto de aplicação da pena, a chamada Teoria Bipartida do Delito. adeptos: Damásio E. De Jesus, Julio F. Mirabete, Rene Ariel Dotti, Celso Delmanto, Flavio Augusto Monteiro de Barros, dentre outros crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível.teoria Quadripartida do delito. adeptos:hassemer, Munõs Conde na Espanha, Giorgio Marinucci, Emilio Dolcini, Battaglini na Itália e o falecido Basileu Garcia no Brasil crime é fato típico e culpável, onde a antijuridicidade está inserida no fato típico. Teoria dos Elementos Negativos do Tipo. defendida por Miguel Reale Jr crime é fato típico, antijurídico e punível, onde a culpabilidade é mero pressuposto de aplicação da pena, a chamada Teoria Constitucionalista do Delito. Luiz Flávio Gomes crime é fato típico, antijurídico e culpável, Teoria Tripartida do Delito. pode ser analisada sob duas óticas: a) a ótica da Teoria Causalista ou Clássica (Nélson Hungria, Magalhães Noronha, dentre outros); b) ou sob a ótica da Teoria Finalista de Hans Welzel. Página 9 de 38

10 formal: material: analítico : Direito Penal - Aula 00 Vale ressaltar que o conceito de infração penal varia conforme o enfoque: infração penal é aquilo que assim está rotulado em uma norma penal incriminadora, sob ameaça de pena. infração penal é o comportamento humano causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado, leva em consideração os elementos estruturais que compõem infração penal, prevalecendo fato típico, ilícito e culpável. passível de sanção penal Antecedentes da Teoria Do Crime: Historicamente, podemos dividir o conceito de delito em cinco construções: 1. Conceito Clássico de Delito (Teoria Causalista e Positivismo Jurídico): Verificamos que Cezar Roberto Bittencourt, Von Liszt e Beling elaboraram o conceito clássico de delito, o qual poderia ser representado como um movimento corporal, produzindo Página 10 de 38

11 uma modificação no mundo exterior (ação X resultado). Tal conceito de ação seria naturalístico, ou seja, neutro ou desprovido de valoração subjetiva, onde a ligação entre ação e resultado se daria com o nexo de causalidade; preferimos a substituição terminológica de ação para conduta, pois esta abrangeria tanto a ação quanto a omissão (própria e imprópria), portanto, teríamos a fórmula: conduta à resultado = nexo causal. Nesta ideia inicial, dividiamse claramente os aspectos objetivos (fato típico ou tipicidade e antijuridicidade) do aspecto subjetivo (culpabilidade), criticada posteriormente por Hans Welzel. Este conceito clássico de delito estava desprovido de verificações de ordem filosófica, sociológica ou psicológica, pois é oriundo do positivismo jurídico. 2. Conceito Neoclássico de Delito (Neokantismo): No que diz respeito a este conceito, Immanuel Kant faz na valoração kantista uma junção do racionalismo com o empirismo, ou seja, parte da premissa de que o conhecimento se apresenta por razões racionais (racionalismo de Berkeley), onde todo conhecimento do homem nasce de sua consciência assim como deriva-se de aspectos sensoriais (Hume), mesclando assim duas correntes filosóficas aparentemente antagônicas; portanto, translúcido o aspecto valorativo kantiano, estendendo o mesmo pela moral e demais valores éticos. 3.Conceito Finalista de Delito (Teoria Finalista): Temos que após o Nazismo período fundamentado na Escola de Kiel, onde prevalecia o Direito do Autor e influenciada pelo horror do holocausto, surge a Teoria Finalista de Hans Welzel, admitindo que o Direito Penal deva fixar limites ao Legislador, não deixando a este o livre arbítrio, e sim o respeito a duas Estruturas Lógicas Objetivas: a) toda conduta é finalista, exige-se finalidade ao se realizar qualquer conduta comissiva ou omissiva; b) o homem é Página 11 de 38

12 dotado de autodeterminação livre e culpável tendo por fundamento da pena a culpabilidade.a Teoria Finalista ocasionou algumas alterações: a) dolo e culpa (finalidade ou vontade) passa a integrar o fato típico (conduta) e não mais a culpabilidade; b) o tipo penal tem uma parte objetiva e subjetiva, onde o causalismo dividia o delito nestas duas partes e não o fato típico; c) a culpabilidade é puramente normativa,juízo de reprovação sem requisitos subjetivos. Pós-Finalistas: 4. Conceito Funcionalista de Delito (Funcionalismo Sistêmico e Imputação Objetiva). Neste conceito, identificamos que na Alemanha, em meados de década de 70 iniciou uma corrente doutrinária com o intuito de revolucionar o Direito Penal. Pretendia-se abandonar o tecnicismo jurídico no enfoque da adequação típica, possibilitando ao tipo penal desempenhar sua efetiva função de mantenedor da paz social e aplicador da política criminal. Essa é a razão do nome desse sistema: funcional. O Direito Penal Funcionalista alemão questiona o conceito de conduta criado primeiramente pelo causalismo e na sequência histórica, pelo neokantismo e finalismo, pois como o Direito Penal tem por objetivo ser um regulador da sociedade, necessário se faz uma delimitação nas expectativas da norma. Ao buscar tal limitação, o finalismo passa a considerar o delito com uma dimensão a mais, qual seja, a normatividade. 5.Conceito Conglobante de Delito (Teoria da Tipicidade Conglobante): Por fim, vemos que no início da década de 90, Eugênio Raúl Zaffaroni desenvolve o Funcionalismo Reducionista, onde toda a evolução de Claus Roxin é somada a um novo requisito à tipicidade, qual seja, o resultado jurídico, que deverá ser valorado, bem como Página 12 de 38

13 verificada a possibilidade de imputação objetiva do resultado. Desse modo, ficam excluídas da tipicidade material, as condutas causadoras de resultado jurídico insignificante. Eugênio Raúl Zaffaroni e José Enrique Pierangeli salientam que o conceito unitário de delito está ultrapassado por ser demasiadamente formal. Negam-se aspectos de diversos planos analíticos, não se admite valoração, necessitando, portanto, que estratifique-se o conceito de crime, proporcionando diferentes planos analíticos. Significa, pois, que a tipicidade penal deverá englobar, não apenas a tipicidade formal, mas esta, depois de corrigida pela tipicidade conglobante, de modo que esta última atuará como esclarecedora do alcance do tipo penal, podendo ocorrer de o fato, apesar de formalmente típico, quando considerado de maneira conglobante terá excluída a tipicidade. Página 13 de 38

14 2.2. Sistemas: Predominam dois sistemas: o formal e o material. CRIME Conceito Material : Conceito Formal : É a ação ou omissão, imputável a pessoa, lesiva ou perigosa a interesse penalmente protegido, constituída de determinados elementos e eventualmente integrada por certas condições ou acompanhada de determinadas circunstâncias previstas em lei. Nada mais é que a violação de um bem penalmente protegido. É um fato típico e antijurídico. A culpabilidade constitui pressuposto da pena. Página 14 de 38

15 Critério Material: Podemos verificar que de acordo com esse critério, crime é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos penalmente tutelados. Essa fórmula leva em conta a relevância do mal produzido aos interesses e valores selecionados pelo legislador como merecedores da tutela penal. Crime: é a conduta considerada pelo legislador como contrária a uma norma de cultura reconhecida pelo Estado e lesiva de bens juridicamente protegidos, procedente de um homem imputável que manifesta com sua agressão periculosidade social. Destina-se a orientar a formulação de políticas criminais, funcionando como vetor ao legislador, incumbindo-lhe a tipificação como infrações penais exclusivamente das condutas que causarem danos ou ao menos colocarem em perigo bens jurídicos penalmente relevantes, assim reconhecidos pelo ordenamento jurídico. Página 15 de 38

16 Critério analítico: Averiguamos que esse critério, também chamado de formal ou dogmático, se funda nos elementos que compõem a estrutura do crime. Este composto por quatro elementos: fato típico, ilicitude, culpabilidade e punibilidade. Essa posição quadripartida é claramente minoritária e deve ser afastada, pois a punibilidade não é elemento do crime, mas consequência da sua prática. Não é porque se operou a prescrição de determinado crime, por exemplo, que ele desapareceu do mundo fático. Portanto, o crime existe independentemente da punibilidade. Outros autores adotam uma posição tripartida, pela qual seriam elementos do crime: fato típico, ilicitude e culpabilidade. Podemos destacar: Nélson Hungria, Aníbal Bruno, E. Magalhães Noronha, Francisco de Assis Toledo, Cezar Roberto Bitencourt e Luiz Regis Prado. ilícito fato típico culpável Crime Página 16 de 38

17 Ao definir as espécies de infração penal a legislação brasileira apresentou um sistema bipartido. Ou seja, existem apenas duas espécies: contravenção crime delito As duas espécies são: o crime, considerado o mesmo que delito, e a contravenção. Entretanto, apesar de existirem duas espécies, os conceitos são bem parecidos, diferenciando-se apenas na gravidade da conduta e no tipo (natureza) da sanção ou pena. Com relação à gravidade da conduta, os crimes e delitos se distinguem por serem infrações mais graves, enquanto que a contravenção refere-se às infrações menos graves, sendo, inclusive, chamadas pelo Direito italiano de delito anão. Referente ao tipo da sanção, a diferença tem origem no Art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal (Decreto-Lei 3.914/41). Página 17 de 38

18 Art. 1º - Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;......contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, penas de prisão simples ou de multa, ou ambas. Alternativa ou cumulativamente. Por serem os crimes condutas mais graves, então eles são repelidos através da imposição de penas mais graves (reclusão ou detenção e/ou multa). As contravenções, por serem condutas menos graves, são sancionadas com penas menos graves (prisão simples e/ou multa). A escolha se determinada infração penal será crime/delito ou contravenção é puramente política, da mesma forma que o critério de escolha dos bens que devem ser protegidos pelo Direito Penal. Além disso, o que hoje é considerado crime pode vir, no futuro, a ser considerada infração e vice-versa. O exemplo disso aconteceu com a conduta de portar uma arma ilegalmente. Até 1997, tal conduta caracterizava uma mera contravenção, porém, com o advento da Lei 9.437/97, esta infração passou a ser considerada crime/delito. Página 18 de 38

19 Fato Típico: Sabemos que, no estudo analítico de crime, o fato típico é iniciado por uma conduta humana que é produtora de um resultado naturalístico, aqui há um elo que liga a conduta do agente ao resultado (nexo causal), e por fim, que esta conduta se enquadra perfeitamente ao modelo abstrato de lei penal (tipicidade). Portanto o fato típico é composto de: conduta, resultado, nexo causal, e tipicidade. Fato típico: é o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca um resultado (em regra) e é previsto na lei penal como infração. São elementos do fato típico: Conduta humana: dolosa ou culposa. Resultado: salvo nos crimes de mera conduta. fato típico Nexo causal: salvo nos crimes de mera conduta e formais. Enquadramento do fato material a uma norma penal. Página 19 de 38

20 Antijuridicidade: Antijuridicidade: É a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico. Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei). É necessário também que seja antijurídico, ou seja, contrário à lei penal, que viole bens jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico Culpabilidade: Culpabilidade: É a reprovação da ordem jurídica, em face de estar ligado o homem ao fato típico e antijurídico. Página 20 de 38

21 Não se trata de requisito de crime, funciona como condição de imposição da pena. A culpabilidade é a reprovabilidade pessoal pela realização de uma ação ou omissão típica e ilícita. Assim, não há culpabilidade sem tipicidade e ilicitude, embora possa existir ação típica e ilícita inculpável. Devem ser levados em consideração, além de todos os elementos objetivos e subjetivos da conduta típica e ilícita realizada, também, suas circunstâncias e aspectos relativos à autoria Punibilidade: Punibilidade: A punibilidade, então, é consequência do crime. Diz -se punível a conduta que pode receber pena. É uma consequência jurídica do crime e não seu elemento constitutivo. Nada mais é que a aplicabilidade da função. Se a punibilidade fosse requisito do crime, extinta, resultaria a insubsistência do próprio crime, o que não ocorre. A extinção da punibilidade é a perda do direito do Estado de punir o agente autor de fato típico e ilícito, ou seja, é a perda do direito de impor sanção penal. As causas de extinção da punibilidade estão espalhadas no ordenamento jurídico brasileiro. Página 21 de 38

22 Extinção da punibilidade Art Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; VII - (Revogado pela Lei nº , de 2005) VIII - (Revogado pela Lei nº , de 2005) IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Do que se vê, não é apenas o artigo 107 do Código Penal que trata da matéria. Como exemplos de causas de extinção da punibilidade fora do artigo 107, CP, é possível citar o artigo 312, parágrafo 3º, CP e a Lei /95, que trata dos institutos da transação penal e da suspensão condicional do processo. 2.3.Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal: Entendemos por sujeitos do crime como as pessoas ou entes relacionados à prática e aos efeitos da empreitada criminosa. Tais pessoas dividem-se em sujeito ativo e sujeito passivo. Daqui por diante vamos estudá-los separadamente. Página 22 de 38

23 CRIME sujeito ativo é quem pratica a figura típica descrita na norma penal incriminadora. sujeito passivo é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado Sujeito ativo: No Direito Penal, sujeito ativo é quem pratica a conduta (ação ou omissão) criminosa. O foco de nosso estudo deve ser a conduta (ação ou omissão), algo exclusivo do ser humano. Para Bittencourt seria: a capacidade da ação, de culpabilidade, exige a presença de uma vontade, entendida como faculdade psíquica da pessoa individual, que somente o ser humano pode ter. Sujeito ativo : é aquele que pratica a conduta descrita na lei, ou seja, o fato típico Página 23 de 38

24 O sujeito ativo é a pessoa definida na norma como possível autora do ilícito penal e que é, via de regra, pessoa física. Luiz Régis Prado nos ensina que: Sujeito ativo, autor, ou agente, é todo aquele que realiza a ação ou omissão típica, nos delitos dolosos ou culposos. Ou seja, é aquele cuja atividade é subsumível ao tipo legal incriminador. Para Fernando Capez, sujeito ativo da conduta típica é a pessoa humana que pratica a figura típica descrita na lei, isolada ou conjuntamente com outros autores. O conceito abrange não só aquele que pratica o núcleo da figura típica (quem mata, subtrai etc.), como também o partícipe, que colabora de alguma forma na conduta típica, sem, contudo, executar atos de conotação típica, mas que de alguma forma, subjetiva ou objetivamente, contribui para a ação criminosa Sujeito passivo: Sujeito passivo : é o titular do interesse, cuja ofensa constitui a essência do crime. É preciso indagar qual o interesse tutelado pela lei penal incriminadora para que seja o sujeito passivo encontrado. Página 24 de 38

25 Ou seja, trata-se da pessoa ou ente que sofre as consequências da infração penal. Podem ser sujeito passivo: pessoa física, pessoa jurídica e entes sem personalidade jurídica (ex.: família, coletividade nestes casos, tem-se o chamado crime vago). Alguns crimes, obrigatoriamente (exigência do tipo penal), têm pluralidade de sujeitos passivos: crimes de dupla subjetividade passiva. Ex.: violação de correspondência (vítimas: remetente e destinatário). O sujeito passivo do crime o ofendido, ou vítima é titular do bem jurídico tutelado pela norma penal, que vem a ser ofendido pelo crime. O Estado é o sujeito passivo constante de todo o crime pelo fato de a Lei Penal situar-se no ramo predominantemente público, enquanto a pessoa que teve o bem diretamente atingido pelo crime é o sujeito passivo variável. Também não se pode confundir sujeito passivo do crime com sujeito passivo da ação, visto que sujeito passivo da ação é aquele sobre o qual recai materialmente a ação ou omissão criminosa. Em relação às espécies de sujeitos passivos destacamos: 1. Sujeito passivo geral, constante ou formal: é o titular do mandamento proibitivo não observado pelo sujeito ativo é o Estado). 2. Sujeito passivo eventual, particular, acidental ou material: é aquele que sofre a lesão do bem jurídico, do qual é titular é o homem, o Estado, a pessoa jurídica e a coletividade. Sujeito passivo constante (geral, genérico, formal, mediato, ou indireto) é o Estado, titular do jus puniendi. Sujeito passivo variável (particular, material, acidental, eventual ou direto) é a pessoa física (crimes contra a pessoa, por exemplo) ou jurídica (crimes contra o patrimônio, por exemplo) vítima da lesão ou ameaça de lesão. O sujeito passivo também pode ser indeterminado (coletividade crimes contra a saúde pública - e família, por exemplo). Página 25 de 38

26 Podem ser sujeitos passivos o nascituro, o incapaz e o Estado (crimes contra a administração pública, por exemplo). Não podem ser sujeitos passivos, no âmbito criminal, o animal, a planta e o ser inanimado. Luiz Régis Prado explica que: Podem figurar como sujeitos passivos vítimas, ofendidos, a pessoa física ou o indivíduo, mesmo incapaz, o conjunto de indivíduos, a pessoa jurídica, a coletividade, o Estado ou a comunidade internacional, de acordo com a natureza do delito. Tem crescido de importância, no campo político-criminal, o papel da vítima na realização do delito. Nesse particular aspecto, encaminha-se para uma constante busca do ponto de equilíbrio entre liberdade individual e defesa social. Página 26 de 38

27 QUESTÕES: 1. (SEFAZ/AL - TÉCNICO DE FINANÇAS) À luz do direito penal, julgue o item subsequente. Todo fato típico é antijurídico; e todo fato antijurídico é típico. ERRADA. COMENTÁRIO: O crime, sob o aspecto analítico, é dividido em: FATO TÍPICO; ILÍCITO (ANTIJURÍDICO); CULPÁVEL Esta divisão é a mais aceita, e é a chamada TEORIA TRIPARTIDA. Para que o crime se complete, é necessário que os três elementos estejam presentes, sendo que cada um depende da existência de seu antecessor, mas não o contrário. Assim, é possível que um fato seja típico, mas não seja ilícito (antijurídico). Mas não é possível que um fato seja ilícito (antijurídico) e não seja típico. 2. (SEJUS/ES AGENTE PENITENCIÁRIO): A tipicidade, elemento do fato típico, é a correspondência entre o fato praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de infração contida na lei penal incriminadora, de modo que, sem tipicidade, não há antijuridicidade penal, pois, comportadas as exclusões legais, todo fato típico é antijurídico. CORRETA Página 27 de 38

28 A tipicidade é um dos elementos que compõem o que se chama de fato típico. Além disso, a tipicidade é, como diz a questão, a adequação entre a conduta do agente e a previsão legal da norma incriminadora. Nesse sentido, todo fato típico é um ato ilícito, salvo se estiver presente uma causa de exclusão da ilicitude. 3. (DPF AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL) São elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e culpabilidade, de forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica para o direito penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo configurar, por exemplo, ilícito administrativo. ERRADA. A culpabilidade não é um elemento do fato típico, sendo elemento autônomo do crime. Embora os demais sejam os elementos do fato típico, como vimos, existem determinados tipos de crimes que não exigem a presença de todos os elementos do fato típico para sua caracterização. É o caso, por exemplo, dos crimes formais, nos quais não se exige o resultado naturalístico para que haja crime. Obviamente, nesse caso também não há que se falar em nexo de causalidade entre conduta e resultado (pois este é irrelevante). Assim, é plenamente possível a configuração de crime sem que estejam presentes todos os elementos do fato típico. Página 28 de 38

29 4. (ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Julgue o item a seguir, referente a institutos de direito penal. De acordo com a teoria dos elementos negativos do tipo, dado o conceito de tipo total de injusto, as causas de exclusão da ilicitude devem ser agregadas ao tipo como requisitos negativos deste. CORRETA. O crime, sob seu aspecto analítico, é uma figura tripartida, composta de fato típico, ilícito e culpável. O fato típico é a correspondência entre a conduta realizada e a previsão legal incriminadora. A ilicitude é o juízo de reprovação da conduta que, além de se amoldar ao tipo penal, não está acobertada por nenhuma causa de justificação que a torne lícita. Já a culpabilidade é a análise da situação pessoal do agente, relativa à sua potencial consciência da ilicitude do fato e a possibilidade de se comportar conforme o Direito. O que a teoria dos elementos negativos do tipo faz é fundir em apenas um elemento o fato típico e a ilicitude, ao pregar que o crime seria composto de tipo total do injusto mais a culpabilidade. O tipo total do injusto é a tese pela qual no tipo penal está implícita a necessidade de que a conduta não seja lícita. 5. (TCU - AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a seguir. Se o juízo de adequação típica for negativo, ou seja, se não houver subsunção da conduta ao tipo penal, verifica-se causa pessoal de exclusão de pena. Página 29 de 38

30 ERRADA. Cabe salientar que se não houver tipicidade, ou seja, se o juízo de subsunção entre a conduta realizada e a norma penal incriminadora não for positivo, não há o que se chama de adequação típica. Desta maneira, não existirá sequer fato típico, eis que a tipicidade é um dos elementos do fato típico. Assim, não há que se falar, no caso, em causa pessoal de exclusão de pena, mas em ausência de crime. 6. (TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em tema de crimes e contravenções, é correto afirmar que: a) às contravenções é cominada, pela lei, a pena de reclusão ou de detenção e multa, esta última sempre alternativa ou cumulativa com aquela. b) fato típico é o comportamento humano positivo ou negativo que provoca, em regra, um resultado, e é previsto como infração penal. c) são elementos do crime, apenas a antijuridicidade e a punibilidade. d) a existência de causas concorrentes para o resultado de um fato, preexistentes ou concomitantes com a do agente, sempre excluem a sua responsabilidade. e) para haver crime é necessário que exista relação de causalidade entre a conduta e o seu autor. RESOLUÇÃO: Correta. B Página 30 de 38

31 A) Às contravenções é cominada, pela lei, a pena de reclusão ou de detenção e multa, esta última sempre alternativa ou cumulativa com aquela Sabe-se que a contravenção, ao contrário dos crimes, não admite pena de reclusão ou detenção. A elas, conforme a dicção do art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal, aplica-se pena de prisão simples, de multa, ou as duas cumulativamente. B) Fato típico é o comportamento humano positivo ou negativo que provoca, em regra, um resultado, e é previsto como infração penal. O fato é típico quando se amolda criar site a um dispositivo legal que o considera infração penal (gênero do qual são espécies o crime e a contravenção). Em regra provoca um resultado, mas este pode não ser exigido embora admissível que ocorra (crimes formais) ou de ocorrência inadmissível (crimes de mera conduta, os quais, devido a seu próprio conceito, não implicam resultado material). C) São elementos do crime, apenas a antijuridicidade e a punibilidade. Seja qual for a corrente adotada: bipartida ou tripartida, pelo menos dois elementos devem ser verificados, obrigatoriamente, quais sejam, tipicidade e antijuridicidade. D) A existência de causas concorrentes para o resultado de um fato, preexistentes ou concomitantes com a do agente, sempre excluem a sua responsabilidade. Se as causas concorrentes preexistentes ou concomitantes integram o dolo do agente, necessariamente responderá pelo resultado. E) Para haver crime é necessário que exista relação de causalidade entre a conduta e o seu autor. O crime é composto por conduta, tipicidade, resultado e nexo causal. Porém, nos casos de tentativa, assim como nos crimes formais e de mera conduta, não há resultado, de modo que também é dispensada a existência de nexo causal. Ademais, o nexo causal é a ligação entre a conduta e o resultado e não entre a conduta e o autor. A assertiva, portanto, contém dois erros. Página 31 de 38

32 7. (Delegado - PC - PB) O Código Penal adota a teoria psicológico-normativa da culpabilidade, para a qual a culpabilidade não é requisito do crime, mas, sim, pressuposto de aplicação da pena. Errado. O Código Penal adota a teoria limitada da culpabilidade, da qual são elementos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. A culpabilidade passa a ser um juízo de reprovação social, incidente sobre o fato típico e antijurídico e sobre seu autor. 8. (Escrivão da Polícia Federal - DPF) São elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e culpabilidade, de forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica para o direito penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo configurar, por exemplo, ilícito administrativo. Errado. Fato típico é aquele que se encaixa com precisão na descrição do tipo penal. A contrario sensu, fato atípico é aquele que não encontra simetria em nenhum tipo penal, como exercer o meretrício. Os elementos do fato típico são: a conduta, o resultado naturalístico, o nexo de causalidade e a tipicidade. Eles estarão todos presentes nos crimes materiais consumados. Diferente situação é a do crime formal, que não prevê a produção de resultado, podendo até existir, e a do crime de mera conduta, que não contém o resultado naturalístico. A culpabilidade não integra o fato típico. Página 32 de 38

33 9. (Agente - PC - RN ) A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os crimes, sendo estes últimos também identificados como delitos. Correto. Esta é a divisão bipartida ou dicotômica adotada pela legislação brasileira. A diferença de crime ou delito e contravenção dá-se pela gravidade da sanção penal. As penas mais graves são destinadas aos crimes (delitos), já que estes expõem os bens jurídicos tutelados a um perigo maior. 10. (Defensor Público - DPE - AL ) Segundo a teoria da tipicidade conglobante, o ordenamento jurídico deve ser considerado como um bloco monolítico, de forma que, quando algum ramo do direito permitir a prática de uma conduta formalmente típica, o fato será considerado atípico. Correto. Conglobar significa juntar na sua totalidade. O ordenamento jurídico como um todo não deve possuir antinomias, contradições. De acordo com a teoria da tipicidade conglobante, criada pelo penalista argentino Zaffaroni, para que haja tipicidade penal, a conduta do agente deve ser antinormativa. O carrasco, ao executar a sentença de morte, responde a uma obrigação legal a ele imposta. Sua conduta não seria antinormativa, ao contrário, estaria de acordo com a norma. Logo, segundo o autor, o fato seria considerado atípico e não amparado por uma causa de exclusão de ilicitude. Página 33 de 38

34 11. (Agente - PC - RN ) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção ou prisão simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa. Errado. A questão tenta confundir as definições de crime e contravenção, encontradas no art. 1 da Lei de Introdução ao Código Penal. A distinção é quantitativa e encontra-se na gravidade da pena imposta. Quando for cominado pena de reclusão ou detenção, tem-se um crime. Caso estas palavras não se encontrem no preceito secundário, tem-se uma contravenção, a qual a lei atribuiu pena de prisão simples ou multa. 12. (Agente - PC - RN) No ordenamento jurídico brasileiro, a diferença entre crime e delito está na gravidade do fato e na pena cominada à infração penal. Errado. O Brasil adota um sistema bipartido, dividindo a infração penal em duas espécies: crime ou delito de um lado e contravenção penal de outro. Assim, crime e delito são expressões sinônimas. Em alguns países como a França, Alemanha, Japão, adota-se o sistema tripartido, fazendo a distinção das infrações penais em crime, delito e contravenção. Página 34 de 38

35 13. (Agente Técnico - MPE - AM ) Com a teoria finalista de Welzel, o fato típico passou a contar com dois aspectos: o objetivo e o subjetivo. Assim, dolo e culpa passaram a integrar a tipicidade. Correto. Com a teoria finalista de Hans Welzel, criada no início da década de 1930, dolo e culpa passaram a integrar a tipicidade. E dentro dos elementos do tipo penal existem aspectos objetivos, subjetivos e normativos. Aspecto objetivo é aquele descritivo, sem qualquer valoração. Subjetivo é aquele que se refere à intenção do agente, o especial fim de agir. Há ainda o aspecto normativo, o qual exige um juízo de valor por parte do magistrado. Como exemplo, o crime de prevaricação (art. 319 do CP) estabelece: retardar ou deixar de praticar (elemento objetivo), indevidamente (elemento normativo), ato de ofício ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal (elemento subjetivo). 14. (Fiscal Sanitário - PM - Rio Branco ) Fato atípico é sinônimo de conduta permitida pelo direito, sendo certo que, não havendo crime, não haverá ilícito civil ou administrativo. Errado. Fato atípico é aquele que não encontra reflexo em nenhuma conduta prevista em lei como crime ou contravenção. O direito penal tutela apenas os bens jurídicos mais importantes para o convívio da coletividade, restando aos demais ramos do direito as outras formas de controle social. Não há no Código Penal, por exemplo, a figura de dano culposo. Não fica afastada, porém, a possibilidade de ressarcimento no âmbito civil. Os ilícitos de outras áreas do direito, como os de natureza civil, administrativa, tributária, existem independentemente de sua tipificação penal. Página 35 de 38

36 15. (Segurança - Petrobrás) Os crimes distinguem-se das contravenções penais porque essas caracterizam atos ilícitos que ofendem bens jurídicos indisponíveis e podem ser praticados em concurso de agentes. Errado. A diferença de crime e contravenção é estabelecida pelo art. 1 da Lei de Introdução ao Código Penal. A distinção é quantitativa e encontra-se na gravidade da sanção penal. Quando o preceito secundário cominar pena de reclusão ou detenção, tem-se um crime. As penas mais graves são destinadas aos crimes, pois estes expõem os bens jurídicos tutelados a um maior grau de lesividade. 16 (Juiz TJ-TO ) Nas contravenções penais, a tentativa é punida com a pena da contravenção consumada diminuída de um a dois terços. Errado. Em se tratando de contravenção penal, a tentativa não é punível, segundo o art. 4 da Lei de Contravenções Penais. Página 36 de 38

37 17. (Agente de Proteção - TJ - RR) Ilicitude é a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, pela qual a ação ou omissão típicas tornam-se ilícitas, não comportando escalonamentos, de modo que a lesão corporal leve é tão ilícita quanto o latrocínio. Correto. Ilicitude é a contrariedade entre a realização do tipo de uma norma proibitiva e o ordenamento jurídico como um todo. É importante salientar que ilicitude não se resume à matéria penal, podendo ser de natureza civil, administrativa, tributária etc. Sendo o ilícito a oposição entre o fato típico e o ordenamento jurídico, ele não admite diferentes níveis, sendo tanto um furto simples quanto um homicídio qualificado considerados ilícitos 18. (Agente de Proteção - TJ - RR) Conforme a melhor doutrina, tipicidade é o enquadramento ou a integral correspondência de uma conduta praticada no mundo real ao modelo descritivo constante da lei. Correto. Tipicidade é a subsunção exata da conduta praticada pelo agente no mundo fático ao modelo descrito no tipo penal. Esta correspondência deve ser perfeita, caso contrário o fato será considerado atípico. Por exemplo, quem subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, comete o crime de furto. Se, no caso concreto, uma pessoa leva um guarda-chuva por engano no lugar do seu, sem o ânimo de subtrair coisa alheia, não se configura o delito de furto. Página 37 de 38

38 19. (Juiz Federal - TRF 5ª Região) A tipicidade formal, que faz parte do conceito de tipicidade, consiste em averiguar se uma conduta formalmente típica causou ofensa intolerável ao objeto jurídico penalmente protegido. Errado. A tipicidade formal ou legal é a exata correspondência da conduta do agente ao modelo abstrato previsto em lei. A tipicidade material, por sua vez, é a verificação da gravidade da ofensa ao bem jurídico protegido. Caso, na situação concreta, não exista tipicidade material, pode ser aviltrado o princípio da insignificância e estabelecer-se um crime de bagatela. Página 38 de 38

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