O BIOMÉDICO E O PROJETO DE LEI 770/2016 DE AUTORIA DA ILUSTRÍSSIMA DEPUTADA ESTADUAL LECI BRANDÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O BIOMÉDICO E O PROJETO DE LEI 770/2016 DE AUTORIA DA ILUSTRÍSSIMA DEPUTADA ESTADUAL LECI BRANDÃO"

Transcrição

1 O BIOMÉDICO E O PROJETO DE LEI 770/2016 DE AUTORIA DA ILUSTRÍSSIMA DEPUTADA ESTADUAL LECI BRANDÃO Trata-se de antiga questão entre Biomédicos e Tecnólogos/técnicos em Radiologia acerca do exercício de atividade de radiodiagnóstico, conforme previsto no artigo 5º da Lei 6.684/1979 que estabelece a profissão de Biomédico. A controvérsia reside na suposta alegação de que a Lei 7.394/1985 reguladora da profissão de técnico em radiologia revogou a disposição do referido artigo 5º, ora, é posterior. Extensos argumentos serão expostos a seguir. Em geral, a alegação é afastada na esfera judicial, ora, inexiste expressa derrogação do diploma normativo (logo, não preenchendo o requisito para do parágrafo 1º do artigo 2º da Lei 4.657/42). Não obtendo sucessos na esfera judicial, os tecnólogos/técnicos em radiologia objetivam a mudança pela esfera legislativa estadual pleiteando, como requisito da atividade de radiodiagnóstico, o curso técnico em radiologia. 1. Da Inconstitucionalidade formal

2 De plano, observa-se flagrante violação à Constituição Federal a aprovação de lei que regule atividade profissional no âmbito estadual. Ora, encontra-se expressa na carta magna a previsão de que apenas a esfera federal (União) pode regular atividades profissionais. Conforme se observa: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; (Grifo nosso) Não obstante, diversos grupos já objetivaram[1] a mesma pretensão (i.e regulamentação da atividade profissional na esfera estadual), seja quando em defesa da própria classe, seja buscando o prejuízo de outra. Em todas hipóteses, a inconstitucionalidade é declarada pelo Supremo Tribunal Federal (ou tribunal estadual) constatando a usurpação de competência: 1. Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei Distrital no 3.136/2003, que "disciplina a atividade de transporte de bagagens nos terminais rodoviários do Distrito Federal". 3. Alegação de usurpação de competência legislativa privativa da União para legislar sobre direito do trabalho (CF, art. 22, I) e/ou sobre "condições para o exercício de profissões" (CF, art. 22, XVI). 4. Com relação à alegação de violação ao art. 22, I, da CF, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é o caso de declarar a inconstitucionalidade formal da Lei Distrital no 3.136/2003, em razão da incompetência legislativa das unidades da federação para legislar sobre direito do trabalho. Precedentes citados: ADI no

3 601/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão, Pleno, unânime, DJ ; ADI no 953/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, unânime, DJ ; ADI- MC no 2.487/SC, Rel. Min. Moreira Alves, Pleno, unânime, DJ ; ADI no 3.069/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, unânime, DJ Quanto à violação ao art. 22, XVI, da CF, na linha dos precedentes do STF, verifica-se a inconstitucionalidade formal dos arts. 2o e 8o do diploma impugnado por versarem sobre condições para o exercício da profissão. Precedente citado: ADI- MC no 2.752/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Pleno, maioria, DJ Ainda que superado o reconhecimento de ambas as inconstitucionalidades formais indicadas, com relação ao art. 1o da Lei Distrital, verifica-se violação ao art. 8o, VI, da CF, por afrontar a "liberdade de associação sindical", uma vez que a norma objeto desta impugnação sujeita o exercício da profissão de carregador e transportador de bagagens à prévia filiação ao sindicato da categoria. 7. Ação direta julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade da legislação impugnada. (ADI 3587, Relator: Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 12/12/2007, DJe-031 DIVULG PUBLIC EMENT VOL PP LEXSTF v. 30, n. 353, 2008, p ) (Grifo nosso) Ademais, uma vez que tal legislação gera transgressão à competência privativa da União, é cabível, ao menos no âmbito do Estado de São Paulo, a declaração de inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça observando, dentre outros, violação ao artigo 1º da CE/SP: Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal. (Grifo nosso) Portanto, cristalina e flagrante a inconstitucionalidade de eventual dispositivo normativo estadual a ser produzido, com pretensão de regulamentar qualquer profissão prevista no artigo 22, inciso I e XVI da Constituição Federal.

4 2. Da Inconstitucionalidade material Ainda que completamente ignorada a questão acerca da inconstitucionalidade formal, a matéria também constitui flagrante violação à garantia constitucional prevista no artigo 5º, XIII da Constituição Federal: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; (Grifo nosso) Ora, a restrição da atividade de radiodiagnóstico, seja pela necessidade de diploma técnico para utilização de equipamentos, seja por qualquer outro motivo, entra em direto confronto com a lei que regulamenta a profissão de Biomédico. A esfera estadual, mesmo que estivesse dentro de suas prerrogativas, não poderia prover legislação cujo conteúdo afrontasse o exercício das atividades atribuídas aos biomédicos por legislação federal. Assim já decidiu o TJ-SP: MANDADO DE SEGURANÇA - PORTARIA QUE EXCLUI O BIÓLOGO DO ROL DE PROFISSIONAS HABILITADOS AO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE RESPONSÁVEL TÉCNICO DE

5 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS -ATO NORMATIVO QUE RESTRINGE O LIVRE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL - ILEGALIDADE - APELAÇÃO PROVIDA. O ato normativo que restringe os termos da legislação específica, privilegiando alguns profissionais em detrimento de outros não excluídos pela lei infraconstitucional, afronta o art. 5o, XIII, da CF. (TJ-SP - APL: SP, Relator: Francisco Bianco, Data de Julgamento: 25/10/2010, 5ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 19/11/2010) assim observa: Nesse sentido, Paulo Gustavo Gonet Branco[2] A vinculação do legislador aos direitos fundamentais significa, também, que, mesmo quando a Constituição entrega ao legislador a tarefa de restringir certos direitos (p. ex., o de livre exercício de profissão), há de se respeitar o núcleo essencial do direito, não se legitimando a criação de condições desarrazoadas ou que tornem impraticável o direito previsto pelo constituinte. Nesse sentido, o STF já declarou a inconstitucionalidade de limitação, por desarrazoada, de um período de quarentena de dois anos, a que certa lei submetia os juízes aposentados, antes de passarem a exercer a advocacia. [3] Desse modo, a inconstitucionalidade de qualquer diploma legal estadual que objetive a exclusão do Biomédico na atividade de radiodiagnóstico, também será material, observando o confronto direto a garantia constitucional da livre atividade profissional.

6 3. Da inexistência de ilegalidade nas atividades exercidas pelos profissionais Biomédicos De acordo com os argumentos reiteradamente trazidos pelos profissionais Técnicos e Tecnólogos em Radiologia, sem os rodeios costumeiramente utilizados, busca-se pura e simplesmente suspender o exercício e a execução de técnicas radiológicas pelos profissionais Biomédicos, na clara, nítida e evidente tentativa de MONOPOLIZAÇÃO das atividades profissionais ligadas à radiologia e imagenologia. Para demonstrar os fundamentos que rebatem toda e qualquer tentativa de proibir o profissional Biomédico de exercer atividades radiológicas, se faz necessária uma breve descrição das atribuições de ambas as profissões, quais sejam: Biomédicos x Técnicos/Tecnólogos em Radiologia. Em 03 de setembro de 1979, com o objetivo de regulamentar e disciplinar a profissão de Biomédico, foram criados por meio da Lei Federal nº 6.684, posteriormente alterada pela Lei Federal nº de 30 de agosto de 1982, a figura do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Biomedicina. Consecutivamente em 28 de junho de 1983, foi publicado o Decreto nº , com a finalidade de regulamentar exclusivamente o exercício da profissão de Biomédico, de acordo com as referidas normas. Lei nº 6.684/79, in verbis: Conforme disposto nos artigos 4º e 5º, II e III, da

7 Art. 4º - Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a nível tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos. (Grifamos de propósito) Art. 5º - Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biomédico poderá: I - realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente; II - realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação[4]; III - atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado; IV - planejar a executar pesquisas científicas em instituições públicas E privadas, na área de sua especialidade profissional. Parágrafo Único - O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV deste artigo fica condicionado ao currículo efetivamente realizado que definira a especialidade profissional. (Grifos e destaques nossos) Neste sentido, conforme demonstrado nos artigos supratranscritos, e posteriormente repetidos pelo Decreto nº em seus artigos 3º e 4º, incisos II e III, estão entre as atribuições do profissional Biomédico a realização de serviços de radiografia, excluída a interpretação,

8 bem como a atuação, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outras atividades para as quais esteja legalmente habilitado. Posteriormente, mais precisamente em 29 de outubro de 1985, foi publicada a Lei Federal nº 7.394, com o objetivo de regular o exercício da profissão de Técnico em Radiologia. Importante destacar que o exercício da profissão de Biomédico é privativo dos portadores de diploma devidamente registrado de Bacharel em Ciências Biológicas - Modalidade Médica, diferentemente do profissional Técnico em Radiologia, o qual deve ser portador de certificado de conclusão do ensino médio, com formação profissional mínima obtida em Escola Técnica de Radiologia. Conforme destacado, a lei que instituiu a profissão de Técnico em Radiologia é do ano de 1985, diferentemente da lei que regulamentou a profissão de Biomédico que é de 03 de setembro de Embora se trate de uma lei promulgada posteriormente, em nenhum momento restou disposto a exclusividade no exercício de radiografia ao Técnico de Radiologia.

9 Assim, destaca-se que ambas as leis (Lei Federal nº e Lei Federal nº 7.394) garantem aos seus profissionais, respectivamente Biomédicos e Técnicos em Radiologia, o direito ao exercício de atividades radiológicas. Introdução às Normas do Direito Brasileiro, in verbis: Conforme disposto no artigo 2º da Lei de Art. 2º - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 1º - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 2º - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. (Grifos nossos) Neste sentido, conforme destacado nos dispositivos acima transcritos, uma lei deve ser aplicada até que seja revogada ou modificada por outra. No presente caso, não há que se falar em nenhuma das causas de inaplicabilidade da lei anterior, ou seja, da lei que regulamenta a profissão de Biomédico.

10 Assim, resta claro que a lei regulamentadora da profissão de Técnicos em Radiologia em nenhum momento revogou ou alterou os dispositivos da lei dos Biomédicos, no tocante às atribuições voltadas ao exercício de atividades radiológicas, visto que não houve nenhuma manifestação expressa, nem tão pouco tácita, que introduzisse preceitos novos e incompatíveis com a lei anterior, muito menos trouxe qualquer dispositivo que lhe permitisse a referida exclusividade, capaz de alterar CLÁUSULA EXPRESSA DE CONCORRÊNCIA E COMPATIBILIDADE do exercício das mesmas atividades executadas por outros profissionais legalmente habilitados (Lei nº 6.684/79, artigo 5º, caput). Em simples leitura das referidas normas, podemos perceber que em ambas as leis, restam muito bem definidos seus objetivos e seus respectivos âmbitos de aplicação, não existindo entre elas nenhuma matéria estranha a seus objetivos ou a estas não vinculadas por afinidade, pertinência e conexão entre suas respectivas regulamentações profissionais. Nesse sentido, assim decidiu recentemente o Egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul): PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EXERCÍCIO PROFISSIONAL. CONSELHO REGIONAL DOS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA (CRTR). MULTA POR EXERCÍCIO DE ATIVIDADE SEM REGISTRO. BIOMEDICINA. LEI N.º 6.684/79. ATRIBUIÇÕES. HEMOTERAPIA E RADIODIAGNÓSTICO. POSSIBILIDADE. 1. O livre exercício profissional é um direito fundamental assegurado pela Constituição da República em seu art. 5º, inciso XIII, de norma de eficácia contida, ou seja, possui aplicabilidade

11 imediata, podendo, contudo, ter seu âmbito de atuação restringido por meio de lei que estabeleça quais os critérios que habilitam o profissional ao desempenho de determinada atividade, visando, assim, por meio do aferimento de sua capacitação profissional, a garantir a proteção da sociedade. 2. Por sua vez, a Lei n.º 6.684/79, que regulamenta a profissão de biomédico, além de criar o Conselho Regional de Biomedicina, atribuiu a esta autarquia federal a competência para disciplinar e fiscalizar as atividades exercidas pelos profissionais em comento, prevendo a possibilidade de o biomédico realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação e atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado. 3. A fiscalização e a imposição de penalidades aos profissionais inscritos compete ao respectivo Conselho, sendo admitido aos demais apenas o direito de denunciar às autoridades competentes e principalmente à instituição responsável, sobre o exercício irregular da profissão, motivo pelo qual entendo ilegítima a aplicação das multas pela ré contra filiado de outro órgão, tendo em vista que cada Conselho tem sua competência para fiscalizar e autuar seus próprios filiados, no que restou configurado ter o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª Região extrapolado de sua competência. 4. Apelação improvida. (TRF3/SP , Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL CONSUELO YOSHIDA, Data de Julgamento: 20/09/2012, 6ª TURMA) (Grifo nosso) Deste modo, verifica-se que não se trata em reconhecer se cabe ou não a prestação dos serviços de radiologia aos profissionais Biomédicos, mas apenas demonstrar que tal prerrogativa é assegurada pela legislação ordinária (artigo 5º, incisos II e III da Lei nº 6.684/79), conforme decisão já proferida pelo Egrégio Tribunal Regional da 4ª Região (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina): MANDADO DE SEGURANÇA. BIOMÉDICA. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. ATIVIDADES. CRTR/SC. 1. As atribuições legais do Biomédico NÃO CONFLITAM com as dos Técnicos em Radiologia.

12 A Lei 6.684/1979 reconhece expressamente a possibilidade dos Biomédicos atuarem nos campos da radiografia e do radiodiagnóstico, sem excluir 'o exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados', de forma que não se tratam de atividades privativas dos Técnicos em Radiologia. 2. A prática de serviços de radiografia e do radiodiagnóstico por Biomédicos tem amparo legal. 3. As autuações realizadas pelo Conselho requerido aos Biomédicos ilegais e abusivas. (TRF4, APELREEX , Quarta Turma, Relatora p/ Acórdão Loraci Flores de Lima, D.E. 27/06/2012) (Grifos nossos) Assim, a par dos já mencionados dispositivos legais que garantem o pleno exercício dos profissionais Biomédicos no campo da radiologia, demonstra-se que inexiste o fundado receio, como busca fazer acreditar os profissionais técnicos e tecnólogos em radiologia. 4. Da tentativa de rediscutir questão já julgada pelo Egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região Conforme constantemente podemos verificar, as entidades representantes da categoria profissional dos Técnicos em Radiologia, buscam claramente rediscutir e modificar entendimento já firmado pelo Egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região, EM TODO O ESTADO DE SÃO PAULO. Até pouco tempo atrás, os profissionais Biomédicos do Estado de São Paulo, inscritos no Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região, reiteradamente se viam ameaçados por aplicações de multas e autuações ilegalmente realizadas pelo Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª Região, sob infundada alegação de exercício ilegal da

13 profissão, por considerar que as atividades exercidas pelos Biomédicos eram exclusivas aos Técnicos em Radiologia. A fundamentação utilizada pelo Conselho Regional de Técnicos em Radiologia para a aplicação das referidas autuações, limita-se a sua interpretação de que qualquer atividade realizada por meio de aparelho radiográfico deve ser operada exclusivamente por Técnicos em Radiologia ou por aqueles que se encontram inscritos em seus quadros. Contudo, conforme já demonstrado, tal entendimento não está de acordo com a realidade, uma vez que a própria lei que regulamenta a profissão de Biomédico (Lei nº 6.684/79), estabelece competência para realização de serviços de radiologia (sem interpretação), e atuação sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado. Baseados nesta previsão legal que reconhece ao Biomédico o direito de realizar serviços de radiografia, ingressou o SINDICATO DOS BIOMÉDICOS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO SINBIESP com ação judicial contra o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª Região, pleiteando pela suspensão de autuações, imposição de multa ou cobrança destas, bem como declarar o direito dos Biomédicos a não serem fiscalizados ou acusados de exercício ilegal de atividade. O processo nº foi distribuído a 19ª Vara da Justiça Federal do Estado de São Paulo, em 20 de abril

14 de Em decisão proferida em sede de antecipação de tutela, assim fundamentou o Desembargador Federal Nery Júnior: [...] no tocante à imputação de multa às pessoas físicas que, a primo oculi, embora sem a formação de Técnico em Radiologia, são capacitadas e autorizadas pela lei para o exercício da atividade, a competência do Conselho não se resplandece tão vigorosa. Compulsando os autos, verifica-se que no caso em apreço, são os profissionais biomédicos que vêm sendo autuados por exercício em área de diagnóstico sem, contudo, o registro no Conselho de Radiologia. Ocorre que nos termos dos artigos 4º e 5º, II e III, da Lei nº 6.684/79, os profissionais de biomedicina também estão legitimados para a atuação na área em questão, de modo que temerária a imputação de multa neste momento. Ante o exposto, defiro a antecipação dos efeitos da tutela recursal para obstar novas autuações de biomédicos pelo Conselho de Radiologia, bem como suspender a execução das multas já impostas. Após dois anos de trâmite processual, esta ação foi julgada procedente, tendo Ilmo. Juiz Federal confirmado a decisão liminar que reconheceu os profissionais de biomedicina como legitimados para a atuação na área em discussão. Inconformado, o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª Região ingressou com recurso de Apelação, pleiteando pela total reforma da decisão proferida. Recebido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o processo foi distribuído a Egrégia Terceira Turma, tendo como Relator o Desembargador Federal Nery Júnior.

15 Em decisão publicada em 19 de setembro de 2011, o referido recurso foi negado, mantendo-se integralmente a decisão de 1ª Instância. No voto condutor proferido o Desembargador Federal Nery Júnior destacou que: [...] Cumpre, ainda, ressaltar que, tendo-se em vista o princípio da legalidade privada, qualquer restrição ao direito do cidadão deve estar consignada em lei strictus sensu, sob pena de violação do artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; [...] Compulsando os autos, verifica-se que o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª Região - CRTR/SP lavrou auto de infração alegando a prestação de serviços por Biomédicos inerentes à função de Técnico em Radiologia sem o devido registro perante os seus quadros. Com base nos autos de infração, acostados às folhas 119/120, pode-se inferir a ilegalidade do ato, posto que as irregularidades constatadas, ou seja, a realização de tomografia computadorizada e de ressonância magnética, enquadram-se dentre as atribuições previstas na legislação que rege a profissão de Biomédico. (Grifos nossos) Em voto proferido no mesmo julgamento pelo Ilmo. Desembargador Carlos Muta, restou destacado que não há exclusividade dos Técnicos em Radiologia para o exercício da atividade, desde que respeitados os limites das legislações vigentes, apontando que:

16 [...] A radiologia é a ciência, enquanto a radiografia é o exame típico da especialidade, que utiliza a técnica do raio X para investigações com finalidade precipuamente médica. É nítido que ambas as leis atribuem a duas categorias profissionais distintas o desempenho da mesma atividade, daí o conflito que se estabelece acerca do exercício profissional e a respectiva fiscalização. Todavia, é possível extrair do exame conjunto a conclusão necessária para solucionar o presente conflito. Primeiramente, apesar do artigo 19 da Lei nº 7.394/85, não concluo pela revogação do exercício profissional previsto pela Lei nº 6.684/79. Embora a lei dos técnicos em radiologia seja posterior, nela não consta cláusula expressa de exclusividade do exercício profissional, de modo a excluir a cláusula expressa de concorrência prevista na lei dos biomédicos, segundo a qual "Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biomédico poderá (...)" (artigo 5º). A lei dos técnicos em radiologia não excluiu, portanto, a ressalva do exercício do serviço de radiologia por biomédicos, nos termos da respectiva lei reguladora da profissão. Não se trata, em consequência, de reconhecer que caiba a prestação de tal serviço, em todo e qualquer caso, pelo biomédico, mas que tal prerrogativa é assegurada nos termos da respectiva legislação. (Grifos nossos) O terceiro voto, proferido pelo Ínclito Desembargador Federal Marcio Moraes, destacou a impossibilidade de exigência de duplo registro para exercício de atividades radiológicas: [...] de acordo com as competências legalmente estabelecidas aos Conselhos Regionais de Biomedicina, a eles compete, dentre outras atribuições, a fiscalização do exercício profissional dos seus filiados, inclusive no tocante à limitação das atividades naquilo para o que estiverem devidamente habilitados, de acordo com seus currículos e respectivos registros no Conselho. Portanto, a nosso ver, não há possibilidade de conferir ao Conselho de Técnicos em Radiologia a faculdade de obrigar os

17 biomédicos a inscreverem-se nos seus quadros, e, em consequência, o poder de exercer fiscalização ou autuação desses profissionais, mesmo em caráter suplementar, eis que não há lei que regulamente tal possibilidade [...]. (Grifos nossos) Neste sentido, seguindo todos os pontos destacados da decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, restou indubitavelmente declarada a impossibilidade de fiscalização realizada por órgão que não regulamente a própria categoria (neste caso o CRTR), entendendo como ilegítima, ilegal e invalida qualquer aplicação de penalidade impetrada contra os profissionais biomédicos, declarando expressamente que o profissional Biomédico tem plena legitimidade ao exercício de atividades radiológicas, levando por terra a injusta acusação de exercício ilegal da profissão. 5. Da Jurisprudência Conforme vasta jurisprudência de nossos Tribunais, colacionamos alguns julgados sobre o tema, como forma de demonstrar a equivocada interpretação legal atribuída ao caso em tela: MANDADO DE SEGURANÇA. BIOMÉDICA. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. ATIVIDADES. CRTR/SC. 1. As atribuições legais do Biomédico não conflitam com as dos Técnicos em Radiologia. A Lei 6.684/1979 reconhece expressamente a possibilidade dos Biomédicos atuarem nos campos da radiografia e do radiodiagnóstico, sem excluir 'o exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados', de forma que não se tratam de atividades privativas dos Técnicos em Radiologia.

18 2. A prática de serviços de radiografia e do radiodiagnóstico por Biomédicos tem amparo legal. 3. As autuações realizadas pelo Conselho requerido aos Biomédicos ilegais e abusivas. (TRF4, APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº /SC RELATOR Des. Federal LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE Julgamento: 26 de junho de 2012) (Grifo nosso) EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - CONSELHO REGIONAL DOS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA - FORMAÇÃO EM BIOMEDICINA - POSSIBILIDADE DE OPERAÇÃO DE APARELHOS RADIOLÓGICOS. 1. A formação em Biomedicina habilita os profissionais para a operação de aparelhos radiológicos. 2. Apelação desprovida. (TRF3, AC n.º , Rel. JUIZ CONVOCADO PAULO SARNO, Quarta Turma, j. 15/12/2011, e-djf3 23/12/2011) (Grifo nosso) PROCESSUAL CIVIL - ADMINISTRATIVO - REMESSA OFICIAL - EXERCÍCIO PROFISSIONAL - RADIOGRAFIA - POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE RAIO-X POR PROFISSIONAIS DA BIOMEDICINA CASO PREENCHIDOS OS REQUISITOS LEGAIS - LEI Nº 6.684/79 - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. I - Cuidando-se de ação declaratória em que não há valor certo em discussão, há de ser tida como submetida a remessa oficial, condição de eficácia da sentença, conforme previsto no artigo 475 do CPC. II - A Lei nº 6.684/79, que regulamenta a profissão de biólogo e biomédico, dispõe em seu artigo 5º, II, que este último, quando devidamente habilitado, está apto a "realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação". Aos técnicos em radiologia são assegurados, por lei (Lei nº 7.394/85), operar aparelhos de Raios X utilizando-se de técnicas de radiologia, radioterapia e radioisotopia. III - Conforme pontificado pelo Desembargador Federal Carlos Muta, em seu voto nos autos do processo nº , julgado na sessão de 24 de junho de 2010, "radiologia é a ciência, enquanto a radiografia é o exame típico da especialidade, que

19 utiliza a técnica do raio X para investigações com finalidade precipuamente médica." IV - A Lei nº 7.394/85 NÃO REVOGOU a Lei nº 6.684/79 porque não assegurou exclusividade profissional ao técnico de radiologia, cuja atividade pode coexistir com a do biomédico que realiza exames de radiografia, eis que a legislação antiga já veiculava cláusula expressa de concorrência. V - Para que os biomédicos realizem exames de radiografia é indispensável o cumprimento do estatuído no artigo 5º da Lei nº 6.684/79, in verbis: "O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV deste artigo fica condicionado ao currículo efetivamente realizado que definirá a especialidade profissional." Sem este, não estão habilitados ao serviço. VI - Sucumbência recíproca, arcando cada parte com os honorários de seus patronos. VII - Apelação e remessa oficial, havida por submetida, parcialmente providas. (TRF3, AC n.º , Rel. Des. Fed. CECILIA MARCONDES, Terceira Turma, j. 27/10/2011, e-djf3 16/11/2011) (Grifos nossos) CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA - CRTR/SP - DECRETO nº LEI nº 6.684/79 - LEI nº 7.017/82 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO - FUNÇÕES DO TÉCNICO EM RADILOGIA. Os Conselhos de profissões regulamentadas têm dentre os seus objetivos não apenas a fiscalização dos inscritos em seus quadros, mas também a defesa da sociedade. O Decreto nº /83 prescreve em seu artigo 1º que o Biomédico somente poderá atuar se for portador da Carteira de Identidade Profissional, expedida pelo Conselho Regional de Biomedicina da respectiva jurisdição. Outros artigos do referido Decreto e da Lei nº 6.684/79 estabelecem quais são as atividades que os Biomédicos podem atuar, ressaltando não haver prejuízo do exercício das mesmas por outros profissionais, desde que habilitados na forma da legislação específica.

20 Da análise da legislação pertinente ao caso, foi possível verificar que poderá o Biomédico atuar em equipes de saúde, a nível tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos, realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente, realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação, atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnostico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado, planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e privadas, na área de sua especialidade profissional, condicionado para o desempenho de algumas dessas atividades apresentação de currículo que o capacite. O Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª Região - CRTR/SP lavrou auto de infração alegando a prestação de serviços por Biomédicos inerentes à função de Técnico em Radiologia sem o devido registro perante os seus quadros. Com base nos autos de infração pode-se inferir a ilegalidade do ato, posto que as irregularidades constatadas enquadram-se dentre as atribuições previstas na legislação que rege a profissão de Biomédico. Quanto ao apelo do Sindicato dos Biomédicos Profissionais do Estado de São Paulo, entendo que sentença a quo deve ser mantida. Não há argumentação substancial para que se exija dos Biomédicos, inscritos no Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região, o registro no Conselho Regional de Radiologia da 5ª Região, o que caracterizaria duplo registro, bem como a fixação da verba honorária sobre o valor da condenação. Apelações não providas. (TRF3, AC n.º , Rel. Des. Fed. NERY JUNIOR, Terceira Turma, j. 24/06/2010, e-djf3 16/09/2011, p. 1130) (Grifo nosso) No tocante ao reconhecimento de nulidade em autuações realizadas por Conselhos, cujos profissionais não eram seus inscritos, os Tribunais Regionais Federais pátrios, assim já se manifestaram: ADMINISTRATIVO. CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO. AUTUAÇÃO POR EXERCICIO IRREGULAR DA PROFISSÃO.

21 ATIVIDADES PRIVATIVAS DE ADMINISTRADOR. INOCORRÉNCIA. AUTO DE INFRAÇÃO. NULIDADE. I- Afigura-se ilegítima a aplicação de multa pelo Conselho Regional de Administração - CRAJDF a profissional que não detém título de bacharel em administração, posto que sua competência para fiscalização restringe-se aos seus filiados (AMS , data da decisão em ). II - Não se enquadra como privativo de Bacharel em Administração o exercício de cargo de Chefe de Serviço de Material e Patrimônio do Tribunal de Contas do Estado, por falta de previsão especifica na Lei Estadual que a criou. III - Apelação e remessa oficial não providas. (TRF da 1ª Região, AMS , 83 Turma, DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS FERNANDO MATHIAS, DJ DATA: 1/9/2006 PAGINA: 147) (Grifo nosso) ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. CONSELHO PROFISSIONAL. FISIOTERAPIA, AUXILIAR DE FISIOTERAPIA. NULIDADE DA AUTUAÇÃO DE QUEM NÃO É REGISTRADO NO CONSELHO. I - É nula a autuação de quem não é registrado em conselho de fiscalização de profissão, à falta do respectivo poder disciplinar. II - Ademais, a atividade de auxiliar de fisioterapia não é própria da profissão de fisioterapeuta, cujo exercício reclama registro no respectivo conselho regional. Precedentes deste Tribunal: REO n MG, relator Juiz FERNANDO GONÇALVES, e AC N MG, relator Juiz TOURINHO NETO. III - Remessa de oficio improvida. (TRF da 1ª Região, REO , 3ª Turma, Rel. Juiz. Candido Ribeiro, DJ DATA: 12/11/1999 PAGINA: 134) (Grifo nosso) ADMINISTRATIVO - CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA - APLICAÇÃO DE MULTA, QUANTO À INFRAÇÃO PREVISTA NO ART. 15 DA LEI N. 5991/73 - INCOMPETÉNCIA - OBSERVÂNCIA AO PRINCIPIO LEGALIDADE. Os Conselhos Regionais de Farmácia, como autarquias corporativas que são, destinam-se ao regulamentar e fiscalizar as atividades exercidas pelos profissionais de farmácia, no interesse da categoria que representam. Em obediência ao art. 24 da Lei 3.820/60, aos estabelecimentos farmacêuticos cumpre comprovar a contratação de farmacêutico habilitado e registrado,

22 sendo, de outro turno, da competência dos Conselhos Regionais a aplicação de multa àqueles que inobservarem os ditames da norma referida. [...] Tais as razões, outra conclusão não nos é possível, senão a de que é incompetente o Conselho Regional de Farmácia, para aplicar penalidades à empresa farmacêutica que descumprir a obrigação legal de manter um responsável técnico, durante todo o seu horário de funcionamento, sendo tal mister da competência exclusiva dos órgãos de controle sanitário. Recurso especial parcialmente conhecido, apenas quanto ao dissídio jurisprudencial alegado e improvido. (STJ, RESP , 2ª Turma, Rel. Ministro Paulo Medina, DJ DATA: 05/08/2002 PAGINA: 316.) (Grifo nosso) Portanto, conforme demonstrado, a jurisprudência também milita favoravelmente no sentido de manter a devida interpretação da lei, garantindo aos Biomédicos o devido exercício profissional na operação de aparelhos radiológicos. 6. Considerações finais sobre o pleno exercício radiológico dos biomédicos Na esfera judicial, observando os diplomas constitucionais, bem como as tendências dos tribunais, é certo que o aparecimento de qualquer legislação que busque a exclusividade da atividade de radiodiagnóstico aos tecnólogos/técnicos em radiologia estará maculado de inconstitucionalidade Tanto formal quanto material. Sua declaração (inconstitucionalidade) é extremamente provável, se não no próprio âmbito estadual, no âmbito constitucional, conforme dispositivos legais e demais fundamentações supracitadas, as quais demonstram claramente a excelência dos profissionais

23 Biomédicos na aplicação de técnicas radiológicas, conforme garantido pela nossa legislação pátria. Deste modo, importante observar que o projeto assinado 11 de outubro de 2016, pela Ilustríssima Deputada Estadual Leci Brandão, recebeu o nº de tramitação interna da Casa Legislativa 770/2016, conforme publicado em 15 de outubro de 2016, visando: Torna obrigatório o diploma de Técnico em Radiologia ou de Tecnólogo em Radiologia para a operação de equipamentos e fontes emissores de radiação corpuscular e eletromagnética, bem como o devido uso de equipamentos de proteção individual para o cuidado, preservação e zelo da saúde do paciente/cliente, profissionais envolvidos na empregabilidade destas e dá outras providências. Assim como qualquer outro projeto de lei, seguirá todas as fases legislativas, o que em regra pode levar anos até eventual entrega para sanção ou veto do Governador, conforme fases do processo legislativos abaixo extraídos do site da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ( conforme segue: 1. A proposta é escrita na forma de um Projeto de lei, lida no expediente da sessão plenária e publicada para que todos a conheçam. 2. As primeiras opiniões divergentes são apresentadas na forma de Emendas ao Projeto de lei. Para tanto, abre-se um prazo chamado de Pauta. As Emendas também são publicadas para que todos as conheçam. 3. Divulgados o Projeto e as Emendas, são enviados pelo Presidente da Assembleia para a análise e deliberação das Comissões Permanentes. Essas Comissões iniciam o debate das proposições nos seus aspectos de legalidade, temas e recursos públicos exigidos. Podem apresentar outras formas de aprovar a proposta em debate, que são chamados de

24 Substitutivos e realizar audiências com os cidadãos interessados. Todas as reuniões são abertas ao público. 4. A primeira prova acontece na Comissão de Constituição e Justiça, que vai dizer se as proposições são legais e permitidas pela Lei Maior, que são as Constituições do Brasil e do Estado. O Projeto e as Emendas devem atender às suas exigências. Aprovado nesta Comissão devem ser analisados e aprovados quanto ao seu conteúdo, pela Comissão especializada. 5. Conforme o tema tratado, o Projeto será analisado por uma Comissão Permanente chamada de comissão de mérito. São 18 comissões temáticas, definidas nos artigos 29 a 31 do Regimento Interno. Aprovada quando ao seu conteúdo a proposição poderá ir para o debate na Comissão de Finanças e Orçamento, caso sua realização necessite de recursos públicos. 6. A Comissão de Finanças e Orçamento vai debater e deliberar sobre as verbas públicas necessárias, caso a proposta contida no Projeto e nas Emendas se transforme em lei, bem como sobre a programação orçamentária mais adequada. 7. Concluídas as avaliações das Comissões, o Projeto está pronto para ser votado pelo conjunto de todos os Deputados, que compõem o Plenário. As deliberações das Comissões são publicadas para que todos as conheçam, na forma de Pareceres sobre o Projeto e as Emendas, e o Presidente da Assembleia as inclui na Ordem do Dia das votações. 8. O Plenário, reunindo todos os representantes eleitos dos cidadãos, é a instância máxima de debate e deliberação. Pode propor novas emendas, que devem voltar às Comissões para serem também analisadas, de modo a produzir o acordo político entre as propostas e, finalmente, aprovar ou rejeitar a proposição através do voto. 9. Aprovado, o Projeto será submetido à Comissão de Redação, caso tenham sido acatadas as emendas apresentadas, e publicado um Autógrafo, que é um decreto da Assembleia Legislativa expressando a forma final da proposta aprovada pelos representantes dos cidadãos. Caso não tenha sido aprovado com emendas, será elaborada uma minuta de autógrafo de modo a adequar à proposição à melhor técnica legislativa. 10. O Autógrafo é enviado para o Governador do Estado que pode aprová-lo, promulgando então a Lei, ou rejeita-lo, com base em motivos justificados, vetando total ou parcialmente. Vetado o Projeto, ele retorna à Assembleia que repetirá os passos de 1 a 9 para apreciar os motivos da rejeição pelo Governador. Caso a Assembleia concorde com os argumentos do Governador aprovará o veto e arquivará o projeto, caso discorde rejeitará o veto e promulgará a Lei.

25 11. Além das proposições, que expressam a competência legislativa da Assembleia, há também os instrumentos do processo legislativo destinados a realizar a função fiscalizadora do Poder Legislativo, em relação aos atos do Poder Executivo e ao cumprimento de direitos humanos, sociais e do consumidor, na sociedade. Por fim, destacamos que o SINDICATO DOS BIOMÉDICOS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO SINBIESP encontra-se atento e vigilante, a esta, e a todas as tentativas de violação aos direitos dos profissionais Biomédicos, não medindo esforços para que nossos direitos sejam sempre respeitados. São Paulo, 24 de outubro de Dr. LUIZ GUEDES Presidente do SINBIESP Sindicato dos Biomédicos Profissionais do Estado de São Paulo

IMPETRANTE: CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA DA 2ª REGIÃO. IMPETRADO: PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DOS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DA 2ª REGIÂO.

IMPETRANTE: CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA DA 2ª REGIÃO. IMPETRADO: PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DOS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DA 2ª REGIÂO. DECISÃO LIMINAR N 125/2013 PROCESSO Nº 0803503-13.2013.4.05.8100. CLASSE MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO. IMPETRANTE: CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA DA 2ª REGIÃO. IMPETRADO: PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS DECISÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS DECISÃO Processo nº : 12640-21.2015.4.01.3500 Classe : 2100 Mandado de Segurança Individual Impetrante : CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA Impetrado : REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS DECISÃO A concessão

Leia mais

QUESTÕES OAB SEGUNDA FASE CONSTITUCIONAL BLOCO I CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

QUESTÕES OAB SEGUNDA FASE CONSTITUCIONAL BLOCO I CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE QUESTÕES OAB SEGUNDA FASE CONSTITUCIONAL BLOCO I CONTROLE DE Professora: Carolinne Brasil CONSTITUCIONALIDADE 1. O Conselho Federal da OAB ajuizou, junto ao STF, Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI),

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0017461-97.2004.4.03.9999/SP RELATÓRIO Trata-se de apelação interposta pelo CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA, contra sentença que julgou

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL DECISÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL DECISÃO Processo 38612-36.2014.4.01.3400 Ação Civil Pública Autor: Conselho Federal de Farmácia CFF Réu: Conselho Federal de Biomedicina CFBM DECISÃO Trata-se de ação civil pública proposta pelo CONSELHO FEDERAL

Leia mais

RELATÓRIO. 2. Duplo grau de jurisdição obrigatório. 3. É o relatório. VOTO

RELATÓRIO. 2. Duplo grau de jurisdição obrigatório. 3. É o relatório. VOTO 1 de 5 04/10/2016 08:32 PROCESSO Nº: 0800188-82.2015.4.05.8204 - REMESSA NECESSÁRIA PARTE AUTORA: CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUP 1 REG ADVOGADO: CARLOS ALBERTO LOPES DOS SANTOS PARTE

Leia mais

Veja abaixo o Parecer do Ministério Público Federal, com os destaques feitos pelo Sinttaresp para elucidar os pontos mais importantes da decisão:

Veja abaixo o Parecer do Ministério Público Federal, com os destaques feitos pelo Sinttaresp para elucidar os pontos mais importantes da decisão: Veja abaixo o Parecer do Ministério Público Federal, com os destaques feitos pelo Sinttaresp para elucidar os pontos mais importantes da decisão: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EXCELENTÍS$IMO(A) SENHOR(A)

Leia mais

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Competência De acordo com o art. 102, I, a, CR(Constituição da República Federativa do Brasil), compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente,

Leia mais

RELATÓRIO VOTO. 3. Contrarrazões apresentadas. 4. É o que havia de relevante para relatar.

RELATÓRIO VOTO. 3. Contrarrazões apresentadas. 4. É o que havia de relevante para relatar. PROCESSO Nº: 0807416-48.2014.4.05.8300 - APELAÇÃO RELATÓRIO 1. Trata-se apelação contra sentença que julgou improcedente o pedido de condenação do CONFEF e do CREF 12 à obrigação de cessar a prática de

Leia mais

TEMA 14: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

TEMA 14: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE TEMA 14: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE EMENTÁRIO DE TEMAS: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:. I - processar e julgar, originariamente:a)

Leia mais

A CONSTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA APÓS A REFORMA TRABALHISTA

A CONSTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA APÓS A REFORMA TRABALHISTA A CONSTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA APÓS A REFORMA TRABALHISTA Gustavo Filipe Barbosa Garcia É livre-docente e doutor pela Faculdade de Direito da USP pós-doutor e especialista em Direito

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO : Conselho Regional de Medicina do Estado de Sao Paulo CREMESP D.E. Publicado em 13/01/2012 EMENTA CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AOS CONSELHOS PROFISSIONAIS

Leia mais

TST não pode contrariar normas ao definir ultratividade de acordos

TST não pode contrariar normas ao definir ultratividade de acordos TST não pode contrariar normas ao definir ultratividade de acordos Por Gustavo Filipe Barbosa Garcia Há intenso debate a respeito da integração dos direitos previstos em instrumentos normativos coletivos

Leia mais

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: Nosso ordenamento jurídico estabelece a supremacia da Constituição Federal e, para que esta supremacia

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.130/2015

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.130/2015 RESOLUÇÃO CFM Nº 2.130/2015 (Publicada no D.O.U. de 15 de dezembro de 2015, Seção I, p. 248) Dispõe sobre a vedação da realização de exames de egressos dos cursos de medicina, com caráter cogente, pelos

Leia mais

Como pensa o examinador em provas para a Magistratura do TJ-RS? MAPEAMENTO DAS PROVAS - DEMONSTRAÇÃO -

Como pensa o examinador em provas para a Magistratura do TJ-RS? MAPEAMENTO DAS PROVAS - DEMONSTRAÇÃO - Curso Resultado Um novo conceito em preparação para concursos! Como pensa o examinador em provas para a Magistratura do TJ-RS? MAPEAMENTO DAS PROVAS - DEMONSTRAÇÃO - Trabalho finalizado em julho/2015.

Leia mais

a) V, F, V, V. b) F, V, V, V. c) V, V, F, F. d) V, V, F, V. Dica: Aula 01 e Apostila 01 FIXAÇÃO

a) V, F, V, V. b) F, V, V, V. c) V, V, F, F. d) V, V, F, V. Dica: Aula 01 e Apostila 01  FIXAÇÃO FIXAÇÃO 1. Ao dispor a respeito do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a CF afastou o direito de secessão das unidades da Federação, podendo a União, quando demonstrada a intenção de

Leia mais

Controle da Constitucionalidade

Controle da Constitucionalidade Controle da Constitucionalidade Cláusula de Reserva de Plenário ou da full bench(plenário): Art. 97 e 93, XI Maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL MARGARIDA CANTARELLI RELATÓRIO A EXMA. DESEMBARGADORA FEDERAL MARGARIDA CANTARELLI (RELATORA): Trata-se de mandado de segurança impetrado contra o Juiz de Direito da 2ª

Leia mais

: MIN. GILMAR MENDES OCUPACIONAL

: MIN. GILMAR MENDES OCUPACIONAL RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.652 DISTRITO FEDERAL RELATOR RECTE.(S) RECDO.(A/S) : MIN. GILMAR MENDES :CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL :ALEXANDRE AMARAL DE LIMA LEAL :CONSELHO

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE As normas elaboradas pelo Poder Constituinte Originário são colocadas acima de todas as outras manifestações de direito. A própria Constituição Federal determina um procedimento

Leia mais

Número:

Número: Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão PJe - Processo Judicial Eletrônico Consulta Processual 30/09/2016 Número: 0857074-64.2016.8.10.0001 Classe: MANDADO DE SEGURANÇA Órgão julgador: 4ª Vara da Fazenda

Leia mais

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE 2016

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE 2016 PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 10, de 2013, do Senador Alvaro Dias e outros, que altera os arts. 102, 105, 108 e 125

Leia mais

TEMA 1: PODER EXECUTIVO

TEMA 1: PODER EXECUTIVO TEMA 1: PODER EXECUTIVO EMENTÁRIO DE TEMAS: Poder Executivo: sistema de governo; funções típicas e atípicas; posse e atribuições do Presidente da República: ; LEITURA OBRIGATÓRIA MORAES, Alexandre de.

Leia mais

MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO - PEÇA PRÁTICA

MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO - PEÇA PRÁTICA MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO - PEÇA PRÁTICA www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO... 4 Apontamentos Iniciais...4 Legitimidade... 5 Competência... 5 Procedimento...6

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.267.980 - SC (2011/0173063-1) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN AGRAVANTE : JARAGUÁ FABRIL S/A E OUTROS ADVOGADO : GILMAR KRUTZSCH E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO PROCESSO: 0015803-97.2015.4.01.3600 G3 CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL IMPETRANTE: CONSELHO REGIONAL DE EDUCACAO FISICA DA 17A. REGIAO - CREF 17/MT IMPETRADO: PREFEITO DO MUNICIPIO DE CUIABA-MT,

Leia mais

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário A Lei n 12.153/09, ao disciplinar os Juizados Especiais Fazendários, omitiu-se quanto ao cumprimento da sentença, porém,

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N o 559, DE 2007 Dispõe sobre a realização de exame de suficiência como requisito para a obtenção de registro profissional. Autor:

Leia mais

AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº /PR

AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº /PR AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº 5025106-56.2012.404.7000/PR AUTOR : CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 8ª REGIÃO - CREFITO/PR RÉU : CAMPINA GRANDE DO SUL PREFEITURA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 745.410 - SP (2005/0068599-2) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS PROCURADOR : LAÍS NUNES DE ABREU E OUTROS RECORRIDO : GIASSETTI

Leia mais

PARECER CONSULENTE: Federação dos Municipários do Estado do Rio Grande do Sul - FEMERGS

PARECER CONSULENTE: Federação dos Municipários do Estado do Rio Grande do Sul - FEMERGS PARECER 16-2015 CONSULENTE: Federação dos Municipários do Estado do Rio Grande do Sul - FEMERGS Consulta-nos a Secretaria Geral da FEMERGS Rosani Stocker, solicitando parecer sobre a questão de aposentadoria

Leia mais

PARECER JURÍDICO. Tal medida provisória foi transformada na lei 9.649/1998 que manteve a nova natureza jurídica dos referidos Conselhos.

PARECER JURÍDICO. Tal medida provisória foi transformada na lei 9.649/1998 que manteve a nova natureza jurídica dos referidos Conselhos. PARECER JURÍDICO ASJUR/CRP-16 n 38-2007 INTERESSADO: Andréia Tomaz GERÊNCIA. NATUREZA: NATUREZA JURÍDICA DOS CONSELHOS PROFISSIONAIS E DECORRÊNCIA LEGAL PARECER JURÍDICO. Trata-se de consulta feita pelo

Leia mais

O acórdão reclamado recebeu a seguinte ementa:

O acórdão reclamado recebeu a seguinte ementa: Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de medida liminar, ajuizada por JOSÉ GERALDO RIVA, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, e HUMBERTO MELO BOSAIPO, Conselheiro

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA 1 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 111, DE 2011 Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para incluir nova hipótese de cláusula contratual abusiva. Autor: Deputado

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL DECISÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL DECISÃO DECISÃO - 2014 AÇÃO ORDINÁRIA/OUTRAS CLASSE 1900 PROCESSO Nº 29647-69.2014.4.01.3400 AUTOR: ALEXANDRE FONSECA E OUTROS ADVOGADO: RODRIGO DA SILVA CASTRO E OUTROS RÉU: CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 12ª

Leia mais

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann gh.dpc@hotmail.com // @guilhermekhartmann www.masterjuris.com.br MANDADO DE SEGURANÇA: REQUISITOS 3) Ato coator comissivo ou omissivo: exige-se um

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.123 MATO GROSSO RELATOR REQTE.(S) INTDO.(A/S) INTDO.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :SINDICATO DOS DESPACHANTES E AUTO ESCOLA DO ESTADO DE MATO GROSSO - SINDAED/MT : CESAR

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Registro: 2017.0000225011 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0071692-91.2012.8.26.0114, da Comarca de Campinas, em que é apelante

Leia mais

Número:

Número: Justiça Federal da 3ª Região PJe - Processo Judicial Eletrônico 17/10/2018 Número: 5023434-14.2018.4.03.6100 Classe: MANDADO DE SEGURANÇA Órgão julgador: 13ª Vara Cível Federal de São Paulo Última distribuição

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL Nº ( ) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELAÇÃO CÍVEL Nº ( ) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA APELAÇÃO CÍVEL Nº 176810-82.2011.8.09.0011(201191768104) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA APELANTE: APELADO: SEGURO DPVAT S/A ANASTACIO GERMANO DE OLIVEIRA E OUTROS SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO RELATOR:

Leia mais

MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 4 HABEAS CORPUS NAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 4 HABEAS CORPUS NAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 4 HABEAS CORPUS NAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES 4.4. É POSSÍVEL IMPETRAR HABEAS CORPUS CONTRA PUNIÇÃO DISCIPLINAR ILEGAL? Inicialmente,

Leia mais

RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF

RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF Procuradoria Geral da República Nº 6584 RJMB / pc RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 639.566 / DF RELATOR : Ministro LUIZ FUX RECORRENTE: Companhia Vale do Rio Santo Antônio de Minérios VALERISA RECORRIDA : União

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 824.682 - SC (2006/0042366-5) RELATOR : MINISTRO CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO) RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA RECORRIDO : SYLVIO

Leia mais

O Ministério Público opinou pela denegação de segurança.

O Ministério Público opinou pela denegação de segurança. SENTENÇA-A 2014 TIPO A MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL PROCESSO: 0080797-89.2014.4.01.3400 IMPETRANTE: PAULO SOUZA LOBATO IMPETRADO: PRESIDENTE DA COMISSAO ESPECIAL INTERMINISTERIAL - CEI Trata-se de Mandado

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Espírito Santo

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Espírito Santo 4ª VARA FEDERAL CÍVEL Impetrante: CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 15ª REGIÃO CREFITO 15 Impetrado: SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TRABALHO, ASSISTÊNCIA E CIDADANIA DO MUNICÍPIO DE GUARAPARI/ES

Leia mais

LEI MUNICIPAL 2.828/2015 ARAUCÁRIA

LEI MUNICIPAL 2.828/2015 ARAUCÁRIA Curitiba, 27 de julho de 2016. GERÊNCIA JURÍDICA Nota Técnica nº 17/2016 Documento Solicitante Advogado LEI MUNICIPAL 2.828/2015 ARAUCÁRIA COORDENADOR DO CONSELHO DE RELAÇÕES DO TRABALHO DA FIEP CHRISTIAN

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 777.387 - SC (2015/0227479-3) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO ADVOGADOS : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES : FAZENDA NACIONAL : MAXUL ALIMENTOS LTDA : EDSON LUIZ FAVERO - SC010874

Leia mais

ISENÇÃO. Rubens Kindlmann

ISENÇÃO. Rubens Kindlmann ISENÇÃO Rubens Kindlmann Conceito A isenção é uma das causas de exclusão do crédito tributário que faz com que seja excluída a incidência do tributo em situações e condições especificadas em lei. Conforme

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO APELAÇÃO CÍVEL N. 0002869-86.2015.4.01.3801/MG RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMILCAR MACHADO APELANTE : CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS - COREN/MG PROCURADOR : MG00081356 - NUNO

Leia mais

: MIN. DIAS TOFFOLI SÃO PAULO

: MIN. DIAS TOFFOLI SÃO PAULO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 731.194 SÃO PAULO RELATOR RECTE.(S) PROC.(A/S)(ES) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) INTDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ÓRGÃO ESPECIAL

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ÓRGÃO ESPECIAL PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO IMPETRADO: EXMO SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO DECISÃO Trata-se de mandado de segurança interposto por REJANE DE ALMEIDA em face de EXMO SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO E EXMO SR.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 913.556 - SP (2016/0112945-0) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADOS : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO : CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DA 5A REGIÃO

Leia mais

Poder Judiciário Tribunal Regional Federal da 5ª Região Gabinete do Desembargador Federal Rogério Fialho Moreira

Poder Judiciário Tribunal Regional Federal da 5ª Região Gabinete do Desembargador Federal Rogério Fialho Moreira RELATÓRIO Trata-se de Remessa Oficial de sentença que, em Mandado de Segurança impetrado pelo Conselho Regional de Educação Física da 16ª Região - CREF 16/RN, concedeu a segurança postulada para, confirmando

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA DE CARVALHO (Presidente) e OSWALDO LUIZ PALU.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA DE CARVALHO (Presidente) e OSWALDO LUIZ PALU. fls. 1 PODER JUDICIÁRIO Registro: 2014.0000250623 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0004903-14.2009.8.26.0471, da Comarca de Porto Feliz, em que é apelante SINDICATO DO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 760.087 - DF (2005/0099885-5) RELATOR : MINISTRO OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO) RECORRENTE : COMERCIAL DE ALIMENTOS PONTE ALTA LTDA ADVOGADO : ANISIO BATISTA

Leia mais

Documento em OleContainer Página 1 de 5

Documento em OleContainer Página 1 de 5 R E L A T Ó R I O O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL HÉLIO SÍLVIO OUREM (RELATOR CONVOCADO): Cuida-se de apelação contra sentença que concedeu a segurança, para tornar definitiva a retificação do Edital

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Poder Executivo ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Nomear e exonerar os Ministros de Estado; - Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior

Leia mais

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS fls. 74 Processo: 0627098-73.2017.8.06.0000 - Habeas Corpus Impetrante: Alexandre dos Santos Geraldes Paciente: Luiz Fabiano Ribeiro Brito Impetrado: Juiz de Direito da 5ª Vara Júri da Comarca de Fortaleza

Leia mais

EXMO. SR. JUIZ FEDERAL DA 24ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO (SUBSEÇÃO DE CARUARU)

EXMO. SR. JUIZ FEDERAL DA 24ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO (SUBSEÇÃO DE CARUARU) 1 de 5 21/03/2016 19:20 EXMO. SR. JUIZ FEDERAL DA 24ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO (SUBSEÇÃO DE CARUARU) PROCESSO Nº 0800128-72.2016.4.05.8302 MANDADO DE SEGURANÇA PARECER Nº /2016

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 03/06/2014 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 808.142 DISTRITO FEDERAL RELATORA AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) ADV.(A/S)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 647.681 - SP (2004/0030706-4) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : BANCO NOSSA CAIXA S/A ADVOGADO : REYNALDO CUNHA E OUTRO(S) RECORRIDO : MUNICÍPIO DE SANTOS PROCURADOR

Leia mais

MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 9 MANDADO DE SEGURANÇA: UTILIZAÇÃO PELOS MILITARES

MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 9 MANDADO DE SEGURANÇA: UTILIZAÇÃO PELOS MILITARES MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 9 MANDADO DE SEGURANÇA: UTILIZAÇÃO PELOS MILITARES 9.11.2. INDEFERIMENTO DA INICIAL E CONCESSÃO OU DENEGAÇÃO DA ORDEM O art.

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO Registro: 2012.0000171474 Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 0588089-93.2010.8.26.0000, da Comarca de São Paulo,

Leia mais

IV - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO

IV - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº CNJ : 0002847-92.2012.4.02.5001 RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL ALUISIO MENDES APELANTE : MUNICIPIO DE DORES DO RIO PRETO - ES ADVOGADO : ANGELO JARDIM DE CARVALHO APELADO : CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

Controle da Constitucionalidade

Controle da Constitucionalidade Controle da Constitucionalidade O controle difuso da constitucionalidade: Entre as partes, declarada incidentertantum ; Em regra, os efeitos da declaração são extunc juntamente com suas consequências;

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais Contribuições Profissionais. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais Contribuições Profissionais. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais Contribuições Profissionais Real Direto Fiscal Proporcional Periódico Legislação Básica Constituição Federal, art. 149 CLT, Art. 580. Lei 12.514/11 Contribuições Profissionais

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE PROCURADORIA PARECER PRÉVIO

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE PROCURADORIA PARECER PRÉVIO CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE PROCURADORIA PROC. Nº 1073/10 PLL Nº 047/10 PARECER PRÉVIO É submetido a exame desta Procuradoria, para parecer prévio, o Projeto de Lei, em epígrafe, de iniciativa parlamentar

Leia mais

IMPETRANTE: CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - CFBM IMPETRADO: DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONAUTICA SENTENÇA TIPO A S E N T E N Ç A

IMPETRANTE: CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - CFBM IMPETRADO: DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONAUTICA SENTENÇA TIPO A S E N T E N Ç A IMPETRANTE: CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - CFBM IMPETRADO: DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONAUTICA SENTENÇA TIPO A S E N T E N Ç A Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar,

Leia mais

Número:

Número: Justiça Federal da 1ª Região PJe - Processo Judicial Eletrônico Consulta Processual 19/11/2016 Número: 1004382-77.2016.4.01.3400 Classe: MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO Órgão julgador: 20ª Vara Federal Cível

Leia mais

IV - APELACAO CIVEL

IV - APELACAO CIVEL RELATOR APELANTE ADVOGADO APELADO ORIGEM : DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO BARATA : COMPANHIA DE MARCAS : DEBORAH BARRETO MENDES E OUTROS : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL : DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL DO

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0014704-31.2011.4.03.6105/SP RELATOR APELANTE ADVOGADO APELADO(A) ADVOGADO No. ORIG. 2011.61.05.014704-2/SP : Desembargador Federal

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 25/04/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.021.376 SÃO RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA : LUIS CAPUCCI NETO : MUNICÍPIO DE ITÁPOLIS EMENTA trabalhistas propostas por servidores públicos municipais contratados sob o regime celetista, instituído por meio de legislação

Leia mais

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO Registro: 2019.0000075048 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0000929-02.2012.8.26.0523, da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e é apelado

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.247.606 - SP (2011/0081765-9) RELATOR RECORRENTE RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES : UNIÃO : JOSÉ FERREIRA DE SOUZA : CARLOS ALBERTO SILVA E OUTRO(S) RELATÓRIO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.435.489 - DF (2014/0032955-0) RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA RECORRENTE : ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA REPR. POR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL RECORRIDO

Leia mais

(TRT-RJ / TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / CESPE / 2008) DIREITO CONSTITUCIONAL

(TRT-RJ / TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / CESPE / 2008) DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 31. Acerca de competência legislativa, assinale a opção correta. (a) Compete aos estados legislar sobre direito agrário. (b) Segundo a teoria dos poderes remanescentes, hoje aplicada

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 724.015 - PE (2005/0021943-3) : JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO EMENTA JUNTA COMERCIAL. EXIGÊNCIA DE REGULARIDADE FISCAL ESTADUAL PARA REGISTRO DE ATOS CONSTITUTIVOS E SUAS

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 92 Registro: 2016.0000498829 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1001038-37.2016.8.26.0562, da Comarca de Santos, em que é apelante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO EDSON VIDIGAL : ESTADO DA BAHIA : ANTONIO JOSE DE OLIVEIRA TELLES DE VASCONCELLOS E OUTROS : PAULO ROBERTO MARINHO : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS

Leia mais

Conselho Regional Fisioterapia Terapia Ocupacional 2 Região

Conselho Regional Fisioterapia Terapia Ocupacional 2 Região Conselho Regional Fisioterapia Terapia Ocupacional 2 Região Diário da Justiça Federal do Rio de Janeiro, de 13/11/2013 Página: 1981 BOLETIM: 2013000420 FICAM INTIMADAS AS PARTES E SEUS ADVOGADOS DAS SENTENÇAS/DECISÕES/DESPACHOS

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO RECORRENTE(S): RECORRIDO(S): JORGE DE PAULA DORIDIO MUNICIPIO DE TRES PONTAS EMENTA: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO SERVIDOR PÚBLICO ADMITIDO ANTES DA CR/88, SOB O REGIME JURÍDICO CELETISTA -É competente

Leia mais

II - AÇÃO RESCISÓRIA

II - AÇÃO RESCISÓRIA RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO BARATA AUTOR : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL REU : GAIA SILVA ROLIM E ASSOCIADOS S/C ADVOCACIA E CONSULTORIA TRIBUTARIA E SOCIETARIA ADVOGADO : SEM ADVOGADO ORIGEM

Leia mais

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 46-7 DISTRITO FEDERAL

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 46-7 DISTRITO FEDERAL JURISPRUDÊNCIA A seguir são apresentados quatro julgados do Supremo Tribunal Federal STF os quais representam importantes conquistas jurídicas para a ECT. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 428.553 - SP (2017/0321807-5) RELATOR IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO : ANDRE LUIZ DO NASCIMENTO BARBOZA : ANDRE LUIZ DO NASCIMENTO BARBOZA

Leia mais

PODER EXECUTIVO (art. 76 a 91, CRFB/88)

PODER EXECUTIVO (art. 76 a 91, CRFB/88) PODER EXECUTIVO PODER EXECUTIVO (art. 76 a 91, CRFB/88) Sistema de Governo Presidencialista Junção das funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo É exercido, no âmbito federal, desde 1891, pelo Presidente

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM PERNAMBUCO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM PERNAMBUCO REPRESENTANTE :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO REPRESENTADO :SILVANA MARIA FELIPE GOMES PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO :nº 1.26.000.002244/2011-26 PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO :629/2011 PROMOÇÃO DE

Leia mais

Lei nº de Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.

Lei nº de Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências. Lei nº 11.901 de 12.01.2009 Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências. O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art.

Leia mais

APELAÇÃO CÍVEL PE ( ). RELATÓRIO

APELAÇÃO CÍVEL PE ( ). RELATÓRIO APELAÇÃO CÍVEL 453762-PE (2007.83.00.005098-8). ORIGEM LEITÃO : CONSELHO REGIONAL DE ÓPTICA E OPTOMETRIA DE PERNAMBUCO - CROO/PE : FABIO LUIZ DA CUNHA E OUTRO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL : OS MESMOS :

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EMENTA: A LEI Nº 6.839/80 CARACTERIZA A OBRIGAÇÃO DE REGISTRO NO CONSELHO RESPECTIVO EM RAZÃO DA ATIVIDADE PREPONDERANTE PRESTADA PELA EMPRESA. AS INSTITUIÇÕES MÉDICAS REGISTRADAS

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Controle de constitucionalidade no Estado de Sergipe. A legislação municipal e o controle concentrado Carlos Henrique dos Santos * O controle de constitucionalidade é um meio indireto

Leia mais

decisões definitivas de mérito Supremo Tribunal Federal

decisões definitivas de mérito Supremo Tribunal Federal Art.102... 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia

Leia mais

Porto Alegre, 23 de novembro de Orientação Técnica IGAM nº /2017

Porto Alegre, 23 de novembro de Orientação Técnica IGAM nº /2017 Porto Alegre, 23 de novembro de 2017. Orientação Técnica IGAM nº 30.639/2017 I. O Poder Legislativo do Município de Guaíba, RS, por meio do servidor Fernando, solicita análise e orientações acerca do projeto

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Processo nº 23505.000084/2017-52 Pregão Eletrônico nº 03/2017. Resposta à Impugnação apresentada pela empresa: SERVICE FERNANDES LTDA, CNPJ: 10.999.443/0001-91 1. DAS PRELIMINARES Trata-se de impugnação

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO RELATÓRIO A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA DO CARMO CARDOSO (RELATORA):

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO RELATÓRIO A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA DO CARMO CARDOSO (RELATORA): (\ÎÅÌ1>1Q0) PODER JUDICIÁRIO RELATÓRIO A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA DO CARMO CARDOSO (RELATORA): Os presentes recursos foram interpostos pelo CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA CONFEF e pelo

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS Jurisprudência... ADI 939 DF Caso... O Governador de São Paulo no uso de suas atribuições, publica no D.O.E do dia 10.02.2011, os seguintes

Leia mais